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01 apostila de PP pdf

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CAPÍTULO 1 
OCORRÊNCIA COM PRODUTOS PERIGOSOS (PP): AVALIAÇÃO DO AMBIENTE 
 
Ao finalizar este capítulo você será capaz de: 
 Definir os principais termos relativos às ocorrências de produtos perigosos; 
 Descrever as três categorias de agentes que constituem os produtos perigosos; 
 Enumerar, pelo menos, três características de um acidente com produtos perigosos; 
 Citar os dois princípios fundamentais que orientam as decisões e ações em ocorrências 
com produtos perigosos; e 
 Descrever as ações a serem realizadas como primeira resposta inicial frente às 
ocorrências com produtos perigosos. 
Este capítulo está dividido em 3 aulas: 
AULA 1 - PRODUTOS PERIGOSOS 
AULA 2 - CARACTERÍSTICAS E CUIDADOS 
AULA 3 - PRINCÍPIOS E DEFINIÇÕES IMPORTANTES 
 
AULA 1 – PRODUTOS PERIGOSOS 
 
O que são produtos perigosos? 
 
A resposta a essa pergunta envolve várias definições. Neste curso foram selecionadas cinco 
definições por apresentarem, ao mesmo tempo, características comuns e especificidades que 
se complementam. 
1. São todos os produtos que possuem a capacidade de causar danos às pessoas, aos 
bens e ao meio ambiente. 
2. Todo o agente químico, biológico ou radiológico, que tem a propriedade de provocar 
algum tipo de dano às pessoas, aos bens ou ao meio ambiente. 
3. Qualquer substância que possui risco de causar danos severos à saúde humana, 
durante uma exposição de curto espaço de tempo em um acidente químico ou em 
outra emergência. 
4. Toda substância ou mistura de substâncias que, em razão de suas propriedades 
químicas, físicas ou toxicológicas, isoladas ou combinadas, constitui um perigo. 
 
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5. Qualquer material sólido, líquido e gasoso, que seja tóxico, radioativo, corrosivo, 
quimicamente reativo ou instável, durante estocagem prolongada em quantidade que 
represente uma ameaça à vida, à propriedade ou ao ambiente. 
Carga perigosa 
 
A carga perigosa é o acondicionamento ruim ou a arrumação física deficiente de uma carga ou 
volume, que venha a oferecer riscos de queda ou tombamento, podendo gerar outros riscos. 
Tipos de agentes perigosos 
 
Os agentes que podem provocar algum tipo de dano às pessoas, aos bens ou ao meio 
ambiente são constituídos em: 
 Agentes químicos perigosos: 
Elementos ou compostos que, de acordo com suas características (perigos tóxicos, 
corrosividade, quimicamente reativos ou instável, durante estocagem prolongada, perigos 
mecânicos provocados por explosões, perigos térmicos da combustibilidade e outros) 
provocam lesões, enfermidades ou a morte dos indivíduos a eles expostos e danos aos bens ou 
ao meio ambiente. 
Exs: Cloro, amônia, soda cáustica (hidróxido de sódio), explosivos em geral. 
 Agentes biológicos perigosos 
São seres vivos ou as toxinas produzidas por eles provocam lesões, enfermidades ou morte 
dos indivíduos a eles expostos. 
Exs: Vírus HIV, Filovírus, Ebola, Marburg, Salmonella e Harbovírus. 
Corpos que emitem radiações ionizantes que provocam lesões, enfermidades ou morte dos 
indivíduos a eles expostos. 
Exs: Urânio 235, césio 137, tório, estrôncio, cobalto. 
 
Toxicologia dos produtos perigosos 
 
Os produtos perigosos são preocupantes em razão das suas propriedades, que podem ser 
absorvidas pela pele, inaladas, ingeridas e causar uma série de lesões associadas. 
Veja a seguir algumas das propriedades das substâncias químicas: 
 
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 Asfixiantes – Gases que reduzem a disponibilidade do oxigênio ou que impedem sua 
utilização bioquímica. Exemplo de gases que reduzem a disponibilidade do oxigênio 
são; gás carbônico, metano, propano, butano, gases nobres em geral; exemplo de 
gases que impedem a utilização bioquímica do oxigênio são o monóxido de carbono, 
H2S e HCN. 
 Corrosivos – Líquidos, sólidos e gases que destroem quimicamente o tecido humano. 
 Irritantes – Produtos e substâncias que causam inflamação temporária e, 
possivelmente, severa aos olhos, pele e trato digestivo e respiratório. 
 
Propriedades das substâncias químicas 
 
 Sensibilizantes – Substâncias ou produtos que causam reações alérgicas devido a 
repetidas exposições. 
 Fototoxicidade – Irritação resultante de alterações moleculares na estrutura de 
substâncias químicas aplicadas à pele, induzidas pela luz. 
 Carcinogênicos – Materiais que causam câncer. Podem retardar aparecimento, 
podendo levar anos para se manifestar. 
 Neurotóxicos – Podem causar dano permanente ou irreversível ao sistema nervoso 
central ou o periférico (cérebro, medula espinhal, nervos responsáveis do movimento, 
glândulas sudoríparas). 
 
 Formas de exposição 
 
A exposição é o contato do ser vivo com o produto perigoso. As formas de exposição são: 
 Absorção (pele e olhos) – É a entrada do contaminante, geralmente líquido e sólido, 
com a absorção por meio da pele e da mucosa ocular. 
 Ingestão (estômago e intestino) – Entrada do contaminante, geralmente líquido e 
sólido, pelas vias aéreas ou pela boca e absorção no estômago e intestino. 
 Inalação (pulmões) – Entrada do contaminante, geralmente em forma de gás, pó, 
poeira ou névoa, e absorção nos alvéolos pulmonares. 
 Penetração/Injeção (feridas, soluções de continuidade da pele) – É a entrada do 
contaminante por meio de uma solução de continuidade da pele, que pode ser uma 
ferida ou por objeto pérfuro-cortante contaminado, levando o contaminante do meio 
externo (ambiente) diretamente para o meio interno (sangue). 
 
 
 
 
 
 
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 AULA 2 - CARACTERÍSTICAS E CUIDADOS 
 
Acidente e incidente 
 
Antes de ler a lista de características existentes em acidentes com produtos perigosos é 
importante que você estabeleça uma diferença entre o que é acidente e o que é incidente 
nesta questão. 
Acidente com produtos perigosos 
É o evento repentino e não desejado, onde a liberação de substâncias químicas, biológicas ou 
radiológicas perigosas, em forma de incêndio, explosão, derrame ou vazamento, causa dano 
a pessoas, aos bens ou ao meio ambiente. 
Incidente com produtos perigosos 
É o evento repentino e não desejado, que foi controlado antes de afetar elementos 
vulneráveis (causar dano ou exposição às pessoas, aos bens ou ao meio ambiente). Também 
denominado de “quase acidente”. 
 
