Buscar

Fichamento A Ásia Oriental nos séculos XIX e XX. Cap. 4 O Japão na Era Meiji a 1937 - Jean Chesneaux

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO 
 ESCOLA DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS 
 
 Julia Duques dos Santos, 136.423 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÌNTESE DO SEGUNDO BLOCO 
 “A Ásia Oriental nos séculos XIX e XX: O Japão da Era Meiji a 1937” 
 
 
 
 
 
 
 
 Guarulhos 
 2019 
CHESNEAUX, Jean. A Ásia Oriental nos séculos XIX e XX. Cap. 4 O Japão na Era Meiji a 
1937. SP: Pioneira, 1976. 
 Jean Chesneaux foi um historiador francês nascido em 2 de outubro de 1922. Sua área 
de especialização era Ásia Oriental, incluindo Vietnã e China. Foi professor na Universidade 
de Paris VII e da Escola de Estudos Avançados em Ciências Sociais. Além disso, Chesneaux 
foi grande ativista anticolonialista, participando do partido comunista francês, também se 
tornou presidente do Greenpeace da França em 1997. O historiador faleceu em 23 de julho de 
2007 em Paris. 
 O capítulo aborda o Japão no inicio da Era Meiji, abordando contextos político-
econômicos, na fase de abolição de um Estado feudal, apoiador da prática do shogun para um 
Estado com bases Ocidentais. 
 Ao expor diversos dados quantitativos sobre a expansão da economia japonesa, 
Chesneaux visa tratar sobre a história japonesa após a morte do imperador Komei, tendo a 
posse do imperador Mutsu-hito, conhecido como Meiji. O autor debate sobre a evolução 
econômica e a formação da nação, que apesar de dado o fim do shogun, práticas ocidentais 
eram adicionadas ao modelo social japonesa para sua inserção no mundo moderno. 
 Com a abertura do quarto capítulo, o historiador descreve a economia japonesa após a 
expedição de Perry, que abriu o mercado para o Ocidente (prática do shogun). Porém com a 
alta demanda, a inflação subiu significativamente, além disso, a relação ouro-dinheiro no 
Japão era diferente das relações ao redor do mundo, resultando no fim das reservas de ouro do 
país e em diversos protestos camponeses, alimentando o sentimento nacionalista e de revolta 
com a atual situação do país, sucedendo na decisão do Imperador de abolir o shogun e 
expulsar os estrangeiros. 
 O imperador Meiji inicia sua era inspirando a “Revolução” Meiji, com a pretensão de 
ampliar a econômica nacional, o Estado feudal chegou ao fim, assim como, o pagamento de 
camponeses por meio do arroz, já que agora haveria a cobrança de impostos sobre a terra. 
Dentre as nova mudanças, entre elas estavam a formação de prefeituras (ken), samurais 
deixam de ser guerreiros individuais, o calendário ocidental é introduzido e o ensino se torna 
obrigatório, em prioridade o estudo da ciência e de novas técnicas. 
 Segundo o autor, apesar das alterações significativas, a “Revolução” Meiji era 
superficial, já que a base social do Estado, por sua vez, não se transformou. Suas 
modificações do Antigo Regime foram feitas para se enquadrarem aos moldes ocidentais. 
 A econômica nacional cresceu exponencialmente, porém a vida rural japonesa foi 
atingida negativamente, já que enriquecimento era apenas dos proprietários rurais e 
comerciantes de arroz. Os camponeses suportaram o peso do prestígio da Era Meiji, como cita 
Chesneaux. 
Esse fenômeno foi fortemente dado pelo expansionismo japonês, até mesmo por meio de 
guerras. Com a dominação de diversos arquipélagos vizinhos, uma frota e exércitos 
modernos, o Japão ganha a fama de grande Potência do extremo Oriente. Sua econômica se 
torna tão forte que sua divida estrangeira de 93 milhões de ienes passa para 1.525 milhões em 
apenas onze anos. Vale ressaltar que grande fluxo monetário nacional se da por conquistas no 
território chinês, dominando até 60% dos investimentos japoneses em 1930. 
 Entretanto, a expansão também afeta a política interna, movimentos operários 
reforçam-se, apesar de ainda muito pequenos para realizarem grandes mobilizações. Partidos 
burgueses tentam dominar algum espaço em decisões políticas e econômicas, como reduzir 
despesas militares, porém uma série de golpes militares finalizam essas tentativas, dando em 
fim na posse militar no governo japonês a partir de 1932. 
 Para além dos conflitos internos, o Japão se divide entre o desejo de se tornar um 
Grande Japão executando relações pan-asiáticas, com sua inserção no mundo moderno, 
liderado por padrões ocidentais. 
“Mas o sonho de um Dai Nippon (Grande Japão), senhor da Ásia Oriental, 
tem raízes sociais bem amplas, no Exército, nas classes medias da cidade, no 
campesinato. Ao mesmo tempo, reflete o desejo de uma vida melhor e um 
sentimento confuso de solidariedade pan-asiática dirigida contra as potencias 
coloniais brancas.” (CHESNEAUX, 1976, p. 51). 
Tendo em vista os aspectos analisados, o autor tem como prioridade retratar a história 
da Era Meiji neste capítulo, dando prioridade aos aspectos econômicos, sociais, políticos e 
expansionistas para formar a nação do Japão após o fim de um Estado feudal.

Continue navegando