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1 Caio Takano COMPLIANCE TRIBUTÁRIO PARTE 2 SUMÁRIO 1. Compliance na EFD contribuições 1.1 Informações gerais da EFD Contribuições 1.2 Pontos de atenção no leiaute da EFD Contribuições 2. Compliance no Sped Contábil (ECD e ECF) 2.1 Informações gerais da Escrituração Contábil Digital – ECD 2.2 Pontos de atenção no leiaute da Escrituração Contábil Digital – ECD 2.3 Informações gerais da Escrituração Contábil Fiscal – ECF 2.4 Pontos de atenção no leiaute da Escrituração Contábil Fiscal – ECF 3. Compliance na EFD-REINF 3.1 Informações gerais da EFD-Reinf 3.2 Pontos de atenção no leiaute da EFD-Reinf 4. Cruzamentos de informações no Sped 3 1. COMPLIANCE NA EFD CONTRIBUIÇÕES 1.1 Informações gerais da EFD Contribuições a) Legislação: • Instrução Normativa RFB nº 1.252/12; • Instrução Normativa RFB nº 1.911/19; • Ato Declaratório Executivo Cofis nº 73/2019 (Manual versão 1.33, Atualização em 16/12/2019). b) Descrição/formato: Conjunto de escrituração de documentos fiscais e de outras operações e informações de interesse da Secretaria da Receita Federal do Brasil, em arquivo digital, no formato .TXT, bem como no registro de apuração das referidas contribuições, referentes às operações e prestações praticadas pelo contribuinte. A estrutura atual da EFD Contribuições é a seguinte: EFD CONTRIBUIÇÕES BLOCO DESCRIÇÃO 0 Abertura, Identificação e Referências EFD CONTRIBUIÇÕES A Documentos Fiscais - Serviços (ISS) C Documentos Fiscais I – Mercadorias (ICMS/IPI) D Documentos Fiscais II – Serviços (ICMS) F Demais Documentos e Operações I Operações das Instituições Financeiras e Assemelhadas, Seguradoras, Entidades de Previdência Privada e Operadoras de Planos de Assistência à Saúde M Apuração da Contribuição e Crédito de PIS/PASEP e da COFINS P Apuração da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta 1 Complemento da Escrituração – Controle de Saldos de Créditos e de Retenções, Operações Extemporâneas e Outras Informações 9 Controle e Encerramento do Arquivo Digital c) Periodicidade: Mensal – Entrega até o 10º dia útil do 2º mês subsequente ao que se refira a escrituração. Devem ser apresentadas informações relativas a um mês civil ou fração, ainda que a apuração das contribuições e/ ou créditos seja efetuada em períodos inferiores a um mês, como nos casos de abertura, sucessão e encerramento. 4 d) Obrigatoriedade (principais hipóteses): Sujeitam-se à obrigatoriedade de geração de arquivo da Escrituração Fiscal Digital da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins – EFD PIS/ COFINS, as pessoas jurídicas de direito privado, em geral, e as que lhes são equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, que apuram a contribuição para o PIS/Pasep e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Cofins com base no faturamento mensal. e) Dispensa (principais hipóteses): • Microempresas (ME) e as Empresas de Pequeno Porte (EPP) enquadradas no Simples Nacional, relativamente aos períodos abrangidos por esse Regime; • Pessoas jurídicas imunes e isentas do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), cuja soma dos valores mensais da contribuição para o PIS/Pasep (sobre a receita), da Cofins e da CPRB seja igual ou inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais); Atenção: passarão a ser obrigadas à apresentação da EFD-Contribuições a partir do mês em que o limite for ultrapassado, permanecendo sujeitas a essa obrigação nos meses posteriores; • Pessoas jurídicas que se mantiveram inativas1, relativamente às escriturações correspondentes aos meses em que se encontravam nessa condição; • Órgãos públicos, inclusive autarquias e as fundações públicas; • Pessoas jurídicas ainda não inscritas no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), desde o mês em que foram registrados seus atos constitutivos até o mês anterior àquele em que foi efetivada a inscrição; • Condomínios edilícios; • Consórcios e grupos de sociedades, bem como consórcios de empregadores; • Clubes de investimento registrados em Bolsa de Valores, segundo as normas fixadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ou pelo Banco Central do Brasil (Bacen); • Fundos de investimento imobiliário, que não se enquadrem no disposto no art. 2º da Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999; • Fundos mútuos de investimento mobiliário, sujeitos às normas do Bacen ou da CVM; • Embaixadas, missões, delegações permanentes, consulados- gerais, consulados, vice-consulados, consulados honorários e as unidades específicas do governo brasileiro no exterior, bem como representações permanentes de organizações internacionais; • Serviços notariais e registrais (cartórios); • Fundos especiais de natureza contábil ou financeira, não dotados de personalidade jurídica, criados no âmbito de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, bem como dos Ministérios Públicos 1 As pessoas jurídicas que passarem à condição de inativas no curso do ano-calendário, e assim se mantiverem, somente estarão dispensadas da EFD-Contribuições a partir do 1º (primeiro) mês do ano-calendário subsequente. Considera-se que a pessoa jurídica está inativa a partir do mês em que não realizar qualquer atividade operacional, não operacional, patrimonial ou financeira, inclusive aplicação no mercado financeiro ou de capitais, observado o disposto no parágrafo abaixo. 5 e dos Tribunais de Contas; • Candidatos a cargos políticos eletivos e os comitês financeiros dos partidos políticos, nos termos da legislação específica; • Incorporações imobiliárias sujeitas ao pagamento unificado de tributos de que trata a Lei nº 10.931, de 2 de agosto de 2004, recaindo a obrigatoriedade da apresentação da EFD- Contribuições à pessoa jurídica incorporadora, em relação a cada incorporação submetida ao regime especial de tributação; • Empresas, fundações ou associações domiciliadas no exterior que possuam no Brasil bens e direitos sujeitos a registro de propriedade ou posse perante órgãos públicos, localizados ou utilizados no Brasil; • Comissões, sem personalidade jurídica, criadas por ato internacional celebrado pela República Federativa do Brasil e um ou mais países, para fins diversos; • Comissões de conciliação prévia de que trata o art. 1º da Lei nº 9.958, de 12 de janeiro de 2000. f) Penalidades: A partir da vigência da Lei nº 13.670, de 30 de maio de 2018, a Receita Federal do Brasil passou a aplicar, para as infrações relativas ao descumprimento da legislação da EFD Contribuições, as multas previstas no art. 12 da Lei nº 8.218/91, quais sejam: I. multa equivalente a 0,5% (meio por cento) do valor da receita bruta da pessoa jurídica no período a que se refere a escrituração aos que não atenderem aos requisitos para a apresentação dos registros e respectivos arquivos; II. multa equivalente a 5% (cinco por cento) sobre o valor da operação correspondente, limitada a 1% (um por cento) do valor da receita bruta da pessoa jurídica no período a que se refere a escrituração, aos que omitirem ou prestarem incorretamente as informações referentes aos registros e respectivos arquivos; e III. multa equivalente a 0,02% (dois centésimos por cento) por dia de atraso, calculada sobre a receita bruta da pessoa jurídica no período a que se refere a escrituração, limitada a 1% (um por cento) desta, aos que não cumprirem o prazo estabelecido para apresentação dos registros e respectivos arquivos. Esse entendimento vai em linha com o raciocínio do Parecer Normativo Cosit nº 3, de 28 de agosto de 2015, no qual a multa prevista no art. 57 da medida Provisória nº 2.158-35, de 2001, pela sua generalidade, não mais se aplica em relação às infrações em que se tenha lei específica. No caso, para infrações relacionadas ao ambiente Sped, aplicar-se- iam aquelas previstas no art. 12 da Lei nº 8.218, de 1991. 6 1.2 Pontos de atenção no leiaute da EFD Contribuições Bloco 0 Assim como na EFD ICMS IPI, o Bloco 0 da EFD-Contribuições é de fundamentalimportância, pois nele se encontrarão as premissas de regime de tributação do PIS e Cofins. Classificações sobre o tipo de item ou o código NCM são decisivos para proceder à adequada apuração das contribuições sociais sobre a receita bruta. O código NCM da mercadoria é fundamental para se aplicar o benefício fiscal de alíquota zero a determinadas receitas do mercado interno e importações, previsto na Lei nº 10.925/2004. Exemplificativamente, o benefício é aplicado apenas à comercialização e importação de peixes classificados nas posições 0302 (exceto 0302.91.00), 0303 e 0304 da TIPI, não alcançando assim, os peixes defumados da posição 0305. De outro lado, o tipo de item é outro dado essencial para a tomada de créditos, na medida em que, por exemplo, a classificação equivocada de um bem como “bens de uso e consumo” impossibilitará a tomada de crédito ou a inadvertida classificação como “matéria-prima” gerará um crédito indevido, passivo de glosa e de multa, ou, ainda, a classificação como “ativo imobilizado” implicará decisões distintas quanto à forma de aproveitamento do crédito das contribuições. Por exemplo, determinadas despesas com materiais que, via de regra, são classificadas como “bens de uso e consumo” (ex.: materiais de limpeza) podem merecer uma revisão, pois em determinadas atividades poderá ser classificado como “insumo” (ex.: numa indústria alimentícia). Aqui também merece especial atenção o Registro 0200 – “Tabela de identificação do Item”, pois além de conter informações sensíveis sobre