Características comuns 
 
Contudo, seja um acidente ou incidente, as ocorrências com produtos perigosos possuem 
duas características que são comuns a esses produtos: 
 Extrapolação dos limites espaciais – Os produtos perigosos extrapolam os limites 
espaciais, porque sua ação não se restringe ao local onde ocorreu o acidente, uma vez 
que esses produtos podem, em função do seu estado físico, espalhar-se na forma de 
poeira, névoa ou nuvem de contaminantes, atingindo regiões maiores do que as 
originalmente atingidas. 
Extrapolação dos limites temporais – Os produtos perigosos extrapolam os limites temporais, 
porque seus efeitos podem aparecer várias horas, dias ou anos após a exposição ao produto. 
 
 
 
Outras características 
 
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O Programa Internacional de Seguridad sobre Sustancias Químicas - PISSQ (1998) lista ainda 
outras características relacionadas a acidentes com produtos químicos: 
 Graus diferenciados de exposição – Uma exposição química “pura” (exposição a 
produtos químicos sem trauma mecânico associado) pode produzir um número finito 
de efeitos previsíveis para a saúde. Nem todas as vítimas terão os mesmos tipos de 
efeitos, o que dependerá das vias de exposição, da duração da mesma e da 
predisposição individual. 
 Possível existência de zona de contaminação (Área do incidente ou acidente com 
produtos perigosos onde os contaminantes estão ou poderão surgir. )– Pode existir 
uma zona contaminada (área do incidente ou acidente com produtos perigosos onde 
os contaminantes estão ou poderão surgir) na qual somente poderá entrar pessoas 
capacitadas e utilizando equipamentosde proteção completos. Em geral, os médicos e 
os socorristas nunca deverão entrar nessa área. 
 Riscos de contaminação – Os indivíduos expostos aos agentes químicos podem 
constituir um risco para o pessoal de resgate, que poderá contaminar-se com as 
substâncias impregnadas nas roupas das vítimas. Em conseqüência, será necessário 
realizar a descontaminação inicialdas vítimas antes que essas recebam o tratamento 
definitivo. 
 Dificuldades de acesso – Possibilidade de que os hospitais (e outros centros de 
tratamento) e as rodovias que levam a eles possam estar localizadas dentro da área 
contaminada, estando o acesso bloqueado e impedindo que possam receber novos 
pacientes durante um longo período. Diante dessa situação, devem ser desenvolvidos 
planos para instalação de hospitais de campanha em escolas, estádios, etc. 
 Desconhecimento das propriedades e efeitos dos produtos – No caso de vários 
produtos químicos envolvidos, possivelmente não haverá conhecimento geral de suas 
propriedades e efeitos. É importante identificar e estabelecer sistemas eficazes de 
obtenção de informações essenciais sobre as substâncias de interesse e proporcionar 
essas informações ao pessoal de resgate (bombeiros) e aos demais trabalhadores que 
necessitem. 
 Necessidade de suportes – A realização de um inventário é necessária para identificar 
os riscos (fixos e móveis), os recursos disponíveis para tratamento das vítimas expostas 
que sofram queimaduras corrosivas ou térmicas e que necessitem de suporte 
ventilatório. 
Essas características, consequentemente, exigirão atenção, técnicas e cuidados especiais. 
Observe no quadro a diferença de condutas – do profissional da área de segurança pública – 
exigidas entre um acidente com ou sem produtos perigosos. 
 Pontos que devem ser observados 
 
 
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Diante de uma chamada para atendimento a ocorrências com produtos perigosos, tenha em 
mente que os pontos a seguir deverão ser observados: 
 Extrapolação dos limites espaciais e temporais do incidente; 
 Existência de uma zona de contaminação ou área de risco; 
 Necessidade de confirmação do produto perigoso envolvido; 
 Necessidade de equipes capacitadas e devidamente aparelhadas; 
 Existência de pessoas contaminadas; 
 Vítimas apresentam sinais e sintomas especiais; 
 Necessidade de planejamento prévio das vias de transporte a serem utilizadas e os 
hospitais de referência para o tratamento; 
 Observação continuada das vítimas expostas (ainda que não apresentem sinais e 
sintomas específicos, pessoas expostas ao acidente requerem observação continuada 
durante dias, meses ou anos); e 
 Necessidade de utilização de agentes extintores especiais e restrição ao uso da água 
como agente extintor. 
 
AULA 3 – PRINCÍPIOS E DEFINIÇÕES IMPORTANTES 
 
As características e os cuidados necessários às ocorrências com produtos perigosos auxiliam 
adimensionar o objetivo da primeira resposta a essas emergências, que é o de identificar de 
forma segura as ações que deverão ser tomadas em relação ao: 
 Reconhecimento do risco existente; 
 Acionamento da equipe técnica em intervenção com produtos perigosos; e 
 Controle da cena até a chegada do socorro especializado. 
Princípios fundamentais 
As decisões e as ações a serem tomadas na primeira resposta deverão estar baseadas em dois 
princípios fundamentais: 
 O primeiro princípio – e que engloba todo o restante – é que o objetivo da presença de 
um profissional da área de segurança, em um incidente com produtos perigosos, é a 
resolução do problema. Por isso, nunca se deve intervir de forma a tornar-se parte do 
problema. 
 A presença do profissional da área de segurança pública é o início da resolução do 
problema, desde que ele não se torne vítima da ocorrência. 
 
 
 
 
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 Princípio da segurança 
 
Todas as decisões e as ações devem estar sob o princípio da segurança: dos respondedores, da 
população; e dos bens públicos e privados. Todas as ações devem ser revestidas de segurança. 
Você deve garantir sua segurança, a segurança da sua equipe e, posteriormente, a da vítima. 
A aplicação desses princípios por meio de diferentes formas de atuação contribuirá para uma 
resposta eficaz. Porém, para você compreendê-los melhor é necessário que estude as 
definições de termos e expressões relacionadas ao tema. As definições a seguir servem de guia 
para que o profissional de segurança pública ao chegar ao local da ocorrência com produtos 
perigosos possa reconhecer a presença destes elementos – ameaças, vulnerabilidades e riscos 
–, a fim de classificar o risco existente e definir se a operação é segura, com os meios que o 
agente dispõe no momento. 
Nos itens anteriores você já estudou algumas definições: produtos perigosos, carga perigosa, 
acidente com PP, incidentes com PP, zona de contaminação. 
Agora você estudará outras que ampliarão o seu conhecimento sobre o assunto. 
 Ameaça 
Definições: 
1. Fator externo às pessoas, objeto ou sistema exposto, representado pela potencial 
ocorrência de um evento de origem natural ou provocado pela atividade humana, que pode 
manifestar-se em um lugar específico, com certa intensidade e duração determinada. 
2. Estimativa da ocorrência e magnitude (dimensão) de um evento adverso, expressa em 
termos de probabilidade estatística de concretização do evento (ou acidente) e do provável 
tamanho de sua manifestação. 
Características da ameaça (palavras-chave): 
- Fator externo; 
- Refere-se ao evento adverso; 
- Capacidade de provocar danos; 
- Agente ativo – faz a ação; e 
- Magnitude (dimensão). 
 
