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aula 5

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FISIOLOGIA HUMANA 
AULA 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Alex Luís Genari
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
O sistema endócrino se caracteriza por um conjunto de glândulas que 
produzem determinados hormônios que são lançados no sangue, onde circulam 
pela corrente sanguínea até chegar aos órgãos-alvo sobre os quais atuam. Os 
sistemas nervoso e endócrino coordenam todas as funções do nosso corpo, 
sendo o hipotálamo um grupo de células nervosas localizadas na base do 
encéfalo, fazendo a integração entre esses dois sistemas. 
Diante desta breve apresentação, esta aula é um estudo referente ao 
sistema endócrino, enfatizando a anatomia e a fisiologia humana das glândulas 
endócrinas e o entendimento do eixo hipotálamo – hipófise. 
A relação desse eixo proporciona, de maneira geral, o funcionamento 
hormonal no organismo humano, estabelecendo a homeostasia corporal – o 
equilíbrio a partir do controle do sistema nervoso autônomo. A secreção 
hormonal evidencia a realidade funcional do organismo, projetando as mudanças 
que ocorrem instantaneamente, diante dos acontecimentos intra e 
extracorpóreos. 
Serão abordados os tópicos abaixo: 
1. Características gerais do sistema endócrino; 
2. Adeno e neuro-hipófise; 
3. Hormônios adeno-hipófisários; 
4. Hormônios neuro-hipofisários; 
5. Sistema reprodutor 
Faço votos, caros alunos, que a caminhada de estudos aqui começada 
possa trazer inúmeros frutos no conhecimento desse tema tão peculiar e 
importante para o nosso organismo de forma geral. 
Bons estudos! 
TEMA 1 – CARACTERÍSTICAS GERAIS 
O sistema nervoso central apresenta, na sua face medial, a região central 
de controle de todo o organismo humano, o diencéfalo. O diencéfalo se 
caracteriza pela presença de duas estruturas anatômicas importantes: o tálamo 
e o hipotálamo. O tálamo possui inúmeras funções anatômicas importantes, 
dentre as quais destacamos as vias de passagens de informações entre o 
telencéfalo (cérebro) e demais estruturas, órgãos do sistema nervoso (cerebelo, 
 
 
3 
medula espinhal, sistema nervoso periférico) por meio das vias aferentes e vias 
eferentes. 
Por sua vez, o hipotálamo se destaca como sendo a estrutura anatômica 
responsável pela homeostasia corporal, ou seja, o equilíbrio corporal. Conforme 
os autores Machado (2003) e Tortora e Grabowski (2006), ao hipotálamo são 
atribuídas as seguintes funções: 
i. Controle do sistema nervoso autônomo, ou seja, regular os 
batimentos cardíacos, a musculatura lisa e a secreção hormonal de algumas 
glândulas (exemplo: tireoide, paratireoide). O movimento dos alimentos, 
peristaltismo (sistema digestório), a contração da bexiga urinária. 
ii. Regulação da temperatura corporal. 
iii. Regulação do comportamento emocional, como os sentimentos de 
raiva, agressão, dor e prazer. 
iv. Regulação do sono e da vigília, mantendo os padrões da 
consciência, denominados de ritmos circadianos (diários). 
v. Regulação da ingestão dos alimentos, por meio das sensações de 
fome e saciedade. 
vi. Regulação da ingestão da água, por meio do centro da sede. 
vii. Regulação da diurese, ou seja, da quantidade de líquido presente 
no organismo. 
viii. Regulação do sistema endócrino, por meio da liberação dos 
hormônios da glândula hipófise. 
As funções do hipotálamo se complementam com a relação direta com a 
hipófise, proporcionando a ação de inúmeros hormônios provindos dessa região 
no sistema nervoso central. 
O eixo hipotálamo-hipófise apresenta características como: 
 eixo de conexão entre o sistema nervoso e o sistema endócrino; 
 controle e regulação das atividades da hipófise pelo hipotálamo; 
 integração das funções do organismo; 
 regulação do funcionamento de diversas glândulas endócrinas e 
ações do organismo como: a tireoide, a suprarrenal, os testículos 
e os ovários. Controla o crescimento, a ejeção de leite e 
osmorregulação (controle hídrico corporal). 
 
