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05/12/2020 Roteiro de Estudos
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 1/19
Olá! Seja bem-vindo(a) à nossa disciplina de Propostas Técnicas e Orçamentos. Este roteiro tem
como objetivo identi�car os fatores que in�uenciam na elaboração de propostas técnicas e de
orçamentos. A compreensão das etapas que compõem um orçamento é essencial para garantir a
precisão de todas as etapas necessárias para a obra, facilitando a gestão e garantindo a
rentabilidade de cada empreendimento.
Caro(a) estudante, ao ler este roteiro, você vai:
entender como se estrutura uma proposta técnica;
conhecer os tipos de orçamento;
compreender como elaborar uma composição de custo unitário;
entender a composição dos custos de mão de obra, de materiais e dos equipamentos;
conhecer a composição dos custos indiretos e do BDI.
Introdução
A elaboração de um orçamento, na construção civil, não é apenas um documento que estabelece
o valor de um empreendimento, o orçamento, além de fornecer as informações da obra, também
é um facilitador para os que estão envolvidos com outras áreas da obra possam entender o
Propostas Técnicas e Orçamentos
Roteiro deRoteiro de 
EstudosEstudos
Autor: Ma. Karen Cristina Oliveira Arantes
Revisor: Me. Camilo Gustavo Araújo Alves
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projeto, já que conta com os detalhes de todas as atividades necessárias para a execução do
empreendimento.
Do mesmo modo que o orçamento serve como balizador para o controle da obra, a proposta
técnica serve como comunicação da empresa com o cliente e como fonte de informação para o
orçamento. Ambos têm um papel importante na busca por novos contratos com as licitações,
como também na conclusão com qualidade e na redução dos riscos de prejuízos na obra.
Proposta Técnica
A proposta técnica funciona como um meio de comunicação da empresa, explicando a sua
capacidade para a realização do trabalho estabelecido, como se compõe o orçamento, as
sugestões de resolução das problemáticas e as soluções alternativas para um determinado caso.
A proposta técnica para a construção civil é uma das documentações que fazem
parte dos processos de concorrência ou mesmo dos contratos de preparação da
execução de obras, nos quais a construtora auxilia o contratante com o
planejamento inicial da obra, com a orçamentação e com a compatibilização dos
projetos (MELHADO, 2005 apud PINTO, 2016, p. 23).
Seu objetivo é esclarecer como será a prestação de serviço da obra em todas as suas etapas,
estabelecendo um plano de ação das atividades, detalhando o escopo dos serviços, a logística na
obra, como se compõe a equipe que estará envolvida na obra, direta e indiretamente, como será
o processo de execução, o cronograma de obra, como a obra obedecerá aos requisitos
ambientais, de saúde, de segurança do trabalho e como a empresa garantirá a qualidade dando
exemplos de outros serviços executados, no caso de uma proposta de licitação.
A proposta técnica está diretamente relacionada com o orçamento, pois descreve os processos
construtivos que serão utilizados e que in�uenciam no custo dos materiais e da mão de obra. A
falta de detalhamento ou de especi�cações na etapa do orçamento representa o aumento de
custo e do prazo que, consequentemente, alteram o conteúdo da proposta. Em uma licitação, a
proposta técnica pode ser utilizada como balizadora de um contrato de projeto ou obra.
Dentre os papéis que a Proposta Técnica tem ao longo do ciclo de uma obra, está o papel
comercial, pelo qual a empresa tem a capacidade de vender e convencer o cliente, de forma
técnica, especí�ca para cada caso, clara para o entendimento de todos, que contratar o seu
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serviço é a melhor opção para cumprir as expectativas do cliente sobre determinado projeto ou
obra. A proposta com o papel comercial re�ete os valores e a metodologia de trabalho da
companhia, os processos da empresa em relação ao controle de qualidade, saúde e segurança do
trabalho, coordenação de projetos, gestão de conhecimento, de custos etc.
A parte técnica da proposta deve ser extensa e detalhada, deve apresentar o escopo do projeto,
que contempla todos os dados obtidos durante as visitas técnicas e de informações recebidas
utilizadas para a elaboração do plano de execução da obra, os impactos do contexto no qual a
obra está inserida, incluindo informação fotográ�ca do entorno e as condições existentes com a
vizinhança, o terreno, o tráfego etc. O cronograma de obra e a sequência de execução poderá
seguir a Estrutura Analítica do Projeto (EAP), de�nindo as frentes de trabalho, as durações e as
relações entre as atividades, a metodologia que será utilizada, qual equipe estará envolvida, os
subcontratos e as consultorias.
