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Seminário de Hidrologia crise hídrica

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2
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE FLUMINENSE
LABORATÓRIO DE ENGENHARIA CIVIL- HIDROLOGIA
CRISE HÍDRICA EM GRANDES CENTROS URBANOS BRASILEIROS
Seminário de Hidrologia
Campos dos Goytacazes/RJ
17 de maio de 2021
 
CRISE HÍDRICA EM GRANDES CENTROS URBANOS BRASILEIROS
Seminário de Hidrologia do Curso de Engenharia Civil da Universidade Estadual do Norte Fluminense, como parte dos requisitos necessários à aprovação da matéria no fim do semestre letivo.
Professor: Afonso Rangel Garcez de Azevedo 
Resumo
O presente trabalho descreve os fatores que causaram a crise hídrica em grandes centros urbanos do Brasil, que mesmo sendo o país que conta com a maior reserva de água do mundo, passa por graves crises hídricas. Essa escassez de água atinge diversas regiões do país, atingindo inclusive grandes polos urbanos do país, como é o caso das cidades de Recife e São Paulo, especialmente destacadas na presente pesquisa, por serem metrópoles de grande importância para o país. Algumas soluções são propostas para combater essa crise, tais como reutilização e reuso de água, obras de barragens, reservatórios, e dessalinização da água do mar. O trabalho visa contribuir com as discussões existentes a respeito da crise hídrica, informando e alertando aos leitores sobre os fatos decorrentes ao longo dos anos passados e atual, assim como formas para evitar um novo colapso no território metropolitano brasileiro.
 Palavras-chave: Crise Hídrica, Água, Centro urbano
Sumário
1. Introdução .......................................................................................... 5
2. Desenvolvimento ............................................................................... 6
I. Fluxo ......................................................................................... 7
II. Continuação ............................................................................. 8
III. Parte Final ................................................................................ 9
3. Conclusão ......................................................................................... 10
I. Final .......................................................................................... 11
4. Bibliografia ........................................................................................ 12
1. Introdução
O Brasil detém a maior reserva de água doce do mundo, cerca de 12% do volume de toda a água doce do planeta, estão localizados no país. Porém, essa água não é bem distribuída em todo território brasileiro, e isso se dá por uma série de fatores. Primeiramente, sabe-se que o Brasil é um país de dimensões continentais, e apresenta crescimento populacional desigual dentre suas regiões. Crescimento esse que é totalmente desordenado, onde centros urbanos crescem cada vez mais, ao passo que os recursos disponíveis não são capazes de acompanhar e fornecer água para toda a população. 
Além da má distribuição, o mau uso do solo, a poluição, combinado com o desmatamento de áreas nativas, provocou a crise hídrica que o Brasil vem passando atualmente, que desde 2014 vem se agravando, chegando ao ponto da atual crise ser considerada a pior da história do país. 
A falta de manejo adequada, o uso irresponsável dos recursos naturais, associada a falta de infraestrutura e planejamento também são fatores importantes que contribuem fortemente para a escassez de água no Brasil, principalmente nos grandes centros urbanos, onde esse problema fica ainda mais evidente, causando inclusive situações de calamidade pública por conta da crise hídrica.
São Paulo, o estado mais populoso do país, cuja capital é a cidade brasileira mais influente no cenário global, é um dos grandes centros urbanos que vêm sofrendo com a crise hídrica, e teve seu pior cenário em 2014, onde o sistema de abastecimento Cantareira, chegou a utilizar seu volume morto. Recife também vem passando por uma grave crise hídrica, chegando a uma situação crítica de racionamento de água em janeiro do vigente ano.
Essa escassez de água, vem provocando uma série de impactos no país, afetando desde o âmbito social até o econômico. Diante disso, garantir o acesso à água de qualidade para toda a população brasileira é um dos principais desafios do poder público, visto que esse é um bem natural essencial a vida e as atividades, e sem uma gestão sustentável desse recurso, a crise só irá se agravar cada vez mais, causando gravíssimos problemas no país e no mundo.
2. Desenvolvimento
Sabe-se, portanto, que o Brasil detém a maior reserva de água doce do mundo, onde a oferta é na média muito maior do que a demanda. Por exemplo, calculando -se a oferta de água, pelo consumo populacional, temos uma vazão de 5.660 quilômetros cúbicos de água por ano (km³/a), enquanto a população consome em torno de 74 km³/a, que é menos de 2% da quantidade ofertada. Porém, como também foi abordado, esses recursos hídricos estão desigualmente distribuídos. 
