Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
APOSTILA COMPLETA TÉCNICO DE ENFERMAGEM Apostila elaborada pela professora: Danielle Gonçalves Escola Técnica Vencer 1 APOSTILA COMPLETA TÉCNICO DE ENFERMAGEM Entidade Mantenedora: Cursos Técnicos Vencer Ltda – ME CNPJ:27.257.077/0001-06 Processo de Autorização SEDUC-RJ -03/016/1033/2017 Endereço: Rua Mariano Sendra dos Santos 88 – Edifício Aníbal Guedes- Salas 311,316,318,325,216 – Centro – Duque de Caxias – RJ/ Cep:25010-080 Telefones:(21) 4114-3885 / (21) 3845-1756 www.escolatecnicavencer.com.br www.facebook.com.br/escolatecnicavencer Apostila elaborada pela Enfermeira e Professora: Danielle Gonçalves Escola Técnica Vencer 2 http://www.escolatecnicavencer.com.br/ SUMÁRIO: ÉTICA PROFISSIONAL______________________________________________________________________________________ 3 PSICOLOGIA_______________________________________________________________________________________________ 32 MICROBIOLOGIA 01_________________________________________________________________________________________ 51 MICROBIOLOGIA 02_________________________________________________________________________________________ 81 ANATOMIA 01______________________________________________________________________________________________ 123 ANATOMIA 02______________________________________________________________________________________________ 161 ANATOMIA 03______________________________________________________________________________________________216 FUNDAMENTOS DA SAÚDE__________________________________________________________________________________242 FUNDAMENTOS DA ENFERMAGEM__________________________________________________________________________ 255 CLINICA MÉDICA 01________________________________________________________________________________________ 353 CLÍNICA MÉDICA 02________________________________________________________________________________________ 375 CLÍNICA MÉDICA 03_________________________________________________________________________________________393 CLÍNICA CIRÚRGICA 01_____________________________________________________________________________________ 404 CLÍNICA CIRÚRGICA 02_____________________________________________________________________________________ 430 MATERNO INFANTIL 01_____________________________________________________________________________________ 450 MATERNO INFANTIL 02_____________________________________________________________________________________ 468 MATERNO INFANTIL 03_____________________________________________________________________________________ 480 PSIQUIATRIA 01___________________________________________________________________________________________ 494 PSIQUIATRIA 02___________________________________________________________________________________________ 507 PACIENTES GRAVES 01____________________________________________________________________________________ 514 PACIENTES GRAVES 02____________________________________________________________________________________ 520 PACIENTES GRAVES 03____________________________________________________________________________________ 530 ADMINISTRAÇÃO _________________________________________________________________________________________ 548 3 ÉTICA Apostila elaborada pela professora: Danielle Gonçalves 4 Atualmente, a Enfermagem não é somente arte, mais uma ciência, pois se baseia-se em princípios científicos. As Teorias de Enfermagem, longe de serem meros conteúdos teóricos, traduzem em seus conceitos e modelos o infinito do trabalho profissional da Enfermagem, fundamentado na ciência do conhecimento e do saber – cultural, social, comportamental – envolvendo o indivíduo não apenas como pessoa, mas enquanto família, social, profissional, comunidade, cultura e instituição. As Teorias de Enfermagem nos indicam, sugerem, apontam uma diminuição das intervenções de Enfermagem. São teorias orientadas para a tese das necessidades e problemas (POTTER; PERRY, 2004): Teoria Ambiental (Florence Nightingale – 1860) Florence Nightingale associou o estado de saúde do cliente aos fatores ambientais, pecebidos por meio de observação e coleta de dados. Ela trabalhou com enfoque em características ambientais gerais como: iluminação, ruído, ventilação, higiene ambiental e pessoal, água pura, ambiente externo, utensílios dos pacientes, aspecto nutricional. Teoria de Solução de Problemas ( Faye Glenn Abdellah – 1960) Enfatiza a atenção nos cuidados de Enfermagem para satisfazer às necessidades físicas, psíquicas, sociais e espirituais do indivíduo e família, com competências referentes às relações interpessoais, de psicologia, crescimento e desenvolvimento, comunicação e sociologia, bem como de conhecimentos das ciências básicas e competências específicas de Enfermagem. TEORIA DA HISTÓRIA DA ENFERMAGEM 5 Teoria da Definição das Práticas de Enfermagem (Virgínia Henderson – 1955) Define a Enfermagem como auxílio ao indivíduo, doente ou sadio, na realização de atividades que contribuam para a saúde, recuperação ou morte pacífica e tranquila, as quais o indivíduo realizaria sem auxílio se tivesse força, vontade ou conhecimento necessários, realizando de forma que ele alcance, adquira a independência tão rapidamente quanto possível. Henderson organizou a teoria em quatorze necessidades básicas da pessoa e incluiu os fenômenos oriundos dos seguintes domínios do cliente: fisiológicos, psicológico, sociocultural, espiritual e de desenvolvimento. Em conjunto, a enfermeira e o cliente trabalham em uníssono, para satisfazer essas necessidades e atingir os objetivos centrados no cliente (POTTER; PERRY, 2004). Teoria do Autocuidado (Dorothea E. Orem – 1971) Consiste basicamente na idéia de que os indivíduos, quando capazes, devem cuidar de si mesmos; quando existe incapacidade, entra o trabalho do enfermeiro no processo do cuidar. Uma das características que compõe a Teoria do Autocuidado é a Teoria do Déficit, composta por três teorias inter-relacionadas: Teoria do Déficit do Autocuidado, Teoria do Cuidado, Teoria dos Sistemas de Enfermagem. Teoria das Necessidades Humanas Básicas (Wanda de Aguiar Horta – 1970) A Enfermagem tem como propósito assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades básicas e, para isso, busca sempre acumular conhecimentos e técnicas empíricas, relacionados entre si, que procuram explicar os fatos à luz do universo natural. Essas necessidades básicas são de natureza variada. Veja a seguir: 6 Necessidades psicossociais • Aceitação - Amor • Aprendiazagem (educação à saúde) - Atenção • Autoestima - Autoimagem • Autorrealização - Comunicação • Criatividade - Espaço - Lazer • Liberdade - Orientação no tempo/espaço • Participação - Recreação • Segurança Nessidades psicobiológicas • Oxigenação - Terapêutica • Nutrição - Hidratação • Sono e repouso - Eliminação • Sexualidade - Exercícios e atividades físicas • Cuidado corporal - Motilidade • Integridade física • Regulação: térmica, hormonal, neurológica, hidrossalina, eletrolítica, imunológica, crescimento celular, vascular • Locomoção • Percepção: olfativa, visual, auditiva, tátil, gustativa, dolorosa Necessidades psicoespirituais • Religião ou teologia • Ética ou filosofia de vida 7 CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEMPREÂMBULO A Enfermagem compreende um componente próprio de conhecimentos científicos e técnicos, construído e reproduzido por um conjunto de práticas sociais, éticas e políticas que se processa pelo ensino, pesquisa e assistência. Realiza-se na prestação de serviços à pessoa, família e coletividade, no seu contexto e circunstâncias de vida. O aprimoramento do comportamento ético do profissional passa pelo processo de construção de uma consciência individual e coletiva, pelo compromisso social e profissional configurado pela responsabilidade no plano das relações de trabalho com reflexos no campo científico e político. A Enfermagem Brasileira, face às transformações sócio-culturais, científicas e legais, entendeu ter chegado o momento de reformular o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (CEPE). A trajetória da reformulação, coordenada pelo Conselho Federal de Enfermagem com a participação dos Conselhos Regionais de Enfermagem, inclui discussões com a categoria de Enfermagem. • O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem está organizado por assunto e inclui princípios, direitos, responsabilidades, deveres e proibições pertinentes à conduta ética dos profissionais de Enfermagem. • O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem leva em consideração a necessidade e o direito de assistência em Enfermagem da população, os interesses do profissional e de sua organização. Está centrado na pessoa, família e coletividade e pressupõe que os trabalhadores de Enfermagem estejam aliados aos usuários na luta por uma assistência sem riscos e danos e acessível a toda população. O presente Código teve como referência os postulados da Declaração Universal dos Direitos do Homem, promulgada pela Assembléia Geral das Nações Unidas (1948) e adotada pela Convenção de Genebra da Cruz Vermelha (1949), contidos no Código de Ética do Conselho Internacional de Enfermeiros (1953) e no Código de Ética da Associação Brasileira de Enfermagem (1975). Teve como referência, ainda, o Código de Deontologia de Enfermagem do Conselho Federal de Enfermagem (1976), o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (1993) e as Normas Internacionais e Nacionais sobre Pesquisa em Seres Humanos [Declaração Helsinque (1964), revista em Tóquio (1975) e a Resolução 196 do Conselho Nacional de Saúde, Ministério da Saúde (1996)]. 