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Junturas – capítulo 3 1.0 Conceito Conexão existente entre quaisquer partes rigídas do esqueleto, quer sejam ossos ou cartilagens, a fim de não só colocar os ossos em contato, como também, permitir a mobilidade. 2.0 Classificação O critério para a classificação das junturas é o material do elemento que se interpõem entre as peças que se articulam. 2.1 Junturas fibrosas Também chamadas de diartrose; O elemento que se interpõe é o tecido conjuntivo fibroso; Apresentam mobilidade extremamente reduzida; Possuem certa elasticidade. São divididas em três tipos: Suturas: São encontradas entre os ossos do crânio. Existem três tipos de suturas: Planas: União retilínea, os ossos se juntam através de uma superfície plana; Ossos nasais, céu da boca Escamosas: União em bisel/chanfro, lembra a sobreposição de escamas; Parietal e temporal Denteadas/serreadas: União por meio de uma linha denteada, os ossos se invadem; Entre os parietais Fontanela A partir de 10 anos não há mais na criança em grande quantidade; Com o passar do tempo viram suturas; Também chamada erroneamente de moleira; Espaços grande no crânio do recém nascido para que o crânio possa se desenvolver, além de pode passar pelo canal do parto; Sindesmoses: Nestas suturas o tecido interposto é também o conjuntivo fibroso, mas não ocorre nos ossos do crânio. Ela une dois ossos separados por um espaço discreto, por meio de membranas e ligamentos Inter ósseos. Entre a fíbula e a tíbia, o tíbio-fibular; Entre o rádio e a ulna, o radio-ulna. Gonfose: Entre os dentes e alvéolos; 2.2 Junturas cartilaginosas Também chamadas de anfiartrose. O tecido que se interpõem é o cartilaginoso. Pode ser cartilagem hialina ou fibrosa . Apresentam mobilidade parcial. Primária/hialina/sicondroses: Composta por cartilagem hialinica (que é o tipo de cartilagem mais encontrado no corpo humano, mais clara devido a passagem de luz), essas junturas vão desaparecendo conforme o passar dos anos (desaparece completamente nos homens por volta de 16/18 anos, e nas mulheres 18/21). Disco epifisial, O disco epifisário, localizado entre a epífise e a diáfise, permanece até o término do crescimento dos ossos longos, quando se torna ossificado. Secundárias/fibrosas/sínfeses: Composta por cartilagem fibrosa (que é mais resistente e que no entanto não regenera), essas junturas permanecem conforme o passar dos anos . Disco intervertebral, sínfise púbica, cartilagem costal. 2.3 Junturas sinoviais Também chamada de diartrose; Apresentam movimentação ampla ; Dá mais problema devido a grande movimentação; O elemento que se interpõe às peças que se articulam é chamado de líquido sinovial ou sinóvia; É composto por: Cápsula articular: Manguito que envolve a articulação, prendendo-se nos ossos que se articulam; Cavidade articular / espaço intrarticular: Local onde se encontra o liquido sinovial; Cartilagem articular: faz o contato entre os dois ossos; Tecido amortecedor que reveste a superfície do osso ao nível das articulações, protegendo-as. Tem uma enorme capacidade de resistência à carga e permite o amortecimento e o fácil deslizamento, sem contato das superfícies ósseas. Sua destruição provoca a artrose. Ela é avascular e não possui inervação. Por isso sua nutrição é precária, dificultando a regeneração. Membrana sinovial (i): Mais interna das camadas da capsula, Abundantemente vascularizado e inervada; Produz líquido sinovial, que lubrifica, evitando atritos; Membrana fibrosa (e): Envolve externamente a articulação externamente; Mais resistente e pode estar reforçada em alguns pontos por ligamentos capsulares , intra e extra capsulares (ligamentos independentes 3 Discos e maniscos Os discos e meniscos intrarticulares são estruturas fibro cartilaginosas encontradas em várias articulações sinoviais, ou seja, entre as superfícies articulares. Essas estruturas proporcionam umelhor adaptação das superfícies que se articulam, agem como amortecedores. Meniscos: Encontrados nas articulações do joelho; Discos: Encontramos o disco intra-articular nas articulações esternoclavicular , têmporomandibular, e entre o carpo e o rádio; 4 Principais movimentos realizados pelos segmentos do corpo Movimentos angulares: Diminuição do ângulo existente entre o segmento que se desloca e aquele que permanece fixo; Flexão: Diminuição do ângulo Extensão: Aumento do ângulo; Seu eixo de movimento é o transversal, pois o movimento ocorre no plano sagital; Adução e abdução: O segmento é deslocado em direção ao plano mediano (adução) ou em direção oposta ao mesmo (abdução). Seu eixo de movimento é o ântero posterior, pois corre no plano frontal; Rotação : O segmento gira em torno de um eixo longitudinal/vertical; Rotação lateral ou externa = Movimento no plano horizontal, em que a face anterior da estrutura volta-se para o plano lateral do corpo. Rotação medial ou interna = Movimento no plano horizontal, em que a face anterior da estrutura volta-se para o plano mediano do corpo. Circundação: Movimento circular de um membro que descreve um cone, em torno de um centro ou de um eixo, combinando os movimentos de flexão, extensão, abdução e adução, ou desvios laterais. 5 Classificação funcional das junturas sinoviais Mono-axial: realiza movimentos em torno de um só eixo; Cotovelo, falanges Bi-axial: realiza movimentos em torno de dois eixos; Rádio- carpica, meta carpo e falange Tri-axial: realiza movimentos em torno de três eixos; Ombro e quadril 6 Classificação morfológica das junturas sinoviais Dependem do tipo de “encaixe ósseo”, ou seja, da morfologia das superfícies que entram em contato. Plana: são articulações cujas superfícies articulares são planas ou ligeiramente curvas. Ex: articulação sacro ilíaca, articulação entre os ossos do carpo e articulação entre os ossos do tarso. Gínglimo: as superfícies articulares permitem movimentos de flexão e extensão, movimentos angulares do tipo dobradiças. Ex: articulações entre as falanges e articulação entre úmero e ulna. Trocóide: são articulações onde uma superfícies articular tem a forma de seguimento de cilindro, permitindo rotação. São mono-axiais. Responsáveis pelo movimento de pronação (rotação medial do rádio) e supinação (rotação lateral do rádio) Ex: articulação entre rádio e ulna, articulação entre atlas e axis Condilar: são articulações em que uma superfície articular em forma de condílo encaixa-se na fossa de outro osso. São bi-axiais (flexão, extensão, adução, abdução). Ex: articulação entre o temporal e a mandíbula, articulação no joelho e articulação entre o atlas e o ociptal. Selar: as superfícies articulares encaixam-se no formato de côncavo e convexo. Ex: articulação carpo-metacárpica do polegar. Sinoviais elipsóide: as superfícies articulares encaixam-se no formato de elipse. Ex: articulação radio cárpica. Esferoide: superfície articular em forma de esfera encaixa- se numa cavidade oca. São tri-axiais. Ex: articulação coxo femoral e articulação gleno umeral
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