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Direitos e Garantias Fundamentais - Teoria Geral

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Direitos e Garantias 
Fundamentais 
Teoria Geral 
 
º
º
 Os surgiram de 
uma construção histórica. Esses direitos são divididos 
em gerações ou dimensões de direitos fundamentais. 
 
ª Direitos Civis e Direitos Políticos 
• Direitos de caráter negativo. 
Referem-se a um valor chamado Liberdade. Os direitos 
de 1ª geração surgem no momento de Estado 
absolutista em que o rei detinha todo poder e a 
burguesia insatisfeita começa as revoluções liberais 
(sec. XVIII). Por esse motivo podem ser chamados de 
direitos de reação, direitos contra o Estado com o 
objetivo de assegurar a liberdade (liberdades negativas, 
não fazer do Estado). 
Documentos que marcam esse período: 
• Declaração Americana de Direitos 1776 
• Declaração Francesa de 1789 
Funções do Estado: 
• Representativa 
• Governativa 
• Administrativa 
• Legislativa 
• Jurisdicional (julgar) 
 
ª Direitos Sociais, Econômicos e Culturais. 
Esses direitos estão relacionados ao valor Igualdade 
(material). Moradia, saúde, trabalho, lazer, educação. 
 
• Direito de caráter positivo. 
• liberdades positivas 
• caráter prestacional 
 
Os direitos de 2ª geração surgem no contexto da 
Revolução Industrial, êxodo rural, revoluções trabalhistas 
e guerras mundiais. 
Igualdade material: tratar igualmente os iguais e 
desigualmente os desiguais, na exata medida de suas 
desigualdades. 
Documentos que marcam esse período: 
• Constituição Mexicana 1917 
• Constituição Alemã de Weimar 1919 
 
ª Direitos difusos e transindividuais 
Esses direitos são relacionados ao valor Solidariedade 
ou Fraternidade. Direito do consumidor, direito da 
autodeterminação dos povos, direito à paz 
(DIVERGÊNCIA). 
• Direitos garantidos a todos (ex: direito ao meio 
ambiente ecologicamente equilibrado). 
 
ª Patrimônio genético (Bioética/Biomedicina) e 
Globalização Política. 
 
ª Direito à paz mundial (doutrina mais 
moderna). 
 
• Historicidade: construção histórica, surgem de 
acordo com o momento histórico, constante evolução. 
• Universalidade: os direitos fundamentais devem 
ser assegurados a todos. Todavia, nem todo direito 
fundamental é de todo mundo. Ex: proteção da 
maternidade e da infância – aplica-se só as pessoas 
dessa categoria. 
• Limitabilidade ou Relatividade: os direitos 
fundamentais não são absolutos, ou seja, podem ser 
limitados, relativizados em alguns casos como conflitos 
entre direitos fundamentais. 
 Quem estabelece esses limites: Constituição Federal, 
Emenda Constitucional, Lei, Juiz no caso concreto – 
juízo de ponderação visando a máxima efetividade dos 
direitos fundamentais. 
 Os direitos fundamentais podem ser limitados, mas 
não ao ponto de extingui-los. (Teoria do limite dos limites: 
não se pode atingir o núcleo essencial dos direitos 
fundamentais). 
Núcleo essencial: Teoria Absoluta e Teoria Relativa 
Teoria absoluta: o núcleo essencial de um determinado 
direito está na própria Constituição. 
Teoria Relativa (relativização dos direitos fundamentais): 
o núcleo essencial varia de acordo com o caso concreto. 
A teoria adotada no Brasil é a Teoria Relativa. 
• Irrenunciabilidade: Direitos fundamentais não 
podem renunciados, portanto, não são direitos materiais 
disponíveis. São direitos de personalidade. 
• Inalienabilidade: Os direitos fundamentais são 
intransferíveis e indisponíveis. 
• Imprescritibilidade: Os direitos fundamentais 
não se perdem com o decurso do tempo. (exceção: 
créditos trabalhistas). 
• Proibição do retrocesso: uma vez que os 
direitos fundamentais são assegurados não se pode 
voltar atrás. 
• Não-taxatividade: os direitos fundamentais não 
constam em rol taxativo, mas sim em rol exemplificativo. 
Portanto, além dos direitos fundamentais garantidos na 
constituição existem os direitos fundamentais 
decorrentes de princípios e tratados internacionais. 
(Cláusula de Abertura Material). 
 