Um claro exemplo dessa má distribuição de água, acompanhado do crescimento populacional desigual e desornado nas grandes metrópoles é que cerca de 68% da água doce disponível, está localizada na região Norte, região essa habitada por apenas 7% da população brasileira, enquanto a região sudeste, que é ocupada por aproximadamente 44% dos brasileiros, possui uma reserva de apenas 6% da água doce do Brasil. O Serviço Geológico do Brasil afirmou que apenas 1% de toda a vazão do Rio Amazonas seria suficiente para atender em mil vezes o que necessita a cidade de São Paulo.
Além da má distribuição de água, o desmatamento e as queimadas também são responsáveis por essa crise. Em 2020, os números de desmatamento na região amazônica e as queimadas no Pantanal, que é a maior área úmida do país, foram alarmantes. Segundo dados do Inpe (Instituto de Pesquisas Espaciais), entre agosto de 2019 e julho de 2020, o desmatamento na Amazônia Legal cresceu 9,5%, já o Pantanal foi vítima 22.119 focos de incêndios em 2020, cerca de 120% a mais que no ano anterior.
E tudo isso, gera remoção de suas matas ciliares ao redor dos rios, responsáveis por impedir o avanço da erosão que gera uma maior deposição de sedimentos no leito dos rios, fazendo com que esse processo seja acelerado, o que causa o assoreamento dos rios, que com o tempo, deixam de existir ou diminuem consideravelmente a vazão de suas águas. Ou seja, como a vegetação possui a função de preservar nascentes de grandes rios, além de equilibrar o ciclo da água, com a diminuição dessa cobertura vegetal, a água vai tornando-se gradativamente mais escassa. Além disso, as queimadas também influenciam nas chuvas, e a diminuição de chuvas, causam as estiagens que contribuem para a crise hídrica.
O mau uso do solo também é um dos responsáveis pela escassez de água. Em áreas de aquíferos e reservas subterrâneas, a poluição do solo leva, muitas vezes, à intoxicação do lençol freático, afetando a obtenção de água mineral. Por isso, a conservação de algumas reservas hídricas depende também da manutenção dos solos. Uma das maneiras mais frequentes em que isso acontece é a poluição gerada pela deposição de esgoto ou pela poluição excessiva das cidades. Em lugares onde o saneamento básico ambiental não é adequado, esse quadro torna-se ainda mais dramático.
Outro problema que é importante destacar, é a má gestão dos recursos disponíveis, pois faltam políticas públicas, as existentes são insuficientes para combater o problema, falta investimentos na área e isso também contribui para a crise hídrica. 
Um exemplo da falta de políticas públicas eficazes, é que, segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), mais de 35 milhões de pessoas ainda não têm acesso à água tratada no Brasil e o sistema de abastecimento de água potável gera 37% de perdas, em média. A falta de tratamento do esgoto compromete mais de 110 mil quilômetros dos rios brasileiros que recebem os dejetos, e como foi apresentado, a poluição também é causa de secas derios e nascentes, e o problema vira um ciclo.
Muitos são os fatores que poderiam ser citados que afetam direta ou indiretamente a disponibilidade da água e causam a crise hídrica, pois no ecossistema, tudo está interligado. O desequilíbrio nesse sistema, sempre trás inúmeras consequências, por isso muitos são os fatores responsáveis por uma crise. E dentro desse contexto, pode -se ressaltar os grandes centros urbanos brasileiros. Pelos fatores citados e muitos outros, grandes metrópoles enfrentam ou já enfrentaram problemas de escassez de água, cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Recife. 
Ao longo de 2014, a seca levou 1.265 municípios de 13 estados do Nordeste e do Sudeste a decretarem emergência, de acordo com dados do Ministério da Integração Nacional. Racionamento, problemas de abastecimento ou reservatórios em níveis de alerta tiveram que ser adotadas em muitas regiões metropolitanas do país.
