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CASO PRÁTICO - DD326 CASO 1 Faria perguntas retóricas, questionando se ele acreditava que poderia fumar ali, o motivo, a demanda pela qual procurou os meus serviços? Sabido que não se pode fumar nesse tipo de ambiente, que além de tudo é fechado, que outras pessoas frequentariam a sala. Explicaria que essa ansiedade em uma primeira sessão é normal, mas que visto que ele me procurou justamente para de fumar, gostaria que tentasse esperar o termino desta. Logo após, utilizaria métodos de relaxamento para reduzir a ansiedade, se mesmo assim, ele ainda desejasse fumar, interromperia a sessão pra que ele fosse lá fora fumar, mas avisaria que este tempo seria descontado do tempo pré-estabelecido da consulta (reforçamento negativo). Se caso mesmo assim ele fosse, depois que voltasse estabeleceria um plano terapêutico, pois ele está ali com objetivo de parar de fumar e no primeiro atendimento já pediu para fumar, trabalharia com ele a conscientização sobe altas taxas de monóxido de carbono espirado e seus prejuízos à saúde. Faria um contrato de contingências, visando reforçar a abstinência de cigarro e estimulá-lo a conquistar esse objetivo. Trabalharia a confiança dele em si mesmo, para que com estabelecimento da relação terapêutica, pudesse trabalhar a dessensibilização sistemática, apresentando sempre que possível objetos que lhe remetam ao ato de fumar, o cigarro, objetos geradores de ansiedade, até que este conseguisse ver o cinzeiro sem que sentisse vontade de fumar. Utilizaria as técnicas de Terapia Cognitiva Comportamental citadas acima e algumas outras técnicas, para não só identificar os gatilhos relativos ao desejo de fumar, como também de reestruturação de comportamento para romper a ligação entre a situação que aciona o gatilho e a vontade incontrolável de fumar, que levava ao consumo. Traçando novas estratégias para lidar com estresse, ansiedade, assim como possíveis desequilíbrios emocionais e crises de abstinência. Falaria da importância de incorporar hábitos mais saudáveis a rotina, tais como esportes, ou caminhada, ou meditação, ou ioga, aquilo em que melhor se encaixe. Mas ressaltaria a importância do apoio social, é fundamental que as pessoas moram ou convivem com ele, o ajudem nesse processo, o incentivem e tenham paciência. CASO 2 Partindo do pressuposto que o paciente confiou em me relatar que tem impulsos hostis, que se expressam no desejo de matar o sobrinho, que tem apenas 6 anos, por ter uma crença distorcida de que este é possuído pelo demônio. Acredito que aí já exista um vínculo, uma relação terapêutica, que este relato seja um pedido de ajuda, contudo seria necessário comunicar ao parente mais próximo, que este, no momento representa risco para si mesmo e para os demais, necessitando de um acompanhamento psiquiátrico e até mesmo em um primeiro momento, de isolamento social, até que o quadro esquizoide paranoide esteja controlado. Logo a primeira medida fundamental, depois que a família tivesse tomado ciência do quadro, seria uma avaliação psiquiátrica para considerar uma possível internação. Eu enquanto terapeuta desta, minha colocaria a disposição da família, dando o devido suporte e orientações, pois acredito que nesse primeiro momento a paciente, devido ao nível de consciência alterado, não terá uma compreensão da realidade correta e talvez até venha acreditar que tenha uma conspiração contra ela, o ajudando-os a entender que estes são sintomas da doença e que é necessário cuidado e vigilância, pois está representa risco social. Informando também da necessidade das medicações e de um acompanhamento multidisciplinar no futuro. CASO 3 Nesse terceiro caso, apesar do paciente dizer que já cumpriu seus objetivos e por esta razão pensa em deixar a terapia, ele ainda demonstra muitos conflitos internos e uma enorme dificuldade de se encontrar. Pelo relato parecia se sentir preso, pressionado em lugar que não cabia direito, por isso alusão à lata de sardinha. Contudo quando a lata é aberta e virada de cabeça pra baixo, ele tem a possibilidade de sair e ser livre, ele se agarra a tampa, por apego, ou por medo e insegurança quanto ao que lhe espera do lado de fora, perfere se manter na zona