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Aula 06
Direito Civil p/ TJ-RJ (Analista - Sem
Especialidade) Com Videoaulas -
Pós-Edital
Autor:
Paulo H M Sousa
Aula 06
21 de Abril de 2020
 
 
 
 
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Sumário 
Livro III – Fatos jurídicos ............................................................................................................................... 2 
1 – Considerações iniciais .......................................................................................................................... 2 
Título IV – Prescrição e decadência ........................................................................................................... 3 
Capítulo I – Prescrição ........................................................................................................................... 6 
Capítulo II – Decadência ...................................................................................................................... 12 
2 – Considerações finais .......................................................................................................................... 13 
Questões Comentadas ............................................................................................................................... 15 
Lista de Questões ....................................................................................................................................... 49 
Gabarito ..................................................................................................................................................... 58 
Resumo ...................................................................................................................................................... 59 
 
 
Paulo H M Sousa
Aula 06
Direito Civil p/ TJ-RJ (Analista - Sem Especialidade) Com Videoaulas - Pós-Edital
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LIVRO III – FATOS JURÍDICOS 
1 – Considerações iniciais 
Inicialmente, lembro que sempre estou disponível, para você, aluno Estratégia, no Fórum de Dúvidas do 
Portal do Aluno e, alternativamente, também, nas minhas redes sociais: 
 
prof.phms@estrategiaconcursos.com.br 
 
prof.phms 
 
prof.phms 
 
prof.phms 
 
Fórum de Dúvidas do Portal do Aluno 
Na aula de hoje, você verá o tema Prescrição. Sabe no Direito Administrativo? Tem prescrição? E no Direito 
do Trabalho? Também tem prescrição. E no Direito Tributário. Idem. Mas, no Direito Penal? De novo, tem. 
Pois é... tem prescrição em TODO o Direito. 
Basicamente, é necessário colocar freio no Direito e é prescrição a fazer isso. Ela estabelece os limites 
temporais de aplicação do Direito, basicamente. Será que eu preciso dizer mais a respeito de quão 
importante é essa aula? 
No mais, segue a aula pra gente bater um papo! =) 
Ah, e o que, do seu Edital, você vai ver aqui? 
8 Prescrição e decadência. 
Boa aula! 
 
 
 
 
Paulo H M Sousa
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Título IV – Prescrição e decadência 
Como a pacificação do social é um dos objetivos do Direito, o Código Civil adotou medidas para dar limites 
ao conflito social. Além disso, simplificou a matéria. Por exemplo, não há prazo prescricional que não em 
anos. Se o prazo em questão for em dias ou meses, certamente será decadencial; se for em anos, pode 
ser prescricional ou decadencial. 
O novo Código Civil procurou ainda concentrar os prazos prescricionais nos arts. 205 e 206, ao passo que 
os prazos decadenciais se encontram espalhados pelo Código. 
 
 
Agora, como distinguir prescrição e decadência? 
Para isso, você precisa ter algumas noções de Direito Processual Civil. Sem isso, prescrição e decadência 
viram d-e-c-o-r-e-b-a puro. Um horror no dia da prova. 
Eu claro, não vou entrar em maiores detalhes, já que para isso você precisa se socorrer lááá no Direito 
Processual Civil. Resumidamente, Chiovenda divide as ações em três: 
1. Condenatórias: objetivam obter uma prestação (positiva ou negativa). 
Por exemplo, uma pessoa compra seu celular e não paga. Você tem direito a uma 
prestação positiva, que é o pagamento. Se ela continua não pagando, você vai ao 
Judiciário e cobra. O que o juiz faz? “Condeno a pessoa ao pagamento de X”. 
PRESCRIÇÃO
Prazo sempre em anos 
Prazos contidos nos arts. 205 e 
206, em regra
DECADÊNCIA
Prazo em anos, meses e dias 
Prazos espalhados pelo Código 
Civil
Paulo H M Sousa
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Em todos os casos de ações condenatórias eu tenho uma pretensão a permitir a 
condenação da pessoa, situações nas quais a outra pessoa tem obrigação. 
2. Constitutivas: servem para a criação, modificação ou extinção de um estado jurídico. 
Se forem para criação, são chamadas de constitutivas; se forem para extinção, 
desconstitutiva ou constitutivas negativas; se forem para modificação, não é relevante 
distinguir. 
Por exemplo, uma ação renovatória. Por meio dela, o locatário de um imóvel não 
residencial urbano (previsão na Lei 8.245/1991) quer que o locador seja forçado a renovar 
o contrato por mais um período. O que ele pede ao juiz? Justamente que crie um contrato 
de locação novo, constitua uma nova relação jurídica. Ele, então, determina que “o locador 
celebre [constitua] novo contrato de locação”. 
Outro exemplo é a ação de divórcio. Eu, casado, não quero mais ficar casado. O que eu 
quero? Extinguir meu matrimônio. Peço ao juiz que desconstitua meu casamento, para que 
eu volte a ficar solteiro. 
Em todos os casos de ações constitutivas eu tenho um direito potestativo a permitir a 
(des)constituição da relação, situações nas quais a outra pessoa simplesmente se sujeita. 
3. Declaratórias: servem para aclarar uma verdade jurídica, ou seja, conseguir do Judiciário 
uma declaração confirmando o que eu digo. 
Por exemplo, quando não há, no registro da pessoa, a paternidade fixada. Eu descubro 
quem é o pai e exijo dele o reconhecimento. Ele não reconhece. Eu peço ao juiz para que 
ele declare que o cidadão em questão é meu pai (depois de um teste de DNA, por exemplo). 
Em todos os casos de ações declaratórias eu não tenho nem um direito potestativo nem 
uma pretensão, eu quero apenas a verdade jurídica. 
A ação condenatória também é constitutiva e declaratória, mas se classifica como condenatória porque sua 
carga preponderante é condenatória. O mesmo vale para as demais ações. 
Em resumo, cada ação tem um verbo mais forte: condenar, constituir, declarar. Isso é facilmente 
visto numa decisão judicial que “declara extinta a dívida e condena o réu...”. OK, e aí, o que isso tem 
a ver com a prescrição e a decadência. 
Chamo atenção para o fato que somente nos direitos em que há prestação se pode falar em prescrição. 
Nos direitos potestativos, que não trazem em si uma prestação, não há prescrição. Portanto, todas as 
ações condenatórias – e somente elas – estão sujeitas à prescrição. 
Paulo H M Sousa
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Como isso funciona? Pense que a prescrição ataca a responsabilidade. Por isso, na cobrança da dívida 
prescrita o devedor não paga porque não tem mais responsabilidade, apesar de o débito persistir. 
Nos direitos potestativos, ao contrário, não há prazo geral, mas apenas prazos especiais. 
Logo, se não há prazo, o direito não se perde. Se há prazo, o direito se extingue, e não apenas 
a pretensão. Ou seja, a decadência ocorre com o não-uso do direito por determinado lapso 
de tempo. Portanto, os direitos potestativos são os únicos que podem ter prazo 
decadencial estabelecido em lei e as ações constitutivas, que têm prazo fixado em lei – e 
somente elas – implicam decadência. 
Volto aos doisexemplos que dei no quadro. 
Uma vez que meu contrato de locação vai acabar, o que eu posso fazer? Uma ação renovatória. 
Uma vez que meu casamento vai acabar, o que eu posso fazer? Uma ação de divórcio. 
E qual é o prazo que eu tenho para fazer isso? Tenho prazo? Ou não? 
Se você ler o art. 51º, §5º, da Lei 8.245/1991 vai ver que o prazo para renovar o contrato de locação é de 6 
meses a um ano antes de terminar o contrato em curso. Ou seja, se eu não constituo um novo contrato de 
locação nesse período, perdi o prazo. 
Que prazo é esse? Um prazo decadencial. 
Se você ler o Código Civil, a Constituição Federal, o Código de Processo Civil e todo o resto do ordenamento 
jurídico brasileiro, não vai encontrar um prazo para a ação de divórcio. Ou seja, não há prazo para 
desconstituir o casamento. 
Assim, repito que as ações constitutivas, que têm prazo fixado em lei – e somente elas – implicam 
decadência. 
Já nas ações declaratórias o que se quer é uma certeza jurídica, ou seja, mero respaldo judicial para um fato 
jurídico, como a declaração de união estável. Não é necessário um prazo prescricional ou decadencial. 
Igualmente, há ações constitutivas que não têm prazo especial fixado em lei. Chamam-se essas ações de 
imprescritíveis. Cuidado, porém, pois quando se fala imprescritível se quer dizer que não sofre nem 
prescrição, nem decadência! Portanto todas as ações declaratórias e as ações constitutivas que não 
têm prazo em lei fixado são imprescritíveis. 
Assim permite-se encontrar em qualquer norma qual será o efeito do tempo. Você consegue 
identificar se a situação jurídica se sujeita à prescrição ou à decadência, sem precisar 
procurar no texto da norma o termo prescreve ou decai. 
Professor, cá entre nós. Páginas de explicações a respeito dessas distinções. Eu já entendi 
que distinguir as situações jurídicas perpétuas daquelas que se sujeitam à fluência do tempo 
é importantíssimo. De vez em quando até aparece uma questão a respeito, eu sei. 
Paulo H M Sousa
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Agora, pra quê tanta lengalenga em distinguir prescrição e decadência? O efeito não é idêntico? A pessoa 
não perde o prazo, e ponto? Não posso resumir prescrição e decadência em perda do prazo para ajuizar a 
ação, de maneira bem mais simples? 
Infelizmente, a resposta é negativa. Apesar de terem o mesmo efeito principal de fazer perder o prazo de 
alguma coisa, o Código Civil consolida um rol de distinções entre ambas. 
Capítulo I – Prescrição 
Seção I – Disposições gerais 
Pois bem. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, que se extingue nos prazos legais, diz o art. 
189. A mesma regra vale para a exceção 1, determina o art. 190. 
Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes (art. 192). 
Cuidado, porque mesmo que o prazo seja benéfico para uma pessoa, ele não pode 
ser mudado. Assim, se o segurador colocar no contrato que, se houver um acidente, 
posso eu cobrar ele em 20 anos, essa ampliação de prazo é nula, porque o Código Civil 
tem regra expressa sobre a prescrição. 
Além disso, pode-se renunciar à prescrição. De modo expresso ou tácito, mas a renúncia só valerá, 
sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar, segundo o art. 191. 
Pode ainda ser feita judicialmente ou extrajudicialmente, devendo ser inequívoca. 
Exemplifico. Você deve R$50 para mim. Eu tenho cinco anos para cobrar. Não cobro. O que acontece? 
Prescreveu. Mas você, de bom grado, me paga, 10 anos depois. Bom pra mim, porque você acaba de 
renunciar tacitamente à prescrição, depois que ela se consumara. 
Como se trata de contradireito, a prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte 
a quem aproveita, como expõe o art. 193. Depois de revogado o art. 194, a prescrição passou a poder ser 
reconhecida de ofício – sem que eu precise indicar a ele – pelo magistrado. 
Mesmo que eu veja que a dívida estava prescrita somente quando a ação estiver no Tribunal de Justiça, 
posso alegar a prescrição e o juiz precisa conhecer ela de ofício. 
Uma vez iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu sucessor a 
prescrição, por previsão expressa do art. 196. Assim, por exemplo, a morte da pessoa não 
suspende nem interrompe a prescrição já em curso contra o falecido; se eu tinha três 
 