8 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS A Enfermagem é uma profissão comprometida com a saúde e qualidade de vida da pessoa, família e coletividade. O Profissional de Enfermagem atua na promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde, com autonomia e em consonância com os preceitos éticos e legais. O profissional de enfermagem participa, como integrante da equipe de saúde, das ações que visem satisfazer as necessidades de saúde da população e da defesa dos princípios das políticas públicas de saúde e ambientais, que garantam a universalidade de acesso aos serviços de saúde, integralidade da assistência, resolutividade, preservação da autonomia das pessoas, participação da comunidade, hierarquização e descentralização político-administrativa dos serviços de saúde. O Profissional de Enfermagem respeita a vida, a dignidade e os direitos humanos, em todas as suas dimensões. O Profissional de Enfermagem exerce suas atividades com competência para a promoção do ser humano na sua integralidade, de acordo com os princípios da ética e da bioética. O Profissional de Enfermagem exerce suas atividades com competência para a promoção da saúde do ser humano na sua integridade, de acordo com os princípios da ética e da bioética. CAPÍTULO I - DAS RELAÇÕES PROFISSIONAIS - DIREITOS • Art. 1º - Exercer a Enfermagem com liberdade, autonomia e ser tratado segundo os pressupostos e princípios legais, éticos e dos direitos humanos. • Art. 2º – Aprimorar seus conhecimentos técnicos, científicos e culturais que dão sustentação a sua prática profissional. • Art. 3º - Apoiar as iniciativas que visem ao aprimoramento profissional e à defesa dos direitos e interesses da categoria e da sociedade. • Art. 4º - Obter desagravo público por ofensa que atinja a profissão, por meio do Conselho Regional de Enfermagem. 9 - RESPONSABILIDADES E DEVERES • Art. 5º - Exercer a profissão com justiça, compromisso, eqüidade, resolutividade, dignidade, competência, responsabilidade, honestidade e lealdade. • Art. 6º – Fundamentar suas relações no direito, na prudência, no respeito, na solidariedade e na diversidade de opinião e posição ideológica. • Art. 7º Comunicar ao COREN e aos órgãos competentes, fatos que infrinjam dispositivos legais e que possam prejudicar o exercício profissional. - PROIBIÇÕES • Art. 8º - Promover e ser conivente com a injúria calúnia e difamação de membro da Equipe de Enfermagem Equipe de Saúde e de trabalhadores de outras áreas, de organizações da categoria ou instituições. • Art. 9 – Praticar e/ou ser conivente com crime, contravenção penal ou qualquer outro ato, que infrinja postulados éticos e legais. SEÇÃO I - DAS RELAÇÕES COM A PESSOA, FAMILIA E COLETIVIDADE. - DIREITOS • Art. 10- Recusar-se a executar atividades que não sejam de sua competência técnica, científica, ética e legal ou que não ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, família e coletividade. • Art. 11 - Ter acesso às informações, relacionadas à pessoa, família e coletividade, necessárias ao exercício profissional. - RESPONSABILIDADES E DEVERES • Art. 12 - Assegurar à pessoa, família e coletividade assistência de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência. • Art. 13 - Avaliar criteriosamente sua competência técnica, científica, ética e legal e somente aceitar encargos ou atribuições, quando capaz de desempenho seguro para si e para outrem. 10 • Art. 14 – Aprimorar os conhecimentos técnicos, científicos, éticos e culturais, em benefício da pessoa, família e coletividade e do desenvolvimento da profissão. • Art. 15 - Prestar Assistência de Enfermagem sem discriminação de qualquer natureza. • Art. 16 - Garantir a continuidade da Assistência de Enfermagem em condições que ofereçam segurança, mesmo em caso de suspensão das atividades profissionais decorrentes de movimentos reivindicatórios da categoria. • Art. 17 - Prestar adequadas informações à pessoa, família e coletividade a respeito dos direitos, riscos, benefícios e intercorrências acerca da Assistência de Enfermagem. • Art. 18 - Respeitar, reconhecer e realizar ações que garantam o direito da pessoa ou de seu representante legal, de tomar decisões sobre sua saúde, tratamento, conforto e bem estar. • Art. 19 - Respeitar o pudor, a privacidade e a intimidade do ser humano, em todo seu ciclo vital, inclusive nas situações de morte e pós-morte. • Art. 20 - Colaborar com a Equipe de Saúde no esclarecimento da pessoa, família e coletividade a respeito dos direitos, riscos, benefícios e intercorrências acerca de seu estado de saúde e tratamento. • Art. 21 - Proteger a pessoa, família e coletividade contra danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência por parte de qualquer membro da Equipe de Saúde. • Art. 22 - Disponibilizar seus serviços profissionais à comunidade em casos de emergência, epidemia e catástrofe, sem pleitear vantagens pessoais. • Art. 23 - Encaminhar a pessoa, família e coletividade aos serviços de defesa do cidadão, nos termos da lei. • Art. 24 – Respeitar, no exercício da profissão, as normas relativas à preservação do meio ambiente e denunciar aos órgãos competentes as formas de poluição e deteriorização que comprometam a saúde e a vida. • Art. 25 – Registrar no Prontuário do Paciente as informações inerentes e indispensáveis ao processo de cuidar. 11 - PROIBIÇÕES • Art. 26 - Negar Assistência de Enfermagem em qualquer situação que se caracterize como urgência ou emergência. • Art. 27 – Executar ou participar da assistência à saúde sem o consentimento da pessoa ou de seu representante legal, exceto em iminente risco de morte. • Art. 28- Provocar aborto, ou cooperar em prática destinada a interromper a gestação. • Parágrafo único - Nos casos previstos em Lei, o profissional deverá decidir, de acordo com a sua consciência, sobre a sua participação ou não no ato abortivo. • Art. 29 - Promover a eutanásia ou participar em prática destinada a antecipar a morte do cliente. • Art. 30 - Administrar medicamentos sem conhecer a ação da droga e sem certificar-se da possibilidade dos riscos. • Art. 31 - Prescrever medicamentos e praticar ato cirúrgico, exceto nos casos previstos na legislação vigente e em situação de emergência. • Art. 32 - Executar prescrições de qualquer natureza, que comprometam a segurança da pessoa. • Art. 33 - Prestar serviços que por sua natureza competem a outro profissional, exceto em caso de emergência. • Art. 34 - Provocar, cooperar, ser conivente ou omisso com qualquer forma de violência. • Art. 35 - Registrar informações parciais e inverídicas sobre a assistência prestada SEÇÃO II - DAS RELAÇÕES COM OS TRABALHADORES DE ENFERMAGEM, SAÚDE E OUTROS - DIREITOS • Art. 36 - Participar da prática profissional multi e interdisciplinar com responsabilidade, autonomia e liberdade. • Art. 37 - Recusar-se a executar prescrição medicamentosa e terapêutica, onde não conste a assinatura e o numero de registro do profissional, exceto em situações de urgência e emergência. • Parágrafo único – O profissional de enfermagem poderá recusar-se a executar prescrição medicamentosa e terapêutica em caso de identificação de erro ou ilegibilidade. 12 - RESPONSABILIDADES E DEVERES • Art. 38 - Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais, independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe. • Art. 39 - Participar da orientação sobre benefícios, riscos e conseqüências decorrentes de exames e de outros procedimentos, na condição de membro da equipe de saúde. • Art. 40 – posicionar-se contra falta cometida durante o exercício profissional seja por imperícia, imprudência ou negligência. • Art. 41 - Prestar informações, escritas e verbais, completas e fidedignas necessárias para assegurar a continuidade da assistência. - PROIBIÇÕES • Art. 42 - Assinar as ações de Enfermagem que não executou, bem como permitir que suas ações sejam assinadas por outro profissional. • Art. 43 - Colaborar, direta ou indiretamente com outros profissionais de saúde, no descumprimento da legislação referente aos transplantes de órgãos, tecidos, esterilização, fecundação artificial e manipulação genética. SEÇÃO III- DAS RELAÇÕES COM AS ORGANIZAÇÕES DA CATEGORIA - DIREITOS • Art. 44 - Recorrer ao Conselho Regional de Enfermagem, quando impedido de cumprir o presente Código, a legislação do Exercício Profissional e as Resoluções e Decisões emanadas pelo Sistema COFEN/COREN. • Art. 45 - Associar-se, exercer cargos e participar de Entidades de Classe e Órgãos de Fiscalização do Exercício Profissional. • Art. 46 – Requerer em tempo hábil, informações acerca de normas e convocações. • Art. 47 – Requerer, ao Conselho Regional de Enfermagem, mediadas cabíveis para obtenção de desagravo público em decorrência de ofensa sofrida no exercício profissional. 13 - RESPONSABILIDADES E DEVERES • Art. 48 - Cumprir e fazer os preceitos éticos e legais da profissão. • Art. 49 – Comunicar ao Conselho Regional de Enfermagem, fatos que firam preceitos do presente Código e da legislação do exercício profissional. • Art. 50 – Comunicar formalmente ao Conselho Regional de Enfermagem fatos que envolvam recusa ou demissão de cargo, função ou emprego, motivado pela necessidade do profissional em cumprir o presente Código e a legislação do exercício profissional. • Art. 51 – Cumprir, no prazo estabelecido, as determinações e convocações do Conselho Federal e Conselho Regional de Enfermagem. • Art. 52 – Colaborar com a fiscalização de exercício profissional. • Art. 53 – Manter seus dados cadastrais atualizados, e regularizadas as suas obrigações financeiras com o Conselho Regional de Enfermagem. • Art. 54 – Apura o número e categoria de inscrição no Conselho Regional de Enfermagem em assinatura, quando no exercício profissional. • Art.55 – Facilitar e incentivar a participação dos profissionais de enfermagem no desempenho de atividades nas organizações da categoria. - PROIBIÇÕES • Art. 56 – Executar e determinar a execução de atos contrários ao Código de Ética e às demais normas que regulam o exercício da Enfermagem. • Art. 57 – Aceitar cargo, função ou emprego vago em decorrência de fatos que envolvam recusa ou demissão de cargo, função ou emprego motivado pela necessidade do profissional em cumprir o presente código e a legislação do exercício profissional. • Art. 58 – Realizar ou facilitar ações que causem prejuízo ao patrimônio ou comprometam a finalidade para a qual foram instituídas as organizações da categoria. • Art. 59 - Negar, omitir informações ou emitir falsas declarações sobre o exercício profissional quando solicitado pelo Conselho Regional de Enfermagem. 