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-O que é uma política? Política vem políticas públicas. Existem vários tipos de políticas publica, sobre saúde, meio ambiente, etc. As políticas públicas são entendidas como a posição oficial do Governo em relação à temas de interesse da sociedade. -O poder público tem que ter leis para determinar o que cidadão não pode fazer e o que o poder público tem que fazer. -A política nacional sobre drogas tem como instrumento jurídico ATUAL o decreto de 2019 (decreto 9.761). É um decreto federal, em que o chefe do poder executivo decretou sua posição em relação ao tema. -Em relação a política de drogas esse decreto reformulou algumas posições anteriores. -Todo presidente vai reformular as políticas públicas, alinhando-as de acordo com o que ele defende. -Existem 2 tipos de drogas: -Lícita=legal, a lei permite o uso -Ilícita=não existe lei que regulamenta seu uso ou sua venda -Hoje, a posição oficial do governo é que existem drogas lícitas e ilícitas. Fiscalizar o uso das drogas lícitas, coibir o uso das drogas ilícitas, controlar e desestimular o uso de drogas são ações que definem a posição oficial do Governo em relação as drogas. -O presidente que estiver no poder pode ajustar essa política de acordo com suas ideias. Porém quase todos são unanimes em coibir as drogas ilícitas, mas o sentido de coibir não tem sido favorável, porque sempre vai haver o desejo da sociedade em usar droga, sempre haverá pessoas dependentes, etc. Não é possível extinguir o hábito das drogas. Muitos países pensam em legalizar as drogas para impedirem o tráfico, porém essa questão exige discussões em níveis complexos. -O principal objetivo da política sobre drogas é prevenir, ou seja, evitar o primeiro contato, já que muitas drogas se tornam viciantes bastando primeiro contato, outras demoram mais. OBS.: O vício e a dependência estão relacionados com a perda do controle da vontade do organismo de ter contato com a substância. -Existem drogas com grau entorpecente maior -Quando o estado estimula a prática de esporte, a prática de cultura e lazer, a prática de formação e educação se diminuem as chances que a população tem para fazer contato com as drogas. -Em relação às drogas ilícitas, estas são as que o governo não tem controle sobre, já que muitas estão relacionadas, sobretudo, ao tráfico, mas se as drogas forem legalizadas o governo consegue ter controle pelos impostos pagos sobre elas. -Os EUA determinam uma posição ferrenha de coibição das drogas. Muitos países tem seguido a dinâmica dos EUA. -Em 2019 o atual governo reformulou a política sobre drogas, no sentido mais de coibir o uso de drogas, a ideia de legalizar as drogas não é vista como algo que será feito à curto prazo. Por mais que existam ações de combate em campo para coibir os traficantes, não tem sido eficaz esse combate, com muitas mortes causadas pelo tráfico. ARTIGO 1° “Fica aprovada a Política Nacional sobre Drogas - Pnad, na forma do Anexo, consolidada a partir das conclusões do Grupo Técnico Interministerial instituído pelo Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas, na Resolução no 1, de 9 de março de 2018.” ARTIGO 2° “Os órgãos e as entidades da administração pública federal considerarão, em seus planejamentos e em suas ações, os pressupostos, as definições gerais e as diretrizes fixadas no Anexo. ARTIGO 3° “A Secretaria Nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas do Ministério da Cidadania e a Secretaria Nacional de Políticas POLÍTICA NACIONAL SOBRE DROGAS Saúde Pública Lara de Paula Lara de Paula sobre Drogas do Ministério da Justiça e Segurança Pública articularão e coordenarão a implementação da Pnad, no âmbito de suas competências.” -Os serviços de segurança pública, educação, saúde, sistema de justiça, assistência social, dentre outros, e os espaços familiares e sociais são repetidamente afetados, direta ou indiretamente, pelos reflexos e pelas consequências do uso das drogas. -O problema das drogas envolve vários setores da sociedade, por isso, na hora de elaborar essa política juntou-se vários representantes de cada ministério para tornar a discussão mais complexa. -Cada vez mais as pessoas estão procurando serviços de monitoramento e segurança devido aos inúmeros crimes relacionados às drogas, ou seja, é um problema que agrava, principalmente, a situação da segurança pública. OBS.: Existe o Ministério da Cidadania e Justiça responsável pela política nacional sobre drogas OBS.: O Ministro de Cidadania e Justiça assina o decreto também. Antes de falar sobre as ações que esse decreto traz é preciso contextualizar a questão das drogas e a saúde pública -Pra que falar sobre drogas? Sobre dependência química? Isso são perguntas que envolvem a saúde da população. “O uso de drogas na atualidade é uma preocupação mundial. Entre 2000 e 2015, houve um crescimento de 60% no número de mortes causadas diretamente pelo uso de drogas, sendo este dado o recorte de apenas uma das consequências do problema. Tal condição extrapola as