1 Exceção é um contradireito. Se o Direito fosse boxe, quando um lutador lança um direto, o oponente lança um bloqueio. Nenhum dos dois se 
atinge, ou seja, ambos permanecem como estavam antes. Assim, quando você me cobra, você exerce um direito e eu posso, eventualmente, 
exercer algum contradireito. É o caso de você não ter ainda terminado o serviço pelo qual me cobra. O que eu faço? Lanço um bloqueio contra 
o seu ataque. Veja que eu não acerto a sua cara, não digo que você não tem direito de receber, mas apenas que só pagarei quando você cumprir 
a sua parte, bloqueando o seu soco. As exceções podem ser processuais ou materiais, a depender do caso, mas isso já é outra história... 
Paulo H M Sousa
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anos para cobrar, demorei dois anos e 11 meses, tenho só um mês para cobrar dos 
herdeiros do morto. 
Além disso, diz o art. 195 que os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra os seus 
assistentes ou representantes legais, que derem causa à prescrição, ou não a alegarem oportunamente. 
Uma regra lógica. 
Imagine que uma pessoa cause um dano a meu filho de 16 anos. Como ele é 
relativamente incapaz, não exerce os atos da vida civil pessoalmente, sendo por mim 
assistido. Se ele tem um seguro para receber, tem o prazo de um ano para cobrar. 
Como eu não entro com a ação, sei lá a razão, ele perde o prazo de um ano. Justo 
que ele perca uma indenização por minha culpa? Não, pelo que ele, atingindo a 
maioridade, pode me responsabilizar por isso. 
Seção II – Causas de impedimento e suspensão da prescrição 
O que distingue o impedimento da suspensão? Leia os arts. 197 a 200 do Código Civil, que 
tratam das causas de impedimento e suspensão da prescrição, para você ver se 
reconhece a diferença, antes que eu fale. 
Estabelece o art. 197 do Código Civil que não corre a prescrição: 
I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal; 
II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar; 
III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela. 
O inc. I não se limita à hipótese ao casamento, visto que não corre a prescrição entre os companheiros, na 
constância de união estável. Quanto ao inc. II, corre a prescrição contra o menor emancipado. 
Já o art. 198 do Código Civil prevê que não corre a prescrição: 
I - contra os incapazes de que trata o art. 3º; 
II - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios; 
III - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra. 
Lembre que os incapazes do art. 3º do Código Civil são apenas os absolutamente incapazes. Quem são 
eles mesmo? Os menores de 16 anos! 
Ou seja, corre prescrição contra os relativamente incapazes do art. 4º do Código Civil? Sim, 
corre prescrição contra os maiores de 16 anos e menores de 18 anos, contra os ébrios 
habituais, contra viciados em tóxicos, contra os que por causa transitória ou 
permanente não podem exprimir sua vontade e contra os pródigos. 
Continua o art. 199 do Código Civil, destacando que não corre a prescrição: 
I - pendendo condição suspensiva; 
Paulo H M Sousa
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II - não estando vencido o prazo; 
III - pendendo ação de evicção. 
Se o inc. I trata da condição, o inc. II trata do termo, ainda que odiga por vias tortas. De toda forma, 
ambos impedem a fluência do prazo. 
Por sua vez, quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, também não 
correrá a prescrição, antes da sentença definitiva, como expõe o art. 200 do Código Civil. A lógica é que 
apesar de independentes não se esperam decisões conflitantes em ambas esferas. 
Imagine que a pessoa atropelou um pedestre e está respondendo por homicídio culposo e os filhos do 
falecido entraram com uma ação de indenização. Pense só no rolo que seria se o juiz criminal condena o 
motorista e o juiz cível inocenta ele e não dá indenização. 
Como evitar esse problema? Suspendendo a ação cível enquanto a criminal tramita. Cuidado, porém, 
porque para isso é necessário existir questão criminal. 
Mas professor, como faço para distinguir o impedimento da suspensão? Você NÃO me 
respondeu! 
Fácil! No impedimento, a prescrição nunca correu; na suspensão, ela começou a correr, 
mas parou. O efeito é o mesmo: parar a fluência do tempo. É como se fosse uma corrida. 
Com o impedimento, ainda não há tempo a contar. Imagine, por exemplo, que você recebeu uma herança 
quando tinha 12 anos e seu pai se desfez dela indevidamente. Você ainda não correu, porque está sob o 
poder familiar; quando sair do poder familiar (maioridade ou emancipação), o tiro do juiz ocorre, e é dada a 
largada para a prescrição. 
De outro lado, pense em uma partida de futebol; para-se a partida e ela recomeça do momento no qual 
parou, não se reinicia a partida desde o começo. É por isso que quando a prescrição fica 
suspensa, ela não começa a ser contada do início, novamente, conta-se também o tempo 
anterior à suspensão. 
Atenção, porém, porque se suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários, 2 
só aproveitam os outros se a obrigação for indivisível, segundo esclarece o art. 201 do 
Código Civil. 
Imagine e seguinte situação. Você e sua irmã devem R$50 para mim e, um ano depois, eu me caso com ela. 
A prescrição se suspende, por força do art. 197, inc. I, do Código Civil. Como o prazo pra cobrar a dívida é de 
5 anos, tenho mais quatro anos para cobrar de vocês. 
E esse prazo aí suspendeu em desfavor de vocês dois? Não. Eu continuo tendo 4 anos para cobrar de 
vocês, mas quanto à sua irmã, suspendeu. Se em 2040 eu me divorcio dela, terei mais 4 anos para 
 
2 Obrigação solidária é tema de Direito das Obrigações. Em resumo, numa obrigação de pagar R$50 ou de entregar um carro, eu e você nos 
obrigados solidariamente, isto é, como se fôssemos um único devedor. Por hora, basta você saber disso. 
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cobrar dela, mas não poderei mais cobrar nada de você, já que a prescrição não se suspendeu em seu 
desfavor. 
Agora, se você e ela devessem me entregar um carro (bem indivisível), aí o meu casamento com ela 
suspenderia a prescrição em desfavor de vocês dois, se fosse a obrigação solidária. 
Seção III – Causas de interrupção da prescrição 
Já o art. 202 do Código Civil traz a previsão das hipóteses de interrupção da prescrição: 
I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o 
interessado a promover no prazo e na forma da lei processual; 
II - por protesto, nas condições do inciso antecedente; 
III - por protesto cambial; 
IV - pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores; 
V - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; 
VI - por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito 
pelo devedor. 
Extrema atenção, porque a interrupção da prescrição somente pode ocorrer uma vez (uma segunda 
interrupção é, portanto, absolutamente ineficaz). Se eu protestei você, fazer um novo protesto não vai 
interromper a prescrição de novo. 3 
Segundo o parágrafo único do art. 202, a prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que 
a interrompeu, ou do último ato do processo que a interromper, podendo ser interrompida por qualquer 
interessado, como expõe o art. 203. 
Aqui é o contrário da prescrição. E eu volto com o exemplo da corrida e do jogo de futebol. 
Se a corrida foi interrompida, vai ser reiniciada; se a partida do jogo foi interrompida, começa do zero, 
novamente, em outro momento. Ou seja, na interrupção da prescrição o tempo volta à estaca zero; 
reinicia-se a contagem desde o começo. 
 
