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Resenha TEXTO E GRAMÁTICA: UMA INTRODUÇÃO A LINGUÍSTICA SISTEMICO-FUNCIONAL

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ 
LINGUÍSTICA: FUNCIONALISMO 
DOCENTE: DANIEL DE FRANÇA BRASIL SOARES 
DISCENTE: ANTONIA DAYANE FIGUEIREDO RODRIGUES 
 
 
RESENHA DE TEXTO E GRAMÁTICA: UMA INTROCUÇÃO A LINGUÍSTICA SISTEMICO-FUNCIONAL 
 
 
Referência do texto: Gouveia, Carlos A. M. Texto e gramática: uma introdução a linguística 
sistêmico-funcional. Revista Matraga – vol. 16, nº 24, jan/jun. 2009. 
 
 
Carlos A. M. Gouveia é um linguista português, professor agregado da Faculdade de Letras de 
Lisboa e investigador no Instituto de Linguística Teórica e computacional e em seu 
artigo Textos e Gramáticas: uma introdução a linguística Sistêmico-Funcional, traz ao leitor 
conceitos e apresentações do Funcionalismo Britânico, de Halliday, com uma abordagem, 
teoricamente, introdutória. 
Dividido em quatro tópicos para um melhor aprofundamento expositivo, o primeiro são as 
noções introdutórias. 
Na primeira seção denominada Linguagem, função e sistema linguístico, Gouveia apresenta ao 
leitor conceitos fundamentais para se entender o funcionalismo e, principalmente, a LSF. É 
nesta seção que nos é explicado a noção da língua como “concebida a partir de uma 
abordagem descritiva baseada no uso linguístico.” 
A apresentação da teoria-descritiva que “fornece descrições plausíveis sobre o como e o 
porquê de a língua variar em função de e em relação com grupos de falantes e contextos de 
uso.” Além disso o autor expõe o ponto de partida de Halliday para iniciar seus estudos sobre a 
língua em uso, o questionamento de “por que a língua é como é?” e a partir disso dar início a 
introdução funcional. 
Halliday propõe que além de olharmos para o sistema da língua observemos também o uso 
que se faz dela, pois a língua se adapta para cada uso que o falante faz. Halliday defende 
também que acima dos sistemas linguísticos e dos falantes existe uma outra realidade, que 
ajuda a potenciar as possibilidades de uso e complementar capacidades humanas. 
Sendo assim, Halliday afirma que “a linguagem desempenha três funções fundamentais” que 
vão além da função comunicativa, que seria a principal. Partindo do princípio da língua como 
expressão, Golveia apresenta ao leitor as três funções da linguagem desenvolvidas 
por Halliday: função ideacional, função interpessoal e função textual. O autor faz ainda uma 
pequena explicação, com exemplos simples, sobre a divisão da função ideacional e logo após 
introduz o conceito de línguas naturais, baseando-a nas considerações de metafunção. 
A língua na visão funcionalista não é apenas encarada como “uma realidade 
fundamentalmente social” ou por se opor às teorias de descrição gramatical, mas sim 
entender como ela é modelada, através do uso linguístico. 
Em seguida, Gouveia apresenta o conceito de Halliday da língua como um “recurso para a 
produção de significados” e que “como tal, contém em si mesma um potencial de significação 
sobre o qual os falantes operam escolhas em função daquilo que querem comunicar nas 
situações particulares que se encontram.”. O autor introduz outro conceito de Halliday em seu 
trabalho, o da lexicogramatical, que é o sistema daquilo que o falante pode significar e ainda o 
comportamental que é o sistema daquilo que o falante pode fazer. 
A segunda seção do artigo de Gouveia trata do contexto(s), registro e o gênero. Como já 
sabemos a linguística Sistêmico-Funcional analisa a língua em uso e agora o autor nos 
apresenta mais uma faceta que foi desenvolvida por Firth em 1937 e está presente até hoje 
não só no funcionalismo, mas também na pragmática, na análise da conversação e do discurso, 
que o que é dito por um falante numa conversa apreende o que o outro falante disse antes e 
dirá depois, ou seja, o significado é contextualmente motivado. O autor não deixa de fora o 
conceito de gênero e registro dos textos, que correspondem a dois planos de realização do 
texto, apresentando-as Gouveia nos diz que as concepções de gênero da LSF permitem-nos a 
lidar automaticamente com a variação funcional dos textos e trabalhar com a 
relação probalística entre o texto e o contexto. O autor explica que o registro está divido em 
três dimensões e cada uma delas está relacionada as metafunções de Halliday, e essa relação 
não é arbitraria, para se justificar Gouveia expõe exemplos que fundamental sua opinião. 
Na terceira seção, o autor aborda a lexicogramática e os sistemas de escolhas. E logo no inicio 
nos mostra perguntas que são mais frequentemente utilizadas nas análises textuais, 
funcionais, pelos analistas e Gouveia relaciona diretamente cada uma com as três variáveis de 
registro: campo, relações e modo. Além dessas, temos ainda a noção de sistemas de 
transitividade, que é enquadrado pela metafunção ideacional. No final da seção o autor faz 
emergir, ainda, a noção de tema e rema, dando uma breve explicação, mas somente sobre o 
tema. 
E na última seção, a Coda, Gouveia simplesmente encerra seu artigo com uma breve 
conclusão. 
Em uma visão geral do artigo de Gouveia sobre a LSF, ele é satisfatório para o aprofundamento 
de conhecimentos gerais sobre o assunto, mas por muitas vezes se torna exaustivo, pois o 
autor acaba explicando várias vezes a mesma coisa, simplesmente porque a primeira 
explicação é mais complexa, com uma linguagem mais complicada para uma primeira 
assimilação e em seguida traz outra mais “simplificada”. Mesmo teoricamente sendo um artigo 
para uma introdução a LSF o artigo parece esperar do leitor conhecimentos prévios sobre o 
assunto. Com tudo é um ótimo artigo para conhecer a LSF e uma leitura recomendada para 
quem quer saber um pouco mais sobre o assunto.

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