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Agrotóxicos no PR

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Secretaria de Estado da Saúde do Paraná 
Rua Piquiri 170 - Rebouças - 80230-140 - Curitiba – PR - 41 3330-4300 - 41 3330-4406 
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SECRETARIA DO ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ 
SUPERINTENDENCIA DE VIGILANCIA EM SAUDE 
 
 
 
 
 
 
 
VIGILÂNCIA DA SAÚDE DE POPULAÇÕES EXPOSTAS A AGROTÓXICOS NO PARANÁ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA, MAIO DE 2013. 
 
 
 
 
 
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EQUIPE DE TRABALHO: 
 
 
ALFREDO BENATTO (SESA/SVS/CEVS) 
CELSO RUBIO (SESA/SVS/DEVA) 
DANIEL ALTINO DE JESUS (LACEN) 
DORA YOKO NOZAKI GOTO (SESA/SVS/CEPI/DVIEP) 
GISELIA RUBIO ( SESA/SVS/ DVVZI) 
IVANA BELMONTE ( SESA/SVS) 
JOSE LUIZ NISHIHARA PINTO ( SESA/SVS/DEVA) 
MARCOS VALÉRIO ANDERSEN (SESA/SVS/CEVS) 
NANCI FERREIRA PINTO (SESA/SVS/CEST) 
SILVIA EUFENIA ALBERTINI (SESA/SVS/CEST) 
YUMIE MURAKAMI (SESA/SVS/CEST) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
O CONSUMO DE AGROTÓXICOS NO BRASIL 5 
AGROTÓXICOS NO PARANÁ 12 
Agrotóxicos na Agricultura 12 
Agrotóxicos nas Cidades 23 
Agrotóxicos em Água e Solo 26 
Agrotóxicos em Alimentos e o Programa de Análise de Resíduos de 
Agrotóxicos em Alimentos – PARA 
29 
Indústrias de Agrotóxicos no Paraná 32 
INTOXICAÇÕES POR AGROTÓXICOS NO PARANÁ 34 
Intoxicações por Agrotóxicos Relacionados ao Trabalho no Paraná 42 
SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA E APOIO DIAGNÓSTICO 70 
Os Centros de Informação e Assistência Toxicologia – CIAT’s do Paraná 70 
Laboratório Central do Estado do Paraná 72 
Estabelecimentos de Saúde no Paraná 73 
O FORTALECIMENTO DA AGROECOLOGIA NO BRASIL E NO PARANÁ 74 
AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA OS ANOS DE 2013/2014 VIGILANCIA 
DAS POPULAÇÕES EXPOSTAS A AGROTÓXICOS 
77 
 
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Ação Estratégica 1 78 
Ação Estratégica 2 80 
Ação Estratégica 3 82 
Ação Estratégica 4 86 
Ação Estratégica 5 90 
Ação Estratégica 6 93 
Ação Estratégica 7 96 
Ação Estratégica 8 98 
Ação Estratégica 9 103 
Ação Estratégica 10 106 
Ação Estratégica 11 109 
Ação Estratégica 12 111 
Ação Estratégica 13 114 
Ação Estratégica 14 117 
RESUMO DOS RECURSOS PREVISTOS 120 
CAPACITAÇÃO PARA A ATENÇÃO A SAÚDE E VIGILÂNCIA DAS 
POPULAÇÕES 
EXPOSTAS A AGROTÓXICOS 
122 
MUNICÍPIOS PRIORIZADOS PARA A VIGILÂNCIA DAS POPULAÇÕES 
EXPOSTAS A AGROTÓXICOS 
127 
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 131 
 
 
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O CONSUMO DE AGROTÓXICOS NO BRASIL 
 
Desde 2008, o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos no mundo. A utilização 
maciça dos agrotóxicos traz como conseqüências, graves problemas à saúde dos 
trabalhadores e de toda população, além dos danos à natureza pela degradação dos 
recursos naturais não renováveis, desequilíbrio e destruição da fauna e flora e poluição das 
águas, ar e solo. 
 Estes impactos causados pelos agrotóxicos são resultado do atual modelo de 
desenvolvimento, voltado prioritariamente para a monocultura químico-dependente e 
produção de commodities para exportação. Este modelo impõe o avanço sem limites sobre 
os biomas preserváveis como a Amazônia e o cerrado. As grandes extensões de culturas de 
soja, milho, cana-de-açúcar, algodão e eucalipto alimentam o ciclo dos agro-combustíveis e 
da agroindústria em detrimento à produção da agricultura familiar de alimentos, esta última 
responsável pela produção de 70% dos alimentos no país.1 
Dados do IBGE/SIDRA 2012 e MAPA 2010 sobre a produção agropecuária brasileira 
nos anos de 2002 a 2011 mostram que alguns alimentos adotados no cotidiano de boa parte 
dos brasileiros (arroz, feijão e mandioca) continuaram com a mesma área plantada no 
período, enquanto a soja, o milho, o sorgo e o algodão tiveram aumentos de área plantada, 
expandindo a produção para exportação e/ou para alimentação de animais em regime de 
monocultura e confinamento. Além disso, parte da cana-de-açúcar, que também teve 
aumento importante da área plantada, irá se transformar em etanol e parte do óleo de soja 
em biodiesel, implementando o ciclo de transformação dos alimentos em biocombustíveis. 
(CARNEIRO et al., 2012). 
 Cabe ressaltar que a cultura do feijão sofreu uma transformação na sua maneira de 
produção nos últimos quinze anos. Com a introdução de cultivares que permitem a colheita, 
facilitam a capina e aplicação de agrotóxicos de forma mecanizada, incorporaram a 
utilização de herbicidas, fungicidas e inseticidas a este sistema de produção. 
A produção de frutas, verduras e legumes é outro setor que apresenta um grande uso 
de agrotóxicos, mas a oferta de princípios ativos disponíveis no mercado para controle de 
 
1 Disponível em: http://www.brasil.gov.br/noticias/arquivos/2011/07/27/agricultura-familiar-precisa-aumentar-
vendas-e-se-organizar-melhor-diz-secretario 
 
 
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determinadas pragas e doenças é inexistente, insuficiente ou ineficiente. Com isso a 
utilização de princípios ativos sem registro, recomendação de uso e estudos dos limites 
máximos de resíduos para a produção de hortigranjeiros torna-se usual e as conseqüências 
desta utilização sem critérios é comprovada através dos resultados divulgados pelo 
Programa Nacional de Resíduos de Agrotóxicos. 
Na última safra (segundo semestre de 2010 e o primeiro semestre de 2011), o 
mercado nacional de venda de agrotóxicos movimentou 936 mil toneladas de produtos 
(ANVISA & UFPR, 2012). 
Na safra de 2011 no Brasil, foram plantados 71 milhões de hectares de lavoura 
temporária (soja, milho, cana, algodão) e permanente (café, cítricos, frutas, eucaliptos), o 
que corresponde a cerca de 853 milhões de litros (produtos formulados) de agrotóxicos 
pulverizados nessas lavouras, principalmente de herbicidas, fungicidas e inseticidas, 
representando média de uso de 12 litros/hectare e exposição média 
ambiental/ocupacional/alimentar de 4,5 litros de agrotóxicos por habitante (CARNEIRO et 
al., 2012) 
Os dados nacionais, levando em conta o consumo de agrotóxicos por tipo de cultura e 
área, indicam que o consumo médio de agrotóxicos (herbicidas, inseticidas e fungicidas) por 
hectare de soja foi de 12 litros, o de milho 6 l/ha; de algodão 28 l/ha; de cana 4,8 l/ha; 
de cítricos: 23 l/ha; de café: 10 l/ha; arroz 10 l/ha; trigo: 10 l/ha e feijão: 5 l/hectare. 
Segundo os dados do Censo Agropecuário Brasileiro (IBGE, 2006), Bombardi (2011) 
verificou que 27% das pequenas propriedades (0 – 10 hectares) usam agrotóxicos, 36% das 
propriedades de 10 a 100 hectares e nas maiores de 100 hectares, 80% usam agrotóxicos. 
 Uma das formas de uso de agrotóxicos na agricultura que causa grande 
contaminação é a pulverização aérea. Segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil 
(Anac), o Brasil tem a segunda maior frota de aviação agrícola do mundo, com 1725 
aeronaves, envolvendo 1400 pilotos, 450 agrônomos, 1.330 técnicos agrícolas 
(especializados em operações aéreas) e 3.827 auxiliares. Esta atividade fatura anualmente 
em torno de R$ 936 milhões e gera R$ 234 milhões em impostos. São realizadas cerca de 
495 mil horas de vôo por ano. Há 228 empresasde aviação agrícola no Brasil. Entre as 
empresas, 79 estão sediadas no Rio Grande do Sul (34,6% do total), 35 em São Paulo 
(15,4%), 28 em Mato Grosso (12,3%), 25 no Paraná (11,0%) e 17 em Goiás (7,5%). A maior 
parte da frota está em Mato Grosso, com 385 aeronaves (22,3%), seguido do Rio Grande do 
 
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Sul com 382 (22,1%), São Paulo com 242 (14%), Goiás com 205 (11,9%) e Paraná com 125 
(7,2%). 
Essa atividade atinge 15% da área agrícola do país, segundo estimativas do Sindicato 
Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag). Ainda de acordo com o Sindag, as 
operações se dão, principalmente, na produção de soja (54%), algodão (25%) e arroz. 
Dados da Embrapa mostram que mesmo com calibração, temperatura e ventos 
ideais, a pulverização aérea deixa cerca de 32% dos agrotóxicos retidos nas plantas e 49% 
no solo, enquanto 19% se expandem para áreas circunvizinhas à da aplicação, o que causa 
riscos graves à saúde humana e ao meio ambiente. 
A fiscalização desta atividade cabe ao Ministério da Agricultura, Pecuária e 
Abastecimento, porém a atual estrutura do MAPA nos estados não permite um controle e 
monitoramento eficientes, aumentando os riscos de contaminação. 
Em julho deste ano, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais 
Renováveis (Ibama) publicou decisão no Diário Oficial restringindo a aplicação de mais de 
50 agrotóxicos que continham os componentes imidacloprido, clotianidina, fipronil e 
tiametoxam. A decisão do Instituto, no entanto, foi revogada para a Safra 2012/2013 no dia 
03 de outubro, sob a alegação de que os produtores precisavam de tempo para se adaptar à 
suspensão dos produtos. 
 Já existem restrições desta atividade em vários municípios e no Congresso Nacional 
tramitam vários projetos de lei sobre o assunto, como o de autoria da senadora Ana Rita 
(PT-ES) que propõe o fim da pulverização aérea no Brasil. 
No Paraná existe o projeto de lei nº 651/2012 de autoria do Deputado Luiz Eduardo 
Cheida que prevê a proibição de pulverização aérea no Estado. 
Cerca de 430 ingredientes ativos (IA) e 2.400 formulações de agrotóxicos estão 
registrados no MS, MAPA e MMA e são permitidos no Brasil de acordo com os critérios de 
uso e indicação estabelecidos em suas Monografias. Porém, dos 50 mais utilizados nas 
lavouras de nosso país, 22 são proibidos na União Européia. Na ANVISA estão em 
processo de revisão, desde 2008, 14 agrotóxicos: cinco deles já foram proibidos (acefato, 
cihexatina e tricloform), sendo que o metamidofós foi retirado do mercado a partir de junho 
de 2012, e o endossulfam será a partir de junho de 2013. O fosmet teve seu uso restringido, 
apesar dos estudos terem apontado pelo banimento. Outros dois já concluíram a consulta 
pública de revisão (forato e parationa-metílica) e os demais já tiveram suas notas técnicas 
 
