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2 Sistema Muscular Trofismo muscular

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Sistema Muscular – Trofismo muscular: 
 Sistema muscular: musculo esquelético são células especializadas que produzem movimento e 
mantém a posição estática (estabilidade); permitem o deslizamento de proteínas com 
encurtamento e relaxamento das fibras realizando o movimento e permitindo a locomoção. É 
dividido em estriado esquelético (voluntário), estriado cardíaco (involuntário) e liso 
(involuntário). Nosso corpo é composto de 700 músculos. A unidade motora é formada pelo 
nervo que sai da medula espinhal e enerva fibras musculares. 
 Propriedades: excitabilidade elétrica (estímulo por diferença de potencial elétrico que gera 
corrente); contratilidade (isométrica [contratilidade sem movimento] e isotônica); 
extensibilidade (estender, alongando-se pela flexibilidade); elasticidade (retomar a posição 
anterior pela presença de colágeno). 
 Funções: garante a produção de movimento; estabilização das posições do corpo 
(manutenção da postura); armazenamento e movimentação de substancias dentro do corpo 
(glicogênio, substratos, movimentação pelo sangue como bomba contrátil para o retorno 
venoso); produção de calor (produção de ATP). 
 Níveis de organização do músculo: epimísio, perimísio, endomísio, feixes (o conjunto de feixes 
também é envolvido por tecido fibroso, o epimísio; o perimísio envolve cada feixe) e fibras 
musculares (células, que se organizam em rodas denteadas; tecido fibroso endomísio 
envolvendo as fibras cheio de colágeno; formam os feixes); contém vasos sanguíneos. O 
músculo liga-se ao osso (periósteo) através do tendão (ancoragem/amarra da fibra e feixe ao 
osso). 
 Fáscia muscular: assume diferentes papéis de acordo com a função mecânica; a fáscia é um 
tecido brilhante esbranquiçado (recobre todo o músculo) que separa um músculo do outro e 
ajuda na proteção/contração das fibras, evita o atrito (líquido lubrificante), atribui 
independência das ações musculares. Resistencia mais espessa sobre os grupos musculares 
mais possantes/fortes; mais fibrosa nos retináculos; rica em tecidos elásticos (proteger-se 
contra aumentos bruscos. Existem 2 tipos podendo ser fáscia superficial (entre camada 
superficial do tecido adiposo e subcutâneo; mais fina) ou profunda (após o tecido subcutâneo, 
reveste todo o músculo). 
 
 Tendão muscular: brilhoso, cheio de colágeno; geralmente nas partes distais do músculo e 
dependem do tipo de músculo como fusiforme, bíceps, digástrico (músculo fusiforme com tendão 
no meio), poligástrico (vários tendões no meio), periforme, chato. 
 Funções: conectar o osso ao músculo; manter equilíbrio estático e dinâmico do corpo através 
da transmissão da atividade muscular aos ossos e articulações; estimula a formação e 
manutenção da massa óssea; transmissão da força (transmitida diretamente da couraça do 
devido conjuntivo do músculo para os tendões; a força exercida nas inserções tendinosas 
varia de 20 a 50 N/195 A 487 Kg). A origem é o ponto de ancoragem sendo um ponto fixo 
(sem movimento); a inserção é a parte em que há movimento muscular (móvel). 
 Sistema de alavancas: usa-se uma estrutura/aste para conseguir realizar um movimento com 
menor força; pode ser interfixa (resistência, fulcro/apoio e potência), inter-resistente (apoio, 
resistência e potência) e inter-potente (apoio, potência e resistência). 
- Interfixa (1ª classe): exemplo - extensão da cabeça (articulação atranto-occiptal). 
- Inter-resistente (2ª classe): resistência no meio; exemplo - pé (“ficar na ponta do pé”). 
- Interpotente (3ª classe; alavanca em maior quantidade no corpo): entre o fulcro e a 
resistência há força; exemplo - bíceps. 
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 Classificação dos músculos: quanto à forma e arranjo das fibras; quanto à origem (cabeças de 
origem); quanto à inserção (bicaudados e policaudados); quanto ao ventre muscular (digástricos 
e poligástricos); quanto à ação. 
 
 Arquitetura do músculo esquelético: fibras dispostas paralelas ou oblíquas à direção de tração 
exercida pelo músculo; 
 Paralela: músculos longos (predomina o comprimento, ex. m. esternocleidomastóideo); 
fusiforme (convergência das fibras em direção aos tendões de origem e inserção, ex. m. bíceps 
braquial); músculos largos (comprimento e largura se equivalem, ex. m. glúteo máximo); 
leque (convergência para um tendão em uma das extremidades, ex. m. peitoral maior). 
 Oblíqua: também chamados de peniformes (disposição lembra as barbas de uma pena), 
geralmente em músculos profundos. 
- Unipeniado ou semipeniforme: fibras musculares prendem-se em uma só borda do tendão. 
Exemplo: m. extensor longo dos dedos do pé. 
- Bipenado ou peniforme: feixes se prendem nas duas bordas do tendão. Exemplo: m reto da 
coxa. 
- Multipenado ou multipeniforme: feixes inseridos ao redor do tendão. Exemplo: m deltoide. 
 
