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Argumentação
Realizar uma argumentação consiste em utilizar-se de premissas para se chegar a uma conclusão através da utilização do raciocínio. 
Para que se construa uma conclusão que seja forte, rígida e que qualquer pessoa possa também atingir, faz-se necessária a aplicação de procedimento claro e seguro, passível de ser reproduzido. 
Existem dois tipos de argumentação:
Tipo I – raciocínio indutivo: parte-se de casos particulares para se chegar a uma conclusão de caráter geral.
Exemplo: 
• O papagaio é um pássaro e não tem dentes. (premissa) 
• O bem-te-vi é um pássaro e não tem dentes. (premissa) 
• O beija-flor é um pássaro e não tem dentes. (premissa) 
• O pica-pau é um pássaro e não tem dentes. (premissa) 
• Logo, os pássaros não têm dentes. (conclusão) 
É fácil verificar que a conclusão genérica foi obtida através de premissas verdadeiras de casos particulares. Nesse caso, devemos enumerar uma quantidade suficiente de proposições particulares para construir uma conclusão de caráter geral. 
Vejamos um caso em que o raciocínio indutivo tem uma conclusão fraca. 
• Cintia é jovem e bateu o carro. (premissa) • Marcos é jovem e bateu o carro. (premissa) 
• Zélia é jovem e bateu o carro. (premissa) • Tiago é jovem e bateu o carro. (premissa) • logo, todos os jovens batem o carro. (conclusão) 
Do ponto de vista lógico, a conclusão está correta, mas sua afirmação é fraca, já que o problema está em considerar que todos os jovens batem o carro, o que é uma mentira.
Tipo II – raciocínio dedutivo: trabalha-se de forma diferente do raciocínio indutivo. Aqui, partirmos de afirmações gerais para chegar a uma particularidade.
Exemplo: 
• Todos os gatos miam. (premissa) 
• Jack é um gato. (premissa) 
• Logo, Jack mia. (conclusão) 
Vemos que, a partir de uma característica geral e verdadeira, retiramos uma característica particular. Ou seja, de casos genéricos e verdadeiros concluímos fatos particulares e também verdadeiros. 
Vale ressaltar que, mesmo se utilizando desses tipos de argumentação, devemos estar atentos à qualidade das premissas que usamos, pois, se as proposições forem fracas, sua conclusão será falha. 
Vejamos um caso em que o raciocínio dedutivo produz uma conclusão fraca. 
• Todo leão é mamífero. (premissa)
• Thor é mamífero. (premissa) 
• Logo, Thor é um leão. (conclusão) 
O erro aqui se encontra na segunda premissa, já que se poderia concluir que Thor é um chimpanzé e ainda assim as duas premissas seriam verdadeiras. Nesse caso, o raciocínio correto seria:
• Todo leão é mamífero. (premissa) 
• Thor é leão. (premissa) 
• Logo, Thor é um mamífero. (conclusão)
Ao contrário do raciocínio indutivo, o raciocínio dedutivo tem a vantagem de não necessitar do caráter probabilístico para que esteja correto (ou para chegar à conclusão). Isso acontece porque no raciocínio dedutivo partimos de fatos concretos verdadeiros gerais para concluir fatos verdadeiros particulares. Isso garante a validade das proposições.
Para que possamos construir deduções corretas, faz-se necessário o cumprimento das características a seguir: 
I – As proposições utilizadas devem ser verdadeiras, devem dizer a verdade, ou seja, a proposição utilizada deve fazer sentido. Estar de acordo com a realidade. (Verdade)
II – O raciocínio aplicado às proposições deve ser correto, o arranjo que se faz com as proposições deve estar de acordo com a lógica formal. (Validade) 
Ocorrem dois resultados de argumentação: consistente (válido) ou inconsistente (não válido). 
Uma argumentação consistente ou válida é aquela que utiliza proposições verdadeiras e aplica corretamente a lógica formal; já a argumentação inconsistente ou não válida é aquela que utiliza proposições falsas ou em que é aplicado o uso incorreto da lógica, ocorrendo falácia ou sofisma. 
Na lógica formal, trabalhamos basicamente com a forma dedutiva de raciocínio.
Falácia: argumentação com falha involuntária da lógica. 
Sofisma: argumentação com falha propositada da lógica.
Raciocínio indutivo: utilizar fatos particulares para concluir um fato abrangente. 
Raciocínio dedutivo: utilizar fatos abrangentes para concluir um fato particular.
Referência: Raciocínio lógico matemático - Vagner Luis Zanin

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