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de revisão concluídas: lactofem, furano, tiram, paraquat, glifosato, abamectina (ANVISA, 
2008; ANVISA, 2012a; ANVISA 2012b). 
A problemática dos agrotóxicos e suas implicações para a saúde humana e para o 
ambiente não se restringem à produção agrícola ou à pecuária. O controle de vetores 
urbanos é uma grande fonte de contaminação por substâncias químicas com os mesmos 
princípios ativos de agrotóxicos. Nesse caso, a nomenclatura utilizada é de saneante 
desinfestante e refere-se aos produtos destinados à desinfestação de ambientes urbanos, 
sejam eles residenciais, coletivos, públicos ou privados. São produtos que matam, inativam 
ou repelem organismos indesejáveis ao ambiente, sobre objetos, superfícies inanimadas, ou 
em plantas. Incluem-se neste conceito os termos “inseticidas”, “reguladores de crescimento”, 
“rodenticidas”, “moluscicidas” e “repelentes” (ANVISA, 2010a). Um grupo de empresas 
desinsentizadoras utiliza esses domissanitários dando às pessoas a falsa idéia de uso 
seguro e eficaz para solucionar os problemas das pragas urbanas decorrentes, de modo 
geral, da falta ou insuficiência de saneamento ambiental. Um verdadeiro ocultamento de 
risco, ao denominarem esses venenos de “remédios para baratas”, “remédios para 
mosquitos”, “remédios para ratos” etc. Além disto, diversos produtos estão à venda 
livremente nos supermercados para uso doméstico. Muitos são maquiados em engenhocas 
elétricas, sem odor, e propagandeados como produtos “ecológicos” ou “que fazem bem à 
saúde”. 
Segundo dados da Associação Brasileira de Controle de Vetores e Pragas (ABCVP), 
o setor de desinsetização no Brasil movimenta em média mais de um bilhão de reais por ano 
e tem uma previsão de crescimento anual de 10% nos próximos anos. Outro dado de 
destaque é que são atualmente 3.589 empresas atuantes em todo o país, sendo que cerca 
de 50% estão na informalidade (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CONTROLE DE 
VETORES E PRAGAS, 2012). O fato de movimentar um valor tão grande de capital acaba 
sendo um estímulo à abertura de novas empresas, formalizadas ou não, dificultando ainda 
mais as já precárias ações de fiscalização A informalidade pode ser um agravante a mais, 
pois se coloca como um condicionante de vulnerabilidade do ponto de vista ambiental e 
ocupacional nas áreas urbanas. As empresas especializadas em controle de vetores e 
pragas urbanas prestam serviço em diversos ambientes, como áreas e comerciais, veículos 
de transporte coletivo, dentre outros (ANVISA, 2010a). Assim hospitalares, clínicas, clubes, 
centros comerciais, escolas, universidades, residências, locais de entretenimento, 
condomínios residenciais, o mesmo modelo químico-dependente observado na lavoura é 
 
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aplicado à saúde pública. O que é grave, pois se espera das ações sanitárias proteção da 
saúde e não submissão a situações de potenciais danos à saúde. 
O uso de piretroides e piretrinas, mesmos grupos químicos de alguns agrotóxicos, é 
disseminado também nos ambientes domésticos como desinfestantes, pois estão na 
composição de inseticidas de venda livre. Esses produtos estão entre as principais causas 
de intoxicação nos ambientes domésticos e manifestações alérgicas, principalmente em 
crianças (PRESGRAVE; CAMACHO; VILLAS BOAS, 2008; WERNECK; HASSELMANN, 
2009). 
Ainda nos ambientes domésticos é muito comum o uso de produtos na jardinagem 
amadora. Os produtos destinados a esse fim, que podem incluir organofosforados, 
carbamatos, piretrinas e piretroides, dentre outros, são aqueles destinados à venda direta ao 
consumidor, com a finalidade de aplicação em jardins residenciais e plantas ornamentais 
cultivadas sem fins lucrativos, para o controle de pragas e doenças, bem como aqueles 
destinados à revitalização e ao embelezamento das plantas (BRASIL, 1997). Da mesma 
maneira que os desinfestantes, esses produtos também se colocam como fatores de 
exposição aos mesmos princípios ativos dos agrotóxicos e podem ser mais uma fonte de 
intoxicação de crianças. 
 Outro uso disseminado dos agrotóxicos é no controle de vetores em saúde pública. 
Neste caso, os agrotóxicos mais utilizados pertencem ao grupo químico dos 
organofosforados (97%). Segundo o Ministério da Saúde, o custo médio anual do conjunto 
de agrotóxicos utilizados no controle de endemias, no período de 2002 a 2011, foi de 415 
milhões de reais, e no primeiro semestre de 2012 já foram gastos 42% deste valor. 
De modo geral, o controle de vetores utilizando venenos tira o foco de outras ações 
que são importantes para ações de prevenção de doenças. Políticas de saneamento básico, 
redes de coleta e tratamento de esgoto sanitário, coleta seletiva e tratamento final de 
resíduos associada a ações de educaçãoambiental são estratégicos para o controle de 
vetores e reservatórios animais. 
Outro problema dos centros urbanos é a capina química, prática não autorizada que 
utiliza agrotóxicos (herbicidas) para o controle de plantas daninhas em espaços públicos 
como praças, jardins públicos, canteiros, ruas e calçadas. Na Câmara dos Deputados em 
Brasília, desde do ano de 2002 tramita Projeto de Lei (PL no. 6288/02) de autoria do 
deputado Dr. Rosinha (PT-PR), que proíbe a utilização de herbicidas para capina química 
em áreas urbanas, e de agrotóxicos em geral em áreas de proteção de mananciais. O 
 
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Projeto de Lei já recebeu aprovação da Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente 
e Minorias e também da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania ambas emitindo 
parecer favorável pela proposta, que prevê a desobediência da medida como infração 
administrativa a ser enquadrada nas penas previstas na Lei de Crimes Ambientais. 
No ano de 2010 a ANVISA emitiu Nota Técnica fundamentada na RESOLUÇÃO - RE 
Nº 165, DE 29 DE AGOSTO DE 2003, que em seu Art. 6° revoga a "Relação de substâncias 
com ação tóxica sobre animais ou plantas, cujo registro pode ser autorizado no Brasil, em 
atividades agropecuárias e produtos domissanitários", publicada através da Portaria n° 10, 
de 8 de março de 1985, e em todas aquelas que a complementaram ou suplementaram 
informando que a “capina química” feita com agrotóxicos em áreas urbanas expõe a 
população ao risco de intoxicação, além de contaminar a fauna e a flora local e, que por 
esse motivo, tal prática não é permitida. 
Assim como ocorre na agricultura, o uso de agrotóxicos/desinfestantes no ambiente 
urbano acaba por desencadear resistência nos vetores, impondo um ciclo cada vez mais 
dependente de venenos, com aumento da exposição da população aos efeitos tóxicos 
decorrentes dessas substâncias e degradação da biodiversidade, já tão escassa nas áreas 
urbanas por conta do desmatamento e da ocupação desordenada. Além disso, tem sido 
verificado que o uso de inseticidas em área urbana reforça uma distribuição socialmente 
desigual dos riscos. 
Quanto às contaminações por agrotóxicos nos compartimentos água e solo, no Brasil, 
desde a o ano de 1990 o Ministério da Saúde através da Portaria MS/GM nº 36/90, exige 
que os responsáveis pelo Controle de Qualidade dos Sistemas de Abastecimento de Água-
SAA realizem Plano de Amostragem para analisar parâmetros de agrotóxicos em agua. Tal 
diretriz continuou obrigatória nas Portarias subsequentes: Portaria MS nº 1469/2000, 
Portaria MS nº 518/2004 e na atual Portaria MS nº 2.914/2011. 
Na atual Portaria 2914/11, que estabelece os padrões de potabilidade e dispõe sobre 
os procedimentos de Controle e de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo 
Humano, o Plano de Amostragem, necessário na avaliação de risco é obrigatório aos 
Sistemas de Abastecimento de Água-SAA´s e devem ser elaborado e executado segundo 
critérios de risco como: levantamento de informações sobre o uso desses produtos dentro da 
bacia hidrográfica, o contexto e a proteção do manancial, bem como a sazonalidade das 
culturas agrícolas. 
 
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A atual portaria exige o monitoramento de 27 tipos de agrotóxicos (2,4 D + 2,4,5 T; 
Alaclor; Aldicarbe + Aldicarbesulfona +Aldicarbesulfóxido; Aldrin + Dieldrin; Atrazina; 
Carbendazim + benomil; Carbofurano; Clordano; Clorpirifós + clorpirifós-oxon; 
DDT+DDD+DDE; Diuron; Endossulfan (α β e sais); Endrin; Glifosato + AMPA; Lindano 
(gama HCH); Mancozebe; Metamidofós; Metolacloro; Molinato; Parationa Metílica; 
Pendimentalina; Permetrina; Profenofós; Simazina; Tebuconazol; Terbufós; Trifluralina) além 
de 15 produtos químicos inorgânicos (metais pesados), de 15 produtos químicos orgânicos 
(solventes) e de 7 produtos químicos secundários da desinfecção, além de estabelecer 
critérios para a permissão do uso de algicidas em mananciais e em estações de tratamentos 
de água. 
Segundo publicação do Ministério da Saúde (2010) do total de Sistemas de 
Abastecimento de Água (SAA) que estão cadastrados no SISAGUA, no ano de 2008, 
somente 24% dos SAA’s apresentaram informações sobre o controle da qualidade para os 
parâmetros agrotóxicos e apenas 0,5% apresentam informações sobre a vigilância da 
qualidade da água para tais substâncias. 
Quanto ao monitoramento dos agrotóxicos no solo, em 2001 o Ministério da Saúde 
iniciou discussões com as Secretarias Estaduais de Saúde sobre a intenção de implantar a 
nível nacional o Programa de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Solo 
Contaminado – VIGISOLO. 
O uso de agrotóxicos nas cidades e no campo contribui para a insustentabilidade 
deste modelo químico, que degrada a biodiversidade, contamina o solo, água e ar e provoca 
efeitos deletérios na população e na natureza. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AGROTÓXICOS NO PARANÁ 
 
INTRODUÇÃO 
 No Paraná, o maior uso de agrotóxicos se dá na agricultura, porém há uma utilização 
importante destes produtos nas atividades de controle de endemias na saúde pública, 
preservação de madeiras, desinsetizadoras, indústrias formuladoras e de síntese de 
agrotóxicos. Há também o uso de desinfestantes em ambientes domésticos que contém os 
mesmos princípios ativos dos produtos agrícolas. 
 Com exceção dos dados de consumo na agricultura, as informações do uso nas 
demais atividades não estão disponíveis. Desta forma, não é possível realizar um 
diagnóstico detalhado quanto aos produtos utilizados, quantidade, distribuição por 
municípios e locais de uso e consumo. 
 