Além disso, a proposta também deve conter os requisitos que não foram atendidos pela falta de
compatibilização dos projetos ou por algum outro estudo que não foi feito, contendo, ainda, uma
justi�cativa para explicar o motivo das pendências; caso não haja pendências, a proposta tem
como objetivo descrever ao cliente, de forma clara, quais as ações a serem desenvolvidas e a
solução para o projeto ou obra.
O papel contratual da proposta técnica é o de descrever os detalhes da contratação, como o prazo
da execução das etapas e a forma de pagamento, as condições imprevisíveis no momento da
contratação e qual era o estado inicial do projeto ou da obra no momento do orçamento.
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LIVRO
Planejamento e Custos de Obras
Autor: Antonio Carlos da Fonseca Bragança Pinheiro e Marcos
Crivelaro
Editora: Saraiva
Ano: 2016
Comentário: Os autores explicam, por meio de esquemas, pontos
importantes do planejamento na construção de edi�cações, como
o diagrama de controle, ciclo de vida de um projeto, assim como
�uxograma de processos, fatores relevantes que devem ser
entendidos no projeto para a elaboração mais completa de uma
Proposta Técnica. Leia atentamente o Capítulo 1, Planejamento na
construção de edi�cações, antes de fazer sua análise.
 
Onde encontrar?
Biblioteca Virtual da Laureate.
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LIVRO
Diretrizes para elaboração de propostas de projetos
Autor: Octavio da Costa Gomes Neto
Editora: IBAM
Ano: 2007
Comentário: A estrutura que compõe a proposta de um projeto é praticamente a mesma de uma
proposta técnica. O texto sugerido para leitura descreve tópicos como o diagnóstico, a formulação
de objetivos, as atividades para o alcance dos objetivos e também como o plano de trabalho pode
favorecer o orçamento do projeto. Leia atentamente da página 11 até a página 27, antes de fazer
sua análise. 
A C E S S A R
Os Tipos de Orçamentos
O orçamento é a previsão dos serviços, dos materiais e da equipe necessária para executar a obra
ou o projeto; é a determinação de gastos necessários para a realização de uma obra de acordo
com o plano de execução e as quantidades. Segundo Mattos (2006), os tipos de orçamentos
dependem do seu grau de detalhamento, podendo ser uma estimativa de custo, um orçamento
preliminar ou um orçamento analítico.
A estimativa de custo é feita com a comparação de projetos similares, com a utilização de
indicadores genéricos, sendo o Custo Unitário Básico (CUB) o mais utilizado, pois ele é atualizado
mensalmente pelos Sindicatos da Indústria da Construção estaduais, de acordo a Lei nº
4.591/1964, e representa o custo parcial da construção por m² de uma habitação com padrões
construtivos que se diferem pelo tipo de acabamento, qualidade do material empregado e
equipamentos existentes.
http://www.ibam.org.br/media/arquivos/estudos/05-projeto_mdl_2.pdf
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O orçamento preliminar é um pouco mais detalhado que o CUB, pois ele presume o levantamento
de algumas quantidades, a de�nição do custo de alguns serviços e o aprimoramento da estimativa
inicial com uma quantidade maior de indicadores. Com base em Mattos (2006), os indicadores
servem para gerar pacotes de trabalhos menores, auxiliando, assim, a orçamentação e a análise
de preços.
O orçamento analítico ou detalhado é a forma mais precisa de prever o custo de uma obra. Esse
tipo de orçamento é efetuado com a conclusão de todos os projetos que envolvem a obra, já que
a precisão do orçamento depende do grau de detalhamento e das informações disponíveis, pois o
orçamento analítico é feito a partir de uma composição de custos para cada serviço (custo direto)
elaborado na obra, levando em consideração a mão de obra, o material e o equipamento que
serão gastos para a execução; como também os custos indiretos com o Benefício de Despesas
Indiretas (BDI), como a manutenção do canteiro de obras, a equipe técnica, administrativa etc.
