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ABERTURA PROBLEMA 1- METABOLISMO

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PROBLEMA 1- CARBOIDRATOS 
ANATOMIA DO SISTEMA 
DIGESTÓRIO 
- O alimento segue da boca e faringe, pelo esôfago, até o 
estômago, onde se mistura com as secreções gástricas. A 
digestão ocorre principalmente no estômago e no 
duodeno. 
- O peristaltismo começa aproximadamente no meio do 
estômago e se desloca devagar em direção ao piloro, e é 
responsável pela mistura do alimento mastigado aos sucos 
gástricos e pelo esvaziamento do conteúdo gástrico no 
duodeno. A absorção de substâncias químicas ocorre 
principalmente no intestino delgado. A peristalse também 
ocorre no jejuno e no íleo; entretanto, não é forte, exceto 
se houver obstrução. 
- O estômago é contínuo com o duodeno, que recebe as 
aberturas dos ductos do pâncreas e fígado, as principais 
glândulas do sistema digestório. A maior parte da 
reabsorção ocorre no colo ascendente do intestino grosso. 
As fezes se formam nos colos descendente e sigmoide e 
acumulam-se no reto antes da defecação. 
- O sistema digestório é composto pelo tubo digestório, 
que vai da boca até o canal anal; e também possui órgãos 
acessórios como: dentes, língua, glândulas salivares, 
fígado, pâncreas e vesícula biliar. 
 
REGIÃO ORAL 
- É a região que contém: cavidade oral, dentes, gengiva, 
língua, palato e a região das tonsilas palatinas. 
- A cavidade oral é o local onde o alimento é ingerido e 
preparado para digestão no estômago e no intestino 
delgado. O alimento é mastigado pelos dentes, e a saliva 
proveniente das glândulas salivares facilita a formação de 
um bolo alimentar macio. A deglutição é iniciada 
voluntariamente na cavidade oral, e empurra o bolo da 
cavidade oral para a faringe. 
- A faringe é a parte expandida do sistema digestório, onde 
ocorre a fase involuntária (automática) da deglutição. 
CAVIDADE ORAL (BOCA) 
- É na boca que se sente o sabor dos alimentos e bebidas e 
que o alimento é mastigado e manipulado pela língua. A 
cavidade oral é dividida em duas partes: 
1. Vestíbulo da boca 
- É o espaço semelhante a uma fenda entre os dentes, a 
gengiva, os lábios e as bochechas. O vestíbulo se comunica 
com o exterior através da rima (abertura) da boca. O 
tamanho da rima é controlado pelos músculos periorais. 
EXEMPLOS DE M. PERIORAIS 
 Orbicular da boca (o esfíncter da rima da boca) 
 Bucinador 
 Risório 
 Depressores e elevadores dos lábios 
(dilatadores da rima). 
 
 
2. Cavidade própria da boca 
- É o espaço entre as arcadas ou arcos dentais maxilar 
(superior) e mandibular (inferior). É limitada lateral e 
anteriormente pelos arcos dentais. O teto da cavidade oral 
é formado pelo palato. Posteriormente, a cavidade oral 
comunica-se com a orofaringe. Quando a boca está 
fechada e em repouso, a cavidade oral é totalmente 
ocupada pela língua. 
 
 
LÁBIOS E BOCHECHAS 
- Os lábios são pregas musculofibrosas móveis que 
circundam a boca, se estendendo dos sulcos nasolabiais e 
narinas lateral e superiormente. até o sulco mentolabial 
inferiormente. Eles contêm o músculo orbicular da boca e 
músculos, vasos e nervos dos lábios superior e inferior. São 
cobertos externamente por pele e internamente por túnica 
mucosa. Atuam como as válvulas da rima da boca, 
contendo o esfíncter que controla a entrada e a saída da 
boca e dos sistemas digestório superior e respiratório. Os 
lábios são usados para apreender o alimento, sugar 
líquidos, manter o alimento fora do vestíbulo da boca, 
produzir a fala e osculação (beijo). 
- As bochechas têm estrutura quase igual à dos lábios, com 
os quais são contínuas. Elas são as paredes móveis da 
cavidade oral, sendo que a face externa das bochechas 
constitui a região bucal. 
- Várias pequenas glândulas bucais situam-se entre a túnica 
mucosa e os músculos bucinadores. Superficialmente aos 
músculos bucinadores, há coleções encapsuladas de 
gordura, os quais são muito maiores em lactentes, para 
reforçar as bochechas e evitar seu colapso durante a 
sucção. As bochechas são supridas por ramos bucais da 
artéria maxilar e inervadas por ramos bucais do nervo 
mandibular. 
GENGIVA 
- As gengivas são formadas por tecido fibroso coberto por 
túnica mucosa. A gengiva está firmemente presa aos 
processos alveolares da mandíbula e da maxila e aos colos 
dos dentes. As gengivas adjacentes à língua são as gengivas 
linguais superior e inferior, e as gengivas adjacentes aos 
lábios e às bochechas são as gengivas labial ou bucal 
maxilar e mandibular, respectivamente. 
DENTES 
- As principais funções são: 
 Reduzir o alimento à pedaços menores, para 
facilitar o contato com a saliva durante a 
mastigação; 
 Ajudar sua própria sustentação nos alvéolos 
dentais (cada alvéolo é um dente e está inserido 
no osso), auxiliando o desenvolvimento e a 
proteção dos tecidos que os sustentam 
- Um dente é identificado e descrito como decíduo 
(primário) ou permanente (secundário), o tipo de dente e 
sua proximidade da linha mediana ou da parte anterior da 
boca. As crianças têm 20 dentes decíduos; os adultos 
normalmente têm 32 dentes permanentes. Antes da 
erupção, os dentes em desenvolvimento situam-se nos 
arcos alveolares como brotos dentais. 
- Os tipos de dentes são identificados por suas 
características: 
 Incisivos: possuem margens cortantes finas, que 
cortam o alimento 
 Caninos: perfuram e prendem o alimento 
 1º e 2º Pré-molares (bicúspides): trituram o 
alimento 
 Molares, três ou mais cúspides (siso): trituram o 
alimento 
- A face vestibular (labial ou bucal) de cada dente 
apresenta-se voltada externamente, e a face lingual está 
voltada internamente. A superfície mastigatória é a face 
oclusal. 
- Os dentes inferiores se inserem na mandíbula e os 
superiores se inserem na maxila. 
 
PALATO 
- O palato forma o teto curvo da boca e o assoalho das 
cavidades nasais. Separa a cavidade oral das cavidades 
nasais e da nasofaringe (superior ao palato mole). 
- A face superior (nasal) do palato é coberta por túnica 
mucosa respiratória, e a face inferior (oral) é coberta por 
túnica mucosa oral, densamente povoada por glândulas. O 
palato tem duas regiões: 
 Palato duro (anterior) 
- Tem formato de abóbada (côncavo); o espaço é ocupado 
principalmente pela língua quando está em repouso. Os 
dois terços anteriores do palato têm um esqueleto ósseo 
formado pelos processos palatinos da maxila e as lâminas 
horizontais dos palatinos. 
 Palato mole (posterior) 
- É o terço posterior móvel do palato e fica suspenso na 
margem posterior do palato duro; palato mole não tem 
esqueleto ósseo. Na parte posteroinferior, o palato mole 
tem margem livre curva da qual pende a úvula. Durante a 
deglutição, primeiro o palato mole é tensionado para 
permitir que a língua seja pressionada contra ele, levando o 
bolo alimentar para a parte posterior da boca. Em seguida, 
o palato mole é elevado posterior e superiormente contra a 
parede da faringe, impedindo, assim, a entrada de 
alimento na cavidade nasal. 
 
A ÚVULA PALATINA É CONTÍNUA COM O PALATO 
MOLE, O QUAL É CONTÍNUO COM O PALATO DURO. 
AS TONSILAS PALATINAS (AMÍDALAS) SÃO MASSAS DE 
TECIDO LINFOIDE: promove o combate a bactérias e 
corpos estranhos que tentam adentrar no organismo 
pela via oral. 
 