AGROTÓXICOS NA AGRICULTURA 
As leis estaduais de controle do uso de agrotóxicos são criadas a partir da iniciativa 
do estado do Rio Grande do Sul, com a Lei 7.747/82, que regulamentava os poderes do 
estado para exercer o controle de agrotóxicos e outros biocidas. Estabelecia o prévio 
cadastramento dos produtos no Departamento de Meio Ambiente da Secretaria de Saúde e 
do Meio Ambiente. (Benatto, 2002) 
O Paraná foi o primeiro estado brasileiro a constituir uma lei própria, Lei n° 7.827/83 
para a comercialização de agrotóxicos que além de tornar obrigatória a anuência da 
Secretaria de Estado da Agricultura, do órgão estadual ambiental e da Secretaria de Saúde, 
instituiu a obrigatoriedade do receituário agronômico. No Estado atualmente estão 
cadastrados 931 produtos agrotóxicos e 238 princípios ativos que são liberados para o 
comércio, que corresponde respectivamente a 22.7% e 65.3% dos produtos registrados e 
princípios ativos autorizados para o Brasil. 
O estado do Paraná é o terceiro maior consumidor de agrotóxicos do Brasil. O volume 
total de agrotóxicos consumidos no Paraná foi de 98.059.814,61 kg no ano de 2012 
(AGROFIT). 
O Paraná foi responsável por 19,5% da produção de grãos do Brasil da safra 
2011/2012. São utilizados de área, 8.194.343 hectares para a produção de culturas 
temporárias, hortigranjeiros e culturas permanentes, segundo o censo agropecuário do 
 
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IBGE, 2006. O estado se destaca em vários cultivos, principalmente de milho, feijão, soja, 
trigo e batata (tabela 1). 
 
Tabela 1 - Principais Culturas Agrícolas do Estado do Paraná 
 Cultura 
Ranking 
Nacional 
Soja 
(2olugar) 
Milho 
(1o lugar) 
Feijão 
(1o lugar) 
Cana-de-
açucar 
(4olugar) 
Trigo 
(2o lugar) 
Cebola 
(3o lugar) 
Batata 
(2o lugar) 
Tomate 
(4olugar) 
Safra 
2011-
2012 
(Ton) 
4.549.580 
ton 
2.418.123 
ton 
811.909 
ton 
641.765ton 
2.444.995 
ton 
167.352 
ton 
794.593 
ton 
356.521 
ton 
Fonte: SEAB/Departamento de Economia Rural/ Divisão da Conjuntura Agropecuária – 
Produção Agropecuária 1970-2011 comparativo. 
 
 Segundo o IPARDES, no ano de 2008, os maiores consumos foram registrados nos 
Núcleos Regionais (divisão administrativa da SEAB) de Ponta Grossa, Cascavel e 
Londrina, com valores superiores a 15,0 Kg/ha/ano, regiões de grande agricultura 
intensiva. Os Núcleos Regionais de Maringá, Campo Mourão, Francisco Beltrão e Pato 
Branco apresentaram volumes abaixo de 15,0 Kg/ha/ano e se destacam também pela 
intensa atividade agrícola. Consumo entre 7,0 e 11,8 Kg/ha/ano foram verificados nos 
Núcleos de Cornélio Procópio, Guarapuava, Laranjeiras do Sul, Ivaiporã, Irati e Toledo. 
Volumes menores que 7,0Kg/ha/ano aparecem nos Núcleos Regionais de Irati, Jacarezinho, 
Umuarama e Paranavaí. Cabe ressaltar que mesmo os valores abaixo de 11,8 kg/ha/ano 
são preocupantes. Abaixo, tabela 2 com o consumo de agrotóxicos por tipo de produto, 
segundo os Núcleos Regionais da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento – 
SEAB, de 2008. 
A análise do consumo em função da classe de periculosidade ambiental resultou que 
em todo o estado do Paraná as classes muito perigosas e perigosas são as mais aplicadas 
em todas as regiões e representam cerca de 80% do total de agrotóxico consumido, 
conforme demonstrado no mapa 1 e tabela 3. 
 
 
 
 
 
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Tabela 2 – Consumo de Agrotóxicos por tipo de produto, segundo os Núcleos 
Regionais da SEAB – 2008 
 
 
 Tabela 3 – Consumo de agrotóxicos segundo categoria de periculosidade ambiental e 
Núcleos Regionais da SEAB – 2009 –PR 
 
 
 
 
 
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Mapa 1 - Indicadores de Sustentabilidade Ambiental 
 
 Quanto à classe de uso agrícola, os herbicidas são os mais utilizados no Paraná, 
com 56,69% do total de agrotóxicos do estado. Os inseticidas representam 21% e os 
fungicidas 10,79%. No mapa 2 é possível visualizar a quantidade de agrotóxico e classe de 
uso, distribuídos no Paraná. 
Mapa 2 – Indicadores de Sustentabilidade Ambiental 
 
 
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 Na análise dos dados do AGROFIT do Ministério da Agricultura, Pecuária e 
Abastecimento - MAPA que informa o consumo anual dos princípios ativos dos agrotóxicos, 
um dos mais consumidos no Paraná foi o glifosato, com um total de 234 milhões de quilos 
em seis anos (gráfico 1). Este consumo aumentou gradativamente de 2007 a 2011, porém 
em 2012, o consumo foi 66% maior do que o ano anterior, atingindo mais de 64 milhões de 
quilos/ano. Este cenário de aumento do consumo do glifosato já era anunciada a partir da 
liberação da soja transgênica em 2003 e do aumento pela ANVISA do Limite Máximo de 
Resíduo do glifosato de 0,2mg/kg para 10 mg/kg, ou seja, 50 vezes mais. 
 
Gráfico 1 – Consumo de glifosato e organofosforado no período de 2007 a 2012 no 
Paraná (Fonte: AGROFIT do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA) 
 
Consumo de glifosato (em toneladas) 
8797 6793 9483 6957 7966 5933
25294
34260 35694 35905
38801
64495
ano 2007 2008 2009 2010 2011 2012
ano
co
ns
um
o 
em
 to
n
OF
glifosato
 
 
 
Cultivo da Soja 
Para a safra 2012-2013 a área destinada à soja está estimada em 4,60 milhões de 
hectares. É a maior área já semeada no Paraná, equivalente a 81% da área total de grãos 
na primeira safra. A produção poderá chegar em 15,19 milhões de toneladas ou 40% 
superior à safra 2011/12. Segundo o último levantamento do DERAL os produtores 
paranaenses venderam antecipadamente, mais de 1/3 da safra 2012/13, aproveitando os 
bons preços. Essa prática é recente no Paraná, mas com o passar dos anos vem se 
firmando e deve se tornar uma tendência no futuro. 
 
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Tabela 4 – Soja – Paraná – Comparativos de safras – 2011/12 e 2012/2013 (Fonte Deral) 
 
Núcleo Área plantada (em ha) Produção (em t) 
Regional 2011/12 2012/13 Var. (%) 2011/12 2012/13 Var. (%) 
Apucarana 100.445 108.000 7,5 249.405 351.000 40,7 
Campo Mourão 574.265 582.000 1,3 1.443.128 1.891.500 31,1 
Cascavel 482.670 492.449 2 1.084.473 1.674.327 54,4 
Cornélio Procópio 304.000 320.000 5,3 753.920 1.008.000 33,7 
Curitiba 67.020 91.715 36,8 213.459 301.972 41,5 
Francisco Beltrão 211.850 217.750 2,8 402.722 762.125 89,2 
Guarapuava 207.000 221.300 6,9 600.300 719.225 19,8 
Irati 122.850 133.500 8,7 379.607 433.875 14,3 
Ivaiporã 239.510 242.000 1 694.579 762.300 9,7 
Jacarezinho 93.400 112.000 19,9 260.994 352.800 35,2 
Laranjeiras do Sul 82.990 87.440 5,4 170.130 297.296 74,7 
Londrina 252.576 273.897 8,4 678.473 895.643 32 
Maringá 228.608 231.300 1,2 553.231 728.595 31,7 
Paranavaí 24.208 25.000 3,3 43.429 77.025 77,4 
Pato Branco 258.580 266.000 2,9 546.957 877.800 60,5 
Ponta Grossa 489.520 519.000 6 1.644.298 1.764.600 7,3 
Toledo 444.691 449.721 1,1 643.073 1.529.052 137,8 
Umuarama 159.812 166.300 4,1 302.410 548.790 81,5 
União da Vitória 54.000 66.000 22,2 172.800 217.800 26 
TOTAL 4.397.995 4.605.372 4,7 10.837.388 15.193.724 40,2 
 
A soja transgênica ocupa segundo dados do DERAL, na safra 2012-2013 , cerca de 
95% da área plantada. 
O principal sistema de plantio utilizado para a soja é o sistema de plantio direto na 
palha (PDP), que começou a ser adotado nos anos 70, atingiu 5 milhões de hectares no 
Paraná – mais de 80% da área destinada à produção de grãos no estado –, segundo 
avaliação da Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha (2007), há uma estimativa de 
aumento de 90% das lavouras. Estas duas tecnologias combinadas resultam no aumento 
do uso de herbicidas principalmente o glifosato. 
 