mercadorias, serviços, produtos etc., ele é idêntico ao Registro 0200 da EFD ICMS IPI, razão pela qual o profissional da área fiscal deve prezar pela consistência da informação prestada. Bloco A/C/D/F Esse conjunto de blocos refere-se aos blocos de documentos fiscais. Em relação aos Bloco C – “Documentos Fiscais I – Mercadorias (ICMS/ IPI)” e Bloco D – “Documentos Fiscais II – Serviços (ICMS)”, devem ser tomados os mesmos cuidados em relação aos respectivos blocos da EFD ICMS IPI. Em relação ao leiaute, são idênticos esses blocos no Sped fiscal e na EFD Contribuições. Entretanto, há uma diferença relevante: nem todo documento fiscal deve ser escriturado na EFD Contribuições, apenas aqueles que representem recebimento de receita bruta da venda de bens e serviços, ou de outra natureza, sujeita ou não ao pagamento das contribuições ou que representem operações sujeitas à apuração de créditos do PIS/Pasep e da Cofins, inclusive referentes a operações 7 de importação (art. 5º, § 7º da Instrução Normativa RFB nº 1.252/12). Assim, documentos fiscais de simples transferência de mercadorias entre estabelecimentos de uma mesma pessoa jurídica, conquanto devam estar escriturados na EFD ICMS IPI, têm a sua escrituração dispensada na EFD Contribuições. Além disso, diferentemente do Sped fiscal, há dois blocos de documentos fiscais adicionais na EFD Contribuições: Bloco A – “Documentos Fiscais - Serviços (ISS)” e Bloco F – “Demais Documentos e Operações”. As operações a serem escrituradas nos registros do Bloco A correspondem às operações de prestação de serviços (receitas) e/ ou de contratação de serviços (custos e/ou despesas geradoras de créditos) que não estão escrituradas nos registros constantes nos demais blocos (Blocos C, D e F). As operações de serviços escrituradas nos Blocos C, D e F não devem ser informadas no Bloco A. Conforme explica o Manual da EFD Contribuições, deve ser gerado um Registro A100 para cada documento fiscal a ser relacionado na escrituração, referente à prestação ou à contratação de serviços, que envolvam a emissão de documentos fiscais estabelecidos pelos municípios, eletrônicos ou em papel. Ademais, para cada registro A100, obrigatoriamente deve ser apresentado, pelo menos, um registro A170, no qual serão informados os itens constantes nas Notas Fiscais de Serviços ou documento internacional equivalente (no caso de importações), especificando o tratamento tributável (CST) aplicável a cada item. Esse bloco é especialmente interessante enquanto não houver a implementação de um módulo do Sped voltado ao ISS, pois, por ora, é o único local do Sped em que podemos extrair informações sobre serviços prestados/tomados pela empresa. Na hipótese de dispensa da emissão de Notas Fiscais de Serviços, em decorrência de legislação ou ato municipal, documentos equivalentes serão aceitos na escrituração, devendo ser informados no Bloco F (registro F100). Por fim, no Bloco F, serão informadas, pela pessoa jurídica, as demais operações geradoras de contribuição ou de crédito, não informadas nos Blocos A, C e D2, tais como: I. demais receitas auferidas, da atividade ou não, tais como receitas financeiras, juros sobre o capital próprio, aluguéis de bens móveis e imóveis, receitas não operacionais etc., bem como outras operações com direito a crédito, tais como contraprestação de arrendamento mercantil, aluguéis de 2 No caso das informações serem escrituradas de forma centralizada pelo estabelecimento sede da pessoa jurídica, todas as operações serão registradas a partir do registro F010 do estabelecimento sede. No caso das informações serem escrituradas por estabelecimentos, as operações devem ser registradas, de forma segregada, a partir dos diversos registros filhos de F010, de cada estabelecimento. 8 prédios, máquinas e equipamentos, despesas de armazenagem de mercadorias etc. (F100); II. créditos com base nos encargos de depreciação/ amortização, de bens incorporados ao ativo imobilizado (F120); III. créditos com base no valor de aquisição de bens incorporados ao ativo imobilizado (F130); IV. receitas decorrentes da atividade imobiliária (F200); V. demonstração dos valores retidos na fonte (F600); dentre outros. Bloco I Neste bloco, serão informadas as operações geradoras da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins pelas instituições financeiras, seguradoras, entidades de previdência privada, operadoras de planos de assistência à saúde e demais pessoas jurídicas referidas nos §§ 6º, 8º e 9º do art. 3º da lei nº 9.718/98 (que contam em sua apuração com um conceito de receita diferenciado para fins de apuração das contribuições sociais sobre a receita bruta). Bloco M As informações acerca da apuração da contribuição ao PIS e da Cofins serão informadas neste bloco. Portanto, é nele que constarão informações atinentes à receita bruta do período, montante devido de contribuições, créditos, contribuições diferidas ou receitas isentas, sujeitas à alíquota zero e sujeitas à suspensão, tanto em relação ao PIS quanto à Cofins. Um detalhe importante é que os registros componentes dos Blocos “M” são escriturados na visão da empresa, diferentemente dos registros informados nos Blocos A, C, D e F, que são informados na visão de cada estabelecimento da pessoa jurídica que realizou as operações geradoras de contribuições sociais ou de créditos. Além disso, é importante apontar que, no Bloco M, somente deverão ser feitos ajustes na apuração das contribuições que estejam expressamente previstos na legislação aplicável (isto é, Lei nº 9.718/98, Lei nº 10.637/02 e Lei nº 10;833/03). Outros ajustes, que não decorram de expressa e literal determinação do texto de lei devem ser realizados no Bloco 1. Por fim, a apuração da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins a recolher em cada período, demonstrada nos registros M200 (PIS/ Pasep) e M600 (Cofins), deve corresponder e guardar uniformidade com os valores a serem declarados mensalmente na DCTF, segundo as normas disciplinadoras estabelecidas na Instrução Normativa RFB nº 1.599/2015. 9 Bloco P Bloco destinado à escrituração de informações referentes à contribuição previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB), que incide sobre a receita bruta em substituição à CPP (Contribuição Previdenciária Patronal)3. O contribuinte poderá aderir ao regime da CPRB se o CNAE de sua atividade estiver previsto na lista da lei ou, emalguns casos, caso seja industrial de produtos cujo NCM conste na lei, submetendo-se a alíquotas variadas como empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens (1,5%), transporte rodoviário de cargas (1,5%), empresas que fabricam produtos classificados na TIPI em determinados códigos (1,0%), call center (3,0%), transporte de passageiros (2,0%) ou outros casos (em regra, a 4,5%). Entretanto, é importante ressaltar que a Instrução Normativa RFB 1.876/2019 retirou a obrigatoriedade de escrituração da CPRB – Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta na EFD- Contribuições, para os contribuintes que passarem a preencher a EFD-Reinf4. Bloco 1 Neste bloco, são relacionadas informações referentes a processos administrativos e judiciais envolvendo o PIS/Pasep e a Cofins, o controle dos saldos de créditos da não cumulatividade, o controle dos saldos de retenções na fonte, as operações extemporâneas, bem como as contribuições devidas pelas empresas da atividade imobiliária pelo RET. Trata-se de bloco muito importante, pois todos os ajustes extra-apuração serão realizados e justificados nele. No Registro 1010 - “Processo Referenciado - Ação Judicial”, deve- se inserir informações sobre ações judiciais que forem utilizadas no período da escrituração, que autorizem a adoção de procedimento específico de apuração das contribuições sociais ou dos créditos. Caso a autorização decorra de processos administrativos, deve ser preenchido o Registro 1020 - “Processo Referenciado - Processo Administrativo”. No Registro 1050 - “Detalhamento de Ajustes de Base de Cálculo - Valores Extra-Apuração”, deverão ser detalhados os totais de valores extra-apuração, objeto de ajustes no Bloco M. No caso, o contribuinte deve informar valores de ajustes de acréscimo ou de redução da base de cálculo mensal da contribuição, entre as diversas bases de cálculo da contribuição, especificadas pela legislação tributária de referência, demonstrando, de forma segregada, a parcela do ajuste de acréscimo 3 A Contribuição Patronal sobre a Receita Bruta (CPRB) tem sofrido diversas alterações legislativas. Inicialmente, a Lei nº 12.546/2011 instituiu o regime, de forma obrigatória, para os setores abrangidos pela alteração legislativa. Quatro anos depois, a Lei nº 13.161/2015 tornou o regime opcional. Posteriormente, a MP nº 774/2017 restringiu o benefício para alguns poucos setores da economia, como transporte, construção civil e comunicações. Por fim, a MP nº 794/2017 revogou a MP 774/2017. 4 1º grupo - entidades empresariais com faturamento no ano de 2016 acima de R$ 78.000.000,00 - 1º de maio de 2018; e 2º grupo - demais entidades, exceto as optantes pelo Simples Nacional - 10 de janeiro de 2019. 