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Período Composto por Coordenação Como vimos anteriormente, Período Composto é aquele que apresenta duas ou mais orações, que estabelecem relações entre si. As orações que formam o período composto podem ser coordenadas ou subordinadas. Assim temos três tipos de período composto: • Período composto por coordenação: formado exclusivamente de orações coordenadas; • Período composto por subordinação: formado por oração principal + subordinada (s); • Período composto por coordenação e subordinação: forma- do por orações coordenadas e subordinadas. Período Composto por Coordenação: as Orações Coordenadas Orações sintaticamente independentes, ou seja, não funcionam como ter- mo de outra oração. • Exemplo: Acordou, espreguiçou, levantou. 1ª oração: Acordou, 2ª oração: espreguiçou, 3ª oração: levantou. As três orações são sintaticamente independentes. Nenhuma delas exerce função sintática em relação a qualquer das outras (sujeito, objeto direto, 2 adjunto adverbial). Elas simplesmente estão relacionadas entre si pelo sen- tido e pela sequência dos fatos. As orações coordenadas podem estar ligadas umas às outras por conjun- ções coordenativas. • Exemplos: João almoçou e saiu. 1ª oração: João almoçou 2ª oração: e saiu = oração ligada à anterior pela conjunção e. Quando a oração coordenada não é introduzida por conjunção coordena- tiva, recebe o nome de oração coordenada assindética. A oração introdu- zida por uma conjunção coordenativa recebe o nome de oração coorde- nada sindética. De acordo com a conjunção que as introduz, as orações coordenadas sin- déticas classificam-se em: Aditivas: são iniciadas por uma das conjunções aditivas, que exprimem ideia de adição, soma de pensamentos: e, nem, não só... mas também, tanto...como, mas ainda etc. • Exemplo: O garoto estuda e trabalha. Adversativas: são iniciadas por uma das conjunções adversativas, que expri- mem contraste, oposição de pensamentos, compensação ou ressalva em relação à anterior: mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto. • Exemplo: A escola não é bonita, mas atende aos propósitos. 3 Alternativas: • são iniciadas por uma das conjunções alternativas, que exprimem exclusão, alternância, escolha: ou, ou...ou, ora...ora, quer...quer, seja...seja. • Exemplo: Ou você contribui ou ficará sem provimentos. Conclusivas: são iniciadas por uma das conjunções conclusivas, que ex- primem a idéia de conclusão de um raciocínio: logo, portanto, então, assim. • Exemplo: O jogador foi mais rápido estudou, logo con- seguiu vencer a disputa. Explicativas: são iniciadas por uma das conjunções explicativas, que expri- mem a ideia de explicação, de justificação, o motivo, a razão: pois, porque, que etc. • Exemplo: Não corra que o terreno é acidentado. A relação de independência das orações coordenadas se dá quanto à es- trutura sintática entre elas, ou seja, uma não depende de um termo da ou- tra, não completa a outra, contudo elas têm uma relação de dependência semântica, pois sempre se estabelece uma relação de sentido entre elas. • Exemplo: Ela se preparou muito, porém não passou no exame. 1ª oração: Ela se preparou. = oração independente sintaticamente 2ª oração: porém não passou no exame. = oração indepen- dente sintaticamente 4 Assim, no processo de leitura e escrita é importante observar essas rela- ções que se estabelecem entre as orações, tanto para compreender e atri- buir sentido como para propor sentido, e é a intenção do falante que irá determinar qual tipo de oração e que termos ele utilizará para organizar o seu texto. Por exemplo, se a intenção é mostrar uma ideia de conclusão, as orações selecionadas trarão as noções de conclusão de um raciocínio. Assim, saber utilizar corretamente as estruturas e as conjunções adequadas faz com que o texto fique mais claro e produza sentidos para o leitor.
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