 
 
 
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 Vulnerabilidade 
Definições: 
1. Fator interno de uma pessoa, objeto ou sistema exposto a uma ameaça e que corre sponde 
à sua disposição intrínseca de ser danificado. 
2. Relação existente entre a magnitude da ameaça, caso ela se concretize, e a intensidade do 
dano consequente. 
Características da vulnerabilidade (palavras-chave): 
- Fator interno; 
- Refere-se ao cenário, pessoa ou sistema; 
- Disposição para sofrer danos; 
- Agente passivo – sofre a ação; e 
- Intensidade dos danos. 
 Risco 
Definição: 
Relação existente entre a probabilidade de que uma ameaça de evento adverso ou acidente 
determinado se concretize e o grau de vulnerabilidade do sistema receptor aos seus efeitos. A 
expressão R ~ f (A , V) significa que Risco (R) está em função da Ameaça (A) e da 
Vulnerabilidade (V) e que é diretamente proporcional a ambas; assim, a análise de riscos, 
visando estimá-lo ou reduzi-lo, implica no profundo conhecimento das duas variáveis e das 
formas de intervenção em uma ou outra. 
 Análise de riscos 
 Definição: 
Identificação e avaliação tanto dos tipos de ameaça como dos elementos vulneráveis, dentro 
de um determinado sistema ou região geográfica definida. 
A avaliação de riscos permite identificar uma ameaça, caracterizar e estimar sua importância, 
com a finalidade de definir alternativas de gestão do processo, controlando e minimizando os 
riscos e as vulnerabilidades relacionadas com o ambiente e com o grupo populacional em 
estudo. 
 
 
 
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 Evento adverso 
 Definições: 
1. Ocorrência desfavorável, prejudicial, imprópria. Acontecimento que traz prejuízo, 
infortúnio. Fenômeno causador de um desastre. 
2. Transtorno às pessoas, aos bens, aos serviços e ao ambiente de uma comunidade, causado 
por um fenômeno natural ou provocado pela atividade humana. 
 
 Desastre 
 
 Definições: 
1. Resultante de eventos adversos, naturais ou provocados pelo homem, sobre um 
ecossistema (vulnerável), causando danos humanos, materiais e/ou ambientais e, 
conseqüentemente, prejuízos econômicos e sociais. 
2. Transtorno às pessoas, aos bens, aos serviços e ao ambiente de uma comunidade, causado 
por um fenômeno natural ou provocado pela atividade humana, excedendo a capacidadede 
resposta dos organismos governamentais daquela região. 
 
 Risco aceitável 
 Definição: 
Risco muito pequeno, cujas consequências são limitadas, associado aos benefícios percebidos 
ou reais tão significativos, que grupos sociais estão dispostos a aceitá-lo. 
A adoção de medidas minimizadoras, baseadas em condutas, técnicas de segurança e na 
experiência profissional dos envolvidos na cena da emergência são fatores preponderantes 
para minimização das consequências. 
 Operação segura 
Definição: 
Toda operação onde os riscos existentes são considerados aceitáveis. 
 
 
 
 
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CAPÍTULO 2 
MÉTODOS FORMAIS DE IDENTIFICAÇÃO DOS PRODUTOS PERIGOSOS 
 
Ao final deste capítulo, você será capaz de: 
 Identificar as nove classes de produtos perigosos; 
 Classificar o produto através da interpretação do sistema de identificação de riscos 
para o transporte; 
 Explicar o significado dos componentes do painel de segurança; 
 Reconhecer o diamante de risco da NFPA 704. 
 
O conteúdo do módulo está dividido em 2 aulas: 
AULA 1 – CLASSIFICAÇÃO DOS PRODUTOS PERIGOSOS 
AULA 2 – CLASSIFICAÇÃO UTILIZADA NO BRASIL 
 
AULA 1 – CLASSIFICAÇÃO DOS PRODUTOS PERIGOSOS 
 
Há sete métodos básicos de identificação de materiais perigosos. São eles: 
1. Lugar e atividade; 
2. Tipo e formato dos recipientes contenedores; 
3. Sinais e cores (cor da tubulação em instalações fixas, cor dos cilindros); 
4. Placas e etiquetas (rótulos de risco, painéis de segurança, diamante de risco, dentre 
outros); 
5. Fichas e documentos (documentos da carga); 
6. Equipamentos de detecção e medição; e 
7. Sentidos e imagens. 
Classificações 
Apesar de existirem sete métodos, neste curso serão utilizados apenas os métodos chamados 
formais de identificação, porque esses dão certeza quanto à identidade do produto existente, 
enquanto os demais métodos (informais) fornecem apenas uma idéia de que tipo de produto 
está presente, sendo a margem de erro bastante elevada, aumentando a vulnerabilidade do 
agente de segurança pública. 
Existem muitas classificações diferentes para os materiais considerados como perigosos em 
função do organismo classificador e do objeto da classificação (processo, utilização, 
transporte, armazenamento, etc). No curso será usada a classificação oficialmente adotada 
 
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pelo órgão regulador de transportes terrestres do Brasil (Agência Nacional de Transporte 
Terrestre – ANTT) e a classificação da NFPA americana, cuja simbologia poderá ser encontrada 
em instalações fixas (fábricas) ou em laboratórios. 
Classificações da ONU 
O comitê de “experts” em segurança da ONU, em suas “Recomendações relativas ao 
transporte de mercadorias perigosas” (conhecido como ORANGE BOOK) estabelece o número 
da ONU e o número de risco, constantes no painel de segurança, como parâmetros para 
identificação dos produtos perigosos. Consideram ainda a simbologia existente nos rótulos de 
risco para a identificação. 
A ordem de numeração – número ONU – não guarda relação com a magnitude do risco (É falso 
afirmar que quanto maior o número, maior o risco). 
Classificação Americana 
A classificação utilizada nos Estados Unidos é baseada no diamante de risco (NFPA 704) O 
sistema de identificação da ONU (painel de segurança e rótulo de risco) não se aplica às 
instalações fixas, sejam em indústrias, terminais de carga e armazéns. A Associação Nacional 
de Proteção ao Fogo (NFPA), através de sua resolução nº 704, adotou o diamante de Hommel 
como forma de identificar os riscos associados ao produto perigoso ali estabelecido. 
Diamante de risco 
O diagrama também conhecido como “diamante de risco” dá uma idéia geral das ameaças 
inerentes a cada produto químico, assim como a indicação do grau de severidade das ameaças 
em situações de emergência: incêndios, escapes ou derrames. Ele identifica as ameaças em 
três categorias, denominadas “saúde”, “inflamabilidade” e “reatividade”, e indica o grau de 
severidade de cada uma das categorias, mediante cinco níveis numéricos, que oscilam desde 4 
(mais severo) a 0 (menos severo). 
Quanto aos riscos referentes à saúde, é avaliado em termos de concentração letal (LC50), que 
seguem a indicação de mortandade/mortalidade de animais em laboratórios após um 
determinado tempo de exposição. 
E no Brasil, qual a classificação utilizada? 
 