Cultivo do milho 
Quanto ao cultivo do milho, o Paraná é o líder na produção brasileira, participando 
por 23% do total produzido em 2011/12 (Gráfico 2). 
Em relação à produção total de grãos, o milho respondeu, na média das últimas cinco 
safras, por 46% da produção paranaense e 9% da safra brasileira de grãos. A produção na 
 
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safra 2011/12 foi de 16,59 milhões de toneladas, superando o recorde obtido na safra 
2007/08, quando produziu 15,37 milhões de toneladas. 
Gráfico 2- Produção de Milho – Brasil 2011/12 
 
 
 
A área plantada de milho na safra 2011/2012 foi de 977.661 hectares no milho de 1ª 
safra e de 2.038.081 hectares na 2ª safra. Esta tendência da ampliação da área cultivada da 
2ª safra tem se mostrado constante nos últimos anos, em razão dos preços alcançados pela 
cultura da soja e sua preferência para a primeira safra. 
O ataque de insetos-praga, a incidência de doenças e plantas daninhas na cultura do 
milho tem crescido significativamente nos últimos anos. Fantin e Duarte (2009) destacam os 
seguintes fatores que tem favorecido o aumento da frequência e da severidade das 
doenças: i) a priorização do potencial produtivo nos programas de melhoramento do milho, 
diminuindo a restrição ao lançamento de novas cultivares que não tem resistência múltipla 
às doenças foliares; ii) a migração espacial e temporal da cultura do milho, com 
concentração em regiões de maior altitude, onde as temperaturas noturnas favorecem o 
potencial produtivo, mas são favoráveis à ocorrência de doenças foliares. O aumento da 
proporção da safrinha, que é cultivado em áreas contínuas, com grande diversidade de 
épocas de semeadura, o que favorece a disseminação do inóculo das lavourassemeadas 
precocemente para as mais tardias; iii) a consolidação do plantio direto, mas sem rotação de 
culturas. A palha do milho na superfície do solo é uma importante fonte de inoculo de muitos 
patógenos para ao cultivo subseqüente. 
 
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A cultura do milho foi a quarta colocada entre as maiores consumidoras de 
agrotóxicos, sendo superada pelas culturas da soja, que participou com 43,5% do valor total, 
algodão, com 12,5% e cana-de-açúcar, com 11,6%. O gasto com fungicidas na cultura do 
milho, ao contrário dos inseticidas, cresceu acentuadamente no período de 2008 a 2011, 
principalmente no segmento para aplicação foliar. Os fungicidas para aplicação foliar 
cresceram mais no cultivo da safrinha (2ª safra), em ritmo mais elevado que no cultivo de 
verão, em todo o período analisado. De acordo com a Circular Técnica 125 da EMBRAPA 
Sorgo e Milho de dezembro de 2009, os grupos químicos recomendados para controle das 
principais doenças fúngicas que tem registro no Brasil são, os triazóis, as estrobirulinas e 
os benzimidazois. O fato marcante foi a queda sucessiva da quantidade vendida de 
inseticida para aplicação foliar no período de 2008 a 2011 na cultura do milho verão, como 
reflexo do crescente uso de sementes transgênicas de milho Bt, liberadas para venda a 
partir da safra 2008/2009 e que tem como foco o controle de lagartas, como a lagarta-do-
cartucho, a principal praga da cultura no Brasil. No Paraná atualmente existem 439 produtos 
agrotóxicos cadastrados para a cultura do milho liberados para comercialização. 
Tabela 5. Vendas de defensivos agrícolas para a cultura do milho, por classe, Brasil, 
2008 a 2011. 
Classe Quantidade (t) Valor (US$ 1.000) 
 2008 2009 2010 2011 2008 2009 2010 2011 
Inseticidas 15.778 15.891 11.558 11.386 319.574 302.850 207.879 242.699 
Índice2 100 101 73 72 100 95 65 76 
Fungicidas 2.501 3.597 4.821 8.101 69.969 77.552 100.600 109.319 
Índice2 100 144 193 324 100 111 144 156 
Herbicidas 80.077 74.609 83.964 70.596 514.001 359.594 357.763 367.308 
Índice2 100 93 105 88 100 70 70 71 
Total 98.356 94.097 100.343 90.083 903.544 739.996 666.242 719.326 
Índice2 100 96 102 92 100 82 74 80 
Produto comercial. /2Ano-base: 2008 = 100. / Fonte: Elaborada a partir de dados do SINDAG. 
Tabela 6. Quantidades comercializadas de herbicidas para milho no PR período 2008-
2012 em toneladas (fonte Agrofit) 
Herbicidas 2008 2009 2010 2011 2012 
atrazina (triazina) 14672,3 6813,9 5775,7 4459 7904 
atrazina (triazina) + simazina (triazina) 970,6 757,8 555,9 758 745 
atrazina (triazina) + S-metolacloro 
(cloroacetanilida) 
116,9 35,2 23,9 23,3 14,9 
 
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Cultivo da cana-de-açúcar 
O setor sucroalcooleiro do Paraná em termos de industrialização de cana, embora 
com um crescimento modesto até 2000, experimentou uma grande expansão de 50% até 
2004. Daí até 2007, outro salto de expansão de 54%, com uma oferta de cana moída de 
40,3milhões/t/ano. Pois bem, ainda de 2007 até 2008/09 cresceu apenas 13%. Em 2012 o 
Paraná ocupa a 4ª colocação em área, rendimento da lavoura e em cana industrializada. Na 
categoria produto final é o 3º produtor brasileiro de açúcar, precedido por São Paulo e 
Minas Gerais e o 4º em álcool, depois de São Paulo, Goiás, Minas Gerais. 
Tabela 7.- Distribuição espacial da cana por regiões, no Paraná – Safra 2012/ base abril 
Região Produção Área(há) Produção (t) Produção Região X PR % 
Nº 
Usinas 
Apucarana 17 000 1 428 000 2,7 1 
Campo Mourão 22 000 1 870 000 3,6 2 
Cornélio Procópio 39 000 3 315 000 6,3 2 
Ivaiporã 13 405 1 072 400 2 1 
Jacarezinho 61 576 5 541 840 10,6 3 
Londrina 49 337 4 193 645 7,7 2 
Maringá 104 000 8 320 000 15,9 5 
Paranavaí 137 000 10 935 477 20,9 4 
Umuarama 204 700 15 966 600 30 8 
Subtotal 648 018 52 642 962 99,7 28 
Outras regiões 5005 260.469 0,3 0 
Total Paraná 653 023 52 903 431 100 28* 
Fonte: Seab- Deral; *São 470 no Brasil. 
 
 Os sistemas de produção da cana-de-açúcar utilizam muitos agrotóxicos no processo 
de cultivo. Os inseticidas utilizados principalmente no processo de plantio para controle 
pragas de solo e herbicidas para manejo das plantas infestantes. Uma dessas operações 
comuns no controle de plantas daninhas em cana-de-açúcar é a de “catação” ou “repasse”, 
que consiste no uso de herbicidas aplicados após o controle químico efetuado em área total, 
através de máquina costal manual. 
 Com a proibição da queima da palha da cana-de-açúcar para realização da colheita, o 
processo de renovação da cultura sofreu mudanças e utiliza-se principalmente de glifosato 
para fazer a eliminação das soqueiras, o qual é recomendado para tal fim na quantidade de 
5 a 10 litros por hectare. Surge também a novidade do plantio direto, onde alterna-se a área 
 
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plantada de cana–de-açucar com a produção de grãos, geralmente soja, aumentando ainda 
mais a utilização de herbicidas. 
Tabela 8. Princípios Ativos de herbicidas recomendados para a cana-de-açúcar (Fonte: 
EMBRAPA, CNPTIA 
 
Fonte: EMBRAPA, CNPTIA 
 
Cultivo do Tabaco 
O Paraná foi o terceiro maior estado produtor na safra 2010/11, com 148.140 
toneladas, com 36.110 famílias responsáveis por essa produção e área total de 69.630 ha. A 
evolução da produção de tabaco no Paraná partiu de 40.315 toneladas em 1990, passando 
 
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para 64.554 toneladas em 2000 e 148.140 toneladas produzidas em 2010. De 1990 a 2010 
esta evolução foi de 367%. 
 A produção de tabaco no Paraná concentra-se em 10 municípios há várias safras, 
sendo eles: Guamiranga (4ªRS), Imbituva (4ªRS), Ipiranga (3ªRS), Irati (4ªRS), Palmeira 
(3ªRS), Piên (2ªRS), Prudentópolis (5ªRS) , Rio Azul (4ªRS), São João do Triunfo (3ªRS) e 
São Mateus do Sul (6ªRS); os quais foram responsáveis por 55% da produção, 54% da área 
plantada e por 44% das famílias produtoras do Estado, na última safra. 
Os dez municípios maiores produtores de tabaco representaram 6% dos 179 
produtores no Estado e se caracterizam por sua localização concentrada na região sudeste 
do Paraná (mapa 3). 
Mapa 3. Municípios de maior produção de tabaco no estado do Paraná, safra 2010/2011. 
 
 
 Fonte: AFUBRA, 2011. 
 
 
Quanto ao uso de agrotóxicos na cultura do tabaco, segundo a Secretaria de Estado 
da Agricultura e do Abastecimento (SEAB), estão cadastrados e autorizados para a 
 
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comercialização e utilização na cultura do tabaco um total de 58 agrotóxicos, conforme 
Tabela 9 (PARANÁ, 2011). 2 
 
Tabela 9- Agrotóxicos com cadastro para cultura do tabaco no Paraná, 2011. 
INFORMAÇÃO QUANTIDADE 
CADASTRO NA SEAB 58 PRODUTOS COMERCIAIS 
INGREDIENTES ATIVOS 20 GRUPOS QUÍMICOS + 2 BIOLÓGICOS 
TOXICOLOGIA 26% EXTREMAMENTE TÓXICO 
14% ALTAMENTE TÓXICO 
36% MEDIANAMENTE 
24% POUCO TÓXICO 
FINALIDADE/USO 1 FEROMÔNIO 
2 REGULADORES DE CRESCIMENTO 
5 HERBICIDAS 
6 FUNGICIDAS 
44 INSETICIDAS/ACARICIDAS/LESMICIDAS 
Fonte: SEAB, 2011. 
 
