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1 - TECIDOS FUNDAMENTAIS (EHF) OK

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TRANSCRIÇÃO DA DISCIPLINA EHF (23/02/2021) 
TEMA: PRINCÍPIOS DA CONSTRUÇÃO DO CORPO HUMANO E TECIDOS 
FUNDAMENTAIS 
PROFESSOR(a): MAGNALDO 
DIRETOR(a): BRUNNO GIORDANO, IANE CASTRO, GABRIELA PESSOA 
REVISOR(a): ÁQUILA PRISCILLA, JUNIOR P MOURA, MARIANA VIDAL 
 
 
Iremos entender o princípio da construção do corpo humano, ele é básico porém 
fundamental para nosso entendimento e depois trabalharemos as particularidades dos tecidos 
fundamentais. O que são tecidos fundamentais? São aqueles que tecidos bases para a 
construção do corpo humano. São eles: TECIDO EPITELIAL, TECIDO 
CONJUNTIVO,TECIDO NERVOSO E TECIDO MUSCULAR. 
Com base nisso, foram traçados três objetivos de aprendizado: 
1)Compreender o princípio da construção do corpo humano. 
2)Caracterizar os tecidos orgânicos fundamentais e suas relações com a fisiologia humana. 
3)Analisar os tecidos fundamentais e suas aplicações clínicas. 
Quando falamos do princípio da construção do corpo humano, não existe uma 
imagem melhor que essa: 
 
 
PRINCÍPIOS DA CONSTRUÇÃO DO CORPO HUMANO E TECIDOS 
FUNDAMENTAIS 
 Provavelmente, aprendemos que a menor unidade do corpo humano é a célula, porém esta 
afirmativa é negativa. A menor estrutura(unidade) a nível químico do corpo humano é o 
ÁTOMO. Este átomo irá formar uma molécula de DNA e que a partir deste haverá a 
formação de organelas, como o RNAm, para produzir proteínas e só daí surgir a célula. 
 A célula pode não ser a menor estrutura, mas é a menor unidade funcional do corpo. Ou 
seja, em termos químicos a menor estrutura é o ÁTOMO, mas em termos funcionais a menor 
segue sendo a CÉLULA. Isso porque o átomo não tem função no corpo até que esteja 
fazendo parte de uma célula, por exemplo. 
 Como mostra a figura acima, o conjunto de células forma o tecido, o conjunto de tecidos 
forma um órgão, um conjunto de órgãos forma um sistema e um conjunto de sistemas forma 
um organismo. Porém, para formar um sistema não basta um conjunto de órgãos aleatórios, 
se faz necessário que eles tenham o mesmo objetivo. Por exemplo, a boca, o estômago e 
intestino fazem parte do sistema digestório pois possuem o mesmo objetivo. Ou seja, a união 
de órgãos isolados como, por exemplo, cérebro, pâncreas e pele não formam um sistema pois 
não compactuam com o mesmo fim. Outro exemplo, o coração tem como função bombear o 
sangue que, por sua vez, tem a função de transporte de nutrientes, então eles possuem 
funções diferentes mas como o mesmo OBJETIVO que é nutrir a célula. 
 Todos os sistemas do corpo humano terão como objetivo dar suporte nutritivo para as 
células, ou seja, apesar de falarmos em uma visão“macro”(organismos e sistemas) o principal 
beneficiário ao final será a célula, pois se ela receber o suporte, automaticamente os tecidos e 
órgãos também receberão esse suporte. Por isso, quando descobrimos uma alteração no 
organismo, descobre-se que é em algum sistema específico e analisando-o descobrimos que 
se trata de algum órgão alterado deste sistema e que por consequência o tecido e por último a 
célula. Com isso, concluímos que temos uma relação direta entre todos os níveis orgânicos, 
da célula até o organismo. Exemplo: Uma neoplasia é identificada e descobre-se que se trata 
de uma alteração no SISTEMA digestor onde o estômago é o ÓRGÃO afetado, na biópsia é 
retirado uma parte do TECIDO para análise da CÉLULA. Então perceba que passamos por 
todos os níveis da construção do corpo humano para identificar uma síndrome neoplásica. 
 
 Após entender essa organização estrutural do corpo humano, é preciso entender 
alguns princípios da construção, entender esses princípios é de grande valia quando se 
observar o desenvolvimento humano. 
exemplo: quando uma gestante vai fazer um exame de ultrassonografia. O que se observa no 
exame de ultrassonografia? Inicialmente se observa a implantação, observa-se a presença de 
corpo embrionário, como embrioblastos, etc. Isso é observado nos primeiros momentos. 
Posteriormente, se observa entre a terceira ou quarta semana a translucência nucal, já é 
possível ver alguns traços anatômicos que sinalizam se o bebê está tendo uma má formação 
ou não. Mas depois disso as ultrassonografias são morfológicas, ou seja, identificar se os 
princípios da construção do corpo humano estão ok, avaliando todos os princípios que serão 
discutidos nesta aula. 
 
 
PRINCÍPIOS DA CONSTRUÇÃO DO CORPO HUMANO 
 A Antimeria é o primeiro princípio. O que sinaliza o princípio da Antimeria? A 
bilateralidade. Uma das primeiras coisas que o médico ultrassonografista observa é se esse 
princípio está mantido, ou seja, o que tem de um lado tem do outro. Então, por exemplo, 
externamente temos que ser simétricos, obviamente não uma simetria fina (Porque todo 
mundo tem um detalhe torto, uma sobrancelha mais pra cima que a outra), é uma simetria 
grosseira, de ter um braço de um lado e do outro, 5 dedos nas duas mãos, os dois membros 
inferiores estão presentes, 5 dedos nos dois pés. Esse princípio é oque chamamos de 
Antimeria, a bilateralidade, então todo ser humano no padrão de normalidade é simétrico 
externamente. 
 O que se observa também em relação a Antimeria, mas internamente, é a presença dos 
órgãos duplos, mas esse não necessariamente são simétricos, e isso já é esperado, mas se 
observa a presença dos dois hemisférios cerebrais, ou seja, princípio da Antimeria, observa se 
os pulmões estão nos dois antímeros (dos dois lados), observa se os rins estão dos dois lados, 
observa se têm distribuição arterial em ambos os lados. 
 Esse é o princípio da Antimeria, da bilateralidade, e a partir de hoje vamos excluir os 
termos “lados do corpo”, vamos usar o termo técnico, Antímero. Se você sabe que antímero é 
um lado do corpo, respectivamente, respeitado o princípio da antimeria, então agora vamos 
nos referir a lados do corpo como Antímeros. Então, Antímero Direito e Antímero Esquerdo, 
para começar a se acostumar com a linguagem médica. Obviamente que isso na comunicação 
entre profissionais da saúde e não médico - paciente. Quando se fala para um profissional dasaúde que os Antímeros estão mantidos, ele deve entender que o que se espera ser 
bilateralmente está ok, então não precisa dizer mais nada. Então, quando os Antímeros estão 
mantidos eu sei que o que eu tenho em um antímero da cabeça eu tenho no outro, os 
membros superiores estão ok, os órgãos bilaterais (que são duplos) estão ok. Isso que se 
avalia na Antimeria. 
 Já a Paquimeria é outro princípio também observado no exame da ultra. E o que é 
Paquimeria,ou melhor, o que é Paquímero? São tubos, o nosso corpo é formado por dois 
tubos ocos, sendo estes o tubo dorsal e o tubo ventral. O Dorsal pode ser chamado de Neural 
e o Ventral de Visceral. 
 
O professor passa o mouse de cima para baixo, e vice versa, nessa imagem no corpo da 
Paquimeria. 
 