AULA 2 – CLASSIFICAÇÃO UTILIZADA NO BRASIL 
 
O Brasil adota a classificação aceita internacionalmente pelos países integrantes da UNEP 
(Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), regulamentada pelo Decreto nº 
96.044/1988 (Regulamento do Transporte de Produtos Perigosos – RTPP), cujas instruções 
complementares foram aprovadas pela Resolução da Agência Nacional de Transporte 
 
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Terrestre (ANTT) nº 420/2004 e alterada pela Resolução nº 701/2004 e Resolução nº 
1644/2006. 
De acordo com a Resolução 420/2004 existem as seguintes orientações: 
Sistema de reconhecimento de riscos e identificação do produto O reconhecimento do risco é 
feito pelo rótulo de risco e a identificação do produto é obtida pelo painel de segurança e os 
documentos de carga. 
O diamante possui as seguintes áreas de identificação: 
 Vermelho: Risco de inflamabilidade. 
 Azul: Riscos à saúde. 
 Amarelo: Riscos de reatividade. 
 Branco: Riscos especiais 
 W: Reage com água. 
 OW: Corrosivo. 
 OX: Oxidante 
 Radioatividade 
 
 
 
 Rótulo de risco 
Quadrado apoiado em um ângulo de 45º que representa símbolos e/ou expressões 
emolduradas, referentes à classe do produto perigoso. Ele é fixado nas lateriais e na traseira 
do veículo de transporte. O rótulo de risco possui desenhos e números que indicam a classe ou 
subclasse de risco do produto perigoso. Quanto à natureza geral, a cor de fundo dos rótulos é 
a mais visível fonte de um produto perigoso. 
 
 
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Cores Significado 
 Laranja Explosivo 
 Vermelho Inflamável 
 Verde Gás não-tóxico e não-inflamável 
 Branco Tóxico e substância infectante 
 Azul Perigoso quando molhado 
 Amarelo Oxidante ou peróxido orgânico 
 Preto/Branco Corrosivo 
 Amarelo/Branco Radioativo 
Associação Brasileira de Indústria Químicas – ABIQUIM (2002). http://www.abiquim.org.br/ 
 Classe de risco 
A Resolução nº 420/2004 divide os produtos perigosos em nove classes; algumas subdivididas 
em subclasses, de acordo com o risco ou o mais sério dos riscos que apresentam. 
CLASSES E SUBCLASSES DENOMINAÇÃO 
 Classe 1 Explosivos 
 Classe 2 Gases 
 Classe 3 Líquidos inflamáveis 
 Classe 4 Sólidos inflamáveis; substâncias sujeitas à combustão espontânea; substâncias 
que, em contato com a água, emitem gases inflamáveis 
 Classe 5 Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos 
 Classe 6 Substâncias tóxicas e substâncias infectantes 
 Classe 7 Material radioativo 
 Classe 8 Substâncias corrosivas 
 Classe 9 Substâncias e artigos perigosos diversos 
Classe 1 Explosivos 
 Subclasse 1.1 Substâncias e artefatos com risco de explosão em massa. 
 Subclasse 1.2 Substâncias e artigos com risco de projeção, mas sem risco de explosão 
em massa. 
 Subclasse 1.3 Substâncias e artigos com risco de fogo e com pequeno risco de explosão 
ou de projeção, ou ambos, mas sem risco de explosão em massa. 
 Subclasse 1.4 Substâncias e artigos que não apresentam risco significativo. 
 Subclasse 1.5 Substâncias muito insensíveis, com risco de explosão em massa. 
 Subclasse 1.6 Artigos extremamente insensíveis, sem risco de explosão em massa. 
 
Classe 2 Gases 
 Subclasse 2.1 Gases inflamáveis. 
 Subclasse 2.2 Gases não-inflamáveis, não-tóxicos. 
 
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 Subclasse 2.3 Gases tóxicos. 
Classe 4 Sólidos inflamáveis; substâncias sujeitas à combustão espontânea; 
 Subclasse 4.1 Sólidos inflamáveis, substâncias auto-reagentes e explosivos sólidos 
insensibilizados. 
 Subclasse 4.2 Substâncias sujeitas à combustãoespontânea. 
 Subclasse 4.3 Substâncias que, em contato com a água, emitem gases inflamáveis. 
Classe 5 Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos 
 Subclasse 5.1 Substâncias oxidantes. 
 Subclasse 5.2 Peróxidos orgânicos. 
Classe 6 Substâncias tóxicas e substâncias infectantes 
 Subclasse 6.1 Substâncias tóxicas (venenosas) ou infectante. 
 Subclasse 6.2 Substâncias infectantes. 
Classes de risco 
Os números das classes de risco apresentam o seguinte signifi cado: 
Classe 1 – Explosivos 
Definições: 
1 - Substância explosiva é uma substância sólida ou líquida (ou mistura de substâncias) capaz 
de produzir gás, por reação química, a uma temperatura, pressão e velocidade que provoquem 
danos à sua volta. Estão incluídas nessa definição as substâncias pirotécnicas, mesmo que não 
desprendam gases. 
2 - Substância pirotécnica é uma substância ou mistura de substâncias, concebida para 
produzir efeito de calor, luz, som, gás ou fumaça, ou combinação desses, como resultado de 
reações químicas exotérmicas auto-sustentáveis e não-detonantes. 
 