LÍNGUA 
- É um órgão muscular móvel recoberto por túnica mucosa 
que pode assumir vários formatos e posições. Uma parte da 
língua está situada na cavidade oral e a outra na 
orofaringe. As principais funções da língua são articulação 
(formar palavras durante a fala) e compressão do alimento 
para a parte oral da faringe como parte da deglutição. A 
língua também está associada à mastigação, ao paladar e à 
limpeza da boca. 
- Todos os músculos da língua, com exceção do 
palatoglosso, recebem inervação motora do NC XII 
(hipoglosso). Para sensibilidade geral (tato e temperatura), 
a túnica mucosa dos dois terços anteriores da língua é 
suprida pelo nervo lingual, um ramo do NC V3. Parasensibilidade especial (paladar), essa parte da língua é 
suprida pelo nervo corda do tímpano, um ramo do NC VII. 
Existem nervos basicamente sensitivos que conduzem 
fibras secretomotoras parassimpáticas para as glândulas 
serosas na língua. 
- A raiz da língua é a parte posterior fixa. O corpo da língua 
corresponde aproximadamente aos dois terços anteriores, 
entre a raiz e o ápice. O ápice (ponta) da língua é a 
extremidade anterior do corpo, que se apoia sobre os 
dentes incisivos. O corpo e o ápice da língua são muito 
móveis. 
- Existem quatro sensações básicas de paladar. O sabor 
doce é detectado no ápice; o salgado, nas margens laterais; 
e os sabores ácido e amargo, na parte posterior da língua. 
Todos os outros “sabores” descritos por gourmets são 
olfatórios (odor e aroma). 
- A língua possui textura áspera devido às pequenas papilas 
linguais: 
 PAPILAS CIRCUNVALADAS: são circundas por 
botões gustativos responsáveis pelo paladar. 
 PAPILAS FOLHADAS: pequenas pregas laterais e 
são pouco desenvolvidas nos seres humanos. 
 PAPILAS FILIFORMES: estão organizadas em 
fileiras principalmente no corpo da língua. Elas 
possuem terminações nervosas aferentes 
sensíveis ao toque. 
 PAPILAS FUNGIFORMES: são mais numerosas no 
ápice e nas margens da língua. 
As papilas filiformes são responsáveis apenas por 
sensações táteis. As outras papilas são relacionadas ao 
paladar. 
 
GLÂNDULAS SALIVARES 
- Os três pares de glândulas salivares principais são as 
parótidas, as submandibulares e as sublinguais. O líquido 
viscoso transparente, insípido e inodoro (saliva) secretado 
por essas glândulas e pelas glândulas mucosas da cavidade 
oral possuem funções como: 
 Mantém a túnica mucosa da boca úmida 
 Lubrifica o alimento durante a mastigação 
 Inicia a digestão de amidos 
 Atua como “colutório” intrínseco 
 É importante na prevenção das cáries dentais e no 
paladar 
- As glândulas parótidas são as maiores e estão localizadas 
na frente da orelha e atrás da mandíbula 
(temporomandibulares). Elas drenam anteriormente 
através dos ductos parotídeos (de Stenon), que 
comunicam a glândula até o óstio do segundo molar, onde 
há saída da saliva para a cavidade. 
- As glândulas submandibulares estão presentes na região 
posterior do assoalho da boca. Possuem os ductos 
submandibulares (de Wharton), que se abrem próximo à 
base (frênulo) da língua. 
- As glândulas sublinguais são pequenas e estão localizadas 
por baixo da língua. Possuem os ductos sublinguais que se 
abrem, também, próximo ao frênulo da língua. 
 
- A parótida recebe inervação parassimpática do par de 
nervos cranianos nove (NC IX) através do nervo ótico. 
As submandibulares e sublinguais recebem inervação 
parassimpática do NC VII através do gânglio 
submandibular. 
- Essa estimulação parassimpática vai causar a liberação 
de uma saliva mais fluida, diferente da simpática, que é 
uma saliva mais espessa. 
 
FARINGE 
- A faringe é uma estrutura muscular tubular revestida por 
mucosa. A região da orofaringe, é onde o há a passagem do 
bolo alimentar para o trato gastrointestinal (TGI). A 
laringofaringe é a região que se comunica anteriormente 
com a laringe e posteriormente com o esôfago; e onde 
ocorre a ação da epiglote. 
- A epiglote é uma pequena cartilagem que se localiza no 
começo da laringe. Ocorre seu fechamento por cima do 
ádito da laringe, para que o bolo alimentar atravesse para 
o esôfago sem que ocorra a entrada nas vidas respiratórias. 
 
ESÔFAGO 
- É um tubo muscular (25 cm de comprimento) com um 
diâmetro médio de 2 cm, que conduz alimento da faringe 
para o estômago. A maior parte é torácica, e atravessa o 
diafragma, chegando ao estomago na região abdominal. 
- No 1/3 superior, a musculatura é esquelética, então 
possui contração voluntária. No 2/3 inferior a musculatura 
é lisa, ou seja, de contração involuntária. 
- O esôfago normalmente tem três constrições 
(estreitamentos), onde estruturas adjacentes deixam 
impressões. Elas possuem importância clínica, funcionando 
como bloqueio físico para passagem de uma sonda 
nasogástrica ou objetos ingeridos por crianças, por 
exemplo. 
 Constrição cervical (esfíncter superior do 
esôfago): é o esfíncter fisiológico localizado na 
junção faringoesofágica 
 Constrição broncoaórtica (torácica): feita pelas 
ramificações dos brônquios e pelo arco da aorta. 
 Constrição diafragmática: no local onde atravessa 
o hiato esofágico do diafragma 
- O alimento atravessa o esôfago rapidamente em razão da 
ação peristáltica de sua musculatura, auxiliado pela 
gravidade, mas não depende dela (é possível engolir de 
cabeça para baixo). O esôfago está fixado às margens do 
hiato esofágico no diafragma pelo ligamento 
frenicoesofágico, uma extensão da fáscia diafragmática 
inferior. Esse ligamento permite o movimento 
independente do diafragma e do esôfago durante a 
respiração e a deglutição. 
- O esôfago é inervado pelo plexo esofágico, formado pelos 
troncos vagais (que se tornam os ramos gástricos 
anteriores e posterior) e pelos troncos simpáticos torácicos 
por meio dos nervos esplâncnicos (abdominopélvicos) 
maiores e plexos periarteriais ao redor das artérias gástrica 
esquerda e frênica inferior. 
 