Esse orçamento é apresentado em planilhas compostas pela descrição de todos os itens e
subitens dos serviços, das unidades de serviços, das quantidades, dos preços unitários das
atividades, do subtotal de cada item, do preço total da obra, representado em custo direto, e do
preço total com o BDI.
O Orçamento e seus Atributos
Para se obter um orçamento correto, deverá haver o conhecimento detalhado e a interpretação
aprofundada do projeto e das especi�cações técnicas da obra, estabelecendo a melhor maneira
de executar cada tarefa, as condições para elaborar cada etapa e a disponibilidade dos materiais
determinados na obra, identi�cando as di�culdades e, assim, estabelecendo um orçamento mais
preciso.
A utilidade do orçamento não é apenas a de�nição do custo da obra, ele também serve: como
base para o levantamento de materiais e dos serviços executados para o controle de compras e a
metodologia de execução; para a obtenção dos índices de acompanhamento do que foi orçado ao
que está sendo executado em obra e o número de trabalhadores para cada serviço. Além disso, o
orçamento também pode auxiliar no cronograma físico e �nanceiro e no balanço da situação
�nanceira da obra ao longo dos meses.
Segundo Mattos (2006), os principais atributos do orçamento são a aproximação, a especi�cidade
e a temporalidade. Todo orçamento trata-se de uma previsão do valor correspondente ao serviço,
a previsão será sempre aproximada, porém, quanto mais criteriosa a orçamentação, menor será a
margem de erro e menor será o desvio do valor real da obra ao valor estipulado no orçamento.
Dentre os fatores que afetam a composição do custo, estão a produtividade da mão de obra, o
preço dos insumos que variam, posteriormente, na orçamentação e na obra, a perda e o
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desperdício durante a execução, o reaproveitamento dos materiais, o custo horário dos
equipamentos e os custos imprevistos, que podem ser causados por fenômenos naturais, por
terceiros etc.
A especi�cidade é outro atributo, já que o orçamento de uma casa em uma cidade é diferente de
uma casa igual em outra cidade; não existe um orçamento padronizado, ele sempre deverá seguir
as condicionantes da obra em questão (MATTOS, 2006). Todo orçamento está ligado à estrutura
da empresa (aos engenheiros, ao padrão do canteiro de obras, aos custos do escritório, aos
veículos etc.) e às condições locais, como o clima, tipo de solo, qualidade da mão de obra, oferta
de equipamento, dentre outros fatores. Outro tributo é a temporalidade, já que um orçamento
realizado em outros anos não é válido atualmente, tendo em vista a variação dos custos dos
insumos, a alteração dos impostos e encargos, a evolução dos métodos construtivos e dos
cenários �nanceiros e gerenciais (MATTOS, 2006).
As etapas de trabalho de um orçamento são os estudos das condicionantes com a análise da
documentação, as especi�cações e o levantamento do que foi encontrado na visita técnica, a
composição dos custos com a identi�cação dos serviços, a quanti�cação, a descrição dos custos
diretos e dos indiretos, bem como a determinação do preço com a de�nição da lucratividade da
obra com o cálculo de BDI.
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Composição de Custos Unitários
Os custos unitários multiplicados pelas quantidades que correspondem a cada serviço constituem
os custos de cada componente da obra. Se somados com o BDI, transformam-se em preços
unitários. A composição do custo unitário baseia-se na decomposição do produto, ou seja, do
LIVRO
Conhecendo o orçamento de obras: como tornar seu
orçamento mais real
Autor: Michele Tereza Marques Carvalho e Fernanda Fernandes
Marchiori
Editora: Elsevier
Ano: 2019
Comentário: As atividades e os procedimentos a serem
executados na obra fazem parte do controle do projeto, da
precisão do que será executado e do custo que essa obra terá. O
Capítulo 4, desse livro, faz uma análise dos tópicos que devem ser
seguidos para estruturar um bom orçamento, explicando como
cada etapa exige atenção. Outro tópico importante é o cálculo dos
quantitativos, os quais correspondem à quantidade de cada um
dos serviços de um projeto em função das unidades de medição, e
como se forma uma composição unitária. Leia atentamente o
Capítulo 4, Operacionalizando um orçamento, antes de fazer sua
análise.