3 A única exceção é o inc. I. Se eu protestei você, ao entrar com a ação e pedir a sua citação, o despacho do juiz faz interromper a prescrição 
novamente. Há aqui uma problema técnico com o Código Civil, mas não vale a pena entrar em detalhes. Importa salientar, apenas, que o 
despacho do juiz faz retroagir a interrupção da prescrição à data da propositura da demanda. 
Assim, se eu tinha prazo de três anos para manejar a ação, e fiz isso no último dia do prazo, está tudo certo. Mesmo que o juiz demore três 
meses para despachar, ordenando a citação do réu, quando ele faz isso, a interrupção da prescrição retroage à data da propositura da demanda. 
Há ainda alguns aspectos processuais vinculados ao caso, mas, novamente, é irrelevante discutir isso no Direito Civil. 
Paulo H M Sousa
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Atenção, porém, porque lembra que suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários, só 
aproveitam os outros se a obrigação for indivisível? Pois é, aqui não é bem assim. 
O art. 204 destaca que a interrupção da prescrição por um credor não aproveita aos outros; 
a mesma regra vale quanto ao codevedor ou seu herdeiro, que não prejudica aos demais 
coobrigados. Se eu entro protesto você, mas não sua irmã, a prescrição se interrompeu contra 
você, mas não ela (e eu vou perder o prazo quanto a ela, se não me acelerar). 
Agora, no caso de solidariedade há uma inversão. A interrupção operada por um dos credores 
solidários aproveita aos outros; assim como a interrupção efetuada contra o devedor solidário envolve os 
demais (§1º). 
Se a dívida em questão for solidária, quando eu protesto você, automaticamente a prescrição se 
interrompeu também em face de sua irmã, ainda que não tenha eu protestado ela. 
Nesse mesmo sentido de indivisibilidade do objeto, a interrupção operada contra um dos herdeiros do 
devedor solidário prejudica os outros herdeiros ou devedores apenas quando se trata de obrigação 
indivisível (§2º). Ainda, o §3º prevê que a interrupção produzida contra o principal devedor prejudica o 
fiador. 
Seção IV – Prazos da prescrição 
Quais são os prazos prescricionais? Se não houver a lei fixado prazo menor, a prescrição ocorre em dez 
anos, segundo o art. 205 do Código Civil. O art. 206, por sua vez, estabelece os demais casos de prescrição 
com prazo. 
Suspensão
Para e recomeça de onde se parou
Interrupção
Para e recomeça do zero 
novamente
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É PURO DECOREBA, infelizmente. Prescreve: 
§1º Em um ano 
I - a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres destinados a consumo no próprio 
estabelecimento, para o pagamento da hospedagem ou dos alimentos; 
II - a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste contra aquele, contado o prazo: 
a) para o segurado, no caso de seguro de responsabilidade civil, da data em que é citado para 
responder à ação de indenização proposta pelo terceiro prejudicado, ou da data que a este indeniza, 
com a anuência do segurador; 
b) quanto aos demais seguros, da ciência do fato gerador da pretensão; 
III - a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos, pela 
percepção de emolumentos, custas e honorários; 
IV - a pretensão contraos peritos, pela avaliação dos bens que entraram para a formação do capital 
de sociedade anônima, contado da publicação da ata da assembleia que aprovar o laudo; 
V - a pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas e os liquidantes, contado o 
prazo da publicação da ata de encerramento da liquidação da sociedade. 
§ 2º Em dois anos 
§ 2º a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que se vencerem. 
§ 3º Em três anos 
I - a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos; 
II - a pretensão para receber prestações vencidas de rendas temporárias ou vitalícias; 
III - a pretensão para haver juros, dividendos ou quaisquer prestações acessórias, pagáveis, em 
períodos não maiores de um ano, com capitalização ou sem ela; 
IV - a pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa; 
V - a pretensão de reparação civil; 
VI - a pretensão de restituição dos lucros ou dividendos recebidos de má-fé, correndo o prazo da 
data em que foi deliberada a distribuição; 
VII - a pretensão contra as pessoas em seguida indicadas por violação da lei ou do estatuto, contado 
o prazo: 
a) para os fundadores, da publicação dos atos constitutivos da sociedade anônima; 
b) para os administradores, ou fiscais, da apresentação, aos sócios, do balanço referente ao 
exercício em que a violação tenha sido praticada, ou da reunião ou assembleia geral que dela deva 
tomar conhecimento; 
c) para os liquidantes, da primeira assembleia semestral posterior à violação; 
VIII - a pretensão para haver o pagamento de título de crédito, a contar do vencimento, ressalvadas 
as disposições de lei especial; 
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IX - a pretensão do beneficiário contra o segurador, e a do terceiro prejudicado, no caso de seguro 
de responsabilidade civil obrigatório. 
§ 4º Em quatro anos 
§4º a pretensão relativa à tutela, a contar da data da aprovação das contas. 
§5º Em cinco anos 
I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular; 
II - a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, curadores e professores 
pelos seus honorários, contado o prazo da conclusão dos serviços, da cessação dos respectivos 
contratos ou mandato; 
III - a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo. 
Pois é. Quando a banca quer sacanear, o que ela faz? Pergunta prazos. DECORE! 
Capítulo II – Decadência 
Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as normas que impedem, suspendem 
ou interrompem a prescrição, nos termos do art. 207 do Código Civil. A decadência não se impede (não 
evita o termo inicial do fluxo do tempo), não se interrompe (rompe o fluxo, mas não se reinicia), não se 
suspende (não se detém temporariamente o fluxo de tempo) nem se renuncia (o fluxo temporal não pode 
ser “adiantado” e terminar por escolha). 
Viu aí uma das enooormes diferenças entre a prescrição e a decadência? 
Imagine que eu alugue uma loja de uma mulher e ela bata no meu carro. Se eu me casar com ela, para tudo? 
Mais ou menos. 
O prazo para a propositura da ação de indenização será suspenso, por aplicação do art. 197, inc. I, 
do Código Civil. Lembre-se que ao pedir ao juiz para que ela me indenize ele vai condenar ela, pelo 
que a ação é condenatória, sujeita a prazo prescricional. 
O prazo para a propositura da ação renovatória de aluguel, porém, não se suspenderá, porque o art. 197, 
inc. I, do Código Civil não se aplica. Lembre-se que ao pedir ao juiz para que ela renove o contrato ele vai 
constituir uma nova relação locatícia, pelo que a ação é constitutiva, sujeita a prazo decadencial. 
Em resumo, no primeiro caso, 30 anos depois eu ainda estou no prazo para propor a ação de indenização. 
No segundo, não, terei perdido o prazo há três décadas. 
A única exceção está prevista no art. 208 do Código Civil, que fica por conta dos incapazes. Não corre 
prazo decadencial (situação de impedimento da decadência), por aplicação do art. 208: 
Aplica-se à decadência o disposto nos arts. 195 e 198, inciso I. 
Assim, não corre decadência contra os absolutamente incapazes e, caso seus responsáveis legais percam o 
prazo, eles têm ação regressiva contra eles, para obrar o prejuízo. 
Paulo H M Sousa
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Como não se impede, suspende ou interrompe a decadência, não pode, igualmente, renunciar-se a ela, 
sob pena de nulidade, segundo o art. 209 do Código Civil. A exceção é a decadência convencional, que pode 
ser renunciada. 
Por isso, também, deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, quando estabelecida 
por lei, consoante leciona o art. 210 do Código Civil. A exceção é o caso de decadência 
convencional, em que somente a parte a quem aproveita a pode alegar, e em qualquer 
grau de jurisdição, mas não o juiz, conforme estabelece o art. 211. 
Ou seja, a única hipótese que o juiz não pode reconhecer de ofício a caducidade é com a decadência 
convencional, quando as partes acordam um prazo decadencial diverso do legal. 
 