 No slide, vendo a imagem da Paquimeria, se tivesse a oportunidade de olhar dentro, aqui 
(na imagem do corpo da Paquimeria) estaria um tubo, ou seja, uma cavidade contínua 
chamada de tubo dorsal ou neural, dentro dele tem o encéfalo (Cérebro, Cerebelo e Tronco 
Encefálico) e a medula espinal, é a composição do tubo neural. Outro tubo existente, outra 
cavidade existente, é a anterior aqui (indicada na imagem), que é composta pelo pulmão, 
coração, rins, intestino, fígado, ovário, enfim, órgãos torácicos, abdominais e pélvicos, esse é 
o tubo visceral. 
 Então esse princípio é observado para analisar como estão os tubos, e saber se o conteúdo 
esperado para esses tubos também estão presentes. Esse é outro princípio da construção que 
se é avaliado no exame da ultrassonografia, a Paquimeria. 
 Outro princípio também observado na ultrassonografia é o princípio da Estratimeria, ou 
seja, formação em estrato. Isso significa formação em camadas, observa se elas estão 
mantidas. 
 
Outra observação é saber se os estratos corpóreos estão OK, ou seja, estrato da pele, 
estrato do tecido gorduroso, estrato dos músculos, se essas partes estão mantidas 
 Então o processo de estratificação, a Estratimeria, é a disposição do nosso corpo a partir de 
estratos, de camadas, então isso se observa também, se as camadas estão mantidas. 
 Bem parecido com essa estratificação, é o princípio da Metameria. O que significa 
Metameria? Unidades transversais sobrepostas. O processo de estratificação são camadas, o 
de Metameria são colunas, então temos estruturas no corpo humano que se dispõem em 
formato de coluna, um em cima do outro, por exemplo a Coluna Vertebral, observando ela se 
analisa que tem vários metâmeros, cada vértebra é um metâmero, uma por cima da outra, 
temos as costelas também, uma acima da outra, tudo isso é observado para saber se está 
mantido. 
 Então os princípios da construção do corpo humano, são formas de construção, como o 
corpo humano é construído, por isso ele é analisado através da ultrassonografia, para entender 
se a morfologia (daí vem o nome ultrassonografia morfológica vem) atende os princípios da 
Antimeria, Paquimeria, Estratimeria e Metameria. 
 Entender de Tecido é fundamental para entender de célula e entender o princípio da 
organização do corpo humano, então juntamente com esse princípio de construção, para 
servir de base e sustentação para o conhecimento, a partir de agora vamos estudar os Tecidos 
Fundamentais. 
 
Esses tecidos são tecidos que dão base para a formação do corpo humano, são tecidos 
que formam o órgão, que formam o sistema, e que por fim formam o sistema. Vamos falar 
sobre 4 tecidos fundamentais, mas vamos falar de generalidades, não vamos entrar em nada 
especificos, pois mais lá na frente teremos outros momentos para aprofundar, por hora vamos 
estudar o geral, o que todos os tecidos oriundos destes têm em comum. As especificidades 
serão abordadas em momentos futuros, agora só precisamos entender a base do tecido 
epitelial. 
 Temos quatro tecidos fundamentais: todos esses tecidos formando órgãos importantes para 
cada sistema e para um organismo. 
Sobre o tecido epitelial, o que se precisa saber é que esse tecido recobre as superfícies do 
corpo – a pele -, reveste órgãos ocos e cavidades de ductos – a mucosa – e também formam 
as glândulas. O tecido epitelial é de revestimento, logo reveste o corpo externamente (pele, 
que é o maior órgão do nosso corpo), internamente (mucosa), os ductos e glândulas. O tecido 
epitelial tem como característica comum a todos, não importa qual foi o órgão que ele 
formou, o revestimento . Então ao se olhar para um órgão, saibamos que a camada superficial 
desse órgão é um tecido epitelial, e, se o órgão for oco (ou seja revestimento interno e 
externo), todo ele é chamado de tecido epitelial. 
 Já o tecido conjuntivo é um dos tecidos mais abundantes do corpo humano. O sangue, o 
osso, o tecido adiposo são formados por ele. A principal característica do tecido conjuntivo é 
a sustentação . 
 O tecido nervoso é um tecido mais específico, porque é o tecido exclusivamente do sistema 
nervoso. Pode ser definido por “impulsos nervosos”, a capacidade de se excitar, de 
conduzir . 
 O tecido muscular é específico em músculos (no qual existem 3 tipos que estudaremos 
mais a frente). A principal característica do tecido muscular é a contração. 
Essas são características específicas de cada tecido e que parte desses quatro tecidos 
fundamentais a formação de todos os órgãos do nosso corpo. A seguir, iremos passar as 
características gerais de cada tecido: 
 
 
 
TECIDOS FUNDAMENTAIS 
 
 Consiste em células dispostas em lâminas contínuas, logo é um tecido contínuo, sem 
interrupção. Caso haja uma interrupção, formam-se as feridas/lesões, seja no lado externo, na 
pele, seja no lado interno, na mucosa. Se for na pele, fala-se da perda da integridade desta 
(ferida). Se for na mucosa, tem-se a perda da continuidade/integridade da mucosa. As células 
que formam essa lâmina podem ter uma camada (epitélio simples) ou mais de uma camada 
(epitélio estratificado). Recobrem superfícies do corpo, revestem os órgãos ocos, as cavidades 
do corpo e os ductos. Também formam as glândulas. 
- Na primeira imagem, tem-se a mucosado estômago. Não existe “pele do estômago”, pois é 
um órgão interno. 
- Na segunda imagem, tem-se o intestino delgado. Revestimento interno, logo chama-se 
mucosa do duodeno. 
- Na terceira imagem, tem-se um exemplo dos dois casos: a pele, no revestimento externo; e a 
cavidade nasal, juntamente com a faringe, no revestimento interno, a mucosa. 
 
 Além dessas características do tecido epitelial, algumas são bem particulares. É tanto que, 
quando um patologista está avaliando uma célula tumoral de um determinado tecido epitelial, 
ele vai ver se as características de tal célula atendem às características do tecido esperado. Se 
as características da célula baterem com as desse tecido, no laudo médico estará: “tecido 
epitelial com células típicas”. Se tiver uma célula que não obedece às características, no laudo 
médico estará: “tecido epitelial X (ex.:estômago) apresenta células atípicas”. E para dizer que 
a célula é atípica, precisa-se saber quais são as características da célula típica. Essas 
características são: 
 
● Todo tecido epitelial apresenta uma superfície apical (livre) - quando a célula 
mais superficial não tem contato com ninguém; por exemplo, se a imagem fosse o 
epitélio do intestino, a glicose, a água, etc, entrariam em contato com essa 
superfície apical/livre. Então essa superfície livre é proposital, pois geralmente o 
tecido epitelial absorve, por ser a camada mais superficial. Logo, tem-se a 
absorção da glicose, do O2, etc. Se essa imagem fosse o exemplo da pele, ela 
absorveria remédios/fármacos. 
 
 
TECIDO EPITELIAL 
● Todo tecido epitelial apresenta uma superfície basal - Já o outro extremo, a 
parte de baixo da célula (a superfície basal), tem que estar fixado em uma 
membrana chamada “membrana basal”. 
● Todo tecido epitelial apresenta uma superfície lateral - Apesar de toda célula 
apresentar superfície lateral, as do tecido epitelial apresentam uma grande 
aproximação, a ponto das células ficarem bem coladas umas às outras. A isso, 
damos o nome de justaposição (daí a impressão de ser um “tapete”, uma camada 
única de célula). O “problema” dessa justaposição acontecer é a escassez de 
matriz extracelular (espaço intersticial), que quanto menos MEC tiver, menor será 
o armazenamento de “substâncias” (glicose, O2, etc) para alimentar a célula. 
● São avasculares - É um epitélio avascular, ou seja, não tem vasos sanguíneos 
(Pergunta retórica: como que é avascular se os nutrientes precisam chegar pelos 
vasos sanguíneos? Por isso que é necessário outro tecido para sustentar o epitélio – 
o tecido conjuntivo) 
 Ex: Quando uma pessoa raspa o braço em um muro e fica apenas arranhões sem 
sangue, ocorre uma lesão do epitélio, devido a ele ser avascular (só que a pessoa 
sente a dor, pois o epitélio é rico em terminações nervosas). Se sangrar, a lesão foi 
mais profunda, atacando o tecido conjuntivo, que é vascular. 
● Presença de membrana basal - Para ser epitelial, as células precisam estar 
sustentadas em uma membrana, com uma espécie de duas camadas : 
❖ Camada basal (amarela): tem como característica a seletividade, pois seleciona 
o que vai passar do tecido conjuntivo para o epitelial. Abaixo da membrana 
basal, tem-se o tecido conjuntivo, extremamente vascularizado, que dá 
sustentação, onde os nutrientes saem dos vasos e, por difusão, esses nutrientes 
vão transpassar a membrana basal e vão para as células, ou seja, os nutrientes 
que irão nutrir o tecido epitelial são oriundos dos vasos que irrigam o tecido 
conjuntivo. 
❖ Camada reticular (cinza): tem papel importante para a adesão do tecido 
epitelial com o conjuntivo, sendo uma espécie de cola que une os dois. 
 