 
Onde encontrar?
Biblioteca Virtual da Laureate.
05/12/2020 Roteiro de Estudos
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projeto a ser executado em conjuntos ou em partes, de acordo a Estrutura Analítica de Partição
(EAP) do projeto em questão.
A quantidade de material, de horas de equipamento e o número de horas de
pessoal gastos para a execução de cada unidade desses serviços, multiplicados
respectivamente pelo custo dos materiais, do aluguel horário dos equipamentos e
pelo salário-hora dos trabalhadores, devidamente acrescidos dos encargos
sociais, são chamados de composição dos custos unitários (TISAKA, 2006, p. 39).
Os materiais utilizados na composição dos custos unitários podem ser naturais, como a areia a
granel, semiprocessados, como a brita e a madeira, industrializados, como o cimento, os �os
elétricos, os produtos de instalação hidráulica etc. (TISAKA, 2006). Esses materiais podem estar
representados por unidades de medida, por volume, por sacos e devem ser considerados com o
preço do frete e com todos os impostos e taxas que incidiram no produto.
Os equipamentos dentro da obra, como elevadores, gruas, caminhões, escavadeiras, tratores,
podem ser de propriedade da empresa ou alugados e deverão apresentar um custo horário. Se o
equipamento for da empresa, deverão ser considerados, também, a depreciação, os juros de
capital investido na compra, o óleo, o combustível, os custos de manutenção, a reposição de peças
etc. (TISAKA, 2006).
O custo da mão de obra é representado pelo salário dos trabalhadores que participam da
execução dos serviços com determinados materiais, acrescidos dos encargos sociais, despesas de
alimentação, transporte, ferramentas de uso pessoal e Equipamento de Proteção Individual (EPI).
O cálculo da mão de obra é determinado pelo número de horas que foi gasto para a execução de
determinado serviço, que deverá ser medido pela produção dos funcionários para aquele serviço.
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Composição de Custo da Mão de
Obra, do Material e dos
Equipamentos
LIVRO
Conhecendo o orçamento de obras: como tornar seu
orçamento mais real.
Autores: Michele Tereza Marques Carvalho e Fernanda Fernandes
Marchiori
Editora: ElsevierAno: 2019
Comentário: Atualmente, existem muitos manuais orçamentários
que já contam com a quantidade de material e mão de obra para
executar cada atividade; dois deles devem ser seguidos para o
caso de utilizarem recursos da União. O texto faz uma análise dos
manuais e explica como cada empresa pode elaborar a sua
própria composição, adequando-a à realidade da produtividade,
do consumo de materiais e da e�ciência dos equipamentos. Leia
atentamente o Capítulo 5, Os manuais orçamentários, antes de
fazer sua análise.
 
Onde encontrar?
Biblioteca Virtual da Laureate.
05/12/2020 Roteiro de Estudos
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A produtividade da mão de obra pode ser obtida consultando os índices de produtividade
descritos em livros e tabelas ou a partir de observações feitas em obra. Já as variáveis da
produtividade devem levar em consideração os deslocamentos entre uma frente de serviço e
outra, os intervalos para descanso, a espera dos equipamentos etc. O tempo sem atividades
dependerá também da supervisão e das condições climáticas, da complexidade dos serviços e da
urgência da obra. Conforme Goldman (2004), o item de mão de obra tem um peso de custo
considerável em uma obra, que, se não for otimizado e controlado, pode comprometer a
viabilidade econômica do empreendimento.
Enquanto o consumo de material necessário para um serviço pode ser
matematicamente levantado a partir de desenhos, pois tem dimensões exatas, o
estabelecimento da produtividade da mão de obra é um processo empírico e
depende de uma série de fatores, tais como experiência, grau de conhecimento do
serviço, supervisão, motivação etc. (MATTOS, 2006, p. 71).
