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CULTURA DO MILHO.

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CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DE INHUMAS 
FACULDADE DE INHUMAS 
CURSO DE AGRONOMIA 
 
 
DANILO RODRIGUES DE CARVALHO 
GABRIEL SANTOS SILVA 
GABRIEL MORAES MENDANHA 
JOÃO BATISTA SIMÕES NETO 
MATHEUS CEZAR MENEZES DA SILVA 
MAXSUEL ALCINO DE SOUZA PIMENTA 
PEDRO LUCAS MONTEIRO 
RYAN CARLOS COSTA LIMA 
 
 CULTURA DO MILHO 
 
 
 
 
INHUMAS – GO 
2021 
 
DANILO RODRIGUES DE CARVALHO 
GABRIEL SANTOS SILVA 
GABRIEL MORAES MENDANHA 
JOÃO BATISTA SIMÕES NETO 
MATHEUS CEZAR MENEZES DA SILVA 
MAXSUEL ALCINO DE SOUZA PIMENTA 
PEDRO LUCAS MONTEIRO 
RYAN CARLOS COSTA LIMA 
 
 
 
 
 
CULTURA DO MILHO 
 
 
 
Atividade complementar da disciplina 
Fitotecnia para composição da nota de N1 
sobre orientação do professor Vitor Guerra. 
 
 
 
 
INHUMAS- GO 
2021 
SUMARIO 
INTRODUÇÃO....................................................................................................... 5 
ORIGEM E DESCRIÇÃO BOTÂNICA .................................................................. 5 
ASPECTOS ECONÔMICOS E ESTATÍSTICOS ................................................. 7 
APTIDÃO ECOLÓGICA ........................................................................................ 8 
PRÁTICAS CULTURAIS ..................................................................................... 10 
Época de semeadura: ...................................................................................... 11 
MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DO MILHO ........................................................ 13 
Germinação e Emergência .............................................................................. 15 
Estádios Reprodutivos e Desenvolvimento do Grão Estádio ......................... 18 
Grãos............................................................................................................. 20 
Enchimento do Grão ........................................................................................ 21 
Fotossíntese ..................................................................................................... 22 
Nutrição e adubação do milho ............................................................................ 23 
Nitrogênio............................................................................................................. 23 
Fósforo ............................................................................................................. 24 
Pragas e doenças ................................................................................................ 24 
1 – Cercosporiose (Cercosporazeae-maydis)................................................. 24 
2 – Mancha Branca (Phaeosphaeriamaydis) .................................................. 25 
3 – Ferrugem .................................................................................................... 25 
Ferrugem comum ......................................................................................... 25 
Ferrugem Polissora (Pucciniapolysora) ....................................................... 26 
Ferrugem Tropical ou Ferrugem Branca (Physopellazeae) ........................ 26 
Monitoramento X Controle de doenças do milho ............................................ 26 
Fases Fenológicas Do Milho ........................................................................... 26 
Maturidade........................................................................................................ 27 
Ponto de maturação do milho .......................................................................... 28 
Ponto de Maturidade .................................................................................... 28 
Ponto Ideal Para Colheita ................................................................................ 29 
Plantas Daninhas E Controle .............................................................................. 30 
Transporte............................................................................................................ 31 
Beneficiamento, Industriaização e Comercialização .......................................... 31 
(UBS)? .............................................................................................................. 31 
Diferenças do beneficiamento de sementes de milho .................................... 32 
O processo de beneficiamento do milho ......................................................... 33 
Tratamento de Sementes Industrial (TSI) ....................................................... 34 
Industrialização ................................................................................................ 35 
Milho doce ..................................................................................................... 36 
COMERCIALIZAÇÃO ...................................................................................... 37 
Melhoramento genético do milho ........................................................................ 40 
Conclusão ............................................................................................................ 41 
Referência:........................................................................................................... 42 
5 
 
INTRODUÇÃO 
O milho (Zeamays L.) pertence a família das Poaias, originário da America 
sendo uma espécie anual, sendo um cereal de alto valor nutritivo e faz parte da 
alimentação quanto humana e animal. 
O Brasil e um dos maiores produtores de grãos, sendo o estado Mato Grosso, 
Paraná, Rio Grande do sul e Goiás lideram na produção. Goiás teve a maior produção 
de milho de sua história em 2019. Foram quase 12 milhões de toneladas colhidas. 
O comportamento das diferentes linhagens de milho pode variar muito quanto 
a exigência térmica para a germinação e desenvolvimento inicial. A umidade do solo 
também influência na cultura do milho que muito exigente em água. O fotoperíodo e 
um dos componentes climáticos que afetam a produtividade do milho, representado 
pelo número de horas de luz solar, o qual é um fator climático de variação sazonal, 
mas que não apresenta muita variação de ano para ano. O milho é considerado uma 
planta de dias curtos, embora algumas cultivares tenham pouca ou nenhuma 
sensibilidade às variações do fotoperíodo. 
A radiação solar e de suma importância na fase de enverdecimento das folhas, 
quando, ocorre a síntese da clorofila e a planta passa de um estágio heterotrófico, no 
qual vive as expensas da reserva do endosperma, p'a r a um estágio autotrofico , em 
que, atraves da fotossíntese, sintetiza os carboidratos necessários ao seu completo 
desenvolvimento. 
Objetivo Geral 
O objetivo do trabalho é apresentar a cultura do milho e as características, economia, 
estatísticas, doenças e pragas, o milho apresenta muita benefícios e seve de matéria 
prima para muitos produtos alimentícios animais e humanos. 
ORIGEM E DESCRIÇÃO BOTÂNICA 
O milho pertence a família das Poáceas. São originários da America. Para de 
isso nos convencer e para deixarmos de lado algumas opiniões discordantes, basta 
que resumamos aqui a farta argumentação de Heuzé, e assim também nos 
dispensarmos de maiores detalhes que são encontrados, com abundancia, em seu 
livro. (1) Contrariamente ao que já se supoz, diz esse autor, nem Plinio, nem 
6 
 
Theophrasto ou Herodoto mencionaram o milho como originário da Índia, a planta a 
que se referiam era um sorgo (Holcusindicum). 
Segundo Fornasieri Filho (2007) existem três principais hipóteses que explicam 
a origem do milho. De acordo com primeira hipótese, que é a da “evolução divergente”, 
uma planta selvagem, que por uma evolução divergente teria originado o milho, essa 
planta seria o teosinte, que possui estrutura bem semelhante a do milho. A segunda 
hipótese, a do “milho como antepassado do teosinte” sugere que por apresentar 
reação ao fotoperiodismo, redução do sabugo de varias fileiras para o de duas fileiras,redução de grãos pareados a duros, etc., teria se originado do milho. E a terceira e 
ultipa hipótese, da “descendência do teosinte” propõe que o milho teria se originado 
direta e unicamente do teosinte, por meio do hoem, devido a uma seleção. Essa sendo 
atualmente a hipótese mais aceita. 
O que se é concreto é que o milho é uma planta Americana, como vemos na 
seguinte citação: Esse milho, Zeamayz, é uma revelação ameríndia, e nenhum outro 
povo da terra o provou antes que o Novo Mundo aparecesse.” 
Descrição: “Dentro da classificação botânica, o milho pertence à ordem 
Gramineae família Grimanaceae, sub-familiaPanicoideae, tribuMaydeae, gênero Zea, 
espécie Zeamay. O gênero Zea é considerado monotípico e constituído por uma única 
espécie, ou seja, Zeamays L” 
A Semente – a semente lançada ao solo, havendo condições favoráveis de 
umidade e temperatura, germina após 5 ou 6 dias. Classificado botanicamente como 
cariopse, a semente do milho é um tipo especial de fruto. Possui basicamente três 
partes: o pericarpo, que é uma camada fina e resistente que constitui a parede externa 
da semente. 
O endosperma, que é a parte mais volumosa da semente, envolvida pelo 
pericárpio e constituída de substâncias de reserva, sendo o amido a principal, entre 
outros carboidratos. 
E o embrião, que é a planta em miniatura, justamente por possuir os primórdios 
de todos os órgãos da planta desenvolvida. Encontra-se ao lado do endosperma e é 
parcialmente envolvido por ele. 
7 
 
ASPECTOS ECONÔMICOS E ESTATÍSTICOS 
Foram mais de 100 milhões de toneladas colhidas nas duas últimas safras a 
previsão para 2020/2021 é de 106 milhões, de acordo com a Companhia Nacional de 
Abastecimento (Conab). O montante corresponde a cerca de 40% da safra total de 
grãos do País, perdendo apenas para a soja. 
O maior produtor estadual é o Paraná, com previsão de 650 mil toneladas, 
seguido por Minas (532 mil toneladas), Mato Grosso (328 mil toneladas), Goiás (307,6 
mil toneladas) e Bahia (247 mil toneladas), o maior produtor nordestino. 
Foram 12 milhões de toneladas colhidas em 2019, produção 33% maior que 
em 2018, segundo IBGE 
Goiás teve a maior produção de milho de sua história em 2019. Foram quase 
12 milhões de toneladas colhidas, um incremento de 33% sobre a safra de 2018, 
segundo dados da Produção Agrícola Municipal, divulgada ontem pelo IBGE. O 
município de Rio Verde é o segundo maior produtor do grão no País, com uma 
produção de 2,3 milhões de toneladas, atrás apenas de Sorriso, no Mato Grosso. Mas 
os municípios goianos continuam sendo destaque nacional em várias culturas. 
O Estado também é um dos poucos que participam das duas safras anuais de 
milho. O IBGE situa Goiás como terceiro maior produtor do País, mas o analista de 
Mercado da Milhão Ingredientes, Ronaldo Fernandes, conta que consultorias do 
agronegócio colocam o Estado na vice-liderança, com uma produção de 15 milhões 
de toneladas. Até meados do ano passado, a Milhão processava cerca de 11 mil 
toneladas mensais de milho e, hoje, já são 18 mil toneladas mensais. "E não é o limite", 
garante Fernandes. 
A produção de milho no Brasil para a safra 2020/21 deve permanecer acima 
100 milhões de toneladas com potencial de chegar a superar 105 milhões de 
toneladas. 
8 
 
Imagem 1. Fonte: Google. 
Imagem 2. Fonte: Google. 
Conforme o Levantamento Sistemático da 
Produção Agrícola (LSPA) de julho, divulgado nesta 
terça-feira pelo instituto, a segunda safra de milho será 
de 65,2 milhões de toneladas em 2021, 5,9% abaixo 
da estimativa de junho. Na comparação com 2020, a 
quebra na segunda safra de milho levará a uma 
produção 15% menor. Em GO as culturas de soja e 
milho, a estimativa da Conab é de produção de 13,7 
milhões e 9,0 milhões na safra 2020/2021, 
respectivamente. 
 