No ano de 2011, a SESA firmou parceria com a SEAB, através da RESOLUÇÃO 
CONJUNTA SESA/SEAB Nº 002/2011 e instituiu o Grupo de Trabalho para elaborar o 
Plano Estratégico para a Reconversão e Diversificação da Produção da Agropecuária 
em Propriedades que Cultivam Tabaco. 
O Plano prevê a seleção de 15 famílias de 10 municípios prioritários: da 3ª RS - 
Ipiranga,Ivaí e São João do Triunfo; da 4ª RS – Irati, Imbituva, Guamiranga, Mallet e Inácio 
Martins; da 5ª RS – Prudentópolis e da 6ª RS - São Mateus do Sul, em consonância com a 
Chamada Publica da EMATER que envolve 960 famílias em trabalhos já em 
desenvolvimento na região. 
O propósito do trabalho é potencializar o apoio e a capacidade técnica existente, tanto 
do Setor Saúde como da Agricultura, oportunizando aos agricultores a viabilidade para 
diversificar a cultura do fumo ou até mesmo substituí-la definitivamente por outras atividades 
produtivas. A intenção é fomentar culturas agropecuárias que atendam aos princípios da 
produção agroecológica, com menor impacto ambiental e que estejam alinhadas com as 
 
2 Disponível em: http://celepar07web.pr.gov.br/agrotoxicos/ 
 
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Políticas Publicas, como o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos), o PNAE (Programa 
Nacional de Alimentação Escolar) e a agro industrialização. 
 As ações no âmbito da agricultura e da saúde têm como objetivo, a melhoria da 
qualidade de vida dos agricultores, promover a saúde ambiental criando territórios 
sustentáveis e permitir a analise dos riscos envolvidos no desempenho de cada atividade em 
propriedades ocupadas pelo fumo. Isso possibilitara uma eficiente gestão da unidade 
familiar, na sua organização, na comercialização dos seus produtos e no gerenciamento de 
riscos a saúde. Esse projeto contará com 40% de jovens e mulheres participantes, o que 
favorece a sensibilização e a formação futura. 
 Dentre as principais ações do Setor Saúde, estão: 
Atuar de forma articulada e integrada (Atenção Primária e Vigilância em Saúde); 
Capacitar as equipes técnicas locais e municipais para o diagnóstico, tratamento, 
notificação e investigação de casos de intoxicações por agrotóxicos; 
Elaborar diagnóstico sobre as condições de saúde, trabalho e exposição aos 
agrotóxicos no cultivo do tabaco; 
Identificar os riscos a saúde relacionados às atividades agrícolas e propor medidas de 
controle e prevenção; 
Identificar, avaliar e monitorar as formas de abastecimento de água utilizadas para 
consumo humano e outros riscos ambientais; 
Intensificar as ações de Educação em Saúde fortalecendo as ações de prevenção e 
promoção da saúde; 
Identificar, avaliar e monitorar as formas de armazenamento de agrotóxicos e destino 
de embalagens vazias; 
Avaliar a Rede de Atenção à Saúde estabelecida e sua resolutividade no atendimento 
aos agricultores familiares (Zona Rural). 
 Dentre as principais ações propostas pela SEAB, está a assistência técnica para a 
implementação das alternativas para o cultivo de grãos, de atividade leiteira, de olericultura, 
de produção de frutas de caroço, de erva-mate, entre outras. Também deverá proporcionar 
mecanismos capazes de assegurar a diversificação das fontes de renda nessas 
propriedades. Os extensionistas trabalharão sobre três eixos: gestão das propriedades, 
diversificação, organização social e comercialização. Ainda serão escolhidas 20 
propriedades que servirão como Unidades de Produção Familiar (UPFs) onde todo o 
trabalho será alvo de analise e evolução. 
 
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O Sistema de Monitoramente do Comércio e Uso de Agrotóxicos do Estado do Paraná 
– SIAGRO 
 No ano de 2010, o Paraná através do Decreto 6107/2010 instituiu o Sistema de 
Monitoramento do Comércio e Uso de Agrotóxicos do Estado do Paraná – SIAGRO, que é 
um sistema informatizado das informações do receituário agronômico. É disponibilizado aos 
comerciantes registrados na SEAB, acessível pela rede mundial de computadores e compõe 
um banco de dados associado ao cadastro estadual de agrotóxicos e afins. O objetivo 
principal do SIAGRO é facilitar a fiscalização da emissão dos receituários agronômicos e do 
comércio de agrotóxicos em todo o estado. O sistema permite também o levantamento 
detalhado de quantidade, produto, localização do uso, culturas, etc, em todo o estado. 
 
AGROTÓXICOS NAS CIDADES 
 
Nas cidades há três atividades importantes que utilizam agrotóxicos e necessitam de 
controle e fiscalização: a prática da capina química, as desinsetizadoras e o controle de 
endemias pela saúde pública. 
 
Capina Química 
No âmbito do espaço urbano, a utilização da prática proibida de capina química tem 
preocupado a Secretaria de Estado da Saúde. No ano de 2010, a SESA realizou 
levantamento junto a SEAB, consultou as Monografias dos Agrotóxicos da ANVISA, 
verificando que das 260 marcas comerciais (71 princípios ativos) de agrotóxicos autorizados 
no Estado do Paraná, nenhuma possui autorização para uso em ambientes públicos 
coletivos, como logradouros das cidades. 
 Diante da Nota Técnica da ANVISA (Resolução - RE nº 165, de 29 de AGOSTO de 
2003) proibindo a capina química, a SESA emitiu uma circular às Regionais de Saúde para 
que as Prefeituras e Secretarias Municipais de Saúde fossem informados sobre a proibição 
desta atividade e os riscos à saúde e meio ambiente 
 
Desinsetizadoras 
 No Paraná, as empresas desinsetizadoras são inspecionadas pelas Vigilâncias 
Sanitárias dos municípios e devem funcionar de acordo com a RDC ANVISA 52/2009. 
 
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Segundo a Junta Comercial do Paraná até fevereiro de 2005, haviam no estado, 1513 
estabelecimentos. Na tabela é possível visualizar a distribuição destas empresas por 
Regional de Saúde. 
 
Tabela 10 – Número de desinsetizadoras por Regional de Saúde – fonte Junta Comercial 
do Paraná, 2005. 
Regional 
 
Nº 
Desinsetizado-
ras 
Regional 
 
Nº 
Desinsetizado-
ras 
1ª RS - Paranaguá 12 12ª RS – Umuarama 09 
2ª RS - Curitiba 749 13ª RS - Cianorte 14 
3ª RS – Ponta Grossa 115 14ª RS – Paranavaí 12 
4ª RS – Irati 12 15ª RS – Maringá 91 
5ª RS – Guarapuava 32 16ª RS – Apucarana 15 
6ª RS – União da Vitória 12 17ª RS – Londrina 109 
7ª RS – Pato Branco 31 18ª RS – Cornélio Procópio 09 
8ª RS – Francisco Beltrão 27 19ª RS – Jacarezinho 10 
9ª RS – Foz do Iguaçu 138 20ª RS – Toledo 18 
10ª RS – Cascavel 59 21ª RS – Telemaco Borba 22 
11ª RS – Campo Mourão 16 22ª RS – Ivaiporã 01 
 
 
Controle de Endemias pela Saúde Pública 
 Os diversos inseticidas utilizados no Paraná nos programas de controle de doenças de 
transmissão vetorial (dengue, malária, doença de Chagas, leishmaniose visceral e peste 
bubônica), são procedentes do Ministério da Saúde, que são preconizados por um grupo de 
especialistas no âmbito da Organização Mundial de Saúde – OMS (WHOPES – WHO 
Pesticide Evaluation Scheme). 
 A SESA possui em Maringá, a Seção de Apoio Logístico de Insumos e Equipamentos 
(SCALI), estrategicamente localizada para atender a demanda por insumos e equipamentos. 
Em 2011 foi publicada a Resolução nº 0412/2011 que dispõe sobre a reestruturação da 
SCALI estabelecendo critérios técnicos para utilização de UBV acoplado a veículo (UBV 
pesado), bem como normatizando os modelos documentais a serem utilizados. 
Posteriormente este regulamento foi substituído pela Resolução Estadual 546/2012. 
No combate à Dengue, o emprego de UBV acoplado a veículo deve ser considerado 
como medida extrema e seu uso deve ser sempre complementar às ações de bloqueio de 
casos com eliminação de criadouros, mobilização da população, limpeza pública e 
saneamento urbano. 
 
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Na SCALI é realizado o controle do estoque, armazenamento e organização, 
manutenção bem como a operacionalização da distribuição e recolhimento dos produtos,tais como Bombas de pulverização a ultra baixo volume acopladas a veículos, costais, 
inseticidas e EPIs. 
 Quanto aos inseticidas, a liberação é através do SIES (Sistema de Informação de 
Insumos estratégicos) do Ministério da Saúde. Após solicitação, os insumos são 
encaminhados às Regionais de Saúde que realizam a distribuição junto aos municípios de 
sua abrangência. 
A SCALI tem também como função a assessoria técnica, supervisão, orientação e 
acompanhamento nas Regionais de Saúde nas operações que envolvam a utilização de 
praguicidas, em consonância com orientação técnica. 
Tendo em vista a permeabilidade e o espectro de ações da SCALI, e também a 
necessidade de serem estudados o comportamento vetorial e suas respectivas interações 
com o meio, a SCALI exerce também a função de pesquisa continuada do impacto 
ambiental de suas ações, bem como o estudo do comportamento do vetor da Dengue 
conjuntamente e assessorado pelos Núcleos de Entomologia do Estado. 
Existem oito Núcleos de Entomologia no Paraná que realizam a vigilância 
entomológica, ou seja, a contínua observação e avaliação de informações originadas nas 
características biológicas e ecológicas dos vetores, nos níveis das interações com 
hospedeiros, sob a influência de fatores ambientais que proporcionem o conhecimento para 
detecção de qualquer mudança no perfil de transmissão das doenças. Também estudam 
metodologias alternativas no controle de vetores, visando utilização racional de inseticidas 
além de procederem a avaliação do espectro de gotas dos equipamentos de Ultra Baixo 
Volume acoplado a veículo (Fumacê). 
 O Ministério da Saúde instituiu já há mais de dez anos, um Sistema de Monitoramento 
da Resistência do mosquito Aedes aegypti aos inseticidas utilizados. No Paraná, em maio de 
2010, o Ministério da Saúde substituiu nos municípios de Foz do Iguaçu, Maringá e Londrina 
os adulticidas piretróides por produtos organofosforados (malathion e fenotrothion) devido à 
detecção de resistencia do Aedes Aegypti àqueles produtos. Assim, municípios com 
indicativo de resistência ao larvicida Temefós, passam a utilizar Diflubenzuron ou Novaluron 
e no caso de resistência aos adulticidas piretroides (deltametrina) passam a utilizar 
Malathion GT em aplicações a Ultra Baixo Volume – UBV ou Fenitrothion PM em pontos 
estratégicos (ferros-velhos, borracharias, cemitérios,etc.). 
 
