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, Introdução O conhecimento correto e atualizado sobre a alimentação da criança é essencial para a avaliação e a orientação adequadas de sua nutrição A alimentação saudável deve possibilitar crescimento e desenvolvimento adequados, otimizar o funcionamento de órgãos, sistemas e aparelhos e atuar na prevenção de doenças em curto e longo prazo Desenvolvimento Obesidade e sequelas metabólicas: mau do século Os efeitos epigenéticos e comportamentais, estão subjacentes à presente epidemia Origens do desenvolvimento da saúde e doença (DOHaD): periconceptual/fetal/infantil precoce ➔ desenvolvimento da obesidade em adultos e distúrbios metabólicos relacionados O modelo DOHaD especula adaptações preditivas do feto As respostas adaptativas: aumento do risco de doenças crônicos na idade adulta e/ou à herança de fatores de risco e um ciclo de transmissão de doenças entre gerações Alterações na nutrição no início da vida = aumento do risco de distúrbios metabólicos e cardiovasculares mais tarde na vida Programação metabólica Relação entre a inadequação alimentar nos primeiros dias (1000 dias) de vida da criança e o desenvolvimento de doenças na fase adulta 1000 dias: 9 meses h=gestacionais até os 2 anos de idade → estão mais susceptíveis a inadequações alimentares o As intervenções nessa faixa etária têm repercussão à curto, médio e longo prazo 5000 dias Pediatra cuidando de adultos? Triagem de dislipidemia, rastreamento HIV, triagem depressão, teste do coraçãozinho, triagem para depressão e alcoolismo 10 passos para alimentação saudável em menores de 2 anos PASSO 1: dar somente leite materno até os 6 meses, sem oferecer água, chás ou quaisquer outros alimentos; PASSO 2: a partir dos 6 meses, introduzir de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo-se o leite materno até os 2 anos de idade ou mais; PASSO 3: após os 6 meses, dar alimentos complementares PASSO 4: a alimentação complementar deverá ser oferecida sem rigidez de horários, respeitando-se sempre a vontade da criança; PASSO 5: a alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida com colher. Pode ser em consistência pastosa, PASSO 6: oferecer à criança diferentes alimentos todos os dias PASSO 7: estimular o consumo de frutas, verduras e legumes PASSO8: evitar açúcar, café, enlatados PASSO9: Cuidar da higiene PASSO 10: Estimular a criança doente a se alimentar RECOMENDAÇÃO OMS/SBP: aleitamento materno exclusivo até o 6 mês, em livre demanda. O leite materno é rico em bactérias, proteínas, fatores de crescimento ... E quando não tem leite materno? Recomenda-se o uso de fórmulas infantis que possuem os nutrientes necessários para o crescimento e desenvolvimentos adequados As fórmulas infantis seguem Regulamento técnico da ANVISA/Min.sáude e de normas internacionais como o Codex Alimentarius Lembrar que a fórmula é uma “mediação”, por isso deve ter administrada de forma correta e nas indicações feitas pelo médico Por que o leite de vaca é desaconselhado para crianças menores de 1 anos? Inadequação macronutrientes o Excesso/qualidade das proteínas → efeito adipogênico (via aumento de IGF-1) o Excesso de sal (aumento da carga de soluto renal) o Pouco teor de ácido linoleico (que é usada para mielinização e retina) Risco de alergia alimentar Predisposição à carência de micronutrientes, pois o Tem reduzido teor de zinco, cobre e biodisponibilidade do ferro o Favorece o risco de anemia o Causa uma menor absorção de ferro/zinco, devido ao excesso de Ca e P e caseína o Menor conteúdo de vitaminas D, E C e niacina Alimentação complementar Conceito de outros alimentos, além do leite materno, oferecidos ao lactente Deve manter a manutenção do aleitamento materno Introdução de alimentos complementares u de transição É uma fase de grande vulnerabilidade, devido à adaptação de inúmeras texturas e sabores ÉPOCA DE INTRODUÇÃO: 4 A 6 MESES Reflexo de protusão: movimento