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FACULDADE INTEGRADA TIRADENTES – FITS CURSO SUPERIOR DE MEDICINA 2º PERÍODO – 2021.1 PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO DO ENSINO SAÚDE DA FAMÍLIA (PIESF I) PROFa.: MSc. CAROLINA PIEDADE MORAIS DE FREITAS SOARES SILVA RODOLPHO COSTA DOS SANTOS PORTFÓLIO I APRESENTACAO DO PIESF/ CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO OFICINA PARA CONFECÇÃO DO PORTFÓLIO CONCEITO DE SAÚDE/ SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE DETERMINANTES SOCIAIS DE SAÚDE JABOATÃO DOS GUARARAPES - PE 2021 RODOLPHO COSTA DOS SANTOS PORTFÓLIO APRESENTACAO DO PIESF/ CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO OFICINA PARA CONFECÇÃO DO PORTFÓLIO. CONCEITO DE SAÚDE/ SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE DETERMINANTES SOCIAIS DE SAÚDE Portfólio apresentada ao Curso de Medicina, sob orientação da Profa.Ms. Carolina Piedade Morais de Freitas Soares silva, como um dos pré-requisitos para avaliação da disciplina de PIESF. JABOATÃO DOS GUARARAPES - PE 2021 1. INTRODUÇÃO Sou Rodolpho Costa dos Santos, estudante do curso de Medicina da Faculdade Tiradentes e estou cursando a disciplina de Programa de Integração do Ensino na Saúde da Família (PIESF1). No cenário atípico em que, atualmente, o mundo se encontra tivemos que nos adequar ao ensino remoto, através de aula virtuais em tempo real. Tornando-se um desafio, mas que com a cooperação e esforço mútuo, coneguimos discutir temas que auxiliarão quando estivermos na Unidade Básica de Saúde durante a prática. Este trabalho tem como objetivo, apresentar as atividades desenvolvidas durante os 4 (quatro) primeiros encontros da disciplina utilizando da metologia portfólio. As aulas foram ofertadas pela Professora MSc. Carolina Piedade Morais de Freitas Soares Silva, fazendo uso da plataforma Meet da Google, em turmas divididas A e B, em que estou inserido na turma B. Desempenharemos a partir de então, atividades voltadas para o Programa de Integração do Ensino na Saúde da Família – PIESF 1, no Município de Jaboatão dos Guararapes – PE. Esse portfólio é parte das atividades que serão desenvolvidas sendo, também, usado como critério de avaliação da disciplina. APRESENTACAO DO PIESF/ CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Do ponto de vista pedagógico, a disciplina oferece oportunidades de ensino- aprendizagem na rede de saúde e na comunidade, através das atividades de Integração do Ensino em Saúde da Família, desenvolvidas pelas unidades curriculares (PIESF), na rede de atenção básica do município. Tal inserção do curso na rede acontece semanalmente, de forma planejada e integrada com as demais unidades curriculares do semestre, com uma carga horária mínima de 3 horas e 30 minutos por semana, num total de 20 semanas por semestre de forma que possamos apresentar um papel ativo. É primordial ressaltar que durante o primeiro semestre PIESF I, o estudante é alocado em uma unidade básica de saúde para poder se integrar, de fato, à rotina e ao mesmo tempo, construir uma relação ótima de respeito, colaboração, troca de experiências e conhecimentos entre esse e a equipe de Saúde. Lembrando que, sempre sob supervisão direta de (Carolina Piedade Morais de Freitas Soares Silva) ou um preceptor (Charley Vaz). Além disso, esta estratégia permiti que o estudante acompanhe as famílias de um determinado território de forma longitudinal, com possibilidade de desenvolver uma relação importante com os pacientes. A vinculação com o SUS ocorre tanto ao nível institucional, como ao nível pedagógico. A FITS mantém parceria com a secretaria municipal de Saúde em Jaboatāo dos Guararapes, com objetivo de oficializar sua vinculação ao SUS e definir, de forma clara, seu papel junto à rede pública de saúde. Tal vinculação acontece através do eixo principal do curso denominado Programa de Integração do Ensino em Saúde da Família (PIESF). OFICINA PARA CONFECÇÃO DO PORTFÓLIO “Sá - Chaves 2000, o portfólio é um instrumento de aprendizagem e de avaliação que privilegia o desenvolvimento do pensamento crítico - reflexivo, da independência intelectual e da criatividade.” O portfólio apresenta-se cada vez mais como um instrumento de avaliação recente e coerente com as propostas de avaliação formativa. No que tange as vantagens decorrentes dessa nova filosofia de formação pressupõe-se como uma nova filosofia de avaliação com efeito. O uso dessa estratégia responde cabalmente aos princípios que se interligam numa nova compreensão da relação entre aprender e ensinar: 1. Reconhecimento da pessoa do aluno (com todos os matizes que o ser singular pressupõe e que desenham percursos de aprendizagem únicos e irrepetíveis). 2. Reconhecimento da indispensabilidade da auto-implicação do aprendente na sua própria aprendizagem ou a constatação de que ninguém aprende na vez de ninguém. 3. Reconhecimento do efeito multiplicador do diverso ou a constatação de que ninguém aprende sozinho. 4. Reconhecimento da dimensão de inacabamento de todos os processos de formação e de desenvolvimento, e a constatação da permanente desatualização à qual todos estamos sujeitos em permanência. O portfolio é uma estratégia que concretiza cabalmente esta nova filosofia, sendo, portanto, uma narrativa de aspecto reflexivo, que dá voz à pessoa do aluno que aprende, na medida da sua auto - implicação no processo e na complexa e múltipla interação que a relação entre aprender e ensinar pressupõem. Portanto, o portfolio reflexivo é, sobretudo, uma estratégia na qual a avaliação formativa continuada e personalizada garante o refazer das aprendizagens e potencia a sua qualidade final percebida como produto. CONCEITO DE SAÚDE/ SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE Figura1: Ilha das flores Fonte: Google imagens/ acesso 01/03/2021 A aula teve como objetivo introduzir a discussão sobre o Conceito de Saúde/ Sistema de Saúde, através da exposição de um curta-metragem “Ilha das Flores”, ao qual embasou um debate sobre a exploração do meio ambiente e suas consequências sociais. Depreendeu-se que a “Ilha das Flores” monta o seu discurso de forma a evidenciar como no sistema capitalista, especialmente, o lucro sobre a produção de bens e serviços, altera a estrutura social, fato que coloca o ser humano desprovido de dinheiro abaixo dos porcos na lista de prioridade pela exploração do lixo, produzido pelo próprio ser humano. A metodologia empregada para atingir tal propósito consistiu na interligação de questionamentos sobre a definição de bem-estar social e comparações entre sistema de saúde de países como: Canadá, EUA e Inglaterra. No que tange a discussão para nossa realidade foi apresentado 8ª Conferência Nacional de Saúde - quando o SUS ganhou forma –, sendo a partir dessa elaboradas as diretrizes para a construção de um sistema descentralizado, único e sustentável financeiramente. Sendo elaborado o texto constitucional que coloca a Saúde como dever do Estado. Figura 2: 8ª Conferência Nacional de Saúde Fonte: Acervo Público/ Conselho nacional de Saúde A partir da promulgação da Constituição, em 1988, a saúde ganhou rumos diferentes com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS). Em 28 de dezembro de 1990, a Lei n° 8.142 instituiu as Conferências e os Conselhos de Saúde, instâncias de controle social. O Decreto nº 99.438, de 7 de julho de 1990, regulamentou as novas atribuições do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e definiu entidades e órgãos para o novo plenário, com 30 membros. Essa legislação fixou na composição do CNS entre representantes dos usuários, trabalhadores da saúde, gestores (governo) e prestadores de serviço de saúde. Os usuários ficaram com 50% das vagas, e osoutros 50% eram divididos entre trabalhadores, gestores e prestadores de serviço. Figura 3: estrutura Institucional e Decisória do SUS Fonte: Conselho Nacional de Secretarias de Saúde O relatório final apontou