O custo de mão de obra pode ser estimado a partir do seu custo por unidade de tempo, que varia
em função do tipo, do grau de especialização da mão de obra, acrescido dos encargos sociais
(previdência social, FGTS etc.), encargos complementares (vale-transporte, vale-refeição, EPIs e
ferramentas manuais) e trabalhistas, que dependem do tipo de contrato do funcionário, podendo
ser horista ou mensalista. Os pedreiros, carpinteiros e serventes normalmente são horistas, e os
que participam indiretamente das atividades, como os mestres de obras, encarregados e vigias,
são mensalistas (LIMMER, 1997). No cálculo de encargos, é importante determinar os dias
trabalháveis no ano, descontando os 30 dias de férias, todos os domingos do ano, 5 faltas
justi�cadas, os feriados de cada região e os sábados, que deverão ser considerados como metade
das horas de trabalho, pois a Constituição Federal de 1988 determina que a jornada de trabalho é
de 44 horas.
Composição dos Materiais
O custo dos materiais na obra representa cerca de 60% do valor do empreendimento, e o
consumo depende do gerenciamento do projeto, da administração dos materiais, do manuseio
deles, das técnicas construtivas empregadas e na qualidade da mão de obra que utiliza esse
material, que também pode determinar a margem de perda e desperdício (LIMMER, 1997).
A análise do custo de material também dependerá da variável, se o material será para retirada na
loja ou entregue em obra, se o material será entregue pintado ou se necessitará da pintura na
obra, além das despesas complementares, como os impostos, frete etc.
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Composição dos Equipamentos
No custo da utilização de equipamentos, deve ser considerado o custo da aquisição,
contemplando a depreciação do equipamento, já que ele tem um período de vida útil que varia de
acordo com o tipo de equipamento e as condições de uso. Outros custos que são considerados na
utilização dos equipamentos são os custos �xos do seguro, os juros e os gastos de armazenagem,
além dos custos variáveis, como a manutenção (de peças de reposição, acessórios, custo de mão
de obra para os serviços de manutenção etc.), consumo de energia (custos horários com o
combustível, lubri�cantes, �ltros de ar etc.) e de operação (como os pneus, que devem ter seu
custo calculado de depreciação separadamente do equipamento). (LIMMER, 1997).
Segundo Limmer (1997), os métodos de cálculo de depreciação de um equipamento podem ser de
dois tipos: métodos lineares, que se baseiam na variação da depreciação ao longo da vida do
equipamento, tendo uma variação baixa nos primeiros anos e muito alta nos últimos anos; ou um
método de fundo de reserva, que consiste em acumular anualmente uma quantia que, somada
com juros ao término da vida útil do equipamento, resultará no valor para a compra de um
equipamento novo. Quando o equipamento é caro e a sua utilidade na obra é por pouco tempo,
ou o volume e serviço são menores, o equipamento pode ser alugado de terceiros, com uma tarifa
em que o preço é �xo por unidade de tempo e pode ser variável no preço se incluir o operador ou
se incluir apenas o combustível (MATTOS, 2006).
O equipamento também pode ser arrendado, de modo que o construtor paga uma taxa �xa pelo
aluguel, por tempo determinado, e pode existir uma opção de compra ou por empreitada em que
o construtor paga pelo trabalho realizado ao locador. O custo da mão de obra de operador deve
ser considerado com os encargos sociais e trabalhistas, assim como os demais trabalhadores.
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Custo Indireto, a Curva ABC e o
Preço de Venda
Segundo Mattos (2006), o custo indireto é todo custo que não apareceu como mão de obra,
material ou equipamento na composição de custos unitários, ou seja, é todo custo que não entrou
no custo direto. As despesas indiretas estão associadas com a manutenção do canteiro de obras,
os salários, as despesas administrativas, as taxas, os seguros, as viagens, os imprevistos e todos
os demais aspectos que não foram orçados no custo direto.
LIVRO
Planejamento e custos de obras
Autor: Antonio Carlos da Fonseca Bragança Pinheiro e Marcos
Crivelaro
Editora: Saraiva
Ano: 2016
Comentário: Os autores explicam, por meio de planilhas
orçamentárias, a importância dos custos unitários e como in�uem
os encargos sociais e o BDI. O capítulo também descreve os
serviços por etapas em uma obra de edi�cação, os encargos
sociais que incidem na mão de obra horista e mensalista e as
fórmulas de cálculo para determinar o custo unitário de forma
clara e simpli�cada. Leia atentamente o Capítulo 3, Planilhas
orçamentárias de obras de edi�cações, antes de fazer sua análise.
 
Onde encontrar?
Biblioteca Virtual da Laureate.