14 SEÇÃO IV - DAS RELAÇÕES COM AS ORGANIZAÇÕES EMPREGADORAS DIREITOS • Art. 60 - Participar de movimentos de defesa da dignidade profissional, do seu aprimoramento técnico-científico, do exercício da cidadania e das reivindicações por melhores condições de assistência, trabalho e remuneração. • Art. 61 - Suspender suas atividades, individual ou coletivamente, quando a instituição pública ou privada para a qual trabalhe não oferecer condições dignas para o exercício profissional ou que desrespeite a legislação do setor saúde, ressalvadas as situações de urgência e emergência, devendo comunicar imediatamente por escrito sua decisão ao Conselho Regional de Enfermagem. • Art. 62 - Receber salários ou honorários compatíveis com o nível de formação, a jornada de trabalho, a complexidade das ações e responsabilidade pelo exercício profissional. • Art. 63 - Desenvolver suas atividades profissionais em condições de trabalho que promovam a própria segurança e a da pessoa, família e coletividade sob seus cuidados, e dispor de material e equipamentos de proteção individual e coletiva, segundo as normas vigentes. • Art. 64 - Recusar-se a desenvolver atividades profissionais na falta de material ou equipamentos de proteção individual e coletiva definidos na legislação específica. • Art. 65- Formar e participar da comissão de ética da instituição pública ou privada onde trabalha, bem como de comissões interdisciplinares. • Art. 66 - Exercer cargos de direção, gestão e coordenação na área de seu exercício profissional e do setor saúde. • Art. 67 - Ser informado sobre as políticas da instituição e do Serviço de Enfermagem, bem como participar de sua elaboração. • Art. 68 – Registrar no prontuário e em outros documentos próprios da Enfermagem informações referentes ao processo de cuidar da pessoa. 15 - RESPONSABILIDADES E DEVERES • Art. 69 – Estimular, promover e criar condições para o aperfeiçoamento técnico, científico e cultural dos profissionais de Enfermagem sob sua orientação e supervisão. • Art. 70 - Estimular, facilitar e promover o desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão, devidamente aprovadas nas instâncias deliberativas da instituição. • Art. 71 - Incentivar e criar condições para registrar as informações inerentes e indispensáveis ao processo de cuidar. • Art. 72 – Registrar as informações inerentes e indispensáveis ao processo de cuidar de forma clara, objetiva e completa. • PROIBIÇÕES • Art. 73 – Trabalhar, colaborar ou acumpliciar-se com pessoas ou jurídicas que desrespeitem princípios e normas que regulam o exercício profissional de Enfermagem. • Art. 74 - Pleitear cargo, função ou emprego ocupado por colega, utilizando-se de concorrência desleal. • Art. 75 – Permitir que seu nome conste no quadro de pessoal de hospital, casa de saúde, unidade sanitária, clínica, ambulatório, escola, curso, empresa ou estabelecimento congênere sem nele exercer as funçõesde Enfermagem pressupostas. • Art. 76 - Receber vantagens de instituição, empresa, pessoa, família e coletividade, além do que lhe é devido, como forma de garantir Assistência de Enfermagem diferenciada ou benefícios de qualquer natureza para si ou para outrem. • Art. 77 - Usar de qualquer mecanismo de pressão ou suborno com pessoas físicas ou jurídicas para conseguir qualquer tipo de vantagem. • Art. 78 – Utilizar, de forma abusiva, o poder que lhe confere a posição ou cargo, para impor ordens, opiniões, atentar contra o puder, assediar sexual ou moralmente, inferiorizar pessoas ou dificultar o exercício profissional. • Art. 79 – Apropriar-se de dinheiro, valor, bem móvel ou imóvel, público ou particular de que tenha posse em razão do cargo, ou desviá-lo em proveito próprio ou de outrem. • Art. 80 - Delegar suas atividades privativas a outro membro da equipe de Enfermagem ou de saúde, que não seja Enfermeiro. 16 CAPÍTULO II - DO SIGILO PROFISSIONAL - DIREITOS • Art. 81 – Abster-se de revelar informações confidenciais de que tenha conhecimento em razão de seu exercício profissional a pessoas ou entidades que não estejam obrigadas ao sigilo. - RESPONSABILIDADES E DEVERES • Art. 82 - Manter segredo sobre fato sigiloso de que tenha conhecimento em razão de sua atividade profissional, exceto casos previstos em lei, ordem judicial, ou com o consentimento escrito da pessoa envolvida ou de seu representante legal. • § 1º Permanece o dever mesmo quando o fato seja de conhecimento público e em caso de falecimento da pessoa envolvida. • § 2º Em atividade multiprofissional, o fato sigiloso poderá ser revelado quando necessário à prestação da assistência. • § 3º O profissional de Enfermagem intimado como testemunha deverá comparecer perante a autoridade e, se for o caso, declarar seu impedimento de revelar o segredo. • § 4º - O segredo profissional referente ao menor de idade deverá ser mantido, mesmo quando a revelação seja solicitada por pais ou responsáveis, desde que o menor tenha capacidade de discernimento, exceto nos casos em que possa acarretar danos ou riscos ao mesmo. • Art. 83 – Orientar, na condição de Enfermeiro, a equipe sob sua responsabilidade sobre o dever do sigilo profissional. - PROIBIÇÕES • Art. 84 - Franquear o acesso a informações e documentos a pessoas que não estão diretamente envolvidas na prestação da assistência, exceto nos casos previstos na legislação vigente ou por ordem judicial. • Art. 85 - Divulgar ou fazer referência a casos, situações ou fatos de forma que os envolvidos possam ser identificados. 17 CAPÍTULO III - DO ENSINO, DA PESQUISA E DA PRODUÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA - DIREITOS • Art. 86 - Realizar e participar de atividades de ensino e pesquisa, respeitadas as normas ético-legais. • Art. 87 – Ter conhecimento acerca do ensino e da pesquisa a serem desenvolvidos com as pessoas sob sua responsabilidade profissional ou em seu local de trabalho. • Art. 88 – Ter reconhecida sua autoria ou participação em produção técnico-científica. - RESPONSABILIDADES E DEVERES • Art. 89 – Atender as normas vigentes para a pesquisa envolvendo seres humanos, segundo a especificidade da investigação. • Art. 90 - Interromper a pesquisa na presença de qualquer perigo à vida e à integridade da pessoa. • Art. 91 - Respeitar os princípios da honestidade e fidedignidade, bem como os direitos autorais no processo de pesquisa, especialmente na divulgação dos seus resultados. • Art. 92 - Disponibilizar os resultados de pesquisa à comunidade científica e sociedade em geral. • Art. 93 - Promover a defesa e o respeito aos princípios éticos e legais da profissão no ensino, na pesquisa e produções técnico-científicas. - PROIBIÇÕES • Art. 94 - Realizar ou participar de atividades de ensino e pesquisa, em que o direito inalienável da pessoa, família ou coletividade seja desrespeitado ou ofereça qualquer tipo de risco ou dano aos envolvidos. • Art. 95 - Eximir-se da responsabilidade por atividades executadas por alunos ou estagiários, na condição de docente, Enfermeiro responsável ou supervisor. • Art. 96 - Sobrepor o interesse da ciência ao interesse e segurança da pessoa, família ou coletividade. • Art. 97 – Falsificar ou manipular resultados de pesquisa, bem como, usá-los para fins diferentes dos pré-determinados. 18 • Art. 98 - Publicar trabalho com elementos que identifiquem o sujeito participante do estudo sem sua autorização. • Art. 99 – Divulgar ou publicar, em seu nome, produção técnico-científica ou instrumento de organização formal do qual não tenha participado ou omitir nomes de co-autores e colaboradores. • Art. 100 - Utilizar sem referência ao autor ou sem a sua autorização expressa, dados, informações, ou opiniões ainda não publicados. • Art. 101 – Apropriar-se ou utilizar produções técnico-científicas, das quais tenha participado como autor ou não, implantadas em serviços ou instituições sob concordância ou concessão do autor. • Art. 102 – Aproveitar-se de posição hierárquica para fazer constar seu nome como autor ou co-autor em obra técnico-científica. CAPÍTULO IV - DA PUBLICIDADE - DIREITOS • Art. 103 – Utilizar-se de veículo de comunicação para conceder entrevistas ou divulgar eventos e assuntos de sua competência, com finalidade educativa e de interesse social. • Art. 104 – Anunciar a prestação de serviços para os quais está habilitado. - RESPONSABILIDADES E DEVERES • Art. 105 – Resguardar os princípios da honestidade, veracidade e fidedignidade no conteúdo e na forma publicitária. • Art. 106 – Zelar pelos preceitos éticos e legais da profissão nas diferentes formas de divulgação. 