 caráter declaratório 
 caráter assecuratório 
 
Principais Garantias na CF: Remédios Constitucionais. 
Toda garantia é um direito, mas nem todo direito é uma 
garantia. (ex: liberdade de locomoção – é apenas um 
direito, não se manifesta como uma garantia). 
Titulares/destinatários de Direitos Fundamentais: 
• Brasileiros natos e naturalizados 
• Estrangeiros residentes 
• Estrangeiros de passagem (turistas) 
• Pessoas jurídicas (público e privado) 
• Apátridas 
 
 No caso de estrangeiros e pessoas jurídicas nem 
todos os direitos fundamentais aplicam-se a eles. 
 
Direito Fundamental exclusivo do estrangeiro: 
exemplo: proibição de extradição de estrangeiro por 
crime político ou de opinião. 
Direito Fundamental exclusivo de pessoas jurídicas: 
exemplo: direitos das associações de representar seus 
filiados; partidos políticos. 
 
Art. 60, §4º, CF. 
Núcleo constitucional que não pode ser abolido nem 
mesmo por emenda constitucional: 
 
 - a forma federativa de Estado; 
- o voto direto, secreto, universal e periódico; 
 - a separação dos Poderes; 
 - os direitos e garantias individuais. 
 
 O inciso IV trata como clausula pétrea somente os 
direitos e garantias individuais e não faz menção a todos 
os direitos e garantias fundamentais. Todavia, o STF 
também entende como clausulas pétreas o núcleo de 
direitos e garantias fundamentais. 
 
Não integra o Poder Judiciário no Brasil, mas poderá 
julgar brasileiros em crimes de repercussão 
internacional (crimes de genocídio, crimes de guerra). 
 O TPI submete-se ao princípio da 
complementariedade, ou seja, só julgará naqueles 
casos em que a jurisdição brasileira não der conta de 
julgar. 
A submissão do Estado brasileiro ao Tribunal 
Penal Internacional viola a soberania nacional? Não. 
Quando o Brasil se submete à jurisdição de um Tribunal 
Penal Internacional não significa que está abrindo mão 
da sua soberania nacional, e sim que está transferindo 
parte da sua soberania para o TPI em dado momento. 
 
 Tecnicamente são a mesma coisa, mas encontram-se 
em documentos diferentes. Os Direitos Humanos estão 
previstos em documentos internacionais. Enquanto os 
Direitos fundamentais estão previstos em documentos 
internos do Estado. 
 Os Tratados Internacionais de Direitos Humanos 
que foram aprovados nas 2 casas do Congresso 
Nacional (Câmara e Senado), em 2 turnos de votação e 
pelo quórum de 3/5 dos seus membros serão 
equivalentes às Emendas Constitucionais (rito especial). 
 
 Após o Brasil assinar um tratado internacional, ele 
precisa ser internalizado no ordenamento jurídico 
brasileiro. Para isso, o STF entendeu que os Tratados 
Internacionais de Direitos Humanos devem ter status de 
normas supralegais (acima das normas 
infraconstitucionais, abaixo da CF). 
 Todavia, o Congresso Nacional em 2004 promulgou a 
Emenda Constitucional nº 45 estabelecendo que os 
Tratados Internacionais de Direitos Humanos podem 
assumir caráter de Emenda Constitucional. 
Portanto, os Tratados Internacionais de Direitos 
Humanos podem ter 2 status : 
 
• Norma supralegal 
• Emenda Constitucional 
 
Para ter esse status de Emenda Constitucional os 
Tratados Internacionais de D.H. precisam preencher os 
requisitos do art.5º, §3º da CF já mencionados acima. 
 
 Todos os tratados Internacionais de D.H. anteriores 
a E.C. nº 45 de 2004, tem caráter de norma 
supralegal. 
 
 Se os Tratados Internacionais versarem sobre 
outros temas e não sobre Direitos Humanos, quando 
aprovados terão status de lei ordinária. 
 
 
(art.5º, §1º, CF). 
 
Os direitos declarados na CF, devem produzir efeitos na 
realidade social. 
 (eficácia negativa): É a capacidade de 
uma norma constitucional de forma direta, imediata e 
vinculante impedir que outras normas contrariem aquilo 
que está na CF. 
Todas as normas constitucionais tem eficácia 
jurídica, inclusive os direitos fundamentais. 
 
