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Aula 09 Gilles Deleuze e as sociedades de controle

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COMUNICAÇÃO E POLÍTICA
Aula 09: Gilles Deleuze e as sociedades de controle
AULA 09: GILLES DELEUZE E AS SOCIEDADES DE CONTROLE
Comunicação e política
AULA 01: NOME DA AULA
Disciplina
Objetivos desta aula
1. Compreender a análise de Gilles Deleuze sobre as práticas de poder no período Pós-Moderno (Contemporâneo);
2. Compreender o conceito Deleuziano de Sociedades de Controle, articulando-o a exemplos concretos contemporâneos. 
AULA 09: GILLES DELEUZE E AS SOCIEDADES DE CONTROLE
Comunicação e política
AULA 01: NOME DA AULA
Disciplina
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O Pensamento de Gilles Deleuze – parte I
Gilles Deleuze (1925-1995) foi contemporâneo de Michel Foucault. Porém, se Foucault possuiu uma obra radicalmente nova em termos de metodologia, a obra de Deleuze está mais associada à reflexão filosófica.
 
A imagem ao lado é uma fotografia do filósofo Gilles Deleuze. Fonte: Domínio Público. Disponível em: https://en.wikipedia.org/w/index.php?curid=49670404 , última consulta em 16/01/2017. 
AULA 09: GILLES DELEUZE E AS SOCIEDADES DE CONTROLE
Comunicação e política
AULA 01: NOME DA AULA
Disciplina
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O Pensamento de Gilles Deleuze – parte II
Na segunda metade do século XX, a obra de Gilles Deleuze teve impacto em diversos países 
e em campos do saber que valorizam a filosofia.
Ele foi um pensador contemporâneo que se dedicou a pensar o ser humano e as novas subjetividades em meio às tecnologias digitais e à pluralidade de sentidos deste período denominado Pós-Moderno.
AULA 09: GILLES DELEUZE E AS SOCIEDADES DE CONTROLE
Comunicação e política
AULA 01: NOME DA AULA
Disciplina
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O Pensamento de Gilles Deleuze – parte III
Deleuze possui muitos escritos importantes a respeito da obra de filósofos como Spinoza, Nietzsche e Kant. Também escreveu livros bastante originais, em que tratou da filosofia como possibilidade ética e estética de reinvenção da subjetivação. Se a filosofia não possui a mesma potência do dinheiro, da televisão e de outras instâncias sociais (o que este autor francês admite), ainda assim ela pode travar uma guerra subjetiva, uma conversação com estas potências a partir do pensamento, reinventando as possibilidades de viver em meio a elas. Assim, Deleuze atribui à Filosofia a criação de conceitos (e não de verdades) que devem ser usados de modo criativo. 
Além disso, a obra de Deleuze dialoga com a arte. O cinema, por exemplo, foi um dos seus objetos de reflexão. 
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Comunicação e política
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O Pensamento de Gilles Deleuze – parte IV
Sobre a obra de Deleuze, Marcondes (2007, p. 277-278) afirma que: 
“Deleuze publicou inicialmente uma série de estudos de filósofos que na modernidade podem ser considerados, se não marginais, pelo menos críticos de tendências dominantes, como Spinoza, Leibniz, Hume e Nietzsche, apesar de ter escrito também um estudo sobre Kant. Posteriormente, em Diferença e Repetição (1968) e na Lógica do sentido (1969), desenvolve sua concepção filosófica própria, em uma linha assistemática, problematizando a história da filosofia tradicional, seus pressupostos epistemológicos e ontológicos e propondo uma releitura dessa tradição, sobre tudo a partir dos conceitos de identidade e diferença.”
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Comunicação e política
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O Pensamento de Gilles Deleuze – parte V
A psicanálise também foi importante para a obra do filósofo, principalmente através de sua parceria intelectual com Felix Guattari. Ainda segundo Marcondes (op. cit., p. 278): 
“Em colaboração com Felix Guattari, Deleuze escreveu o Anti-Édipo (1972), questionando os pressupostos da psicanálise de Freud e provocando uma discussão crítica sobre o sentido da teoria freudiana e da prática psicanalítica, visando, ao contrário, ‘liberar o desejo’. Deleuze busca nessas obras revalorizar o corpo e o desejo, que considera tradicionalmente excluídos da discussão filosófica. Em desenvolvimentos posteriores de sua obra, Deleuze procura também ultrapassar as fronteiras da filosofia tradicional, privilegiando as artes plásticas, a literatura e o cinema como formas de expressão.” 