19 PROIBIÇÕES - RESPONSABILIDADES E DEVERES • Art. 107 – Divulgar informação inverídica sobre assunto de sua área profissional. • Art. 108- Inserir imagens ou informações que possam identificar pessoas e instituições sem sua prévia autorização. • Art. 109 – Anunciar título ou qualificação que não possa comprovar. • Art. 110 – Omitir, em proveito próprio, referência a pessoas ou instituições. • Art. 111 – Anunciar a prestação de serviços gratuitos ou propor honorários que caracterizem concorrência desleal. CAPÍTULO V - DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES • Art. 112 - A caracterização das infrações éticas e disciplinares e a aplicação das respectivas penalidades regem-se por este Código, sem prejuízo das sanções previstas em outros dispositivos legais. • Art. 113- Considera-se Infração Ética a ação, omissão ou conivência que implique em desobediência e/ou inobservância às disposições do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. • Art. 114 - Considera-se infração disciplinar a inobservância das normas dos Conselhos Federal e Regional de Enfermagem. • Art. 115 - Responde pela infração quem a cometer ou concorrer para a sua prática, ou dela obtiver benefício, quando cometida por outrem. • Art. 116 - A gravidade da infração é caracterizada por meio da análise dos fatos do dano e de suas conseqüências. • Art. 117 - A infração é apurada em processo instaurado e conduzido nos termos do Código de Processo ético das Autarquias dos Profissionais de Enfermagem. 20 • Art. 118 - As penalidades a serem impostas pelos Conselhos Federal e Regional de Enfermagem, conforme o que determina o art. 18, da Lei n° 5.905, de 12 de julho de 1973, são as seguintes: • I - Advertência verbal; • II - Multa; • III - Censura; • IV - Suspensão do Exercício Profissional; • V - Cassação do direito ao Exercício Profissional. • § 1º - A advertência verbal consiste na admoestação ao infrator, de forma reservada, que será registrada no Prontuário do mesmo, na presença de duas testemunhas. • § 2º - A multa consiste na obrigatoriedade de pagamento de 01 (um) a 10 (dez) vezes o valor da anuidade da categoria profissional à qual pertence o infrator, em vigor no ato do pagamento. • §3º - A censura consiste em repreensão que será divulgada nas publicações oficiais dos Conselhos Federal e Regional de Enfermagem eem jornais de grande circulação. • § 4º - A suspensão consiste na proibição do exercício profissional da Enfermagem por um período não superior a 29 (vinte e nove) dias e serão divulgados nas publicações oficiais dos Conselhos Federal e Regional de Enfermagem, jornais de grande circulação e comunicada aos órgãos empregadores. • § 5º - A cassação consiste na perda do direito ao exercício da Enfermagem e será divulgada nas publicações dos Conselhos Federal e Regional de Enfermagem e em jornais de grande circulação. 21 • Art.119 - As penalidades, referentes à advertência verbal, multa, censura e suspensão do exercício profissional, são da alçada do Conselho Regional de Enfermagem, serão registradas no prontuário do profissional de Enfermagem; a pena de cassação do direito ao exercício profissional é de competência do Conselho Federal de Enfermagem, conforme o disposto no art. 18, parágrafo primeiro, da Lei n° 5.905/73. Parágrafo único - Na situação em que o processo tiver origem no Conselho Federal de Enfermagem, terá como instância superior a Assembléia dos Delegados Regionais. • Art. 120 - Para a graduação da penalidade e respectiva imposição consideram-se: • I - A maior ou menor gravidade da infração; • II - As circunstâncias agravantes e atenuantes da infração; • III - O dano causado e suas conseqüências; • IV - Os antecedentes do infrator. • Art.121 - As infrações serão consideradas leves, graves ou gravíssimas, segundo a natureza do ato e a circunstância de cada caso. • § 1º - São consideradas infrações leves as que ofendam a integridade física, mental ou moral de qualquer pessoa, sem causar debilidade ou aquelas que venham a difamar organizações da categoria ou instituições. • § 2º - São consideradas infrações graves as que provoquem perigo de vida, debilidade temporária de membro, sentido ou função em qualquer pessoa ou as que causem danos patrimoniais ou financeiros. • § 3º - São consideradas infrações gravíssimas as que provoquem morte, deformidade permanente, perda ou inutilização de membro, sentido, função ou ainda, dano moral irremediável em qualquer pessoa. • Art. 122 - São consideradas circunstâncias atenuantes: 22 • I - Ter o infrator procurado, logo após a infração, por sua espontânea vontade e com eficiência, evitar ou minorar as conseqüências do seu ato; • II - Ter bons antecedentes profissionais; • III - Realizar atos sob coação e/ou intimidação; • IV - Realizar ato sob emprego real de força física; • V - Ter confessado espontaneamente a autoria da infração. • Art. 123 - São consideradas circunstâncias agravantes: • I - Ser reincidente; • II - Causar danos irreparáveis; • III - Cometer infração dolosamente; • IV - Cometer a infração por motivo fútil ou torpe; • V - Facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou a vantagem de outra infração; • VI - Aproveitar-se da fragilidade da vítima; • VII - Cometer a infração com abuso de autoridade ou violação do dever inerente ao cargo ou função; • VIII - Ter maus antecedentes profissionais. • CAPÍTULO VI • DA APLICAÇÃO DAS PENALIDAES • Art. 124 - As penalidades previstas neste Código somente poderão ser aplicadas, cumulativamente, quando houver infração a mais de um artigo. • Art. 125 - A pena de Advertência verbal é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos artigos: 5º a 7º; 12 a 14; 16 a 24; 27; 30; 32; 34; 35; 38 a 40; 49 a 55; 57; 69 a 71; 74; 78; 82 a 85; 89 a 95; 89; 98 a 102; 105; 106; 108 a 111 Código. 23 • Art. 126 - A pena de Multa é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos artigos: 5º a 9º; 12; 13; 15; 16; 19; 24; 25; 26; 28 a 35; 38 a 43; 48 a 51; 53; 56 a 59; 72 a 80; 82; 84; 85; 90; 94; 96; 97 a 102; 105; 107; 108; 110; e 111 deste Código. • Art. 127 - A pena de Censura é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos artigos: 8º; 12; 13; 15; 16; 25; 30 a 35; 41 a 43; 48; 51; 54; 56 a 59 71 a 80; 82; 84; 85; 90; 91; 94 a 102; 105; 107 a 111 deste Código. • Art. 128- A pena de Suspensão do Exercício Profissional é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos artigos: 8º; 9º; 12; 15; 16; 25; 26; 28; 29; 31; 33 a 35; 41 a 43; 48; 56; 58; 59; 72; 73; 75 a 80; 82; 84; 85; 90; 94; 96 a 102; 105; 107 e 108 deste Código. • Art.129 - A pena de Cassação do Direito ao Exercício Profissional é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos artigos: 9º, 12; 26; 28; 29; 78 e 79 deste Código. • CAPITULO VII - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS • Art. 130- Os casos omissos serão resolvidos pelo Conselho Federal de Enfermagem. • Art. 131- Este Código poderá ser alterado pelo Conselho Federal de Enfermagem, por iniciativa própria ou mediante proposta de Conselhos Regionais. • Parágrafo único - A alteração referida deve ser precedida de ampla discussão com a categoria, coordenada pelos Conselhos Regionais. • Art. 132 O presente Código entrará em vigor 90 dias após sua publicação, revogadas as disposições em contrário. • Rio de Janeiro, 08 de fevereiro de 2007. 24 RELAÇÕES INTERPESSOAIS Tendo em vista motivar o aprimoramento da personalidade do profissional, no desenvolvimento de atitudes terapêuticas de relacionamento interpessoal, visto que, de uma maneira direta ou indireta, todas as ações de enfermagem são levadas a efeito por pessoas e para pessoas, por meio das relações interpessoais. As atitudes terapêuticas não são o produto de mero instinto, mas sim resultantes de reações comportamentais cuja origem baseia-se na identificação e determinação das necessidades apresentadas pelas pessoas ajudadas. A atitude terapêutica provém de trabalho com a própria personalidade; é o modo calculado, cortês, sincero, interessado de sentir, pensar e agir; é o "instrumento" básico no desempenho da enfermagem, tanto para com seus pares na área de saúde como para com as pessoas ajudadas. Ao se penetrar no campo das relações humanas, fica-se perplexo frente à multiplicidade dos conhecimentos existentes, e, ao mesmo tempo, nota-se que nem por isso é feita uma aplicação adequada dos mesmos na comunicação em enfermagem. Seja por ignorância, inércia, inabilidade, carência no quantitativo de profissionais ou por qualquer outra razão, o que impressiona é o seguinte: se a tarefa primordial da enfermagem é AJUDAR, não parece possível dissociar ou dispensar, a utilização de modos calculados de sentir, pensar e agir no relacionamento interpessoal. Isto significa superar a forma casual, impensada, automática e impessoal de lidar com as pessoas. 25 Definindo o relacionamento terapêutico Comunicação na enfermagem abrange um sentido mais amplo, que é o de relacionamento; este como um processo terapêutico de interação, afinidade, conhecimento recíproco, compreensão e aceitação entre enfermeiro-paciente e familiares; em contato relativamente prolongado e em determinado período de tempo, proporcionando às pessoas uma série de atitudes e práticas baseadas em conhecimentos empíricos e teóricos, com o propósito de promover o bem-estar bio- psico-sócio-espiritual. Embora se creia que através do relacionamento se procure mobilizar as potencialidades das pessoas na obtenção da sua segurança íntima e auto realização, mesmo assim o que de fato ajuda as pessoas emocionalmente não é completamente conhecido. As pesquisas procuram provar o sucesso obtido por este ou por aquele método, mas ainda restam Apesar dessa vaga conclusão, o enfermeiro e seus colaboradores não podem permanecer à espera de respostas fundamentadas aos seus questionamentos e nem se eximir, tampouco, de sua responsabilidade precípua de ajudar as pessoas. A solução parece residir no fato de o profissional precisar ser eficiente no desempenho de seu papel,incluindo-se nas relações interpessoais infindáveis indagações. 26 O papel do Técnico de Enfermagem na equipe de Enfermagem Objetivo • Orientar e executar o trabalho técnico de enfermagem, participando da elaboração do plano de assistênciade enfermagem, em conformidade com as normas e procedimentos de biossegurança. Funções: 1. Executar ações assistenciais de enfermagem, sob supervisão, observando e registrando sinais e sintomas apresentados pelo doente, fazendo curativos, ministrando medicamentos e outros. 