Recife, por exemplo, capital do estado de Pernambuco, estado que tem a pior disponibilidade hídrica do país, em janeiro deste ano, 2021, divulgou que as barragens que abastecem a região metropolitana, estão á beira do colapso, em uma delas, chegando a 1,65% de sua capacidade total. Essa situação alarmante resultou em diversas consequências, e a região precisou passar por racionamento rigoroso, chegando a um rodízio de 1 dia com água e 7 dias sem água. A situação é tão crítica, não só na Região Metropolitana de Recife como em todo estado, que dos 107 reservatórios monitorados em Pernambuco, 66 estão em situação de colapso, com menos de 10% da capacidade total. Das 71 cidades do Agreste, 70 decretaram emergência ou calamidade pública.
Essa situação da crise hídrica, não só em Recife, mas em todo estado e toda a região Nordeste vem acontecendo a vários anos, e além dos diversos fatores que provocam e agravam a crise hídrica, ainda há uma enorme perda de água na distribuição. Além da escassez natural por falta de chuva, cerca de 50% da água encanada que é servida pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) se perde em vazamentos de tubulações e adutoras. 
Também é importante ressaltar a situação de São Paulo. A Região Metropolitana de São Paulo, é ocupada por cerca de 21,5 milhões de pessoas, é a sétima área urbana mais populosa do mundo, e é o maior centro econômico, financeiro e técnico do Brasil. Em virtude de seu imenso tamanho, esse grande centro urbano enfrenta diversos desafios quando se trata de gerir seus recursos hídricos. No ano de 2014 se iniciou uma gravíssima crise hídrica, que apesar de em 2016 ter sido amenizada, ainda se perdura até hoje.
Isso porque, São Paulo é um centro onde existe pouca reserva de água e é onde reside a maior parte da população e onde é concentrado a maior parte das atividades econômicas do país, industriais, comerciais e agrícolas, fazendo com que os sistemas de abastecimento fiquem cada vez mais sobrecarregados, tornando-se vulneráveis a qualquer seca de grande escala.
 A área metropolitana importa cerca de metade de seu abastecimento de água da Bacia do Rio Piracicaba na área metropolitana de Campinas em direção ao norte. Essa bacia é uma das responsáveis por abastecer o sistema Cantareira, um imenso reservatório administrado pela Sabesp e responsável pelo abastecimento de água de cerca de 8,8 milhões de pessoas. Em 2014, um período de estiagem assolou a região, causada por diversos fatores, como os citados acima, e foi o responsável por iniciar uma crise hídrica que deixou a região em situação de calamidade pública. Um racionamento de água, também precisou ser implementado na região, e políticas para combater a crise tiveram que ser implementadas as pressas, para amenizar a grave situação que a região estava sendo submetida.
Se tratando de um contexto geral, a crise hídrica tem assolado o Brasil a muito tempo, e não é uma realidade apenas dos grandes centros urbanos. É bem comum, quando se trata de crise hídrica, lembrar de toda região Nordeste também. Consequência das características geoambientais da região, da topografia, e das secas que costumeiramente assolam a região, o Nordeste é a região brasileira que mais sofre com esse problema quando o assunto é crise hídrica.
As consequências da crise hídrica, não só em grandes centros urbanos, como em todo Brasil, são muitas, e assim como o problema, as consequências também são muito complexas. A começar, pelo próprio prejuízo a população, pois sabe-se que água é essencial a todas as atividades humanas, e a falta de água compromete desde as necessidades mais básicas do ser humano, como consumo, preparo de alimentos, higiene pessoal até a economia. 
Inclusive, se tratando de economia, essa também é uma área que recebe impactos diretos da falta d´água. Por exemplo, existe uma relação nem sempre muito perceptível entre a disponibilidade de água e a produção de alimentos. Afinal, tudo o que consumido demanda a utilização de uma grande quantidade de água em seu processo produtivo, a chamada água virtual, ou seja, aquela consumida indiretamente, sem perceber. Por exemplo: na produção de um quilo de carne, 15 mil litros de água são utilizados.
Por isso, sem água, a agricultura perde milhões de seus produtos, pois não consegue fazer uma irrigação eficiente, e a pecuária não é capaz de alimentar os animais, gerando morte de aves, suínos e bovinos, que causa a diminuição de alimento. Com a diminuição das ofertas, os preços vão as alturas. E não é só a agropecuária, que dentro da economia, sofre com a crise hídrica. A indústria em geral precisa de água em todos os seus processos, e a falta ela, compromete sua produção.
Diante disso, é óbvio que existe uma grande questão envolvendo várias localidades do Brasil e do mundo referente à escassez hídrica e à segurança alimentar. A falta de água vai além da dificuldade no acesso a esse recurso natural, pois ocasiona um problema socioeconômico de graves impactos.