Classe 2 – Gases 
Definição: 
Gás é uma substância que: 
 A 50 ºC tem a pressão de vapor superior a 300 kPa; ou 
 É completamente gasoso na temperatura de 20 ºC e na pressão normal de 101,3 kPa. 
A classe 2 classifica os gases conforme o estado físico para o transporte, compreendendo: 
 
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 Gás comprimido – É um gás que, exceto em solução, quando acondicionado sob 
pressão para o transporte, é completamente gasoso na temperatura de 20 ºC; 
 Gás liquefeito – Gás que, quando acondicionado para o transporte, é parcialmente 
líquido na temperatura de 20 ºC; 
 Gás liquefeito refrigerado – Quando acondicionado para transporte, torna-se 
parcialmente líquido por causa da baixa temperatura; e 
 Gás em solução – Gás comprimido que, quando acondicionado para o transporte, é 
dissolvido num solvente. 
Classe 3 – Líquidos inflamáveis 
Definições: 
1 - Líquidos inflamáveis são misturas de líquidos ou líquidos que contenham sólidos em 
solução ou suspensão que produzam vapor inflamável a temperaturas de até 60,5 ºC, em 
ensaio de vaso fechado, ou até 65,5 ºC, em ensaio de vaso aberto, normalmente referido 
como ponto de fulgor. Essa classe inclui também: 
 Líquidos oferecidos para transporte a temperaturas iguais ou superiores a seu ponto 
de fulgor; e 
 Substâncias transportadas ou oferecidas para transporte a temperaturas elevadas, em 
estado líquido, que desprendam vapores inflamáveis à temperatura igual ou inferior à 
temperatura máxima de transporte. 
2 - Explosivos líquidos insensibilizados são substâncias explosivas dissolvidas ou suspensas em 
água ou em outras substâncias líquidas, para formar mistura líquida homogênea que suprima 
suas propriedades explosivas. 
Classe 4 - Sólidos inflamáveis 
Definição: 
Sólidos inflamáveis são substâncias sujeitas à combustão espontânea, substâncias que, em 
contato com a água, emitem gases inflamáveis. 
A classe 4 é dividida em três subclasses: 
 Sólidos inflamáveis – São aqueles que, em condições de transporte, sejam facilmente 
combustíveis, ou que, por atrito, possam causar fogo ou contribuir para isso, 
substâncias auto-reagentes que possam sofrer reação fortemente exotérmica, 
explosivos sólidos insensibilizados que possam explodir se não estiverem 
suficientemente diluídos; 
 Substâncias sujeitas à combustão espontânea – Elas são sujeitas ao aquecimento 
espontâneo em condições normais de transporte, ou aquecimento em contato com o 
ar, podendo inflamar-se; e 
 Substâncias que, em contato com a água, emitam gases inflamáveis – São aquelas que, 
por interação com água, possam se tornar espontaneamente inflamáveis ou liberar 
gases inflamáveis em quantidades perigosas. 
 
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Classe 5 - Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos 
A classe 5 é dividida em 2 subclasses: 
 Substâncias oxidantes - Substâncias que, embora não sendo necessariamente 
combustíveis, podem, em geral, por liberação de oxigênio, causar a combustão de 
outros materiais ou contribuir para isso. Tais substâncias podem estar contidas em um 
artigo. 
 Peróxidos orgânicos - Substâncias orgânicas que contêm a estrutura bivalente −O−O− e 
podem ser consideradas derivadas do peróxido de hidrogênio, em que um ou ambos 
os átomos de hidrogênio foram substituídos por radicais orgânicos. Peróxidos 
orgânicos são substâncias termicamente instáveis que podem sofrer decomposição 
exotérmica auto-acelerável. Além disso, podem apresentar uma ou mais das seguintes 
propriedades: 
 
1) Ser sujeitos à decomposição explosiva; 
2) Queimar rapidamente; 
3) Ser sensíveis a choque ou atrito; 
4) Reagir perigosamente com outras substâncias; e 
5) Causar danos aos olhos. 
Classe 6 - Substâncias tóxicas e infectantes 
 A classe 6 é dividida em 2 subclasses: 
 Substâncias tóxicas – São substâncias capazes de provocar a morte, lesões graves ou 
danos à saúde humana, se ingeridas ou inaladas, ou se entrarem em contato com a 
pele. 
 Substâncias infectantes – São substâncias que contenham patógenos ou estejam sob 
suspeita razoável. Patógenos são microorganismos (incluindo bactérias, vírus, rickéttsias, 
parasitas, fungos) ou microorganismos recombinantes (híbridos ou mutantes) que possam ou 
estejam sob suspeita razoável de poderem provocar doenças infecciosas em seres humanos ou 
em animais. 
 Classe 7 - Substâncias radioativas 
Material radioativo é qualquer material que contenha radionuclídeos; que tanto a 
concentração da atividade quanto a atividade total na expedição excedam os valores 
especificados em legislação. Considera-se ainda a atividade específica de um radionuclídeo 
como sendo aquela atividade por unidade de massa daquele radionuclídeo. 
Classe 8 - Substâncias corrosivas 
São substâncias que, por ação química, causam severos danos quando em contato com tecidos 
vivos ou, em caso de vazamento, danificam ou mesmo destroem outras cargas ou o próprio 
veículo, podendo ainda apresentar outros riscos. 
Classe 9 - Substâncias perigosas diversas 
 
 19 
Substâncias e artigos perigosos diversos são aqueles que apresentam, durante o transporte, 
um risco não compreendido por nenhuma das outras classes. 
Riscos associados a classes e subclasses 
Os riscos associados a classes e subclasses são divididos em primário e secundário. Os riscos 
primários (ou principais) referem-se ao potencial de causar danos associados aos produtos das 
respectivas classes e subclasses, sendo possível que um produto perigoso tenha mais de um 
risco associado, mas sempre um risco será principal e o associado, quando existir, será 
denominado risco secundário (ou subsidiário). 
Por exemplo: Combustíveis para motores (metanol) possuem como risco principal o fato de 
serem inflamáveis, por suas características químicas. Entretanto, a gasolina é também tóxica 
se ingerida; verifica-se que ela é, ao mesmo tempo, inflamável e tóxica, sendo que sua 
característica de inflamabilidade é considerada risco principal e a toxicidade, risco secundário. 
Risco primário 
 
CLASSE RÓTULO DE RISCO PRIMÁRIO 
Classe 1 – 
Explosivos 
 
 
 
 
Classe 2 – 
Gases 
 
 
 
 
Classe 3- 
Líquidos 
inflamáveis 
 
 
 20 
Classe 4 – 
Sólidos 
inflamáveis 
 
Classe 5 – 
Substâncias 
oxidantes 
 
Classe 6 – 
Substâncias 
tóxicas 
 
Classe 7 – 
Materiais 
radioativos 
 
Classe 8 – 
Corrosivos 
 
Classe 9 – 
Substâncias 
perigosas 
diversas 
 
 
 
 
 21 
Risco Secundário 
CLASSE RÓTULO DE RISCO SECUNDÁRIO 
 
 
 
Classe 1 – Explosivos 
 
 
 
 
Classe 2 – Gases 
 
 
 
 
Classe 3- Líquidos inflamáveis 
 
 
 
 
Classe 4 – Sólidos inflamáveis 
 
 
 
 
Classe 5 - Substâncias 
oxidantes e peróxidos 
orgânicos explosivos 
 
 
 22 
 
 
 
 
Classe 6 – Substâncias tóxicas 
(venenosas e substâncias infectantes)Classe 8 – Corrosivos 
 
 
Desafio 
Você consegue descrever a diferença entre os rótulos de risco referentes aos riscos primários e 
aos secundários? 
Resposta certa: Nos rótulos de risco referentes ao risco principal, existe um número referente 
à classe ou subclasse do produto, enquanto no rótulo referente ao risco secundário, esse 
número não existe. 
 Painel de segurança 
Painel retangular de cor alaranjada, indicativo de transporte rodoviário de produtos perigosos, 
que possui escrito, na parte superior, o número de identificação de risco do produto e, na 
parte inferior, o número que identifica o produto (ONU), deve ser afixado nas laterais, traseira 
e dianteira do veículo. Este painel é constituído de quatro algarismos 
 Número da ONU; e 
 Número de risco. 
 