ESTÔMAGO 
- É a parte expandida do sistema digestório entre o esôfago 
e o intestino delgado. É especializado para o acúmulo do 
alimento ingerido, que ele prepara química e 
mecanicamente para a digestão e passagem para o 
duodeno. O estômago mistura os alimentos e atua como 
reservatório. 
- Sua principal função é a digestão enzimática. O suco 
gástrico converte gradualmente a massa de alimento em 
uma mistura semilíquida, o quimo, que passa rapidamente 
para o duodeno. 
- O estômago vazio tem calibre apenas ligeiramente maior 
que o do intestino grosso; entretanto, é capaz de se 
expandir muito e pode conter 2 a 3 litros de alimento. 
RELAÇÕES DO ESTÔMAGO 
- O estomago é inferior ao esôfago, posterior ao lobo 
esquerdo do fígado e do diafragma; anterior ao pâncreas e 
ao baço e superior ao duodeno e ao colo transverso. 
PARTES DO ESTÔMAGO 
- Cárdia: parte que circunda o óstio cárdico, a abertura 
superior do estômago. Essa parte também pode ser 
chamada de esfíncter esofágico inferior ou esfíncter 
cárdico, que é um esfíncter fisiológico, na junção 
gastroesofágica. Possui músculo longitudinal, que ao se 
contrair, consegue se fechar e evitar refluxo do conteúdo 
ácido do estômago para o esôfago. 
- Fundo gástrico: parte superior dilatada que está 
relacionada com a cúpula esquerda do diafragma, limitada 
inferiormente pelo plano horizontal do óstio cárdico. A 
incisura cárdica está situada entre o esôfago e o fundo 
gástrico. O fundo gástrico pode ser dilatado por gás, 
líquido, alimento ou pela combinação destes. 
- Corpo gástrico: parte principal do estômago, entre o 
fundo gástrico e o antro pilórico 
- Parte pilórica: região afunilada de saída do estômago; 
sua parte mais larga, o antro pilórico, leva ao canal 
pilórico, sua parte mais estreita. O piloro é um esfíncter 
anatômico que controla a saída do conteúdo gástrico para 
o duodeno. Há esvaziamento intermitente do estômago 
quando a pressão intragástrica supera a resistência do 
piloro. A peristalse gástrica faz o quimo atravessar o canal 
e o óstio pilórico até o intestino delgado, onde continua a 
mistura, digestão e absorção. 
CURVATURAS DO ESTÔMAGO 
- Curvatura menor: forma a margem direita côncava mais 
curta do estômago. A incisura angular, parte inferior da 
curvatura, indica a junção do corpo gástrico com a parte 
pilórica do estômago. 
- Curvatura maior: forma a margem convexa mais longa do 
estômago e segue até alcançar o antro pilórico. É formada 
pela incisura cardíaca, que é causada pela inserção do 
esôfago no estômago. 
 
INTESTINO DELGADO 
- É formado pelo duodeno, jejuno e íleo e é o principal local 
de absorção de nutrientesdos alimentos ingeridos. Vai do 
piloro até a junção ileocecal (a primeira parte do intestino 
grosso). A parte pilórica do estômago esvazia-se no 
duodeno, sendo a admissão duodenal controlada pelo 
piloro. 
- A estimulação simpática reduz a atividade peristáltica e 
secretora do intestino e atua como um vasoconstritor, 
reduzindo ou interrompendo a digestão e 
disponibilizando sangue para “fugir ou lutar”. 
- A estimulação parassimpática aumenta a atividade 
peristáltica e secretora do intestino, restaurando o 
processo de digestão após uma reação simpática. 
- O intestino delgado também tem fibras sensitivas 
(aferentes viscerais). O intestino é insensível à maioria 
dos estímulos dolorosos, inclusive incisão e queimadura; 
entretanto, é sensível à distensão que é percebida como 
cólica (dor abdominal espasmódica). 
 
DUODENO 
- É a primeira e mais curta (25 cm) parte do intestino 
delgado, também é a mais larga e mais fixa. O duodeno 
segue um trajeto em formato de C ao redor da cabeça do 
pâncreas; começa no piloro no lado direito e termina na 
junção (flexura) duodenojejunal no lado esquerdo. A maior 
parte do duodeno está fixada pelo peritônio a estruturas 
na parede posterior do abdome e é considerada 
parcialmente retroperitoneal. O duodeno é dividido em 
quatro partes: 
 Parte superior (primeira): curta e situada 
anterolateralmente ao corpo da vértebra LI 
 Parte descendente (segunda): mais longa e desce 
ao longo das faces direitas das vértebras LI a LIII 
 Parte inferior ou horizontal (terceira): 6 a 8 cm de 
comprimento e cruza a vértebra L III 
 Parte ascendente (quarta): curta, começa à 
esquerda da vértebra L III e segue superiormente 
até a margem superior da vértebra L II. 
A flexura duodenojejunal é suspendida pelo músculo 
suspensor do duodeno ou ligamento de Treitz. 
 
 
 
- Os ductos colédoco (biliar) e pancreático se unem para 
formar a ampola hepatopancreática, que se abre em uma 
eminência, chamada papila maior do duodeno, localizada 
posteromedialmente na parte descendente (totalmente 
retroperitoneal). Essa papila é por onde as secreções 
pancreáticas e biliares são liberadas para o duodeno. Existe 
o esfíncter hepatopancreático que controla a entrada 
dessas secreções. 
Alguns indivíduos possuem a papila menor do duodeno, 
que é a abertura de um ducto pancreático acessório de 
menor calibre. 
 
 
 Artérias do duodeno 
- Elas se originam do tronco celíaco e da artéria 
mesentérica superior, que partem da aorta abdominal. 
- O tronco celíaco, dá origem à artéria hepática comum, de 
onde parte a gastroduodenal. A artéria gastroduodenal e 
seu ramo, a artéria pancreaticoduodenal superior, supre a 
parte do duodeno proximal à entrada do ducto colédoco 
na parte descendente do duodeno. 
- A artéria mesentérica superior (AMS), por meio de seu 
ramo, a artéria pancreaticoduodenal inferior, supre o 
duodeno distal à entrada do ducto colédoco. 
- A anastomose das pancreaticoduodenais superior e 
inferior ocorre entre a entrada do ducto biliar e a junção 
das partes descendente e inferior do duodeno. 
 
 Veias do duodeno 
- Próximo às artérias pancreaticoduodenais superiores, 
existem as veias pancreaticoduodenais superiores, as quais 
possuem o ramo posterior que drenam diretamente para a 
veia porta hepática. 
- As veias pancreaticoduodenais inferiores sempre drenam 
primeiro para a veia mesentérica superior, que, por sua 
vez, drena para a veia porta. 
- Todo o sangue venoso que recebe os nutrientes 
absorvidos no duodeno será drenado para a circulação 
hepática, pela veia porta hepática. 
JEJUNO E ÍLEO 
- O jejuno é a 2ª parte do intestino delgado e começa na 
junção duodenojejunal (suspensa pelo músculo suspensor 
do duodeno ou ligamento de 3), onde o sistema digestório 
volta a ser intraperitoneal. 
- O íleo é a 3ª parte e termina na junção ileocecal, a união 
da parte terminal do íleo e o ceco. 
- Juntos, o jejuno e o íleo têm 6 a 7 m de comprimento, o 
jejuno representa cerca de dois quintos e o íleo cerca de 
três quintos da parte intraperitoneal do intestino delgado. 
 
- O mesentério é uma prega de peritônio em forma de 
leque que fixa o jejuno e o íleo à parede posterior do 
abdome. Estende-se da flexura duodenojejunal no lado 
esquerdo da vértebra L II até a junção ileocólica. Entre as 
duas camadas do mesentério estão os vasos mesentéricos 
superiores, linfonodos, uma quantidade variável de 
gordura e nervos autônomos. 
COR Vermelho-vivo Rosa-claro 
PAREDE Espessa e 
pesada 
Fina e leve 
VASCULARIDADE maior menor 
VASOS RETOS longos curtos 
ARCOS Algumas alças 
grandes 
Muitas alças 
curtas 
GORDURA NO 
MESENTÉRIO 
menos mais 
 
 
 
INTESTINO GROSSO 
- É o local de absorção da água dos resíduos indigeríveis do 
quimo líquido, convertendo-o em fezes semissólidas, que 
são temporariamente armazenadas e acumuladas até que 
haja defecação. O intestino grosso é formado pelo ceco; 
apêndice vermiforme; colos ascendente, transverso, 
descendente e sigmoide; reto e canal anal. 
 