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A análise deleuziana das práticas de poder contemporâneas – parte I
Em primeiro lugar, para a compreensão da análise de Gilles Deleuze sobra as práticas de poder contemporâneas, é fundamental perceber que esta análise continua, em certo sentido, a partir da teoria foucaultina sobre as práticas de poder (já vista nas aulas 7 e 8).
Sobre a relação entre os pensadores Foucault e Deleuze, Danilo Marcondes (2007, p. 277) afirma: 
“Gilles Deleuze (1925-95) também elaborou uma filosofia de caráter extremamente pessoal e original, procurando dar um novo sentido e uma nova dimensão ao filosofar, porém em uma perspectiva mais teórica e abstrata do que a de Foucault, embora ambos se admirassem mutuamente.”
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A análise deleuziana das práticas de poder contemporâneas – parte II
Embora não tenham produzido obras conjuntas em vida, Deleuze retoma a análise de Foucault sobre as práticas de poder modernas, ressaltando que o momento contemporâneo possui diferenças significativas no que se refere a este tema. 
O pensamento francês contemporâneo foi crucial para a discussão intelectual do conceito de Pós-Modernidade ao longo dos anos 1980 e 1990, principalmente na Europa e nos Estados Unidos da América. O autor Jean François-Lyotard, em 1979, inaugurou uma discussão a este respeito que foi bastante contundente durante algumas décadas. 
Ao publicar o livro A Condição Pós-Moderna (1979), Lyotard estabelece uma ideia de ruptura entre o período Moderno e o período Contemporâneo em que a noção de superação de algumas importantes características da Modernidade estariam presentes.
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A análise deleuziana das práticas de poder contemporâneas – parte III
Tratava-se de um livro sobre o estado atual (à época) das ciências, encomendado por uma universidade canadense. Apesar disso, o panorama apresentado por Lyotard era o de um mundo em que as tecnologias digitais (já presentes no setor industrial dos países capitalistas considerados mais desenvolvidos) subordinariam cada vez mais os seres humanos. 
Há também, neste livro, a constatação de que a ciência, atualmente, não busca mais a Verdade em sentido absoluto, mas processos eficazes (e até certo ponto efêmeros) de legitimação do saber. 
Já não se trata mais de produzir grandes discursos de legitimação do real, mas de utilizar de modo eficaz os recursos disponíveis para produzir pesquisas com financiamento estatal e/ou privado, cujos projetos possuem prazos pré-definidos de poucos anos.
Lúcido e polêmico ao mesmo tempo, Lyotard acaba por inaugurar a discussão sobre um novo modo de estar no mundo, ou seja, sobre o sujeito pós-moderno (ou as subjetividades pós-modernas).
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A análise deleuziana das práticas de poder contemporâneas – parte IV
Menos fixas, mais efêmeras e plurais. Fluidas. O sujeito pós-moderno é, na verdade, a constatação da morte do sujeito moderno (já tão criticado pelos pós-estruturalistas franceses como Foucault e Deleuze). 
A ideia de Pós-Modernidade é fortemente influenciada pelas noções de:
1) Pós-Guerra: No âmbito dos grandes conflitos militares, o final da Segunda Guerra Mundial estabelece um ponto de ruptura para muitos analistas políticos, visto que o eixo político-econômico mundial se desloca da Europa (grandes potências Modernas) para os Estados Unidos da América (e também, durante cerca de 45 anos, a União Soviética). 
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A análise deleuziana das práticas de poder contemporâneas – parte V
2) Pós-Industrial: No âmbito econômico, o mundo contemporâneo era visto nos anos 1970 por alguns autores como pós-industrial, ou seja, como uma economia desenvolvida, cada vez mais rápida e global e com ênfase cada vez maior no setor de serviços. Este conceito sempre foi bastante discutível e não está tão em voga hoje quanto no final dos anos 1970.
3) Pós-Colonial: Do ponto de vista político, houve uma descolonização gradual, ao longo do século XX (principalmente das colônias em território africano). Deste modo, a autonomia política e a noção de Estados soberanos tornou-se uma realidade não apenas nos grandes centros europeus, mas em grande parte do mundo. A Organização das Nações Unidas, surgida após o término da Segunda Guerra Mundial, passou a ser um instrumento neste sentido (garantir a autonomia e auxiliar no desenvolvimento socioeconômico dos países que passaram pelo processo de descolonização).
