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AO DOUTO JUÍZO DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE CAMPINAS/SP PROCESSO: 1234 JULIANA FLORES, brasileira, solteira, empresária, inscrita no CPF sob o n° XXX.XXX.XXX-XX, portadora da carteira de identidade nº ______, endereço eletrônico ________, residente e domiciliado na Rua Tulipa, 333, Campinas/SP, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado devidamente constituído pela procuração em anexo, apresentar CONTESTAÇÃO Em face da presente ação de Anulação de Negócio Jurídico, nos termos do Art. 335 e seguintes do Código de Processo Civil, em obediência ao Mandado de Citação item XXX dos autos, nos termos que passa a expor: I- GRATUIDADE DE JUSTIÇA A parte autora requer os benefícios da Justiça Gratuita, por não possuir condições de arcar com os custos processuais conforme prova documento em anexo, pelo exposto no artigo 98 do CPC. II- OPÇÃO PELA REALIZAÇÃO DA AUDIENCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO Ambas as partes informam que não desejam a designação da audiência de conciliação. III- FATOS A ação foi ajuizada por Suzana Marques, já devidamente qualificada nos autos processuais em face de Juliana Flores. Trata-se da doação de um sitio para o Orfanato Semente do Amanhã, situado em Ribeirão Preto/SP, tal fato ocorreu em março de 2012, sendo o imóvel avaliado em R$50.000,000. A autora alega que sofreu coação, pois prestava serviço para empresa onde a Ré é sócia majoritária e presidente, além de diretora do Orfanato beneficiário, e por receio de ser demitida decidiu efetuar a doação. IV- PRELIMINARES DE MÉRITO 1. COISA JULGADA A ação proposta é improcedente diante da ocorrência de coisa julgada, uma vez que esta é a segunda ação intentada pela autora com os mesmos argumentos e finalidade, sendo a primeira tramitada perante a 2ª Vara Cível da Comarca de Campinas em abril de 2015, tendo sido julgado improcedente o pedido, não sendo cabível mais qualquer recurso. 2. LEGITIMIDADE AD CAUSAM A parte Ré é ilegítima na ação, uma vez que o negócio jurídico teve como donatário o Orfanato Semente do Amanhã, conforme fundamenta o artigo 337, XI do CPC. Devendo a ação ser extinta sem resolução do mérito nos termos do artigo 485, VI do CPC. V- PREJUDICIAL DE MÉRITO 1. DECADÊNCIA O artigo 178, I do CC dispõe que o prazo decadencial para pleitear a anulação do negócio jurídico caso haja coação, é de quatro anos contado do dia que ela cessar. Ocorre que a suposta coação sofrida pela parte autora cessou em 2012 e a presente ação foi ajuizada em 20 de janeiro de 2017, sendo certo que decaiu do direito de ação. VI- MÉRITO A parte autora alega que doou um dos seus bens por sofrer coação da parte Ré, receosa de perder o seu emprego. Sendo que após um mês de efetivar a doação, a Autora pediu demissão da empresa pois havia aceitado a proposta feita em fevereiro por uma empresa concorrente. Ainda, ambas as partes professavam da mesma religião e por tal motivo a parte Ré esclarece que apenas sugeria a pratica de doação, mas jamais houve qualquer ameaça, fato que pode ser constatado por funcionários da empresa que adotam outras religiões e que nunca fizeram doação alguma ao orfanato. VII- PEDIDOS Diante exposto, requer: A- A concessão da Gratuidade de Justiça, com base no artigo 98 e ss do CPC. B- O acolhimento da preliminar de coisa julgada e da preliminar de legitimidade ad causam, consentindo a extinção do processo sem resolução de mérito, com base no artigo 485, V do CPC. C- O acolhimento da prejudicial de mérito, com a consequência da extinção do processo com resolução do mérito, pelo artigo 487, II do CPC. D- A improcedência do pedido autoral. E- A condenação da parte autora ao pagamento das despesas processuais e aos honorários advocatícios. VIII- PROVAS Requer a produção das provas documental, depoimento pessoal, testemunhal e daquelas que se fizerem necessárias no curso da instrução processual. Local e Data Advogado OAB/ Estado.
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