CECO E APÊNDICE VERMIFORME 
- O ceco é a 1ª parte do intestino grosso e é contínuo com 
o colo ascendente. É uma bolsa intestinal cega, que mede 
aproximadamente 7,5 cm de comprimento e largura. Situa-
se na fossa ilíaca do quadrante inferior direito do abdome, 
inferiormente à sua junção com a parte terminal do íleo. 
Quando distendido por fezes ou gases, o ceco pode ser 
palpável através da parede anterolateral do abdome. Pode 
ser deslocado da fossa ilíaca, mas costuma estar ligado à 
parede lateral do abdome por uma ou mais pregas cecais 
de peritônio. 
- O apêndice vermiforme é um evaginação (6 a 10 cm de 
comprimento) que contém massas de tecido linfoide. 
Origina-se na face posteromedial do ceco, inferiormente à 
junção ileocecal. A posição do apêndice vermiforme é 
variável, mas geralmente é retrocecal. 
COLO 
- O colo é dividido em quatro partes que sucedem uma à 
outra formando um arco. O colo circunda o intestino 
delgado, o colo ascendente à direita do intestino delgado, o 
colo transverso superior e/ou anteriormente a ele, o colo 
descendente à esquerda e, por fim, o colo sigmoide 
inferiormente a ele. 
 Colo ascendente 
- É a 2ª parte do intestino grosso. Segue para cima na 
margem direita da cavidade abdominal, do ceco até o lobo 
hepático direito, onde vira para a esquerda na flexura 
direita do colo (flexura hepática). 
 Colo transverso 
- É a 3ª parte do intestino grosso, a mais longa e mais 
móvel. Atravessa o abdome da flexura direita do colo até a 
flexura esquerda do colo (esplênica), onde se curva para 
baixo e dá origem ao colo descendente. A flexura esplênica 
geralmente é superior, mais aguda e menos móvel do que 
a flexura direita do colo. 
- Situa-se anteriormente à parte inferior do rim esquerdo e 
fixa-se ao diafragma através do ligamento frenocólico. 
Sendo livremente móvel, a posição do colo transverso é 
variável, geralmente pendendo até o nível do umbigo (nível 
da vértebra L III). Em pessoas magras e altas, o colo 
transverso pode estender-se até a pelve 
 Colo descendente 
- O peritônio cobre o colo anterior e lateralmente e o liga à 
parede posterior do abdome. Ao descer, o colo passa 
anteriormente à margem lateral do rim esquerdo. 
 Colo sigmoide 
- Caracterizado por sua alça em forma de S com 
comprimento variável, une o colo descendente ao reto. O 
colo sigmoide estende-se da fossa ilíaca até o terceiro 
segmento sacral (S III), onde se une ao reto. O fim das 
tênias do colo, a aproximadamente 15 cm do ânus, indica a 
junção retossigmoide. 
 
RETO E CANAL ANAL 
- O reto é a parte terminal fixa (basicamente 
retroperitoneal e subperitoneal) do intestino grosso. É 
contínuo com o colo sigmoide no nível da vértebra S III. A 
junção ocorre na extremidade inferior do mesentério do 
colo sigmoide. O reto é contínuo inferiormente com o 
canal anal. 
HISTOLOGIA DO SISTEMADIGESTÓRIO 
GLÂNDULAS SALIVARES 
- Uma cápsula de tecido conjuntivo rico em fibras 
colágenas circunda e reveste as glândulas salivares maiores 
(parótida, submandibular e sublingual). Nessas glândulas 
exócrinas, a cápsula se ramifica formando trabéculas ou 
septos de TC de menor densidade. Isso promove a 
formação de lóbulos, que são separados pelos septos. 
- Essas glândulas se dividem em duas porções: 
 Terminações secretoras 
- Elas possuem dois tipos de células secretoras, as serosas e 
as mucosas; além das células mioepiteliais não secretoras. 
 Serosas: têm um formato piramidal, com uma 
base larga que repousa sobre uma lâmina basal e 
um ápice com microvilos pequenos e irregulares, 
voltados para o lúmen. Elas secretam proteínas e 
uma saliva mais fluída. Células secretoras 
adjacentes estão unidas entre si e formam o ácino, 
contendo um lúmen central. Um exemplo de 
serosa é a glândula parótida. 
 Mucosas: formato cuboide ou colunar; seu 
núcleo é oval e encontra-se pressionado junto à 
base da célula. Elas exibem características de 
células secretoras de muco contendo 
glicoproteínas (mucina) importantes para as 
funções lubrificantes da saliva 
 Seromucosas: É o caso das 
submandibulares e sublinguais, que 
possuem células mucosas com semiluas 
serosas. 
- As células mioepiteliais são encontradas junto à lâmina 
basal de terminações secretoras e a duetos intercalares. 
Elas possuem características de contratilidade (acelera a 
secreção salivar) e estabelecem junções (desmossomos) 
entre si e também com as células secretoras. Sua principal 
função é a prevenção da distensão excessiva da 
terminação secretora durante a secreção, devido a um 
aumento da pressão luminal. 
 Sistema de ductos (porção condutora) 
As terminações secretoras se continuam com os ductos 
intercalares, formados por células epiteliais cuboides. 
Vários desses ductos curtos se unem para formar um ducto 
estriado, que possuem estriações radiais se estendendo da 
base das células até a altura dos núcleos. 
- Os ductos estriados de cada lóbulo convergem e 
desembocam em ductos maiores localizados nos septos 
que separam os lóbulos, onde se tornam ductos 
interlobulares ou excretores. Estes são inicialmente 
formados por epitélio cuboide estratificado, mas as 
porções mais distais possuem epitélio colunar estratificado. 
- O ducto principal de cada glândula salivar maior 
desemboca na cavidade oral e, no final, é revestido por 
epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado. 
Ductos intercalares e estriados são também 
denominados ductos intralobulares, devido à sua 
localização dentro dos lóbulos glandulares.
GLÂNDULA SUBMANDIBULAR 
- É uma Glândula Túbulo acinosa, com a maior parte 
composta por ácinos serosos. A parte túbulo mucosa possui 
semiluas serosas e secreta lisoenzima (hidrolisa parede 
bacteriana). 
GLÂNDULA SUBLINGUAL 
- É Glândula túbulo acionosa. Predominam células 
mucosas, enquanto as células serosas apresentam-se 
exclusivamento constituindo SEMILUAS serosas na 
extremidade de túbulos mucosos. 
→ CAMADAS DO TGI 
1- Camada mucosa: camada interna que forra o 
TGI. É formada por: 
 Células epiteliais: estratificado pavimentoso 
/epitélio simples 
 Lâmina própria: possui macrófagos, linfócitos, 
capilares e linfáticos por onde passam os 
nutrientes e fibras nervosas 
 Musculatura mucosa: Separa a camada mucosa 
da submucosa 
 
2- Submucosa: camada média da parede do 
órgão. É composta por tecido conjuntivo com 
grandes vasos sanguíneos e linfáticos. 
 Plexo submucoso (meissner): conjunto de nervos 
viscerais e multipolares. Controlam 
principalmente a secreção gastrointestinal e o 
fluxo sanguíneo local. 
 
3- Músculo externo: duas camadas de músculo 
liso 
 Camada interior circular: sua contração diminui o 
diâmetro do lúmen 
 Camada exterior longitudinal: sua contração irá 
encurtar o tubo 
 Plexo miontérico (Auerbach): cadeia de 
neurônios e células da glia interconectados, que 
coordenam principalmente as contrações no trato 
gastrintestinal. Situa-se entre as duas camadas 
musculares longitudinais e circulares. Sua função 
é a motilidade digestiva, avançando o bolo ao 
longo do aparelho e o produto de mistura ingerida 
com o suco gástrico. 
 
