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Atomismo grego
De fato, do ponto de vista da Ciência, o átomo já não é mais indivisível desde o
século XIX e muito menos o vácuo é o nada, constituindo-se, desde a genial contribuição do físico inglês Paul Adrien Maurice Dirac (1902-1984), em uma das estruturas físicas mais complexas. Há, porém, uma idéia basilar do atomismo, defendida por Demócrito, que não apenas se mantém correta como passou a dispor de comprovação experimental: trata-se da notável hipótese de que certas propriedades da matéria dependem da disposição espacial dos átomos no vazio.
Há um segundo ponto defendido por Demócrito, menos conhecido na comunidade
científica, que também resiste ao tempo e continua igualmente verdadeiro. Ele diz respeito a um problema sempre atual e que, felizmente, está se colocando cada vez mais em discussão: trata-se da Educação, mais especificamente da formação dos jovens. Em um fragmento de grande dimensão ética e moral, o filósofo grego afirma: “O pior de todos os males é a leviandade no educar a juventude, pois é ela que gera aqueles prazeres de que nasce a maldade”.
Este pequeno texto, que inspira tanta reflexão, é um exemplo típico de que o conhecimento e a ética são dois temas centrais da filosofia de Demócrito; indissociáveis, de certa forma, poderíamos acrescentar. Sim, pois é através da educação que se perpetua e se amplia o conhecimento, seja ele científico ou não. Na verdade, vendo de uma perspectiva histórica, Demócrito desenvolve a teoria atomística de Leucipo (c. 460-370 a.C.) vendo nela a possibilidade de combater o relativismo que, em sua opinião, ameaçava a sociedade de sua época. Portanto, um “homem de ciência” preocupado com o jovem de seu tempo, preocupado em contribuir para construir uma sociedade mais justa, na qual a Educação tenha um papel de destaque, preocupado em combater as convenções através da busca da Verdade, do conhecimento científico. A contribuição de sua Ciência passa pela educação, muito mais do que por qualquer aplicação prática que tenha ou possa vir a ter. É através da educação, e principalmente da educação científica, que se transmitem e se cultivam valores como a verdade, a ética, a curiosidade, o espirito critico e a prorpia liberdade. 
A versão original do atomismo, proposta por Leucipo e Demócrito, era composta, conforme nosso entendimento moderno, de quatro elementos essenciais: 1) corpuscularidade da matéria; 2) existência do vazio através do qual se movem os átomos; 3) redução de todas as propriedades sensíveis dos objetos a mesmas formas de percepção subjetiva dos modos de organização dos átomos de que são formados (reducionismo); e 4) mecanismo, isto é, a redução de toda causação á ação externa de agentes e materiais, por meio de contato, excluída qualquer id ́eia de causa formal ou de finalidade. Já a versão proposta por Epicuro incorporava a gravidade como propriedade essencial dos átomos, caracterizando-a como uma tendência intrínseca á “queda”, e, assim, introduzindo um elemento formal nas categorias causais, flexibilizando, portanto, o mecanicismo estrito da versão original.
Com colapso da civilização moderna do ocidente, a doutrina atomística permaneceu durante séculos em um relativo ostracismo, até ser resgatada, no renascimento. Ao assim ressurgir no início da era moderna, o atomismo ao homem, juntamente com o cartesianismo, uma visão de um mundo alternativa ao pensamento aristotélico então vigente, em grande medida, conflitante e com ele e, ao mesmo tempo, bastante adequada a nova concepção cientifica nascente. Em especial, ao despirem a matéria de inclinações essenciais restringirem suas qualidades unicamente a elementos geométricos como forma e extensão, conferindo-lhe, portanto, uma natureza homogênea favorável a universalidade das leis físicas, ao fornecerem uma descrição dos processos naturais isenta dos conceitos de causalidade formal e final, e adotarem em seu lugar, um mecanismo escrito, tanto o cartesiano quanto o atomismo tradicional contribuíram decisivamente para a formação da concepção física moderna.
Atomismo é uma filosofia natural que se desenvolveu em várias tradições antigas. Os atomistas teorizaram que a natureza consiste em dois princípios fundamentais: átomo e vazio.
O atomismo grego se desenvolveu na Grécia do século V a.C.Os seus principais representantes são, sucessivamente, Demócrito (cerca de 460/360 a.C.) e Epicuro (341/270 a.C.), eles afirmavam que os menores componentes da matéria são corpúsculos indivisíveis em movimento em um vazio infinito.
Parmênides negou a existência de movimento, mudança e vazio. Ele acreditava que tudo o que existe, era um único, abrangente e imutável monismo, e que a mudança e o movimento eram meras ilusões. Parmênides rejeitou explicitamente a experiência sensorial como um caminho para a compreensão do mundo, privilegiando a razão pura. Ele argumentou contra a existência do vazio, equiparando-a com o não-ser (ou seja, o nada).
O epicurismo (cujos representantes principais foram Epicuro e Lucrécio), que teve uma ampla difusão na antiguidade, foi influenciado pelo atomismo de Demócrito, mas com grandes mudanças. A principal diferença foi o abandono da ideia de turbilhão de átomos e a afirmação de que os átomos possuem peso e que, por isso, os átomos percorrem linhas retilíneas paralelas, tal como objetos em queda livre. Ocasionalmente, cada átomo exibe espontaneamente um desvio mínimo da linha reta indeterminado e imprevisível, desvio esse chamado clinamen. Esse desvio mínimo é que explicaria o choque e encontro entre os átomos.
CARUSO, Francisco. Ciências e educação: até onde Demócrito tinha razão?: Reflexões sobre Ciência e Educação”.. Jornal da Ciência Artigo publicado no Jornal da Ciência , São Paulo , v. 01, n. 01, p. 1-4, mai./200
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