 
1. Revestimento; 
2. Proteção mecânica - aqui deve-se lembrar do exemplo do muro, onde se tem apenas 
arranhões (no epitélio) e não lesiona estruturas mais internas; 
3. Absorção - aqui deve-se lembrar da absorção dos nutrientes que são absorvidos no 
intestino/trato gastrointestinal, onde o revestimento interno do intestino é 
tecido-epitelial, que vai ser o local de absorção dos nutrientes que irão chegar até a 
célula. Outro exemplo são os remédios tópicos, que é a medicação passada no local da 
lesão e é absorvida pela pele. 
Pergunta do professor : Para que uma medicação penetre na pele, deve-se vincular essa 
medicação a uma substância com base em gel ou com base em pomada? 
 
 
FUNÇÃO DO TECIDO EPITELIAL 
R.: O gel é à base de água e a pomada de óleo. Sabendo disso, não se deve esquecer que o 
tecido epitelial possui uma bicamada lipídica, que forma uma membrana contínua, onde, para 
penetrar nessa barreira, é necessário uma substância que tenha afinidade com a célula, que, 
no caso, o gel não terá acesso a essa bicamada (para entender melhor: água se mistura com 
óleo? A priori, não. Quando se mistura com uma base de gel, a pessoa não quer que seja 
absorvida e que fique apenas na superfície). Já a pomada, ela irá penetrar devido a ter gordura 
em sua composição, transpassando a barreira epitelial. 
Observação do professor: 
A) Quais perfumes possuem melhor fixação? À base de óleo. 
B) Essa absorção é melhor quando a substância tem afinidade celular. Levando para o lado 
clínico, a mucosa não tem essa repelência assim em relação à água, porém se alguém quiser 
melhorar a absorção de um produto é só tomar junto com o óleo, como, por exemplo, uma 
criança com desnutrição: uma colher de óleo antes da alimentação vai ajudar a absorver os 
nutrientes, pois terão uma via mais acessível com as células epiteliais do intestino. 
Outra função relacionada ao epitélio é a função de secreção. Na pele, temos glândulas 
sudoríparas, glândulas sebáceas. No epitélio intestinal também possuímos algumas glândulas 
que ajudam na motilidade do intestino. Por fim, outra função desse epitélio é sensorial. O fato 
dos receptores estarem sempre nos epitélios, ou seja, na camada mais superficial, faz com que 
ele também se torne sensível ao toque, à dor, entre outras sensações. 
 
Em relação ao seu revestimento, o epitélio é muito amplo. A maioria dos órgãos sãorevestidos por tecido epitelial. Analisando isso, é fácil perceber qual a sua origem 
embrionária. Se a origem dos órgãos do corpo humano vem dos três folhetos embrionários 
(ectoderma, mesoderma e endoderma) e a maior parte dos órgãos são revestidos por tecido 
epitelial, ele tem origem nesses folhetos. 
Ex. 1: Os revestimentos relacionados à epiderme e ao sistema nervoso são oriundos do 
ectoderma. 
Ex. 2: Os revestimentos de músculos, como o saco pericárdico e a pleura, são originados 
pelo mesoderma. 
Ex. 3: O revestimento das vias urinárias e respiratórias: endoderma. 
 
 
ORIGEM DO EPITÉLIO 
Então, cada folheto embrionário vai dar origem a tecidos epiteliais de órgãos diferentes, mas 
com a mesma característica discutida. 
 
O revestimento, quando externo, refere-se à pele, e, quando interno, à mucosa. 
Ex: vasos sanguíneos, sistema genital, urinário, digestório e respiratório. 
 
A classificação destes revestimentos é feita quanto ao formato das células e quanto ao 
seu número de camadas. 
Quanto à forma das células: 
● Pavimentosa/escamosa: a célula e o seu núcleo são achatados; 
● Cúbica: em formato de cubos, com o núcleo arredondado; 
● Colunar/cilíndrico/prismado: em formato alongado, de coluna, assim como seu 
núcleo; 
 
 
EPITÉLIO DE REVESTIMENTO 
Só existem esses formatos, salvo duas exceções: transitorial e pseudoestratificado colunar. 
Quanto ao número de camadas: 
● Simples: quando há apenas uma camada de células 
● Estratificado: quando há mais de uma camada de células 
Ou ele (epitélio) apenas tem uma camada de célula pavimentosa, ou ele tem uma 
camada de célula cúbica, ou ele tem uma camada de célula colunar. A mesma coisa acontece 
com outros: ou tem epitélio pavimentoso estratificado, ou tem cúbico estratificado, ou tem 
colunar estratificado. Então, isso vai depender dessas características citadas. Só existem as 
exceções pseudoestratificado colunar e transitorial. 
 
Veja, tem uma variação ( professor passa o mouse sobre a imagem da parte de cima 
do slide ), pode ser com cílios ou pode ser sem cílios, mas o princípio é o mesmo; colunar 
simples e colunar simples ciliado. 
OBS: endotélio (revestimento dos vasos) e mesotélio (revestimento do peritônio) são 
exemplos de onde se pode encontrar o epitélio pavimentoso simples. 
 
 
Por exemplo, o endotélio dentro do vaso, uma célula achatada com núcleo achatado, 
em uma camada (imagem do canto superior direito do slide). Aqui (imagem do canto inferior 
direito) tem uma camada e a célula com o núcleo redondinho, então é uma célula cúbica, ou 
seja, epitélio simples cúbico. 
Ponto importante nesse momento: quando um epitélio é simples, facilita-se o 
transporte de nutrientes ou substâncias. Apenas uma camada é mais fácil que a substância 
saia ou entre, por isso que os epitélios envolvidos com absorção ou distribuição de 
substâncias serão simples. O vaso sanguíneo é um exemplo de pavimentoso simples, porque a 
todo instante está trocando substâncias. O intestino é colunar simples ciliado, porque toda 
hora está absorvendo substâncias. Portanto, existe um motivo para o fato de ser simples. 
 
Pergunta do professor: Qual o epitélio da imagem? 
R: Colunar simples ciliado. 
 
 
● Pavimentoso estratificado com queratina; 
● Pavimentoso estratificado sem queratina; 
● Cúbico estratificado; 
● Colunar estratificado. 
Já os estratificados, a diferença é que não tem mais apenas uma camada, tem mais de 
uma camada celular. Então, percebe-se que, agora, absorver e liberar alguma coisa, ou seja, 
para transportar algo entre os estratos, fica um pouco mais complicado. Um epitélio 
estratificado não é próprio para absorver ou distribuir substâncias. Diferentemente do 
simples, no entanto, não é impossível que isso aconteça, apenas é mais difícil, uma vez que o 
epitélio não é apropriado para isso. A característica do estratificado é mais voltada para as 
áreas de atrito. 
 
EPITÉLIOS ESTRATIFICADOS 
 
OBS: essa imagem é de uma lâmina na mucosa, logo não há queratina na da mucosa. 
Esse epitélio ( professor delimitou de azul a membrana basal do epitélio na imagem 
acima ) tem a membrana basal com duas camadas. Veja as células que estão na base, porém 
tem células espalhadas por todo o epitélio, então é um estratificado. Se tem um amontoado de 
células uma acima da outra, é estratificado. Perceba que o núcleo em cima é achatado, logo é 
pavimentoso, ou seja, a imagem apresenta um epitélio estratificado pavimentoso sem 
queratina. Como é encontrado núcleo até a extremidade do tecido, não tem queratina. 
Existem, na camada basal, células germinativas (queratinócitos) que dão origem a 
outras células. Quando uma nova camada de células é formada, ela empurra para cima a 
camada anterior, por isso a pele é trocada constantemente (a cada três dias). Essas células 
chegarão no topo e ficará cada vez mais difícil receber suporte nutricional dos vasos do 
tecido conjuntivo. Dessa forma, a célula morre e fica a carcaça, passando a se chamar de 
queratina, porque só fica a carcaça sem o núcleo (ausência do núcleo significa morte celular). 
 