 
4 
Na relação desse eixo, o hipotálamo tem o controle motor, e a hipófise a 
funcionalidade endócrina. A relação se completa pelos vasos sanguíneos, 
criando a robustez deste vínculo e integrando essas duas realidades. 
Anatomicamente, esses vasos sanguíneos são denominados de veias porto-
hipofisários, realizando a conexão entre o hipotálamo e a glândula hipófise. 
TEMA 2 – ADENO NEURO-HIPÓFISE 
Neste tópico será abordada a anatomia quanto à localização do 
hipotálamo e da glândula hipófise (Figura1). 
Figura 1 – Glândula hipófise e hipotálamo 
 
Crédito: Alila Medi /Shutterstock. 
Por muitos séculos, a glândula hipófise foi considera a principal estrutura 
de todo o sistema nervoso central, pois produz inúmeros hormônios que 
possuem relação direta com o funcionamento de outras glândulas endócrinas. 
Nos dias atuais, estudiosos da anatomia humana consideram a região do 
hipotálamo o centro funcional do sistema endócrino e nervoso, que interliga o 
eixo hipotálamo-hipófise. “As células do hipotálamo sintetizam pelo menos nove 
hormônios e a glândula hipófise secreta sete” (Tortora, 2006, p. 324). 
A glândula hipófise está localizada na base do crânio, em uma cavidade 
denominada de sela túrcica, acidente anatômico pertencente ao osso esfenoide. 
Esse osso pertence à região do neurocrânio. Possui aproximadamente 1 cm de 
GLANDULA HIPÓFISE 
HIPOTÁLAMO 
 
 
5 
diâmetro, formato semelhante a grão de ervilha e pesa entre 0,5 a 1,0 grama. 
Portanto, é uma estrutura anatômica muito pequena, mas com uma singular 
funcionalidade em todo o organismo humano. 
A glândula hipófise se divide em duas regiões (lobos) bem distintas 
(Figura 2): 
a) a adeno-hipófise (lobo anterior), local em que se sintetiza cinco hormônios, 
responsável basicamente no organismo pelo crescimento, metabolismo e 
reprodução. 
b) a neuro-hipófise (lobo posterior), em que se produzem dois hormônios 
responsáveis pelo equilíbrio hídrico, na produção do leito materno e no 
parto. 
Quanto à histologia, os dois lobos da glândula hipófise são bem 
inidentificáveis, apresentado características bem sucintas. 
A adeno-hipófise é formada por células glandulares. As secreções dos 
hormônios nessa região serão estimuladas “pelos hormônios liberadores e 
[suprimidas] pelos hormônios inibidores, sendo células produzidas pelo 
hipotálamo” (Tortora, 2006. p. 324). Esses hormônios liberadores farão a 
liberação dos hormônios na corrente sanguínea, denominados de substâncias 
endócrinas. 
Por sua vez, a neuro-hipófise possui estruturas importantes do neurônio, 
células nervosas, com a presença de axônios e seus terminais. E serão estas 
células nervosas que liberarão os hormônios desse lobo na corrente sanguínea. 
Portanto, essa liberação é denominada de neuroendócrina. A origem dos 
neurônios para a liberação dos hormônios nessa região provém do hipotálamo, 
nos núcleos: supra óticos e paraventriculares. 
A liberação desses hormônios, no eixo hipotálamo-hipófise, age por vias 
de feedback, ou seja, mantém as homeostasias corporais por meio das 
retroalimentações, podendo ser negativa ou positiva. O feedback negativo se 
caracteriza quando o organismo promove a resposta a uma determinada 
situação por um longo período de tempo; geralmente é uma resposta 
compensatória. Por sua vez, o feedback positivo se caracteriza como uma 
determinada realidade corporal num breve período de tempo. Podemos 
exemplificar quanto à realidade do parto, pois as contrações uterinas 
potencializam a distensão do útero, que se torna mais intensa com o passar do 
 
 
6 
tempo, culminando com o nascimento, ou seja, o resultado da ação vai a favor 
do estímulo inicial. 
Figura 2 – Glândula hipófise (lobos) 
 
Crédito: Tefi/Shutterstock. 
TEMA 3 – HORMÔNIOS ADENO-HIPÓFISÁRIOS 
O lobo da região anterior da glândula hipófise, caracterizado pela 
formação de células epiteliais glandulares, a adeno-hipófise, liberam os 
hormônios provenientes da região do hipotálamo. Esses hormônios, portanto, 
vãoatuar nas glândulas periféricas distintas no organismo humano (Figura 3). 
 