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O estabelecimento de possível nexo causal de doenças, referente ao uso profissional 
destes produtos nas atividades de controle de doenças de transmissão vetorial, deve ser 
exaustivamente analisado. Os agentes de endemias que manipulam inseticidas devem fazer 
uso de EPI seguindo as normas operacionais e de segurança e quando os produtos forem 
dos grupos organofosforados e carbamatos, estes profissionais devem realizar 
monitoramento da colinesterase sanguínea conforme Nota Técnica 165/2008/SVS do 
Ministério da Saúde. Conforme o Programa Nacional de Controle da Dengue, e Portaria 
2557/2011/MS, cada município infestado deve garantir quantitativo adequado de agentes de 
Agente de Controle de Endemias no parâmetro de 1 agente para cada 1000 imóveis nas 
atividades de visitas domiciliares. 
 
 
AGROTÓXICOS EM ÁGUA E SOLO 
 
Em 2012, no Paraná foram cadastrados 889 Sistemas de Abastecimento de Água-
SAA (SISAGUA,2012), dos quais 671 estão sob a gerencia da Companhia de Saneamento 
do Paraná-SANEPAR e os demais sob a gerencia de Sistemas Municipais e 1 Sistema sob 
responsabilidade da iniciativa privada. Em 25% de todos os SAA´s cadastrados não há 
informações dos responsáveis pelo controle da qualidade da água sobre o parâmetro 
agrotóxico. 
Em analise aos dados da SANEPAR, referente ao período de 2005 a 2012, dos 344 
municípios, foram identificadas situações de vulnerabilidade ambiental em 45 municípios. 
Nestes constatou-se a presença de um ou mais princípios ativos de agrotóxicos na água de 
mananciais abastecedores (superficial/rios e subterrâneo/poços) e também em alguns 
municípios na água tratada da saída das Estações de Tratamento. O mapa 4 identifica os 
municípios. 
Os princípios ativos identificados através de analises laboratoriais foram: benzo-a-
pireno; bifenilas policloradas; endrin; trifuralina; heptacloro + heptacloro epóxi; aldrin e 
dieldrin; hexaclorobenzeno; carbaril; lindano; gution; cloreto de vinila; metoxicloro; 
acrilamida; DDT; benzidina; demeton; diclorometano; dibenzo (a,h) andraceno; malathion, 
tolueno, endossulfan; indeno (1,2,3-cd) pireno; molinato; simazina; tetracloroeteno; toxafeno; 
triclorobenzenos. 
 
 
 
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Mapa 4. 
 
 
Conforme a Diretriz Nacional do Plano de Amostragem (Portaria MS nº 2.914/2011) 
há a indicação de uma coleta semestral de amostra de água do SAA, pela vigilância 
municipal, para o parâmetro agrotóxico, independente do porte do município. 
O Laboratório Central do estado do Paraná, possui um equipamento HPLC LC-
MS/MS multi-resíduo de amplo espectro com possibilidade de monitorar até 230 princípios 
ativos de agrotóxicos, que ainda no 3º trimestre de 2013, incluirá dentro de sua rotina a 
referencia para analise laboratorial do parâmetro agrotóxico em água podendo inicialmente 
viabilizar a realização de 20 amostras/mês para a Vigilância Ambiental. 
Quanto ao controle da contaminação do solo por agrotóxicos, em 2005 a SESA em 
conjunto com o Ministério da Saúde, através da Coordenadoria de Vigilância em Saúde 
Ambiental-CGVAM, participou de diagnóstico nacional de áreas com populações expostas a 
solos contaminados, onde conjuntamente com a SEMA/IAP (Instituto Ambiental do Paraná). 
Foram selecionadas e cadastradas 21 áreas de interesse no Sistema de Informações do 
VIGISOLO (SISSOLO), como áreas suspeitas de contaminação. 
Segundo dados do SISSOLO, atualmente o Paraná apresenta 1.173 áreas 
cadastradas com suspeita de solo contaminado através das Vigilâncias dos municípios. 
 
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Tabela 11 - Resumo das Áreas Cadastradas no SISSOLO, segundo Classificação do 
Contaminante (Período: 01/01/2004 à 31/12/2012) 
 
CLASSIFICAÇÃO PR 
AREA AGRÍCOLA 4 
AREA CONTAMINADA POR PRODUTOS PERIGOSOS 5 
AREA DE DISPOSICAO DE RESIDUOS INDUSTRIAIS 18 
AREA DE DISPOSICAO FINAL DE RESIDUOS URBANOS 283 
AREA DESATIVADA 169 
AREA INDUSTRIAL 173 
CONTAMINACAO NATURAL 49 
DEPÓSITOS DE AGROTÓXICOS 49 
UNIDADE DE POSTOS DE ABASTECIMENTO E SERVICOS 423 
TOTAL 1.173 
 Fonte: SISSOLO 
 
De acordo com a classificação utilizado no SISSOLO no estado do Paraná possui 49 
áreas de deposito de agrotóxicos em 30 municípios, conforme gráfico 3. 
 
Gráfico 3 – Municípios com área cadastrada no Sissolo classificada como depósito de 
agrotóxico 
 
 
 
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O passivo ambiental de agrotóxicos banidos é outro problema importante do estado 
do Paraná. 
Em 2009, o Governo Estado, através da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos 
Hídricos (Instituto das Águas do Paraná e Instituto Ambiental do Paraná) e da Secretaria da 
Agricultura e do Abastecimento (Instituto Paranaense de Assistência Técnica e extensão 
Rural-EMATER) apoiado pelos representantes do setor privado (Instituto Nacional de 
Processamento de Embalagens Vazias-INPEV, Sistema OCEPAR/ e Sistema FAEP), 
iniciaram uma ação conjunta para realizar um levantamento do quantitativo de agrotóxicos 
proibidos existentes no Paraná, de posse dos agricultores ou do poder publico. 
 O produto BHC, proibido desde 1975, foi o agrotóxico priorizadonessa ação devido 
sua alta toxicidade, persistência no ambiente e ainda pelo fato de ter sido largamente 
utilizado no estado nas lavouras de café. Foram também incluídos outros organoclorados, 
cuja fabricação, comercialização e utilização estavam proibidas por Lei no Brasil. 
O objetivo do Programa é identificar o BHC e Obsoletos, para a retirada segura, bem 
como, o adequado transporte, armazenamento e posterior destruição através da 
incineração. 
A programa tem como marco legal a publicação da Lei nº 16.082/09, e como 
estratégia a auto-declaração, ou seja, todos os agricultores que possuam agrotóxico BHC e 
Obsoletos depositados, armazenados e ou enterrados devem informar ao setor público 
através do referido documento e tem a isenção de sanções cíveis, penais ou administrativas. 
Desta forma houve grande adesão à campanha, permitindo identificar os locais onde 
há BHC para oportunamente ser efetuada a retirada de maneira segura. 
A SESA teve participação ativa na Campanha, divulgando amplamente a ação 
através de entrevistas com as 23 emissoras de rádio parceiras com entrada semanal ao vivo 
e ainda replicando para 160 emissoras com programação gravada através da Radio Saúde 
efetuando ampla divulgação. Envolveu também na divulgação as suas 22 regionais de 
saúde. 
Atualmente no Instituto de Águas do Paraná existe um Banco de Dados de cerca de 
2.000 proprietários rurais que apresentaram auto-declaração resultando em 
aproximadamente 600 toneladas de BHC e produtos obsoletos (clorados/Aldrin/Clordano 
/DDT/Dieldrin/Endrin/Hepatacloro/Mirex/Toxafeno/PCB/Dioxinas/Furanos/AlphaHCH/ 
BetaHCH/HBB/Chlordecone/PeCB/PFOS/C-petaBDE /C-octaBDE/ Lindane) auto-declarados 
 
 
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e que são mantidos em 20 armazéns localizados em regiões estratégicas do Paraná. 
Devido a existência de proprietários rurais que ainda não efetivaram a auto-
declaração foi publicada uma nova Lei (Lei nº 17.476/13, de 02/jan/2013) que possibilita até 
a data de 02/ago/2013 que novas auto-declarações possam ser efetuadas, visto que ainda 
há demanda. 
 
 AGROTÓXICOS EM ALIMENTOS E O PROGRAMA DE ANÁLISE DE RESÍDUOS DE 
AGROTÓXICOS EM ALIMENTOS – PARA 
 
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA do Ministério da Saúde, como 
órgão que participa do Sistema de Registro de Agrotóxicos, componentes e afins, realiza a 
avaliação toxicológica e de risco, estabelecendo os Limites Máximos de Resíduos (LMRs) 
para a cultura agrícola a qual se destina a substância tóxica. 
 Frente à necessidade de se controlar a exposição da população a estes Agentes 
químicos tóxicos, a ANVISA criou o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em 
Alimentos - PARA, no ano de 2000, em parceria com as Vigilâncias Sanitárias e Laboratórios 
de Saúde Pública dos estados do Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco. No caso 
do Estado de Pernambuco foi contratado o Laboratório de Toxicologia do Instituto 
Tecnológico de Pernambuco – Labtox/ITEP/PE. O controle de qualidade do programa era de 
responsabilidade do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde – Incqs da 
Fundação Osvaldo Cruz do Ministério da Saúde. 
 A Tabela 12, retirada do Relatório do Programa de Análise de Resíduos de 
Agrotóxicos em Alimentos no Estado do Paraná - PARA, 2011, demonstra as porcentagens 
de amostras insatisfatórias, por alimento e por período, a partir do primeiro ano do Programa 
até 2010. 
Alface e morango foram os únicos alimentos que apresentaram amostras 
insatisfatórias nos nove anos de monitoramento do PARA, variando a porcentagem de 4,5% 
a 66,7% para alface e de 28,6% a 88,9% para o morango. Abacaxi, pepino e pimentão 
também apresentaram amostras insatisfatórias desde o início de seu monitoramento. 
 