Imagem 3. Fonte: Google. 
 
 
 
 
 
 
 
APTIDÃO ECOLÓGICA 
Pela enorme diversidade de tipos e variedades existentes, desenvolvidas ao 
longo do tempo, o milho (Zeamays L.) encontra possibilidades de cultivo em faixa 
muito variável de condições climáticas. São conhecidas desde variedades 
extremamente precoces, adaptadas às regiões temperadas (frias) de estação 
vegetativ muito curta e dias bem longos, onde a colheita pode ser feita com 3 meses 
apenas, até variedades muito tardias. Em regiões tropicais propriamente ditas e em 
subtropicais, como no Planalto Central Brasileiro e no Planalto Paulista, as variedades 
9 
 
adaptadas são de precocidade intermediária, bem menos tardia que nas áreas 
equatoriais. 
O comportamento das diferentes linhagens de milho pode variar muito quanto 
a exigência térmica para a germinação e desenvolvimento inicial. Acrescente-se que 
são poucas as que geminam abaixo de 10 ºC e que o florescimento, o 
desenvolvimento e a maturação são apressados com o aumento das temperaturas 
médias diárias até 26 ºC e que por outro lado, são muito retardados abaixo de 15,5 
ºC. 
A umidade do solo também influência na cultura do milho que muito exigente 
em água. Entretanto, pode ser cultivado em regiões onde as precipitações vão desde 
250 mm até 5.000 mm anuais, sendo que a quantidade de água consumida pela 
planta, durante seu ciclo, está em torno de 600 mm. O consumo de água pela planta, 
nos estádios iniciais de crescimento, num clima quente e seco, raramente excede 2,5 
mm/dia. Durante o período compreendido entre o espigamento e a maturação, 
oconsumo pode se elevar para 5 a 7,5 mm diários. Mas se a temperatura estiver muito 
elevada e a umidade do ar, muito baixa, o consumo poderá chegar até 10 mm/dia. 
O fotoperíodo e um dos componentes climáticos que afetam a produtividade do 
milho, representado pelo número de horas de luz solar, o qual é um fator climático de 
variação sazonal, mas que não apresenta muita variação de ano para ano. O milho é 
considerado uma planta de dias curtos, embora algumas cultivares tenham pouca ou 
nenhuma sensibilidade às variações do fotoperíodo. Um aumento do fotoperíodo faz 
com que a duração da etapa vegetativa aumente e proporcione também um 
incremento no número de folhas emergidas durante a diferenciação do pendão e do 
número total de folhas produzidas pela planta. Nas condições brasileiras, o efeito do 
fotoperíodo na produtividade do milho é praticamente insignificante. O período de 
crescimento e desenvolvimento é afetado pela umidade do solo, pela temperatura, 
pela radiação solar e pelo fotoperíodo. A época de plantio é em função destes fatores, 
cujos limites extremos são variáveis em cada região agroclimática. A época de 
semeadura mais adequada é aquela que faz coincidir o período de floração com os 
dias mais longos do ano, e a etapa de enchimento de grãos com o período de 
temperaturas mais elevadas e alta disponibilidade de radiação solar. Isto, 
considerando satisfeitas as necessidades de água pela planta. Nas condições 
10 
 
tropicais, devido a menor variação da temperatura e do comprimento do dia, a 
distribuição de chuvas é que, geralmente, determina a melhor época de semeadura. 
Na definição das exigências climáticas para a cultura do milho são 
considerados neste trabalho apenas os requerimentos das variedades adaptadas ao 
clima tropical. 
PRÁTICAS CULTURAIS 
O plantio de uma lavoura deve ser muito bem planejado, pois determina o inicio 
de um processo de cerca de 120 dias e que afetará todas as operações envolvidas, 
além de determinar as possibilidades de sucesso ou insucesso da lavoura. 
O planejamento do plantio começa com a compra da semente e 
demaisinsumos. O agricultor deverá planejar a melhor época de receber a semente, 
assim como reservar um local limpo e arejado para armazená-la até a data do plantio. 
É por ocasião do plantio que se obtêm uma boa ou ruim densidade deplantio, 
na qual se define como, o número de plantas por unidade de área, quetem papel 
importante no rendimento de uma lavoura de milho, umavez quepequenas variações 
na densidade exercerá grande influencia no rendimento degrãos final da cultura. Esta 
característica não é tão importante em outrasculturas com grande capacidade de 
perfilhamento, como arroz, trigo, aveia,sorgo e outras gramíneas, ou de maior 
habilidade de produção de floradas,como o feijão ou a soja. Isto faz com que o 
agricultor tenha especial atenção naoperação de plantio, de forma a assegurar a 
densidade desejada na ocasião dacolheita. 
O plantio de milho na época correta, embora não tenha nenhum efeitono custo 
de produção, seguramente afetará o rendimento e,consequentemente, o lucro do 
agricultor. Hoje com os avanços dos trabalhos na área de climatologia, o Brasil já tem 
um zoaneamento agrícola que forneceinformações sobre épocas de plantio de milho 
com menos riscos. Cultivar milhoverde fora da época normal, para a produção de 
grãos, proporciona bonspreços e matem o mercado abastecido durante o ano todo. A 
melhor época deplantio coincide com o início do período chuvoso de cada região, 
embora osmelhores preços sejam obtidos na entressafra ou plantios irrigados de 
inverno. 
11 
 
Existe sempre uma preocupação em analisar as característicasambientais em 
termos da adequação ao uso que se tem em mente. Isto é damais alta relevância, 
porque a capacidade ambiental de dar suporte aodesenvolvimento possui sempre um 
limite, a partir do qual todos os outrosaspectos serão inevitavelmente afetados. Para 
qualquer análise do meio-físico,é necessário selecionar critérios que permitam avaliar 
característicasambientais importantes para o tema enfocado. No caso presente, o 
interesse éuma análise das demandas da cultura do milho, para se fazer um balanço 
comas ofertas ambientais, visando uma produção sustentável. Esses 
fatoresambientais são definidos principalmente por clima e solo. Os 
fatoresedafoclimáticos são referidos como os mais importantes não só para o 
desenvolvimento das culturas, como também para a definição de sistemas de 
produção. 
Assim, um solo rico em nutrientes teria pouco ou quase nenhum significado 
para a cultura se esse mesmo solo estivesse submetido a condições climáticas 
adversas ou, ainda, apresentasse características físicas inadequadas que 
influenciariam negativamente na condução e desenvolvimento da cultura, tais como: 
drenagem e aeração deficientes, percolação excessiva, adensamento subsuperficial, 
pedregosidade excessiva, profundidade reduzida e declividade acentuada. 
Controle de erosão, para se evitar os danosos efeitos da erosão sobre uma 
lavoura de milho, recomenda-se a construção de terraços para acontenção das águas 
das chuvas, principalmente se a declividade da área for superior a 2%. Terraços de 
base larga devem ser utilizados para áreas com pequena declividade (até 5%) e os 
de base média para declividades maiores. Em áreas com menos que 2% de 
declividade e sem problemas de dificuldades de infiltração de água, recomenda-se o 
plantio comas linhas da cultura interceptando o sentido da declividade. 
Época de semeadura: 
Semeadura Safra “normal” ou de “verão”: outubro a dezembro; 
Safrinha: 01 de fevereiro a 15 de março. 
A definição correta da época de semeadura deve ser feita levando em 
consideração os aspectos climáticos que mais interferem na fisiologia da planta, 
especialmente a variabilidade térmica e a disponibilidade hídrica. Em assim sendo, o 
12 
 
milho de “safra normal ou de verão” que pouco sofre efeitos da variabilidade térmica, 
deve ser semeado de forma que as suas fases crítica sem relação a déficits hídricos 
não coincidam com os veranicos que têm ocorrido geralmente no período 
dezembro/janeiro. Por outro lado, o milho “safrinha” tem como fatores limitantes, as 
baixas temperaturas (com ocorrência de geadas) na região sul do Estado e os severos 
déficits hídricos ocorridos com maior freqüência na região norte. 
A diversidade de opções de cultivares oferecida pelas entidades produtoras de 
sementes de milho é significativamente grande. Os híbridos simples são genótipos de 
elevado vigor genética e mais exigente em relaçãoaos fatores de produção e, por isso 
os mais indicados para os produtores que desenvolvem agricultura mais tecnificada e 
que visa altos níveis de produtividade. Por outro lado, as variedades, que são 
genótipos com menor potencial produtivo, apresentam maior “rusticidade” e devem 
ser utilizadas por produtores que não dispõem de condições de efetivar maiores 
dispêndios em suas lavouras. Em posições intermediárias de tecnificação da cultura 
citam-se os híbridos triplos e os híbridos duplos, que apresentam bom potencial 
produtivo com características intermediárias de rusticidade. 
Entre-as características requeridas em uma cultivar destaca-se: ciclo 
vegetativo adequado (super precoce, precoce e normal); potencial produtivo; 
tolerância a adversidades climáticas como déficits hídricos e geados; tolerância ao 
alumínio tóxico e à baixa fertilidade do solo; resistência ao acamamento e 
quebramento do colmo e resistência/tolerância a pragas e doenças. Outro aspecto a 
ser considerado na escolha da cultivar é a finalidade da produção da lavoura, porque 
existem materiais adequados para grãos, silagem e milho verde, com as 
características peculiares a cada objetivo. 
Trabalhos de pesquisa têm demonstrado que, em função dos diversos fatores 
envolvidos na condução de uma lavoura, a população ideal de plantasse situa por 
volta de 45.000 a 60.000 plantas por hectare. Embora aconjugação espaçamento x 
densidade ideal seja aquela que propicie igualdade de distância entre as plantas nos 
sentidos entre linhas e dentro das linhas, as práticas culturais realizadas 
mecanicamente, da semeadura a colheita, seriam extremamente dificultadas nessas 
condições. Quanto à profundidade de semeadura, recomenda-se 5 a 7cm para solos 
leves ou arenosos e 3 a 5cm para solos pesados ou argilosos. 
13 
 