Atente para os asteriscos do quadro acima, que estabelecem a existência de exceções, vistas anteriormente. 
2 – Considerações finais 
Chegamos ao final da aula! Essa é uma aula mais pesada, com um dos conteúdos mais teóricos que existem 
no Direito Civil. Tentei, ainda assim, deixar as coisas o mais didático possível, para que você consiga estudar 
de maneira mais suave. 
Quaisquer dúvidas, sugestões ou críticas entre em contato comigo. Estou disponível no Fórum de Dúvidas 
do Curso, e-mail e mesmo redes sociais, para assuntos menos sérios. 
Aguardo você na próxima aula. Até lá! 
Paulo H M Sousa 
 
prof.phms@estrategiaconcursos.com.br 
DISTINÇÕES
Prescrição
Pode renunciar
Alegável por quem a aproveita, apenas
Pode ser conhecida de ofício pelo juiz
Se impede, suspende ou interrompe
Decadência
Não pode renunciar *
Alegável por quem a aproveita e o MP
Deve ser alegada de ofício pelo juiz *
Não se impede, suspende ou interrompe *
Paulo H M Sousa
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QUESTÕES COMENTADAS 
 
CESPE 
1. (CEBRASPE – SEEC/DF – 2020) João dirigia embriagado quando colidiu com outro veículo, 
causando um grave acidente. João morreu no local do acidente e o motorista do outro veículo, Pedro, 
foi levado ao hospital, onde ficou internado por dois meses, até falecer. Os herdeiros de Pedro 
decidiram pleitear danos morais e materiais contra os herdeiros de João. Considerando essa situação 
hipotética, julgue os itens subsequentes. 
A prescrição da pretensão indenizatória iniciou-se na data do acidente, interrompeu-se com a morte de 
Pedro e recomeçou contra os seus sucessores. 
 JUSTIFICATIVA: INCORRETA 
A assertiva está em desacordo com o art. 196 do Código Civil, que determina que a prescrição continua a 
correr, na hipótese. 
Art. 196. A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu sucessor. 
A prescrição, uma vez que se iniciou contra uma pessoa, irá continuar correndo contra seu sucessor, sendo 
ele universal ou singular. Não somente o herdeiro, mas também o cessionário, o legatário, o adquirente e 
todo tipo de sucessor fica atingido pela regra da continuidade da prescrição. 
A prescrição é a perda de pretensão da reparação do direito violado por inércia do titular do direito no prazo 
legal. Ou seja, ocorre a prescrição quando a parteé negligente quanto ao prazo para que fosse exercido seu 
direito. 
 
2. (CEBRASPE – SEFAZ/AL – 2020) Com base no Código Civil, julgue os itens a seguir. 
 