10 ou de redução da base de cálculo, conforme o Código de Situação Tributária (CST) aplicável às receitas mensais escrituradas. Os valores de ajustes de base de cálculo segregados neste registro de controle, devem guardar correspondência com os valores escriturados nos registros M215 (PIS/Pasep) e M615 (Cofins) que demonstram a visão analítica dos ajustes, por CNPJ. Por sua vez, no Registro 1100 - “Controle de Créditos Fiscais - PIS/ Pasep”, deve ser feito o controle de saldos de créditos fiscais de períodos anteriores ao da atual escrituração, bem como eventual saldo credor apurado no próprio período da escrituração. Atenção: não precisam ser escriturados neste registro os créditos apurados no próprio período e os que foram totalmente utilizados na atual escrituração, não restando assim saldos a utilizar em período posterior. Aqui, cabe uma nota sobre o crédito extemporâneo, entendido como “aquele cujo período de apuração ou competência do crédito se refere a período anterior ao da escrituração atual, mas que somente agora está sendo registrado”. De acordo com a Instrução Normativa RFB nº 1.052/2010, o crédito extemporâneo deverá ser informado, preferencialmente, mediante a retificação da escrituração cujo período se refere o crédito. Os registros para informação extemporânea de créditos (registros 1101, 1102, 1501 e 1502) e de contribuições (1200, 1210, 1220 e 1600, 1610, 1620), passíveis de escrituração para os fatos geradores ocorridos até 31/07/2013, tanto na versão 2.04a como na nova versão 2.05, tinham a sua justificativa de escrituração apenas para os casos em que o período de apuração a que dissesse respeito a operação/ documento fiscal, geradora de contribuição ou crédito, ainda não informada em escrituração já transmitida, não pudesse ser mais objeto de retificação, por ter expirado o prazo de retificação até então vigente na redação original da IN RFB 1.252/2012 (retificação até o término do ano-calendário seguinte ao que se refere a escrituração original), conforme consta orientação no próprio Guia Prático da Escrituração, de que estes registros só deveriam ser utilizados, na impossibilidade de retificar as escriturações referentes às operações ainda não escrituradas. Com o novo disciplinamento referente à retificação da EFD-Contribuições determinado pela IN RFB nº 1.387/2013, o prazo em vigor para retificação é agora de cinco anos, de forma que eventual documento ou operação que não tenha sido devidamente escriturado em qualquer escrituração dos anos de 2011, 2012 ou 2013, podem agora ser regularizados, mediante a retificação da escrituração original correspondente, nos Blocos A, C, D e F. No Registro 1300 - “Controle dos Valores Retidos na Fonte - PIS/ Pasep”, deve o contribuinte realizar o controle dos saldos de valores retidos na fonte, de períodos anteriores e do período da atual escrituração, que poderão ser utilizados para dedução do tributo devido, conforme apuração constante dos registros M200. O mesmo se aplica ao Registro 1700 - “Controle dos Valores Retidos na Fonte – Cofins”, em relação à apuração constante dos registros M600. 11 AULA VIRTUAL 5 https://fipecafi.blackboard.com/bbcswebdav/library/V%C3%ADdeos/GTB/TCF/Compliance%20Fiscal/Compliance%20Fiscal%20-%20Aula%2005.html 12 2. COMPLIANCE NO SPED CONTÁBIL (ECD E ECF) 2.1 Informações gerais da Escrituração Contábil Digital – ECD a) Legislação: • Instrução Normativa RFB nº 1.774/2017; • Ato Declaratório Executivo Cofis nº 64/2019 (Leiaute 8 – Atualização: Novembro/2019). b) Descrição/formato: Compreende a versão digital, no formato .TXT, dos seguintes livros contábeis: I. livro Diário e seus auxiliares; II. livro Razão e seus auxiliares; e III. livro Balancetes Diários, Balanços e fichas de lançamento comprobatórias dos assentamentos neles transcritos. A estrutura atual da ECD é a seguinte: ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL DIGITAL BLOCO DESCRIÇÃO 0 Abertura, Identificação e Referências C Informações Recuperadas da ECD Anterior I Lançamentos Contábeis J Demonstrações Contábeis K Conglomerados Econômicos 9 Controle e Encerramento do Arquivo Digital c) Periodicidade: Anual – Entrega até o último dia útil do mês de maio do ano seguinte ao ano-calendário a que se refere a escrituração. Nos casos de extinção da pessoa jurídica, cisão parcial, cisão total, fusão ou incorporação, a ECD deve ser entregue pela pessoa jurídica extinta, cindida, fusionada, incorporada e incorporadora, observados os seguintes prazos: (a) se a operação for realizada no período compreendido entre janeiro a abril, a ECD deve ser entregue até o último dia útil do mês de maio daquele ano; e (b) se a operação for realizada no período compreendido entre maio a dezembro, a ECD deve ser entregue até o último dia útil do mês subsequente ao do evento. d) Obrigatoriedade (principais hipóteses): Todas as pessoas jurídicas obrigadas a manter escrituração contábil 13 nos termos da legislação comercial, inclusive as equiparadas, as imunes e as isentas. Importante ressaltar que as Sociedades em Conta de Participação (SCP) enquadradas nas hipóteses de obrigatoriedade de apresentação da ECD devem apresentá-la como livro próprio. De outro lado, a entrega da ECD seráfacultativa nos seguintes casos: I. o empresário e a sociedade empresária, com objetivo de atender o disposto no art. 1.179, da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002; e II. quaisquer pessoas jurídicas não obrigadas a apresentar a ECD podem apresentá-la de forma facultativa. e) Dispensa (principais hipóteses): • Pessoas jurídicas optantes pelo Simples Nacional, desde que não recebam aportes no modelo de “investidor anjo” (arts. 61-A a 61-D da Lei Complementar nº 123/2006); • Órgãos públicos, autarquias e fundações públicas; • Pessoas jurídicas inativas5; • Pessoas jurídicas imunes e isentas que auferirem receitas, doações, incentivos, subvenções, contribuições, auxílios, convênios e ingressos assemelhados, cuja soma seja inferior a R$ 4.800.000,00 no ano-calendário, ou proporcional ao período; • Pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido que optem pela escrituração do Livro Caixa, nos termos do parágrafo único do art. 45 da Lei nº 8.981/95. f) Penalidades: Aplicam-se à pessoa jurídica que deixar de apresentar a ECD6 nos prazos fixados no art. 5º ou que apresentá-la com incorreções ou omissões, as multas previstas no art. 12 da Lei nº 8.218/91, quais sejam: I. multa equivalente a 0,5% (meio por cento) do valor da receita bruta da pessoa jurídica no período a que se refere a escrituração aos que não atenderem aos requisitos para a apresentação dos registros e respectivos arquivos; II. multa equivalente a 5% (cinco por cento) sobre o valor da operação correspondente, limitada a 1% (um por cento) do valor da receita bruta da pessoa jurídica no período a que se refere a escrituração, aos que omitirem ou prestarem incorretamente as informações referentes aos registros e respectivos arquivos; e 5 São consideradas inativas aquelas que não tenham efetuado qualquer atividade operacional, não operacional, patrimonial ou financeira, inclusive aplicação no mercado financeiro ou de capitais, durante todo o ano-calendário, as quais deverão cumprir as obrigações acessórias previstas na legislação específica. 6 As multas a que se refere o caput não se aplicam à pessoa jurídica não obrigada a apresentar, inclusive à que a apresenta de forma facultativa ou esteja obrigada por força de norma expedida por outro órgão ou entidade da administração pública federal direta ou indireta que tenha atribuição legal de regulação, normatização, controle e fiscalização. 14 III. multa equivalente a 0,02% (dois centésimos por cento) por dia de atraso, calculada sobre a receita bruta da pessoa jurídica no período a que se refere a escrituração, limitada a 1% (um por cento) desta, aos que não cumprirem o prazo estabelecido para apresentação dos registros e respectivos arquivos. 2.2 Pontos de atenção no leiaute da Escrituração Contábil Digital – ECD Bloco C Novidade a partir de 2020, os registros do Bloco C não precisam ser importados, pois são preenchidos pelo próprio PGE do Sped Contábil, após a recuperação das informações da ECD anterior feita pelo usuário do programa, no menu Escrituração/Recuperar ECD anterior. Bloco I A ECD representa a contabilidade comercial e societária. Nela, encontram-se registros contábeis referentes aos seguintes livros: I. G - Livro Diário (Completo sem escrituração auxiliar); II. R - Livro Diário com Escrituração Resumida (com escrituração auxiliar); III. A - Livro Diário Auxiliar ao Diário com Escrituração Resumida; IV. B - Livro Balancetes Diários e Balanços; e V. Z - Razão Auxiliar (Livro Contábil Auxiliar conforme leiaute definido nos registros I500 a I555). É por meio do plano de contas, informado no Registro I050, que o validador calculará e confirmará os saldos periódicos dos registros I150/I155 (balancetes) e os respectivos lançamentos nos livros Diário e Razão (registros I200/I250). O plano de contas abrange contas sintéticas e analíticas, devendo conter quatro níveis, no mínimo, e respeitar a estrutura de contas (ordem decrescente de liquidez e exigibilidade). O Registro I051 - “Plano de contas referencial” é opcional para ECD, porém obrigatória para a ECF, razão pela qual se recomenda fortemente seu preenchimento na própria ECD. Referido registro tem como objetivo estabelecer o mapeamento (DE-PARA) entre as contas analíticas de ativo, passivo, patrimônio líquido, receitas e despesas do plano de contas societário (registro I050) para o plano de contas padronizado da RFB. O registro I155 informa os saldos contábeis periódicos, informando saldos iniciais, débitos e créditos e os saldos finais das contas patrimoniais e de resultado. Tal como ocorre com o plano de contas (registros I050 e I051), deve ser respeitada a estrutura do bloco conforme as regras do leiaute estabelecido, pois os registros dos saldos periódicos são recuperados para a ECF. Qualquer erro de estrutura poderá implicar necessidade de retificação. 