4- Serosa: membrana de tecido conjuntivo que 
circunda todo o TGI. É uma continuação da 
membrana peritoneal que delimita a cavidade 
abdominal. 
Os plexos mioentérico e submucoso da parede 
gastrointestinal formam o sistema nervoso entérico, 
parcialmente responsável pela coordenação das funções 
digestórias. As funções digestórias também são 
coordenadas por reflexos envolvendo o sistema nervoso 
autônomo e centros de controle no SNC 
 
ESÔFAGO 
 Mucosa: epitelial estratificado pavimentoso não 
queratinizado + lâmina própria de tecido conjuntivo 
frouxo 
 Submucosa: glândulas mucosas e plexo submucoso 
 Muscular: circular interna e longitudinal externa com 
plexo mioentérico entre elas 
 Serosa: Tecido Conjuntivo frouxo 
ESTÔMAGO 
- A região do fundo e corpo são histologicamente idênticas: 
 MUCOSA: 
 Epitélio: cilíndrico simples mucoso, com 
invaginações para a lâmina própria (fossetas 
gástricas). 
 Lâmina própria: apresenta glândulas exócrinas 
tubulares simples ou ramificadas, que nessa 
região são chamadas de fúndicas. Os 
componentes celulares são: 
 Célula parietal: secreta HCl e também o fator 
antianêmico intrínseco, que é necessário à 
absorção de vitamina B12. 
 Célula principal ou zimiogênica: secreta enzimas 
gástricas, que são pepsina, renina e lipase gástrica. 
 Célula mucosa: secreta muco 
 Célula endócrina ou Argentafin: secreta 
hormônios, que são serotonina, histamina, 
somatostatina, gastrina, endorfinas e 
enteroglucagon. O músculo da parte muscular da 
mucosa é liso. • Submucosa: T.C. moderadamente 
denso sem glândulas 
 Muscular da mucosa: composta de músculo liso 
 SUBMUCOSA 
- Possui TC moderadamente denso e sem glândulas 
 MUSCULAR 
 Interna: células musculares dispostas 
obliquamente 
 Média ou interna: células musculares dispostas 
circularmente; 
 Externa: células musculares dispostas 
longitudinalmente. 
 
 SEROSA: T.C. revestido por células mesoteliais. 
- A transição entre a mucosa do esôfago e do estômago é 
abrupta. É caracterizada pela substituição do epitélio 
estratificado pavimentoso não queratinizado do esôfago 
pelo epitélio colunar simples do estômago. 
Distribuição das células nas glândulas 
tubulares: 
 - Istmo: células mucosas em diferenciação (tronco), células 
parietais (oxínticas) 
- Colo: células tronco e células mucosas do colo (secreta 
bicarbonato), células parietais 
- Base: Células parietais e principais 
- Células Enteronedócrinas: colo e base 
- Células enteroendócrinas: são encontradas 
principalmente próximas da base das glândulas 
gástricas. 
- No corpo do estômago, os principais produtos de 
secreção são a 5-hidroxitriptamina (serotonina) e a 
grelina. 
- No antro as células G secretam a gastrina 
(fundamental para o HCl) 
 
 
Formação do HCL 
 H2O presente nas células parietais é clivada em H+ 
e OH- pela H+-K+ - ATPase. 
 H+ é bombeado para o lúmen do estômago pela 
H+-K+ - ATPase em troca de K+ que entra na célula. 
 Ao mesmo tempo, o OH- forma bicarbonato, que 
sai da célula em troca de Cl-, que segue o H+ 
através do canal de Cl-, resultando na secreção de 
HCl pela célula. 
 Ao sair da célula, o bicarbonato vai para o sangue, 
onde tem ação tamponante, reduzindo a acidez do 
plasmática. 
Secreção gástrica 
1- Suco gástrico: secreção estimulada pela 
acetilcolina, gastrina e histamina e produzido pelas 
células parietais. O suco gástrico impede 
putrefação do alimento, dissolve alimento 
(digestão química de proteínas e carboidratos) e 
possui alguma ação bactericida. 
2- Fator intrínseco: é secretado juntamente do ácido 
clorídrico pelas células parietais eé essencial para 
a absorção de vitamina B12 no íleo. 
3- Pepsinogênio (inativo): é secretado pelas células 
pépticas e não possui atividade digestiva. Quando 
em contato com o suco gástrico, é clivado e se 
torna pepsina (ativa), que digere proteínas, 
podendo atuar fazendo feedback positivo sobre o 
pepsinogênio, sendo inibida apenas pela 
diminuição de HCl. 
CONTOLE NEUROHORMONAL 
CONTROLE NEURAL DA DIGESTÃO 
- O trato gastrointestinal possui um sistema nervoso 
próprio, o qual chamamos de sistema nervoso entérico que 
se localiza inteiramente na parede intestinal (começa no 
esôfago e vai até o ânus). Esse sistema será fundamental no 
controle dos movimentos e da secreção gastrointestinal. 
Esse sistema é composto por dois plexos: 
 Plexo mioentérico (Auerbach): é o plexo 
interno e é disposto entre camadas musculares 
longitudinais e circulares do músculo liso 
intestinal. Ele é responsável por controlar quase 
todos os movimentos gastrointestinais. 
 
 Plexo submucoso (Meissner): se localiza na 
camada submucosa e é o plexo interno. Tem 
função de controlar a secreção gastrointestinal e o 
fluxo sanguíneo local. 
 
- Existem fibras extrínsecas simpáticas e parassimpáticas 
que irão se conectar com os plexos. Sendo assim, a 
estimulação dos sistemas simpático ou parassimpático 
podem alterar as funções gastrointestinais, por meio de 
inibição ou estimulação. 
- Na parede intestinal ou no epitélio gastrointestinal são 
originadas terminações nervosas sensoriais que enviam 
fibras eferentes para os dois plexos do SNE, para os 
gânglios pré-vertebrais do SNAS, medula espinhal e tronco 
cerebral por meio dos nervos vagos. Esses nervos sensoriais 
podem provocar reflexos locais na própria parede 
intestinal e, ainda, outros reflexos que são transmitidos ao 
intestino pelos gânglios pré-vertebrais e das regiões basais 
do cérebro 
Plexo mioentérico x Plexo submucoso 
 
- Quando o plexo mioentérico é estimulado, seus principais 
efeitos são: 
 Aumento da contração tônica (tônus da parede 
intestinal) 
 Aumento da intensidade das contrações rítmicas 
 Ligeiro aumento no ritmo cardíaco 
 Aumento na velocidade de condução de ondas 
excitatórias (isso aumenta o movimento das ondas 
peristálticas intestinais) 
- O plexo também tem efeitos inibitórios e isso é 
decorrente da presença de neurônios que são inibitórios, os 
quais possuem nos terminais de suas fibras secretoras a 
secreção de um transmissor inibitório, possivelmente o 
polipeptídeo intestinal vasoativo. Os sinais inibitórios 
serão fundamentais para a inibição dos músculos de alguns 
dos esfíncteres intestinais, que impedem a movimentação 
do alimento pelos segmentos sucessivos do TGI (Ex: 
esfíncter pilórico que controla o esvaziamento do 
estômago para o duodeno e esfíncter da valva ileocecal, o 
qual controla o esvaziamento do intestino delgado para o 
ceco) 
- O plexo submucoso está, basicamente, envolvido com a 
função de controle na parede interna de cada diminuto 
segmento do intestino. Muitos sinais sensoriais se originam 
do epitélio gastrointestinal e são integrados no plexo 
submucoso, para ajudar a controlar a secreção intestinal 
local, a absorção local e a contração local do músculo 
submucoso, que causa graus variados de dobramento da 
mucosa gastrointestinal. 
- Os neurônios entéricos secretam neurotransmissores, 
como: 
 Acetilcolina: tem efeito excitatório na atividade 
gastrointestinal 
 Noraepinefrina: efeito inibitório na atividade 
gastrointestinal. (assim como a epinefrina, a qual 
chega ao TGI principalmente por meio do sangue 
depois de ser secretada pela circulação da medula 
adrenal) 
 Serotonina 
 Dopamina 
 Colecistocinina 
 Substância P 
 Polipeptídeo intestinal vasoativo 
 Somatostatina 
 Leuencefalina 
 Metencefalina 
 Bombepsina 
Controle parassimpático no TGI 
- As fibras nervosas cranianas estão quase todas nos 
nervos vagos. Essas fibras formam uma extensa inervação 
do esôfago, estômago e pâncreas e nos intestinos, até a 
primeira metade do intestino grosso, só que de maneira 
menos extensa. 
- O parassimpático sacral se origina no segundo, terceiro e 
quarto segmentos sacrais da medula espinhal e passa pelos 
nervos pélvicos para a metade distal do intestino grosso e, 
daí, até o ânus. As regiões sigmoides, retal e anal são, 
consideravelmente, mais bem supridas de fibras 
parassimpáticas do que as outras regiões intestinais 
- Os neurônios pós-ganglionares do sistema parassimpático 
gastrointestinal se localizam principalmente nos plexos 
mioentéricos e submucosos. A estimulação parassimpática 
causa o aumento geral da atividade de todo o SNE, o que 
intensifica a atividade da maioria das funções 
gastrointestinais. 
- Já as fibras simpáticas do TGI se originam da medula 
espinhal entre os segmentos T5 e L2. As fibras pré-
ganglionares que inervam o intestino saem da medula 
espinhal entram nas cadeias simpáticas, as quais ficam 
dispostas lateralmente a coluna vertebral, e muitas dessas 
fibras vão das cadeias até os gânglios mais distantes 
(gânglio celíaco ou gânglios mesentéricos). Os corpos dos 
neurônios pós-ganglionares, em sua maioria, se localizam 
nesses gânglios e possuem as fibras pós que se distribuem 
pelos nervos simpáticos para todas as partes do intestino. 
Os terminais dos nervos simpáticos secretam, 
principalmente, norepinefrina, mas, também, pequenas 
quantidades de epinefrina. O simpático exerce seus efeitos 
por dois modos: 
1- Em pequeno grau, por efeito direto da 
norepinefrina secretada, inibindo a 
musculatura lisa do trato intestinal 
(exceto o músculo mucoso, que é 
excitado) 
2- Em grau maior, por efeito inibidor da 
norepinefrina sobre os neurônios de todo 
o sistema nervoso entérico. 
 