2. Executar controles relacionados à patologia de cada paciente. 3. Coletar material para exames laboratoriais. 4. Auxiliar no controle de estoque de materiais, equipamentos e medicamentos. 5. Operar aparelhos de eletrodiagnóstico. 6. Cooperar com a equipe de saúde no desenvolvimento das tarefas assistenciais, de ensino, pesquisa e de educação sanitária. 7. Fazer preparo pré e pós operatório e pré e pós parto. 8. Auxiliar nos atendimentos de urgência e emergência. 27 9. Circular salas cirúrgicas e obstétricas, preparando a sala e o instrumental cirúrgico, e instrumentalizando nas cirurgias quando necessário. 10. Realizar procedimentos referentes à admissão, alta, transferência e óbitos. 11. Manter a unidade de trabalho organizada, zelando pela sua conservação comunicando ao Enfermeiro eventuais problemas. 12. Auxiliar em serviços de rotina da Enfermagem. 13. Colaborar no desenvolvimento de programas educativos, atuando no ensino de pessoal auxiliar de atividades de enfermagem e na educação de grupos da comunidade. 14. Verificar e controlar equipamentos e instalações da unidade, comunicando ao responsável. 15. Auxiliar o Enfermeiro na prevenção e controle das doenças transmissíveis em geral, em programas de vigilância epidemiológica e no controle sistemático da infecção hospitalar. 16. Auxiliar o Enfermeiro na prevenção e controle sistemático de danos físicos que possam ser causados a pacientes durante a assistência de saúde. 17. Desempenhar tarefas relacionadas a intervenções cirúrgicas médico- odontológicas, passando-o ao cirurgião e realizando outros trabalhos de apoio. 28 18. Conferir qualitativa e quantitativamente os instrumentos cirúrgicos, após o término das cirurgias. 19. Orientar a lavagem, secagem e esterilização do material cirúrgico. 20. Zelar, permanentemente, pelo estado funcional dos aparelhos que compõe as salas de cirurgia, propondo a aquisição de novos, para reposição daqueles que estão sem condições de uso. 21. Preparar pacientes para exames, orientando-os sobre as condições de realização dos mesmos. 22. Registrar os eletrocardiogramas efetuados, fazendo as anotações pertinentes a fim de liberá-los para os requisitantes e possibilitar a elaboração de boletins estatísticos. 23. Executar tarefas pertinentes à área de atuação, utilizando-se de equipamentos e programas de informática. 24. Executar outras tarefas para o desenvolvimento das atividades do setor, inerentes à sua função. 29 DIMENSÕES ÉTICO-LEGAIS NA ENFERMAGEM Ética vs Moral • Moral • Conjunto de prescrições destinadas a assegurar uma vida comum justa e harmoniosa • Conjunto de princípios, valores e normas de comportamento que tendem a regular as relações entre os indivíduos, ou entre estes e a sociedade. • Ética • Reflexão sobre os fundamentos da moral • Fundamento das obrigações e do dever • Reflexão sobre a natureza do Bem e do Mal • Definição dos princípios de uma vida conforme à sabedoria filosófica • Justificação das acções humanas com pretensão a serem tidas como boas ou justas Responsabilidade Conceitua-se responsabilidade como responder pelos seus atos e/ou de outras pessoas envolvidas na realização de um determinado ato. Se este ato implicar em dano físico, moral ou patrimonial para alguém, haverá responsabilidade legal. 30 1- Fundamentos Básicos da Responsabilidade Compreender efetivamente a dimensão do trabalho que executam e assumir consciente e responsavelmente a competência profissional a formação universitária ou técnica lhes outorga. 2- Responsabilidade Civil É a obrigação de responder, o que implica em reparar ou ressarcir pelo dano causado a alguém. 3- Responsabilidade Penal Ocorre quando mais de uma pessoa ciente e voluntariamente, participa de uma infração penal. A competência técnica é geralmente conferida a uma pessoa pela formação em curso apropriado e reconhecidos pelas autoridades legais. Já a capacidade legal é conferida pela legislação específica. Falsidade ideológica: consiste em alterar o conteúdo de um documento, como o prontuário do paciente, seja não anotando o que deveria anotar, ou inserindo uma formação falsa ou diversa da que deveria ser registrada. 4- Responsabilidade Ético-profissional Decorrente do descumprimento de normas, valores ou princípios éticos contidos no código de ética dos profissionais de enfermagem. Já a responsabilidade profissional implica no descumprimento de normas legais, tal como delegar ao técnico de enfermagem competências que cabe ao enfermeiro. 31 Imperícia, Negligência ou Imprudência • Imprudência - significa uma ação sem cuidado necessário. É um atuar de maneira precipitada, insensata ou impulsiva. • Imperícia - é um ato incompetente por falta de habilidade técnica, desconhecimento técnico; falta de conhecimento no exercício de sua profissão. • Negligência - é definida como a falta de diligência incluindo desleixo, preguiça, indolência e descuido, podendo resultar da falta de observação dos deveres que as condutas exigem, caracterizando-se por inércia, inação, desatenção, passividade, sendo sempre de caráter omisso. Sigilo Profissional Sigilo ou segredo é tudo aquilo que, ou por sua natureza, ou por um contato especial, deve ser conservado oculto. O sigilo em enfermagem surge da evolução das normas éticas na relação enfermeiro- doente ao longo da história, sendo indispensável para uma boa prática da profissão. 32 PSICOLOGIA Apostila elaborada pela professora: Danielle Gonçalves 33 É a ciência que estuda o comportamento e os processos mentais dos indivíduos; Definição: É uma ciência nova e se ocupa fundamentalmente das relações assistenciaís e seu foco é a terapeutica. AS PRINCIPAIS TEORIAS DA PSICOLOGIA MODERNA A partir do século XIX, várias linhas teóricas de psicologia surgiram: Comportamentalista (ou Behaviorismo) – Esta corrente é conhecida como modelo estímulo- resposta (E/ R), em que o comportamento é entendido como um conjunto de reações ou de respostas a um estímulo externo, ou seja, do ambiente. O indivíduo é condicionado através de fatores externos, desde que sejam utilizados reforços e punições. Gestaltista - Nesta mesma época surge na Alemanha a Gestalt (que significa forma). Essa corrente concebe o ser humano em interação com o ambiente, dizendo que o homem é um ser total e que - o todo é mais do que a soma de suas partes. Nesta corrente faz-se necessário o uso da percepção e da empatia para compreensão do todo. Psicanálise - Em meados de 1900, trabalhando em consultório e em clínica particular, o médico neurologista e psiquiatra de Viena, Sigmund Freud criou a escola de Psicanálise. Antes dele acreditava-se que o homem era capaz, conscientemente, de perceber tudo o que acontecia à sua volta. Com os seus estudos, descobriu que grande parte dos sentimentos e comportamentos do homem tem motivos totalmente desconhecidos pois são inconscientes PSICOLOGIA 34 GESTALT 35 A ESTRUTURA DA PERSONALIDADE A descoberta do inconsciente: A resistência à idéia de que somos governados por processos desconhecidos em 1916: três grandes feridas narcísicas: • Copérnico • Darwin • Freud O determinismo psíquico • na mente nada acontece por acaso • cada evento psíquico é determinado por aqueles que o precederam • não existe descontinuidade na vida mental • as manifestações oníricas seguem o mesmo princípio do determinismo psíquico • o mesmo se aplica à psicopatologia O ID reservatório de energia do indivíduo é constituído pelo conjunto de impulsos instintivos inatos • mobilização de energia em direção ao mundo • busca da satisfação do que necessita para seu desenvolvimento 36 CARACTERÍSTICAS DO ID • é o responsável pelo processoprimário • funciona pelo princípio do prazer • inexiste o princípio da não-contradição • é atemporal • não é verbal: funciona pela produção de imagens • funciona pelos processos de condensação e deslocamento O EGO • surge a partir do Id • intermediário entre o desejo e a realidade • uma nova etapa de adaptação evolutiva do sujeito • o Ego é acima de tudo corporal(biológico) CARACTERÍSTICAS DO EGO • funciona pelo princípio da realidade • intermediário entre os processos internos(Id-superego) e a relação destes com a realidade • setor mais organizado e atual da personalidade • domina a capacidade de síntese • organiza a simbolização(linguagem) • sede da angústia • responsável pela detecção dos perigos reais e psicológicos 37 O SUPEREGO • responsável pela estruturação interna dos valores morais • internalização do que é moralmente proibido • internalização do que é valorizado e deve ser ativamente buscado Divide-se em duas partes complementares: • Ego Ideal: corresponde à internalização dos ideais valorizados dentro do grupo cultural • Consciência Moral: corresponde à internalização das proibições 38 RELAÇÃO DA PSICOLOGIA COM A ENFERMAGEM A definição da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre saúde e a crescente utilização do modelo biopsicossocial como referencial para a compreensão dos aspectos de saúde e doença, foram os fatores determinantes para o desenvolvimento de atividades da Psicologia no contexto da Saúde( MIYAZAKI; AMARAL, 1995; SILVARES, 2001). A partir de evidências clínicas e metodológicas demonstradas em pesquisa e programas de intervenção, constatou-se a influência tanto de variáveis psicológicas como sociais no processo saúde-doença. Além disso, a presença de discussões teóricas e filosóficas em disciplinas da área de ciências humanas e na área biológica possibilitou um aumento da demanda pela participação do psicólogo como profissional em equipes médicas, Assim, fez-se necessário buscar na Psicologia o aparato teórico para subsidiar programas que promovessem o conhecimento e aquisição de comportamentos (ADDESA,2000; AMARAL, 2001; MILLON 1982; SOARES, 2002; COSTA JUNIOR, 2005). A Psicologia da Saúde começou a se desenvolver na década de 1970 e teve suas definições baseadas nos conceitos de psicologia social e nas descobertas comportamentais (KERBAY, 1998). É conceituada como um conjunto de contribuições educacionais, científicas e profissionais específicas da Psicologia visando à promoção e à manutenção da saúde, à prevenção e tratamento de doenças, à identificação da etiologia e diagnóstico da saúde, doença e disfunções correlacionadas, além da análise e aprimoramento do sistema de cuidados e regulamentação da saúde (MATARAZZO, 1980). A primeira distinção entre as expressões é feita a partir do significado dos termos que denominam as disciplinas: enquanto saúde refere-se a um conceito complexo que engloba funções orgânicas, físicas e mentais, hospital relaciona-se a uma instituição concreta onde se tratam doentes (internados ou não). Neste sentido, o próprio significado da palavra saúde remete à prática profissional centrada nas intervenções primária, secundária e terciária. Já o termo hospital restringe o campo de atuação às instituições hospitalares e remete a alguma doença já instalada, possibilitando então, apenas as intervenções em nível secundário e terciário para tratamento de seus efeitos adversos, sejam eles de ordem física, emocional ou social. 