Buscar

A Importância da Economia para o Direito

Prévia do material em texto

Valentina Capelli Martini
 8ª Fase do Curso de Direito
A Importância do estudo da Economia na Sociedade, Estado e Organizações, para o Exercício da Atividade Jurídica
ÍNDICE
1. Objetivo do trabalho
2. Introdução
3. Exposição das idéias e teorias
4. Dissertação
5. Bibliografia
6. Ficha de Atividades Práticas Supervisionadas individual e preenchida
1. Objetivo do Trabalho
Ao tomar como ponto de partida a importância da interdisciplinaridade para o Direito, enquanto ciência é necessário conhecer as relações que esta tem com as demais áreas do conhecimento científico. Quais são as ligações da atividade jurídica com as Ciências Sociais, especificamente a Economia?
2. Introdução
Nos dias de hoje os jovens são cidadãos globais, engajados e conscientes, que buscam compreender o contexto mundial e vivem se conectado às novas tecnologias. Por isso, a informação passa a ter importância crucial nas diversas carreiras e profissões, em particular a básica formação em Direito.
Compreender minimamente não só as implicações legais da carreira escolhida, mas também os reflexos jurídicos de tudo o que se passa à nossa volta, como na Operação Lava Jato, no desastre de Brumadinho, na Reforma da Previdência, no cenário da nova Lei Trabalhista, nos julgamentos relevantes ocorridos no STF, como, por exemplo, sobre a criminalização da LGBTfobia, dentre outros aspectos jurídicos é essencial a qualquer profissional.
A verdade é que direito e economia gravitam em torno de dois problemas de condensa relevância: escassez de recursos e conflitos de interesses. Se ao Direito está dada à competência de organizar a ordem social e se dentro da ordem social inclui-se também a economia, podemos correlatar as relações entre Economia e o Direito, para que haja uma sociedade mais igualitária, harmoniosa e em desenvolvimento.
No momento de crise atual pelo qual nosso país está passando, inclusive com cortes em programas sociais do governo, torna-se necessário que o direito e a economia andem juntos, convergindo para evitar que a aplicação da lei pura (ou mesmo a aplicação desta com interpretações livres) impacte negativamente no funcionamento das nossas instituições.
Mas o que há de fato é uma aproximação entre as ciências, colhendo os benefícios de cada qual.
3. Exposição das Ideias e Teorias
Diante deste antagonismo (necessidades infinitas x recursos escassos), os defensores da análise econômica do direito encontram um campo borbotoante para desenvolver sua teoria, que defende a aplicação do raciocínio econômico no direito, com o desígnio de analisar as leis e outros institutos jurídicos, como a decisão judicial e seus impactos.
A inquirição da teoria dos mercados busca concernir o comportamento dos produtores e dos consumidores, já o estudo jurídico trata das relações de consumo - consumidor e fornecedor.  Um estudo feito revelou dois princípios atuantes no mercado - o primeiro, a mão invisível, destaca sobre como o interesse pessoal do indivíduo em satisfazer suas necessidades pessoais movimenta o sistema em favor da sociedade, findando, assim, qualquer intervenção do governo que acometeria a livre concorrência, uma vez que o mercado se mostra eficiente. As normas jurídicas tornaram-se a mão visível do governo, pela qual a sociedade pôde observar a maneira que o Estado averigua para aumentar a eficiência econômica, por meio da chamada lei de defesa da concorrência, atuando sobre a estrutura de mercado e na conduta das empresas.
Hoje, diversos centros de estudos e universidades se dedicam a estudar as relações entre economia e direito. Uma boa regulamentação de mercado e uma legislação clara, objetiva e simples são fundamentais para o desenvolvimento de uma economia de mercado. Sem direitos de propriedade bem definidos, é muito difícil a realização de trocas e, portanto, o desenvolvimento econômico. Pela tão estreita ligação entre economia e direito e o fato de ao direito estar dada a incumbência de organizar a ordem social e se dentro da ordem social inclui-se também, a economia.
A formação no campo do Direito assume posição de convexidade para qualquer ramo da ciência – em especial para as ciências humanas e sociais. 
Instruindo o enfoque que tem a Ciência do Direito no estudo dos fatos sociais, criando uma doutrina que, á princípio, não tem caráter normativo, mas que certamente influenciará a criação ou positivação dos fatos sociais como norma no ordenamento jurídico desta sociedade. Os profissionais de Administração, Ciências Contábeis, Atuariais, Economia, Marketing, entre outros, precisam captar os meandros das instituições que organizam a sociedade em todos os seus aspectos.
