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Três grandes revoluções principais: a Revolução Cognitiva, a Revolução Agrícola e a Revolução Científica A Revolução Cognitiva, há 70 mil anos, marca o início da história e o início da distinção do ser humano de outros seres irracionais A Revolução Agrícola, há 10 mil anos representou o domínio do homem sobre ferramentas e animais e, consequentemente, a fixação de grupos humanos em lugares determinados, a passagem do nomadismo para o sedentarismo e o surgimento das cidades. A Revolução Científica, iniciada na transição do século XV para o XVI, estende-se até os dias de hoje. Teve grande marcos como o Iluminismo, o Heliocentrismo e a chegada do homem à lua. Destaque também às três grandes Revoluções Industriais que ajudaram a consolidar a forma de conhecimento que temos hoje. A primeira, que foi do século XVIII até o fim do século XIX, desenvolveu equipamentos no setor têxtil, a produção do ferro, a construção de ferrovias, o uso da água e principalmente o emprego do vapor como fonte de energia A Segunda aconteceu do final do século XIX até as primeiras décadas do século XX e propiciou o surgimento de várias indústrias como aço e petróleo. Teve como grandes símbolos o telefone, a lâmpada elétrica, o motor a combustão, o carro e, sobretudo, o uso da energia elétrica para a produção. A Terceira começou na metade do século XX e continua até hoje. É marcada pelo avanço da indústria eletrônica, dos grandes computadores e pela substituição do analógico pelo digital e, por isso, é também conhecida como Revolução Digital. Permitiu a conexão de bilhões de pessoas ao redor do mundo coma facilitação do acesso a celulares e computadores, colocando a grande rede mundial de computadores como protagonista dessa fase, ao lado o vapor e da eletricidade. Como reflexo disso, tem-se o surgimento de uma cultura absolutamente nova, a explosão das redes sociais e impactos diretos nas relações econômicas. Busca-se também um padrão ético que seja capaz de ousar sem violar a privacidade individual. As maiores empresas passam, portanto, a utilizarem-se dos meios de produção sem efetivamente possuí-los. A importância social e econômica que o petróleo tinha há séculos passou para os dados, que agora são o principal objeto de compra e venda. Três estruturas básicas que se destacam ao longo desses anos: o átomo, o byte e o gene. O conjunto de informações trazidas por elas abriram espaço para a Quarta Revolução Industrial, um produto da fusão de tecnologias que mistura o biológico ao físico e ao digital, ressignificando o que é ser humano. Entretanto, ao contrário das três últimas, esta se desenvolve em velocidade exponencial, não linear. Preocupação com a segurança de dados, com discursos de ódio, fake news e com o deep fake, que se baseiam no amplo conhecimento da vida dos usuários por parte das mídias sociais. Questões ligadas aos avanços tecnológicos: engenharia genética, biotecnologia e bioética. A manipulação da espécie humana poderia levar ao aparecimento de uma elite biologicamente diferenciada, agravando ainda mais os problemas de desigualdade e de opressão aos seres humanos comuns. Grande avanço da inteligência artificial, que substitui trabalhadores nas indústrias e já atua em casos de alto risco para evitar a falha humana. Os dois principais pontos de preocupação sobre isso são o desemprego e a potencial reprodução futura de preconceitos pelos robôs, no caso de serem influenciados pelas nossas ideias atuais. Ameaça também a democracia liberal, uma vez que, a longo prazo, se as decisões importantes sobre a vida do indivíduo são tomadas por um agente externo; o livre arbítrio, principal pressuposto liberal, será comprometido. O século XX foi marcado por ditaduras de diversas faces do espectro político, como a stalinista e o nazismo; outras foram produto da polarização dos tempos de guerra fria como as da América Latina, da África e da Ásia; outras ainda foram teológicas, fundamentadas sob a religião como o Irã. A democracia veio por duas grandes ondas: uma depois da Segunda Guerra com a reconstitucionalização dos países do Eixo; e a outra entre os anos 70 e 90, como a Revolução dos Cravos em Portugal e em países como