Exemplos: 
 
 23 
 
 
 Número de risco 
Esse número é constituído por dois ou três algarismos e se necessário a letra “X”. 
Quando for expressamente proibido o uso de água no produto perigoso deve ser cotada a 
letra “X”, no início, antes do número de identificação de risco. 
O número de identificação de risco permite determinar de imediato: 
 O risco principal do produto = 1º algarismo; e 
 Os riscos subsidiários = 2º e/ou 3º algarismos. 
Os documentos da carga são as notas fiscais e o envelope de transporte da carga, de porte 
obrigatório pelo transportador, que seguem o padrão comum de nota fiscal, onde são 
acrescidos também o número da ONU e número de risco. 
Significado do primeiro algarismo 
 0 - Ausência de risco subsidiário; 
 1 – Explosivo; 
 2 - Emana gás; 
 3- Inflamável; 
 4- Fundido; 
 5- Oxidante; 
 6- Tóxico; 
 7 – Radioativo; 
 8 – Corrosivo; 
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 24 
 9 - Perigo de reação violenta. 
Significado do segundo e/ou terceiro algarismo 
 0 - Ausência de risco subsidiário; 
 2 – Desprendimento de gás devido à pressão ou à reação química; 
 3- Inflamabilidade de líquidos (vapores) e gases com líquidos sujeitos à auto-
aquecimento; 
 4- Inflamabilidade de sólidos ou sólidos sujeitos à auto-aquecimento; 
 5- Efeito oxidante (intensifica o fogo); 
 6- Toxicidade ou risco de infecção; 
 7 – Radioatividade; 
 8 – Corrosividade; 
 X- Substância que reage violentamente com a água. 
 
 
 
CAPÍTULO 3 
MANUAL PARA ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIAS COM PRODUTOS 
PERIGOSOS 
 
 Objetivo do manual 
 
O manual foi desenvolvido pelo departamento de transportes dos Estados Unidos, 
sendo adaptado pela Associação Brasileira da Indústria Química (ABIQUIM) ao Brasil, 
visando direcionar os atendimentos às características dos produtos químicos que são 
produzidos e transportados em solo brasileiro. O manual está em observância com o 
ERG 2000 (Emergency Response Guidebook), sendo o mesmo aplicado nos Estados 
Unidos, Canadá e México. O conteúdo apresentado é baseado na 5a edição do manual 
de emergências da ABIQUIM, de 2006. 
O manual tem por objetivo orientar a resposta à emergência, servindo como fonte de 
consulta prática, objetiva e sistemática que fornece as várias providências a serem 
adotadas que facilitam o atendimento pelas equipes de resposta que primeiro 
chegarem ao local. Esse manual é voltado para o transporte rodoviário com produtos 
perigosos, podendo servir de fonte de consulta em acidentes químicos ampliados, 
porém, nesses casos, deve se contar com o conhecimento e experiência de um 
especialista em produtos perigosos. 
 
Sistemas deidentificação 
 
O manual deve ser utilizado observando os três sistemas de identificação dos produtos 
perigosos: 
1. Painel de segurança; 
2. Rótulo de risco; e 
3. Documentos da carga. 
 
 25 
 
Todos os procedimentos adotados e prescritos no manual da ABIQUIM devem ser 
tomados, aproximando-se do incidente com o vento pelas costas até uma distância 
segura para você e sua equipe. 
Mas, se você não possuir os EPI’s – vestimentas e equipamentos de proteção 
respiratória – adequados, mantenha-se afastado de vazamentos (gases), 
derramamentos (líquidos) e tombamentos (sólidos) e tente identificar o produto, 
sempre com segurança. 
 
O manual para atendimento às emergências com produtos perigosos possui cinco 
seções: 
 
1. Seção branca 
A seção branca aborda informações gerais acerca do manual, bem como dados referentes aos 
números de risco e suas características, além da tabela dos códigos de riscos. 
 
 
 
2. Seção amarela 
 
A seção amarela classifica o produto perigoso pelo número da ONU, relacionando o número ao 
nome do mesmo, atribuindo com isso a sua classe de risco e a respectiva guia de emergência. 
A seção amarela possui algumas divisões em suas listas, isso em função de alguns produtos 
perigosos terem sido retirados ou por não serem cobertos pela Legislação Brasileira (Resolução 
 
 26 
420, da Agência Nacional de Transportes Terrestres), baseada no Livro Laranja da ONU (13ª 
Edição). 
 
 
Nesta seção estão organizados os produtos considerados como perigosos em ordem numérica 
crescente, de acordo com a designação da ONU (Organização das Nações Unidas). 
 
3. Seção azul 
A seção azul identifica o produto pelo seu nome comercial, servindo para se associar o mesmo 
à sua respectiva guia de emergência e ao número ONU. 
 
 
 
 27 
4. Seção laranja 
A seção laranja é composta basicamente de guias, sendo essas denominadas de guias de 
emergência, pois compõem todos os procedimentos que devem ser adotados em um acidente 
com produtos perigosos. 
 
 
O título da GUIA de emergência identifica o tipo de substâncias. 
A seção laranja possui 62 guias, divididas em função dos riscos potenciais, atribuições da 
segurança pública e ações de emergência. Quando não se conhece o conteúdo da carga ou 
existe transporte de vários produtos perigosos junto – carga mista (desde que sejam 
compatíveis e dentro da quantidade exigida pela legislação) – usa-se a guia 111. Sempre que 
for possível utilizar outros métodos (número ONU, nome do produto ou rótulos de risco), 
deve-se preferir usar as guias amarela e azul, respectivamente. 
Configuração da guia laranja: 
 
GUIA XXX 
RISCOS POTENCIAIS FOGO OU EXPLOSÃO 
 RISCOS À SAÚDE 
AÇÃO DE EMERGÊNCIA FOGO 
 VAZAMENTO/DERRAMAMENTO 
 
SEGURANÇA VESTIMENTAS DE PROTEÇÃO 
 EVACUAÇÃO 
 PRIMEIROS SOCORROS 
 
5. Seção verde 
 
A seção verde relaciona: 
 Tabelas de distâncias para isolamento e proteção inicial; 
 Produtos perigosos que reagem com água; 
 Fatores que podem alterar as distâncias de proteção; 
 Prescrições relativas à tomada de decisão para as ações de proteção; 
 Fundamentos para isolamento e evacuação; e 
 Classificação do tamanho dos vazamentos. 
 