Em grandes centros urbanos, o impacto é ainda maior. Uma cidade de importância econômica tão grande, como São Paulo, gera uma crise econômica e social de impactos no país inteiro, e até em nível mundial – em termos econômicos. Cidades turísticas como Recife tem sua economia prejudicada, pois sem água, o turismo enfraquece.
Muito poderia ser falado no que diz respeito as consequências, pois elas são inúmeras e a crise hídrica é responsável inclusive por mortes de animais e seres humanos, pela falta de um bem essencial que é a água.
Conforme foi discutido, são vários os problemas têm agravado a escassez dos recursos hídricos: o desmatamento das nascentes, a poluição, o crescimento das cidades, o aumento das demandas para consumo humano e irrigação e a má gestão dos recursos hídricos (pela falta de cuidado no uso da água disponível), são alguns dos que foram citados. Mediante a essa realidade, é fato que há muito a se fazer para combater a crise hídrica.
Primeiramente, é dever de todo cidadão utilizar a água de maneira consciente. Incentivar a consciência quanto ao uso da água é dever não só do governo, como também de toda população. Políticas que incentivem e auxiliem no uso consciente são essenciais no combate a essa crise.
Outro ponto importante, é cuidar das raízes dos problemas. Conforme foi exposto, desmatamento e queimadas são importantes responsáveis por essa crise, e para combater essa situação, deve -se cobrar dos governantes, políticas públicas para monitorar e fiscalizar as áreas de preservação, além de implementar um plano de combate rápido a focos de incêndio.
O novo marco do saneamento também será importante para o combate a crise, uma vez que conforme cada vez mais brasileiros possuírem sistema de tratamento de esgoto, a poluição causada pelo despejo de esgoto nos rios irá diminuindo. Ainda em saneamento, implementar projetos para o tratamento do esgoto sanitário para criar água de reuso, que pode ser empregada principalmente na agricultura e na indústria, que são os setores que mais consomem esse recurso natural, também é uma ação importante no combate a crise hídrica.
 Outra solução para a escassezde água, principalmente quando a previsão de chuvas está abaixo da média, é a construção de infraestrutura hídrica. Há uma grande dificuldade de consolidar sistemas de abastecimento que acompanhem o crescimento populacional e a demanda dos setores industrial e agrícola; todos trabalham no limite e, quando há um evento climático extremo como a estiagem o abastecimento entra em crise. Por isso, é necessário investir em mais barragens e reservatórios, depósitos com maior capacidade de acumular água e obras de interligação dos tanques com os centros de consumo de água. Em alguns casos, as ações podem envolver obras de interligação de bacias, como transposição de rios e de sistemas de transporte de água. 
Outra medida muito interessante e muito eficiente para o combate a crise hídrica, que inclusive já vem sendo largamente utilizada com sucesso em diversos países do mundo, é a dessalinização da água. 
Desde 2004, o Brasil vem tentando implementar essa medida, que apesar de eficiente, é cara. Assim, a UFCG - Universidade Federal de Campina Grande na Paraíba, vem estudando uma técnica eficiente e mais barata se comparado a técnica tradicional, para a implementação da dessalinização, que é a osmose inversa — passagem da água por membranas filtrantes. Com a osmose inversa, é possível gastar cerca de R$ 1 para dessalinizar mil litros de água salobra e entre R$ 1,50 e R$ 2 de água do mar, segundo especialista da universidade. O processo é responsável, por exemplo, pelo abastecimento de água no Arquipélago de Fernando de Noronha há uma década.
Investir na técnica, para aprimoramento e implementação, principalmente em grandes centros urbanos, também é uma solução muito eficiente no combate a crise hídrica. Por isso, o investimento do governo em pesquisas que busquem maneiras que auxiliem no combate, como essa técnica de dessalinizar da UFCG, também é imprescindível.
3. Conclusão 
Conforme foi visto, a crise hídrica é um problema que gera muitos impactos negativos, em vários âmbitos, e prejudicam todo o país, e essa crise não tem apenas uma causa. A crise hídrica é fruto de uma série de fatores, que vão desde a má distribuição da água, má gestão de recursos, e vão até desmatamento, queimadas e poluição. Além disso, ainda há o desperdício de água, diminuição do nível de chuvas e o aumento de consumo de água devido ao crescimento populacional, industrial e de agricultura também contribuem para a atual crise hídrica do país.