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Os fatores que in�uenciam o custo indireto são a localização geográ�ca da obra, já que o
deslocamento a um lugar gera despesas com viagens, o aluguel de casas, o transporte de
equipamentos etc.; a política da empresa com a quantidade de funcionários, a faixa salarial, a
quantidade de veículos, os computadores etc. As despesas administrativas, por sua vez, são
proporcionais à duração da obra e à complexidade dela, já que, quanto maior a di�culdade, mais
consultoria e supervisão de campo a obra exigirá (MATTOS, 2006).
Outros custos indiretos que complementam os orçamentos são o rateio dos gastos da
administração central, que incluem as áreas administrativa, �nanceira, contábil, técnica, o aluguel
das instalações, as despesas de luz, água, internet, telefone, material de escritório, limpeza,
computadores, veículos, assessorias, anuidades etc. Os imprevistos também devem ser
considerados e cobertos com uma apólice de seguro. Por último, como custo indireto, também há
o custo �nanceiro, que é o dinheiro empregado pelo construtor para �nanciar a obra e que, se
estivesse em um fundo de aplicação, estaria rendendo, porém, como há a defasagem entre o
tempo de desembolso do valor e o momento de ser reembolsado com a medição da obra, o
construtordeve considerar quanto representaria esse valor se estivesse em uma aplicação
bancária e, assim, contabilizá-lo no custo indireto.
De acordo com Mattos (2006), para avaliar a taxa de administração que deve ser praticada, o
orçamentista deve elaborar o orçamento anual da administração e estimar percentualmente a
representatividade desse custo em função das obras durante o ano, pois, geralmente, a taxa
administração central �ca entre 2% e 5% do custo.
Conforme Limmer (1997), dependendo da estrutura do tipo de custo adotada, podem ser
considerados como indiretos os custos de: vistorias; planejamento, programação e controle;
projetos de fundações, estruturas, paisagismo, geotecnia etc.; despesas legais com o
licenciamento das obras; máquinas e ferramentas para manutenção; equipamentos de segurança;
limpeza permanente de obra; retirada de entulho; ligações de água, luz etc.
Curva ABC
De acordo com Mattos (2006), a Curva ABC é uma ferramenta que o orçamentista não pode deixar
de gerar ao �nal do processo de orçamentação, pois o grá�co aponta os itens (insumos ou
serviços) que mais pesam na obra e que são os itens em que o gerente de obra deve se
concentrar para melhorar o resultado da sua obra.
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Figura 1: Curva ABC 
Fonte: Mattos (2006, p. 175).
A utilidade da curva é a facilidade para entender a hierarquia dos insumos e identi�car os
economicamente importantes; dessa forma, deve-se priorizar a negociação dos insumos da faixa
A, que podem representar muito mais ganho do que a negociação de melhoria na faixa C; a
compra dos insumos da faixa A deve ser atribuída ao gerente de obra, pois representa um grande
potencial de melhoria do resultado da obra; e é por meio da curva que a construtora pode avaliar
o impacto que o aumento ou a diminuição de um insumo pode representar na obra.
Os insumos da faixa A englobam todos os insumos que somam 50% do custo total; os insumos da
faixa B englobam todos os insumos entre os percentuais de 50% a 80% do custo total; por �m, a
faixa C engloba todos os insumos restantes.
BDI
O Benefício de Despesas Indiretas (BDI) é a parcela de custo indireto que incide sobre os custos
diretos. Segundo Dias (2000), cada empresa deve ter um custo diferente das demais empresas,
em função da sua estrutura administrativa e do planejamento do projeto. A constituição do custo
indireto varia de acordo com o local de execução de serviços, do tipo de obra, dos impostos
incidentes e das exigências do edital ou do contrato; dessa forma, cada obra terá seu BDI.
O BDI, portanto, é o quociente da divisão do custo indireto, acrescido do lucro pelo custo direto da
obra. Assim, esse benefício inclui: as despesas indiretas de funcionamento da obra, o custo da
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administração local, os custos �nanceiros, os fatores imprevistos, os impostos e o lucro. Ou seja, o
BDI é o percentual que deve ser aplicado sobre o custo direto dos itens da planilha para se chegar
ao preço de venda (MATTOS, 2006).
