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A ESCRAVIDÃO NO BRASIL

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A ESCRAVIDÃO NO BRASIL
 
Confira o resumo de como foi a escravidão no Brasil e entenda esse processo que teve início em meados de 1530 e terminou no dia 13 de maio de 1888.
Resumo da escravidão no Brasil
A escravidão no Brasil iniciou-se em meados de 1530, quando os portugueses começaram a implantar de maneira efetiva as medidas de colonização da América portuguesa. O processo de escravização começou para atender as demandas portuguesas por mão-de-obra para trabalhar na lavoura e, posteriormente, na mineração.
Saiba o que foi a mineração no Brasil Colonial!
Esse processo ocorreu, primeiramente, com os indígenas nativos e, entre os séculos XVI e XVII, foi substituída, de maneira gradativa, pela escravização dos africanos que foram trazidos ao Brasil por meio do tráfico negreiro – uma migração forçada de africanos para as colônias portuguesas da América.
A escravidão durou até 1888, tendo permanecido, ininterruptamente, no Brasil por cerca de 400 anos e suas consequências são sentidas até os dias de hoje, mais de 130 anos depois que a Lei Áurea aboliu essa prática no país.
Origem da escravidão no Brasil
O sistema de escravidão ocorrido no Brasil teve início no século XVI, mais especificamente em meados de 1530 quando os portugueses implantaram o sistema de capitanias hereditárias e deram início ao processo de colonização do Brasil. Até então, os portugueses apenas haviam explorado o pau-brasil presente na região e o trabalho realizado pelos indígenas era feito através do escambo – ou seja, através da troca de serviços ou mercadorias sem fazer uso de moeda.
Os portugueses davam algumas bugigangas – objetos como apitos, espelhos, chocalhos – para os indígenas e, em troca, os nativos deveriam cortar as árvores de pau-brasil e carregar os troncos até as caravelas portuguesas.
A partir da implantação das capitanias hereditárias, começaram a ser incentivados o desenvolvimento de engenhos de produção do açúcar. Essa atividade era considerada mais complexa e demandava uma grande quantidades de trabalhadores braçais – atividade considerada inferior pelos portugueses.
A solução encontrada pelos colonizadores portugueses foi de escravizar os indígenas, que, até então, era a única mão-de-obra disponível para esse trabalho.
Escravização dos indígenas
Para os portugueses era muito mais barato escravizar um indígena ou “negro da terra”, em relação a um africano. Apesar disso, uma série de fatores tornavam essa prática muito mais problemática e conturbada. 
O primeiro fator que tornou a prática problemática foi o fato de que os índios não estavam familiarizados com o trabalho contínuo para a produção de excedentes, característica que fazia parte da cultura europeia.
Outro fator foram os conflitos que ocorreram entre os colonizadores e os jesuítas. Esses conflitos aconteciam, pois os jesuítas eram contra a escravização dos indígenas, pois consideravam-os como um grupo que poderia ser catequizado.
A pressão dos jesuítas sob a Coroa foi tão grande que foi decretado a proibição da escravização dos indígenas. Apesar disso, em muitos lugares a prática continuou, principalmente em locais onde a economia não era tão próspera. Não podemos esquecer que a vinda dos escravos africanos não aboliu por completo a escravização dos indígenas, muitos deles para não serem escravizados migravam para outras terras, mais adentro para não entrarem em conflito com os portugueses.
Escravização de africanos
Em meados de 1550 começaram a chegar os primeiros africanos ao Brasil, trazidos por meio do tráfico negreiro. Os portugueses possuíam feitorias instaladas desde o século XV e, desde então, mantinham relações comerciais com os reinos africanos, que incluíam a compra de escravos.
A colonização no Brasil foi se desenvolvendo e a necessidade por mais mão-de-obra era cada vez mais, o que fez com que o comércio de escravos africanos prosperasse muito. O tráfico negreiro era extremamente lucrativo, tanto para os traficantes, quanto para a Coroa Portuguesa.O que fez que a escravidão dos indígenas fosse gradativamente substituida pela africana. Os escravos vinham para o Brasil amontoados dentro dos porões de navios – denominados navios negreiros – e eram vendidos nos portos brasileiros. Durante a longa viagem até o Brasil, muitos africanos não sobreviviam e seus corpos eram lançados no mar, como uma alternativa de diminuir o peso nos navios.