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A análise deleuziana das práticas de poder contemporâneas – parte VI
Deste modo, levando em conta estes conceitos (cuja utilização do prefixo pós era constante), surge a noção de que,
No âmbito cultural, no que se refere às novas subjetivações ou subjetividades, aos processos simbólicos contemporâneos, o mundo teria se tornado, a partir da segunda metade do século XX, Pós-Moderno. 
Dito isto, o conceito de Pós-Modernidade é complexo e pode significar tanto: 1) uma nova periodização calcada, sobretudo, na questão simbólica/cultural; 2) uma nova forma de pensar o contemporâneo, ou seja, um pensamento pós-moderno (atribuído a autores pós-modernos). Devido à polêmica acadêmica que se seguiu à publicação da obra de Lyotard sobre o tema, alguns autores (em geral pós-estruturalistas franceses, mas não só) passaram a ser vistos como pós-modernos (Deleuze normalmente é incluído neste grupo). 
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A análise deleuziana das práticas de poder contemporâneas – parte VII
A primeira possibilidade de uso do conceito é importante neste momento, pois a compreensão da análise deleuziana passa necessariamente por esta. Deleuze, concordando com a análise de Foucault a respeito da passagem de uma sociedade de soberania para uma sociedade disciplinar, constata que: 
Se as Sociedades Disciplinares correspondiam ao modo como as práticas de poder se efetivavam na Modernidade, seria preciso conceituar as práticas de poder no período Pós-Moderno, visto que estas passaram a apresentar diferenças significativas com relação àquelas.
Baseando-se em uma obra de ficção do autor William Burroughs, Deleuze instaura o conceito de Sociedades de Controle justamente para denominar, continuando (a seu modo, com menos empiria e mais reflexão filosófica) a análise foucaultiana, as práticas de poder contemporâneas (ou pós-modernas).
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As sociedades de controle – parte I
O texto deleuziano a respeito do assunto, intitulado “Post-Scriptum sobre as sociedades de controle”, de 1990, inicia justamente com a contextualização do conceito. Primeiramente, Deleuze aponta para a análise foucaultiana das Sociedades Disciplinares: 
“Foucault situou as sociedades disciplinares nos séculos XVIII e XIX; atingem seu apogeu no início do século XX. Elas precedem à organização dos grandes meios de confinamento. O indivíduo não cessa de passar de um espaço fechado a outro, cada um com suas leis: primeiro a família, depois a escola (...), depois a caserna (...), depois a fábrica, de vez em quando o hospital, eventualmente a prisão, que é o confinamento por excelência” (DELEUZE, 1992, p. 219). 
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As sociedades de controle – parte II
Em seguida, Deleuze aponta para o declínio dos confinamentos ou espaços disciplinares, diante de novos dispositivos (os “controlatos”), mais tecnológicos e menos arquitetônicos. Os dispositivos disciplinares são grandiosos, enquanto os dispositivos de controle são cada vez mais sutis, portáteis, fluidos: 
“Mas as disciplinas, por sua vez, também conheceriam uma crise, em favor de novas forças que se instalavam lentamente e que se precipitariam depois da Segunda Guerra mundial: sociedades disciplinares é o que já não éramos mais, o que deixávamos de ser”(DELEUZE, op. cit., p. 219-220). 
Para, logo depois, concluir: 
“São as sociedades de controle que estão substituindo as sociedades disciplinares”(DELEUZE, op. cit., p. 220).
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As sociedades de controle – parte III
Deleuze chama a atenção para algumas das características deste novo momento em que as práticas de poder englobam mecanismos ambíguos e cuja relação com o tempo é maior do que com o espaço. Algumas características das sociedades de controle: 
 1) Os meios de confinamento vão sendo substituídos por meios de endividamento. Isto ocorre porque a relação dos “controlatos” é maior com o tempo do que com o espaço;
 2) Os dispositivos disciplinares são moldes; os dispositivos de controle são modulações. 
Isto significa que os dispositivos de controle são mais flexíveis e passíveis de reconfiguração. 
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As sociedades de controle – parte IV
3) Há uma integração maior entre os dispositivos de controle, se comparados aos disciplinares. 