Além da regulagem correta da semeadura, uma velocidade moderada de 
semeadura é essencial para a obtenção de uma densidade adequada de plantas com 
distribuição uniforme ao longo das fileiras. Com velocidade muita elevada de 
semeadura, há uma tendência a uma heterogeneidade e diminuição na distribuição 
das sementes, bem como maior variação na distância média de uma semente para 
outra, maior número de ‘falhas’ e maior numero de plantas‘duplas’ ou até ‘triplas’. A 
velocidade média ideal de semeadura está entre 4,5 e5 km/h para semeaduras de 
discos e até 6 km/h para plantadeiras de ‘dedos’ou pneumáticas. 
MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DO MILHO 
O milho pertence a família Graminaceae, subfamília Panicoideae, tribo 
Maydeae, gênero Zea, nome botânico Zeamays L. É uma planta de ciclo curto, de 
porte variável, com cultivares que atingem até 3,5 m de altura, possui raízes 
fasciculadas, folhas alternas lanceoladas, colmo cheio, dividido por nos; comumente 
tem uma a três espigas, inflorescência feminina que sai das axilas das folhas; na parte 
terminal do colmo está a flecha (inflorescência masculina em forma e espiga 
composta). O milho e uma planta monóica, em que o tipo de polinização principal é 
anemófila. O grão de milho é o fruto seco cariopse, onde se tem, da periferia para o 
seu interior, o pericarpo, a camada de aleurona, o endosperma; unindo este ao 
embrião está o escutelo. No embrião destaca-se a colioptile, a plúmula e a radícula. 
O milho, à semelhança de outras gramíneas, é também uma planta C4' porque a 
fixação e redução de CO2 , na fotossíntese, se dá com auxílio de ácidos orgânicos de 
quatro átomos de carbono, numa sequência de reações que precedem o ciclo de 
Calvim. O rendimento da cultura de milho depende dos materiais geneticos 
selecionados e perfeitamente adptados a condições ambientais diferentes; das 
condições de luz, temperatura, umidade e fertilidade do solo; das fórmulas de 
adubação usadas e do controle de plantas invasoras, pragas e doenças. 
A radiação solar e de sumaimportância na fase de enverdecimento das folhas, 
quando, ocorre a síntese da clorofila e a planta passa de um estágio heterotrófico, no 
qual vive as expensas da reserva do endosperma, p'a r a um estágio autotrofico , em 
que, atraves da fotossíntese, sintetiza os carboidratos necessários ao seu completo 
desenvolvimento. Na cultura do milho alguns fenõmenossao afetados pela intensidade 
da radiação solar, enquanto outros dependem da duração da radiação, ou, mais 
14 
 
precisamente, do período contínuo de falta de luz. Assim, o movimento dos estõmatos, 
a fotossíntese, o balanço hídrico, os processos físicos e reações bioquímicas, 
dependentes de energia e temperatura, ocorridas na planta, estão intimamente 
relacionados à intensidade da radiação. Em condições de baixa luminosidade, todos 
estes fenõmenos diminuem de intensidade, e podem chegar ao ponto da planta de 
milho nao aumentar o seu peso seco, a fotossíntese líquida será zero e a planta terá 
atingido o ponto de compensação para este fator, isto e, aquele nível metabólico em 
que os assimilados sintetizados na fotossíntese são consumidos na respiração e em 
outros processos vitais. Em contraposiçao, a alta intensidade luminosa pode causar a 
saturação da fotossíntese, dez mil velas pes de radiaçio em cada folha, sem atingir o 
ponto de saturaçio da fotossíntese. Quando a cultura atinge um índice de área foliar 
de 0,6, devido ao rápido aumento da área foliar, torna-se difícil conseguir a saturaçio 
da fotossíntese pelo aumento da intensidade da radiaçio. Segundo as plantas 
apresentem ou nio fenômenos regulados pela duraçio da radiaçio luminosa, pode-se 
grupá-las em plantas de dias longos, curtos, neutros, intermediários e alternantes. 
É comum algumas gramíneas necessitarem de fotoperíodo longo para 
perfilhlarem e crescerem e de fotoperíodo curto para o florescimento. O milho 
necessita de dias curtos para florescer, muito embora esta exigência seja bem variável 
entre as diversas cultivares. sendo os efeitos dessa intensidade variáveis para cada 
tipo de planta. 
Durante a germinação da semente de milho, o embrião, o escutelo, a camada 
de aleurona e o endosperma desempenham funções de vital importância. O embrião 
controla a síntese de ácido giberélico e outras substâncias e e rico em lipídios. O 
escutelo é um tecido que se liga ao embrião, à camada de aleurona e ao endosperma, 
por onde se translocam as substâncias sintetizadas pelo embrião para as diversas 
partes da semente, bem como os assimilados provenientes do endosperma para o 
embrião. A camada de aleurona tem várias enzimas hidrolíticas, ácidos nucleicos e 
proteínas. No endosperma estão armazenados os carboidratos de elevado peso 
moleculares aminoácidos peptídeos, proteínas, enzimas, etc., capazes de assegurar 
a germinação e o desenvolvimento da plântula ate 20 dias, independentemente das 
condições de fertilidade do solo, necessitando apenas de umidade adequada. Logo 
no início da embebição da semente, algumas enzimas hidrolíticas entram em 
atividade, se desencadeia uma série de reações de hidrólise, o metabolismo dos 
15 
 
ácidos nucleicos na camada de aleurona é ativado, a respiração se intensifica, há uma 
grande liberação de açúcares de pequeno peso molecular, de aminoácidos, peptídios 
etc. Há intensa translocação de assimilados, principalmente do endosperma para os 
locais de síntese, onde novas enzimas, proteínas e açúcares são sintetizados; novos 
processos entram em atividade, promovendo o crescimento do embrião e a 
continuidade de outras atividades vitais da semente durante a germinacão. 
A água é o agente da embebição, da translocação de assimilados, participa das 
reações de hidrólise, e grande parte da energia consumida no início da germinação 
provém do rompimento da sua / molécula. Um déficit de água ocorrido nesta fase pode 
paralisar definitivamente todo o processo germinativo ou, então, produzir plantas 
menos vigorosas, com baixa produção. À semelhança de outros processos biológicos, 
a germinação de milho tem urna temperatura mínima de 10°C, urna temperatura ótima 
de 26 a 30°C e urna temperatura máxima de 40 a 429C, para ocorrer. Variações de 
temperatura fora dos limites extremos (10 a 42°C) impedem a germinação. Em 
condições de campo, temperaturas ao redor de 10°C não dão urnas boas 
porcentagem de germinação e a emergência se dá com oito ou nove dias. À medida 
que a temperatura aumenta a porcentagem de germinação também aumentar e, a 
189C, a semente de milho dá quase 100% de germinação e a sua emergência ocorre 
aos três dias. Durante a germinação do milho, a temperatura do solo e fator muito 
importante a se considerar. Em regiões em que as temperaturas noturnas do solo 
ficam abaixo de 10°C, a germinação não ocorre. 
A cultura do milho, as fases de seu desenvolvimento têm sido apresentadas de 
várias maneiras, em diversos trabalhos, sendo a mais corrente aquela que considera 
da germinação à emergência; da emergência ao florescimento (pendoamento); do 
florescimento ao espigamento; do espigamento à maturação fisiológica. A primeira 
fase já foi abordada na germinaçao. 
Germinação e Emergência 
Em condições normais de campo, as sementes plantadas absorvem água, 
incham e começam a crescer. A radícula é a primeira a se alongar, seguida pelo 
coleóptilo com plúmula incluída. O estádio VE é atingido pela rápida elongação do 
mesocótilo, o qual empurra o coleoptilo em crescimento para a superfície do solo. Em 
condições de temperatura e umidade adequada, a planta emerge dentro de 4 a 5 dias, 
16 
 
porém, em condições de baixa temperatura e pouca umidade, a germinação pode 
demorar até duas semanas ou mais. Assim que a emergência ocorre e a planta expõe 
a extremidade do coleóptilo, o mesocótilopára de crescer. O sistema radicular seminal, 
que são as raízes oriundas diretamente da semente, tem o seu crescimento nessa 
fase e a profundidade em que as raízes se encontram depende da profundidade do 
plantio. O crescimento dessas raízes, também conhecido como sistema radicular 
temporário, diminui após o estádio VE e praticamente inexiste no estádio V3. O ponto 
de crescimento da planta de milho, nesse estádio, está localizado cerca de 2,5 a 4,0 
cm abaixo da superfície do solo e encontra-se logo acima do mesocótilo. Essa 
profundidade em que se acha o ponto de crescimento é também a profundidade onde 
vai-se originar o sistema radicular definitivo do milho, conhecido como raízes nodais 
ou fasciculada. A profundidade do sistema radicular definitivo independe da 
profundidade de plantio, uma vez que a emergência da planta vai depender do 
potencial máximo de alongamento de mesocótilo. 
O sistema radicular nodal inicia-se, portanto, no estádio VE e o alongamento 
das primeiras raízes, no estádio V1, indo até o R3, após o qual muito pouco 
crescimento ocorre no milho, não é constatada a presença de fatores inibitórios ao 
processo de germinação, visto que, sob condições ótimas de umidade, os grãos 
podem germinar imediatamente após a maturidade fisiológica, mesmo ainda estando 
presos à espiga. Em síntese, na germinação ocorre a embebição da semente, com a 
conseqüente digestão das substâncias de reserva, síntese de enzimas e divisão 
celular. Baixa temperatura no plantio geralmente restringe absorção de nutrientes do 
solo e causa lentidão no crescimento. Esse fato pode ser parcialmente superado por 
uma aplicação de pequena quantidade de fertilizante no sulco de plantio, ao lado ou 
abaixo da semente. 
17 
 