Lucro e Preço de Venda
Para �nalizar o orçamento e gerar o preço de venda da obra, é necessário considerar os impostos
que incidem sobre o faturamento do contrato, ou seja, o imposto sobre o preço de venda da
construção, já que os impostos que incidem sobre materiais e mão de obra já foram
contemplados nos custos.
Para Mattos (2006, p. 218), “Lucro é a diferença entre receitas e despesas, é o que entra menos o
que sai. Lucro, portanto, é um valor absoluto, expresso em unidades monetárias (reais)”. A
margem de lucro varia entre 5% e 12% do valor da obra e pode variar, também, dependendo do
tipo de obra.
De acordo com Mattos (2006), como toda atividade produtiva, sobre a construção incidem
impostos federais, estaduais e municipais. Tais impostos devem ser incluídos ao �nal, depois de
calculados os preços diretos e indiretos, pois são os tributos que incidem sobre o faturamento, ou
seja, o preço de venda. Ademais, esses impostos são: ISS – Imposto Sobre Serviço; COFINS –
Contribuição Financeira e Social; PIS – Programa de Integração Social; IRPJ – Imposto de Renda
Sobre Pessoa Jurídica e CSLL – Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido.
Ainda segundo Mattos (2006), depois de orçados todos os custos da obra e de�nido o percentual
de lucro que se quer obter e os impostos com suas respectivas alíquotas, o orçamentista pode,
então, calcular o preço de venda da obra, que corresponde ao valor que engloba todos os custos
(diretos, indiretos, administração central, custo �nanceiro e imprevistos), o lucro e os impostos. O
preço de venda pode ser calculado utilizando a fórmula PV = CUSTO / 1 – i%, em que: PV = preço
de venda (R$); CUSTO = custo total (diretos, indiretos, administração central, custo �nanceiro e
imprevistos); i% = somatória de todas as incidências sobre o preço de venda (percentual). Dessa
forma, estariam contemplados todos os custos do empreendimento e a porcentagem de lucro
que se deseja obter.
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Conclusão
A importância do orçamento de obra é um documento que estabelece um marco econômico para
a execução da obra e, muitas vezes, para a competição em uma licitação. A falta de rigor da
análise do que e como se deve executar, somada à falta de levantamento de dados para o
orçamento, resulta em problemas durante a obra, em erros de medição e em preços
inadequados. O orçamento, junto com os planos, as especi�cações e a proposta técnica, é um
documento que deve apresentar uma informação precisa e aprofundada para garantir a execução
LIVRO
Conhecendo o orçamento de obras: como tornar seu
orçamento mais real
Autores: Michele Tereza Marques Carvalho e Fernanda Fernandes
Marchiori
Editora: Elsevier
Ano: 2019
Comentário: A utilização da tecnologia BIM dá suporte ao projeto
em diversas etapas da obra, compatibilizando as etapas e
aumentando a gestão dos projetos. A utilização da tecnologia BIM
auxilia com precisão as informações necessárias para o
orçamento. O texto sugerido para leitura trata das características
e das facilidades que essa ferramenta pode oferecer para elaborar
um orçamento. Leia atentamente o Capítulo 10, Orçamento e o
BIM, antes de fazer sua análise.
 
Onde encontrar?
Biblioteca Virtual da Laureate.
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da obra e o controle e o cronograma dessa execução, de forma a otimizar o resultado da obra e
tornar o empreendimento viável economicamente.
Referências Bibliográ�cas
BRASIL. Lei n. 4.591, de 16 de Dezembro de 1964. Dispõe sôbre o condomínio em edi�cações e as
incorporações imobiliárias. Diário O�cial da União, Brasília, DF: Presidência da República, 16 dez.
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orçamento mais real. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019.
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brasileira: orçamento. 4. ed. São Paulo: Pini, 2004.
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PINTO, A. C. B. C. Propostas técnicas para obras de edi�cações: estudos de caso. 2016. 124 f.
Dissertação (Mestrado em Ciências) – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo,
2016. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3146/tde-02052016-
162209/publico/Ana_Carolina_Bonaldi_Cayres_PPGEC_Corrigida_2015.pdf. Acesso em: 20 out.
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https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3146/tde-02052016-162209/publico/Ana_Carolina_Bonaldi_Cayres_PPGEC_Corrigida_2015.pdf
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