 28 
 
 Tabela de distância de isolamento e proteção inicial. 
A tabela é utilizada como orientação nos procedimentos iniciais para os produtos perigosos 
grafados em verde nas seções amarela e azul, pois os mesmos necessitam de cuidados 
especiais no atendimento. As tabelas indicam as áreas mais prováveis de serem afetadas 
durante os primeiros 30 minutos, após o início do derramamento. Depois desse período, as 
guias devem ser adaptadas conforme a evolução da situação. 
ONU NOME 
DO 
PRODUTO 
PEQUENOS DERRAMAMENTOS 
Provenientes de embalagens 
pequenas ou um pequeno vazamento 
de uma embalagem grande 
GRANDES DERRAMAMENTOS 
Provenientes de uma embalagem 
grande ou de diversas embalagens 
pequenas 
 Primeiro, ISOLE em 
todas direções. 
A seguir, 
PROTEJA as 
pessoas no 
sentido do 
vento 
Primeiro, ISOLE em 
todas direções 
A seguir, PROTEJA as 
pessoas no sentido 
do 
vento 
 DIA NOITE DIA NOITE 
 11+(Km) 
 
Produtos perigosos que reagem com água 
A tabela de produtos que reagem com a água fornece os vapores tóxicos resultantes; deve -se 
analisar qual a maior toxicidade do produto original ou do seu composto (vapor), para que se 
determinem os procedimentos iniciais a serem adotados. 
Materiais que produzem grandes quantidades de vapores tóxicos, resultando em risco de 
envenenamento por inalação, quando derramado na água. 
 
ONU GUIA PRODUTO VAPOR TÓXICO PRODUZIDO (ONU) 
 
 
 
 29 
 
Utiliza-se esta tabela somente em caso de derramamento do produto na água, em conjunto 
com as distâncias especificadas na tabela de isolamento e evacuação para os vapores 
produzidos. 
Fatores que podem alterar as distâncias de proteção 
 
Apesar de sempre se ressaltar as características tóxicas dos produtos perigosos, isso pode ficar 
em segundo plano, caso esteja associado ao mesmo, a possibilidade de fogo ou explosão. Caso 
haja o envolvimento de mais de uma carreta tanque, as distâncias podem ser aumentadas em 
função de uma análise mais específica e técnica por parte dos especialistas e técnicos em 
emergências com produtos perigosos. 
Para produtos cuja distância de isolamento seja de 11 quilômetros, existe a possibilidade 
deque a mesma seja aumentada em razão das condições atmosféricas. Locais onde a dispersão 
dos vapores é feita de forma mais lenta, como vales ou ao pôr-do-sol, a distância de 
isolamento deve ser acrescida, pois envolve uma maior área a ser atingida. 
 
Prescrições relativas à tomada de decisão para as ações de proteção 
 
É necessário considerar algumas circunstâncias na tomada de decisão para melhor protegeros 
elementos vulneráveis (meio ambiente e seres humanos), podendo ser utilizadas 
técnicasvariadas, desde a evacuação até a proteção do local atingido, podendo executar 
ambas. 
A avaliação determinará a melhor técnica para a adoção de medidas práticas e úteis no 
desenrolar da emergência. Para a análise de risco, onde se incluem a ameaça e a 
vulnerabilidade do cenário, observa-se o seguinte: 
 Produtos perigosos: 
 Risco à saúde; 
 Quantidade envolvida; 
 Contenção e controle de emanação; e 
 Índice do movimento do vapor. 
 
 População ameaçada: 
 Localidade; 
 Número de pessoas; 
 Tempo para evacuação ou para proteção; 
 Capacidade de controlar a evacuação ou proteção; 
 Tipos de construções disponíveis; e 
 
 30 
 Populações ou instituições especiais, tais como casas de repouso, hospitais, 
prisões, etc. 
 
 Condições atmosféricas: 
 Efeitos no movimento da nuvem de vapor; 
 Potencial para alterações; e 
 Efeitos no procedimento de evacuação ou proteção; 
 
 
Fundamentos para as ações de isolamento e evacuação 
 
 
1) As distâncias mínimas para o isolamento e evacuação dos produtos listados na tabela verde 
são de 30 e 100 metros, respectivamente; e 
2) As distâncias foram divididas em categorias e a maior distância para uma ação de proteção é 
de aproximadamente 11.000 metros. Entretanto, as nuvens de produtos perigosos podem 
afetar áreas e pessoas além dessas distâncias. Nesses casos, as áreas protegidas deverão ser 
aumentadas adequadamente. 
Classificação dos vazamentos 
Segundo indicação do manual de emergências da ABIQUIM, devemos classificar os vazamentos 
da seguinte forma: 
No caso de Substâncias líquidas ou sólidas (pós ou granulados): 
 
 31 
 Pequeno vazamento – Único recipiente de até 200 litros ou tanque maior, que possa 
formar uma deposição de até 15 metros de diâmetro; 
 Grande vazamento – Grande volume de produtos provenientes de um único recipiente 
ou diversos vazamentos simultâneos que formem uma deposição maior que 15 metros 
de diâmetro. 
 No caso de gases, considerartodos os vazamentos como sendo de grande porte. 
 
 
 
RESUMO DA 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
VAZAMENTOS 
 
LÍQUIDO OU SÓLIDO 
PEQUENO < ou = 15m DIA 
NOITE 
GRANDE > 15 m DIA 
NOITE 
GÁS GRANDES TODOS DIA 
NOITE 
 
CAPÍTULO 4 
 PROCEDIMENTOS EM CASO DE EMERGÊNCIA COM PRODUTOS PERIGOSOS 
 
Ao finalizar este módulo você será capaz de: 
 Citar as três zonas de trabalho para controlar um acidente com produtos perigosos e 
os diferentes tipos de EPIs; 
 Listar os procedimentos para registrar uma chamada com produtos perigosos; 
 Enumerar os procedimentos a serem tomados no atendimento a uma emergência 
com produtos perigosos; e 
 Listar os principais dados a serem solicitados numa ocorrência com produtos 
perigosos. 
O conteúdo do módulo está dividido em 2 aulas: 
 AULA 1 - PROCEDIMENTOS INICIAIS 
 AULA 2 - ZONAS DE TRABALHO E AS FUNÇÕES DESENVOLVIDAS 
AULA 1 - PROCEDIMENTOS INICIAIS 
As quatro regras chaves: 
 Não se converta em uma vitima; 
 Não se precipite; 
 Não suponha nada e; 
 Não Prove, toque, respire nem coma nada. 
 