 Imagem 
4. Fonte: Google. 
Estádio V3: O estádio de três folhas completamente desenvolvidas ocorre com 
aproximadamente, duas semanas após o plantio. Nesse estádio, o ponto de 
crescimento ainda se encontra abaixo da superfície do solo e a planta possui ainda 
pouco caule formado. 
Estádio V6: Nesse estádio, o ponto de crescimento e pendão estão acima do 
nível do solo e o colmo está iniciando um período de alongaçãoacelerada. O sistema 
radicular nodal (fasciculado) está em pleno funcionamento e em crescimento. 
Estádio V9: Nesse estádio, muitas espigas são facilmente visíveis, se for feita 
uma dissecação da planta. Todo nó da planta tem potencial para produzir uma espiga, 
exceto os últimos seis a oito nós abaixo do pendão. Assim, uma planta de milho teria 
potencial para produzir várias espigas, porém, apenas uma ou duas (caráter prolífico) 
espigas conseguem completar o crescimento. 
Estádio V12: O número de óvulos (grãos em potencial) em cada espiga, assim 
como o tamanho da espiga, são definidos em V12, quando ocorre perda de duas a 
quatro folhas basais. Pode-se considerar que, nessa fase, inicia-se o período mais 
crítico para a produção, o qual estendese até a polinização. O número de fileiras de 
grãos na espiga já foi estabelecido; no entanto, o número de grãos/ fileira só será 
definido cerca de uma semana antes do florescimento, em torno do estádio. 
18 
 
Estádio V15: Esse estádio representa a continuação do período mais 
importante e crucial para o desenvolvimento da planta, em termos de fixação do 
rendimento. Desse ponto em diante, um novo estádio foliar ocorre a cada um ou dois 
dias. Estilos-estigmas iniciam o crescimento nas espigas. Em torno do estádio V 17 , 
as espigas atingem um crescimento tal que suas extremidades já são visíveis no 
caule, assim como a extremidade do pendão já pode também ser observada. 
Estádio V18: É possível observar que os “cabelos” ou estilos-estigmas dos 
óvulos basais alongamse primeiro em relação aos “cabelos” dos óvulos da 
extremidade da espiga. Raízes aéreas, oriundas dos nós acima do solo, estão em 
crescimento nesse estádio. Essas raízes contribuem na absorção de água e 
nutrientes. Em V18, a planta do milho se encontra a uma semana do florescimento e 
o desenvolvimento da espiga continua em ritmo acelerado. 
Pendoamento, VT Esse estádio inicia-se quando o último ramo do pendão está 
completamente visível e os “cabelos” não tenham ainda emergido. A emissão da 
inflorescência masculina antecede de dois a quatro dias a exposição dos 
estilosestigmas; no entanto, 75% das espigas devem apresentar seus estilos-
estigmas expostos no período de 10 a 12 dias após o aparecimento do pendão. O 
tempo decorrente entre VT e R1 pode variar consideravelmente, dependendo da 
cultivar e das condições ambientais. A perda de sincronismo entre a emissão dos 
grãos de pólen e a receptividade dos estilos-estigmas da espiga concorre para o 
aumento da porcentagem de espigas sem grãos nas extremidades. Em condições de 
campo, a liberação do pólen geralmente ocorre nos finais das manhãs e no início das 
noites. Nesse estádio, a planta atinge o máximo desenvolvimento e crescimento. 
Estresse hídrico e temperaturas elevadas (acima de 35o C) podem reduzir 
drasticamente a produção. Um pendão de tamanho médio chega a ter 2,5 milhões de 
grãos de pólen, o que equivale dizer que a espiga em condições normais dificilmente 
deixará de ser polinizada pela falta de pólen, desde que o número de óvulos esteja 
em torno de 750 a 1000. 
Estádios Reprodutivos e Desenvolvimento do Grão Estádio 
Esse estádio é iniciado quando os estilosestigmas estão visíveis, para fora das 
espigas. A polinização ocorre quando o grão de pólen liberado é capturado por um 
dos estilosestigmas. O grão de pólen, uma vez em contato com o “cabelo”, demora 
19 
 
cerca de 24 horas para percorrer o tubo polínico e fertilizar o óvulo. Geralmente o 
período requerido para todos os estilos-estigmas em uma espiga serem polinizados é 
de dois a três dias. Os “cabelos” da espiga crescem cerca de 2,5 a 4,0 cm por dia e 
continuam a se alongar até serem fertilizados. 
Estádio R2 : Grão Bolha d’Água Os grãos aqui apresentam-se brancos na 
aparência externa e com aspecto de uma bolha d’água. O endosperma, portanto, está 
com uma coloração clara, assim como o seu conteúdo, que é basicamente um fluido 
cuja composição são açúcares. Embora o embrião esteja ainda desenvolvendo-se 
vagarosamente nesse estádio, a radícula, o coleóptilo e a primeira folha embrionária 
já estão formados. Dentro do embrião em desenvolvimento já encontra-se uma planta 
de milho em miniatura. A espiga está próximo de atingir seu tamanho máximo. Os 
estilos-estigmas, tendo completado sua função no florescimento, estão agora 
escurecidos e começando a secar. 
Estádio R3: Grão Leitoso Essa fase é iniciada normalmente 12 a 15 dias após 
a polinização. O grão apresenta-se com uma aparência amarela e no seu interior um 
fluido de cor leitosa, o qual representa o início da transformação dos açúcares em 
amido, contribuindo para o incremento de seu peso seco. Tal incremento ocorre 
devido à translocação dos fotoassimilados presentes nas folhas e no colmo para a 
espiga e grãos em formação. A eficiência dessa translocação, além de ser importante 
para a produção, é extremamente dependente de água. 
Estádio R4: Grão Pastoso Esse estádio é alcançado com cerca de 20 a 25 dias 
após a emissão dos estilos-estigmas, os grãos continuam desenvolvendo-se 
rapidamente, acumulando amido. O fluido interno dos grãos passa de um estado 
leitoso para uma consistência pastosa (Figura 8) e as estruturas embriônicas de 
dentro dos grãos encontram-se já totalmente diferenciadas. A deposição de amido é 
bastante acentuada, caracterizando um período exclusivamente destinado ao ganho 
de peso por parte do grão. Em condições de campo, tal etapa do desenvolvimento é 
prontamente reconhecida, pois, quando os grãos presentes são submetidos à pressão 
imposta pelos dedos, mostram-se relativamente consistentes, embora ainda possam 
apresentar pequena quantidade de sólidos solúveis, cuja presença em abundância 
caracteriza o estádio R3. 
20 
 
Estádio R5: Formação de dente Esse período é caracterizado pelo 
aparecimento de uma concavidade na parte superior do grão, comumente designada 
de “dente” e coincide normalmente com 36 dia após o princípio da polinização. Nessa 
etapa, o grão encontra-se em fase de transição do estado pastoso para o farináceo. 
A divisão desses estádios é feita pela chamada linha divisória do amido ou linha do 
leite. Essa linha aparece logo após a formação do dente e, com a maturação, vem 
avançando em direção à base do grão. 
Estádio R6: Maturidade Fisiológica Esse é o estádio em que todos os grãos na 
espiga alcançam o máximo de acumulação de peso seco e vigor; ocorre cerca de 50 
a 60 dias após a polinização. A linha do amido já avançou até a espiga e a camada 
preta já foi formada. Essa camada preta ocorre progressivamente da ponta da espiga 
para a base (Figura 9). Neste estádio, além da paralisação total do acúmulo de matéria 
seca nos grãos, acontece também o início do processo de senescência natural das 
folhas das plantas, as quais gradativamente começam a perder a sua coloração verde 
característica. 
Grãos 
A constituição morfológica das plantas e de seus frutos determina o potencial 
de produção da espécie. No milho, o interesse cultural reside principalmente na 
produção de grãos, para alimentação humana e animal, e também para forragem. O 
grão de milho é o fruto de uma semente, ou cariopse característico das gramíneas. O 
pericarpo (camada externa) é derivado da parede do ovário e pode ser incolor, 
vermelho, marrom ou variegado. A ponta do grão é a parte remanescente do tecido 
(pedicelo), que conecta o grão ao sabugo. Dentro do grão estão o endosperma e o 
embrião. O endosperma é triplóide, originado-se da fusão de dois núcleos femininos 
e um núcleo masculino. Com exceção da sua camada mais externa, constituída por 
uma (ou raramente algumas) camada de células de aleurona, o endosperma é 
constituído principalmente de amido. 
A concentração de açúcares atinge o máximo nesses tecidos um pouco antes 
do final da formação das células. O acúmulo de amido inicia-se às custas desses 
açúcares, alcançando o nível final em cerca de 46 dias.21 
 