39 PSICOLOGIA DO SENSO COMUM As pessoas de alguma forma utilizam a psicologia em seu cotidiano, ou seja, é uma disciplina que pertence á humanidade, portanto denomina-se psicologia do senso comum, que é o conhecimento acumulado em nosso dia-a-dia. Ex. o poder de persuasão do vendedor, a jovem que usa seu poder de sedução para atrair o rapaz, quando procuramos aquele amigo que está sempre disposto a nos orientar. Esta pessoa tem o conhecimento acumulado que lhes permite explicar e entender problema ou nos ouvir de um ponto de vista psicológico. Contudo, o conhecimento herdado, tradicional não é científico nem filosófico, nem possui rigor cientifico. QUAL A IMPORTÂNCIA DA PSICOLOGIA PARA AS PROFISSÕES? a. Procurar entender as necessidades do individuo e sociedade e estratégias para supri- las e preveni-las; b. Estudar o papel da inteligência emocional; ORIENTAR, SELECIONAR E IDENTIFICAR MÉTODOS E TÉCNICAS PARA UMA VIDA MELHOR: a. Identificar distúrbios, falhas e procurar meios de saná-los ou amenizá-los. b. Trabalhar relacionamento intrapessoal e interpessoal, c. Identificar perfil, potencial, treiná-los e acompanhá-los 40 RELAÇÃO DA PSICOLOGIA COM A ENFERMAGEM Há duas correntes na área da saúde que se deve conhecer para responder esta questão: a primeira que trata o doente como um paciente passivo e vê a doença como um fator único que pode ser retirada com medicamentos e procedimentos e a segunda corrente que percebe que além de apresentar sintomas da doença, o paciente possui problemas sociais, econômicos, pessoais, psicológicos que se influenciam e que contribui para o surgimento de novas doenças. Para melhor compreender a forma de agir, pensar e sentir humano o aparelho psíquico foi dividido por Freud em sistemas e o conteúdo mental em níveis de consciência, assim como procurou entender o papel dos sonhos em nossas vidas. Um profissional de saúde é uma pessoa que sofreu profundas modificações como resultado de treinamento especializado, do conhecimento e da experiência; são pessoas diariamente expostas à dor, à doença e à morte, para quem essas experiências não são mais conceitos abstratos, mas sim, realidades comuns. De muitas maneiras, é como estar sentado na poltrona da primeira fila no teatro da vida, uma oportunidade inigualável para adquirir um profundo conhecimento e maior compreensão da natureza humana”. REMEN (1993, p.180) 41 PSICOPATOLOGIA Permite o estabelecimento de condutas, prognóstico, investigação científica e hipóteses explicativas. Os critérios diagnósticos visam a servir como diretrizes a serem moduladas pelo julgamento clínico, não devendo ser usados como um “livro de receitas”. • Mau uso do diagnóstico psiquiátrico • Uso político e punitivo • Instrumento de estigmatização • Rótulo Diagnóstico: É um construto, não é um dado concreto da natureza. É formulado para ajudar a entender melhor nossos doentes e poder ajudá-los de uma maneira mais eficaz Princípios gerais do Diagnóstico • Não há sintomas patognomônicos específicos de um transtorno mental • É o conjunto de dados clínicos que possibilita o diagnóstico psicopatológico • O diagnóstico se torna consistente com a observação do curso, da evolução do transtorno • É necessário aguardar a evolução para se confirmar a hipótese inicial 42 Normalidade Padrões de comportamento ou traços de personalidade típicos ou que estejam em conformidade com certos padrões adequados e aceitáveis de se comportar e agir. Perspectivas da normalidade • Normalidade como saúde: ausência de sinais e sintomas. • Normalidade como utopia: “uma ficção ideal”. • Normalidade como média: faixa intermediária normal e extremos anormais. • Normalidade como processo: mudanças ou processos ao invés de definição transversal. Normalidade contextualizada • Autonormal: pessoa considerada normal por sua própria sociedade • Autopatológica: pessoa considerada anormal por sua própria sociedade • Heteronormal: pessoa considerada normal por membros de outra sociedade que a observam • Heteropatológia: pessoa considerada incomum ou patológica por membros de outra sociedade que a observam 43 Exame do Estado Mental • Aparência e comportamento • Estado de consciência • Orientação • Confiança • Relacionamento com o entrevistador • Afeto e humor • Fala • Pensamento • Senso-percepção • Insight • Juízo crítico 44 Sexo • Mulheres: anorexia, bulimia nervosa, somatização e transtornos do humor. • Homens: personalidade anti-social e abuso deálcool. Idade • Pacientes jovens: anorexia nervosa e esquizofrenia. • Pacientes idosos: demência degenerativa. • Um paciente que parece mais velho do que sua idade pode ter uma história de abuso de drogas, transtornos cognitivos, depressão ou doença física. 45 TEMPERAMENTO, CARATER E PERSONALIDADE Temperamento, personalidade e caráter, são palavras utilizadas com freqüência desde a antiguidade. Porém, seus significados quase sempre são confusos e/ou utilizados de forma errônea. Temperamento Há cerca de 2500 anos, Hipócrates, considerado o pai da Medicina, classificou o temperamento da espécie humana em quatro tipos básicos: -Sangüíneo, típico de pessoas de humor variado; - Melancólico, característico de pessoas tristes e sonhadoras; - Colérico, peculiar de pessoas cujo humor se caracteriza por um desejo forte e sentimentos impulsivos, com predominância da bile; - Fleumático, encontrado em pessoas lentas e apáticas, de sangue frio. A palavra temperamento tem sua origem do latim. Representa a peculiaridade e intensidade individual dos afetos psíquicos e da estrutura dominante de humor e motivação. Atualmente, o que mais se aceita a respeito do temperamento é que certas características são decorrentes de processos fisiológicos do sistema linfático, bem como a ação endócrina de certos hormônios. Assim, pode-se explicar a genética e a interferência do meio sobre o temperamento de cada pessoa. Então, poderíamos definir temperamento como sendo uma disposição inata e particular de cada pessoa, pronta a reagir aos estímulos ambientais; é a maneira de ser e agir da pessoa, geneticamente determinada; é o aspecto somático da personalidade. O temperamento pode ser transmitido de pais para filhos, porém, não é aprendido, nem pode ser educado; apenas pode ser abrandado em sua maneira de ser, o que é feito pelo caráter. 46 Caráter De acordo com Reich (1995), o caráter é o conjunto de reações e hábitos de comportamento que vão sendo adquiridos ao longo da vida e que especificam o modo individual de cada pessoa. Portanto, o caráter é composto das atitudes habituais de uma pessoa e de seu padrão consistente de respostas para várias situações. Incluem aqui as atitudes e valores conscientes, o estilo de comportamento (timidez, agressividade e assim por diante) e as atitudes físicas (postura, hábitos de manutenção e movimentação do corpo). É a forma com que a pessoa se mostra ao mundo, com seu temperamento e sua personalidade. É por meio do caráter que a personalidade do indivíduo se manifesta. Portanto, conhecer o caráter de uma pessoa significa conhecer os traços essenciais que determinam o conjunto de seus atos. Desde o momento da fecundação, todas as informações genéticas do pai e da mãe passam ao novo bebê, constituindo o seu temperamento. Ainda na gestação, o bebê apreende todos os estímulos provindos do meio. Sente e sofre com qualquer alteração sofrida pela mãe durante a gestação e gradativamente, vai incorporando esses estímulos e organizando-os em seu mundo interno, que já estão contribuindo para a formação de sua personalidade. Os possíveis comprometimentos que por ventura irá ter ao longo das etapas de desenvolvimento, irão determinar as suas forma de agir e reagir perante a vida, constituindo assim, o seu caráter. Então, cada pessoa assumirá uma forma definida de funcionamento, padrão típico de agir frente às mais inusitadas situações. Como exemplo, podemos pensar numa sala de aula cheia de alunos, onde, sem ninguém esperar, entra um bandido armado. É provável que todos se assustem, porém, cada qual irá reagir com base em sua estrutura de caráter. Alguns desmaiam de medo; outros têm diarreia, sono, taquicardia, sudorese; encontramos também aqueles que querem persuadir o bandido; os que tentam seduzi-lo; os que procuram enfrentá- lo, mesmo ele estando armado. E assim, uma sucessão de comportamentos irá aparecer perante a mesma situação. 