 Efeito de disposição das fibras: quanto maior a fibra muscular, maior a amplitude do movimento; 
a força do músculo depende do número de fibras que o músculo contém. 
 
 Tipos de funções musculares: 
 Músculos agonistas: são os agentes principais na execução do movimento. 
 Músculos antagonistas: são aqueles que possuem ação anatômica oposta à dos agonistas, 
seja para regular a rapidez ou a potência desta ação. 
 Músculos sinergistas (auxiliares/acessórios dos agonistas): são os músculos que se contraem 
ao mesmo tempo dos agonistas, porém são considerados os principais responsáveis pelo 
movimento e postura; realizam funções similares do agonista. 
 Músculo fixador: fixam um segmento do corpo para permitir um apoio básico nos 
movimentos executados por outros músculos. 
 
 Tipos de contração muscular: 
 Isotônica: gera força e movimento. Pode ser concêntrica (acelera; músculo encurta) ou 
excêntrica (músculo alonga/lesões; desacelera). 
 Isométrica: gera força sem movimento. Exemplo: “queda-de-braço”. 
 Isocinética: a tensão desenvolvida pelo músculo ao encurtar-se com velocidade (cinética) 
constante (iso) é máxima em todos os ângulos (cíclico) articulares durante toda a amplitude 
de movimento. 
 
 Contração e relaxamento: a capacidade contrátil possibilita diminuir para o tamanho de 2/3 do 
comprimento original. 
 
 Tipos de fibras musculares esqueléticas: conteúdo de mioglobina (branca/movimento 
intenso/rápida/anaeróbica ou vermelha/movimento contínuo/lenta/aeróbica); diâmetro 
proporcional à potência; velocidade em função da velocidade com que ATPase da cabeça da 
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miosina hidrolisa ATP (+ rápida). Se um músculo aciona mais que 30% de seu volume, ele incha e 
obstrui os vasos sanguíneos, assim inicia-se a atividade anaeróbica. 
 
 Trofismo muscular: a manutenção do volume muscular é importante para a qualidade de vida 
nos diferentes ciclos da vida (movimento e postura estática). O trofismo é o volume do músculo 
(disposição) e refere-se as funções do organismo que estão vinculadas à nutrição, ao 
desenvolvimento e conservação do tecido; tônus é atividade elétrica (estado de contração) para 
a contração normal do músculo. Depende do movimento corpóreo, inervação muscular (impulsos 
elétricos) e irrigação sanguínea. Garante estabilidade articular (cadeias musculares com amarras; 
antero-posterior, póstero-anterior, cruzadas) e formam bandas elásticas. 
 Síndrome do imobilismo (acima de 15 dias deitado ocorre perda do volume muscular): ocorre 
hipotrofia muscular; é um conjunto de alterações que ocorrem no indivíduo acamado por um 
período prolongado (12 a 15 dias); perde de 10 a 20% do nível inicial de força muscular para 
cada semana acamado; os efeitos da imobilização são definidos como uma redução na 
capacidade ; o GF1 (produzido no fígado acionado pelo GH [produzido pela hipófise]) é um 
fator de crescimento que estimula mioblastos para manutenção do trofismo e quando se está 
acamado ele diminui (influenciado pelo movimento), além disso há produção de ubiquitinas 
que promovem a perda de proteínas. 
 Sarcopenia: perda da massa muscular e da força (perda de 8% por década), a partir dos 40 
anos (mulheres) geralmente. Gera fraquezae imobilidade. Geralmente os fatores são 
hormonais, nutricionais, metabólicos e imunológicos. 
 Patologias hipotróficas: distrofia muscular; distúrbio do crescimento; envelhecimento; 
fibromialgia (dor); fraturas; lesões neurológicas centrais e periféricas; neoplasias; 
osteoartrose; tendinopatias e miopatias. 
 Hipertrofia muscular: adaptação resultante do treinamento de força, devido à maior 
concentração de proteína contrátil no interior das fibras musculares; níveis hormonais 
adequados (insulina, GH, IGF-1), atividade física e eficiência nutricional (aminoácidos para 
síntese proteica). 
 Miostatina: é um fator de diferenciação do crescimento que é um membro do TGF-b da 
família de proteínas que inibe o músculo na diferenciação e crescimento no processo de 
miogênese. Para promover a inibição da miostatina, em humanos, utiliza-se a anti-miostatina 
(MYO-029) ocasionando maior crescimento muscular.

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