 
Veja, uma camada de células sendo formadas e as que anteriormente foram formadas 
vão subindo, isso vai acontecendo toda vez que uma camada é criada. Quanto mais distante 
essa camada de células tiver, menos nutrientes vai chegar para ela, chegará um momento que 
ela vai morrer. Na camada superior não há núcleo nenhum. Como não tem núcleo, fica só a 
carcaça celular, ou seja, fica só a queratina. Quando isso acontece, chama-se epitélio 
pavimentoso estratificado com queratina ( professor faz todo esse comentário sobre o desenho 
da direita na imagem acima e depois aponta que a da esquerda é uma lâmina na pele, onde 
há queratina). 
OBS: A função da queratina é impermeabilizar , evitar traumas e proteção mecânica. 
 
Outro exemplo, percebe-se a membrana basal dando sustentação. Ela possui células 
germinativas ( passa o mouse pela parte inferior delimitada de azul, apontando a membrana 
basal ). A camada mais superficial, com células pavimentosas, núcleos achatados ( mostra na 
imagem a parte logo abaixo dacamada vermelho escuro ). Em cima só células mortas, só 
queratina ( parte vermelho escura, camada mais externa que aparece na imagem ). 
DÚVIDA DO ALUNO: NOS EPITÉLIOS ESTRATIFICADOS, QUEM DÁ A 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FORMA? É A PRIMEIRA CAMADA DE 
CÉLULAS? 
R: Sim, é a camada mais superficial. 
 
 
Pergunta do professor: Qual a classificação da lâmina da imagem acima? 
R : É um estratificado colunar. 
 
Explicação: Não existe colunar com queratina, esse é um epitélio estratificado colunar (figura 
acima), a queratina só existe se for pavimentoso. 
 
Pergunta do aluno: Professor esse espaço acima das células(figura acima) seria queratina? 
R.: Não, essa é a borda da célula . 
 
Pergunta do aluno: Como identifica a queratina? 
R.: Para ser queratina a célula tem que estar morta. 
 
 
 
 
O professor faz a marcação com o intuito de mostrar a diferença entre uma célula viva com 
núcleo e uma célula morta sem núcleo (queratina). 
 
 
 
 
 
● Epitélio pseudo(falso)-estratificado cilíndrico ciliado; 
● Epitélio de Transição. 
 
Pergunta Retórica: PROFESSOR, QUE EPITÉLIOS SÃO ESSES? 
 
R: Existem alguns epitélios que são específicos de determinadas regiões, como esse exemplo 
abaixo que é do trato respiratório. 
 
 
Essa imagem acima é um epitélio pseudo-estratificado, ele parece ser estratificado, mas não 
é, apresentam-se células cilíndricas e ciliadas. 
 
Pergunta Retórica: PROFESSOR POR QUE ELE É UM FALSO ESTRATIFICADO? 
 
R.: Olhando para o epitélio acima vemos que existem células coladas umas às outras. Afinal 
é um epitélio e a característica se mantém, só que eu não tenho células umas em cima das 
outras pra ser estratificado. Percebe-se que todas as células tocam a membrana ao mesmo 
tempo. O que se tem na imagem são alturas de núcleos diferentes, o que dá a impressão dela 
estar em mais de uma camada. 
 
 
 
Fora essas afirmações ditas anteriormente, todo epitélio pseudo-estratificado possui 
essas células amarelas (células caliciformes), as quais são as células responsáveis pela 
formação do muco para proteção do epitélio. Essas células protegem o epitélio contra 
microrganismos presentes no ar. Quando o microrganismo entra nesse epitélio, ele geralmente 
toca e fica preso nos cílios. Como o vento passa constantemente nessas vias, esse 
microrganismo pode ficar suspenso novamente e seguir para o pulmão, o que não é bom. 
Então, para evitar que esses microrganismos se desprendam dos cílios, as células caliciformes 
produzem esse muco e prende esse microrganismo ainda mais. Quando isso acontece, nós 
espirramos/tossimos para fazer a expulsão desses microrganismos, por isso não devemos 
inibir o espirro. O nome dado a essa proteção é Muco Proteção Ciliar das Vias Aéreas 
Respiratórias. 
 
 
TIPOS ESPECIAIS DE EPITÉLIOS (exceções) 
EXPLICAÇÃO DAS CÉLULAS CALCIFORMES PRESENTES NO EPITÉLIO 
PSEUDO-ESTRATIFICADO 
 
O professor faz as marcações dos núcleos, das células caliciformes e dos cílios na imagem 
real de um epitélio respiratório, e faz uma breve explicação de como ocorre essa proteção. 
 
 
 
O professor marcou a delimitação entre o epitélio de transição(acima) e a membrana basal 
 
Percebemos que existem núcleos alongados, achatados, redondos… Ou seja, quando o 
epitélio mantêm as três características e formas celulares, nós o chamamos de epitélio de 
transição. Esse epitélio possui os três formatos: cúbico cilíndrico/colunar e pavimentoso. A 
característica desse epitélio é permitir grandes expansões sem trazer nenhum dano a ele. 
 
“EU MAGNALDO SÓ CONHEÇO UMA PARTE DO CORPO QUE TEM EPITÉLIO DE 
TRANSIÇÃO, QUE É A BEXIGA” 
 
 
EPITÉLIO DE TRANSIÇÃO 
 
Imagem com a localização dos tipos de tecidos. 
 
 
MEMBRANA BASAL 
 
Funções/Características da Membrana Basal: 
● Aderência do epitélio no conjuntivo; 
● Barreira de filtração seletiva. 
 
 
 
 
É um dos tecidos mais abundantes no corpo humano. Muitos dos órgãos como osso, 
cartilagem, pele(derme), sangue, tecido adiposo são classificados de tecidos conjuntivos por 
apresentarem características gerais comuns. 
 
Funções do Tecido Conjuntivo: 
 
● Ligar, sustentar e reforçar os tecidos do corpo; 
● Proteger e isolar os órgãos internos; 
● É o principal sistema de transporte dentro do corpo (Sangue); 
● Reserva de energia (Tecido Adiposo); 
● Principal local de resposta imunológica (Derme). 
 
A palavra que melhor descreve o tecido conjuntivo é a sustentação , pois quando ele 
protege e isola, ele sustenta; quando dá o transporte, ele sustenta; quando serve de reserva de 
energia, ele sustenta; quando atua na resposta imunológica, ele também sustenta. 
 
 
 
TECIDO CONJUNTIVO 
 
O que se tem de comum nos tecidos conjuntivos, primeiramente temos as células e 
matriz extracelular. 
 
COMO SE COMPORTA A CELULAR E A MATRIZ EXTRACELULAR DESSE 
TECIDO? 
As células diferentemente do tecido epitelial são distantes umas das outras. Vimos 
que no tecido epitelial são justapostas/coladas, já neste tecido, as células estão bem separadas. 
Com essa separação torna-se o meu interstício muito grande. Células que possuem muito 
interstício são células que têm grandes matrizes extracelulares. 
 
OBS : usar essa definição e/ou a definição da parte, qual preferir. 
No tecido epitelial, vimos que a matriz extracelular é bem escassa, bem pequena, mas 
no tecido conjuntivo a matriz é abundante. Primeiro faço essas duas caracterizações gerais do 
tecido conjuntivo: as células são afastadas umas das outras e a matriz é abundante. Porque 
como as células estão longe umas das outras, todo esse espaço é complementado pela matriz 
extracelular. 
 