 
 
 
 
 
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Tabela 12 - Porcentagem de Amostras Insatisfatórias, por Alimento e por Período - 
Paraná, junho de 2001 a dezembro de 2010 
 
 
 
Não é possível definir uma tendência com relação à porcentagem de amostras 
insatisfatórias ao longo destes nove anos de monitoramento do programa, uma vez que o 
número total de amostras analisadas e por alimento não se manteve o mesmo ao longo dos 
anos e, o número de ingredientes ativos pesquisados variou de alimento para alimento e de 
ano para ano. No entanto, podemos afirmar que existe uma contaminação de alimentos por 
resíduos de agrotóxicos e conseqüentemente uma exposição da população a esse risco, 
principalmente quando se observa que a maior parte das amostras 
insatisfatórias apresentou resíduos de agrotóxicos Não Autorizados. 
 O uso de agrotóxicos não autorizados implica no aumento do risco dietético de 
consumo de resíduos de agrotóxicos, uma vez que esse uso não é considerado no cálculo 
do impacto na Ingestão Diária Aceitável – IDA, quando da avaliação toxicológica realizada 
pela ANVISA/MS. É importante ressaltar que a IDA é estabelecida para cada agrotóxico de 
forma individual e para uma pessoa de 60 kg, portanto não existe um cálculo ou uma 
 
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avaliação da ingestão de todos os possíveis agrotóxicos a que a população está exposta em 
sua dieta, que é composta por diversos alimentos de origem vegetal. (SESA, 2011) 
Em 2011, a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná, consciente da necessidade de 
implementação de ações de controle de resíduos de agrotóxicos em alimentos cria o 
Programa Estadual de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos – PARA/PR com o 
objetivo de promover a realização de análises laboratoriais e de orientação de alimentos 
produzidos e comercializados no estado do Paraná. No PARA/PR as amostras são 
coletadas pela Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento do Paraná- SEAB/PR 
em propriedades agrícolas do estado, mediante um planejamento que considera o período 
de produção agrícola, principal alimento incriminado no PARA, levando em conta para a 
coleta o Intervalo de Segurança autorizado pelo registro do produto. Participa ainda, a 
Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba que realiza coleta de amostras de alimentos na 
Central de Abastecimento do Paraná – CEASA/PR. 
Neste momento o PARA/PR está definindo como deverá ser instituída a 
rastreabilidade dos alimentos produzidos e comercializados no estado, já que as primeiras 
análises realizadas de um total de 100 amostras de alimentos coletadas no CEASA/PR e, 
em propriedades rurais do estado do Paraná, demonstram a necessidade de que se tenha o 
controle de toda a cadeia agroalimentar. Para tanto, elaborou minuta de resolução conjunta 
a ser aprovada pela SESA/PR e SEAB/PR ainda no primeiro semestre de 2013. 
 
INDÚSTRIAS DE AGROTÓXICOS NO PARANÁ 
 
No Estado do Paraná foram identificadas 15 indústrias de agrotóxicos, em 11 
municípios e 7 Regionais de Saúde. Este ramo de atividade possui grande potencial de 
contaminação de trabalhadores e seus familiares, meio ambiente e população do entorno de 
suas instalações físicas. Estas empresas produzem agrotóxicos de uso na agricultura, de 
uso doméstico e preservantes de madeira. 
De 2001 a 2005, técnicos do Centro Metropolitano de Apoio á Saúde do Trabalhador 
– CEMAST, realizaram inspeções em 6 indústrias formuladoras de agrotóxicos localizadas 
em Curitiba e Região Metropolitana. A atuação foi feita em conjunto com as Vigilâncias 
Sanitárias municipais, VISA Estadual de Produtos e Serviços, Ministério Público e em 
algumas situações IAP, Secretaria da Agricultura e Abastecimento e o Ministério do Trabalho 
e Emprego. Foi feito o levantamento das instalações físicas, das condições de 
 
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funcionamento, dos processos e produtos envolvidos. Também foi realizada a avaliação 
médica e psicológica dos trabalhadores expostos. 
O trabalho concluiu que os trabalhadores destas empresas estavam expostos a 
múltiplos agrotóxicos, principalmente aos grupos químicos dos organofosforados, 
carbamatos, piretróides e organoclorados. Foi verificado que os trabalhadores 
desconheciam os riscos a que estavam submetidos e o processo de trabalho era realizado 
de forma manual e/ou com equipamentos obsoletos. Em todas as empresas, foi verificada a 
ausência de equipamentos de proteção coletiva. 
Observou-se também elevada prevalência de sintomas de intoxicações por 
agrotóxicos, resultado compatível com as condições de trabalho observadas. 
Na Tabela 13, a distribuição das indústrias no Estado. 
 
Tabela 13: Empresas Formuladoras e de Síntese de Agrotóxicos no Estado do Paraná - 
fonte: os dados foram obtidos através de inspeções e de banco de dados das Secretarias 
de Saúde, Meio Ambiente e Agricultura do Estado do Paraná. 
 
Município RS Nº 
trab. 
Empresas 
Campo Largo 2ª RS 01 PRENTISS QUIMICA LTDA. 
Rua Eng. Ariel Villar Tacla, 732 – CIC –CEP 81.350-230 – Curitiba. 
CNPJ 00.729.422/0001-00 
Rod.Pr-423, s/n, Km- 24,5 - Campo do Meio 
 CEP 83.603-000 - Campo Largo - Paraná - Brasil 
Curitiba 2ª RS 02 
 
 
03 
BIOCARB INDÚSTRIA QUÍMICA LTDA. 
Rua Luiz Valenza, 100 – CIC – CEP 81.350-080 - Curitiba 
CNPJ 00.242.646/0001-85 Fone – 41 30748080 
DE SANGOSSE AGROQUÍMICA LTDA 
Rua Raimundo Ramos Ferreira, 34 – Térreo – CIC – CEP 81.350-040 – 
Curitiba CNPJ 72.097.017/0001-10 
São José dos 
Pinhais 
2ª RS 04 
 
 
05 
DEXTER LATINA INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PRODUTOS 
QUÍMICOS LTDA 
Rua Tavares De Lyra, 2790 –Afonso Pena – CEP 83.065-180 – São José 
Dos Pinhais - CNPJ 01.401.828/0001-14 Fone - 41 33823545 
ISOGAMA INDUSTRIA QUÍMICA LTDA. (Resina) 
Endereço: BR 376 – KM 22 São José dos Pinhais 
 
Secretaria de Estado da Saúde do Paraná 
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Palmeira 3ª RS 01 BASTON DO BRASIL PRODUTOS QUIMICOS LTDA 
Av. Das Palmeiras, 1705 – CEP 84130-000 – Palmeira 
CNPJ 05.855.974/0001-70 Fone – 42 32521705 
 
Ponta Grossa 
 
3ª RS 
 
02 
MAIA & CARVALHO LTDA ME 
Av. 14 Bis, 311 – Cara Cara – CEP 84.043-600 – Ponta Grossa 
CNPJ 04.901.481/0001-67 
Cascavel 10ª RS 01 W. Y. YAMAGUCHI & CIA LTDA 
Rua Das Dálias, 133 – Jardim Guarujá – CEP 85.804-520 – Cascavel 
CNPJ 03. 
878.370/0001-14 Fone 41 30383399 
Astorga 15ª RS 01 IMBATÍVEL AGROQUÍMICA LTDA. - Rua Belém, 880 
Astorga - Paraná 
Jandaia do Sul 16ª RS 01 DOMINUS QUÍMICA LTDA 
Av. Anunciato Sonni, 3413 – Parque Industrial – CEP – 86.900-000 – 
Jandaia Do Sul CNPJ 07.694.393/0001-20 Fone – 43 34329500 
Arapongas 16ªRS 03 NORTOX S.A. 
Rod. Melo Peixoto, Km 197 – Aricanduva – CEP 86.700-970 – Arapongas 
CNPJ 75.263.400/0001-99 Fone 43 32840344 
Londrina 17ªRS 01 
 
 
02 
 
 
 
03 
HATA & CIA LTDA 
Rua Das Maritacas, 950 – Industrias Leves – CEP 86.030-370 – Londrina 
CNPJ 79.761.557/0001-03 Fone - 43 33247377 
MILENIA AGROCIÊNCIAS UNIDADE LONDRINA 
Av. Pedro Antonio De Souza, 400 
Jardim Eucaliptos - Londrina - PR 
CEP:86031-610 - Telefone: (43) 3371-9000 
BRAZIL QUIMICA IND. QUIMICA 
Endereço: r. João Guilherme Albuquerque, 319 Parque Industrial Kingo 
Tokata -Londrina 
Manoel Ribas 22ª RS 02 JCF QUIMICA DO BRASIL 
Rodovia PR 487 Km 44,3 – Gleba 5 Santo Antônio – CEP 85.260-000 – 
Manoel Ribas 
CNPJ 02.375.759/0001-84 Fone – 43 34352354 
 
 
 
 
SECRETARIA DA SAÚDE 
 
Superintendência de Vigilância em Saúde - SVS 
Centro Estadual de Saúde do Trabalhador - CEST 
Rua Barão do Rio Branco, 465 - 1º andar – Curitiba Paraná CEP: 80010-180 
e-mail: saudedotrabalhador@pr.gov.br - Fone: (41) 3304-7524 - Fax (41) 3222-1225 
 
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INTOXICAÇÕES POR AGROTÓXICOS NO ESTADO DO PARANÁ 
 
 No Paraná, as notificações das “intoxicações por inseticidas” estão previstas desde 
1975, na primeira versão do Código Sanitário do Estado. Em 2001, com a edição do novo 
Código Sanitário, todos os acidentes toxicológicos passaram a ser de notificação 
compulsória. 
De 1982 a 1994 foi desenvolvido sistema de informação para a notificação das 
intoxicações por agrotóxicos, com a criação de fichas de notificação e roteiro de 
investigação. 
No período de 1995 e 1996, o Paraná participou com mais 04 estados brasileiros, 
Bahia, Rio de janeiro, São Paulo e Minas Gerais do Projeto Piloto da Organização 
Panamericana da Saúde e Ministério da Saúde que desenvolveu o Programa de 
Vigilância da Saúde de Populações Expostas aos Agrotóxicos, definindo no Sistema 
Nacional de Agravos de Notificação a inclusão de ficha específica de notificação e 
investigação de casos para intoxicações por agrotóxicos. 
 Em 07 de maio de 1997 o Diário Oficial da União publica a Portaria No. 168 da 
Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde que institui no âmbito do 
Sistema Único de Saúde, o Programa de Vigilância Sanitária dos Ambientes e das 
Populações Expostas a Agrotóxicos, com o objetivo de estabelecer o controle do 
processo saúde-doença, relacionado com a exposição a agrotóxicos. (BRASIL, 1997) 
No estado do Paraná os trabalhos foram desenvolvidos no município de Antonio 
Olinto. Após a implantação do projeto ocorreu um aumento gradativo da notificação dos 
casos, que era de zero em 1993 para quase 50 casos em 1996 (gráfico 4). Porém a partir 
de 1997 há uma queda nos registros ocasionada pela saída dos profissionais que foram 
capacitados na época do projeto. 
 