As partes podem alterar, por acordo, os prazos de prescrição, inclusive mediante renúncia expressa ou 
tácita. 
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Resolução: INCORRETA 
 Apesar do interesse privado e da disponibilidade, os prazos prescricionais não podem ser alterados pelas 
partes. 
Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes. 
Sendo matéria de ordem pública, os prazos de prescrição que são fixados em lei não podem ser alterados 
mediante a vontade das partes. São inalteráveis também os motivos de suspensão e interrupção desses 
prazos de prescrição. No caso de se permitir que as partes prolongassem, reduzissem ou tornassem 
imprescritíveis algumas pretensões, é clara a possibilidade de falência de tal instituto que tem como intuito 
a pacificação social de modo que impede a eternidade dos conflitos. 
3. (CEBRASPE – TJ/PA 2020) De acordo com o Código Civil, assinale a opção correta, a respeito da 
prescrição. 
a) A prescrição extingue o direito e sempre pode ser reconhecida de ofício pelo juiz. 
b) É possível que o devedor renuncie a prescrição prevista em lei. 
c) O prazo geral para a prescrição é de vinte anos. 
d) O incapaz não tem direito de ação contra seus representantes que tenham dado causa à prescrição. 
e) Havendo mais de um credor, a interrupção da prescrição por um credor aproveita ao(s) outro(s) 
credor(es). 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, dado que a prescrição não extingue o direito, mas sim a pretensão do 
interessado de entrar em juízo contra o devedor. 
Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a 
que aludem os arts. 205 e 206. 
A prescrição é a extinção da pretensão do titular de um direito violado qual ocorre pela indolência de seu 
titular, tendo este sido inerte pelo tempo estipulado pela lei. Conforme o princípio da actio nata, o prazo 
prescricional começa a ser contado no momento em que todos os requisitos indispensáveis à propositura 
da ação se dão por reunidos. 
A pretensão é a possibilidade que tem o titular de um direito subjetivo de exigir, sob a proteção da ordem 
jurídica que outrem, positiva ou negativamente, satisfaça seu interesse legítimo, econômico ou moral. 
A alternativa B está correta, pois a renúncia da prescrição, expressa ou tácita, pode ser feita tanto pelo 
credor, quanto pelo devedor, exigindo-se que ocorra após sua efetivação. 
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Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de 
terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de fatos do 
interessado, incompatíveis com a prescrição. 
A prescrição é a perda da pretensão da reparação de um direito violado pela inércia de seu titular, sendo 
totalmente temporal. 
A renúncia é um ato unilateral configurado como abandono, ocorrendo a disposição de um direito subjetivo 
do qual a parte seja titular, no caso, o direito de apontar a ocorrência da prescrição em juízo e se opor à 
pretensão do autor. A renúncia da prescrição só pode ocorrer depois de consumada, sendo nula a renúncia 
feita antes da ocorrência da prescrição. Pode, ainda, a renúncia ser expressa, caso em que o prescribente 
abre mão da possibilidade de invocá-la, ou tácita, que ocorre no caso de poder ser inferida por meios de 
determinados atos praticados pelo interessado, como o pagamento ou negociação de uma dívida, com o 
intuito de não exercer o direito de invocar a prescrição. 
A alternativa C está incorreta, dado que o prazo geral para a prescrição é de dez anos, conforme o Art. 205 
do CC: 
Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor. 
Quando se fala em prazo de prescrição, deve-se considerar que todas as pretensões prescrevem, e por isso 
a ausência de fixação de prazo não implica que a pretensão não prescreve. Conforme o dispositivo, quando 
não for fixada data de prescrição menor, irá ocorrer em dez anos. 
A prescrição é a perda da pretensão (faculdade detida pelo titular de um direito de exigir a satisfação de 
seus interesses por meio do órgão jurídico) da reparação do direito violado por inércia do detentor do direito 
no prazo legal, ou seja, a parte perde o prazo que era disponível para que acionasse o judiciário para 
solucionar seu caso. É uma questão temporal. 
A alternativa D está incorreta, visto que o relativamente incapaz tem direito de ação contra seus 
representantes que tenham dado causa à prescrição, conforme o Art. 195 do CC: 
Art. 195. Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra os seus assistentes ou 
representantes legais, que derem causa à prescrição, ou não a alegarem oportunamente. 
No caso de haver a inércia, dando causa à prescrição em desfavor do assistido ou do representado, ou alegar 
a ocorrência de prescrição que lhes era favorável, os assistentes dos relativamente incapazes e os 
representantes legais das pessoas jurídicas ficam sujeitos a reparar os eventuais prejuízos que tal 
negligência possa ter causado. No entanto, não basta que as pessoas tenham dado causa à pretensão, ou 
não haja a alegação oportuna do acionamento. Necessita-se que da negligência tenha decorrido um 
prejuízo concreto. 
A inércia das partes ocorre quando elas se “desinteressam” do processo e começam a negligenciá-lo. 
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Os relativamente incapazes são os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; ébrios habituais, 
viciados em tóxicos e doentes mentais, com o discernimento reduzido, excepcionais sem o 
desenvolvimento completo, e os pródigos, tendo todos estes casos uma limitação na possibilidade de 
exercer os direitos da vida civil. 
A alternativa E está incorreta, pois havendo mais de um credor, a interrupção da prescrição por um credor 
não aproveita ao(s) outro(s) credor(es), conforme o Art. 204 do CC: 
Art. 204. A interrupção da prescrição por um credor não aproveita aos outros; semelhantemente, a 
interrupção operada contra o co-devedor, ou seu herdeiro, não prejudica aos demais coobrigados. 
A prescrição é uma exceção subjetiva. Sendo assim, como regra geral sua interrupção causa efeitos apenas 
pessoais, não impondo benefício ou prejuízo a terceiros. O Art. supracitado, ao estipular que a interrupção 
da prescrição por um credor não aproveita aos outros, deixa evidente os efeitos pessoais da prescrição. 
A interrupção da prescrição é realizada na data da proposição da ação, pois irá retroagir. No entanto, o 
recomeço não volta à data de propositura, e sim continua a correr com o último ato do processo. 
Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, Parágrafo único. A prescrição 
interrompida recomeça a correr da data do ato que a interrompeu, ou do último ato do processo para a 
interromper. dar-se-á: 
Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que a interrompeu, ou do 
último ato do processo para a interromper. 
4. (CEBRASPE – TJ/PA 2020) No que concerne às modalidades de decadência legal e convencional, 
assinale a opção correta, de acordo com o Código Civil. 
a) Não há qualquer distinção de tratamento jurídico entre as espécies de decadência legal e convencional. 
b) A decadência convencional é nula de pleno direito, porque somente a lei pode estabelecer prazos 
decadenciais. 
c) Ambasas modalidades de decadência, caso consumadas, devem ser reconhecidas de ofício pelo 
magistrado. 
d) Diferentemente do que ocorre com a decadência convencional, a decadência legal, caso consumada, não 
pode ser objeto de renúncia pelo interessado. 
e) Ao legislador é vedado criar hipóteses de suspensão ou interrupção de prazo decadencial legal. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, dado que há regras distintas quanto à renúncia e ao conhecimento de ofício 
pelo juiz: a decadência legal é irrenunciável, a convencional não (CC, art. 209); a decadência legal se conhece 
de ofício, a convencional não. 
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Art. 209. É nula a renúncia à decadência fixada em lei. 
Diferentemente do que acontece com a prescrição, na omissão da lei, o legislador permite que seja disposto 
pelas partes a data de sua prescrição. No entanto, quando há disposição do prazo de decadência, não há tal 
possibilidade. No caso, se é possível criar os prazos, também deve ser possível que se renuncie a eles, porém 
há casos expressos em lei que vedam a renúncia da decadência já operada. 
A decadência extingue o direito de agir. A decadência convencional é estipulada pelas partes, podendo 
somente a parte beneficiada alegá-la, sendo vedado ao juiz que supra a alegação da parte, conforme o Art. 
211 do CC. 
A alternativa B está incorreta, pois admite-se a decadência convencional, conforme a redação do art. 211 
do Código Civil, que expressa: 
Art. 211. Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de 
jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação. 
De forma contrária ao que ocorre quando a decadência é fixada em lei, quando ocorre a decadência 
convencional, o juiz não pode pronunciá-la de ofício (por vontade própria), devendo a parte interessada 
arguir. Por outro lado, nesse caso a decadência pode ser apontada em qualquer fase processual, inclusive 
após o momento de apresentação da defesa, não estando sujeita à preclusão. 
A preclusão é o impedimento de se valer de uma determinada faculdade quando se trata do processo civil, 
seja pela não utilização dela na ordem legal, seja por ter-se realizado uma atividade que lhe é incompatível, 
ou por já ter sido exercida. 
A alternativa C está incorreta, dado que somente a decadência legal deve ser reconhecida de ofício pelo 
juiz, conforme o Art. 210 do CC: 
Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, quando estabelecida por lei. 
Além da intangibilidade pela vontade das partes, o juiz deve reconhecer de ofício a ocorrência da 
decadência estabelecida em lei. Ainda, pode a decadência ser alegada em qualquer fase processual. 
Art. 211. Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de 
jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação. 
De forma diversa ao que ocorre na decadência legal (fixa em lei), a decadência convencional não pode ser 
indicada por ofício, ou seja, o juiz não pode apontá-la por vontade própria. 
A decadência tem eficácia extintiva. O direito não fica insuscetível de ser exigido, pois é irradiado o direito 
e todos seus efeitos. 
A alternativa D está correta, visto que de forma distinta do que ocorre com a decadência convencional, a 
decadência legal, se for consumada, não pode ser objeto de renúncia pelo interessado, conforme o Art. 209 
do CC: 
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Art. 209. É nula a renúncia à decadência fixada em lei. 
Quando há prazo fixado em lei para que ocorra a decadência, qualquer tentativa de renúncia feita pelas 
partes é inválida, ocorrendo apenas a renúncia válida nos casos em que haja omissão da lei acerca da 
decadência e as partes estipulem a data. 
A decadência convencional é convencionada pelas partes, somente a parte beneficiada poderá alegá-la, 
sendo vedado ao juiz de Direito suprir a alegação da parte. 
A alternativa E está incorreta, pois não é vedado ao legislador que crie hipóteses de suspensão ou 
interrupção de prazo decadencial legal, que é o ocorrido no Art. 207 do CC: 
CC. Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as normas que impedem, 
suspendem ou interrompem a prescrição. 
A regra geral aplicada é de que a decadência sempre corre contra todos, não sendo impedida, suspensa ou 
interrompida com relação aos seus prazos. No entanto, tais atos podem ocorrer no caso de haver uma 
disposição expressa que determine o contrário. 
A decadência legal é aquela que a lei previu, não sendo estipulada ou modificada pelas partes. 
5. (CEBRASPE – TCE/RO -2019) Acerca do instituto da prescrição, julgue os itens a seguir. 
I A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem aproveita. 
II Os prazos de prescrição podem ser alterados por acordo das partes. 
III É de dez anos o prazo prescricional a ser considerado no caso de reparação civil com base em 
inadimplemento contratual. Assinale a opção correta. 
a) Apenas o item I está certo. 