O professor vai apontando e marcando onde se encontram as fibras de proteínas, que é a 
parte mais rosada, a substância fundamental que é a parte branca e as células que são os 
pontos roxos na imagem. 
E o que temos dentro dessa matriz? Temos fibras de proteínas, que são essas 
estruturas pigmentadas rosas que vocês estão vendo, as proteínas, e esses espaços brancos são 
substâncias fundamentais ou substância fundamental. Então, se perguntar a você, qual é a 
composição da matriz extracelular do tecido conjuntivo. Então, o tecido conjuntivoem sua 
matriz é formado por fibras de proteína e substância fundamental. 
Se eu perguntar pra você do quê é formado o tecido conjuntivo, você vai falar que é 
de células e matriz extracelular. E do que é formada essa matriz? De fibras de proteína e 
substâncias fundamentais. Então, é esse que nós vamos ver, quais tipos de células existem no 
tecido conjuntivo e qual é a formação dessa matriz, ou seja, quais tipos de fibras que existem 
e quais são as substâncias fundamentais existentes. 
 
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO TECIDO CONJUNTIVO 
Vamos lá, além dessas características que acabei de citar, outra é, é muito 
vascularizado. Se ela sustenta o tecido epitelial, ela tem que ser muito vascularizada. Só 
existem duas exceções que são o tecido conjuntivo, mas não são bem vascularizados, como 
por exemplo a cartilagem. 
A cartilagem é um tecido conjuntivo, porém ela é avascular, ou seja, não tem vasos 
sanguíneos. Quando furamos a nossa orelha, o sangue que veio não foi proveniente da 
cartilagem, foi proveniente do tecido conjuntivo da pele, ou seja, foi oriundo da derme e não 
da cartilagem. Outra exceção que temos são os tendões, os tendões apresentam pouca 
vascularização. Os demais tecidos são muito mais vascularizados, só temos essas duas 
exceções. 
Todos eles também são bastante enervados e sensíveis. Mas, também tem a exceção, 
que é a cartilagem. Então, a cartilagem além de ser avascular, ela também não tem suporte ou 
suprimento nervoso, então quando você toca em uma cartilagem você não sente. Quando 
furamos nossa orelha e sentimos dor, a dor não foi da cartilagem e sim da pele. Se você 
tirasse a pele e fosse mexer só na cartilagem, você iria ver que não sangrava e não sentiria 
nada. Então, são algumas exceções que tenho no tecido conjuntivo e quero que anotem essas 
informações. O restante são muito bem vascularizados e tem bastante suprimento nervoso no 
tecido conjuntivo. 
Vamos falar das células do tecido conjuntivo. Então, vimos que as células são 
separadas umas das outras, isso gera uma característica. As células do tecido conjuntivo são 
células produtoras de tecido conjuntivo. Lembra da matriz extracelular? Aquela matriz que é 
formada por proteínas e substância fundamental? Toda ela é formada por essas células, então 
essas células são produtoras de matriz extracelular e, obviamente, como eu tenho vários 
tecidos: tecido ósseo, tecido gorduroso, tecido cartilaginoso e etc., então as células se 
diferenciam em cada tecido. Por exemplo: para o osso, eu tenho uma célula específica 
produtora de matriz óssea. Para a cartilagem, eu tenho uma célula específica para produzir 
matriz cartilaginosa. Pele, eu tenho uma célula específica para produzir o tecido conjuntivo 
da pele. Para cada tipo de tecido conjuntivo diferente, eu tenho uma célula específica. 
O que eu quero que observem? Duas coisas: primeira, que tem origem mesodérmica. 
Então, a gente viu que o tecido epitelial tem origem nos três folhetos, já o tecido conjuntivo 
não, só têm origem mesoderma, do folheto mesodermal. A segunda observação é que essas 
células produtoras sempre terão o sufixo blastos , o fato delas terem o sufixo blastos já nos dá 
a informação que elas são células produtoras de matriz extracelular. Três exemplos: 
fibroblastos; fibro vem de fibra, então essa é uma célula que produz matriz extracelular na 
derme. Condroblastos; condro é cartilagem e blastos produção, então são células produtoras 
de matriz cartilaginosa. Osteoblastos; osteo vem de osso e blasto de produção, então são 
células que produzem matriz extracelular óssea. Para cada tecido conjuntivo, tem sua célula 
específica que produz sua determinada matriz. 
Além dessas, temos também outras características de células, que são as que terminam 
com sufixo cito . Se blastos significa produzir, qual o papel das células que terminam com o 
sufixo cito? Mantém, manutenção. Então, todo tecido conjuntivo temos as células que 
produzem a matriz específica, que finaliza com blastos , e temos as células que fazem a 
manutenção daquela matriz que foi criada, essas células têm o sufixo de cito . Veja um 
exemplo, eu tenho condroblastos e eu tenho condrócitos. Eu tenho osteoblastos e tenho 
osteócitos. Eu tenho fibroblastos e eu tenho fibrócitos. Então, essas células todo tecido 
conjuntivo tem o papel de produzir a matriz do correspondente tecido e outra célula que 
 
mantém esse tecido recém formado. Prestem atenção nesse detalhe de características 
celulares. 
Além dessas células com final blastos , outra característica desse tecido conjuntivo é a 
presença de várias células de defesa. Então nos tecidos conjuntivos, principalmente na pele 
que é um tecido de proteção, nós vamos ter macrófagos com o papel de fagocitar células. Lá 
tem plasmócitos com papel de produzir anticorpos para defender contra microorganismos. 
Temos mastócitos que iniciam o processo de inflamação quando tem invasão. E leucócitos 
quando tem células de defesa. Também em alguns tecido conjuntivos, nós temos adipócitos 
que são as células que fazem a manutenção da matriz gordurosa. Temos os lipoblastos, que 
produzem gordura e os adipócitos que fazem a manutenção dessa matriz gordura, com papel 
de armazenar triglicerídeos. 
Então, veja, eu tenho células produtoras da matriz extracelular, eu tenho células de 
manutenção da matriz e células que protegem esse tecido conjuntivo. Por isso, quando se 
invade o tecido conjuntivo, ele também tem função de defesa, pois muitas células que estão 
ali vão se defender dessa invasão tecidual. Por esse motivo, quando algum microrganismo 
entra em nossa pele, ela fica inflamada, porque ali eu sei que tem algum corpo estranho, seja 
microorganismo, um pedaço de pau, ou outra coisa e nosso tecido conjuntivo vai tentar 
destruir seja lá o que for. 
Já na Matriz Extracelular, nós iremos ter a substância fundamental e as fibras. O que 
vai diferenciar de um tecido conjuntivo para o outro é a consistência dessa substância 
fundamental. Por exemplo, no sangue a substância fundamental é líquida, ou seja, o plasma. 
O plasma éuma substância fundamental. Já se for gordura, a consistência dessa substância é 
semilíquida. Se for gelatinosa, muda para cartilagem e se for calcificada é para o osso. Então 
a substância fundamental ela vai ser variável de acordo com o tipo de tecido conjuntivo 
correspondente. Em relação às fibras que fazem parte do tecido, nós iremos ter as fibras 
elásticas, as de colágeno e as reticuladas. 
Falando da substância fundamental, que é aquela que muda de consistência de acordo 
com o tecido conjuntivo. Não importa o seu estado físico, todos eles irão ter água, como por 
exemplo no osso que iremos ter 25% de água na constituição de sua matriz. Temos também 
algumas proteínas nutritivas, e alguns açúcares também nutritivos. A função principal da 
substância fundamental é a sustentação celular, e lá vão ter substância que vão nutrir as 
células. Mas que células? Está aqui: essa é uma imagem de uma histologia óssea, aqui estão 
os osteoblastos produzindo a matriz óssea, que é essa área rosa que vocês estão vendo. E os 
osteócitos que são essas células que fazem a manutenção dessa matriz. Então o que vocês 
estão vendo nessa área rosa, temos água diluída, açúcar diluído, algumas proteínas diluídas. 
 