Reflexos Gatrointestinais 
 Reflexos totalmente integrados na parede 
intestinal na parede intestinal do SNE: reflexos 
que controlam grande parte da secreção 
gastrointestinal, peristaltismo, contrações de 
mistura e efeitos inibidores locais. 
 Reflexos do intestino para os gânglios simpáticos 
pré-vertebrais e que voltam para o trato 
gastrointestinal: transmitem sinais por longas 
distâncias, para outras áreas do trato 
gastrointestinal, como por exemplo: 
- Reflexo gastrocólico: sinais do estômago que causam a 
evacuação do cólon 
- Reflexos enterogástricos: sinais do cólon e do intestino 
delgado que inibem a motilidade e secreção do estômago 
- Reflexo Colonileal: Sinais que inibem o esvaziamento do 
íleo para o cólon 
 Reflexos do intestino para a medula ou para o 
tronco cerebral e que voltam para o trato 
gastrointestinal: 
- Reflexos do estômago e do duodeno para o tronco 
cerebral, que retornam ao estômago, por meio dos nervos 
vagos, para controlar a atividade motora e secretária 
gástrica 
- Reflexos de dor que causam inibição geral de todo o trato 
gastrointestinal 
- Reflexos de defecação que passam, desde o cólon e o 
reto, para a medula espinhal e, então, retornam, 
produzindo as poderosas contrações colônicas, retais e 
abdominais, necessárias à defecação (os reflexos da 
defecação). 
CONTROLE HORMONAL DA 
MOTILIDADE GASTROINTESTINAL 
- Os hormônios gastrointestinais são liberados na 
circulação porta e exercem ações fisiológicas nas células 
alvos que possuem receptores específicos para o hormônio. 
 Quando ingerimos alguma refeição geramos 
estímulos, como a distensão do estômago, os 
produtos da digestão das proteínas e o peptídeo 
liberador de gastrina, que é liberado pelos 
nervos da mucosa gástrica, durante a 
estimulação vagal. Esses estímulos induzem as 
células “G”, que ficam localizadas no antro do 
estômago, a secretarem o hormônio gastrina. 
Esse hormônio terá como ações primárias: 
1-Estimular a secreção gástrica de ácido clorídrico 
2-Estimular o crescimento da mucosa gástrica 
 Uma resposta especial aos produtos da digestão 
de gordura, ácidos graxos e monoglicerídeos 
nos conteúdos intestinais é a secreção da 
colecistocinina (CCK) pelas células “I” da mucosaduodenal e do jejuno. Esse hormônio será 
responsável por gerar uma contração forte na 
vesícula biliar que irá expelir a bile para intestino 
delgado, a qual possui funções importantes na 
emulsificação de substâncias lipídicas o que 
permite sua digestão e absorção. Também 
existem uma ação da CCK no estômago por meio 
de uma contração estomacal, só que de maneira 
mais moderada, e isso retarda a saída do 
alimento no estômago. Esse retardo somado à 
ação da vesícula biliar assegura um tempo 
adequado para a digestão de gorduras no TGI 
superior. 
- A CCK também inibe o apetite, para evitar excessos 
durante as refeições, estimulando as fibras nervosas 
sensoriais aferentes no duodeno. Essas fibras, por sua vez, 
mandam sinais, por meio do nervo vago para inibir os 
centros de alimentação no cérebro. 
 Já as células “S” da mucosa do duodeno 
secretam a secretina em resposta ao conteúdo 
gástrico ácido que é transferido do estômago ao 
duodeno pelo piloro. A secretina promove a 
secreção do bicarbonato que irá neutralizar o 
ácido no intestino delgado. 
 O peptídeo inibidor gástrico (GIP) é secretado 
pelas células “K” da mucosa do intestino 
delgado superior (no duodeno e jejuno) em 
resposta a ácidos graxos e aminoácidos. Exerce 
efeito moderado na diminuição da atividade 
motora do estômago e, assim, retarda o 
esvaziamento do conteúdo gástrico no 
duodeno, quando o intestino delgado superior já 
está sobrecarregado com produtos alimentares. 
O GIP também estimula a secreção de insulina. 
 A motilina é secretada pelo estômago e pelo 
duodeno superior durante o jejum, e sua única 
função conhecida é a de aumentar a motilidade 
gastrointestinal. A motilina é liberada, 
ciclicamente, e estimula as ondas da motilidade 
gastrointestinal denominadas complexos 
mioelétricos interdigestivos que se propagam 
pelo estômago e pelo intestino delgado a cada 
90 minutos, na pessoa em jejum. A secreção de 
motilina é inibida, após a digestão, por 
mecanismos que ainda não estão totalmente 
esclarecidos 
Movimentos no trato gastrointestinal 
 Movimento propulsivos: peristaltismo 
- A estimulação em qualquer ponto do intestino pode fazer 
com que um anel contrátil surja na musculatura circular, e 
esse anel, então, percorre o intestino. O estímulo usual do 
peristaltismo intestinal é a distensão do trato 
gastrointestinal, porém outros estímulos podem deflagrar 
os movimentos peristálticos: irritação química ou física do 
revestimento epitelial do intestino e intensos sinais 
nervosos parassimpáticos para o intestino provocarão forte 
peristaltismo. Para que o peristaltismo seja efetivo é 
necessário que haja o plexo mioentérico ativo. 
- Quando um segmento do trato intestinal é excitado pela 
distensão o anel contrátil que causa o peristaltismo, 
normalmente começa no lado oral do segmento distendido 
e move-se para diante para o segmento distendido, 
empurrando o conteúdo intestinal na direção anal por 5 a 
10 centímetros antes de cessar. Ao mesmo tempo, o 
intestino às vezes relaxa vários centímetros adiante, na 
direção do ânus, o que é chamado de "relaxamento 
receptivo': permitindo que o alimento seja impulsionado, 
mais facilmente, na direção anal do que na direção oral. 
Isso é o que chamamos de reflexo peristáltico ou 
mioentérico, pois esse padrão não ocorre na ausência do 
plexo mioentérico 
 Movimentos de mistura 
- Em algumas áreas, as próprias contrações peristálticas 
causam a maior parte da mistura. Isso fica claro quando a 
progressão do conteúdo intestinal é bloqueada por 
esfíncter e, assim, a onda peristáltica apenas agira os 
conteúdos intestinais e não impulsiona eles pra frente. 
- Em outros momentos, contrações constritivas 
intermitentes locais ocorrem em regiões separadas por 
poucos centímetros da parede intestinal. Essas constrições, 
geralmente, duram apenas de 5 a 30 segundos; então, 
novas constrições ocorrem em outros pontos no intestino, 
triturando" e "separando" os conteúdos. 
DIGESTÃO DO CARBOIDRATO 
- Os principais alimentos que sustentam a vida do corpo 
(com exceção de pequenas quantidades de substâncias 
como vitaminas e sais minerais) podem ser classificados 
como carboidratos, gorduras e proteínas. Os principais 
carboidratos de uma dieta são amido, lactose e sacarose. 
- Mas, no geral, esses alimentos não podem ser absorvidos, 
em suas formas naturais, através da mucosa 
gastrointestinal e, por isso, são inúteis como nutrientes, 
sem digestão preliminar. O processo digestivo converte 
todos esses carboidratos da dieta em seus constituintes 
monossacarídeos, hidrolisando as ligações glicosídicas 
entre os carboidratos. 
 Inicialmente, é sabido que quase todos os 
carboidratos da dieta são grandes polissacarídeos 
ou dissacarídeos, que são combinações de 
monossacarídeos, ligados uns aos outros por 
condensação. 
 Isso significa que um íon hidrogênio (H+) foi 
removido de um dos monossacarídeos, e um íon 
hidroxila (-OH) foi removido do outro. Os dois 
monossacarídeos então se combinam, nos locais 
de remoção, e os íons hidrogênio e hidroxila se 
combinam para formar água (H20). Esse processo 
é denominado hidrólise. 
 
