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06 MELHORES PROGRAMAS DE SAÚDE PÚBLICA

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Conteúdo: Saúde PúblicaLara de Paula
Assunto: Motivos que levaram o sucesso e entraves dos programas de saúde pública
06 Programas de Saúde Pública do Brasil que são Referência no Mundo
ACADÊMICA: Lara Martins de Paula
É muito comum relacionar o SUS à filas, à falta de medicamentos ou de médicos. Apesar, de ter problemas o SUS apresenta programas de saúde pública que são considerados como referência internacional, tanto pela ONU quanto pela OMS.
1. Programa Saúde da Família
-O programa Saúde da Família tem foco na atenção básica. Foi eleito pela OMS um dos 10 melhores do mundo. Esse programa se destaca tanto pelo tamanho da sua cobertura bem como pela sua eficiência no controle da mortalidade infantil e da hospitalização por doenças crônicas, como diabetes e hipertensão. Foi implementado em 1994, o programa atende 123 milhões de pessoas em quase todos os municípios.
-Ao contrário do modelo de atendimento emergencial ao doente, a estratégia valoriza as ações de acompanhamento da saúde. ligada a uma unidade básica da saúde, a equipe multifuncional que inclui médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, agentes comunitários, em alguns casos dentistas e nutricionistas é responsável por conhecer a realidade das famílias locais, identificar os problemas de saúde mais comuns e acompanhar o tratamento.
-Em 1990, o país registrava 60,8 mortes a cada mil nascidos vivos, contra 16,4 mortes a cada mil nascidos vivos, em 2015. O número representa uma queda de 73%.
-Diversos estudos também associam o programa Saúde da Família à redução das taxas das quedas das internações por condições sensíveis à atenção primária, tais como diabetes e hipertensão.
-O programa, no entanto, não está livre de problemas, além de não atender toda a população, estudiosos apontam que a reformulação da PNAB ameaçou a estratégia por flexibilização à adesão das cidades que deixou o ESF à mercê da vontade política dos municípios.
2. Programa de Vacinação
-Desde 1973, o Programa Nacional de Imunizações garante o acesso gratuito a todas as vacinas recomendadas pela OMS, o que permitiu a erradicação das doenças varíola e poliomielite, bem como o controle das doenças como sarampo e febre amarela. Nesse contexto, o Brasil é recorrentemente usado como referências em congressos internacionais. O calendário inclui as vacinas infantis, desde BCG até o rotavírus, além das campanhas direcionadas aos adolescentes, como HPV, e aos idosos, a vacina contra gripe.
Lara de Paula
3. Programa de Controle de HIV/AIDSLara de Paula
-Para conter a epidemia de HIV, o Brasil, diferente de outros países, preferiu atuar na prevenção e também custear todo o tratamento. Em 1996, o país garante acesso universal e gratuito aos antirretrovirais, os quais aumentaram significativamente a sobrevida dos pacientes. Nos últimos 21 anos a mortalidade de pessoas com HIV/AIDAS no país caiu 46%. Segundo o Ministério da Saúde, a taxa caiu de 9,7 óbitos por 100 mil habitantes, em 1995, para 5,2 óbitos por 100 mil habitantes em 2016. O país conseguiu combinar a abordagem preventiva e curativa para controlar a epidemia que seguia um padrão de crescimento similar ao da África, segundo o Presidente da ABRASCO.
-A Associação Brasileira de Saúde Coletiva aponta que cerca de 90% dos brasileiros que convivem com a infecção se tratam gratuitamente pelo SUS. O destaque está tanto no tratamento quanto na agilidade do diagnóstico.
-Em 2014, o paciente iniciava o tratamento com, em média, 101 dias após o diagnóstico. Atualmente são, no máximo, 41 dias segundos dados do Ministério da Saúde. 
-O problema está na distribuição desses medicamentos nas zonas rurais ou regiões mais afastadas dos grandes centros. De maneira geral a distribuição é razoável.
4. Programa de Transplantes
-O Brasil é o país com maior sistema público de transplantes do mundo. Cerca de 90% das cirurgias são feitas com recursos públicos. Em 2017, o SUS realizou 26.329 transplantes a um custo de R$1 bilhão, como aponta o Ministério da Saúde. O índice é 5,5% maior do que no ano de 2016, quando foram registrados 24.958 transplantes.
-O SUS oferece assistência integral aos pacientes transplantados. Desde os medicamentos operatórios até os medicamentos pós-transplante que serão acompanhados pela vida toda. Vale ressaltar que o Brasil adota a lista de espera única. Coordenada por critérios de urgência. A lista de espera de 2017 era composta por 32.402 adultos e 1.039 crianças. O rim é o órgão mais disputado. 21.059 adultos e 418 crianças. O segundo mais disputado é a córnea. São 9.266 adultos e 367 crianças. Em seguida está o fígado. São 1101 adultos e 191 crianças. Por último é o coração. São 255 adultos e 41 crianças. Dos 30.764 pacientes que ingressaram na lista de espera do ano de 2018, 1895 morreram antes de receber o novo órgão.
5. Programa de Tratamentos contra Hepatite C
-Ainda que caro, o Brasil oferece um dos melhores tratamentos do mundo dos 06 genótipos da Hepatite C. Desde julho de 2017 os medicamentos Sofosbuvir, Daclatasvir ou Simeprevir, com eficiência de cura de cerca de 90%, estão disponíveis no SUS. O uso dos medicamentos por cerca de 03 meses pode custar até 184.000 por paciente.
-Com a meta de eliminar a doença até 2030, o Ministério da Saúde ampliou, em março de 2017, o tratamento gratuito a todos os pacientes, independente do dano no fígado. Até pouco tempo o tratamento era destinado, majoritariamente, às pessoas com alto nível de comprometimento no fígado, F3 e F4, em uma escala que varia de F0 até F4.Lara de Paula
-O Brasil é o único país que garante a distribuição de medicamentos de alto custo como ele. Estudos mostram que a maior causa de falências das famílias norte-americanas, por exemplo é a hepatite C.Lara de Paula
-A distribuição de medicamentos pelo SUS, incluindo os mais baratos, foi o segundo serviço mais bem avaliado pelos brasileiros, conforme a pesquisa sobre Qualidade da Saúde Pública, em 2013, feita pelo Instituto de Pesquisa Socioeconômica Aplicada. Nessa ocasião 69,6% dos entrevistados classificaram a entrega de remédios como boa ou muito boa.
6. Programa de Controle do Tabagismo
-O Brasil desenvolveu o melhor programa de controle de tabagismo do mundo. Os avanços nos temas são bem mais expressivos do que o de países ricos. Redução com base em uma política de controle concentrada em 3 principais pontos: A proibição das propagandas de tabaco; as restrições de uso em certos ambientes e ao tratamento gratuito para quem deseja parar de fumar.
-Em 2016, segundo o Ministério da Saúde 10,1% dos brasileiros acima de 18 anos ainda mantinham o hábito de fumar. O índice era maior entre os homens (13,2%) do que entre as mulheres (7,5%).
-A frequência de fumantes era menor entre os adultos com 65 anos e mais (7,3%). Já as faixas etárias de 18 a 24 anos (8,5%) e 35 a 44 anos (11,7%) apresentaram um pequeno aumento em relação a 2015, quando foram registrados 7,4% e 10%, respectivamente. 
-Os números apresentaram uma queda de 36% no percentual de fumantes no período de 2006 a 2017.Lara de Paula

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