 
O professor mostra a histologia óssea, e vai apontando com o mouse na área dos 
osteoblastos, logo após na matriz extracelular e nos osteócitos enquanto explica onde se 
encontra cada parte. 
Temos três fibras de proteínas: colágeno, fibras elásticas e fibras reticulares. 
Colágeno: O colágeno é fundamental em todos os tecidos conjuntivos, 
principalmente para a função de resistência e de flexibilidade. Então, cabe destacar que, ao 
falar em colágeno, fala-se em resistência e flexibilidade. Existe uma síndrome no osso, ou 
seja, no sistema esquelético, que é um tecido conjuntivo, chamado de síndrome dos ossos de 
vidro, que consiste na não produção de fibras de colágeno pelas células ósseas, fazendo com 
que o osso perca resistência e flexibilidade. Dessa forma, a síndrome chama-se de vidro 
devido ao osso esfarelar e quebrar-se com facilidade. 
Vale salientar que no tecido conjuntivo da pele, ou seja, na derme, quem confere a 
resistência são as fibras de colágeno, por isso ao puxar a pele, ela não se rompe, porque ali 
tem o colágeno que impede isto. Pessoas idosas ao pegarem fortemente na pele acabam 
obtendo lesões ou ao fazerem um pouco de tração na mesma, podem obter um ferimento. Isso 
ocorre diante da deficiência de colágeno que este idoso pode estar apresentando, pois não há 
resistência e flexibilidade.Vale destacar que ingerir colágeno sintético para evitar rugas é 
ineficaz, pois rugas não são falta de resistência e flexibilidade, rugas estão relacionadas com 
elasticidade, e consequentemente, com fibras elásticas. 
Fibras elásticas: As fibras elásticas ocasionam elasticidade, que é a capacidade de 
tracionar um tecido em até 150% do seu tamanho, e ao soltar ele voltar para o seu estado 
inicial. Então, pode-se perceber que ao usar colágeno para obter o efeito das fibras elásticas, 
não surtirá o resultado desejado, pois fibras colágenas dão resistência e flexibilidade, 
enquanto fibras elásticas tensionam a pele, ou seja, dão elasticidade. 
Após os 30 anos de idade, o corpo entra em processo de morte e, então, todos os 
tecidos começam a perder funções e estruturas, e com as fibras não é diferente. Então, as 
fibras elásticas vão perder elasticidade e o tecido ao perder tensão irá ter rugas. Dessa forma, 
para evitar rugas, deve-se cuidar das fibras elásticas com hidratação, pois a água irá hidratar 
as fibras para evitar o desgaste precoce destas. 
 
 
Acima, observa-se uma lâmina onde pode-se observar fibras elásticas nos fios pretos e as 
colágenas nas fiações avermelhadas, então esse conjunto confere a resistência, flexibilidade e 
elasticidade do tecido. 
 
Fibras reticulares : estas fibras também são formadas por colágeno, porém se 
encontram em tecidos conjuntivos de órgãos densos, como por exemplo, o fígado, rim, baço e 
pulmão. 
 
Professor sinaliza a imagem acima, e comenta: 
As fibras reticulares servem para dar sustentação e suporte. São feixes finos e uma 
grande característica deles é a formação parecida com uma rede de proteção dando liga para 
os músculos densos, deixando a estrutura compacta. Estas fibras não são encontradas em 
todos os tecidos, apenas nos órgãos densos. 
PROFESSOR, COMO OS LEUCÓCITOS AGEM NA CICATRIZAÇÃO DE UM 
DIABÉTICO? 
 Na cicatrização de um diabético, o grande problema dele é a vascularização, tem-se 
macrófagos, leucócitos, entre outros, tudo dentro do processo tecidual, desde que nós 
tenhamos tecidos e microrganismos que precisem da atuação dos leucócitos. Toda ferida tem 
 
3 fases. A fase inflamatória, que é a fase inicial, é a fase que os leucócitos agem tirando 
tecido necrosado, maculando microrganismos, degradando algum corpo estranho e depois 
que este processo termina, os leucócitos não tem finalidade nenhuma. Então, outras células, 
que são células proliferativas do tecido conjuntivo, como os fibroblastos, vão produzir matriz, 
porque a lesão precisa-se de preenchimento. Dessa forma, os fibroblastos irão produzir matriz 
até fechar totalmente a lesão. Destaca-se então que os leucócitos terão um papel importante 
no início da cicatrização. 
Tecido nervoso: este é o tecido mais específico do sistema nervoso, e que tem 
algumas particularidades que serão aprofundadas posteriormente nas aulas de sistema 
nervoso. Assim como todo tecido, as células do sistema nervoso são bem específicas. 
Primeiramente, cabe pontuar que estas células são os neurônios, que possuem uma 
capacidade que outras células do corpo não tem. Estes neurônios têm a capacidade de se 
excitar, ou seja serem estimulados, e de propagar, ou seja, conduzir, esse estímulo. Então, esta 
é uma das principais características do tecido nervoso, de se excitar (excitabilidade) e de 
conduzir esta excitação ao longo do percurso. Esse tecido nervoso, não é formado apenas de 
neurônios, pois estes formam apenas 10% da constituição do tecido. 
Deve-se ressaltar que ainformação comumente repassada de que os humanos apenas 
utilizam 10% do cérebro é falsa. 10% é a quantidade de neurônios existentes em todo tecido 
nervoso e utilizamos 100% deles e 100% do cérebro. Os outros 90% do tecido são formados 
por células da glia, os gliócitos, que servem de sustentação para os neurônios. 
 
Ao observar a lâmina histológica acima, em lilás mais escuro, estão os neurônios, e 
cercando os neurônios, é possível observar vários pontos pretos escuros que são as células da 
glia. Além disso, pode-se destacar a quantidade de neurônios para a quantidade de células da 
glia que o tecido nervoso tem. No cérebro, temos cerca de 86 bilhões de neurônios, e estes só 
compõem 10% do tecido nervoso, os outros 90% são células da glia, ou seja, 86 bilhões 
multiplicado por nove dará a grande quantidade representante de células da glia. O cérebro 
precisa, de fato, de muitas células da glia, pois cada uma tem uma função específica. 
 
 
Na figura acima à direita, tem-se o tecido do sistema nervoso, que, em parte, irá 
apresentar coloração escura e, em parte, apresentará coloração mais clara. Por isso, ouve-se 
falar em substância cinzenta e substância branca, pois ocorre diferenciação de coloração do 
tecido, como pode-se ver na imagem à esquerda. 
Características gerais 
Não tem nenhum espaço entre as células, apenas o espaço entre as sinapses. 
Os 90% formados pela célula da glia, somados aos 10% ocupados pelo neurônio, 
formam 100% do tecido, por isso não há espaços no tecido. Dessa forma, não há matriz 
extracelular. 
 
 
 
Tem vasos sanguíneos. É um dos tecidos corporais mais irrigados do corpo 
humano. É muito rico em vasos sanguíneos, para se ter uma ideia 25% do nosso sangue é 
concentrado no cérebro, tendo em vista a importância que essa estrutura tem para o nosso 
 
corpo. Por isso, quando baixado, por exemplo, para 20% essa vascularização, o cérebro já 
começa a apresentar sinais de falência. É também um dos tecidos mais irrigados do corpo 
humano e as células têm alto metabolismo. 
Pergunta do professor: PROFESSOR, O QUE É TER ALTO METABOLISMO? 
Bem, quando fala-se de metabolismo, fala-se sobre atividade celular. Isso quer dizer 
que os neurônios, assim como a célula da glia, têm uma atividade gigantesca, por isso 
consomem muita energia, tornando-se necessário o consumo de muita glicose (dada as 
proporções corretas, obviamente), pois é preciso alimentar-se bem, porque é dessa forma que 
a energia vai chegar rapidamente para as células cerebrais. 
* Neurônio: temos a presença de estruturas sendo elas: 
Dendrito: são as estruturas das extremidades (parte laranja circulada no canto 
superior esquerdo da imagem), são elas que captam as informações, como mostra a imagem 
nos dendrito temos um alargamento chamado corpo de neurônio, que é onde os dendritos vão 
estar trazendo as informações, essas informações são processadas nos corpos de neurônio e 
elas são propagadas através do axônio ( rabinho) até o seu final, ou seja, até o seu terminal 
axônico, também chamado de telodendro. Resumindo: as partes citadas acima são as partes 
anatômicas que constituem o neurônio e tem a capacidade de se excitar e trazer 
condutibilidade (conduzir a informação.) 
 
 
 
Diante das informações dada anteriormente, vale reforçar que temos vários formatos 
de neurônios, sendo eles: bipolar, multipolar e pseudo-unipolar, exemplificados na imagem 
logo abaixo. 
 