4. Dissertação
A convicção do Direito como uma ciência que tem como objeto o efeito jurídico e que este não se encontra em estado puro, pois, uma vez que está alusivo ao aspecto histórico-tempo-espacial, o Direito assume um caráter n-dimensional, apresenta várias faces relacionadas continuamente aos fatos sociais e aos valores intrínsecos a esta sociedade. Avigorando a influência que os aspectos religiosos, econômicos, políticos, culturais e sociais exercem diretamente na construção do Direito como ciência, daí a afirmação de que este jamais se encontrará em estado puro.
Quanto ao caráter n-dimensional do Direito, se pondera a impossibilidade de se explicar o Direito sob um único aspecto, uma única dimensão, uma vez que a Ciência do Direito tem seu aspecto interdisciplinar, assim, necessita de ser avaliada sob vários ângulos inter-relacionados, interligados. Expondo que a interdisciplinaridade da Ciência do Direito não significa uma retificação entre disciplinas, o que a transformaria em uma ciência multi e não interdisciplinar.
A carência do especialista, ao estudar o Direito, de buscar uma simetria e alinhamento com os vários enfoques teóricos de cada disciplina, encontrando seus pontos comuns existentes, formando problemas, hipóteses, métodos e técnicas de observação, provando cada uma destas e formando uma nova teoria. Então a interdisciplinaridade pressupõe a unidade na diversidade do conhecimento, ou seja, reconstruir a unidade do objeto de estudo, o qual, por metodologia científica, necessariamente precisou ser fragmentado. Esse processo não pretende retirar da ciência do Direito a sua autonomia, mas sim, situá-la dentro do complexo das Ciências Sociais da qual ela faz parte.
Em panorama a dualidade direito/economia, sabemos que enquanto algumas leis criam órgãos econômicos, muitos acontecimentos econômicos exigem a instituição de organismos jurídicos para regulá-las. Uma relação saudável entre ambas é essencial para um bom funcionamento estatal.
Sucede que uma boa parte dos economistas implica-se no mesmo erro dos supramencionados juristas. Estes economistas acabam dando muita ênfase às questões econômicas, com o agravo de que se detêm meramente às questões economistas da classe burguesa dominante, ou seja, capitalista.
Vê-se que, no Brasil, pelo menos nos últimos anos, o poder econômico é quem anda dando as cartas, comandando o político e, indiretamente, o jurídico. Aquela contradição inicial da nossa atual Constituição vem sendo resolvida de acordo com a cartilha neoliberal e os esforços no sentido contrário são combatidos veementemente com a marginalização dos movimentos sociais, a tentativa de suprimir os pequenos partidos e condenação do ativismo judiciário, que consiste em interpretar a Constituição de acordo com os princípios que a norteiam, conforme reza a dogmática dos direitos fundamentais. Portanto não se deve haver um predomínio de uma poder sobre o outro, ocorrendo o risco de haver sérios conflitos entre essas forças. Deve-se prezar pelo bom andamento do campo jurídico juntamente com a economia, visando uma harmonia da ordem econômica nacional, mediante uma boa administração estatal e jurídica.
Fica claro que, com o envolvimento íntimo do Direito com a Economia, pois, sem a participação efetiva do Estado, regulamentando asrelações comerciais, teríamos um mercado atuando de maneira injusta e predatória; destarte, um não pode existir sem o outro, pelo fato de sempre estarem relacionados entre si. 
Sendo assim como considerações finais, percebe-se que é indispensável para que haja um bom andamento da economia o adentramento ao campo do Direito. Fica claro o envolvimento íntimo do Direito com a Economia, destarte, um não pode existir sem o outro, pelo fato de sempre estarem relacionados entre si.
5. Bibliografia
· DE PAULA, Alexandre Sturion, Direito Constitucional Econômico do Brasil, Breves apontamentos.
· NUSDEO, Fábio. Curso de Economia: introdução ao direito econômico. 3ª Ed. São Paulo. Ed. Revista dos Tribunais, 2001.
· MEYERSON, Harold. Direito Vs. Economia. O Estado de São Paulo. São Paulo, 27 nov. 2011. Caderno econômico. p. 13.
· FREITAS, Newton. Direito e Economia. 2011. Disponível em: <http://www.newton.freitas.nom.br/artigos.asp?cod=123>.
São José-SC
2019

Continue navegando