Por mais que a lógica disciplinar seja semelhante, a disciplina exigida na prisão é diferente da disciplina exigida na fábrica. Cada indivíduo recomeça a cada novo papel que assume socialmente. 
Nas Sociedades de Controle, o indivíduo nunca termina nada de modo definitivo; as formações individuais ficam em aberto, podendo ser complementadas posteriormente. 
4) Nas Sociedades de Controle, as múltiplas e reconfiguráveis cifras/senhas substituem a estabilidade de uma matrícula universal (documento de identidade, CPF). 
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As sociedades de controle – parte V
5) O capitalismo das Sociedades de Controle (dentro da já citada noção de capitalismo pós-industrial) é calcado no mercado e nos serviços, mais do que na produção. É o tempo da gestão e do controle. O marketing passa a ter importância cada vez maior na sociedade atual.
6) As tecnologias digitais/máquinas informáticas são as máquinas características das Sociedades de Controle, enquanto as máquinas industriais corresponderiam às Sociedades Disciplinares. 
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As sociedades de controle – parte VI
O autor, em determinado momento do texto, utiliza algumas metáforas interessantes para caracterizar as Sociedades de Controle: 
A metáfora do surfe, para caracterizar a efemeridade e imprevisibilidade das Sociedades de Controle, onde é preciso estar atento para o que está ocorrendo neste momento. A economia atual é bastante volátil, o mercado de ações sofre variações diversas ao longo de todos os dias. Da mesma maneira, o surfista precisa estar atento às variações do mar, pois este se movimenta a todo o momento.
A metáfora da serpente, para caracterizar a sinuosidade e atração que este animal possui. Deleuze usa a serpente como metáfora das sociedades de Controle, contrapondo-a à metáfora da toupeira para caracterizar as Sociedades Disciplinares.
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As sociedades de controle – parte VII
Aplicando a reflexão contida no texto de Gilles Deleuze, é possível apresentaralguns exemplos de dispositivos de controle: 
a) celulares;
 
b) e-mails; 
 
c) cartões de crédito; 
d) coleiras eletrônicas;
e) sistemas acadêmicos informatizados; 
f) câmeras de vigilância. 
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As sociedades de controle – parte VIII
Todos este dispositivos possuem as principais características apontadas por Deleuze. 
É fundamental ressaltar que são dispositivos: 
 1) Tecnológicos, de caráter digital/informático; 
2) De um modo geral, possuem uma relação maior com o tempo do que com o espaço; 
3) São ambíguos no que se refere à sua utilidade. Se as relações de poder eram mais claras e objetivas nas Sociedades Disciplinares (ou seja, as posições na relação vigilante-vigiado eram bem definidas no momento em que ocorriam), nas Sociedades de Controle existe uma maior subjetividade a este respeito. A maior parte dos exemplos citados acima (talvez com exceção da coleira eletrônica) permite uma relação em que o indivíduo controla e é controlado ao mesmo tempo.
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Saiba mais
Para saber mais sobre o conceito de Sociedade de Controle definido por Gilles Deleuze, leia o texto intitulado: “Post-Scriptum sobre as Sociedades de Controle”, do próprio autor citado.
In: DELEUZE, Gilles. Conversações, 1972-1990. São Paulo: 
Ed. 34, 1992, p. 219-226. 
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Referências
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ed. Ática, 2004.
DELEUZE, Gilles. Conversações, 1972-1990. São Paulo: Ed. 34, 1992. 
FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Ed. Graal, 1979.
_______________. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. Petrópolis, RJ: Ed. Vozes, 1987.
LYOTARD, Jean-François. A condição pós-moderna: Coleção Trajectos. Lisboa: Ed. Gradiva, 2003.
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Referências
MARCONDES, Danilo. Iniciação à História da Filosofia: dos Pré-Socráticos a Wittgenstein. – 2. ed. rev. ampl. – Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2007. 
MATTELART, Armand; MATTELART, Michèle. História das teorias da comunicação. São Paulo: Ed. Loyola, 1999. 
THOMPSON, John B. A mídia e a modernidade: uma teoria social da mídia. Trad. Wagner de Oliveira Brandão – 9 ed. – Petrópolis, RJ: Ed. Vozes, 2008. 
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VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS?
 
Conceito de Sociedade do Espetáculo, do autor Guy Debord.
A noção de “espetáculo” e suas implicações políticas no mundo contemporâneo.
AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO.
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