A proteína do endosperma aumenta durante o período de formação das células, 
mas representa uma segunda fase de acúmulo, em torno de 40 dias após a antese, 
que coincide com a deposição de proteína de reserva nos corpos protéicos. Há um 
decréscimo de RNA no endosperma durante o período de rápida síntese de amido e 
o RNA decresce no endosperma durante o período de secagem da semente (46 dias 
após a antese). Estudos do sistema de incorporação de aminoácidos em proteínas 
têm mostrado que, inicialmente, o sistema mais ativo encontrase no endosperma em 
desenvolvimento, mas, nos últimos estádios de formação da semente, há diminuição 
dessa atividade no endosperma e o embrião torna-se o sistema mais ativo, quando 
inicia-se a dessecação das sementes. Uma vez fertilizado, não há segurança de que 
o grão crescerá normalmente, pois vários fatores poderão impedir um crescimento 
normal. A presença da camada preta na base do grão (sinal de maturidade fisiológica) 
mostra que ele foi fertilizado e é independente do seu estádio de crescimento 
(enchimento). Os vários tipos de milho (duro, dentado, farináceo, doce, ceroso, 
pipoca, QPM- ”QualityProteinMaize”) diferem em seu conteúdo de açúcar, teor e 
qualidade de proteína e também no tipo, forma e concentração dos grãos de amido. 
A composição média de um grão de milho dentado. 
Enchimento do Grão 
Em média, o desenvolvimento do grão (enchimento do grão e maturação) 
completase cerca de 50 a 60 dias após a fertilização. Esse período pode variar entre 
cultivares e dentro de uma mesma cultivar; logicamente, os fatores ambientais 
também induzem pequenas variações. Há um interesse acentuado em desenvolver 
cultivares que tenham a capacidade de aumentar a fase linear da curva que 
corresponde ao período efetivo de enchimento do grão. A relação fonte-dreno da 
planta pode determinar a duração desse período, ou seja, a quantidade de 
fotoassimilados disponíveis (fonte) e a capacidade de a espiga (dreno) acomodar 
esses fotoassimilados. Portanto, os parâmetros limitantes responsáveis pelo 
crescimento dos grãos podem ser agrupados em: a) ritmo de enchimento; b) tempo 
de enchimento; c) capacidade do grão. 
A exportação de assimilados a partir das folhas (fonte) é controlada por 
diversos processos estruturais e bioquímicos interrelacionados, incluindo: taxa 
fotossintética, partição dos produtos iniciais da fotossíntese entre sacarose e amido, 
22 
 
taxa de síntese de sacarose, demanda respiratória, compartimentação inter e 
intracelular da sacarose, transferência de sacarose entre os vários tipos de células e 
sua acumulação no interior do floema. O descarregamento do floema ocorre através 
de diversas vias e mecanismos, em diferentes tipos de dreno. Em sistemas 
vegetativos (folhas e raízes) predomina uma via simplástica. Nesse caso, o 
movimento é promovido pelo metabolismo ou pela compartimentação dos 
assimilados. Em drenos reprodutivos, a ausência de continuidade do simplasto entre 
os tecidos maternal e embriônico obriga o assimilado a entrar no apoplasto. 
Dependendo do tipo de dreno, a entrada subseqüente para o interior do embrião pode 
ocorrer através de um carregador específico para a sacarose, ou um carregador para 
hexose, seguida da hidrólise da sacarose pela invertase. Existem diversos níveis de 
controle do processo de descarregamento, incluindo metabolismo, compartimentação, 
ação hormonal e a influência da turgescência na liberação do assimilado pelo floema 
e sua recuperação pelas células do dreno. 
Fotossíntese 
Fotossíntese é o processo através do qual organismos vivos clorofilados 
convertem a energia da luz em energia química demoléculas orgânicas. O 
entendimento dos fluxos de CO2 na fotossíntese tem permitido desvendar as três 
etapas básicas acopladas ao processo fotossintético. Os aspectos fotoquímicos, 
fotofísicos (de transferência eletrônica com a formação de ATP e NADPH) e 
bioquímicos da fixação de carbono em compostos da fotossíntese já foram elucidados; 
entretanto, os aspectos genéticos ainda não foram totalmente esclarecidos. Pesquisas 
estão sendo realizadas envolvendo dois processos biológicos básicos: a) a expressão 
da informação genética; b) a regulação da fotossíntese. A investigação da natureza 
genética da fotossíntese tem possibilitado o entendimento dos mecanismos 
moleculares da auto-organização e auto-reprodução dos cloroplastos, sua herança e 
variabilidade e a sua atividade funcional. 
A regulação da eficiência fotossintética através da genética é um importante 
meio de aumentar a produtividade das culturas, uma vez que esta é baixa, em torno 
de 1%, na sua maioria. Altas produtividades têm sido proporcionadas pelo aumento 
da área foliar, alterações na relação fitomassa e órgãos reprodutivos e por outras 
alterações morfofisiológicas. O desenvolvimento de métodos para regulação da 
23 
 
fotossíntese e aumento da sua eficiência na utilização da energia solar é o mais 
importante meio de obter altas produções. No entanto, a relação entre fotossíntese e 
produção é bastante complexa e, às vezes, contraditória. Isto se deve ao fato de que 
diversos fatores podem estar envolvidos, entre os quais pode-se citar a abertura 
estomática e a condutância de CO2 no interior das células do mesofilo, idade e 
localização das folhas, deficiência hídrica e comportamentos diferentes em plantas, 
tipo de via para fixação do carbono (C3, C4 ou intermediária), ou concentração de 
nitrogênio nas folhas. Grande parte da matéria seca do milho (90%) provém da fixação 
de CO2, pelo processo da fotossíntese. O milho é uma planta de metabolismo C4, que 
apresenta alta eficiência na utilização de luz e CO2. Portanto, uma das causas da 
queda de produtividade do milho é a deficiência de luz em períodos críticos do 
desenvolvimento, como, por exemplo, enchimento de grãos. Deve-se ressaltar, no 
entanto, que, apesar da eficiência das plantas C4, existem duas características da 
planta de milho que diminuem o potencial de eficiência das folhas. A mais limitante é 
o hábito de crescimento, que proporciona um autosombreamento das folhas inferiores. 
A outra é a presença do pendão, o qual fica inativo logo após a fertilização, mas que 
chega a sombrear as plantas em até 19%, dependendo da cultivar. 
Para se estabelecer uma cultura eficiente no campo, aproveitando ao máximo 
a energia radiante, atenção é requerida tanto na densidade de plantio quanto na 
própria distribuição de plantas sobre a superfície, a qual é afetada pelo genótipo 
envolvido. Materiais com menor área foliar por planta requerem mais plantas por 
hectare, enquanto que plantas mais baixas requerem fileiras mais estreitas que 
plantas mais altas, para uma eficiente interceptação da luz. Uma boa densidade 
populacional de planta (estande) representa um fator de rendimento, pois é a partir 
daí que se vai ter uma cultura com sucesso. O ideal é um plantio adequado para a 
obtenção de um estande final, na colheita, de 40 a 60 mil plantas/ha. Cultivares 
modernas estão disponíveis no mercado e respondem bem a densidades de 70 mil 
plantas/ha. 
Nutrição e adubação do milho 
Nitrogênio 
O milho é uma cultura que remove grandes quantidades De nitrogênio e 
usualmente requer o uso de adubação Nitrogenada em cobertura para complementar 
24 
 
a Quantidade suprida pelo solo, quando se deseja Produtividades elevadas. 
Resultados de experimentos Conduzidos no Brasil, sob diversas condições de 
solo,Clima e sistemas de cultivo, mostram resposta Generalizada do milho à 
adubação nitrogenada. Em Geral, 70 a 90 % dos ensaios de adubação com milho 
Realizados a campo no Brasil, apresentaram respostas À aplicação de nitrogênio. 
Fósforo 
Embora as exigências do milho em fósforo sejam em Quantidades bem 
menores do que as em nitrogênio e as Em potássio (Tabela 1), as doses normalmente 
Recomendadas são altas, em função da baixa eficiência (20 a 30 %) de 
aproveitamentodesse nutriente pela Cultura. Isto decorre da alta capacidade de 
fixação do Fósforo adicionado ao solo através de mecanismos de Adsorção e 
precipitação, reduzindo sua disponibilidade Às plantas. Outro fator que deve ser 
levado em conta é A demanda de fósforo pela cultura. Plantas de intenso 
Desenvolvimento, de ciclo curto como o milho, requerem Maior nível de fósforo em 
solução e reposição mais Rápida do P-adsorvido que as plantas de culturas Perenes. 
Enxofre 
A extração de enxofre pela planta de milho é pequena e Varia de 15 a 30 kg/há, 
para produções de grãos em Torno de 5 a 7 t/há. Em anos passados, o cultivo do 
Milho em solos ricos em matéria orgânica, o uso de Fórmulas de fertilizantes menos 
concentradas contendo Enxofre e os baixos níveis de produtividade contribuíram Para 
minimizar problemas de deficiência desse Nutriente. Atualmente, com o uso mais 
intensivo dos Solos e de fórmulas de adubos concentrados, sem Enxofre, as respostas 
a esse elemento tendem a Aumentar. 
Pragas e doenças 
Principais doenças do milho: Cercosporiose (Cercosporazeae-maydis); 
Mancha Branca (Phaeosphaeriamaydis); Ferrugem; Helmintosporiose 
(Exserohilumturcicum); Mosaico na cultura do milho; Antracnose na cultura do milho; 
Mancha branca (Bipolarismaydis); Enfezamentos na cultura do milho. 
Cercosporiose (Cercosporazeae-maydis) 
25 
 