Brasil, Argentina, Uruguai, Polônia e África do Sul. Todo esse processo consagrou a democracia constitucional como a ideologia vitoriosa do século XX. Hoje em dia, entretanto, vivemos o período chamado por autores de recessão democrática ou retrocesso democrático. Começou com chefes de estado eleitos por voto popular em países da Europa, Ásia e em alguns da América Latina. Depois, vêm as medidas que preparam o caminho para o autoritarismo: concentração de poderes no Executivo, perseguição a opositores, mudanças na legislação eleitoral, cerceamento da liberdade de expressão, emendas constitucionais com abuso de poder da maioria, dentre outras. O grande problema é que nenhum desses mecanismos é contrário ao ordenamento vigente, mas somam-se de modo a propor uma supressão das liberdades. Esse processo se chama de legalismo autocrático. Três fenômenos presentes hoje no panorama mundial: o populismo, o conservadorismo radical e o autoritarismo. o O populismo manipula os medos e as necessidades da população por líderes carismáticos, que prometem soluções simples e imediatas, mas com um ato custo no futuro. Atualmente, fazem uso das redes sociais e atacam às supremas cortes e a todos os órgãos que exerçam poder efetivo. o O conservadorismo radical, que não deve ser confundido com o conservadorismo, traz o radicalismo como forma de negar ou extinguir direitos de quem tenha pensamentos divergentes, valendo-se de comportamentos de intolerância e agressividade. o O autoritarismo, caracterizado pela concentração arbitrária do poder no Executivo é conhecido em regiões como América Latina, Europa, África e Ásia, o que demonstra um comportamento reiterado de líderes desses lugares ao longo do tempo. O mais grave e crítico acontece quando os três operam juntos. Por trás do avanço do populismo autoritário e com influência do conservadorismo radical estão eventos que marcam o mundo contemporâneo. A reação a esses eventos explica o crescente populismo conservador no mundo, com destaque para os EUA, para a Grã-Bretanha e para o Brasil. As causas para isso dividem-se em três: políticas, econômico-sociais e culturais-identitárias o As políticas se encontram na crise de representatividade das democracias atuais, em razão da separação do mundo político e da sociedade e do sentimento de que o poder econômico é o mais significativo, o que traz à tona os discursos de outsiders. o As econômico-sociais estão na quantidade de trabalhadores desempregados que acabam perdendo a relevância em meio ao mundo globalizado e automatizado. Também são afetados pelos cortes em programas sociais vindos de medidas de austeridade. o As culturais-identitárias partem do princípio de que há pessoas que não se sentem integradas à realidade ‘politicamente correta’ e se apegam a valores tradicionais que prometem recuperar o lugar que pensam ter perdido. Somando todos esses pontos à corrupção, como no Brasil, coloca em pauta a descrença nos partidos e nos hábitos da velha política, que culmina em fortes críticas e insatisfações com os poderes. Desvirtuação das expectativas que se tinham sobre a internet e a mudança dos dois pilares da democracia liberal constatados em 1789 (a separação de poderes e os direitos fundamentais). Caso da China: modelo alternativo autoritário manchado pela corrupção, mas com crescente crescimento econômico e social. O mais relevante problema ambiental do século XXI – ‘a tragédia dos comuns’ – utilização de recursos escassos de forma contrária ao bem comum. Dois fatores que dificultam sua resolução: desconhecimento e custo econômico das medidas necessárias e os impactos dos efeitos de hoje serem sentidos somente pelasgerações futuras, tirando a urgência do debate. Conceito de DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: atender às necessidades do presente sem comprometer as gerações futuras de atenderem às suas necessidades. Aquecimento Global Efeito Estufa Desde 1972, diversas reuniões buscaram acordos de cooperação entre países com o objetivo de reduzir os impactos ambientais. Atualmente, líderes políticos e acadêmicos vêm minimizando a importância do debate e estimulando a manutenção do modelo produtivo como conhecemos.
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