15 Os registros I200 e I250 representam os livros Diário e Razão na sua essência. O registro I200 (Livro Diário) é o cabeçalho do lançamento contábil e deverá indicar nº, data, valor e tipo de lançamentos contábeis. O registro I250 (Livro Razão) identifica todas as contrapartidas do lançamento informado no Registro I200, o que significa que o somatório de todos os débitos e créditos neste registro devem coincidir com o valor do lançamento registrado no I200. Por fim, o Registro I350 identifica o período relativo aos saldos das contas contábeis de resultado antes do encerramento. O registro I355 traz os detalhes dos saldos de resultado antes do encerramento. Na prática, é um registro que assume a forma de balancete, mas apenas em relação às contas de resultado correspondentes ao período em que houve encerramento. Bloco J O registro J005 indica o período das Demonstrações Contábeis (data inicial e final) e o tipo de demonstração, enquanto o registro J100 representa o Balanço Patrimonial, o registro J150 representa o Demonstrativo do Resultado do Exercício - DRE, e o registro J210 representa as Demonstrações de Mutação do Patrimônio Líquido - DMPL. Importante indicar que o registro J800 - “Outras Informações” é facultativo e destina-se, por exemplo, a demonstrações contábeis publicadas e auditadas, pareceres e laudos contábeis, pareceres de auditoria, notas explicativas e outros relatórios contábeis7. Por fim, o registro J801 - “Termo de Verificação para Fins de Substituição da EC” deve ser utilizado obrigatoriamente no caso de substituição de um arquivo da ECD, conforme previsão da Instrução Normativa RFB nº 1.420/2013. Conforme esclarece o Manual da ECD, a entidade deverá preencher o registro J801 detalhando os erros que deram motivo à substituição com as seguintes informações: I. identificação da escrituração substituída; II. descrição pormenorizada dos erros; III. identificação clara e precisa dos registros que contenham os erros, exceto quando estes decorrerem de outro erro já discriminado; IV. autorização expressa para acesso do Conselho Federal de Contabilidade a informações pertinentes às modificações; e V. descrição dos procedimentos pré-acordados executados pelos auditores independentes, quando for o caso, e quando estes julgarem necessário. 7 Informações inseridas no formato texto RTF (Rich Text Format). 16 O Termo de Verificação para Fins de Substituição deve ser assinado (os dados dos assinantes serão preenchidos no registro J935): I. pelo próprio profissional da contabilidade que assina os livros contábeis substitutos; e II. quando as demonstrações contábeis tenham sido auditadas por auditor independente, pelo próprio profissional da contabilidade que assina os livros contábeis substitutos e também pelo seu auditor independente. A manifestação do profissional da contabilidade que não assina a escrituração se restringe às modificações relatadas no Termo de Verificação para Fins de Substituição. Só é admitida a substituição da ECD até o fim do prazo de entrega relativo ao ano-calendáriosubsequente. São nulas as alterações efetuadas em desacordo com as regras supramencionadas ou com o Termo de Verificação para Fins de Substituição. O procedimento para anexar é o seguinte: 1 – Digite o documento que deseja anexar no Word; 2 – Salve o documento como .rtf (formato RTF); 3 – Abra o documento no Bloco de Notas; 4 – Copie todo o conteúdo do arquivo aberto no Bloco de Notas; 5 – Cole o conteúdo copiado no registro J801; 6 – Importe o arquivo, de acordo com o Leiaute da ECD, para o programa da ECD. Funcionalidade de inclusão de arquivo cadastrado no J801 no programa da ECD: 1 – Selecionar a opção Incluir arquivo rtf; 2 – O sistema abre uma interface de localização de arquivo; 3 – Selecionar somente o arquivo .rtf; 4 – O sistema copia o arquivo para a pasta do sistema com o nome padronizado; 5 – O sistema calcula o hash e armazena o nome o local e o hash da cópia do arquivo selecionado; 6 – O sistema coloca o nome do arquivo no campo de descrição. Funcionalidade de exclusão de arquivo cadastrado no J801 no programa da ECD: 1 – Selecionar um registro e solicitar a exclusão (botão “-”); 2 – O sistema exclui o registro J801 e o arquivo na pasta. Bloco K Deverão preencher este bloco as empresas controladoras obrigadas a apresentar demonstrações consolidadas de acordo com a legislação 17 societária (Lei nº 6.404/76 e/ou Pronunciamento Técnico CPC 36 – Demonstrações Consolidadas). 2.3 Informações gerais da Escrituração Contábil Fiscal – ECF a) Legislação: • Instrução Normativa RFB no 1.422/2013; • Ato Declaratório Executivo Cofis nº 70/2019 (Leiaute 6 – Atualização: Dezembro/2019). b) Descrição/formato: A Escrituração Contábil Fiscal (ECF) compreende a versão digital, no formato .TXT, da Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ), que foi substituída a partir do ano-calendário 2014. A estrutura atual da ECF é a seguinte: ESCRITURA CONTÁBIL FISCAL BLOCO DESCRIÇÃO 0 Abertura e Identificação C Informações Recuperadas das ECD E Informações Recuperadas da ECF Anterior e Cálculo Fiscal dos Dados Recuperados da ECD ESCRITURA CONTÁBIL FISCAL J Plano de Contas e Mapeamento K Saldos das Contas Contábeis e Referenciais L Lucro Líquido – Lucro Real M e-LALUR e e-LACS – Lucro Real N Cálculo do IRPJ e da CSLL – Lucro Real P Lucro Presumido Q Demonstrativo do Livro Caixa T Lucro arbitrado U Imunes e isentas V DEREX W Relatório País-a-País X Informações Econômicas Y Informações Gerais 9 Encerramento do Arquivo Digital c) Periodicidade: Anual, com entrega prevista para o último dia útil do mês de julho do ano posterior ao do período da escrituração. d) Obrigatoriedade (principais hipóteses): São obrigadas ao preenchimento da ECF todas as pessoas jurídicas, inclusive imunes e isentas, sejam elas tributadas pelo lucro real, lucro arbitrado ou lucro presumido. Há que se ressaltar que, caso a pessoa jurídica tenha Sociedades em Conta de Participação (SCP), cada SCP 18 deverá preencher e transmitir sua própria ECF, utilizando o CNPJ da pessoa jurídica que é sócia ostensiva e o CNPJ de cada SCP. e) Dispensa (principais hipóteses): • Pessoas jurídicas optantes pelo Simples Nacional; • Órgãos públicos, autarquias e fundações públicas; • Pessoas jurídicas que não tenham efetuado qualquer atividade operacional, não operacional, patrimonial ou financeira, inclusive aplicação no mercado financeiro ou de capitais, durante todo o ano-calendário. f) Penalidades: De acordo com o art. 6º da Instrução Normativa RFB nº 1.422/2013, a não apresentação da ECF pelos contribuintes que apuram o Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica pela sistemática do Lucro Real, nos prazos fixados, ou a sua apresentação com incorreções ou omissões, acarretará a aplicação, ao infrator, das multas previstas no art. 8º-A do Decreto-Lei nº 1.598, de 26 de dezembro de 1977, quais sejam: I. equivalente a 0,25%, por mês-calendário ou fração, do lucro líquido antes do Imposto de Renda da pessoa jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido8, no período a que se refere a apuração, limitada a 10%9, relativamente às pessoas jurídicas que deixarem de apresentar ou apresentarem em atraso o livro (no caso, o e-Lalur); e II. 3% (três por cento), não inferior a R$ 100,00 (cem reais), do valor omitido, inexato ou incorreto. A partir da vigência da Lei nº 13.670, de 30 de maio de 2018, a não apresentação da ECF pelos contribuintes que apuram o Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica, por qualquer sistemática que não a do Lucro Real, ou a sua apresentação com incorreções ou omissões, acarretará a aplicação, ao infrator, das multas previstas no art. 12 da Lei nº 8.218/91, quais sejam: I. multa equivalente a 0,5% (meio por cento) do valor da receita bruta da pessoa jurídica no período a que se refere a escrituração aos que não atenderem aos requisitos para a apresentação dos registros e respectivos arquivos; II. multa equivalente a 5% (cinco por cento) sobre o valor da operação correspondente, limitada a 1% (um por cento) do 8 Quando não houver lucro líquido, antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social, no período de apuração a que se refere a escrituração, deverá ser utilizado o valor do lucro líquido, antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social informados, do último período em que a pessoa jurídica obteve lucro líquido, atualizado pela taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - Selic, até o termo final de encerramento do período a que se refere a escrituração. 9 Além disso, a multa será limitada em: (i) R$ 100.000,00 para as pessoas jurídicas que no ano- calendário anterior tiverem auferido receita bruta total, igual ou inferior a R$ 3.600.000,00; e (ii) R$ 5.000.000,00 para as demais pessoas jurídicas. 19 valor da receita bruta da pessoa jurídica no período a que se refere a escrituração, aos que omitirem ou prestarem incorretamente as informações referentes aos registros e respectivos arquivos; e III. multa equivalente a 0,02% (dois centésimos por cento) por dia de atraso, calculada sobre a receita bruta da pessoa jurídica no período a que se refere a escrituração, limitada a 1% (um por cento) desta, aos que não cumprirem o prazo estabelecido para apresentação dos registros e respectivos arquivos. 