Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PORTFÓLIO SAÚDE COLETIVA I CONFERÊNCIA COM AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE Aluna: Ana Clara Rodrigues Mota Odontologia - S2 - Benfica INTRODUÇÃO O Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) foi criado ao final da década de 1980, e implementado pela primeira vez no estado do Ceará, com o intuito de reduzir a mortalidade infantil por meio de ações que focassem a saúde da mulher e da criança. Tal programa apresentava-se como uma estratégia de aprimoramento e consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS), visando esclarecer a população sobre hábitos saudáveis e aproximá-la de maneira direta e efetiva dos serviços de saúde. As atribuições do agente comunitário de saúde (ACS) podem ser sintetizadas nas atividades de identificação de situações de risco; orientação das famílias e comunidade; e encaminhamento dos casos e situações de risco identificados aos outros membros das equipes de saúde. Com isso, o trabalho do ACS auxilia o planejamento e implementação das ações de saúde tanto localmente, ao encaminhar informações do território de abrangência para as ESF, quanto nacionalmente, alimentando dados dos sistemas de informação do Ministério da Saúde. DESENVOLVIMENTO A agente comunitária Marciana nos contou um pouco sobre a sua ação, ela trabalha na Unidade Luis Franklin Pereira, na qual trabalha há 3 anos. O trabalho do agente comunitário de saúde é, além de fazer a visita domiciliar, é estabelecer um elo entre a unidade de saúde e a comunidade. Através desse elo, se torna possível conhecer a comunidade e as suas necessidades, podendo, assim, atuar com maiores especificidades, de acordo com a demanda da comunidade. Antes da pandemia, os agentes tinham que fazer entre 8 a 10 visitas por dia, mas, devido a restrição da circulação e o momento em que vivemos, eles, agora, estão fazendo apenas 5 visitas por dia. Hoje, além de falar sobre a prevenção, os ACS estão desenvolvendo um trabalho muito importante, levando em consideração o momento que vivemos, pois, durante as visitas, eles entrevistam a família sobre os possíveis sintomas da COVID-19, assim, a unidade e a própria prefeitura, passa a ter noção da contaminação da comunidade e até da subnotificação da doença. Para isso, os ACS utilizam uma ficha ”check list” e, caso o paciente se enquadre nos parâmetros de COVID-19, ele é devidamente aconselhado e encaminhado. Antes da pandemia, os olhares eram voltados mais para diabéticos, hipertensos, idosos e gestantes (sendo observados os seus medicamentos, seu estado de saúde e, no caso da gestante, o seu pré-natal, sua ficha e aconselhando sobre o acompanhamento da unidade. Já as crianças, eram observados os cartões de vacina.), mas durante a pandemia esse olhar se expandiu, assim todos da comunidade são acompanhados, principalmente as crianças, porém, com menos contato. Essa unidade de saúde possui 4 equipes e 19 agentes comunitários de saúde. Cada equipe possui 4 médicos, 4 enfermeiros e agentes de saúde, que são divididos entre as equipes. A população que a unidade é responsável é composta por aproximadamente 20.000 pessoas. Quando há uma suspeita de COVID-19, o medico avalia a pessoa e marca o exame (que não se sabe ao certo quando irá ser feito) e, durante esse período, o ACS acompanha o paciente e todo a sua família, que reside no mesmo local, orientando quanto ao distanciamento social, o repouso e o acompanhamento da família, caso apresentem os mesmos sintomas. Essa unidade de saúde, além das visitas pelas equipes, disponibilizam a tele- consulta, para abranger mais a população. REFERÊNCIAS ALONSO, C.; BÉGUIN, P.; DUARTE, F. J. Work of community health agents in the Family Health Strategy: meta-synthesis. Revista de Saúde Pública, v. 52, p. 14, 26 fev. 2018. BRITO, Rosineide Santana de; FERREIRA, Nathaly Ellen Maria Silva; SANTOS, Danyelle Leonette Araújo dos. Atividades dos Agentes Comunitários de Saúde no âmbito da Estratégia Saúde da Família: revisão integrativa da literatura. Saúde Transform. Soc., Florianopolis , v. 5, n. 1, p. 16-21, 2014.
Compartilhar