de conforto. Questionaria se ele realmente sentiu que cumpriu os seus objetivos na terapia e quais eram estes? Se ele respondesse que sim, indagaria porque ainda está agarrado a tampa da lata de sardinha, ao invés de procurar um modo de sair, se descobrir, achar o seu espaço no mundo lá fora. Se ele teria medo do mundo lá fora, caso a resposta fosse sim, se gostaria de se livrar desse medo? Se é confortável sentir-se assim? Sabendo-se que estes são sintomas, sendo necessário descobrir as causas e tratá-las para extinguir o sintoma. E a partir das respostas dele, tomaríamos uma decisão em conjunto. Se deveria continuar ou não a terapia, apesar de acreditar que este não está preparado para alta, contudo é necessário que este queira continuar e também mudar sua atitude diante do mundo, se tornar mais seguro e auto confiante. Para isso, utilizaria técnicas de terapia cognitiva comportamental, para reestruturação de comportamento. CASO 4 Se tivesse um paciente com ideias e rituais obsessivos, que acreditasse não poder relatá-los, pois se o fizesse aconteceriam coisas terríveis, mesmo que descobrisse o que era, quais eram as palavras que causam medo e pavor, num primeiro momento eu respeitaria a vontade dele, mas questionaria o que ele acha que aconteceria se ele falasse? A partir de então, começaria a tentar trazer a consciência dele, que essa crença não é verdadeira, que uma coisa não está ligada à outra. Explicaria que esse quadro faz parte dos Transtorno Compulsivo Obsessivo e aos poucos eu começaria a expô-lo a tais palavras para que percebesse que nada aconteceria, com o cuidado de não causar uma crise ou desestabiliza-lo. Tentaria faze-lo repetidas vezes, ao menos uma vez por sessão, de modo periódico até que se extinguisse o sintoma, como uma forma dessensibilização. Até que ele mesmo fosse capaz de dize-las, sem temer que algo terrível acontecesse CASO 5 Ao atender qualquer paciente é necessário nos mantermos imparciais, sabendo diferenciar o que é meu e o que é do outro, num casal mais especificamente, eu não posso me posicionar ao lado de um, ou do outro. Ainda que ali se constitua uma relação abusiva, preciso controlar minhas emoções e tentar compreender a situação a partir do ponto de vista deles. Para que exista um abusador, é necessário haver um abusado, alguém que se sujeite estar em uma relação que muitas vezes é mantida por dependência financeira e/ou emocional. Logo é preciso entender a dinâmica dessa relação, ouvir os dois lados, sem tomar partido. Fazer os devidos questionamentos, porque procuram os meus serviços, o que pretender alcançar através dos atendimentos, o porque o abusador trata o abusado assim e porque ele aceita. E só aí traçar estratégias, para mediação dos conflitos do casal, mas avisaria que ali, eu espero que haja respeito, pois o objetivo da terapia não é acusar, humilhar, ou ofender o outro, mas sim para compreenderem o que está havendo a relação para encontrarem respostas, soluções para seus problemas, juntos ou separados. Os fazendo refletir e dialogar sobre situações estressoras do cotidiano deles, como costumam reagir na hora do impulso e qual seria atitude correta naquelas situações. Também sobre qual seria a motivação de estarem juntos, se estariam dispostos a mudar para manter está relação e o que acha que precisam fazer diferente para que isso aconteça. Caso logo num primeiro atendimento eu me sinta muito zangado com abusador, vivenciando uma contra transferência, eu preciso avaliar se posso controlar minha raiva, se tenho condições de atender esse caso, de conduzi-lo, sem que conteúdos, ou vivências minhas venham interferir. Sea reposta for negativa, eu posso encaminhar este casal para um especialista em terapia de casal. REFERÊNCIAS FUNIBER- DD326 - Enfoques em intervenção e psicoterapia - Disponível em: < https://campus2.funiber.org/mod/scorm/player.php?a=6708¤torg=ORG- D21CC296007126B40A0B83C5CBF4A869&scoid=843085>. Acessado em: 27 mar. 2020. https://campus2.funiber.org/mod/scorm/player.php?a=6708¤torg=ORG-D21CC296007126B40A0B83C5CBF4A869&scoid=843085 https://campus2.funiber.org/mod/scorm/player.php?a=6708¤torg=ORG-D21CC296007126B40A0B83C5CBF4A869&scoid=843085
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