A cercosporiose (Cercosporazeae-maydis) é uma das mais importantes 
doenças do milho, não apenas pelo seu potencial em causar danos, mas também pela 
sua ampla distribuição nas regiões de cultivo do Brasil. Havendo perda de área foliar 
fotossintética, especialmente das folhas medianas e superiores, que contribuem com 
70% a 90% dos fotoassimilados utilizados no enchimento de grãos. Desse modo, a 
perda de área foliar leva à redução no número de grãos por espiga, redução na massa 
de grãos, consequentemente, redução da produtividade. 
Seu controle pode ser realizado com o plantio de cultivares resistentes, como 
também, evitar a permanência de restos da cultura de milho em áreas em que a 
doença ocorreu, e quebra do ciclo da doença com realização da rotação de culturas. 
Mancha Branca (Phaeosphaeriamaydis) 
A mancha branca, é uma das doenças do milho de ampla distribuição pelo 
territó-rio brasileiro. As perdas podem chegar até 60% em condições favoráveis e com 
o plantio de híbridos suscetíveis. O plantio tardio beneficia o aparecimento da doença 
na lavoura, como também, a ausência de rotação de culturas, cul-tivo safrinha e 
presença de restos culturais no solo.Seu controle pode ser realizado com cultivo de 
cultivares resistentes, aplicação de fungicidas, realização da rotação de culturas e 
retirada dos restos culturais. 
Ferrugem 
Para realizar o manejo da ferrugem de forma mais assertiva, é importante saber 
qual tipo de ferrugem você tem na lavoura. 
Doenças do milho – Ferrugem 
Foto: Pioneer Sementes 
Ferrugem comum 
Das três ferrugens que ocorrem como doenças do milho, a ferrugem comum é 
a menos severa, devido ao melhoramento genético que levou a seleção adequada 
para resistência. A doença caracteriza-se pela presença de manchas elípticas e 
alongadas, em ambas faces da folha. Temperaturas baixas e alta umidade relativa 
favorecem o desenvolvimento da doença. Seu controle pode ser realizado através de 
26 
 
cultivares resistentes e o plantio em épocas desfavoráveis ao desenvolvimento da 
doença 
Ferrugem Polissora (Pucciniapolysora) 
Das três, a ferrugem polissora, pode ser considerada a mais deletéria, podendo 
representar danos econômicos de até 65% nas lavouras. Temperaturas mais altas e 
umidade relativa do ar não tão alta como na ferrugem comum, são fatores favoráveis 
ao aparecimento da doença. A principal medida de controle para a polissora tem sido 
a resistência genética do híbrido e o uso de fungicidas. 
Ferrugem Tropical ou Ferrugem Branca (Physopellazeae) 
Os sintomas da ferrugem tropical ocorrem em ambas as faces da folha, as 
manchas dispostas em pequenos grupos, paralelos às nervuras de cor amareladas a 
castanho. O fungo é altamente destrutivo, podendo causar grandes danos 
econômicos quando a planta é afetada antes do florescimento. O desenvolvimento 
da doença do milho é favorecido por ambiente úmido e quente, sendo que, a 
luminosida-de é também um fator importante. O uso de fungicidas em aplica-ção foliar 
após o aparecimento das primei-ras manchas pode ser uma prática eficiente, como 
também, plantio de híbridos resistentes. 
Monitoramento X Controle de doenças do milho 
As doenças do milho é um fator importante quando medimos a produtividade 
da lavoura, podendo gerar grandes prejuízos ao produtor.Neste artigo conhecemos 
as principais doenças que acometem a cultura, sintomas e formas de controle. 
Porém, é bom lembrar a importância da consulta de um profissional da área 
qualificado para identificar corretamente a doença, antes de utilizar qualquer produto 
químico ou realização de algum tipo de controle. Por fim, para evitar e eliminar o 
aparecimento de doenças na plantação de milho, é fundamental realizar o 
monitoramento constante, desde o plantio até a colheita. Espero que com essas dicas 
você consiga ótimos resultados no controle das doenças do milho e aumente ainda 
mais a produção da sua lavoura. 
Maturação 
Fases Fenológicas Do Milho 
27 
 
A literatura científica define desta forma os estádios vegetativos da planta 
do milho: VE (emergência), V1 (primeira folha), V2 (segunda folha), V3 (terceira folha), 
V6 (sexta folha), V9 (nona folha), V12 (décima segunda folha), V15 (décima quinta 
folha), V18 (décima oitava folha) e VT (pendoamento). 
Cada planta desenvolve 20-21 folhas totais, floresce cerca de 65 dias após a 
emergência. 
Todas as plantas normais de milho seguem esse mesmo padrão geral de 
desenvolvimento, mas os intervalos de tempo específicos entre os estádios e os 
números totais de folhas desenvolvidas podem variar entre diferentes híbridos, 
estações do ano, datas de plantio e locais. Por exemplo: um híbrido de maturação 
precoce pode desenvolver menos folhas ou passar pelos diferentes estádios mais 
rapidamente. Um híbrido de maturação tardia pode desenvolver mais folhas ou passar 
pelos diferentes estádios mais lentamente. 
Maturidade 
As plantas de milho desenvolvem as folhas com base na sua maturidade 
relativa e no ambiente de crescimento. Os híbridos podem variar o número de folhas 
conforme seu ciclo de desenvolvimento, podendo apresentar média de 15 a 23 folhas 
completamente desenvolvidas em sua maturidade. Entre VE e V14, cada novo colar 
foliar irá aparecer após o acúmulo de aproximadamente 66 a 84 GDD, dependendo 
do híbrido (gráfico 1). 
 
Gráfico 1. Comparação de híbridos de maturidade relativa (RM) 75, 115 e 135 
mostrando os GDDs acumulados no embonecamento e maturidade. 
28 
 
Entre V15 e VT, o desenvolvimento da folha ocorre mais rápido com cada novo 
colar aparecendo após o acúmulo de aproximadamente 48 a 56 GDDs, dependendo 
do híbrido. 
Ponto de maturação do milho 
O ponto de maturidadefisiológica refere-se ao momento em que o grão atingiu 
a máxima matéria seca. Contudo, nesse momento, a umidade ainda é elevada a 50 
%. 
Após atingir o ponto de maturidade fisiológica, o milho está pronto para ser 
colhido. Mas com umidade elevada, fica impossibilitada a colheita. 
Desse modo, alguns cuidados devem ser levados e consideração para 
manutenção da qualidade do grão. 
O primeiro deles é não realizar a colheita com umidade elevada, isso pode 
ocorrer perda dos grãos. 
Em geral, a colheita do milho deve ser feita assim que possível, pois manter a 
planta no campo o deixa vulnerável ao ataque de insetos e patógenos. 
Além disso, o prolongamento desse período pode favorecer o favorecimento do 
desenvolvimento de plantas daninhas, o que pode dificultar a colheita e diminuir a 
qualidade dos grãos. 
Ponto de Maturidade 
Tratando- se milho, o produtorpode se atender a dois aspectos visuais nos 
grãos: a linha de leite e a camada negra. 
Na figura abaixo podemos observar o avanço da linha de leite durante o 
processo de maturação veja: 
 
29 
 
imagem 5. Fonte Google. 
A formação de uma camada negra na região de inserção do grão no sabugo é 
indicador de maturidade. 
Imagem 6. 
Fonte Google. 
Ponto Ideal Para Colheita 
A colheita dos grãos deve ser realizada assim que possível, após os grãos 
atingirem a maturação fisiológica. 
Na pratica a colheita deve ocorrer quando os grãos atingem o teor de água que 
possibilitam a colheita mecânica. A colheita realizada quando os grãos possuem alto 
teor de umidade, pode provocar danos mecânicos. Além disso, a alta umidade dos 
grãos dificulta a debulha. 
30 
 
De acordo com estudos da Embrapa, a porcentagem de danos é menor quando 
os grãos são colhidos com teor de água inferior a 16%. 
Atualmente, a umidade recomendada para colheita do milho pode variar de 
acordo com o objetivo e tecnificação do produto. Se o objeto é armazenamento do 
milho e não possui tecnologia. Contudo, se possuir a técnica na propriedade, e 
possível realizar com até 25% de umidade. O milho deve ser colhido, logo após o 
ponto de maturidade. 
Plantas Daninhas E Controle 
A diminuição do rendimento na cultura do milho devido à competição 
estabelecida com as plantas daninhas pode atingir até 70%, dependendo da espécie, 
do estádio fenológico da cultura, do grau de infestação, do tipo de solo e das 
condições climáticas reinantes no período. Isso ocorre porque as plantas daninhas 
competem diretamente com a lavoura por fatores básicos para sobrevivência como 
água, nutrientes e luz. 
As principais plantas daninhas que afetam esta cultura são: capim-colchão 
(Digitaria horizontalis), capim-marmelada (Brachiariaplantaginea), capim-carrapicho 
(Cenchrusechinatus), capim-pé-de-galinha (Eleusine indica), grama seda 
(Cynodondactylon), tiririca (Cyperusrotundus), capim colonião (Panicummaximum), 
capim massambará (Sorghumhalepense), caruru (Amarathusssp), corda-de-viola 
(Ipomoea spp.), beldroega (Portulaccaoleracea), guanxuma (Sida spp.), carrapicho-
de-carneiro (Acanthospermumhispidum), falsa-serralha (Emiliasonchifolia), amendoim 
bravo (Euphorbiaheterophylla), poia-branca (Richardia brasiliensis). 
Para controlá-las é importante conhecer o período crítico de prevenção da 
interferência (PCPI), que representa a época na qual efetivamente a cultura deve ser 
mantida na ausência das plantas daninhas, pois é a época em que ambas estão 
disputando os recursos do meio . O PCPI pode ser contado em dias após a 
emergência (a partir do 28º) ou considerando-se os estádios fenológicos do milho, isto 
é, a partir da emissão da quinta folha, onde a presença de plantas daninhas poderá 
acarretar perdas significativas de produção. 
Ao conhecer o PCPI, o produtor pode lançar mão do manejo integrado, 
importante recurso no controle das plantas daninhas. Outro aspecto importante é 
31 
 
oferecer condições para que a colheita mecanizada tenha a máxima eficiência, e 
assim evitar a proliferação das mesmas, garantindo a produção de milho nas safras 
seguintes. 
Evitar o aumento da infestação: ao terminar a colheita, a terra deve ser 
conservada para as próximas safras. Se o solo é deixado em pousio, as plantas 
daninhas produzirão sementes e, se nada for feito para evitar, o número destas 
plantas na lavoura vai aumentar significativamente a cada ano e diminuir a produção 
de milho. 
Transporte 
Grande parte dos grãos produzidos no Brasil é transportada pelo sistema 
rodoviário, por ser um meio mais flexível e ágil para ligar regiões, estados e 
municípios. Mas, para isso, é preciso preparar o caminhão e o produto para que não 
haja perdas e despesas causadas por problemas no envio da mercadoria. 
Para o mercado do agronegócios funcionar, a logística de transporte de grãos 
no Brasil é essencial. O processo é longo e inclui preparos, planejamento, plantio, 
colheita para então chegar ao transporte da mercadoria. Contudo, todas essas etapas 
estão interligadas. 
Beneficiamento, Industrialização e Comercialização 
 Existem diversos métodos de coleta e beneficiamento de sementes, sendo 
que, o ideal dependerá além da técnica adotada, o conhecimento prévio do período 
de frutificação da espécie escolhida, o tipo do fruto (carnoso ou seco), dos 
mecanismos de dispersão e dos custos de todo o processo. O beneficiamento é um 
dos passos a serem seguidos para obtenção de sementes de alta qualidade. E é 
somente com sementes de qualidade que você poderá obter altas produtividades. No 
entanto, depois de colhida, as sementes contêm materiais indesejáveis que devem 
ser removidos a fim de facilitar a secagem, o armazenamento e a semeadura. Por 
isso, o beneficiamento se faz necessário para obtenção de lotes de sementes de alta 
qualidade. A complementação dessas etapas é fundamental para que a semente 
chegue até o produtor rural em ótimas condições de sanidade. 
 UBS 
32 
 