Onde encontramos? 
Sacarose: dissacarídeo popularmente conhecido como 
açúcar de cana; 
Lactose: dissacarídeo encontrado no leite; 
Amidos: grandes polissacarídeos presentes em quase 
todos os alimentos de origem não animal, 
particularmente nas batatas e nos diferentes tipos de 
grãos. 
Outros carboidratos: ingeridos em menor quantidade, 
são amilose, glicogênio, álcool, ácido lático, ácido 
pirúvico, pectinas, dextrinas e quantidades, ainda 
menores, de derivados de carboidratos da carne. 
 
- A dieta contém, ainda, grande quantidade de celulose que 
é um tipo de carboidrato. Mas, nenhuma enzima capaz de 
hidrolisar a celulose é secretada no trato digestivo 
humano. Assim, a celulose não pode ser considerada 
alimento para nós. 
 
OBESERVAÇÃO: 
As glândulas salivares secretam aproximadamente 1 
litro de líquido por dia na boca, o qual contém a α-
amilase salivar e outros componentes. 
 A α-amilase é uma endoglicosidase, o que significa que 
ela hidrolisa ligações internas de α-1,4 entre resíduos 
de glicose em intervalos casuais nas cadeias 
polissacarídicas. A menor cadeia polissacarídica 
formada é chamada de α-dextrina. A αamilase salivar 
pode ser bastante inativada pela acidez do conteúdo 
estomacal, o qual contém HCl secretado pelas células. 
 
CRONOLOGIA DO PROCESSO 
- Quando o alimento é mastigado, ele se mistura com a 
saliva, contendo a enzima digestiva ptialina (alfa-amilase), 
secretada, em sua maior parte, pelas glândulas parótidas. 
Essa enzima hidrolisa o amido no dissacarídeo maltose e 
em outros pequenos polímeros de glicose chamados alfa-
dextrinas, contendo três a nove moléculas de glicose. 
 Contudo, o alimento permanece na boca por curto 
período de tempo, de modo que não mais do que 
5% dos amidos terão sido hidrolisados, até a 
deglutição. 
 
- A digestão do amido, por vezes, continua no corpo e no 
fundo do estômago por até 1 hora, antes do alimento ser 
misturado às secreções gástricas, já que a ptialina (enzima 
de PH neutro) é inibida pelo PH ácido do suco gástrico (pH 
3,0) 
 
Em média, antes do alimento e da saliva estarem 
completamente misturados com as secreções gástricas, 
até 30% a 40% dos amidos terão sido hidrolisados para 
formar maltose. 
 
- Para chegar no intestino delgado, a alfa-amilase 
pancreática e o bicarbonato são secretados pela glândula 
pancreática exócrina para o lúmen do intestino delgado, 
onde o bicarbonato neutraliza as secreções gástricas. A 
alfa-amilase pancreática continua a digestão das alfa-
dextrinas, convertendo-as em dissacarídeos (maltose), 
trissacarídeos (maltotriose) e oligossacarídeos, chamados 
dextrinas limites. 
- A amilase pancreática é mais potente que a amilase 
salivar, portanto, em 15 a 30 minutos depois do quimo ser 
transferido do estômago para o duodeno e se misturar com 
o suco pancreático, praticamentetodos os carboidratos 
terão sido digeridos. 
- A digestão dos dissacarídeos lactose e sacarose, assim 
como a digestão completa da maltose, da maltotriose e das 
dextrinas limites, ocorre pela ligação dos dissacarídeos à 
superfície da membrana – borda em escova 
(microvilosidades) – das células epiteliais do intestino. 
- Os monossacarídeos produzidos por essas hidrólises 
(glicose, frutose e galactose) são, então, transportados 
pelas células epiteliais intestinais. 
- As fibras dietéticas, compostas principalmente por 
polissacarídeos, não podem ser digeridas pelas enzimas 
humanas no trato intestinal. 
 
Classificação: 
Carboidratos alimentares podem ser 
 
 Monossacarídeos: único resíduo de 
carboidrato, 
 Dissacarídeo: dois resíduos de carboidrato, 
 Oligossacarídeos: vários resíduos de 
carboidrato 
 Polissacarídeos: centenas de resíduos de 
carboidrato. 
 
- No cólon, fibras dietéticas e outros carboidratos não-
digeríveis podem ser convertidos em gases (H2, CO2 e 
metano) e em ácidos graxos de cadeia curta 
(principalmente ácido acético, ácido propiônico e ácido 
butírico) pela ação das bactérias do cólon. 
Localização no intestino: 
- A produção de maltose, maltotriose e dextrinas limite pela 
α-amilase pancreática ocorre no duodeno, a porção mais 
proximal do intestino delgado. 
- A atividade da sacara-seis-maltase é maior no jejuno, 
onde as enzimas podem hidrolisar a sacarose e o produto 
da digestão do amido. A atividade da β-glicosidase também 
é maior no jejuno, e a da glicoamilase aumenta 
progressivamente ao longo da extensão do intestino 
delgado. 
Hidrólise de Dissacarídeos e de Pequenos 
Polímeros de Glicose em Monossacarídeos 
- Os enterócitos que revestem as vilosidades do intestino 
delgado contêm quatro enzimas (lactase, sacarase, 
maltase e a-dextrinase), que são capazes de clivar os 
dissacarídeos lactose, sacarose e maltose, mais outros 
pequenos polímeros de glicose, nos seus monos. 
- Dessa forma, os produtos finais da digestão dos 
carboidratos são todos monossacarídeos hidrossolúveis 
absorvidos imediatamente para o sangue porta. 
- Na dieta comum, que tem muito mais amidos do que 
todos os outros carboidratos, a glicose representa mais de 
80% dos produtos finais da digestão, enquanto a fração de 
galactose ou frutose raramente ultrapassa 10%. 
TRANSPORTE E ABSORÇÃO DO 
CARBOIDRATO 
- Os carboidratos são considerados a fonte primária de 
energia para o organismo, uma vez que seu catabolismo 
possibilita a liberação de energia química para a formação 
de ATP (energia). Eles fornecem primariamente 
combustível para o cérebro, medula, nervos periféricos e 
células vermelhas do sangue. Por esse motivo uma 
ingestão insuficiente pode trazer prejuízos ao sistema 
nervoso central e ao organismo. 
- Os carboidratos devem ser quebrados em 
monossacarídeos, pois somente desse modo eles 
conseguem serem absorvidos pelas células epiteliais 
intestinais. Por conta disso, os carboidratos serão 
transportados dessas células, até a corrente sanguínea, e 
assim serem distribuídos por todos os tecidos. A glicose, 
frutose e galactose são produtos da digestão dos 
carboidratos. 
- Nem todos carboidratos serão digeridos na mesma 
velocidade no intestino, e algumas fontes de carboidratos 
levam a um aumento praticamente imediato do nível de 
glicose sanguínea após a ingestão, enquanto outras o 
fazem lentamente durante o extenso período após a 
ingestão. 
É o índice glicêmico que mede a velocidade do aumento 
da concentração sanguínea de glicose após o consumo. 
 