47 Personalidade A personalidade é formada durante as etapas do desenvolvimento psico- afetivo pelas quais passa a criança desde a gestação. Para a sua formação incluem tanto os elementos geneticamente herdados (temperamento) como também o adquirido do meio ambiente no qual a criança está inserido. São várias as teorias que versam sobre personalidade tanto quanto as controvérsias, temas de discussões presentes em toda história da filosofia, psicologia, sociologia, antropologia e medicina geral. Uma das escolas de grande destaque no estudo da personalidade foi à psicanálise de S. Freud, que sustenta que os processos do inconsciente dirigem grande parte do comportamento das pessoas. Outra escola importante foi a do americano B. F. Skinner que sustenta a tese de que a aprendizagem se dá pelo condicionamento. Compreender os aspectos e a dinâmica da personalidade humana também não é tarefa simples, visto à complexidade e variedade de elementos que a circunda, gerados por diversos fatores biológicos, psicológicos e sociais. Com relação aos aspectos sociais, quanto mais complexa e diferenciada for a cultura e a organização social em que a pessoa estiver inserida, mais complexa e diferenciada ela será. Do ponto de vista biológico, a pessoa já traz consigo, em seus genes, diferentes tendências, interesses e aptidões que também são formados pela combinação dinâmica entre diversos fatores hereditários e uma infinidade de influências sóciopsicológicas que ela recebe do meio ambiente. (Fernandes Filho, 1992). Então, podemos dizer que a personalidade é formada por dois fatores básicos: - Hereditários: são os fatores que estão determinados desde a concepção do bebê. É a estatura, cor dos olhos, da pele, temperamento, reflexos musculares e vários outros. É aquilo que o bebê recebe de herança genética de seus pais. - Ambientais: São aqueles que também exercem uma grande influência porque dizem respeito à cultura, hábitos familiares, grupos sociais, escola, responsabilidade, moral e ética, etc. 48 A Tanatologia é a ciência da vida e da morte que visa entender o processo do morrer e do luto. E, simultaneamente, humanizar o atendimento aos que estão sofrendo perdas graves, podendo contribuir dessa forma na melhor qualificação dos profissionais que se interessam pelos Cuidados Paliativos, procedimentos que visam atenuar a dor e o sofrimento e aprimorar a qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares diante de um quadro ou doença terminal. Segundo Kübler-Ross (1992) um paciente em estágio terminal e seus familiares podem passar por cinco fases no processo do morrer: Negação: ajuda a aliviar o impacto da notícia, servindo como uma defesa necessária a seu equilíbrio. Geralmente em pacientes informados abruptamente e prematuramente. O paciente desconfia de troca de exames ou competência da equipe de saúde. Geralmente o pensamento que traduz essa defesa é: "não, eu não, não é verdade". O médico deve respeitar, porém ter o cuidado de não estimular, compactuar ou reforçar a negação. Raiva: o paciente já assimilou seu diagnóstico e prognóstico, mas se revolta por ter sido escolhido. Surgem sentimentos de ira, revolta, e ressentimento e tenta arranjar um culpado por sua condenação. Geralmente se mostra muito queixoso e exigente, procurando ter certeza de não estar sendo esquecido, reclamando atenção, talvez como último brado: Não esqueçam que ainda estou vivo! Nesta fase deve-se tentar compreender o momento emocional do paciente, dando espaço para que ele expresse seus sentimentos, não tomando as explosões de humor como agressões pessoais. Negociação: tentativa de negociar o prazo de sua morte, através de promessas e orações. A pessoa já aceita o fato, mas tenta adiá-lo. Deve-se respeitar e ajudar o paciente. 49 Depressão: aceita o fim próximo, fazendo uma revisão da vida, mostrando-se quieto e pensativo. É um instrumento na preparação da perda iminente, facilitando o estado de aceitação. Neste momento, as pessoas que o acompanham devem procurar ficarpróximas e em silêncio. Cabe ressaltar que o termo "depressão" não está sendo utilizado aqui para designar a doença depressiva, mas sim um estado de espírito. Aceitação: a pessoa espera a evolução natural de sua doença. Poderá ter alguma esperança de sobreviver, mas não há angústia e sim paz e tranquilidade. Procura terminar o que deixou pela metade, fazer suas despedidas e se preparar para morrer. O luto é uma reação natural e saudável à perda. Na maioria dos casos, este é descomplicado, com sinais, manifestações ou expressões de luto saudáveis. Porém, quando este é extensamente prolongado por anos a fio, diz-se que seja um luto patológico, uma vez que a pessoa não se torna capaz de concluir este processo (RANGEL, 2008). As reações consideradas normais no luto são: • Sensações físicas: sensação de vazio no estômago; aperto no peito; nó na garganta; extrema sensibilidade ao barulho; sentimento de irrealidade e despersonalização; respiração curta; falta de ar; fraqueza muscular; baixa energia e secura na boca; • Cognições ou padrões diferentes de pensamento: descrença (reação inicial numa função protetora), confusão, preocupação, sensação de presença e alucinações (ex: ouvir a voz do falecido ou achar ter visto sua imagem); • Comportamentos associados: distúrbios do sono, do apetite, comportamento aéreo, tendência a esquecer das coisas, isolamento social, sonhos com a pessoa que faleceu, evitação de coisas que lembrem o morto, procurar e chamar pela pessoa, suspiros, hiperatividade, choro, dentre outros; • Sentimentos: frustração, dor, sofrimento, revolta, etc. 50 A morte é um dos fenômenos existenciais mais complexos, universais e sofríveis para o ser humano. Por isso sua discussão muitas vezes é evitada, negada e postergada. Especialmente nas ciências da saúde, por uma sucessão de perdas e mortes, os profissionais se abstêm de falar sobre o assunto. Através de estudos identificou-se a importância dos profissionais de saúde, os quais tem a morte como parte do seu cotidiano, terem um preparo psicológico, proporcionando a elaboração dos seus sentimentos que envolvem o medo, tristeza e angústia da equipe de saúde frente a esse processo. Tal preparo auxilia a equipe no melhor desempenho de suas funções como profissionais no trabalho, facilitando a interação de equipe, paciente e família. Desta forma, conclui-se que existe a necessidade de serem discutidos assuntos sobre o tema de morte e o processo de morrer na formação dos profissionais de saúde na qual são preparados para a cura, esquecendo que a morte fará parte do seu cotidiano profissional de maneira que se sintam seguros e preparados ao terem que trabalhar frente a esta temática. 51 MICROBIOLOGIA I Apostila elaborada pela professora: Danielle Gonçalves 52 INTRODUÇÃO À MICROBIOLOGIA Microbiologia significa o estudo dos organismos microscópicos esuas atividades: milkros (pequeno) + logos (ciência). Com este enfoque, engloba o estudo da distribuição dos microorganismos, características e seus efeitos benéficos ou prejudiciais. Como uma categoria com poucas afinidades, separada filogeneticamente em muitos grupos, têm em comum o fato de serem individualizados ou coloniais, mas sem a formação de tecidos, o que distingue aqueles eucarióticos da sua descendência evolutiva em grupos como o dos fungos, algas e protozoários. As bactérias têm o seu primitivismo atestado pela própria característica de serem procarióticos e os vírus não são considerados células verdadeiras, mas fragmentos de ácidos nucléicos dotados de capacidade de reprodução. As bactérias constituem o grupo mais importante da microbiologia, em função da sua abundância e ubiquidade, ou seja, estão em todos os lugares. São estudadas como contaminantes de alimentos e meio ambiente em geral, agentes de doenças para as pessoas e animais e aplicações industriais. Os vírus não podem ser considerados verdadeiros microorganismos e sim, fragmentos de DNA ou RNA dotados de capacidade reprodutiva ou replicativa graças a mecanismos conservadores da seleção natural. Como será visto, assemelham- se aos plasmídeos e outros “pedaços” de ácidos nucléicos” transferíveis entre células. 53 1) Definição As bactérias são organismos unicelulares, procarióticos, que podem ser encontrados na forma isolada ou em colônias e pertencente ao reino Monera. São microorganismos sem núcleo celular verdadeiro e possuem como única organela o ribossomo. 2) Características Gerais Bactérias a) As bactérias apresentam um único cromossomo circular disperso no citoplasma. b) O DNA bacteriano não está associado a proteínas histonas. c) Além do cromossômico único circular, as bactérias apresentam pequenos filamentos duplos de DNA circular denominados plasmídeos. d) Algumas bactérias possuem parede celular constituída de peptídeoglicano. e) Podem formar esporos de resistência denominados endósporos. f) Podem apresentar um ou mais flagelos, mas estes não são formados por centríolos. 3) Morfologia geral das bactérias Estrutura da célula bacteriana Bacilo Diplococo Coco Estreptococo Vibrião EspiroquetaEstafilococos (cacho de uva) Espirilo Estreptobacilo Sarcina (Cubo com oito células) 54 3) Morfologia geral das bactérias Estruturas celulares Bactérias 55 3) Morfologia geral das bactérias - (cápsula) A cápsula é formada pelo glicocálice, o qual consiste em uma substância polissacarídica produzida no citoplasma e secretados para a superfície celular. Funções da cápsula: 1. Impedir que a célula seja fagocitada por células de defesa. 