2.4 Pontos de atenção no leiaute da Escrituração Contábil Fiscal – ECF Bloco 0 Embora o Bloco 0 seja de parametrização da ECF, ele é muito relevante, pois a partir de seu preenchimento, a ECF do contribuinte poderá assumir diferentes formas, mais ou menos complexas. O Registro 0010 – “Parâmetros de Tributação” apresenta os parâmetros fiscais que identificam quais blocos e registros serão preenchidos, contendo informações muito relevantes como forma de tributação (lucro real, presumido, arbitrado, ou uma combinação destes regimes, bem como isenta ou imune); período de apuração do IRPJ e da CSLL (trimestral ou anual); critério de reconhecimento de receitas para empresas tributadas pelo lucro presumido (regime de caixa ou de competência). No Registro 0020 - “Parâmetros Complementares” constam os parâmetros que identificam quais blocos e registros a serem preenchidos, especificando situações especiais da pessoa jurídica, como participações em sociedades no exterior, lucros de exploração, atividade rural, pagamentos ao exterior, royalties pagos, participação avaliada pelo método de equivalência patrimonial, inovação tecnológica e desenvolvimento tecnológico, dentre outras. Cada opção poderá influenciar a complexidade da escrituração, em especial em relação aos Blocos X e Y. Por fim, no registro 0930 - “Identificação dos Signatários da ECF”, são informados os dados dos signatários da escrituração. Para a escrituração e envio da ECF, são obrigatórias duas assinaturas: uma do contabilista e uma do representante legal da pessoa jurídica. Bloco C/E Nestes blocos, há a vinculação de dados já transmitidos, assinados digitalmente (com hash),da ECD do ano corrente e da ECF do ano anterior como ponto de partida para o preenchimento da ECF do ano corrente. 20 No Bloco C, há a recuperação das informações da ECD do período (idêntico ao da ECF). Neste bloco, são armazenadas informações do plano de contas e dos saldos mensais das ECD recuperadas. Os seguintes registros da ECD são recuperados na ECF: I. I050 – Plano de Contas; II. I051 – Mapeamento para o Plano de Contas Referencial; III. I053 – Subcontas Correlatas; IV. I100 – Centro de Custos; V. I150 – Data dos Saldos Periódicos; VI. I155 – Saldos Periódicos; VII. I157 – Transferência de Saldos de Plano de Contas Anterior; VIII. I350 – Data da Apuração do Resultado; IX. I355 – Saldos das Contas de Resultado Antes do Encerramento. Por outro lado, no Bloco E, há a recuperação da ECF do ano imediatamente anterior, em especial, os saldos finais das contas referenciais e da parte B (do e-LALUR e e-LACS). O próprio PGE calcula os saldos contábeis de acordo com o período de apuração do tributo. Bloco J/K No Bloco J, é feito o mapeamento do plano de contas contábil para o plano de contas referencial10, enquanto o Bloco K apresenta os saldos das contas contábeis patrimoniais e de resultado por período de apuração e o seu mapeamento para as contas referenciais11. Ou seja, nesses dois registros, é feita a referenciação do plano de contas contábeis com o plano de contas referencial (DE-PARA). É importante sempre ficar de olho em erros comuns que, por vezes, ocorre nesse processo: 1) Não referenciação na ECD; 2) Referenciação de conta sintética e não analítica; e 3) Cruzamento ECF x ECD (retificação sem transmissão). Importante apontar que os registros K915 e K935 possibilitam a inclusão e justificativas para divergências de contas patrimoniais e de resultado, respectivamente. A nova regra de validação é baseada no confronto entre os saldos contábeis (patrimoniais e resultado) apresentados na Escrituração Contábil Digital (ECD) x Escrituração Contábil Fiscal (ECF), por meio dos registros K155/K355. Bloco L/M/N Tratam dos blocos nos quais é feita a apuração do IRPJ e da CSLL na sistemática do Lucro Real. O Bloco L apresenta o balanço patrimonial, 10 Caso a ECD recuperada possua o mapeamento para o plano de contas referencial válido na ECF, o bloco J pode ser construído automaticamente e é permitida a sua edição. 11 Caso haja recuperação da ECD, o bloco K pode ser construído automaticamente, sendo permitida a sua edição. O bloco K também pode ser importado, independentemente da recuperação da ECD. 21 a demonstração do resultado do exercício e apura o lucro líquido da pessoa jurídica tributada pelo lucro real. Por sua vez, no Bloco M, encontram-se os livros eletrônicos de escrituração e apuração do IRPJ (e-LALUR) e da CSLL (e-LACS) da pessoa jurídica tributada pelo lucro real - partes A e B, ao passo que no Bloco N é feito o cálculo do IRPJ e da CSLL com base no lucro real (estimativas mensais e ajuste anual ou valores trimestrais). No Registro M300 - “Demonstração do Lucro Real - Lançamentos da Parte A do e-Lalur”, será demonstrada a apuração da base de cálculo da IRPJ anual, trimestral e nos meses com estimativa apurada com base no balanço/balancete. No Registro M305 - “Conta da Parte B do e-Lalur”, são relacionados os lançamentos da parte A do e-Lalur com a conta da parte B, de acordo com as regras a seguir: I. se adição, debita conta da parte B e credita na parte A; II. se exclusão, credita conta da parte B e debita na parte A; e III. se prejuízo, debita conta da parte B e credita na parte A. Por outro lado, no Registro M010 – “Identificação da Conta na Parte B do e-Lalur e do e-Lacs”, são cadastrados os saldos iniciais no período da escrituração das contas da parte B utilizadas no e-LALUR e no e-LACS. Atenção para a novidade de 2020, na qual foi criado o registro M510 para o controle de saldos da parte B do Lalur/Lacs por conta padrão. Bloco P/Q No Bloco P, apresenta-se o balanço patrimonial, a demonstração do resultado do exercício e apura-se o IRPJ e a CSLL com base no lucro presumido. No Bloco Q, encontra-se o “Demonstrativo do Livro Caixa” para os casos previstos na legislação. A apuração do IRPJ pela sistemática do Lucro Presumido é bastante simplificada. Deve-se atentar, apenas, ao Registro Y672 - “Outras Informações (Lucro Presumido ou Lucro Arbitrado)”, que possibilita ao Fisco obter informações sobre as movimentações e a vida da empresa, como capital registrado, estoque, saldo de caixa e bancos, bem com de aplicações financeiros, compras no período, contas a pagar/receber etc. Tais informações possibilitam uma fiscalização muito mais acurada nos contribuintes optantes pelo lucro presumido. Bloco T No Bloco T, apura-se o IRPJ e a CSLL com base no lucro arbitrado. Entretanto, deve-se enfatizar que, conquanto seja possível preencher o Registro 0010 indicando como “forma de tributação do lucro” o lucro arbitrado, ele é uma consequência, e não uma opção como o cálculo pelo lucro presumido. Aplica-se estritamente em situações 22 determinadas em lei, ou seja, quando a pessoa jurídica deixar de cumprir as obrigações acessórias relativas à apuração do IRPJ e da CSLL pela sistemática do lucro real ou presumido. Bloco U No Bloco U, o balanço patrimonial e a demonstração do resultado das imunes ou isentas são informados, bem como se escritura a apuração do IRPJ e a CSLL, quando cabível. Bloco V Apresenta a declaração sobre utilização dos recursos em moeda estrangeira decorrentes do recebimento de exportações (DEREX). Bloco W Apresenta Declaração País-a-País (Country-by-Country Report), instituída no Brasil pela Instrução Normativa nº 1.681/16, que visa conferir, em bases anuais, informações relevantes às administrações tributárias em cada jurisdição em que as empresas de um determinado grupo atuam. 12 Aplicável apenas para grupos econômicos com receita bruta anual de EUR 750 milhões (ou equivalente na moeda do país). Tal declaração consiste num relatório anual, por meio do qual as empresas transnacionais12 deverão fornecer à Administração Tributária da jurisdição de residência de seu controlador final informações (ex.: número de empregados, ativos tangíveis, propriedade intelectual etc.), relacionadas à localização de suas atividades, à alocação global de renda e aos impostos pagos e devidos (“Tabela 1”), identificando-se as jurisdições nas quais as empresas do grupo operam, quais entidades integrantes do grupo atuam nessas jurisdições e as atividades econômicas que desempenham (“Tabela 2”) . Bloco X Neste bloco, são inseridas Informações e maior detalhamento de adições/exclusões realizadas no e-Lalur e no e-Lacs, necessárias para um olhar mais acurado sobre os critérios utilizados na aplicação da legislação de subcapitalização, preços de transferência, tributação dos lucros auferidos no exterior, remessa de royalties ao exterior etc. Bloco Y Neste bloco, são inseridas outras informações que possam fornecer: I. maior nível de detalhamento da apuração do IRPJ/CSL; 23 II. maior detalhamento da vida econômica da empresa e de seus sócios; III. dados para aplicação da multa (i.e., Registro Y720 – “informações de períodos anteriores)”. As informações deste bloco, conquanto muitas vezes não sejam utilizadas para fiscalização da apuração do Imposto de Renda, podem ser utilizadas para cruzamento de informações fiscais. AULA VIRTUAL 6 https://fipecafi.blackboard.com/bbcswebdav/library/V%C3%ADdeos/GTB/TCF/Compliance%20Fiscal/Compliance%20Fiscal%20-%20Aula%2006.html 24 3. COMPLIANCE NA EFD-REINF 3.1 Informações gerais da EFD-Reinf a) Legislação: • Instrução Normativa RFB nº 1701/17. b) Descrição/formato: Constitui um dos módulos do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) e um complemento ao Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial), composto dearquivos no formato .XML. As informações constantes nessa nova escrituração