b) Apenas o item II está certo. 
c) Apenas os itens I e III estão certos. 
d) Apenas os itens II e III estão certos. 
e) Todos os itens estão certos. 
Comentários 
O item I está correto, pois a prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem 
aproveita, conforme disposto pelo Art. 193, CC: 
Art. 193. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem aproveita. 
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O dispositivo supracitado apresenta um efeito que decorre da natureza de matéria de ordem pública do 
instituto da prescrição, sendo este efeito a possibilidade de se alegar a prescrição em qualquer grau de 
jurisdição. Constitui, portanto, uma exceção à regra de que toda matéria de defesa deve ser apresentada na 
mesma oportunidade, devendo somente ser feita a acusação de prescrição antes de se dar o trânsito em 
julgado (fim das instâncias do processo). 
O item II está incorreto, dado que os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes, 
conforme disposto pelo Art. 192, CC: 
Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes. 
Sendo matéria de ordem pública, os prazos de prescrição, se fixados em lei, não podem ser alterados pela 
vontade das partes de forma alguma, sendo também inalteráveis os motivos de suspensão e interrupção de 
tais prazos de prescrição. 
O item III está correto, visto que é de dez anos o prazo prescricional a ser considerado no caso de reparação 
civil com base em inadimplemento contratual. Com base em: (EREsp 1281594/SP, Rel. Ministro BENEDITO 
GONÇALVES, Rel. p/ Acórdão Ministro FELIX FISCHER, CORTE ESPECIAL, julgado em 15/05/2019, DJe 
23/05/2019) 
A alternativa C está correta. 
As alternativas A, B, D, e estão incorretas, consequentemente. 
6. (CEBRASPE - TJ-DFT – 2019) A prescrição da pretensão de reparação de dano sofrido em 
decorrência de erro inescusável quando da lavratura de ato registral ocorre em 
(A) um ano. 
(B) dois anos. 
(C) três anos. 
(D) cinco anos. 
(E) dez anos. 
Comentários: 
A alternativa A errada, pois a prescrição da pretensão de reparação de dano sofrido em decorrência de erro 
inescusável quando da lavratura de ato registral ocorre em três anos, conforme dispõe o art. 206, § 3 º, inc. 
V do Código Civil: 
Art. 206. Prescreve: 
§ 3 º Em três anos: 
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V - a pretensão de reparação civil; 
O prazo prescricionalpara o exercício da pretensão de reparação civil, seja ela decorrente de relação 
contratual ou extracontratual é de 3 anos. 
A alternativa B errada, eis que, a prescrição da pretensão de reparação de dano sofrido em decorrência de 
erro inescusável quando da lavratura de ato registral ocorre em três anos, conforme dispõe o art. 206, § 3 º, 
inc. V do Código Civil: 
Art. 206. Prescreve: 
§ 3 º Em três anos: 
V - a pretensão de reparação civil; 
O prazo prescricional para o exercício da pretensão de reparação civil, seja ela decorrente de relação 
contratual ou extracontratual é de 3 anos. 
A alternativa C correta, já que, a prescrição da pretensão de reparação de dano sofrido em decorrência de 
erro inescusável quando da lavratura de ato registral ocorre em três anos, conforme dispõe o art. 206, § 3 º, 
inc. V do Código Civil: 
Art. 206. Prescreve: 
§ 3 º Em três anos: 
V - a pretensão de reparação civil; 
O prazo prescricional para o exercício da pretensão de reparação civil, seja ela decorrente de relação 
contratual ou extracontratual é de 3 anos. 
Ainda, prescreve em 3 anos a pretensão de reparação civil, contado o prazo da data de lavratura do ato 
registral ou notarial de acordo com o art. 22 da Lei nº 8.93594: 
Art. 22. Os notários e oficiais de registro são civilmente responsáveis por todos os prejuízos que causarem 
a terceiros, por culpa ou dolo, pessoalmente, pelos substitutos que designarem ou escreventes que 
autorizarem, assegurado o direito de regresso. (Redação dada pela Lei nº 13.286, de 2016). 
Parágrafo único. Prescreve em três anos a pretensão de reparação civil, contado o prazo da data de 
lavratura do ato registral ou notarial. 
A alternativa D errada, já que, a prescrição da pretensão de reparação de dano sofrido em decorrência de 
erro inescusável quando da lavratura de ato registral ocorre em três anos, conforme dispõe o art. 206, § 3 º, 
inc. V do Código Civil: 
Art. 206. Prescreve: 
§ 3 º Em três anos: 
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V - a pretensão de reparação civil; 
O prazo prescricional para o exercício da pretensão de reparação civil, seja ela decorrente de relação 
contratual ou extracontratual é de 3 anos. 
A alternativa E errada, dado que, a prescrição da pretensão de reparação de dano sofrido em decorrência 
de erro inescusável quando da lavratura de ato registral ocorre em três anos, conforme dispõe o art. 206, § 
3 º, inc. V do Código Civil: 
Art. 206. Prescreve: 
§ 3 º Em três anos: 
V - a pretensão de reparação civil; 
O prazo prescricional para o exercício da pretensão de reparação civil, seja ela decorrente de relação 
contratual ou extracontratual é de 3 anos. 
7. (CEBRASPE - MPE-PI – 2019) No que se refere a conceitos e consequências da prescrição e da 
decadência, é correto afirmar que 
(A) a decadência atinge diretamente o direito de ação e, assim, faz desaparecer o direito tutelado, ao passo 
que a prescrição, ao atingir o direito tutelado, tem como consequência a extinção da ação. 
(B) a prescrição pode ser classificada como aquisitiva e extintiva, uma vez que o decurso do tempo, 
elemento comum às duas espécies, tem influência para a aquisição e a extinção de direitos. 
(C) a prescrição, a perempção e a preclusão são institutos que geram a perda de direitos, sendo as duas 
primeiras de natureza material e a última, de natureza processual. 
(D) a renúncia à prescrição é válida desde que seja expressa, não cause prejuízos a terceiros e seja realizada 
depois que a prescrição se consumar. 
(E) os prazos prescricionais, em regra, são aqueles definidos por lei; contudo, por acordo das partes, eles 
podem ser alterados e novas causas de interrupção e suspensão podem ser criadas. 
Comentários: 
A alternativa A errada. A prescrição é a perda do direito de PRETENSÃO À AÇÃO para a defesa de um 
direito. O que irá se perder pelo decurso do tempo é o direito de entrar com uma ação para a proteção do 
direito que foi violado, não se perderá o direito, mas a sua defesa. 
A prescrição extingue a pretensão à ação e atinge apenas de forma indireta o direito. Já a decadência atinge 
diretamente o direito. 
A alternativa B correta. Temos dois tipos de prescrição: a extintiva, que extingue a pretensão, e a aquisitiva, 
onde o decurso do tempo resulta na aquisição de direito, como na usucapião. 
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A alternativa C errada. Apenas a prescrição tem natureza material, a perempção e a preclusão são de 
natureza processual. 
A alternativa D errada. A renúncia à prescrição poderá ocorrer de forma expressa ou tácita, conforme 
dispõe o art. 191 do Código Civil: 
Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de 
terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de fatos do 
interessado, incompatíveis com a prescrição. 
Somente depois de consumada a prescrição, desde que não haja prejuízo de terceiro, é que poderá haver 
renúncia expressa ou tácita por parte do interessado. Como se vê, não se permite a renúncia prévia ou 
antecipada à prescrição, a fim de não destruir sua eficácia prática, caso contrário, todos os credores 
poderiam impô-la aos devedores; portanto, somente o titular poderá renunciar à prescrição após a 
consumação do lapso previsto em lei. Na renúncia expressa, o prescribente abre mão da prescrição de modo 
explícito, declarando que não a quer utilizar, e na tácita, pratica atos incompatíveis com a prescrição, p. ex., 
se pagar dívida prescrita. 
A alternativa E errada. Não se admite a ampliação ou redução de prazo prescricional pela vontade das 
partes, conforme dispõe o art. 192 do Código Civil: 
Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes. 
Tanto as pessoas naturais como as jurídicas sujeitam-se aos efeitos da prescrição ativa ou passivamente, ou 
seja, podem invocá-la em seu proveito ou sofrer suas consequências, sendo que o prazo prescricional fixado 
legalmente não poderá ser alterado por acordo das partes. 
8. (CEBRASPE - SEFAZ-RS – 2019) A perda da ação atribuída a determinado direito em razão do 
seu não uso durante determinado período de tempo é o instituto da 
(A) interrupção. 
(B) prescrição. 
(C) nulidade. 
(D) decadência. 
(E) suspensão. 
Comentários: 
A alternativa A errada. Interrupção é o reinício da contagem de determinado prazo prescricional, ou seja, o 
prazo volta a contar por inteiro, ou seja, do zero. 
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A alternativa B correta. A prescrição é a perda do direito de PRETENSÃO À AÇÃO para a defesa de um 
direito. O que irá se perder pelo decurso do tempo é o direito de entrar com uma ação para a proteção do 
direito que foi violado, não se perderá o direito, mas a sua defesa. 
A prescrição extingue a pretensão à ação e atinge apenas de forma indireta o direito. Já a decadência atinge 
diretamente o direito. 
A alternativa C errada. Nulidade é a sanção imposta pela lei aos atos e negócios jurídicos realizados sem 
observância dos 
requisitos essenciais, impedindo-os de produzir os efeitos que lhes são próprios. 
A alternativa D errada. Decadência é a perda do direito potestativo pela inércia do seu titular no período 
determinado em lei. Seu objeto são os direitos potestativos de qualquer espécie, disponíveis ou 
indisponíveis, direitos que conferem ao respectivo titular o poder de influir ou determinar mudanças na 
esfera jurídica de outrem, por ato unilateral, sem que haja dever correspondente, apenas uma sujeição. 
A alternativa E errada. Na suspensão o prazo volta a contar de onde parou, ou seja, oprazo volta a fluir 
somente pelo tempo restante. 
9. (CEBRASPE – EBSERH_ADMINISTRATIVA - 2018) o que dispõe o Código Civil acerca das 
obrigações e dos institutos da prescrição e da decadência, julgue os itens que se seguem. 
A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição e interrompida por qualquer interessado, na 
forma da lei. 
JUSTIFICATIVA: CORRETA 
A assertiva está correta, dado que, de fato, pode a prescrição ser alegada em qualquer grau de jurisdição, 
podendo ser interrompida por qualquer interessado, conforme os Arts. 193 e 203 do CC: 
Art. 193. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem aproveita. 
Conforme o dispositivo supracitado, decorre da prescrição a possibilidade de ser alegada em qualquer grau 
de jurisdição, ou seja, em qualquer fase do processo. 
Art. 203. A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado. 
Considera-se, ainda, que não apenas o titular do direito, mas todo e qualquer interessado tem capacidade 
para que interrompa a prescrição. 
A prescrição é a perda da pretensão do titular de um direito que não o exerceu em determinado lapso 
temporal. 
10. (CEBRASPE – EBSERH_ADMINISTRATIVA - 2018) o que dispõe o Código Civil acerca das 
obrigações e dos institutos da prescrição e da decadência, julgue os itens que se seguem. 
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Em regra, aplicam-se à decadência, no que couberem, as normas de suspensão e interrupção da prescrição. 
JUSTIFICATIVA: INCORRETA 
A assertiva está incorreta, dado que não são aplicadas a decadência nas normas que causam a suspensão e 
interrupção da prescrição, de acordo com o expresso pelo Art. 207 do CC: 
Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as normas que impedem, 
suspendem ou interrompem a prescrição. 
A decadência se configura como a extinção de um direito por não ter sido exercido no prazo legal, ou seja, 
quando o sujeito não respeita o prazo fixado por lei para o exercício de seu direito, perde o direito de exercê-
lo. 
É regra geral que a decadência corra em face de todos, são sendo impedida, suspensa ou interrompida a 
fluência dos prazos, exceto em caso de haver disposição da lei de modo contrário. 
 