2. Promover a adesão das bactérias em diferentes substratos (dentes humanos, trato respiratório, mucosa intestinal, etc.) 3. Proteger as bactérias contra desidratação e choques mecânicos. cápsul a 3) Morfologia geral das bactérias - (Fímbrias) Fímbrias são apêndices que se estendem da membrana plasmática passando pela parede celular e cápsula emergindo para o meio externo. As fímbrias podem ocorrer em toda a superfície da célula. Função das fímbrias: Fixar as bactérias ao substrato e em outras células. Bactérias 56 3) Morfologia geral das bactérias - (Pili) Os Pili sexuais normalmente são mais longos que as fímbrias, havendo um ou dois por célula. Funções dos pili: Responsável pela formação da ponte citoplasmática que permite a transferência de informação genética durante o processo de conjugação. Bactéria +Bactéria - Pili sexuais Bactérias 3) Morfologia geral das bactérias - (Flagelos) Os flagelos são responsáveis pelo deslocamento das bactérias. Estendem-se a partir da membrana celular, passam pela parede celular e atingem a região externa. O número de flagelos é bastante variável entre as bactérias. Os flagelos são formados por uma proteína denominada flagelina e não provém do centríolo como os flagelos de células eucariotas. 57 Bactérias 3) Morfologia geral das bactérias - (Parede celular) Parede celular é um envoltório semi-rígido, composto por peptídioglicanos, e responsável pela forma e proteção da célula bacteriana. Composição dos peptídioglicanos: Polímero de carboidratos associados à proteínas. As bactérias podem ser divididas em dois grandes grupos, segundo a composição química da parede celular: 1) Bactérias Gram-positivas 2) Bactérias Gram-negativas 58 Utilizando corantes a base de iodo as bactérias são coradas de púrpura, pois o iodo impregna na parede celular. Em seguida uma solução descolorante é aplicada. As bactérias que mantém a cor púrpura são denominadas GRAM positivas. As bactérias que perdem a cor púrpura após a descoloração são classificadas como GRAM negativas. Bactérias A coloração de GRAM foi desenvolvida em 1984 pelo bacteriologista dinamarquês Hans Gram. 59 3) Morfologia geral das bactérias - (Membrana Celular) Membrana celular: lipoprotéica semelhante às membranas dos organismos eucariontes. Funções: 1. Proteção 2. Transporte seletivo de nutrientes 3. Síntese de componentes da parede celular 4. Secreção de enzimasdigestivas 5. Respiração celular 6. Ancora flagelos, fímbrias e pili 7. Armazenamento de pigmentos e enzimas da fotossíntese (em cianobactérias) Bactérias 3) Morfologia geral das bactérias - (Citoplasma) Citoplasma: Sinônimos (hialoplasma e citosol). Possui 4/5 de água e 1/5 de substâncias dissolvidas ou em suspensão (proteínas, carboidratos, lipídios, íons, etc). Possui em seu conteúdo: Ribossomos (única organela), plasmídeos e o cromossomo circular único (região do nucleóide). 60 3) Morfologia geral das bactérias - (Nucleóide) Nucleóide (área nuclear citoplasmática). Por serem organismos Procariontes as bactérias não possuem um núcleo delimitado por membrana nuclear ou carioteca. Ao invés de núcleo, as bactérias apresentam uma região citoplasmática onde se encontra do DNA bacteriano (cromossomo circular). Não estão presentes em células bacterianas: 1. Proteínas histonas 2. Nucléolo 3. Carioteca Bactérias Plasmídeo é um pequendo DNA extracromossômico, pois não se conecta ao cromossomo principal e replica-se independentemente. Possui cerca de 1 a 5% do tamanho do cromossomo bacteriano e pode conter genes para diversas atividades. Principais funções dos plasmídeos: 1. Apresentar genes que conferem resistência a diversos antibióticos. 2. Apresentar genes responsáveis por síntese de toxinas. 3. Apresentar genes que codificam enzimas que ativam a degradação de carboidratos e substâncias exóticas como tolueno, cânfora e hidrocarbonetos do petróleo. 61 4) Classificação das bactérias quanto à respiração a) Bactérias aeróbicas (realizam respiração celular) Necessitam do oxigênio para sobreviver Ex: Pseudomonas sp. b) Anaeróbicas (realizam fermentação) b.1) Estritas: Só sobrevivem na ausência de oxigênio Ex: Clostridium tetani b.2) Facultativas: Podem sobreviver tanto na ausência como na presença de oxigênio. Ex: Escherichia coli Bactérias 5) Reprodução Bacteriana A reprodução bacteriana pode ser classificada em dois grupos, quanto a ocorrência ou não de variabilidade genética. Na reprodução assexuada, não ocorre troca de material genético e por isso não há variabilidade. Já na reprodução sexuada ocorre troca de material genético e por conseqüência há variabilidade genética. Tipos de reprodução: a) Assexuada I. Bipartição (Divisão Binária/Cissiparidade) b) Sexuada I. Conjugação II. Transformação III. Transdução 62 5) Reprodução Bacteriana Bactérias- filhas Estrangulamento citoplasmático Duplicação cromossônica Cromossomo Bactéria Reprodução Assexuada • Bipartição ou Cissiparidade Células filhas idênticas a célula mãe Não ocorre variabilidade genética Podemos afirmar que bipartição é a mesma coisa que mitose? Não!!! O termo mitose refere-se a cariogamia (divisão do núcleo), como bactérias não tem núcleo não sofrem mitose. Qual a grande desvantagem da Bipartição? Não há troca de material genético, portanto não há variabilidade. Se o ambiente modificar, pode erradicar todas as bactérias de uma só vez. Qual a grande vantagem da Bipartição? Permite a rápida colonização de bactérias,em meio ambiente favorável, num pequeno intervalo de tempo. Bactérias 63 5) Reprodução Bacteriana Reprodução Sexuada Transformação Uma bactéria pode absorver DNA livre no meio ambiente, proveniente de outra bactéria morta, e inseri-lo ao seu material genético. Bactérias 64 1) Doenças causadas por Bactérias Difteria (crupe) Agente Etiológico: Corynebacterium diphthriae Forma de transmissão: Pelo ar contaminado e pela saliva Sintomas: Inflamação das amígdalas, faringe e mucosa nasal. A bactéria produz toxina que destrói as fibras cardíacas, células nervosas e renais. Tratamento: Utilização de antibióticos penicilina e eritromicina. Profilaxia: Vacina Tríplice Bactérias e Algumas Patologias Associadas 65 2) Doenças causadas por Bactérias Febre Tifóide Agente Etiológico: Salmonella thyfi Forma de transmissão: Água e alimentos contaminados com as fezes dos doentes. Sintomas: Febre, dor de cabeça, fadiga, bradicardia, hemorragias nasais, diarréia e vômitos. Tratamento: Utilização de antibióticos específicos. Profilaxia: Educação sanitária e saneamento básico. Bactérias e Algumas Patologias Associadas Mosca doméstica – uma das principais veiculadoras da febre tifóide. 66 3) Doenças causadas por Bactérias Tétano Agente Etiológico: Clostridium tetani (anaeróbico estrito) Forma de transmissão: Contaminação acidental de ferimentos profundos com terra contaminada com esporos da bactéria. Sintomas: Enrijecimento muscular por todo o corpo causada pela toxina tetânica. Bloqueio da via de relaxamento dos músculos (espamos musculares). Tratamento: Utilização de soros. Profilaxia: Vacina tríplice (antitetânica). Bactérias e Algumas Patologias Associadas67 4) Doenças causadas por Bactérias Tuberculose Agente Etiológico: Mycobacterium tuberculosis (Bacilo de Koch) Forma de transmissão: Pelo ar contaminado e pela saliva. Sintomas: Tosse constante, as vezes com sangramento, febre, suores noturnos, falta de apetite, emagrecimento e indisposição. Tratamento: Medicamentos específicos que elimina as bactérias. Profilaxia: Vacinação (BCG), evitar contanto com pessoas contaminadas, evitar permanecer em ambientes fechados. Bactérias e Algumas Patologias Associadas68 5) Doenças causadas por Bactérias Cólera Agente Etiológico: Vibrio cholerae Forma de transmissão: Água e alimentos contaminados com as fezes dos doentes. Sintomas: Vômitos, diarréia intensa, desidratação severa. Os sintomas são causados por uma toxina produzida pelas bactérias. Tratamento: Medicamentos específicos que elimina as bactérias. Profilaxia: Educação sanitária e saneamento básico. A vacina é pouco eficaz e de curta duração. Só é recomendada para quem viaja para locais onde existe a doença. Bactérias e Algumas Patologias Associadas 6) Doenças causadas por Bactérias Coqueluche Agente Etiológico: Bordetella pertussis Forma de transmissão: Pelo ar e saliva contaminados com a bactéria. Sintomas: Tosse persistente (tosse de cachorro), causada devido a infecção dos brônquios e bronquíolos. Tratamento: Uso de antibióticos específicos Profilaxia: Vacinação (Tríplice) 69 Introdução aos vírus SERES VIVOS • Acelulares: não são formados por células. Ex.: vírus. • Celulares: são formados por células. Ex.: animais. VÍRUS Os vírus são estruturas simples que apresentam as seguintes características. • Acelulares; • Ametabólicos: não possuem metabolismo próprio; • Parasitas intracelulares obrigatórios; • Visíveis somente ao microscópio eletrônico; • Geralmente possuem DNA ou RNA; • Apresentam hereditariedade; • Apresentam mutações. 70 Classificação dos Vírus ADENOVÍRUS: são os que apresentam DNA como material genético. Exemplo: bacteriófago. Cabeça Cauda Cápsula de proteína DNA Fibras protéicas Vírus 71 Classificação dos Vírus RETROVÍRUS: são os que possuem RNA como material genético. Exemplo: vírus da AIDS. VÍRUS Reprodução dos Vírus Ciclo lítico Ciclo lisogênico 72 A importância dos vírus Apesar de a maioria dos vírus ser prejudicial, alguns deles podem ser usados em benefício do ser humano. Existem alguns projetos chamados geneterapia, com o objetivo de curar doenças genéticas; a técnica de se utilizar de vírus com a finalidade de substituir genes alterados por genes normais, baseando-se no uso de vírus geneticamente modificados e que transportariam genes normais para dentro das células doentes. Outra importância, a produção de vacinas e medicamentos, a partir de vírus para impedir as doenças virais. Metabolismo iniciado pela “injeção” do Vírus Praticamente em todos os casos, os vírus modificam o metabolismo da célula que parasitam, podendo provocar a sua degeneração e morte. Para isso, é preciso que o vírus inicialmente entre na célula: muitas vezes ele adere à parede da célula e "injeta" o seu material genético ou então entra na célula por englobamento
Compartilhar