GLANDULA 
HIPÓFISE 
NEURO 
HIPÓFISE 
ADENO 
HIPÓFISE 
 
 
7 
Figura 3 – Glândulas endócrinas 
 
Crédito: Double Bra/Shutterstock. 
a) Hormônio Estimulante da Tireoide: denominado TSH. Esse hormônio vai 
agir na glândula tireoide (Figura 4), localizado anatomicamente na região 
anterior do pescoço (a traqueia), inferior à laringe, a cartilagem da tireoide. 
Consiste na presença de dois lobos, unidos por um istmo, apresentando 
o formato de uma gravata borboleta. O TSH estimula a síntese e a 
produção de hormônios tireoidianos, o T3 (triiodotironina), o T4 (tiroxina) 
e a calcitonina, formados à base de iodo. Esses hormônios são 
responsáveis pelo metabolismo corporal, pelo crescimento ósseo e outras 
inúmeras funções visando o equilíbrio do corpo. 
 
 
 
8 
Figura 4 – Glândula tireoide 
 
Crédito: Designua/Shutterstock 
b) Hormônio Adrenocorticotrópico: denominado de ACTH. Esse hormônio 
atua na glândula suprarrenal (ou adrenais) (Figura 5), localizada na 
cavidade abdominal, acima dos rins direito e esquerdo. Esse hormônio vai 
atuar na região externa dessa glândula, no córtex adrenal, levando à 
secreção de hormônios glicocorticóides, como o cortisol e os hormônios 
esteroidais, importantes para o metabolismo no organismo. O cortisol é 
liberado em situações de stress pelas quais passa o organismo humano, 
como o stress mental, fisiológico e depressão. Um exemplo prático são 
situações ou treinamento intenso, que leva à fadiga muscular, ao 
rompimento de fibras musculares, gerando assim situações de 
inflamações no sistema muscular. 
Os hormônios esteroides são produzidos à base de lipídios e colesterol, 
que são o estrogênio e a testosterona. São hormônios que vão atuar nas 
características femininas e masculinas. Nas mulheres, se destaca a 
produção de tecido adiposo na região do quadril e o aumento das 
glândulas mamárias. Nos homens, a mudança da voz, aumento da massa 
muscular, surgimento de pelos. 
 
HORMONIO TIREÓIDEANO 
 
 
9 
Figura 5 – Glândula Suprarrenal 
Crédito: Sakurra/Shutterstock. 
c) Hormônio Folículo-Estimulante: denominado de FSH. O FSH vai atuar nas 
gônadas femininas (ovários) e nas gônadas masculinas (testículos) 
(Figura 3). Nos ovários, vai atuar no desenvolvimento de diversos folículos 
ovarianos. E nos testículos, na formação de novas células espermáticas 
(espermatozoides). 
d) Hormônio Luteinizante: denominado de LH. Esses hormônios também 
atuarão nas gônadas masculinas e femininas (Figura 3). Nas gônadas 
femininas, é importante para liberação do estrogênio e da progesterona, 
e desencadeia o processo de ovulação, mediante aos períodos 
menstruais. A produção da progesterona acontecerá a partir do início do 
ciclo menstrual, por intermédio do corpo lúteo, criando na mulher a 
expectativa da fecundação. Nos homens, o LH estimula a produção do 
hormônio da testosterona. 
e) Hormônio do Crescimento: denominado de GH. Esse hormônio atua em 
todo o metabolismo corporal: no crescimento dos ossos (Figura 6), dos 
músculos, na degradação de gorduras e na regeneração do sistema 
tegumentar (pele e cabelo). O GH proporciona as mitoses, que são as 
divisões celulares, aumentado por sua vez os inúmeros tecidos 
destacados anteriormente. Quando esse hormônio atua de maneira 
desproporcional, aumentando a sua liberação, por exemplo, nos ossos, 
 