questões individuais e se constitui como um grave problema de saúde pública, com reflexos nos diversos segmentos da sociedade.” -Existem muitas mortes diretamente causadas pelo uso das drogas como a overdose, além disso também existe o risco de morte em situações de confronto no uso ilegal das drogas, e também existe os roubos, sequestros, assassinatos e outras situações que compatibilizam crimes que causam morte na sociedade. -Então tem morte, economia afetada, aumento do número de pessoas em situação de rua, menos trabalhadores para o mercado e outros impactos nos contextos sociais. “Independentemente das questões de gênero, idade, espaço geográfico ou classe social, ainda que essas especificidades tenham implicações distintas, o uso de drogas se expandiu consideravelmente nos últimos anos e exige reiteradas ações concretas do Poder Público, por meio da elaboração de estratégias efetivas para dar respostas neste contexto. Tais ações necessitam ser realizadas de forma articulada e cooperada, envolvendo o governo e a sociedade civil, alcançando as esferas de prevenção, tratamento, acolhimento, recuperação, apoio e mútua ajuda, reinserção social, ações de combate ao tráfico e ao crime organizado, e ampliação da segurança pública.” -Independente de trabalhos e pesquisas, sabe-se que o uso de drogas aumentou, isso pode ser observado principalmente nos jovens. Isso tudo carece de ações efetivas que o Estado imponha para corrigir esses problemas, já que resolver é impossível, pelos motivos de falta de controle sobre as drogas, mas é preciso corrigir. -Ligado a esse aumento do uso está dependência, onde o individuo perde o controle de abandonar o vício. As consequências desse vício são denominadas de Abuso de drogas. -Como lidar com esse problema? Todos os setores devem contribuir com a resolução desse problema, já que todos os setores são afetados por isso, é preciso coibir o uso de drogas ilícitas. -O problema do acesso às drogas ilícitas tem muita relação com as fronteiras, já que a produção das drogas no Brasil não é suficiente Lara de Paula Lara de Paula para abastecer o mercado do tráfico, então se tem a entrada de drogas no território brasileiro pelas fronteiras terrestres, aéreas... O governo não tem controle sobre essas entradas, o que dificulta ainda mais o controle efetivo, e por isso a droga tem mais impacto na sociedade. Em países que têm o controle efetivo sobre as mercadorias que chegam pelas fronteiras sofrem menos impactos com a questão das drogas e narcotráfico. -Ainda sobre o assunto do aumento do uso de drogas, os dados sobre os usuários são indefinidos, já que existem muitos casos de pessoas que usam drogas e estão subnotificados, ou seja, não se tem o percentual exato da quantidade de pessoas que usam, se tem apenas uma estimativa. “Dentre as drogas ilícitas, a maconha, em nível mundial, é a droga de maior consumo. No Brasil, a maconha é a substância ilícita de maior consumo entre a população. Em pesquisa nacional de levantamento domiciliar, realizada noano de 2012, 6,8% da população adulta e 4,3% da população adolescente declararam já ter feito uso dessa substância, ao menos, uma vez na vida. Já o uso de maconha, nos últimos 12 meses, é de 2,5% na população adulta e 3,4% entre adolescentes, sendo que, 62% deste público indica a experimentação antes dos 18 anos. Ademais, o uso de maconha, especialmente no público adolescente, gera preocupação em decorrência das consequências nocivas do seu uso crônico, tais como maiores dificuldades de concentração, aprendizagem e memória, sintomas de depressão e ansiedade, diminuição da motivação, sintomas psicóticos, esquizofrenia, entre outros prejuízos. Drogas como a maconha são as drogas ilícitas mais usadas no mundo inteiro, pelo fato de ser mais acessível. Cada vez as pessoas estão utilizando mais cedo as drogas.” “No que tange ao uso de drogas lícitas, em nível mundial, o uso de tabaco é considerado um dos fatores mais determinantes na carga global de doenças. Com seu uso muito vinculado às questões culturais, além dos prejuízos ao usuário, o tabaco acarreta complicações àqueles expostos à sua fumaça, denominados fumantes passivos. No Brasil, do ano de 2006 para 2012, houve uma redução de 3,9% na prevalência de fumantes. A diminuição do uso do tabaco nos últimos anos é representativa e pode se vincular à implementação de ações direcionadas à prevenção, tais como as limitações nas veiculações de ações publicitárias. Entretanto, a experimentação e o uso regular iniciam-se ainda na adolescência, o que indica maior necessidade de ações voltadas para esse público, bem como ampliação no controle sobre a comercialização do tabaco entre adolescentes. Ao mesmo tempo que se registra uma diminuição no uso de cigarro, observa-se o uso crescente de seus similares, como o narguilé, especialmente entre adolescentes e jovens.” -O tabaco também é uma droga licita. -O tabaco conseguiu ser desestimulado na sociedade graças às campanhas de prevenção. Porém deve-se desestimular, também, os novos segmentos do