11. (CEBRASPE -TCE-MG – 2018) É causa que interrompe a prescrição 
(A) manter sociedade conjugal com a vítima do dano. 
(B) ser descendente do autor do dano. 
(C) realizar ato extrajudicial inequívoco que importe no reconhecimento do direito pelo devedor. 
(D) ausentar-se do país enquanto em serviço público da União. 
(E) ajuizar ação para apurar o fato no juízo criminal. 
Comentários: 
A alternativa A errada. É causa que impedem ou suspendem a prescrição manter sociedade conjugal com 
a vítima do dano. 
O art. 197 do Código Civil trata das principais causas que impedem ou suspendem a prescrição: 
Art. 197. Não corre a prescrição: 
I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal; 
Se o prazo ainda não começou a fluir, a causa ou obstáculo (no caso, a constância da sociedade conjugal) 
impede que ele comece. Se, entretanto, o obstáculo (casamento) surge após o prazo ter se iniciado, dá -se 
a suspensão. Nesse caso, somam-se os períodos, isto é, cessada a causa de suspensão temporária, o lapso 
prescricional volta a fluir somente pelo tempo restante. Diferentemente da interrupção, em que o período 
já decorrido é inutilizado e o prazo volta a correr novamente por inteiro. 
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A alternativa B errada. É causa que impedem ou suspendem a prescrição ser descendente do autor do dano. 
O art. 197 do Código Civil trata das principais causas que impedem ou suspendem a prescrição: 
Art. 197. Não corre a prescrição: 
II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar; 
A alternativa C correta. É causa que interrompe a prescrição realizar ato extrajudicial inequívoco que 
importe no reconhecimento do direito pelo devedor, conforme dispõe o art. 202, inc. VI do Código Civil: 
Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á: 
VI - por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo 
devedor. 
Esta é a única hipótese em que a interrupção da prescrição ocorre sem a manifestação volitiva do credor. 
Incluem -se, nesses atos de reconhecimento da dívida, por exemplo, pagamentos parciais, pedidos de 
prorrogação do prazo ou de parcelamento e pagamento de juros. Ressalte -se que outras causas de 
interrupção da prescrição são previstas em leis especiais. 
A alternativa D errada. É causa que suspende a prescrição ausentar-se do país enquanto em serviço público 
da União, conforme dispõe o art. 198, inc. II do Código Civil: 
Art. 198. Também não corre a prescrição: 
II - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios; 
As causas suspensivas da prescrição são as que, temporariamente paralisam o seu curso; superado o fato 
suspensivo, a prescrição continua a correr, computado o tempo decorrido antes dele. 
A alternativa E errada. É causa que impede a prescrição ajuizar ação para apurar o fato no juízo criminal, 
conforme dispõe o art. 200 do Código Civil: 
Art. 200. Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não correrá a prescrição 
antes da respectiva sentença definitiva. 
A apuração de questão prejudicial a ser verificada no juízo criminal, se a ação dela se originar, é causa 
impeditiva do curso da prescrição, que só começará a correr após a sentença definitiva. 
12. (CEBRASPE - MPU – 2018) A respeito de interpretação de lei, pessoas jurídicas e naturais, 
negócio jurídico, prescrição, adimplemento de obrigações e responsabilidade civil, julgue o item a 
seguir. 
Se houver capacidade legal e manifestação expressa por escrito, será válida a renúncia prévia da prescrição. 
Comentários: 
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A assertiva está errada, pois somente depois de consumada a prescrição, desde que não haja prejuízo de 
terceiro, é que poderá haver renúncia expressa ou tácita por parte do interessado, conforme dispõe o art. 
191 do Código Civil: 
Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de 
terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de fatos do 
interessado, incompatíveis com a prescrição. 
Como se vê, não se permite a renúncia prévia ou antecipada à prescrição, a fim de não destruir sua eficácia 
prática, caso contrário, todos os credores poderiam impô-la aos devedores; portanto, somente o titular 
poderá renunciar à prescrição após a consumação do lapso previsto em lei. 
13. (CEBRASPE - PC-SE – 2018) Determinada sociedade por quotas de responsabilidade limitada 
compra peças de uma sociedade em comum e as utiliza na montagem do produto que revende. 
Considerando essa situação, julgue o item a seguir, com base no Código de Defesa do Consumidor (CDC) e 
nas normas de direito civil e empresarial. 
Ao celebrar contratos com terceiros, as duas sociedades referidas na situação hipotética podem estabelecer 
prazos prescricionais mais amplos que os previstos no Código Civil. 
Comentários: 
A assertiva está errada, dado que, não se admite a ampliação ou redução de prazo prescricional pela 
vontade das partes, conforme dispõe o art. 192 do Código Civil: 
Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes. 
Tanto as pessoas naturais como as jurídicas sujeitam-se aos efeitos da prescrição ativa ou passivamente, ou 
seja, podem invocá-la emseu proveito ou sofrer suas consequências, sendo que o prazo prescricional fixado 
legalmente não poderá ser alterado por acordo das partes. 
14. (CEBRASPE - TJ-CE – 2018) Em um contrato, as partes pactuaram livremente o prazo de trinta 
dias para o exercício de eventual direito de arrependimento. 
Esse prazo possui natureza 
(A) prescricional e pode ser reconhecido de ofício pelo juiz. 
(B) prescricional e somente pode ser suscitado pelas partes. 
(C) decadencial e pode ser reconhecido de ofício pelo juiz. 
(D) decadencial e somente pode ser suscitado pelas partes. 
(E) diversa da prescricional ou decadencial. 
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Comentários: 
A alternativa A errada. Esse prazo possui natureza decadencial e não pode ser reconhecido de ofício pelo 
juiz, conforme dispõe o art. 211 do Código Civil: 
Art. 211. Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de 
jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação. 
Se o prazo decadencial for prefixado pelas partes, aquela a quem ele aproveitar poderá alegá-la em qualquer 
grau de jurisdição, mas o juiz não poderá, de ofício, suprir tal alegação. 
A alternativa B errada. Esse prazo possui natureza decadencial e somente pode ser suscitado pelas partes, 
conforme dispõe o art. 211 do Código Civil: 
Art. 211. Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de 
jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação. 
Se o prazo decadencial for prefixado pelas partes, aquela a quem ele aproveitar poderá alegá-la em qualquer 
grau de jurisdição, mas o juiz não poderá, de ofício, suprir tal alegação. 
A alternativa C errada. Esse prazo possui natureza decadencial e não pode ser reconhecido de ofício pelo 
juiz, conforme dispõe o art. 211 do Código Civil: 
Art. 211. Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de 
jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação. 
Se o prazo decadencial for prefixado pelas partes, aquela a quem ele aproveitar poderá alegá-la em qualquer 
grau de jurisdição, mas o juiz não poderá, de ofício, suprir tal alegação. 
A decadência decorrente de prazo legal deve ser considerada e julgada pelo magistrado, de ofício, 
independentemente de arguição do interessado, conforme dispõe o art. 210 do Código Civil: 
Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, quando estabelecida por lei. 
A alternativa D correta. Esse prazo possui natureza decadencial e somente pode ser suscitado pelas partes, 
conforme dispõe o art. 211 do Código Civil: 
Art. 211. Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de 
jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação. 
Se o prazo decadencial for prefixado pelas partes, aquela a quem ele aproveitar poderá alegá-la em qualquer 
grau de jurisdição, mas o juiz não poderá, de ofício, suprir tal alegação. 
A alternativa E errada. Esse prazo possui natureza decadencial e somente pode ser suscitado pelas partes, 
conforme dispõe o art. 211 do Código Civil: 
Art. 211. Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de 
jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação. 
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Se o prazo decadencial for prefixado pelas partes, aquela a quem ele aproveitar poderá alegá-la em qualquer 
grau de jurisdição, mas o juiz não poderá, de ofício, suprir tal alegação. 
Não se admite a ampliação ou redução de prazo prescricional pela vontade das partes, conforme dispõe o 
art. 192 do Código Civil: 
Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes. 
15. (CEBRASPE - PGM – 2018) À luz das disposições do direito civil pertinentes ao processo de 
integração das leis, aos negócios jurídicos, à prescrição e às obrigações e contratos, julgue o item a 
seguir. 
Embora estabeleça como regra o prazo prescricional de três anos para a cobrança de dívida decorrente de 
aluguel de prédio urbano, a lei prevê a possibilidade de as partes pactuarem contratualmente prazo 
prescricional maior que este, até o limite de cinco anos. 
Comentários: 
A assertiva está errada, pois prescreve em três anos a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou 
rústicos, conforme dispõe o art. 206, § 3º, inc. I do Código Civil: 
Art. 206. Prescreve: 
§ 3º Em três anos: 
I - a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos; 
Não se admite a ampliação ou redução de prazo prescricional pela vontade das partes, conforme dispõe o 
art. 192 do Código Civil: 
Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes. 
Tanto as pessoas naturais como as jurídicas sujeitam-se aos efeitos da prescrição ativa ou passivamente, ou 
seja, podem invocá-la em seu proveito ou sofrer suas consequências, sendo que o prazo prescricional fixado 
legalmente não poderá ser alterado por acordo das partes. 
16. (CEBRASPE - EBSERH – 2018) Considerando o que dispõe o Código Civil acerca das obrigações 
e dos institutos da prescrição e da decadência, julgue o item que se segue. 