 
 32 
Dados básicos a serem solicitados antes de chegar à cena 
Ao registrar uma chamada, é importante anotar dados que ajudarão a equipe a chegar ao local 
ou mesmo orientar as pessoas para poderem tomar os primeiros cuidados na cena. Os 
parâmetros abaixo servem de referência: 
1. Lugar e hora do acidente; 
2. Vítimas: número e condições; 
3. Fogo e explosão; 
4. Liberação de contaminantes visível; 
5. Condições meteorológicas e direção do vento; 
6. Sinais, marcas ou nomes que permitam reconhecer ou identificar o produto; 
7. Odor raro; 
8. Pessoas na cena que tenham mais informações ou conhecimento sobre o que está 
ocorrendo; 
9. Relevo e condições do terreno (se é úmido); e 
10. Lugar onde é possível encontrar pessoas com equipes de primeira resposta que podem se 
dirigir ao acidente. 
Ações ao se chegar à cena 
A primeira equipe a chegar ao local deve adotar os seguintes procedimentos: 
1. Informar a base de sua chegada à zona de impacto; 
2. Assumir e estabelecer o posto de comando; 
3. Avaliar a situação; 
 Aproximar-se e posicionar sua equipe e pessoal na área segura (a favor do vento, em 
área mais elevada e com águas abaixo da cena); 
 Reconhecer ou identificar o produto. Utilize binóculos, procure os painéis e use os 
documentos de carga; 
 Manter uma distância inicial de precaução com o vento pelas costas, não devendo ser 
menor que 100 metros para derramamentos ou vazamentos químicos, e de 300 
metros para explosivos; e 
 Se for necessário sair imediatamente da área, evitando a entrada nas zonas de 
trabalho. 
4. Estabelecer o perímetro de segurança; 
 
 33 
 Estacionar as viaturas direcionadas para uma via de escape de emergência; e 
Determinar as rotas de saída da área em caso de emergência e comunicar a todas as 
pessoas de sua equipe (estabelecer áreas de concentração para equipes de zonas 
diferentes). 
5. Estabelecer seus objetivos, considerando os recursos que estão disponíveis e suas 
necessidades que devem ser satisfeitas; 
6. Determinar as estratégias; 
 Continuar avaliando a situação e fazer as mudanças nas ações que seu nível inicial o 
permita. 
7. Determinar a necessidade de recursos e possíveis instalações; e 
 Solicitar o envio de grupos especializados. 
8. Preparar as informações para transferir o comando. 
 
Padrão de dispersão tridimensional dos produtos perigosos 
O padrão de dispersão serve para demonstrar ao aluno como se comportam os produtos 
perigosos quando expostos ao ambiente. Esse padrão poderá lhe ajudar a diminuir sua 
vulnerabilidade quando estiver atendendo a uma ocorrência com produtos perigosos, uma vez 
que um comportamento adotado para um determinado produto pode ser prejudicial para 
outro. Por exemplo, se você estiver atendendo ocorrência de derramamento de líquido 
inflamável, saberá que a tendência desse produto é escorrer do nível mais alto para o mais 
baixo, buscando infiltrar-se em galerias pluviais. Mas, se você atender a uma emergência com 
gases mais leves que o ar, saberá que posicionar-se em um nível mais elevado que o do 
acidente o deixará mais vulnerável do que se estivesse em um nível mais baixo, porque a 
tendência desses produtos é a expansão para áreas bem altas. 
 
AULA 2 - ZONAS DE TRABALHO E AS FUNÇÕES DESENVOLVIDAS 
 
A organização dos recursos no nível operacional (primeiro respondedor) não se preocupa com 
a divisão da zona contaminada em zonas de trabalho. Os níveis de resposta posteriores Padrão 
O primeiro respondedor deve sempre atentar para a direção do vento, locais elevados, 
mananciais de água e para a presença de instalações atingidas pelos contaminantes que 
podem fragilizar, ainda mais, o cenário ou afetar mais pessoas ou o meio ambiente. A 
disposição de recursos na cena poderá absorver instalações do sistema de comando de 
incidentes, como a área de espera e a ACV (área de concentração de vítimas). 
Zonas de trabalho 
As zonas de trabalho são constituídas da seguinte forma: 
 
 
 34 
 Zona 1 - Zona de suporte (Zona fria) 
Localizada na área fora dos locais onde estão as equipes de intervenção com produtos 
perigosos, porém com um nível de segurança elevado, possui isolamento feito pelo pessoal de 
segurança. O pessoal de primeira intervenção deverá posicionar-se deste setor para fora. 
 Zona 2 - Zona de redução de contaminação (Zona morna) 
Local onde fica o corredor de redução dos contaminantes (CRC), passagem das equipes 
de técnicos que entraram ou saíram com segurança da zona quente. Deve possuir 
além do CRC uma saída de emergência para os técnicos. 
 
 Zona 3 - Zona de exclusão (Zona quente) 
Local onde estão presentes os contaminantes. A equipe de primeiro respondedor não deverá 
entrar nesse local. Nesse setor só deve circular pessoal técnico com equipamentos de proteção 
individual (EPI`s) adequados, seja para atividade de detecção ou para socorro às vítimas. 
A definição das zonas de trabalho será realizada pelo pessoal especializado. 
 
AULA 3 - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO PESSOAL 
 
São os equipamentos destinados a evitar o contato (exposição) das equipes de intervenção 
com os contaminantes e podem ser definidos em EPI e EPR. 
 EPI – Equipamento de proteção individual – Caracterizado pelos equipamentos que 
serão utilizados para impedir o contato do ser humano e aparelhos com os 
contaminantes. 
Exemplo: Luvas, roupas de proteção de nível “A”, botas, luvas butílicas e óculos. 
 EPR – Equipamento de proteção respiratória – Equipamentos que se destinam a 
proteger as vias respiratórias de absorver os contaminantes que estão na cena. Podem 
ser de auto-sustentação ou de filtragem. Exemplos: Equipamento de respiração 
autônoma e máscara facial. 
Veja os níveis de proteção relacionados aos equipamentos de proteção individual: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 35 
 
 
NÍVEIS DE PROTEÇÃO 
Nível de proteção “A” Nível de proteção “B” 
 
Nível de proteção “C” Nível de proteção “D” 
 
Utilizado quando é 
necessário o maior 
nível 
de proteção ao sistema 
respiratório e à pele. 
Utilizado quando se 
deseja um nível 
máximo 
de proteção 
respiratória, 
mas um nível menor 
de 
proteção para a pele. 
Utilizado quando não 
é 
necessário um nível 
de 
proteção respiratório 
maior 
nem à pele, porém, os 
gases existentes 
podem, 
num grande tempo de 
exposição, afetar o 
organismo. 
 
É o uniforme de 
trabalho 
das equipes de 
socorro 
urbano e de outros 
profissionais que 
trabalham 
próximos de locais 
que 
possuam produtos 
perigosos.

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