substituirão as informações contidas em outras obrigações acessórias, como a DIRF, parte da GFIP e o módulo da EFD-Contribuições que apura a Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB). A estrutura atual da EFD-Reinf é a seguinte: EFD-REINF REGISTRO DESCRIÇÃO R-1000 Informações do Contribuinte R-1070 Tabela de Processos Administrativos/Judiciais R-2010 Retenções Contribuição Previdenciária– Tomadores de Serviços R-2020 Retenções – Prestadores de Serviços R-2030 Recursos Recebidos por Associação Desportiva R-2040 Retenções – Recursos Repassados para Associação Desportiva R-2050 Comercialização da Produção por Produtor Rural PJ/ Agroindústria R-2060 Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta – CPRB R-2098 Reabertura dos Eventos Periódicos R-2099 Fechamento dos Eventos Periódicos R-3010 Receita de Espetáculos Desportivos R-9000 Exclusão de Evento c) Periodicidade: Mensal, com entrega até o dia 15 do mês subsequente ao mês a que se refere a escrituração. d) Obrigatoriedade (principais hipóteses): • Pessoas jurídicas que prestam e/ou que contratam serviços 25 realizados mediante cessão de mão de obra nos termos do art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991; • Pessoas jurídicas responsáveis pela retenção da contribuição para o PIS/Pasep, da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL); • Pessoas jurídicas optantes pelo recolhimento da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB); • Produtor rural pessoa jurídica e agroindústria quando sujeitos à contribuição previdenciária substitutiva sobre a receita bruta proveniente da comercialização da produção rural nos termos do art. 25 da Lei nº 8.870/ 1994, e do art. 22-A da Lei nº 8.212/1991, respectivamente; • Associações desportivas que mantenham equipe de futebol profissional que tenham recebido valores a título de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e símbolos, publicidade, propaganda e transmissão de espetáculos desportivos; • Empresa ou entidade patrocinadora que tenha destinado recursos à associação desportiva que mantenha equipe de futebol profissional a título de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e símbolos, publicidade, propaganda e transmissão de espetáculos desportivos; • Entidades promotoras de eventos desportivos realizados em território nacional, em qualquer modalidade desportiva, dos quais participe ao menos 1 (uma) associação desportiva que mantenha equipe de futebol profissional; • Pessoas jurídicas e físicas que pagaram ou creditaram rendimentos sobre os quais haja retenção do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF), por si ou como representantes de terceiros. A implementação da EFD-Reinf tem sido gradual, de acordo com a seguinte regra: a) 1º grupo, que compreende as entidades empresariais com faturamento acima de R$ 78.000.000,00, no ano de 2016 – início da obrigatoriedade em 1º de maio de 2018, em relação aos fatos geradores ocorridos a partir dessa data; b) 2º grupo, que compreende as demais entidades empresariais, exceto as optantes pelo Simples Nacional – início da obrigatoriedade em 10 de janeiro de 2019, referentes aos fatos ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2019; c) 3º grupo, que compreende os obrigados não pertencentes ao 1º, 2º e 4º grupos, em data a ser fixada em ato da RFB; d) 4º grupo, que compreende os entes públicos, em data a ser fixada em ato da RFB. e) Dispensa (principais hipóteses): Até futura regulamentação pela Receita Federal do Brasil, os 26 contribuintes situados nos 3º e 4º grupos (optantes do Simples Nacional e entes públicos). f) Penalidades: De acordo com o art. 32-A da Lei nº 8.212/91, a não apresentação da EFD-Reinf no prazo fixado ou quem a apresentar com incorreções ou omissões será intimado a apresentar a declaração original, no caso de não apresentação, ou a prestar esclarecimentos, nos demais casos, e ficará sujeito às seguintes multas13: I. 2% (dois por cento) ao mês calendário ou fração, incidentes sobre o montante dos tributos informadas na EFD-Reinf, ainda que integralmente pagas, no caso de falta de entrega da declaração ou de entrega após o prazo, limitada a 20% (vinte por cento); II. R$ 20,00 (vinte reais) para cada grupo de 10 (dez) informações incorretas ou omitidas. 3.2 Pontos de atenção no leiaute da EFD-Reinf R-1000 e R-1070 No registro R-1000, são fornecidas informações cadastrais necessárias ao preenchimento e validação dos demais eventos da EFD-Reinf, inclusive para apuração das retenções e contribuições devidas. Neste evento, serão discriminadas as informações que influenciam na apuração correta das contribuições sociais e eventuais acréscimos legais, como a classificação tributária do contribuinte, acordos internacionais para isenção de multa, situação da empresa (normal, extinção, fusão, cisão ou incorporação), dentre outras. O contribuinte deve informar, ainda, se está sujeito à Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta - CPRB, pois os contribuintes obrigados à EFD- Reinf não precisarão mais declarar este tributo na EFD Contribuições. Já o registro R-1070 tem como escopo a inclusão, alteração e exclusão dos processos judiciais e administrativos que influenciam no cumprimento das obrigações tributárias principais e acessórias. Apenas decisões favoráveis ao contribuinte devem ser informadas, considerando as seguintes regras: - Os indicativos judiciais/administrativos ainda não transitados em julgado (distintos do indicativo “90”) não alteram o valor calculado dos tributos. Nesse caso, prevalece o valor que deveria ser calculado sem o processo, devendo a empresa informar o valor devido e o discutido judicial/administrativamente como “suspenso” nas declarações de valores devidos dos órgãos governamentais envolvidos na EFD-Reinf, de acordo com as normas dessas declarações; e - O indicativo de decisão “90”, relativo aos processos judiciais 13 A multa mínima a ser aplicada será de: (i) R$ 200,00 (duzentos reais), no caso de omissão de declaração sem ocorrência de fatos geradores; ou (ii) R$ 500,00 (quinhentos reais), se o sujeito passivo deixar de apresentar a declaração no prazo fixado ou apresentá-la com incorreções ou omissões. 27 e administrativos, permite à empresa o cálculo dos valores devidos de acordo com o processo em pauta, considerando a decisão final. Ressalta-se que este indicativo deve ser informado apenas quando a decisão for em última instância, da qual não caiba mais nenhum recurso. Neste registro, informam-se, também, processos que suspendem o recolhimento da retenção, parcial ou totalmente. R-2010 e R-2020 Estão obrigadas a entregar a EFD-Reinf as pessoas jurídicas que prestam (R-2020) e que contratam serviços (R-2010) realizados mediante cessão de mão de obra nos termos do art. 31 da Lei n° 8.212/91 e do art. 219, do Decreto nº 3048/99. Outras hipóteses de retenção do INSS, fora das hipóteses trazidas nesses dispositivos, estão fora dessa sistemática. Caso a prestadora possua decisão/sentença judicial determinando a suspensão da retenção (dos 11% ou 3,5%, bem como dos adicionais decorrentes de serviços prestados com exposição a agentes nocivos, que ensejam aposentadoria especial aos 15, 20 e 25 anos) ou o depósito judicial das contribuições previdenciárias incidentes sobre o valor dos serviços contidos na nota fiscal/fatura emitidas pelo prestador de serviços, o tomador deve cadastrar previamente o processo no evento R-1070 - “Tabela de Processos Administrativos/Judiciais” e indicá-lo neste evento. R-2030 e R-2040 Estão obrigados à entrega da EFD-Reinf a empresa ou entidade patrocinadora que tenha destinado recursos a associação desportiva14 que mantenha equipe de futebol profissional a título de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e símbolos, publicidade, propaganda e transmissão deespetáculos desportivos (R-2030), bem como as associações desportivas que mantenham equipe de futebol profissional que tenham recebido valores a título de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e símbolos, publicidade, propaganda e transmissão de espetáculos desportivos (R-2040). As informações prestadas neste evento referem-se à contribuição patronal, a cargo das associações desportivas, calculada sobre a receita auferida decorrente de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e símbolos, publicidade, propaganda e transmissão de espetáculos desportivos, inclusive no caso do concurso de prognóstico de que trata a Lei nº 11.345/2006. A obrigação de reter e recolher é da empresa que repassa os recursos, em substituição àqueles incidentes sobre a remuneração dos seus segurados empregados, destinados à Previdência Social e ao financiamento do benefício previsto nos arts. 57 e 58 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, e daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho (GILRAT). 14 Considera-se associação desportiva, para efeito de informação neste evento, aquela que mantém equipe de futebol profissional filiada à federação de futebol do respectivo estado, e que seja organizada na forma da Lei nº 9.615, de 1998, ainda que mantenha outras modalidades desportivas. 