Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Resenha do Filme o Diabo Veste Prada para Gestão O filme escolhido por mim foi o ‘Diabo Veste Prada’. No filme Andy é uma jovem jornalista que consegue um emprego numa renomada revista de moda. Totalmente por fora do universo da empresa ao qual agora faz parte e sob a orientação de uma Chefe bastante rigorosa e perfeccionista, ela precisa se adaptar de diversas maneiras para conseguir se encaixar no corpo de funcionários. Do ponto de vista de gestão primeiramente pode ser destacada a pessoa que comanda a revista, Miranda, chefe de Andy. Ela é o tipo de pessoa que mais pende para chefia do que liderança, uma vez que procura alcançar resultados pressionando seus funcionários em prazos curtos e muitas vezes chegando a ser rude quando falham em alguma atividade. Embora ela de fato consiga atingir suas metas é notável como a equipe é desunida e movida simplesmente por um desejo ambicioso de subir de carreira – o que gera até certo atrito entre os colaboradores – e não por um alinhamento de objetivos. Caso fosse uma pessoa em papel de liderança, Miranda alcançaria os mesmos feitos inspirando seus funcionários, reconhecendo o valor de cada um em determinadas tarefas, alinhando ideais e, principalmente, criando um sentimento de time. Em segundo plano está Andy, recém formada e num emprego novo que notavelmente não se encaixa com seu perfil. Num primeiro momento ela fica apavorada e ansiosa devido ao modelo de chefia “agressivo” de Miranda e por insegurança própria começa um processo de se adequar ao ambiente de trabalho não só em aspectos profissionais (o que é algo positivo, pois é importante entender e fazer parte da dinâmica do seu local de trabalho), como também pessoais (ela começa a abdicar de momentos de sua vida privada em prol do emprego a tal ponto que isso afeta suas relações pessoais e a faz questionar sua verdadeira identidade, o que não é saudável de forma alguma porque em algum momento isso acaba se estendendo para o âmbito profissional). Ela também possui alta necessidade de ser reconhecida e acaba erroneamente trabalhando em busca disso ao invés de simplesmente agir por prazer/motivação, o que novamente traz à tona o desalinhamento da equipe. Esse ponto também transparece na relação de Andy com outra funcionária da empresa (Emily), que alimentada pela competitividade do meio passa a enxergar a colega como uma ameaça a sua carreira à medida que Andy passa a ganhar aprovação e atenção de Miranda. Emily inicialmente a critica, menospreza e julga as capacidades de Andy e esse desencorajamento é extremamente nocivo ao conjunto de pessoas do meio empresarial. No final do filme Andy consegue o reconhecimento tão desejado, mas a custo de muitas coisas (relacionamento com o namorado, sua própria identidade pessoal, etc), apesar de nesse processo de erros e acertos acabar se encontrando enquanto profissional. MATRIZ SWOT FILME Forças: os funcionários são determinados e focados em alcançar seus objetivos e sabem agir sob pressão, mesmo quando as demandas parecem impossíveis de serem concretizadas. A revista já é renomada em seu meio e cabe a equipe simplesmente manter o determinado padrão. Fraquezas: corpo de funcionários desalinhado, competitividade nociva causada por insegurança e alimentada pela chefe. Chefe (não líder) que pressiona seus funcionários, não se interessa em entender suas potencialidades, frustra e desanima a equipe e não os alinha em torno de um objetivo em comum. Falta de processo seletivo adequado, uma vez que Andy é aceita numa revista de moda sem ao menos ter a mínima afinidade com o assunto. Oportunidades: o mundo da moda é um segmento que está em constante mudança, com novas áreas de atuação surgindo e temáticas importantes relacionadas não só ao estético, mas ao político e social, o que gera muito conteúdo relevante que pode ser explorado. Fora isso há períodos fixos no ano (como semanas de moda, desfiles de marcas e publicidades em geral) que também geram conteúdo e engajamento para qualquer empresa do modelo citado no filme. Ameaças: o avanço do domínio das mídias digitais e redes sociais que estão tornando material impresso “obsoleto”, apesar de boa parte das pessoas preferir folhear uma revista e colecionar exemplares. A questão social e como isso impacta a moda, uma vez que ainda é tida como uma profissão “fútil”. Análise geral: a partir da matriz percebe-se que o mercado da moda é bastante amplo e repleto de inovações e conteúdos interessantes a serem explorados. No entanto com o avanço das mídias digitais, da comunicação e interação a nível global e, consequentemente, dos debates e discussões sobre temas relevantes incluindo sobre o mercado da moda, é importante não só se reinventar e se manter atualizado sobre tecnologia, áreas de atuação, etc, mas trazer essas pautas comentadas em tom mais sério e aplica-las dentro da empresa, criando uma cultura organizacional forte e um sentimento de time dentro da empresa. Não somente isso é preciso um processo seletivo adequado em que funcionários não sejam apenas capacitados, façam “sentido” ao que a empresa vende e como ela funciona. Um pessoal alinhado e comprometido com o objetivo maior da empresa cria não só um sentimento de pertencimento, mas um sistema de autogestão em que todos entendem o que pretendem alcançar, como e em que ritmo. Mas principalmente, possuir um líder ao invés de um chefe, alguém que mantenha o foco em vista e o grupo alinhado e determinado a alcança-lo através de medidas eficientes e não desgastantes como é o caso de Miranda no filme.
Compartilhar