da língua do bebê que é estimulado pela amamentação. É a manobra de “ordenha”. Começa a desaparecer aos 4 meses de idade. Recomendação tradicional a criança quando começa a sentar com apoio e depois sem apoio, inicia- se a alimentação pastosa, e depois a alimentação sólida Essa é uma recomendação “mais antiga” Alimentação no 1 ano Verificar a condição emocional e financeira da família para a introdução alimentar Entender os hábitos da família Frutas 2 a 3 frutas por dia (manhã, sobremesa e tarde) Nenhuma fruta é contraindicada Suco não deve ser usado, pelo risco de obesidade, que acontece mesmo com excesso de frutose Composição das papas Utilizar temperos naturais (salsa, cebolinhas) Óleo vegetal → 1 colher de chá para o preparo Não adicionar sal e/ou temperos prontos Textura Não se apegar tanto a quantidade recomendada (mas não deve haver exageros) Deixar claro para a família que no início, pode ser que a criança não coma uma quantidade muito grande Métodos alternativos BABY-LED INTRODUCTION TO SOLIDS (BLISS) BLW BABY LED WEANING Deixar a mãe escolher qual método melhor, mas o médico deve dar orientações Deve-se ensinar a manobra de desengasgo, pois alguns estudos apontam uma maior chance de engasgo nesses métodos, além de haver a possibilidade de carência de micronutrientes Alimentos alergênicos 17 a 26 semanas de vida Ovo, trigo e peixe: apresentados até o primeiro ano de vida, pois diminui a chance de desenvolver alergia à esses alimentos Pre-escolar (2 a 6 anos) Grande vulnerabilidade para distúrbios nutricionais Menor frequência às consultas pediátricas Dificuldade na percepção dos pais quanto a condição nutricional das crianças Como os pais de crianças de 4 a 5 anos percebem seus filhos? 75 e 50% das mães de sobrepeso e obeso descreveram seus filhos como normais Comportamento alimentar Anorexia simples e neofobia alimentar Apetite variável e momentâneo Maior autonomia e aumento de habilidade motoras e manuseio de utensílio Alimentos preferido (preferência inata pelo sabor doce) Socialização: comem melhor em grupo Importante Horários regulares e tempo adequado à mesa (15 a 20 minutos) Número de refeições ao dia, tamanho das porções, autorregulação do apetite Controle da oferta de líquidos Evitar consumo indiscriminado de produtos a base de soja Evitar Salgadinhos, balas, bolos recheados e doces; ingestão de líquidos durante à refeição Monotonia alimentar Castigos, recompensas, chantagem, televisão, tablets durante a refeição Alimentar que possam levar a engasgos Limitar o uso de gorduras tras e saturadas, açúcar e sal Sobremesas: estimular o consumo de frutas in natura e não doces O leite de vaca integral continua não sendo benéfico Prevenir: desnutrição, obesidade, risco nutricional, fome oculta 7 a 10 anos incompletos (escolar) Período de intensa aquisição cognitiva Aumento da ingesta alimentar Início da preocupação com a imagem corporal Grande influência alimentar de seus pares Dificuldade na associação entre alimentos e estado nutricional e suas consequências Independência crescente em relação a preferencias na alimentação A rotina escolar pode favorecer o estabelecimento de horários e prática de uma alimentação adequada Adolescentes – 10 a 19 anos Risco de desenvolvimento de doenças crônicas futuramente Hábitos inadequados 1. Suplementos vitamínicos e/ou minerais não devem ser utilizados de forma rotineira. Indicaçõesa. Dietas seletivas, vegetarianos estritos b. Doenças crônicos c. Atraso na curva de crescimento d. Deficiências específicas 2. Consumo excessivo de sal a. Máximo de 5g/dia – 1 colher de chá 3. Refrigerantes a. Tipo cola: risco para doenças ósseas e do esmalte dentário (presença de ácido fosfórico) 4. Sucos e néctar de frutas industrializadas 5. Gordura vegetal hidrogenada a. Aumenta LDL, TG, e liberação de ácidos graxos no adipócitos 6. Consumo de alimentos processados e ultraprocessados
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