Explicando a imagem: 
1. Bipolar: neurônio no qual há a presença de dois dendritos, por isso é chamado 
de bipolar. ( é o primeiro neurônio ilustrado contando da esquerda para a 
direita). 
2. Multipolar: é o mesmo formato identificado na ilustração vista anteriormente 
que foi usada para explicação dos dendritos. Contudo, eles tem vários 
dendritos, ou seja, vários pólos o que dá o nome de neurônio multipolar; 
3. Pseudo-unipolar: pseudo (quer dizer falso), é um falso unipolar. 
 
 
 
Pergunta do professor: POR QUÊ? 
Porque apesar de só ter apenas um dendrito ( unipolar), esse dendrito não tem contato 
direto com o corpo, ele já passa direto para o axônio dando uma ideia de falsidade, ou seja, de 
pseudo-unipolar. 
OBS: no corpo os três tipos de neurônios citados acima serão estudados 
posteriormente em áreas específicas, como aborda na imagem a seguir: 
 
 
 
1. Corresponde ao cérebro, que tem uma maior prevalência do neurônio multipolar; 
2. Corresponde aos nervos onde o neurônio pseudos-unipolar (falso) prevalece. 
3. Já na medula tem-se a prevalência do neurônio bipolar. 
 
 
 
 
 Apresentam diferenças de acordo com o sistema. 
 
Ex: A divisão anatômica do sistema nervoso, o qual divide-se em: sistema nervoso 
central (SNC) e sistema nervoso periférico (SNP). SNC é composto por cérebro, cerebelo, 
tronco encefálico e medula. Mais importante que um nervo, por isso nele tem-se quatro 
células da glia, sendo assim os 90% são esses quatros tipos de células, onde cada uma possui 
uma função diferente. Já no SNP, basicamente só existem nervos, encontra-se apenas dois 
tipos de células: células de Schwann e células satélites, as quais também possuem funções 
diferentes. 
( Todas as células da glia são responsáveis pela sustentação dos neurônios, “fazem o 
papel de baba ovo.'') 
 
 
 
 
O grande papel deles é ligar os vasos sanguíneos ao neurônio. 
Antes de uma substância passar pelos neurônios, elas primeiro precisam passar pelos 
astrócitos que veem se toda aquela substância serve, sendo que o que não servir volta e o 
que servir é repassado para o neurônio. como mostra o desenho do canto superior direito feito 
pelo professor, os astrócitos têm um braço no neurônio e o outro no vaso sanguíneo. 
Exemplo dado pelo professor: “é como antigamente quando os reis colocavam uma 
pessoa para provar a comida antes dele para saber se havia ou não veneno, é a mesma função 
dos astrócitos que faz a função de baba ovo do neurônio, afinal as células da glia exercem 
essa função.” 
Pergunta do professor: SABE POR QUÊ? 
Porque os oligodendrócitos produzema bainha de mielina, então todo neurônio do 
SNC tem o revestimento de gordura. 
 
 
 
FUNÇÃO DE CADA CÉLULA: 
Pergunta do professor: Professor, por que esse revestimento de gordura no 
axônio? 
Para que, quando a informação passe pelo axônio, ela seja impedida de se dissipar. 
Sendo assim, essa gordura impede que as informações sejam dissipadas e passem de uma 
forma mais rápida. 
Você já deve ter ouvido falar em esclerose: “ ah o paciente está esclerosado." 
O que é que significa essa esclerose? 
A esclerose faz com que os oligodendrócitos percam sua função, ou seja, aquele pulso 
que passaria rápido, vai passar mais lento (aquela resposta do organismo que era para ser 
mais rápida vai ser mais lenta). 
Pergunta do professor: Por quê? 
Porque sem a gordura para isolar a informação é dissipada tanto que quando chega no 
final, há pouca informação para ser passado para o neurônio e, assim, para o próximo e 
sucessivamente. 
Resumindo a esclerose: é a degeneração da bainha de mielina. 
 
 
 
 
Um papel fundamental para a manutenção do tecido nervoso é a micróglia. A 
micróglia é uma célula de defesa que vai fagocitar, assim ela funciona como uma “célula 
sentinela” que fica alerta a todo momento em busca de algum microrganismo (micróbio), ou 
de algum tecido danificado. Sendo assim, se houver a presença de um desses dois ela vai lá 
destrói e elimina aquele microrganismo ou tecido estragado. 
Pergunta do professor: Professor, como seria esse tecido estragado? 
Bem existem algumas situações em que há morte de neurônio, por exemplo, o uso de 
droga, o uso da maconha traz lesões neuronais, ou seja, lesões de axônio. 
Pergunta do professor: E depois que o axônio morre, ele vai para onde? 
A micróglia é responsável por degenerar esse neurônio morto. Quando olha-se para a 
imagem da micróglia na lâmina histológica, pelo formato do seu núcleo, torna-se perceptível 
que ela parece uma ameba, então ela vai lá forma uma boca e engloba o material que ela quer 
degradar. Exemplo, o paciente teve um AVC, aquelas células que deixaram de receber o 
suporte nutricional do AVC morrem. E o que acontece a partir daí? A micróglia vai limpar 
toda aquela área morta, só que infelizmente como ela não vai ter reposição de neurônio, 
aquela função fica perdida. Mas, é a micróglia que vai realizar toda a limpeza e fazer a 
manutenção das defesas do tecido nervoso. 
Obs: Não estava na aula, mas caso queiram ver o momento exato da morte de um neurônio 
segue em anexo o link ( Eu Vou Ser Doutor ⚕ no Instagram: “Eu tô preso nesse vídeo 
MARCA ALGUÉM ?” ). 
 
https://www.instagram.com/reel/CMnOMTqB4aH/?igshid=1kq27lrc6bn9j
https://www.instagram.com/reel/CMnOMTqB4aH/?igshid=1kq27lrc6bn9j
 
Células fundamentais também para a manutenção do sistema nervoso, uma vez que 
essas células produzem o que chamamos de líquor. 
Pergunta do professor: Professor, o que é o líquor? 
 Tem vários nomes, Liquor do Cérebro Espinal (LCS), Liquor do Cérebro Raquidiano 
(LCR), ambos são a mesma coisa: líquidos que banham o sistema nervoso central e que 
também é importante para a manutenção desse tecido e quem produz esses líquidos são as 
células ependimárias. Essas células parecem um epitélio, mas como está no sistema nervoso, 
não podemos chamar de epitélio, então essas células revestem os ventrículos que são os 
espaços abertos entre os hemisférios cerebrais. 
● Esses ventrículos estão circulados na primeira figura da imagem contando da 
esquerda para direita. (Aquela parte ciliada). 
● Na ressonância magnética esses espaços abertos estão representados na parte 
escura e circulados em azul, então todo esse espaço é revestido por células 
ependimárias justamente para produzir esse líquido que vai circular dentro 
dessas cavidades para manter o tecido. 
Pergunta do professor: Manter o tecido como, professor? 
Nesse líquido também encontra-se glicose, célula de defesa, tudo isso para 
manutenção da saúde do tecido. 
 
 
 
 
 
 
 
No apanhado a seguir, mostra os vasos sanguíneos (vermelho) agarrado com um 
neurônio (verde) e tem os astrócitos(forma estrelar) passando tudo que tem serventia para 
esse neurônio o que não tem não passa. 
 
Pergunta do professor: Vocês já ouviram falar em barreira hematoencefálica? 
Por exemplo, ao tomar uma medicação essa medicação vai fazer mal ao sistema 
nervoso? Não sei, porque é uma medicação que passa pela barreira hematoencefálica, e aí o 
que é essa barreira encefálica? É justamente a barreira que os astrócitos fazem (não deixam 
passar para o encéfalo e consequentemente para o cérebro também), sendo assim só algumas 
substâncias são permeáveis. Por exemplo, ao sentir dor de cabeça e a medicação que for 
ingerida não ultrapassar a barreira hematoencefálica, essa medicação não fará efeito, porque o 
astrócito vai impedir que essa substância entre. 
Obs: existem substâncias tóxicas que os astrócitos aceitam, causando uma danificação para o 
neurônio, então como é ilustrado na imagem são os astrócitos que fazem a seletividade, 
outras perceptíveis são as micróglias que flutuam no tecido para proteger, os oligodendrócitos 
produzindo a bainha de mielina (gordura para que o impulso passe mais rápido, representado 
em azul), e por fim as células ependimárias revestindo os ventrículos para produzir o líquido. 
Conclusão : assim conclui-se a composição do sistema nervoso central (SNC). 
Já no sistema nervoso periférico (SNP): 
Composição muda um pouco em relação ao SNC; 
As lâminas histológicas a seguir são para mostrar o neurônio e as células da glia e como se 
comportam. (Haverá um segundo momento) 
 
 
 
 
Lâmina 1 neurônios 
 
 
Lâmina 2 neurônio e células da glia. 
 