 
10 
encontramos a patologia do gigantismo. Ao contrário, com a baixa 
produção, temos a patologia do nanismo. 
Figura 6 – Glândula Suprarrenal 
Crédito: Deborah Asamoah/Shutterstock. 
f) Hormônio Prolactina: denominado de PRL. A atuação desse hormônio se 
dará na glândula mamária. O objetivo desse hormônio é a produção de 
leite. A produção acontece com atuação de outros hormônios, como a 
ocitocina (neuro-hipófise) e o estrogênio, em especial no período 
gestacional, visando à amamentação do recém-nascido. Em homens, a 
produção da prolactina ainda é algo incerto quanto ao seu conhecimento, 
necessitando de maiores referências sobre o tema. 
TEMA 4 – HORMÔNIOS NEURO-HIPOFISÁRIOS 
A neuro-hipófise se caracteriza pela presença de axônios e terminais de 
axônios provindos do hipotálamo. Os hormônios presentes nesse lobo posterior 
são armazenados, diferentemente dos hormônios do lobo anterior (adeno-
hipófise) da glândula hipófise, que são secretados e liberados na corrente 
sanguínea. Os hormônios ocitocina e antidiurético são produzidos na hipófise, 
sendo desencadeada a sua liberação pelos vasos capilares da neuro-hipófise, 
conforme destaca Tortora (2006, p. 326). 
 
 
11 
a) Hormônio Antidiurético: denominado ADH ou vasopressina. Esse 
hormônio terá a sua capacidade funcional nos órgãos denominados de 
rins, quanto à redução da produção da urina, efetuando a 
osmorregulação. A osmorregulação é a capacidade da homeostasia 
hídrica no organismo humano. Essa regulação acontece nos túbulos 
coletores, nos inúmeros néfrons presentes nos rins, fazendo a reabsorção 
da água aos capilares sanguíneos. 
b) Hormônio Ocitocina. Este hormônio atua nas glândulas mamárias e no 
útero (Figura 3). A glândula mamária promove a lactação, resultado da 
síntese, a secreção e a ejeção do leite materno, associadas à realidade 
da gestação e do parto. A ocitocina estimula a ejeção do leite, em resposta 
à sucção do recém-nascido no mamilo da mãe. E no útero, durante o 
parto, a ocitocina intensifica as contrações na musculatura, levando à 
dilatação do colo uterino e a descida do bebê no canal da pelve feminina. 
Outra característica importante desse hormônio se destaca quanto ao 
reconhecido hormônio do prazer, da paixão. Durante o orgasmo, esse 
hormônio é liberado na mulher, promovendo as contrações uterinas, e no 
homem as contrações dos ductos seminíferos e ejeção do sêmen. 
TEMA 5 – HORMÔNIOS REPRODUTORES 
A perpetuação da espécie humana ocorre por meio do encontro do 
sistema genital masculino e feminino, visando à formação de um ser humano. O 
encontro do gameta masculino (espermatozoide) e do gameta feminino (óvulo), 
procuram otimizar esta realidade. 
No lobo anterior da glândula hipófise, a adeno-hipófise, se produz os 
hormônios gonadotróficos, que vão atuar por meio dos hormônios folículo-
estimulante (FSH) e luteinizante (LH), nas gônadas masculinas e femininas, 
permitindo a realização nos espermatozoides da espermatogênese e no ovário 
a ovulogênese. Os hormônios FSH e LH atuam nas gônadas masculinas 
produzindo o hormônio testosterona, e nas gônadas femininas o estrogênio e 
progesterona. 
a) Espermatogênese: Esse processo se inicia no período da puberdade e se 
prolonga por toda a vida do homem. Na puberdade, as células 
neurossecretoras no hipotálamo aumentam a sua secreção, diante dos 
hormônios gonadotrópicos. Esse neurônio secretará os hormônios LH e 
 
 
12 
FSH, que atuarão diretamente nas gônadas masculinas (testículos) 
estimulando a espermatogênese (Figura 7). O LH estimula as células de 
Leydig, a secreção da testosterona. O FSH e a testosterona serão 
importantes, portanto, para a formação de novas células espermáticas, 
estimulando a espermatogênese. Essas novas células necessitam de 
nutrição, de sustentação, provinda das células de Sertoli. 
Figura 7 – Espermatogênese 
Crédito: Deborah Asamoah /Shutterstock. 
b) Ovulogênese: Os hormônios folículos-estimulantes (FSH) e o hormônio 
luteinizante (LH) regulam o ciclo menstrual, por meio da secreção dos 
hormônios estrogênio e progesterona no ovário, permitindo a ovulação. 
Esse processo depende da fisiologia de cada mulher, mas a média do 
ciclo menstrual é de aproximadamente 28 dias. Por volta dos 9 a 12 anos, 
se realiza a primeira menstruação, denominada de menarca. E por volta 
dos 50 anos, mais ou menos, acontece o seu término, sendo denominada 
essa fase de menopausa. A menopausa se caracteriza com a queda da 
produção dos níveisdo estrogênio. 
O ciclo reprodutivo feminino se caracteriza no período aproximadamente 
de um mês, no qual se envolvem os processos de ovulogênese e a preparação 
 