tabaco, que são os cigarros eletrônicos, narguilé, etc. -Em relação ao uso de álcool, droga lícita mais aceita, “Desenvolver estratégias voltadas para o público mais jovem é de fundamental relevância, considerando que os efeitos negativos do uso sobre este grupo etário são maiores quando comparados a grupos mais velhos, sendo a adolescência um período crítico e de risco para o início do uso. De forma associada a esse quadro é necessário também refletir sobre o fato de que há comorbidades associadas como, por exemplo, a depressão, que se apresenta com maior prevalência entre abusadores de álcool. Identificou-se que 5% da população brasileira já realizou alguma tentativa de suicídio, destas 24% associadas ao consumo de álcool, o que remete à necessidade de atuar diretamente sobre tal realidade.” -Essas drogas impactam as finanças do governo na saúde pública. Pessoas que ingerem álcool tem chances de sofrer acidentes, podendo ter lesões Lara de Paula Lara de Paula que serão predispostas para auxílios, além disso o tabaco é um potencial causador de cânceres, que também onera os custos na saúde pública com os tratamentos, invalidez do indivíduo doente, etc. -A juventude é a maior impactada, mas toda a população é afetada. -Nesse sentido, vale ressaltar que a posição oficial do governo é fiscalizar, controlar e desestimular o uso de drogas. Coibir o uso de drogas ilícitas (craque, maconha, cocaína...) -É preciso, também, atualizar as políticas públicas, já que vida em sociedade evolui também, assim como se evolui o uso de drogas... Ex.: uso de drogas sintéticas é algo que é recente, e precisa ser coibido também. Narguilé, cigarro eletrônico é recente também. “Entidades atuantes na área da prevenção do uso de drogas relatam o crescente uso dos derivados do tabaco entre os adolescentes e jovens, fato que ainda carece de estatísticas oficiais em nível nacional, bem como ampliação de estudos científicos. Ações de marketing, que promovem produtos como narguilé, e induzem a conceitos errôneos acerca deste produto, podem vir a induzir o aumento do uso dessas substâncias vendidas sem qualquer descrição dos seus efeitos maléficos à saúde, visto que ações de regulação de sua comercialização ainda são incipientes. Neste sentido, dados os prejuízos à saúde, sociais e econômicos, decorrentes do tabaco e de seus derivados, estes produtos, em sua comercialização, devem ter as mesmas diretrizes de advertência que o cigarro já tem.” -Vale ressaltar que não é só esta lei que fala sobre drogas, existem outras, e elas precisam ser respeitadas. “É evidente com as informações trazidas em relação ao consumo de drogas, lícitas e ilícitas e seu contexto social, que há necessidade de atualizar a legislação da política pública sobre drogas, considerada a dinamicidade deste problema de ordem social, econômica e principalmente de saúde pública.” -Do ponto de vista da posição oficial do governo o usuário deve ser tratado e o traficante deve ser preso. “O plantio, o cultivo, a importação e a exportação, não autorizados pela União, de plantas de drogas ilícitas, tais como a cannabis, não serão admitidos no território nacional.” -A justiça tem sido favorável ao uso terapêutico de algumas drogas, mas a legislação ainda tem sido tímida nessa questão no Brasil. “Conscientizar o usuário e a sociedade de que o uso de drogas ilícitas financia atividades e organizações criminosas, cuja principal fonte de recursos financeiros é o narcotráfico.” -É preciso alertar a população que quem tem acesso as drogas alimentam a marginalidade, o tráfico, a violência, as ações criminosas, etc. OBS.: Uma das formas que o atual governo tem aplicado para desarticular os grupos criminosos das drogas consiste em tirar desses grupos sua principal arma que é o dinheiro. O governo tenta, por meio dessa política, tomar bens dos traficantes, por exemplo, como forma de tirar o dinheiro dessas organizações., dinheiro este, que muitas vezes é fruto de corrupção, lavagem, roubos, etc. - “Reconhecer a corrupção, a lavagem de dinheiro e o crime organizado vinculado ao narcotráfico como as principais vulnerabilidades a serem alvo das ações de redução da oferta de drogas.” - “Reconhecer a necessidade de promoção e fomento dos fatores de proteção ao uso, ao uso indevido e à dependência do álcool e de outras drogas.” - “Reconhecer a necessidade de desenvolvimento de habilidades para a vida, como forma de proteção ao uso, ao uso indevido e à dependência do álcool e outras drogas.” OBS.: Em relação à política de redução de danos: existem abordagens que vão minimizar os impactos. Ex.: Pessoas em situação carcerária são proibidas de usar drogas dentro do sistema penitenciário, mas sabe-se que a droga chega lá dentro. Reconhece-se o problema, mas existe entende-se que não há uma solução definitiva, mas existe uma forma de se reduzir os impactos, os danos. REFERÊNCIAS: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019- 2022/2019/decreto/D9761.htm Lara de Paula Lara de Paula
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