28 Este evento deverá ter informado, em arquivo único, o estabelecimento, o tipo de repasse e o valor bruto dos recursos recebidos, bem como o valor retido pela empresa repassadora, que deve corresponder a 5% do valor bruto repassado. R-2050 Produtor rural pessoa jurídica e agroindústria quando sujeitos à contribuição previdenciária substitutiva sobre a receita bruta proveniente da comercialização da produção rural (R-2050). R-2060 Também estão obrigadas a entregar a EFD-Reinf as pessoas jurídicas optantes pelo recolhimento da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta - CPRB (R-2060). Impende ressaltar que a Instrução Normativa RFB 1.876/2019 retirou a obrigatoriedade de escrituração da CPRB - Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta na EFD- Contribuições, para os contribuintes que passarem a preencher a EFD-Reinf15. R-3010 Neste evento, são prestadas informações por entidade promotora do espetáculo desportivo (como a federação, a confederação ou a liga desportiva responsável pela organização do evento), relativas às receitas provenientes dos espetáculos desportivos, realizados no território nacional, quando pelo menos um dos participantes do espetáculo esteja vinculado à uma associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional. As informações prestadas neste evento referem-se à contribuição social previdenciária patronal, a cargo das associações desportivas, calculada sobre a receita decorrente dos espetáculos desportivos em que participem, em substituição às contribuições incidentes sobre a remuneração dos seus segurados empregados. Tais informações são destinadas à Previdência Social e ao financiamento do benefício previsto nos arts. 57 e 58 da Lei nº 8.213/91 e daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho - GILRAT. 15 1º grupo - entidades empresariais com faturamento no ano de 2016 acima de R$ 78.000.000,00 - 1º de maio de 2018; e 2º grupo - demais entidades, exceto as optantes pelo Simples Nacional - 10 de janeiro de 2019. AULA VIRTUAL 7 https://fipecafi.blackboard.com/bbcswebdav/library/V%C3%ADdeos/GTB/TCF/Compliance%20Fiscal/Compliance%20Fiscal%20-%20Aula%2007.html 29 4. CRUZAMENTOS DE INFORMAÇÕES NO SPED Com a crescente expansão do Sped – seja com criação de novos módulos, como o eSocial, ou de novos registros ou campos –, multiplicam-se as possibilidades de fontes de verificação, pelas autoridades fiscais, e da consistência da informação prestada pelos contribuintes em suas obrigações acessórias. O risco tributário, igualmente, eleva-se sobremaneira: as multas tributárias pela inconsistência nas informações, seja por inexatidão ou omissão, têm sido cada vez mais relevantes. E não é só. O aumento do volume de informações proporcionado pelas novas exigências no ambiente do Sped pode ser utilizado, eventualmente, para justificar fiscalizações ou lançamentos tributários referentes a fatos geradores de exercícios anteriores (art. 144, §1º do CTN). É bem verdade que muitos softwares, hoje, realizam alguns testes e cruzamentos de informações, diminuindo o espaço para que haja inconsistências nas informações prestadas pelos contribuintes. Entretanto, permanece relevante abordar com seriedade este tema, seja porque nem todas as empresas contam com esses softwares, seja porque o uso da informação pelo Fisco é matéria em constante transformação e evolução. I. Perspectivas de cruzamentos de informações no âmbito federal (RFB) Em 2015, o então Coordenador-Geral da Fiscalização da Receita Federal do Brasil, Flávio Vilela, se posicionou institucionalmente como favorável à utilização cada vez mais crescente de novas tecnologias e cruzamento de dados dos contribuintes para fins de fiscalização tributária: Além das fiscalizações normais, pretendemos incrementar vários outros parâmetros no próximo ano. Em um deles, vamos cruzar dados das notas fiscais eletrônicas com os demais valores informados pelas empresas [como declaração de impostos e de notas emitidas por outras companhias]16. No âmbito da Receita Federal do Brasil, é impossível não começar a análise, senão pelas diretrizes que constam no “Plano Anual de Fiscalização”. Surpreende-se aquele que analisa o referido plano em detalhes ao constatar que, a despeito de a RFB possuir os instrumentos mais eficientes para realizar um cruzamento de informações holístico e mais complexo – o “supercomputador” T-Rex, o software Harpia, acesso a um maior número de módulos no Sped – não se verifica uma intenção (pelo menos publicada) de se realizar um uso intensivo do Sped para identificação de inconsistências fiscais. 16 Flávio Vilela Campos, auditor fiscal e coordenador-geral de fiscalização da Receita Federal do Brasil (RFB) - 15/12/2015 - Fonte: DCI - SP. 30 Em verdade, a capacidade de cruzamento de informações dentro do âmbito do Sped é enorme. Basta imaginarmos que, a partir da emissão de uma simples nota fiscal, há inúmeros outros registros no Sped que, espera-se, sejam preenchidos pelo contribuinte, informando aquela informação novamente: Figura 1 - Preenchimento dos registros no Sped Esse amplo espaço para cruzamento de informações no âmbito do Sped figura, entretanto, apenas uma pequena parte (em branco no gráfico a seguir) da fonte de informações de que a Receita Federal do Brasil dispõe: Figura 2 - Fonte de informações da Receita Federal Se são inúmeras as fontes de informações para cruzamentos de dados para fins fiscais, em vez disso, encontramos destacados como pontos de atuação futura da RFB os seguintes cruzamentos: 1. Operação insuficiência de IRPJ e CSLL: Identificação de inconsistências encontradas entre as informações declaradas em DCTF e informações constantes da Escrituração Contábil e Fiscal – ECF. 2. Operação GILRAT: Cruzamento dos valores informados na GFIP com os valores efetivamente recolhidos, no sentido de verificar a T-REX ADM. CARTÕES CARTÓRIOS DETRANS BANCOS IMOBILIÁRIAS HOSPITAIS, CLÍNICAS E PLANOS DE SAÚDE EMPRESAS EM GERAL ESOCIAL SPED FISCAL SPED CONTRIBUIÇÕES SPED CONTÁBIL ECF DIMED DIMOB DECRED E-FINANCEIRA DOI DIRF/2014 DIRF/2015 CONFIRMA/RETIFICA OUTROS USUÁRIOS PESSOA FÍSICA COAF M. PÚBLICO P. FEDERAL JUÍZES ESTADOS E MUNICÍPIOS Legenda: Recepção de Dados Recepção e Fornecimento de Dados Fornecimento de Dados 31 regularidade do cumprimento das obrigações previdenciárias relativas à contribuição patronal destinada ao financiamento dos benefícios concedidos, em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrentedos riscos ambientais do trabalho (GILRAT), incidentes sobre a remuneração paga aos segurados empregados. 3. Autônomos: Divergências apuradas a partir da DIRPF em que contribuintes declararam rendimentos recebidos de pessoa física e não recolheram a contribuição previdenciária no período de 2014 e 2015. Há no plano de fiscalização ainda, embora sem destaque e/ ou detalhamento específico, referências a outros cruzamentos de informações, como “Dirf x Darf”, ou seja, a verificação sobre divergências entre os valores de Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - IRRF informados na Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (Dirf) e os recolhidos por meio de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf). Aqui, vale lembrar que a mesma lógica ocorre entre “Dirf x DCTF”: igualmente será verificado se os valores das retenções declaradas nas DCTFs estão iguais aos valores que serão transmitidos nas DIRFs. O que se constata, portanto, é o uso da tecnologia para se realizar cruzamentos de informações que há muito já eram realizados nas fiscalizações pessoais da RFB, mas agora em ambiente digital. Não se vê a utilização extensiva das informações dos novos módulos, registros e campos no âmbito do Sped, principalmente em situações entre diferentes entes tributantes. Sabe-se, por outro lado, que a RFB faz uso de diversas informações obtidas fora do Sped, como a Declaração de Operações Imobiliárias (DOI), preenchida pelos cartórios; a Declaração de Informações sobre Atividade Imobiliária (Dimob), preenchida pelas imobiliárias; a e-Financeira, preenchida pelas instituições financeiras; a Decred, preenchida pelas administradoras de cartões de crédito; Declaração de Serviços Médicos e de Saúde (DMED), preenchida por prestadores de serviços médicos e de saúde; operadoras de plano privado de assistência à saúde, de serviços de saúde e de plano privado de assistência à saúde; para citar algumas. Todas essas informações alimentam o “T-Rex” e são utilizadas para analisar as informações prestadas pelos contribuintes em sua apuração de tributos federais. Naturalmente, há situações conhecidas em que a RFB faz o cruzamento de informações dentro do âmbito do Sped, como, por exemplo, a verificação entre informações existentes na Escrituração Contábil Digital - ECD, na Escrituração Contábil Fiscal - ECF e na Declaração de Débitos e Créditos de Tributos Federais – DCTF, para verificar a apuração de débitos de IRPJ e CSLL, bem como o cruzamento da ECD com a EFD-Contribuições, para identificar valores de receitas, de tributos devidos etc. Mas em regra, são cruzamentos pontuais, realizados com a finalidade de se verificar a consistência 32 entre obrigações acessórias de apuração do tributo e aquelas de constituição do crédito tributário. São, pois, cruzamentos que visam permitir que se faça, eletrônica e remotamente, não obstante em velocidade infinitamente superior, aquilo que o auditor fiscal realizava ao solicitar e analisar os livros e documentos fiscais. Vale mencionar que ainda existem inúmeros caminhos possíveis, prontos para serem trilhados num futuro próximo, como a utilização de informações internas ao Sped, como as informações do Registro Y540 - “Discriminação da Receita de Vendas dos Estabelecimentos por Atividade Econômica” ou do Registro Y600 - “Identificação e Remuneração de Sócios, Titulares, Dirigentes e Conselheiros”, ambos da ECF, bem como