Uma UBS engloba o conjunto de infraestrutura industrial necessária para a 
realização de todos os processos em que a semente é submetida depois de colhida, 
desde a sua recepção na unidade de beneficiamento de sementes (UBS) até a 
embalagem e distribuição ao cliente (revendas e produtor rural). Por isso não 
podemos chamar uma UBS de Fábrica, apesar de ser considera uma indústria de 
grande porte, a denominação correta é mesmo Unidade de Beneficiamento. Portanto, 
o objetivo principal de uma UBS não é melhorar a qualidade da semente em si, mas 
sim de maximizar a qualidade dos lotes de sementes, assegurando que estas 
atendam aos padrões de qualidade exigidos. 
 
Imagem 7. Fonte: Google. 
Diferenças do beneficiamento de sementes de milho 
Durante a produção das sementes o potencial máximo de qualidade é atingido 
quando as sementes acumulam o máximo de matéria seca, esse momento é 
conhecido como ponto de maturidade fisiológica. Nesse ponto a umidade das 
sementes ainda é elevada, por volta de 35%, mas se as sementes não forem colhidas 
é como se estivéssemos armazenando essas sementes no campo. Assim, elas 
estariam sujeitas a condições adversas de temperatura, umidade, pragas e 
microrganismos que podem provocar perdas qualitativas e quantitativas. Por essa 
razão, a colheita das sementes de milho é realizada em espiga e com alta umidade, 
tornando fundamental o rápido processamento das primeiras etapas do 
33 
 
beneficiamento. A manutenção por um período elevado desta umidade contribui para 
acelerar o processo de deterioração das sementes em função das atividades 
metabólicas, do consumo de reservas, liberação de energia, além da diminuição da 
sanidade das mesmas. 
O processo de beneficiamento do milho 
Iniciando pelas primeiras etapas do beneficiamento, que são a recepção dos 
cultivares na UBS e a despalha automatizada das espigas. Assim que as sementes 
chegam na UBS é realizado o monitoramento da temperatura das cargas e de cada 
carreta é retirada uma amostra para verificação da umidade do material, essas 
informações são fundamentais para determinar o protocolo da etapa de secagem que 
veremos mais à frente. Após esse monitoramento as espigas são descarregadas e 
transportadas para as despalhadeiras automáticas, que farão a retirada da palha, 
durante esse processo são feitas inúmeras regulagens para evitar danos mecânicos 
nas sementes e garantir o maior aproveitamento. Com essa etapa realizada, temos 
um processo muito importante que é seleção automatizada e manual criteriosa, com 
dupla checagem, para garantir a seleção somente das espigas que atendem o alto 
padrão produtivo. 
Imagem 8. Fonte: Googe. Imagem 9. Fonte: Google. 
Feito isso, passamos para a secagem. Para definir o protocolo de secagem 
levamos em conta o material genético, a umidade de chegada a empresa e a 
temperatura da carga. Com esses pontosdefinidos, inicia-se o processo de 
secagem. É importante ressaltar que a secagem é realizada em baixas 
34 
 
temperaturas (de 34 a 40°C), preservando a qualidade das sementes de milho. Esse 
processo é controlado por automação, certificando que as sementes tenham uma 
secagem confiável e segura em termos de temperatura e umidade. A secagem 
artificial traz inúmeros benefícios, pois todos os fatores são controlados, desde a 
temperatura, quantidade de ar, até a velocidade da secagem. Após a secagem, são 
realizadas a debulha das espigas e a pré-limpeza das sementes. Posteriormente 
é realizado o processo de classificação das sementes, separando-as em relação 
a largura, espessura e comprimento, além do peso específico ao final do 
processo. Assim garantimos que um lote tenha uniformidade e sementes com alto 
potencial de germinação, promovendo um plantio com fácil regulagem, evitando falhas 
e duplas na lavoura. 
 
Imagem 10. Fonte Google. 
Tratamento de Sementes Industrial (TSI) 
Após os rigorosos testes de controle de qualidade que a Sementes são 
submetidas, os lotes de sementes aprovados são liberados para receber o tratamento 
industrial. Esse tratamento ocorre com equipamentos modernos que aplicam doses 
precisas de produtos (inseticidas/fungicidas) que darão as sementes alta performance 
e a capacidade de gerar plantas vigorosas e sadias, garantindo uma safra forte e 
produtiva no campo. Por fim, ensaca-se as sementes tratadas em embalagens 
adequadas. 
35 
 
 
Imagem 11. Fonte: Google. 
Para o armazenamento adequado, todas as nossas sementes são 
acondicionadas em ambientes climatizados, ou seja, com controle de umidade e 
temperatura atendendo parâmetros ideais para preservar a qualidade das sementes. 
Aqui você viu o que é o beneficiamento de sementes, seu objetivo e suas 
principais etapas, sendo que todas elas precisam ser realizadas com atenção e 
cuidados para a obtenção de sementes de alta qualidade. 
Industrialização 
O milho é um cereal versátil, que apresenta uma vasta gama de utilizações, 
desde o consumo direto – na forma de milho verde, comercializado por pequenos 
produtores –, até a produção de subprodutos por grandes indústrias de áreas 
diversas, como: química, farmacêutica, de bebidas e de combustível. O milho é fonte 
de energia, proteína, gordura e fibras; sua composição (em base seca) é de 
aproximadamente 72% de amido, 9,5% proteínas, 9% fibra e 4% de óleo. O grão é 
dividido em três partes, sendo elas: endosperma, que representa a maior parte do 
grão e é constituído basicamente de amido e menor quantidade de proteínas; gérmen, 
fonte de óleo; e o pericarpo, que é a casca (Paes, 2006). Segundo a Associação 
Brasileira das Indústrias do Milho (Abimilho), o volume destinado à alimentação 
humana representa apenas 15% do milho produzido nacionalmente; o consumo em 
2013 girava em torno de 2,2 milhões de toneladas na indústria de moagem a seco; 
2,4 milhões de toneladas na indústria de moagem úmida; e 1,02 milhão de toneladas 
36 
 
para o consumo humano in natura. Existem vários tipos de milho, e a qualidade exigida 
dos grãos é determinada conforme o destino ou o uso final; por exemplo: amilose 
(milho waxy), com propriedades importantes para indústria alimentícia e de papel; 
amilopectina (milho ceroso), para indústria alimentícia e produção de adesivos; ácido 
graxo oleico, para produção de margarinas e também óleos de fritura especiais; 
aminoácidos (lisina e triptofano), com melhor qualidade proteica; milhos com amido 
de fácil extração, destinados à indústria de produção de álcool etc. (Paes, 2006). De 
forma geral, a indústria alimentícia utiliza os grãos secos, que são transformados em 
diversos produtos. As principais etapas pós-colheita do milho são: recepção do 
produto na unidade armazenadora; se o produto for colhido úmido, deve seguir para 
as operações de pré-limpeza, secagem e limpeza e, a partir daí, para ser armazenado 
ou seguir para a indústria; para o milho que já foi seco no campo, a etapa de secagem 
não é necessária, sendo feita apenas a limpeza e armazenamento. Na indústria, os 
derivados do milho são adquiridos por dois processos diferentes: moagem seca, em 
que o grão é separado basicamente em gérmen, pericarpo e endosperma, originando 
produtos como as farinhas, fubá, farelo, extrusado e óleo refinado; e moagem úmida, 
que apresenta como adicional em relação à moagem seca a etapa de maceração dos 
grãos, em que é utilizada uma solução de dióxido de enxofre em condições 
controladas, que propiciam a separação dos componentes do grão e maior extração 
do amido e da proteína, sendo possível obter uma vasta gama de produtos (Figura 1). 
Temos, ainda, o segmento que utiliza o milho na forma imatura – milho verde, que é 
comercializado a granel ou em bandejas para consumo, como milho cozido ou assado, 
utilizado na elaboração de pamonha, cural, creme de milho, bolos etc.; ou ainda 
destinado à indústria de enlatados e conservas. Milho doce O milho doce é utilizado 
em conserva. 
Milho doce 
 O milho doce é utilizado em conserva, congelado, desidratado ou como baby 
corn, ou minimilho (quando colhido antes da polinização). Devido a uma mutação, tem 
a capacidade de bloquear a conversão dos açúcares em amido, apresentando 
elevado teor de açúcar e sabor adocicado; também se caracteriza pela película do 
grão mais fina e pelo menor teor de amido, se comparado ao milho verde comum, 
apresentando maior maciez, o que propicia melhor qualidade para o consumo in 
37 
 