 
Absorção pelo Epitélio Intestinal 
- A glicose é transportada pelas células absortivas do 
intestino por difusão facilitada e por transporte facilitado 
dependente de Na+. Ela entra, então, nas células absortivas 
ligadas às proteínas transportadoras (proteínas integrais 
de membrana) que se ligam à molécula de glicose por um 
lado da membrana e liberam ela no lado oposto. 
 
- Na figura, o transporte da glicose ocorre sem a rotação da 
molécula de glicose. Vários grupos da proteína ligam-se aos 
grupos hidroxila da molécula de glicose e fecham-se por 
trás dela, que logo é liberada para dentro da célula (p. ex., o 
transporte ocorre como um “poro de barreira”). E = lado 
externo; I = lado interno. 
- Dois tipos de proteínas transportadoras de glicose estão 
presentes nas células absortivas do intestino, os 
transportadores de glicose dependentes de Na+, e os 
transportadores por difusão facilitada de glicose. 
TRANSPORTADOR DEPENDENTE DE 
NA+ 
- O SGLT-1 é uma proteína que possui uma alta afinidade 
por glicose. Essa proteína transportadora de glicose é 
dependente de Na+ para realizar esse transporte, pois o 
íon sódio é necessário para que ocorra abertura do canal 
transportador SGLT. Ele está presente no lado luminal das 
células absortivas, permitindo que essas células 
concentrem glicose a partir do lúmen intestinal. Sendo 
assim, o transporte de uma pequena concentração de 
glicose no lúmen para uma maior concentração na célula é 
promovido por um co-transportador de Na+. 
OBSERVAÇÃO 
Quando há alta concentração de glicose no lúmen 
intestinal, ele sinaliza a célula, para que ela promova 
uma inserção de GLUT-2 na membrana apical (que está 
em contato com o lúmen intestinal), para glicose ser 
transportada por difusão facilitada. 
 
 
- É importante relembramos que células epiteliais dos rins, 
possuem transportadores de glicose dependentes de Na+, 
similares as células epiteliais do intestino, que também são 
capazes de transportar glicose contra seu gradiente de 
concentração. 
TRANSPORTADORES FACILITADOS DE 
GLICOSE 
- O transporte facilitado de glicose, que não envolve ligação 
com Na+ , possui transportadores localizados no lado da 
serosa (em contato com o sangue) das células. A glicose 
move-se por transporte facilitado do lado mais 
concentrado dentro da célula para o menos concentrado 
no sangue sem gasto de energia. 
- Os GLUT possuem alta sensibilidade para Glicose, ou seja, 
eles permitem a captação de glicose para os tecidos 
quando suas concentrações (glicemia) estão baixas. 
- Os GLUT’s também existem no lado luminal das células 
absortivas. Os vários tipos de transportadores facilitados de 
glicose encontrados nas células das membranas 
plasmáticas são referidos como GLUT 1 a GLUT 5. Uma 
estrutura comum a todas essas proteínas são os 12 
domínios integrais na membrana. 
ABSORÇÃO DE GALACTOSE E FRUTOSE 
PELOS TRANSPORTADORES DE 
GLICOSE 
- A galactose é absorvida pelo mesmo mecanismo de 
absorção de glicose. Ela entra nas células absortivas no lado 
luminal pelo transportador de glicose dependente de Na+ 
e pelos transportadores facilitados de glicose e é 
transportada ao lado da serosa por esses últimos. 
-A frutose tanto entra quanto deixa as células absortivas 
epiteliais por difusão facilitada, aparentemente via 
proteínas transportadoras que fazem parte da família 
GLUT. O transportador do lado luminal tem sido 
identificado como GLUT 5. Embora esse transportador 
possa transportar glicose, ele possui uma atividade bem 
maior com frutose. 
 
TRANSPORTE DE MONOSSACARÍDEOS 
PARA OS TECIDOS 
- As propriedades das proteínas transportadoras GLUT 
diferem entre os tecidos, e isso vai refletir na função do 
metabolismo da glicose em cada tecido. Isso se dá por 
alguns motivos: 
1- Porque a isoforma dos transportadores 
presentes nesses tipos de células tem um 
Km relativamente baixo para glicose. 
Devido ao fato de a isoenzima 
hexoquinase presente na célula ter Km 
baixo para glicose, variações no nível de 
glicose sanguínea não afetam a taxa de 
fosforilação intracelular de glicose. 
Entretanto, em determinados tecidos, a 
velocidade de transporte torna-se 
limitante quando o nível sérico de glicose 
está baixo ou quando baixos níveis de 
insulina sinalizam a ausência da glicose da 
dieta. 
2- Está presenteem uma concentração 
relativamente alta na membrana celular, 
de modo que a concentração de glicose 
intracelular reflete a do sangue. 
- No fígado, o Km do GLUT 2 é relativamente alto em 
comparação com o de outros tecidos. Isso explica a função 
do fígado de ser um órgão que mantém o nível de glicose 
no sangue. Dessa forma, o fígado só irá converter a glicose 
em outra molécula armazenadora de energia quando o 
nível de glicose estiver alto, como no período 
imediatamente após uma refeição. 
- No músculo e em tecidos adiposos, o transporte de 
glicose é geralmente estimulado por insulina. O 
mecanismo envolve o recrutamento de transportadores de 
glicose (especificamente, GLUT 4) de vesículas 
intracelulares para a membrana plasmática. 
 
 
A ligação da insulina ao seu receptor celular de 
membrana resulta em vesículas contendo proteínas 
transportadoras (GLUT-4) de glicose que se movem do 
interior da célula para a membrana. 
 
 
- Em tecidos adiposos, o estímulo ao transporte de glicose 
através da membrana plasmática pela insulina aumenta a 
sua disponibilidade em sintetizar ácidos graxos e glicerol a 
partir da rota glicolítica. No músculo esquelético, o 
estímulo ao transporte de glicose pela insulina aumenta a 
sua disponibilidade para glicólise e síntese do glicogênio. 
TRANSPORTE DE GLICOSE ATRAVÉS 
DA BARREIRA HEMATENCEFÁLICA 
- A resposta hipoglicêmica é identificada por uma 
diminuição na concentração da glicemia sangüínea a um 
valor entre 18 e 54 mg/dL (1 e 3 mM). Essa resposta é 
resultado da diminuição do suprimento de glicose ao 
cérebro e inicia com uma pequena dor de cabeça e tontura, 
o que é muito comum, e pode progredir ao coma. A baixa 
velocidade de transporte de glicose através da barreira 
hematencefálica (do sangue ao fluido cerebrospinal) a 
baixo nível de glicose é considerada a responsável por essa 
resposta neuroglicopênica. O transporte de glicose do 
fluido cerebrospinal através da membrana plasmática dos 
neurônios é rápido, e sua velocidade não depende da 
produção de ATP a partir da glicólise. 
- No cérebro, as células endoteliais dos capilares 
apresentam junções extremamente finas, e a glicose deve 
passar do sangue ao fluido cerebrospinal extracelular pelo 
transportador GLUT 1 nas células endoteliais das 
membranas e, então, através da membrana basal.

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