A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição e interrompida por qualquer interessado, na 
forma da lei. 
Comentários: 
A assertiva está certa, eis que, a prescrição pode ser arguida em qualquer fase ou estado da causa, em 
primeira ou em segunda instância, conforme dispõe o art. 193 do Código Civil: 
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Art. 193. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem aproveita. 
Muito embora deva o réu, na primeira oportunidade que tenha para se manifestar no processo, alegar toda 
a matéria defensiva, é possível suscitar a prescrição a qualquer tempo, inclusive em grau recursal, dês que 
nas vias ordinárias. 
A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado, como o próprio titular do direito em via de 
prescrição, quem legalmente o represente ou, ainda, terceiro que tenha legítimo interesse, conforme dispõe 
o art. 203 do Código Civil: 
Art. 203. A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado. 
17. (CEBRASPE - EBSERH – 2018) Considerando o que dispõe o Código Civil acerca das obrigações e 
dos institutos da prescrição e da decadência, julgue o item que se segue. 
Em regra, aplicam-se à decadência, no que couberem, as normas de suspensão e interrupção da prescrição. 
Comentários: 
A assertiva está errada, já que, a regra é que não sejam aplicadas a decadência as normas de suspensão e 
interrupção da prescrição, conforme dispõe o art. 207 do Código Civil: 
Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as normas que impedem, 
suspendem ou interrompem a prescrição. 
As normas relativas ao impedimento, suspensão e interrupção de prescrição apenas serão aplicáveis à 
decadência nos casos admitidos por lei. 
18. (CEBRASPE - STJ – 2018) À luz da legislação e da jurisprudência dos tribunais superiores, julgue 
o item a seguir, a respeito dos direitos da personalidade, do direito de família, dos direitos reais e da 
prescrição. 
Prescreve em cinco anos, a contar do dia seguinte ao do vencimento da prestação, o prazo para a cobrança 
de taxa condominial ordinária ou extraordinária constante em instrumento público ou particular. 
Comentários: 
A assertiva está certa, pois prescreve em cinco anos a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes 
de instrumento público ou particular, conforme dispõe o art. 206, § 5º, inc. I do Código Civil: 
Art. 206. Prescreve: 
§ 5º Em cinco anos: 
I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidasconstantes de instrumento público ou particular; 
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O prazo para a cobrança de taxa condominial ordinária ou extraordinária constante em instrumento público 
ou particular, prescreve em cinco anos, a contar do dia seguinte ao do vencimento da prestação, conforme 
o entendimento do STJ: 
Informativo 596 do STJ: “RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. DIREITO CIVIL. 
COBRANÇA DE TAXAS CONDOMINIAIS. DÍVIDAS LÍQUIDAS, PREVIAMENTE ESTABELECIDAS EM 
DELIBERAÇÕES DE ASSEMBLEIAS GERAIS, CONSTANTES DAS RESPECTIVAS ATAS. PRAZO 
PRESCRICIONAL. O ART. 206, § 5º, I, DO CÓDIGO CIVIL DE 2002, AO DISPOR QUE PRESCREVE EM 5 
(CINCO) ANOS A PRETENSÃO DE COBRANÇA DE DÍVIDAS LÍQUIDAS CONSTANTES DE INSTRUMENTO 
PÚBLICO OU PARTICULAR, É O QUE DEVE SER APLICADO AO CASO. A tese a ser firmada, para efeito do 
art. 1.036 do CPC/2015 (art. 543-C do CPC/1973), é a seguinte: Na vigência do Código Civil de 2002, é 
quinquenal o prazo prescricional para que o Condomínio geral ou edilício (vertical ou horizontal) exercite 
a pretensão de cobrança de taxa condominial ordinária ou extraordinária, constante em instrumento 
público ou particular, a contar do dia seguinte ao vencimento da prestação (REsp 1483930/DF, Rel. Ministro 
LUIS FELIPE SALOMÃO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 23/11/2016, DJe 01/02/2017)”. 
19. (CEBRASPE - STM – 2018) De acordo com o Código Civil e considerando o entendimento 
doutrinário acerca das pessoas naturais, das obrigações e da prescrição e decadência, julgue o item a 
seguir. 
A renúncia a prazo decadencial fixado em lei somente será considerada válida se for feita de modo expresso 
e na forma escrita. 
Comentários: 
A assertiva está errada, pois a decadência resultante de prazo legal não pode ser renunciada pelas partes, 
nem antes nem depois de consumada, sob pena de nulidade, conforme dispõe o art. 209 do Código Civil: 
Art. 209. É nula a renúncia à decadência fixada em lei. 
A irrenunciabilidade decorre da própria natureza da decadência. O fim predominante desta é o interesse 
geral, sendo que os casos legalmente previstos versam sobre questões de ordem pública. Daí a razão de não 
se admitir que possam as partes afastar a incidência da disposição legal. 
O referido dispositivo, contudo, considera irrenunciável apenas o prazo de decadência estabelecido em lei, 
e não os convencionais, como o pactuado na retrovenda, em que, por exemplo, pode -se estabelecer que o 
prazo de decadência do direito de resgate seja de um ano a partir da compra e venda e, depois, renunciar-
se a esse prazo, prorrogando-o até três anos, que é o limite máximo estabelecido em lei. 
20. (CESPE / TRF - 1ª REGIÃO – 2017) Acerca da prescrição e da decadência, julgue o próximo item. 
O juiz pode reconhecer, de ofício, a decadência, mesmo quando convencionada pelas partes. 
Comentários: 
A assertiva está errada, pois o juiz só pode reconhecer de ofício a decadência legal, fixada em lei, conforme 
dispõe o art. 210 do Código Civil: 
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Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, quando estabelecida por lei. 
A decadência decorrente de prazo legal deve ser considerada e julgada pelo magistrado, de ofício, 
independentemente de arguição do interessado. 
21. (CESPE / TRF - 1ª REGIÃO – 2017) Acerca da prescrição e da decadência, julgue o próximo item. 
A prescrição ocorrerá em dez anos, caso a lei não lhe tenha fixado prazo menor. 
Comentários: 
A assertiva está certa, já que, a prescrição ocorrerá em dez anos, caso a lei não lhe tenha fixado prazo 
menor, conforme dispõe o art. 205 do Código Civil: 
Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor. 
Se a lei não fixar prazo menor para a pretensão ou exceção, este será de dez anos. 
22. (CESPE / TRT - 7ª REGIÃO – 2017) No que se refere a prescrição e decadência em desfavor de um 
indivíduo de dezessete anos de idade, assinale a opção correta. 
(A) Correm normalmente tanto os prazos prescricionais como os decadenciais. 
(B) Os prazos prescricionais somente se iniciam quando o indivíduo completar dezoito anos de idade. 
(C) Adota-se tanto para os prazos prescricionais quanto para os decadenciais o prazo de dez anos. 
(D) Não correm os prazos prescricionais nem decadenciais. 
Comentários: 
A alternativa A correta. Uma pessoa de 17 anos de idade é relativamente capaz, e contra estas pessoas, os 
prazos decadenciais e prescricionais correm normalmente. 
A alternativa B errada, dado que, os prazos prescricionais se iniciam, em regra, quando a pessoa completar 
16 anos. Salvo os casos de impedimento. 
A alternativa C errada. O prazo estipulado para cada ação, não está relacionado com a idade dos indivíduos. 
A alternativa D errada. Uma pessoa de 17 anos de idade é relativamente capaz, e contra estas pessoas, os 
prazos decadenciais e prescricionais correm normalmente. 
23. (CESPE / DPU – 2017) De acordo com a legislação de regência e o entendimento dos tribunais 
superiores, julgue o próximo item. 
Situação hipotética: O condômino B deve taxas condominiais extraordinárias, estabelecidas em 
instrumento particular, ao condomínio edilício A. Assertiva: Nessa situação, o condomínio A goza do prazo 
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de cinco anos, a contar do dia seguinte ao do vencimento da prestação, para exercer o direito de cobrança 
das referidas taxas. 
Comentários: 
A assertiva está certa, pois o condomínio A goza do prazo de cinco anos, a contar do dia seguinte ao do 
vencimento da prestação, para exercer o direito de cobrança das referidas taxas. 
Art. 206. Prescreve: 
§ 5o Em cinco anos: 
I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular; 
24. (CESPE / TRE-BA – 2017) Maria, Carla e Luciana são credoras solidárias da quantia de R$ 3.000 
de Antônio. Maria casou-se com Antônio. Na constância da sociedade conjugal, houve a perda da 
pretensão de recebimento do crédito de Carla e Luciana em relação a Antônio. Posteriormente, 
insatisfeita com o relacionamento, Maria divorciou-se de Antônio e ingressou com ação de cobrança 
contra ele. 
A respeito dessa situação hipotética, assinale a opção correta de acordo com o Código Civil. 
(A) O casamento de Maria com Antônio é causa interruptiva da prescrição. 
(B) O prazo de prescrição pode ser alterado mediante acordo entre as credoras e Antônio. 
(C) Maria não pode renunciar tacitamente à prescrição. 
(D) A suspensão da prescrição em favor de Maria aproveita às demais credoras solidárias. 
(E) Maria pode exigir de Antônio o cumprimento da prestação por inteiro. 
Comentários: 
A alternativa A errada. O casamento de Maria com Antônio é causa suspensiva da prescrição, conforme 
dispõe o art. 197, inc. II do Código Civil: 
Art. 197. Não corre a prescrição: 
II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar; 
Se o prazo ainda não começou a fluir, a causa ou obstáculo (no caso, a constância da sociedade conjugal) 
impede que ele comece. Se, entretanto, o obstáculo (casamento) surge após o prazo ter se iniciado, dá -se 
a suspensão. 
A alternativa B errada. O prazo prescricional não pode ser alterado pela vontade das partes, conforme 
dispõe o art. 192 do Código Civil: 
Paulo H M Sousa
Aula 06
Direito Civil p/ TJ-RJ (Analista - Sem Especialidade) Com Videoaulas - Pós-Edital
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Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes. 
Tanto as pessoas naturais como as jurídicas sujeitam-se aos efeitos da prescrição ativa ou

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