Agricultura Biodinâmica e Jardim Vertical

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Atividades a serem desenvolvidas: 
O aluno deverá estudar o plantio de ervas medicinais dentro do conceito da agricultura 
biodinâmica, e propor a criação de uma horta vertical com este conceito. As plantas 
escolhidas devem ser complementares (o desenvolvimento da primeira planta 
escolhida não atrapalha o desenvolvimento da segunda planta escolhida). 
1) Pesquisar o que é agricultura biodinâmica, informando a fonte da informação. 
2) Analisar os resultados desta pesquisa e propor o desenvolvimento de hortas 
verticais. 
3) Estabelecer uma relação conceitual entre a ação, os resultados esperados e o que 
foi aprendido em aula. 
4) Plantar em um vaso duas plantas complementares. 
 
O aluno deverá escrever um relatório com os resultados obtidos e postar no ambiente 
virtual de aprendizagem (BlackBoard). 
 
 
 
 
Agricultura Biodinâmica 
 Segundo Betemps (2015), a agricultura biodinâmica é um sistema de produção 
com base ecológica que possui suas próprias características com foco filosófico e 
espiritual, tendo como destaque a utilização dos princípios da homeopatia e o 
acompanhamento do calendário astronômico, como a utilização das fases da lua e 
outros astros como norteadores. A agricultura biodinâmica apresenta a ideia de que a 
unidade de produção deve funcionar como um “organismo vivo”, sendo autônomo em 
relação à insumos externos (Assis, 2005). 
 Trata-se de uma corrente agroecológica originada na Alemanha em 1924 a 
partir do trabalho de Rudolf Steiner (Quijano – Kruger e Câmara, 2008) e que é 
utilizada em diversos locais e encontra-se em avanço em todo mundo; em território 
brasileiro os municípios de São Paulo (Capital) e Sentinela do Sul (RS) são os 
municípios em que a biodinâmica está presente de forma mais intensa (Betemps, 
2015). 
 
Desenvolvimento de hortas verticais 
 Com o aumento na verticalização das residências, tornou-se raro e complicado 
o cultivo de hortas domésticas, sendo possível o cultivo de alimentos orgânicos 
apenas verticalmente. De acordo com Sampaio (2015) uma horta vertical é um método 
de plantio que dispensa canteiros de terra: trata-se da utilização de vasos, com terra 
ou água (utilizando a técnica de hidroponia) distribuídos verticalmente, buscando um 
melhor aproveitamento do espaço. 
 Os materiais que podem ser utilizados são diversos: desde vasos, placas e 
mantas geotêxtis, canos PVC e até mesmo materiais reutilizados como garrafas PET. 
 Uma forma de unir a construção de hortas verticais com a agricultura 
biodinâmica é a utilização do calendário lunar de cultivo e a união de duas plantas 
complementares e um mesmo recipiente suspenso. Visando o melhor 
desenvolvimento da cultura e promovendo o máximo possível de autonomia dentro de 
um espaço limitado. 
 
Plantio de plantas complementares 
 O plantio proposto foi realizado em um vaso de – aproximadamente – 3,6L. Foi 
adicionado no fundo do vaso argila expandida e feltro para de facilitar a drenagem. O 
restante do vaso foi preenchido com terra ‘preta’, já utilizada anteriormente. Os 
espécimes a serem cultivados são: Manjericão Alfavaca ou Manjericão-de-folha-larga 
– Ocimum basilicum – e Orégano – Origanum vulgare. Ambos foram cultivados a partir 
de sementes da marca Feltrin e diretamente no vaso. O plantio ocorreu no dia 21 de 
março de 2021 e o vaso foi mantido em local coberto e de forma que recebe luz direta 
do sol apenas 2 horas no dia, no período da manhã. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem 1: Embalagens das sementes escolhidas. 
 
 Fonte: própria. 
Imagem 2: vaso onde foi realizado o plantio no dia 21 de março de 2021. 
 
 Fonte: própria. 
 Para realizar a escolha das espécies a serem cultivadas foi realizada uma 
busca rápida pela internet. Diversos sites e blogs voltados para o tema apontam o 
manjericão e o orégano como plantas que são complementares. 
 
Imagem 3: Tabela de plantas companheiras e antagônicas. 
 
 Fonte: Kunst, 2015. 
 Nas instruções presentes nas embalagens o fabricante refere que o orégano 
germina entre 7 e 21 dias e o manjericão entre 4 e 14 dias. Foi possível observar os 
primeiros sinais de germinação de ambas as espécies apenas 4 dias depois, sendo 
mais evidente as mudas de manjericão. 
 
Imagem 4: Foto capturada no dia 25 de março de 2021 com os primeiros sinais de 
germinação das espécies plantadas. 
 
 Fonte: Própria. 
 As mudas apresentaram um bom desenvolvimento durante todo o processo. 
Seguindo as orientações do fabricante, a rega foi realizada em pouca quantidade e 
diariamente nos primeiros 15 dias. Após esse período, a rega foi realizada com uma 
pausa de 2 à 3 dias, de acordo com a umidade da terra. 
 
Imagem 5: Foto capturada no dia 26 de abril de 2021 das mudas em desenvolvimento. 
 
 Fonte: Própria. 
 Pode-se concluir que as condições presentes favorecem o desenvolvimento 
em conjunto das espécies escolhidas. A primeira colheita está prevista para ocorrer 
na penúltima semana de junho/2021, quando será possível observar se o cultivo 
conjunto de manjericão e orégano é viável. 
 
Referências Bibliográficas 
ASSIS, Renato Linhares. Agricultura e agroecologia: questões conceituais e 
processo de conversão. Embrapa Agrobiologia. Seropédica, 2005. Disponível em: 
www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/628360/1/doc196.pdf 
 
BETEMPS, Cristiane. Práticas em Agricultura Biodinâmica. Notícias EMBRAPA. 
Brasília, 29 de abril de 2015. Disponível em: www.embrapa.br/busca-de-noticias/-
/noticia/2880846/praticas-em-agricultura-biodinamica 
 
KUNST, Rosana. Plantas companheiras e antagônicas. Como fazer horta. 2015. 
Disponível em: comofazerhorta.com.br/plantas-companheiras-e-antagonicas/ 
 
SAMPAIO, Cristiane Pires. O que é horta vertical. Univiçosa Centro Universitário. 
Maio, 2015. Disponível em: www.univicosa.com.br/uninoticias/acervo/14832b57-
537c-4671-b58f-
1f9030521839#:~:text=Horta%20vertical%20%C3%A9%20uma%20t%C3%A9cnica,
necessidade%20de%20canteiros%20de%20terra.&text=A%20horta%20vertical%20
%C3%A9%20uma,para%20aproveitamento%20do%20espa%C3%A7o%20vertical. 
 
QUIJANO-KRUGUER, Freda Gidget; CÂMARA, Francisco Luiz Araújo. Avaliação da 
Agricultura Biodinâmica por meio da bioeletrografia. Revista Brasileira de 
Agroecologia. Vol3; páginas 42-48; 2008.