 (eficácia positiva): É a capacidade ou não 
que uma norma constitucional tem de modificar 
imediatamente a nossarealidade social. 
Nem todas as normas constitucionais produzem a 
eficácia social, diferente da eficácia jurídica. 
 
• Eficácia plena 
• Eficácia contida 
• Eficácia limitada 
(autoaplicáveis): Tem sua aplicabilidade social de 
forma direta, imediata e integral (nenhum ato 
infraconstitucional reduz sua eficácia). Ex: proibição da 
tortura. 
 (autoaplicáveis): Tem sua aplicabilidade na 
realidade social de forma direta, imediata e podem 
não ser integrais, ou seja, permitem que uma norma 
reduza seus efeitos. Ex: A CF diz que é livre o exercício 
das profissões, mas em algumas delas existem outras 
leis que precisam ser observadas como nos casos de 
exercício da advocacia. 
 (não são autoaplicáveis): As normas de eficácia 
limitada não produzem eficácia social. Produzem efeitos 
de forma indireta, mediata e seus efeitos são 
reduzidos/diferidos. 
Essas normas subdividem-se em 2 espécies: 
• Normas de eficácia limitada programáticas 
• Normas de eficácia limitada de princípios 
institucionais 
Programáticas são aquelas normas em que a CF dá 
comandos ao Estado para fazer, criar, etc. 
Princípios institucionais: A CF prevê a criação de entes, 
órgãos e institutos. 
 
 
Para serem assegurados os direitos das normas de 
eficácia limitada existe o remédio constitucional chamado 
Mandado de Injunção (produz efeitos quando existe uma 
norma de eficácia limitada que não teve 
regulamentação). 
 
 Refere-se à produção de efeitos de 
um determinado direito fundamental da perspectiva do 
Estado (eficácia irradiante). Ex: liberdade de locomoção 
– Para o Estado significa o não cerceamento das 
pessoas de forma indevida. 
 É a perspectiva do direito 
fundamental para o sujeito/indivíduo . Ex: liberdade de 
locomoção – Para o sujeito significa que ele pode 
transitar em todo o território nacional. 
Sobre a perspectiva da dimensão subjetiva, a doutrina 
fala em : 
 quando o indivíduo exige do Estado um fazer 
(prestações) 
 quando o individuo exige do Estado um não 
fazer (abstenções) 
 quando o indivíduo exerce direitos políticos 
 o indivíduo é titular de direitos perante o 
Estado. 
 
relação entre Estado e particular 
 relação entre particulares 
 relação entre particulares em desequilíbrio 
(ex: empregado e empregador). 
 
 (caput. 
art. 5º, CF) 
 
• Direito à vida 
• Direito à igualdade 
• Direito à liberdade 
• Direito à propriedade 
• Direito à segurança (jurídica) 
 
São chamados também de direitos raízes. 
 
Subdivide-se em 2 perspectivas: 
 
 direito de viver/sobreviver. 
Proibições: Pena de morte 
Exceção da pena de morte: caso de guerra externa 
delarada. 
 viver com dignidade. 
Proibições: prática da tortura, tratamento 
desumano/degradante, penas cruéis. 
 
Súmula Vinculante 11: restrição do uso de algemas 
Hipóteses de uso: 
 
• Perigo 
• Resistência 
• Fuga 
 
O agente que algemar alguém, deve justificar por 
escrito posteriormente os motivos para tal atitude. 
 
 Pena de morte (caso de guerra externa declarada) 
 Aborto 
Hipóteses de aborto legal: 
• aborto necessário: vida da mãe está em risco 
• aborto sentimental: nos casos de estupro 
• aborto de feto anencéfalo 
 
 O necessário e o sentimental são previstos em lei, 
enquanto o aborto de feto anencéfalo decorre de 
jurisprudência pacificada do STF e tem efeito erga 
omnes (não é preciso entrar com ação judicial). 
 
Portanto, caso a gestante de feto anencéfalo queira 
abortar não é necessário autorização judicial, mas se ela 
se sentir insegura ou com medo de ser presa poderia 
utilizar o Habeas Corpus como remédio constitucional. 
Possibilidade de aborto no 1º trimestre de gestação: 
é possível, mas o efeito é inter partes, ou seja, é 
necessário ingressar com ação judicial. 
 células tronco embrionárias: o STF entende que a 
manipulação de células tronco embrionárias não viola o 
direito à vida.

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