natura ou enlatado na forma de conserva. Seu uso para esses fins está em expansão 
no Brasil, mas existe certa relutância no emprego do milho doce exatamente por 
apresentar gosto mais doce que o milho verde comum, que os brasileiros estão 
acostumados a consumir. Apesar de ser um bom produto para a indústria, estas 
características inviabilizam o processamento de alguns pratos, como o curau e a 
pamonha. O milho comum tem em torno de 3% de açúcar e entre 60% e 70% de 
amido, enquanto o milho doce tem de 9% a 14% de açúcar e de 30% a 35% de amido 
(Pereira Filho et al., 2013). Algumas características são almejadas tanto no milho 
comum quanto no doce para atender a interesses da indústria de envasamento e de 
produção para o uso in natura, sendo elas: possibilidade de plantio durante o ano todo; 
uniformidade de maturação das espigas; longevidade no período da colheita, com 
espigas apresentando teor de umidade entre 68% e 75% (adequado para o 
envasamento e para o consumo in natura); índice de espiga igual a um (01) e que 
tenha comprimento em torno de 20 cm; formato cilíndrico e número de fileiras maior 
ou igual a 14; espigas cilíndricas e grandes; grãos com equilíbrio entre teores de 
açúcar e amido para milho comum; teor de sólidos solúveis acima de 30 Bx para o 
milho doce; grãos profundos e de coloração amarelo intenso ou alaranjado; espessura 
de pericarpo acima de 45 micra e rendimento industrial igual ou maior que 30%. Os 
cuidados na pós-colheita, tanto para o milho verde comum quanto para o milho doce, 
são importantes para manter a qualidade do produto, pois apresenta as etapas pós-
colheita sejam melhoradas, atendendo às exigências da indústria e propiciando 
produtos de melhor qualidade para suprir novas demandas e conceitos de qualidade 
que surgem conforme as pesquisas evoluem. 
COMERCIALIZAÇÃO 
A comercialização de sementes de milho no Brasil é feita seguindo as seguintes 
normativas. 
 
 
1.Revisão 
19/06/2018 
38 
 
 
A INDENTIFICAÇÃO 
2.Produto 
SEMENTEDEMILHO*– 
VariedadesC1,C2,S1OUS2 
(ZeamaysL.) 
3.Programa 
AQUISIÇÃO 
DESEMENTES–PAA 
 
ESPECIFICAÇÃO 
4.AnálisesFísico-Químicas 5.Padrão 6.MétodosAnalíticos 
Umidadedo Grão (%p/p) Máxim
o13,00 
InstruçãoNormati
vaMAPAnº45/2013 
Pureza(%) Mínim
a98,00 
InstruçãoNormati
vaMAPAnº45/2013 
Germinação(%)-Validade12meses Mínim
a85,00 
InstruçãoNormati
vaMAPAnº45/2013 
OutrasSementes(%)Máxim
o0,10 
InstruçãoNormati
vaMAPAnº45/2013 
SementesdeOutraEspécieCultivad
a(nº) 
Máximo2
(unidade) 
InstruçãoNormati
vaMAPAnº45/2013 
SementeSilvestre(nº) Máximo0
(unidade) 
InstruçãoNormati
vaMAPAnº45/2013 
SementesNocivasProibidas(nº) Máximo0
(unidade) 
InstruçãoNormati
vaMAPAnº45/2013 
SementesNocivasToleradas(nº) Máximo0
(unidade) 
InstruçãoNormati
vaMAPAnº45/2013 
SementesInfestadas(%) Máxim
a5,00 
InstruçãoNormati
vaMAPAnº45/2013 
TestedeTransgenia Aus
ente 
PCR;ELISAOUTIRA
PORFLUXOLATERAL 
 
PADRÕES–ESPECIFICAÇÕES 
39 
 
SafraAtual - - 
7.Observações 
- MAPA:MinistériodaAgricultura,PecuáriaeAbastecimento. 
- PCR:PolymeraseChainReaction. 
- ELISA:Enzyme-LinkedImmunosorbentAssay. 
- Legislação: Deve ser observada a Instrução Normativa MAPA nº 45, de 17 
de setembro de 2013, que estabelece os padrõesde identidade e qualidade para a 
produção e comercialização de sementes de milho em todo território nacional; bem como 
a Leinº8.078,de11desetembrode1990,quedispõesobreaproteçãodo consumidor 
edáoutrasprovidências,e outraslegislações vigentes sobre o assunto. Os valores 
expressos acima deverão estar expressos no Certificado de Análise 
deSementes,devidamenteemitido porlaboratóriooficialdeanálise desementes(entidade 
credenciada no MAPA). 
-
*Asementedeveráatenderàvariedadedestacultivarespecificadanocontratodeaquisição. 
8.Embalagem 
- Marcaçõesobrigatóriasnasembalagensprimárias: 
- ProdutoeMarca; 
- NúmerodeinscriçãonoRENASEM; 
- NúmerodeinscriçãonoRegistroNacionaldeCultivar(RNC),secultivarcrioulare
gistronoCadastroNacionaldeCultivares Crioulas; 
- Identificaçãodolote,safra,cultivareespécie; 
- PesoLíquidoe/ounúmerodesementescontidasnaembalagem; 
- Razãosocial,CNPJeendereçodoempacotador; 
- PrazodeValidadedoprodutoedemaisinformaçõesexigidaspelaslegislaçõesvi
gentes,nomomentodaaquisiçãodoproduto. 
- Embalagemprimária:Papelmultifoliado,comcapacidadeparaacondicionar20
quilogramas(kg)desementesdemilho.Asmarcaçõesobrigatóriasdevemserimpressas 
nosistemarotogravura. 
- Embalagenssecundáriaspermitidas: 
- Depolietilenovirgem,comespessuramínimade0,10mmporparede; 
40 
 
- De papelkraftvirgem:folhasimples,comgramaturamínimade120g/m2ou 
folhadupla,cadafolhacomgramaturamínimade 80g/m2. 
 
Melhoramento genético do milho 
 Melhoramento genético é realizado por meio da inibição de certos genes, no 
caso de características indesejáveis, ou ainda na obtenção de variedades resistentes 
a pragas como as lagartas. Além de pragas, também existe comercialmente 
variedades de milho resistentes ao Glifosato, principal herbicida utilizado no Brasil 
para o controle de plantas invasoras. A resistência a pragas ocorre graças ao 
melhoramento genético que permite a inclusão de genes de algumas bactérias 
nocivas às pragas, e por isso estes materiais não se tornam alvo delas. O 
melhoramento genético do milho no Brasil teve destaque em 1939, com o primeiro 
híbrido duplo desenvolvido pelo Instituto Agronômico de Campinas. Ele possibilitava 
o dobro de produção em comparação com as variedades da época. A partir desse 
evento, empresas começaram a investir em pesquisas genéticas para criarem novos 
híbridos com melhor desempenho em campo. Já no início do século 21, os milhos 
transgênicos foram liberados no Brasil. Desde então, a cada ano vão surgindo novos 
materiais visando altas produtividades, resistentes a pragas e a herbicidas, por 
exemplo, e possibilitando o cultivo da safra ou safrinha. Isso aumentou o leque de 
opções de sementes de milho no mercado, dificultando muitas vezes saber qual o 
melhor híbrido utilizar. Para chegar ao desenvolvimento de um novo híbrido é preciso 
primeiro desenvolver linhagens. Essas são obtidas após sucessivas autofecundações 
de um híbrido, onde o pólen de cada planta é coletado da parte masculina (pendão) e 
depositado sobre a parte feminina (os estigmas ou cabelos do milho) da mesma. Em 
geral, após seis a sete autofecundações, que levam em torno de 3 a 4 anos, 
dependendo de como estão localizados os centros de pesquisa, obtémse uma nova 
41 
 
linhagem, sendo esse o método tradicional e, ainda hoje, o mais aplicado pelos 
melhoristas. A partir daí inicia a segunda etapa do melhoramento de milho, onde as 
linhagens são cruzadas em diversas combinações e os híbridos avaliados nos 5 anos 
seguintes, mantendo-se apenas uma pequena proporção de selecionados de um ano 
para outro. Assim, após 8 a 9 anos de pesquisa, permanecem poucos produtos com 
consistente desempenho superior, que podem chegar a ser um produto comercial. 
 Imagem 12. 
Fonte: Google. 
Conclusão 
O milho pertence a família das Poáceas, a cultura requer temperatura alta, ao redor 
de 24 e 30°C. De uma semente irá surgir uma planta com mais de 2,0 m de altura, nestes 
últimos cinquenta anos, o melhoramento do milho pode ser atribuído a 50% devido ao 
melhoramento genético. 
A cultura do milho encontra-se amplamente disseminada no Brasil. Isto se deve 
tanto à sua multiplicidade de usos na propriedade rural quanto à tradição de cultivo desse 
cereal pelos agricultores brasileiros. 
Em média, o desenvolvimento do grão se completa cerca de 50 a 55 dias após a 
fertilização. Em condições normais de campo, as sementes plantadas absorvem água, 
incham e começam a crescer. A radícula é a primeira a se alongar, seguida pelo 
coleóptilo com plúmula incluída. O estádio VE é atingido pela rápida elongação do 
mesocótilo, o qual empurra o coleoptilo em crescimento para a superfície do solo. Em 
condições de temperatura e umidade adequada, a planta emerge dentro de 4 a 5 dias. 
Durante a produção das sementes o potencial máximo de qualidade é atingido quando 
as sementes acumulam o máximo de matéria seca, esse momento é conhecido como ponto 
de maturidade fisiológica. 
Na pratica a colheita deve ocorrer quando os grãos atingem o teor de água que 
possibilitam a colheita mecânica. A colheita realizada quando os grãos possuem alto 
42 
 
teor de umidade, pode provocar danos mecânicos. Além disso, a alta umidade dos 
grãos dificulta a debulha. 
 
Referência: 
FERNANDES, Karina. A ORIGEM DO MILHO NA AMÉRICA LATINA, HISTÓRIA, 
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em: http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/56788. Acesso em: 12/10/2021. 
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https://www.emater.go.gov.br/wp/goias-deve-registrar-247-milhoes-de-toneladas-de-graos-na-safra-2020-2021/
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