 
13 
do útero para receber um óvulo fertilizado. As fases desse ciclo reprodutivo são 
quatro: 
a) Fase menstrual - Acontece nos cinco primeiros dias do ciclo, com uma 
elevação do hormônio FSH. 
b) Fase pré-ovulatória – dura entre 6 e 13 dias. Fase que marca atuação do 
hormônio do FSH no crescimento dos folículos, até o amadurecimento de 
um único folículo, denominado de dominante. Nessa fase começa a 
atuação do LH. 
c) Fase ovulatória – acontece no 14º dia, com a ovulação. Picos de LH 
promovem a ruptura do óvulo. 
d) Fase pós-ovulatória – período marcado entre a ovulação e o início da 
próxima ovulação, sendo o marco da próxima menstruação. Leva em 
torno de 14 dias todo esse evento. Nessa fase, a progesterona e o 
estrogênio preparam o endométrio, camada interna do útero, para a 
chegada de óvulo fertilizado ao útero. Quando houver óvulo fertilizado, 
este, por sua vez, vai se encaminhar para o fundo do útero, visando a sua 
fixação. Essa fixação é denominada de nidação. 
As fases destacadas acima resultam em dois momentos importantes 
quanto ao ciclo menstrual (Figura 8): 
1. Fase folicular – quando um dos folículos se prepara para ovulação, 
no 14º dia, diante da ação do hormônio LH; 
2. Fase lútea – quanto a realidade desse óvulo se prepara para a 
fecundação e a nidação no fundo do útero, mediante ação da progesterona. 
 
 
 
14 
Figura 8 – Ovulogênese (Ciclo menstrual) 
Crédito: Logika600/Shutterstock. 
NA PRÁTICA 
Convido você, caro aluno, para o complemento desta aula: a realização 
de uma pesquisa bibliográfica em livros de fisiologia humana. Ao longo desta 
aula estudamos a presença funcional dos hormônios no organismo humano. A 
proposta desta pesquisa será a realização da descrição do hormônio do 
crescimento, o GH, em relação ao funcionamento do organismo, enfatizando as 
suas funções e a sua composição química. Procure relacionar as suas funções, 
quanto às quebras lipídicas, na degradação das gorduras e na sua síntese 
proteica. 
Boa pesquisa, pessoal! 
FINALIZANDO 
Vocês encontraram nesta aula tópicos importantes quanto à anatomia e 
fisiologia do sistema endócrino, de maneira especial o eixo hipotálamo-hipófise, 
conjuntamente com o sistema nervoso central, visando o metabolismo e a 
homeostasia do corpo humano. 
Além das glândulas citadas ao longo desta aula, existem outras glândulas 
importantes para o funcionamento pleno do organismo, como a realidade do 
 
 
15 
pâncreas, a qual produz a insulina e o glucagon, hormônios importantes para o 
controle das taxas de açúcar no organismo. 
Mas ao longo desta aula evidenciamos os principais hormônios que 
partem da hipófise e que deflagram as inúmeras funções corporais associadas 
a glândulas-alvo, quanto à realização do controle do metabolismo, controle 
hídrico, reprodução, crescimento e outras tantas funções que nos proporcionam 
a homeostasia corporal. 
 
 
 
16 
REFERÊNCIAS 
MACHADO, A. B. M. Neuroanatomia funcional. São Paulo: Atheneu, 2003. 
SHERWOOD, L. Fisiologia humana: das células aos sistemas. São Paulo: 
Cengage Learning, 2011. 
TORTORA, G. J.; GRABOWSKI, S. R. Corpo humano: fundamentos de 
anatomia e fisiologia. Porto Alegre: Artemed, 2006.

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