 
Lâmina 3 cada célula e como se comportam 
 
 
 
Lâmina 4 
 
Pergunta do professor: COMO IDENTIFICA UMA CÉLULA DESSAS NO TECIDO? 
(lâmina 4) 
Resposta: o núcleo que é grande, cheio de grânulos e clarinho, todo ele será astrócito. Então, 
é ele que vai fazer o papel da barreira hematoencefálica.(Apontado na seta verde); 
Os que produzirão bainha de mielina tambémpossuem núcleos grandes, porém são 
escuros. Os oligodendrócitos.(Apontados na seta azul); 
 O neurônio as células grandonas.(apontado pela seta roso); 
E por fim as células de defesas: micróglia, são as células que não tem formato redondinho, 
sendo portanto alongado, porque parece uma ameba que vai se deformando para fagocitar, ou 
seja, englobar o corpo estranho ou neurônio morto. (Apontado na seta amarela) ¶ 
 Já no sistema nervoso periférico nós temos as Células de Schwann, como o sistema 
nervoso periférico só tem nervos, então não tem muita coisa pra se fazer. Mas temos as 
Células de Schwann que fazem a bainha de mielina. A professor, então quer dizer que os 
oligodendrócitos fazem a bainha de mielina no sistema nervoso central? Isso! E as Células de 
Schwann fazem a bainha de mielina no sistema nervoso periférico? Perfeito! Ele também é 
alvo de esclerose, então lesões, ou melhor, ausência de funções das células de Schwann 
impedem a formação de bainha de mielina, e aí, os impulsos, eles vão passar mais lentos. Já 
as Células Satélites é o Severino, ele vai atender tudo o que o neurônio precisar, é aquele que 
se vira nos 30, ele meio que exerce as funções da célula da glia. Tá certo? Então é o Severino, 
aquele que fornece suporte necessário para o sistema nervoso periférico, vale salientar. 
 
 
 Então, aqui temos uma lâmina histológica (mouse na figura abaixo), aqui tem um 
neurônio, aqui tem um axônio, olha as células de Schwann dentro desse axônio, certo? O que 
você tá vendo aqui ao longo, é axônio, e circulando essas células, tudo isso é célula satélite, 
ta? Tudo isso são células satélites para dar suporte ao que o neurônio precisar no sistema 
nervoso periférico, fechado? 
 
 E, por fim, nós vamos falar do tecido muscular. O entendimento que eu quero de vocês é 
bem simples. Bem, quando a gente fala em tecido muscular. DA LÂMINA AQUI? Essa 
lâmina é do sistema nervoso, ta? (figura acima) O que vocês estão vendo circulando são as 
células, certo? E o que você vê aqui, esses filamentos aqui, são os axônios. E aí, sempre como 
os axônios vai ter a célula de Schwann , afinal, as células de Schwann vão produzir bainha de 
 
mielina, né? Para os axônios, que é aquela gordura que eu falei, então vai sempre está 
próximo dos axônios. Circundando o neurônio, essa célula aqui, todas elas são células 
satélites, são células de sustentação né, são as severinas, tudo o que o neurônio precisar, ela 
vai dá suporte, TÁ JÓIA? DEU PRA ENTENDER? - “Agora não, Beatriz, eu só quero 
caracterizar, eu só quero que vocês caracterizem, por exemplo: AH, O QUE EU TENHO 
DO TECIDO NERVOSO? 
 Ah, eu tenho neurônios e células da glia, certo? Ah, 10% neurônio e 2% de célula da glia, 
ta?” QUAIS SÃO AS CÉLULAS DA GLIA? Então isso...a gente vai...vou sim, Adriana, 
vou fazer leitura da lâmina, com certeza, não agora, tá? Agora a gente tá fazendo um geralzão 
dos tecidos fundamentais, mas quando vocês tiverem vendo uma a uma, tecido por tecido, 
vocês vão ver tecido nervoso, tecido muscular, pele...aí vocês vão ver o estudo das lâminas 
bem direitinho, tá bom? 
Já o tecido muscular, pra gente finalizar, tá pessoal...quando a gente fala de músculo, o que 
vem na nossa cabeça é contração, e é isso mesmo. Toda parte do nosso corpo que se 
movimenta, necessariamente precisa ter músculo, certo? 
ISSO QUER DIZER, PROFESSOR, QUE O MEU PULMÃO TEM MÚSCULO? Tem! 
QUER DIZER QUE O MEU ESTÔMAGO TEM MÚSCULO? Tem! 
QUER DIZER QUE A MINHA ARTÉRIA TEM MÚSCULO? Tem! 
Ou seja, tudo que se movimenta no nosso corpo tem músculo, ta? Ou seja... POR QUE? 
Porque todo tecido muscular, independente de onde seja, tem a capacidade de se contrair, ta? 
QUAL É A ORIGEM DO TECIDO MUSCULAR? Mesoderma. 
 AÍ VAMOS RELEMBRAR? 
TECIDO EPITELIAL? Origem nos três folhetos embrionários, né? Vou botar 
aqui...TECIDO EPITELIAL, tem origem no ectoderma, no mesoderma e no endoderma. 
E TECIDO CONJUNTIVO? Tecido conjuntivo tem origem no mesoderma. 
TECIDO NERVOSO? Tecido nervoso tem origem no ectoderma. 
E TECIDO MUSCULAR? Tecido muscular tem origem no mesoderma. 
 Tá jóia? Então tá aí, anota essas informações porque é interessante para diferenciar cada 
tecido desse, ok? Anotem aí. Bem, e aí, a menor unidade muscular, né, ou seja, a célula 
muscular nós chamamos de miofibrila. Então a gente muda um pouco, né... a menor célula 
muscular nós chamamos de miofibrila, certo? Então o mesoderma dá origem a várias 
miofibrilas, e o conjunto de miofibrilas, certo? Conjunto de células, formam o tecido, tá? 
Então, o conjunto de miofibrilas formam o tecido muscular, tá bom? Então tem essas 
particularidades. 
 
 
 
 
 Bem, e aí nós temos os três tipos de músculos em nosso corpo: o músculo estriado 
esquelético, esse nome é por quê? Porque o músculo tem estria e tá aderido ao osso. Nós 
temos o músculo estriado cardíaco, por quê? Porque ele é estriado e é do coração, e nós 
temos o músculo liso, por quê? Porque ele é liso, certo? Bem, ok! Vamos estudar o que cada 
um tem de diferença, depois vamos entrar no que cada um tem de semelhança, ta bom? 
Bem, o que tem de diferença do estriado esquelético para o estriado cardíaco,vamos lá… 
 Primeiro, eu vou grifar aqui e quero que vocês destaquem pra vocês também...diferenças, 
primeiro ponto: multinucleadas - só as células do músculo esquelético são multinucleadas, ou 
seja, tem vários núcleos. 
 Segundo: todos estes núcleos se situam na periferia da célula, isso é só exclusivo do estriado, 
ta? Então multinucleares é exclusividade dos estriados e a localização desses núcleos é na 
periferia, tá? Particularidade do estriado esquelético. Outra: é voluntário, certo? Então está aí 
três informações determinantes para caracterizar o músculo estriado esquelético, as demais 
nós temos iguais, ta? Mas estas três informações são muito importantes. 
 
 
TECIDO MUSCULAR 
Veja, tá aqui ele ( figura abaixo ): estrias (tá vendo a lâmina, cheia de estrias? Foi feito um 
corte transversal

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