Os escravos africanos, primeiramente, atenderam as demandas da produção de açúcar nos engenhos. As jornadas de trabalho eram exaustivas, chegando a até 20 horas por dia e, além disso, eram marcadas pela violência vinda dos senhores de engenho. 
O trabalho feito pelos escravos africanos era considerado muito mais pesado do que trabalhar nas plantações. Isso é comprovado pelo fato de que nas moendas – local em que a cana-de-açúcar era moída para extrair seu caldo – era comum ocorrer acidentes em que os escravos acabavam perdendo mãos ou braços.
Já nas fornalhas e nas caldeiras – local onde ocorria o cozimento do caldo de cana – os escravos constantemente se queimavam. Essa etapa do trabalho era considerada tão árdua, que acabava sendo reservada para os escravos que eram considerados mais rebeldes.
O tratamento recebido pelos escravos era desumano. A alimentação, muitas vezes, era insuficiente e os escravos precisavam complementá-la com os alimentos obtidos de uma pequena lavoura que cultivavam aos domingos. Além disso, eles dormiam no chão da senzala e eram monitorados constantemente para evitar que fugissem. Os escravos que trabalhavam na casa-grande – residência dos donos dos escravos – recebiam um tratamento melhor. Eram alimentados e bem vestidos. Além disso, havia escravos que trabalhavam nas cidades em ofícios dos mais variados tipos.
Se os escravos cometessem qualquer tipo de erro ou desobedecessem, eles recebiam castigos físicos muito dolorosos. Entre as punições mais comuns, então os açoitamentos. Além dos maus-tratos e as péssimas condições em que viviam, as mulheres negras também muitas vezes eram exploradas sexualmente.
A escravização dos africanos não era aceita de maneira passiva e esse processo é marcado pela resistência e luta dos escravos que, muitas vezes, fugiam e formavam quilombos.
Os Quilombos
Uma das formas mais importantes de resistência, no entanto, era a fuga e a formação de quilombos. Os quilombos eram povoações formadas por escravos foragidos em lugares de difícil acesso no interior das matas. Alguns quilombos também acolhiam indígenas e pessoas livres marginalizadas. Cada quilombo tinha um chefe e este, por sua vez, estava subordinado ao comando de um rei eleito, que podia tomar decisões que afetavam os quilombos que estavam sob sua jurisdição. Essa forma de organização política hierárquica era comum em algumas regiões da África.
Em quilombos mais populosos, o trabalho era dividido entre os moradores, chamados quilombolas. Eles criavam porcos e galinhas, caçavam, pescavam e cultivavam lavouras de mandioca, milho, cana-de-açúcar, batata-doce e feijão. Como produziam além de suas necessidades, negociavam o excedente com os povoados vizinhos, obtendo, em troca, produtos como sal, tecidos, armas e pólvora. Além disso, dedicavam-se ao artesanato, à fabricação de farinha, à metalurgia e à proteção do quilombo. Em todo tempo em que vigorou a escravidão africana na Colônia, houve a formação de quilombos em várias regiões do Brasil.
O Quilombo dos Palmares
O maior e mais famoso quilombo brasileiro foi o de Palmares, formado em Alagoas, provavelmente no início do século XVII, por um grupo de escravos foragidos de um engenho da capitania de Pernambuco. Em 1678, após um forte ataque a Palmares, que resultou na captura de muitos quilombolas, o líder Ganga Zumba assinou um tratado de paz com o governador Aires de Souza e Castro. Esse acordo previa a alforria para os nascidos em Palmares, concessão de terras e a permissão para realizarem o comércio, mas, em troca, se tornariam vassalos de Portugal e os quilombolas capturados teriam que voltar à condição deescravos.Descontentes com o acordo, uma dissidência liderada por Zumbi destituiu Ganga Zumba e iniciou um movimento de resistência.
Graças a boa organização de seu sistema defensivo, o Quilombo dos Palmares resistiu a diversas expedições militares enviadas pelo governo. Somente no ano de 1694, após quase 100 anos de resistência, o quilombo foi destruído por uma expedição liderada pelo bandeirante Domingos Jorge Velho. Mas somente dois anos depois Zumbi é capturado e morto cortando-lhe a cabeça onde é exposta em praça pública na cidade de Recife.

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