 
 
 
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 Fonte:SESA/Divisão de Zoonoses, Intoxicações e Animais Peçonhentos/ SINAN 
 
A partir de 2007 o registro das intoxicações por agrotóxicos foi incluído na Ficha de 
Notificação das Intoxicações Exógenas no SINAN. A Divisão de Zoonoses e Intoxicações 
sistematicamente avalia as declarações de óbitos para conferência com o banco do 
SINAN solicitando ao município a notificação no sistema, caso o óbito não tenha sido 
registrado. 
No período de 2007 a 2011 foram registrados no SINAN, 6938 ocorrências de 
intoxicação por agrotóxicos, sendo que 45% dos casos por agrotóxico agrícola. Os casos 
de intoxicação por agrotóxico doméstico representam 12% dos casos e por agrotóxicos de 
saúde pública, 1% dos casos. 
Foram considerados também os raticidas, que representam 35% dos registros e 
produtos veterinários 7%, embora em alguns casos a substancia envolvida não seja 
agrotóxico. Como este campo é aberto, há dificuldade de sistematização dos dados. 
Gráfico 4- Série Histórica do Registro das Intoxicações por 
Agrotóxico, no município de Antonio Olinto-PR de 1993 a 
2012. 
0
10
20
30
40
50
60
1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 
 
 
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As intoxicações causadas por raticidas (2405 casos) e inseticidas de uso doméstico 
(863 casos) somadas representam 47% do total das intoxicações exógenas ocorridas no 
período de 2007 a 2011. Parte das intoxicações por raticidas são causadas pela utilização 
clandestina de agrotóxicos, o que popularmente chamamos de chumbinho. O chumbinho 
pode ter vários princípios ativos derivados de organofosforadose carbamatos, mas em 
sua grande maioria se constitui de aldicarbe, um carbamato classificado como o 
agrotóxico de maior toxicidade registrado no Brasil. São vendidos em casas 
agropecuárias, pet shops, mercados, lojas de material de construção e ambulantes, de 
forma ilegal e clandestina. A utilização do chumbinho no controle de ratos baseia-se na 
sua alta toxicidade aguda o que causa a morte em ratos com pequenas quantidades do 
produto e de forma rápida, porém são ineficazes no controle de toda a colônia de 
roedores. Ao perceberem a morte de um integrante da colônia, os demais não consomem 
o alimento com o veneno. 
 
Tabela 14 - Registro das Intoxicações por Agrotóxicos por Agente Tóxico do Paraná, de 2007 
a 2011(Fonte SINAN) 
Agente Tóxico Freqüência % 
Agrotóxico agrícola 3135 45% 
Agrotóxico doméstico 863 12% 
Agrotóxico saúde pública 57 1% 
Raticida 2405 35% 
Prod. veterinário 478 7% 
Total 6938 100% 
 
Grande parte destas intoxicações por raticidas tem como circunstância de 
exposição a tentativa de suicídio. A relativa facilidade de aquisição e o baixo preço do 
produto agravam ainda mais esta situação. Boa parte das intoxicações por raticidas e 
inseticidas domésticos são causados por produtos classificados como sendo de venda 
livre, regularizados pela ANVISA e carecem de estratégias junto a população para evitar 
os acidentes na sua utilização. As regiões do Paraná que concentram os casos de 
intoxicação exógena por estes produtos são: Metropolitana de Curitiba (2ªRS) 1.240 
casos, Londrina (17ªRS) 462 casos, Maringá (15ª RS) 254 casos e Cascavel (10ª RS) 177 
 
 
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casos. De acordo com Código Sanitário do Estado - Lei n° 13.331/2002, os 
estabelecimentos que comercializam estes produtos são classificados como de interesse 
á saúde e assim devem ser licenciados e fiscalizados pelas Vigilâncias Municipais, fato 
este que nem sempre ocorre. 
As Regionais de Saúde que mais notificaram Intoxicações por Agrotóxicos, em 
ordem crescente foram, Metropolitana, Londrina, Maringá, Apucarana, Cascavel, 
Guarapuava, Pato Branco e Campo Mourão e Irati (Tabela 15), ressaltando que Curitiba, 
Cascavel, Londrina e Maringá, possuem um Centro de Informação/Controle de 
Envenenamentos. 
Tabela 15- Registro das Intoxicações por Agrotóxicos no Paraná por Regional de 
Saúde - 2007 a 2011 (Fonte SINAN) 
Regional Notif PR 2007 2008 2009 2010 2011 Total 
Apucarana 116 95 65 78 79 433 
Campo Mourão 59 67 47 32 63 268 
Cascavel 55 69 86 86 85 381 
Cianorte 6 14 24 19 17 80 
Cornélio Procópio 39 25 31 25 21 141 
Foz do Iguaçu 25 52 40 40 35 192 
Francisco Beltrão 13 22 22 32 33 122 
Guarapuava 66 74 69 62 77 348 
Irati 61 45 54 54 45 259 
Ivaiporã 18 21 34 30 17 120 
Jacarezinho 12 21 21 13 22 89 
Londrina 338 183 169 174 171 1035 
Maringá 205 143 134 150 90 722 
Metropolitana 315 372 295 284 345 1611 
Paranaguá 6 19 3 17 17 62 
Paranavaí 41 36 44 37 48 206 
Pato Branco 69 45 69 62 73 318 
Ponta Grossa 33 22 28 41 33 157 
Telêmaco Borba 18 11 21 10 22 82 
Toledo 21 14 18 28 41 122 
Umuarama 4 4 3 6 5 22 
União da Vitória 38 33 43 22 32 168 
Total 1558 1387 1320 1302 1371 6938 
 
 
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Na tabela 16, visualiza-se que a faixa etária mais atingida foi entre 20 a 49 anos 
(57% do total), que corresponde à idade mais produtiva no trabalho. 
 Importante também ressaltar que 17.5% dos registros ocorreram com menores de 
14 anos. 
 
Tabela 16- Registro das Intoxicações por Agrotóxicos no Paraná por Faixa Etária - 2007 a 2011 
Regional Notif PR <1 1-4 5-9 10-14 15-19 20-34 35-49 50-64 65-79 80 e+ Total 
Paranaguá 0 6 0 1 12 21 16 5 1 0 62 
Metropolitana 41 182 28 73 247 614 317 86 19 4 1611 
Ponta Grossa 1 4 0 2 22 69 41 12 4 2 157 
Irati 2 9 3 5 38 113 57 30 1 1 259 
Guarapuava 2 12 4 7 54 134 86 37 9 3 348 
União da Vitória 2 3 3 6 34 70 36 12 2 0 168 
Pato Branco 5 41 4 11 34 106 78 30 9 0 318 
Francisco Beltrão 2 10 1 2 14 41 33 15 4 0 122 
Foz do Iguaçu 4 38 5 7 19 55 45 13 6 0 192 
Cascavel 10 49 2 10 43 122 87 39 16 3 381 
Campo Mourão 0 19 6 7 35 99 68 29 5 0 268 
Umuarama 0 0 0 0 4 9 4 1 4 0 22 
Cianorte 1 12 1 0 12 23 17 10 4 0 80 
Paranavaí 4 24 3 5 33 67 47 19 4 0 206 
Maringá 15 93 15 23 75 232 181 60 20 8 722 
Apucarana 3 60 8 11 60 157 77 45 11 1 433 
Londrina 57 169 32 37 106 313 194 97 29 1 1035 
Cornélio Procópio 1 6 1 1 18 57 34 20 3 0 141 
Jacarezinho 1 1 3 1 7 35 21 14 5 1 89 
Toledo 1 8 0 1 18 45 35 10 3 1 122 
Telêmaco Borba 1 7 2 3 10 27 22 7 3 0 82 
Ivaiporã 0 8 1 2 13 48 25 19 4 0 120 
Total 153 761 122 215 908 2457 1521 610 166 25 6938 
Fonte:SINAN 
 
 Quanto ao sexo (gráfico 5), há uma preponderância de casos em homens, com 
60% dos casos. As mulheres totalizam 40% dos casos, número preocupante quando se 
 
 
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leva em consideração que muitos agrotóxicos agem nos sistemas reprodutivo e hormonal, 
são citotóxicos e genotóxicos. 
 
Em relação ao tipo de exposição (Tabela 17), 94.4% dos casos registrados foram de 
intoxicação aguda e apenas 0.8% de intoxicações crônicas. 
 
Tabela 17 – Intoxicações por Agrotóxicos por Regional de Saúde no Paraná, por tipo de 
exposição – Ano 2007 a 2011(fonte SINAN) 
Regional Notif 
PR Ign/Branco 
Aguda–
única 
Aguda–
repetida Crônica 
Aguda 
sobre 
crônica Total 
Paranaguá 4 56 1 1 0 62 
Metropolitana 87 1391 118 11 4 1611 
Ponta Grossa 15 119 19 2 2 157 
Irati 5 219 34 0 1 259 
Guarapuava 26 287 32 2 1 348 
União da Vitória 5 134 28 0 1 168 
Pato Branco 8 279 27 3 1 318 
Francisco Beltrão 5 107 9 0 1 122 
Foz do Iguaçu 8 166 16 0 2 192 
Cascavel 15 327 33 2 4 381 
Campo Mourão 13 243 11 1 0 268 
Gráfico 5 - Registro das Intoxicações por Agrotóxicos por Sexo, no Paraná, de 
2007 a 2011 
0% 
60% 
40% 
Ignorado
ado 
Masculino 
Feminino 
Fonte: SINAN 
 
 
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43
Umuarama 2 16 3 0 1 22 
Cianorte 7 66 7 0 0 80 
Paranavaí 9 190 6 1 0 206 
Maringá 22 673 14 12 1 722 
Apucarana 16 386 27 2 2 433 
Londrina 59 928 36 10 2 1035 
Cornélio Procópio 3 123 15 0 0 141 
Jacarezinho 6 73 7 3 0 89 
Toledo 8 109 4 1 0 122 
Telêmaco Borba 4 67 7 4 0 82 
Ivaiporã 4 106 8 0 2 120 
Total 331 6065 462 55 25 6938 
 
Em relação aos agrotóxicos utilizados (Tabela 18), os inseticidas correspondem a 
20% dos registros e os herbicidas a 19%. O campo ignorado/branco totaliza 52% dos 
casos, evidenciando a necessidade de melhorar a qualidade de notificação deste campo. 
 
Tabela 18 - Registro das Intoxicações por Agrotóxicos no Paraná, segundo o tipo de 
Agrotóxico Utilizado - 2007 a 2011 (fonte SINAN) 
Utiliz. agrotóxico Freqüência 
Ign/Branco 3594 
Inseticida 1410 
Herbicida 1306 
Carrapaticida 34 
Raticida 158 
Fungicida 149 
Preserv. madeira 9 
Outro 216 
Não se aplica 62 
Total 6938 
 
 
Em relação circunstancia da exposição/contaminação foram registrados de 2007 a 
2011,

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