 E ainda poderiam ser tratadas muitas outras vertentes, pois este é um problema complexo, pois tudo está interligado. Por isso, a solução também não é única, é preciso adotar diversas políticas de combate às várias frentes da crise.
As consequências também são incontáveis, pois como é sabido, a água é o bem mais precioso e mais essencial a vida urbana. Parece clichê a frase sem água não há vida, mas é a mais pura realidade e tomar consciência, que se a postura a respeito desse problema não mudar, a crise só tende a agravar cada vez mais e impactar em toda a sociedade.
Portanto, a discussão sobre esse assunto, tem sido constante em comissões de Desenvolvimento Sustentável e Desenvolvimento Urbano e de Meio Ambiente, além dos comitês especiais, externos e de frentes parlamentares. Vários projetos de lei estão em análise e buscam formas de economizar água e contornar o problema da falta de água que vem assolando o Brasil inteiro, em especial, grandes centros urbanos.
Medidas essas que devem ser tomadas tanto pelo governo, através de políticas públicas, quanto pelos cidadãos em geral. Preservação dos rios e reservas subterrâneas, conservação de recursos naturais, reutilização e reuso da água, infraestrutura hídrica, e até medidas mais tecnológicas, como dessalinização da água, são algumas das propostas tratadas no presente trabalho e que não param por aí.
O assunto é amplo, as causas são inúmeras, as consequências incontáveis, porém as soluções também. Há muito que pode e deve ser feito e é dever de todos, tanto cobrar das autoridades públicas, políticas para o combate dessa crise, como as tratadas no presente trabalho, como também tomar postura de sustentabilidade, principalmente nós, como cidadãos e como futuros engenheiros civis, e inclusive, aplicar na prática tudo o que pode ser feito que colabore para a menor geração de resíduo, economia de água, e que gere um menor impacto ecológico como um todo.
4. Bibliografia
- http://www.senado.gov.br/noticias/jornal/emdiscussao/escassez-de-agua/materia.html?materia=dessalinizar-a-agua-e-cada-vez-mais-viavel.html
- https://blog.brkambiental.com.br/escassez-de-agua/
- https://brasilescola.uol.com.br/geografia/escassez-agua-no-brasil.htm
- https://agencia.fapesp.br/mudanca-climatica-pode-agravar-crise-hidrica-nos-centros-urbanos/19181/
- https://casavogue.globo.com/um-so-planeta/noticia/2021/03/por-que-ainda-existe-crise-hidrica-no-brasil.html
- https://jornal.usp.br/atualidades/se-nao-houver-consumo-consciente-crise-hidrica-pode-chegar-em-2021/
- https://www.todamateria.com.br/crise-hidrica-no-brasil/
- https://reporterbrasil.org.br/2004/04/b-artigo-b-a-ma-distribuicao-da-agua-no-brasil/#:~:text=O%20problema%20%C3%A9%20que%20esse,bacia%20do%20rio%20S%C3%A3o%20Francisco.
- https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-753X2016000100003&script=sci_arttext&tlng=pt
https://pt.wikipedia.org/wiki/Crise_h%C3%ADdrica_no_estado_de_S%C3%A3o_Paulo_em_2014%E2%80%932016#N%C3%ADvel_do_sistema_Cantareira
https://www.preparaenem.com/geografia/o-que-causa-escassez-hidrica.htm
https://www.iped.com.br/materias/ambiental/combate-desmatamento.html#:~:text=Desde%201988%2C%20o%20Governo%20brasileiro,frente%20aos%20abusos%20do%20homem.
https://marcozero.org/barragens-da-regiao-metropolitana-do-recife-estao-a-beira-do-colapso/
https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2018/12/19/pernambuco-tem-pior-disponibilidade-hidrica-do-pais-e-metade-da-agua-se-perde-antes-de-chegar-a-torneira-diz-tce.ghtml
https://jc.ne10.uol.com.br/pernambuco/2021/01/12021572-moradores-do-grande-recife-terao-menos-dias-com-agua-nas-torneiras--confira-novo-calendario-de-abastecimento.html
https://www.folhape.com.br/noticias/nivel-critico-nas-barragens-do-estado-faz-compesa-mudar-calendario-de/169921/

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