com informações externas ao Sped, como aquelas declaradas no Siscoserv ou na CBE (declaração de Capitais Brasileiros no Exterior). São alguns exemplos que demonstram a constante necessidade de o contribuinte se manter atualizado e “de olho” nas novidades do Sped, com pensamento e visão crítica, para se verificar como as novas informações exigidas poderão afetar o compliance fiscal da empresa. II. Perspectivas de cruzamentos de informações no âmbito estadual (Sefaz) No âmbito estadual, a intensidade do uso das informações fiscais fornecidas por obrigações acessórias diversas varia em cada estado da federação. Exemplificativamente, podemos citar o Estado da Bahia como exemplo de ente federativo que tem explorado competentemente o ambiente de informações digitais, conseguindo “recuperar” R$ 223 milhões em ICMS devido nos últimos dois anos, por intermédio da utilização de dados disponíveis eletronicamente obtidos pelo seu Painel de Planejamento da Fiscalização (PPF), no qual se integrou informações constantes na EFD, na ECD, no Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e), na Nota Fiscal eletrônica (NF-e), bem como informações obtidas da arrecadação, cadastro e autuação de contribuintes, no âmbito interno da base de dados Sefaz/BA, bem como dados externos, obtidos, por exemplo, de operadoras de cartões de crédito. No Estado de São Paulo, por outro lado, o uso das informações fiscais e o seu cruzamento têm sido mais tímidos, normalmente ocorrendo autuações fiscais pela falta de escrituração de livros fiscais (ou seja, a tradicional EFD “entregue em branco”, ainda que parcialmente). Problemas no preenchimento dos documentos fiscais que, por vezes, implicam sua inidoneidade para fins fiscais; ou, ainda, cruzamento de informações com objetivo de se verificar a consistência entre obrigações acessórias de apuração do tributo e aquelas de constituição do crédito tributário (por exemplo: “NF-e” x “EFD ICMS IPI” x “GIA”). É importante que se tenha em mente que os Estados possuem um dos documentos mais interessantes para utilizar como instrumento de verificação da consistência das informações fiscais fornecidas pelos contribuintes: a Nota Fiscal eletrônica (NF-e). E por quê? Simples: é uma obrigação acessória já consolidada, muito próxima da operação tributável, emitida antes da ocorrência do fato gerador, 33 cuja possibilidade de cancelamento é bastante limitada em termos temporais (em regra, dentro de 24 horas) e todas as demais alterações são registradas em documentos próprios. Além disso, há obrigação de seus documentos auxiliares, que referenciam seu conteúdo, transitarem fisicamente nas etapas das operações às quais se referem e que hoje podem ser recusadas pelo parceiro comercial (pela “Manifestação do Destinatário”), caso não reflitam a operação fiscal. Daí a importância de manter um acompanhamento de perto das alterações e novas exigências de seu leiaute. Podemos citar, exemplificativamente, a exigência de informações acerca da forma de pagamento. Numa análise superficial, não parece decorrer grandes consequências, senão precisar com maior nível de detalhe a operação tributável na exata dimensão de sua ocorrência. No entanto, a informação de que uma determinada operação foi paga mediante cartão de crédito pode apresentar consequências interessantes: (i) possibilidade de a Sefaz conferir com os valores informados na Decred; (ii) verificação de extratos bancários para fins de aferição de efetivo pagamento, em exame de boa-fé do contribuinte, nos casos de operações com documentos inidôneos ou de recebimentos/remessas desacompanhados de documento fiscal hábil; (iii) troca de informações com a RFB, que poderia utilizar tal informação para verificar se a receita das administradoras de cartão estão sendo tributadas pelo PIS e pela Cofins adequadamente, etc. Também pela somatória dos valores das operações consignadas na NF-e/NFC-e (soma do faturamento), é possível verificar se a receita bruta do contribuinte foi adequadamente declarada na ECD (Bloco I – “Saldos e movimentações de contas de receitas”) e na ECF (Bloco N – “Total do faturamento”/Bloco P – “Total do faturamento”). Além de casos em que foi realizado cotejo entre a ECF e os Registro de Saídas no Bloco C e de Apuração do ICMS (E110/E210/E310) na EFD ICMS/ IPI. Assim, há, também em relação às administrações tributárias estaduais, um espaço ainda bastante amplo para uma intensificação do uso da tecnologia no auxílio de fiscalizações, o que vai demandar maior preparação dos contribuintes quantomais intenso for o uso da informatização fiscal pelas administrações tributárias estaduais a que se submetem. III. Perspectivas de cruzamentos de informações no âmbito municipal Se as realidades das administrações fiscais estaduais são por vezes radicalmente distintas, menor uniformidade se constatará em relação ao uso e cruzamentos de informações fiscais no âmbito dos quase 5.600 municípios hoje existentes no Brasil. Isso não significa que não haja interessante espaço para cogitar o uso da informatização fiscal no aprimoramento da fiscalização tributária. Pelo contrário, em razão de muitos municípios adotarem sistemas informatizados próprios e ainda não haver uma nota fiscal de serviços eletrônica de abrangência nacional, muitas vezes, as informações detidas por municípios não são disponibilizadas para outros entes tributantes. 34 A introdução do Bloco B – “Escrituração e Apuração do ISS” no âmbito do Sped – embora circunscrita apenas ao Distrito Federal em 2019 – nos dá um pequeno vislumbre da interação e da troca de informações fiscais que seria possível com a eventual inserção de informações referentes ao ISS no Sped. Podemos pensar, exemplificativamente, no uso do Registro B470 - Apuração do ISS para obter as informações sobre a receita operacional do contribuinte (Campo 8: Valor total da base de cálculo do ISS) e compará-las com a receita indicada na apuração do lucro presumido (Registros P300/P500 da ECF) ou com a receita indicada para apuração do PIS e da Cofins, especialmente no regime cumulativo (Bloco M da EFD-Contribuições), ou apuração da CPRB (Bloco P da EFD-Contribuições). Ou ainda, para além da utilização das informações para fins estritamente fiscais, no uso de informações do Registro B510 – “Uniprofissional - empregados e sócios” para verificar os profissionais habilitados e não habilitados a exercer a atividade fim da sociedade, sócios ou não, e a consistência dessas informações com aquelas que constam no eSocial ou no Registro Y600 – “Identificação e Remuneração de Sócios, Titulares, Dirigentes e Conselheiros” da ECF. Ainda que esse cenário de integração ainda não tenha sido alcançado, hoje, algumas municipalidades se valem de cruzamentos de informações fiscais para fundamentar autuações. No Conselho Municipal de Tributos de São Paulo, por exemplo, algumas situações interessantes que certamente apontam pontos de atenção em relação aos quais o contribuinte deverá se preparar: (i) utilização de valores declarados como receita na ECF (ou na antiga DIPJ) sendo utilizados para gerar uma presunção de omissão de receita tributável pelo ISS (invertendo o ônus da prova ao contribuinte, que deverá demonstrar a regular emissão de NFSe e recolhimento do imposto); (ii) a consideração da classificação das receitas na ECF (ex.: Receita de Prestação de Serviços - Mercado Externo) como indício para a configuração ou não de uma exportação de serviço, isento do ISS por força da Lei Complementar nº 116/03; (iii) o uso de informações da RAIS (futuramente, no eSocial) para verificar se o local indicado como estabelecimento prestador do serviço possui capacidade operacional e funcionários qualificados para a sua prestação. O que se verifica, portanto, é que o município de São Paulo, ainda que sem contar com uma integração eficiente com o sistema Sped, tem utilizado de forma bastante inteligente a troca de informações entre administrações tributárias e das informações de seu próprio sistema para otimizar os trabalhos de fiscalização. Trata-se de uma tendência que, espera-se, seja adotada por outras municipalidades, tão logo se perceba o potencial que o uso adequado da informatização fiscal possui. 35 AULA VIRTUAL 8 DOWNLOAD DO MATERIAL UTILIZADO NAS AULAS VIRTUAIS ARQUIVO DE IMPRESSÃO https://fipecafi.blackboard.com/bbcswebdav/library/V%C3%ADdeos/GTB/TCF/Compliance%20Fiscal/Compliance%20Fiscal%20-%20Aula%2008.html https://fipecafi.blackboard.com/bbcswebdav/library/V%C3%ADdeos/GTB/TCF/Compliance%20Fiscal/Arquivo%20Impress%C3%A3o_slides%20videos.pdf 36 REFERÊNCIAS BALEEIRO, Aliomar. Direito tributário brasileiro. 11ª ed. Rio de Ja- neiro: Forense, 2010. MUSGRAVE, Richard. Fiscal systems. New Haven; London: Yale University Press, 1969. SCHOUERI, Luís Eduardo. Direito tributário. 5ª ed. São Paulo: Sa- raiva, 2015. ZOCKUN, Maurício. Regime jurídico da obrigação tributária aces- sória. São Paulo: Malheiros, 2005. © FIPECAFI - Todos os direitos reservados. A FIPECAFI assegura a proteção das informações contidas nesse material pelas leis e normas que regulamentam os direitos autorais, marcas registradas e patentes. Todos os textos, imagens, sons, vídeos e/ou aplicativos exibidos nesse volume são protegidos pelos direitos autorais, não sendo permitidas modificações, reproduções, transmissões, cópias, distribuições ou quaisquer outras formas de utilização para fins comerciais ou educacionais sem o consentimento prévio e formal da FIPECAFI.
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