o consenso em relação à formação de um sistema único de saúde, separado da previdência, e coordenado, em nível federal, por um único ministério. Também foram aprovadas as propostas de integralização das ações, de regionalização e hierarquização das unidades prestadoras de serviço e de fortalecimento do município. Figura 4: responsabilidade e financiamento descentralizado Fonte: Conselho Nacional de Secretarias de Saúde Outra grande resolução diz respeito a um conceito mais abrangente de saúde, que é descrita no relatório final como uma resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio-ambiente, trabalho, transporte, lazer, liberdade, acesso à posse de terra e a serviços de saúde. Discutiu-se ainda, o papel do setor privado sendo que a ideia era ter um sistema exclusivamente público, com o setor privado subordinado às normas do SUS, assim como está estabelecido hoje. DETERMINANTES SOCIAIS DE SAÚDE Na aula foi discutido as relações entre saúde e seus determinantes sociais, apresentando inicialmente o conceito de determinantes sociais de saúde (DSS) e uma lacônica evolução histórica dos diversos paradigmas explicativos do processo saúde/doença no âmbito das sociedades, desde meados do século XIX. Posteriormente, houve uma discussão sobre os principais avanços e desafios no estudo dos DSS, com ênfase em novos enfoques e marcos de referência explicativos das relações entre os diversos níveis de DSS e a situação de saúde. Com base nesses estudos e marcos explicativos, discutimos, em seguida, uma série de possibilidades de intervenções de políticas e programas voltados para o combate às iniquidades de saúde geradas pelos DSS. Seja no vídeo apresentado ou na letra da música de Chico César, podemos ver que tais situações estão diretamente relacionadas com as condições de saúde das pessoas. O equilíbrio saúde-doença é determinado por uma multiplicidade de fatores de origem social, económica, cultural, ambiental e biológica/genética conhecida internacionalmente. Apesar da inquestionável influência de fatores externos ao indivíduo, nem sempre foram incluídos na formulação de políticas relacionadas com a saúde. (GEORGE, 2011). Por fim, são apresentados os objetivos, linhas de atuação e principais atividades da Comissão Nacional sobre Determinantes Sociais da Saúde, criada em março de 2006, com o objetivo de promover estudos sobre os DSS, recomendar políticas para a promoção da igualdade em saúde e mobilizar setores da sociedade para o debate e posicionamento em torno dos DSS e do enfrentamento das desigualdades de saúde. LISTA DE FIGURAS FIGURA 1: Ilha das flores FIGURA 2: Conferência Nacional da Saúde FIGURA 3: Estrutura Institucional e Decisória do SUS. FIGURA 4: Responsabilidade e Financiamento Descentralizado BIBLIOGRAFIA ILHA DAS FLORES. Direção: Jorge Furtado. Produção: Monica Schmiedt e Nora Goulart. Intérpretes: Paulo José, Ciça Reckziegel, Júlia Barth e outros. Roteiro: Jorge Furtado. Música: extraída de O Guarani, de Carlos Gomes. Porto Alegre: Casa de Cinema de Porto Alegre, 1989. 13min07. Produzido por Casa de Cinema de Porto Alegre. Disponível em: Acesso em: 27 julho 2021. RAMALHO, Deolinda de Souza. Vulnerabilidade e Riscos em Comunidades Urbano Marginais. Campina Grande: UFPB/UNCAL/IDRC, 1996. Nadal Gomes, Beatriz; Alves Pessate, Leonir; Papi Gomes, Silmara de Oliveira Discutindo sobre portfólios nos processos de formação Entrevista com Idália Sá-Chaves Olhar de Professor, vol. 7, núm. 2, 2004, pp. 9-17 Departamento de Métodos e Técnicas de Ensino Paraná, Brasil PPC FITS, Projeto Pedagógico do curso de Medicina da Faculdade Tiradentes – FITS. Políticas Acadêmicas. Código do Acervo Acadêmico – 141.1, 2020, Disponível em: https://www.fits.edu.br/piedade/wpcontent/uploads/2020/09/PPC-MEDICINA-FITS- 2020-original.pdf? RICARDO, M. P. F., MARIN, M. J. S., OTANI, M. A. P., MARIN, M. S., Estudante de medicina na estratégia saúde da família em séries iniciais: percepção dos egressos. Rev Esc Enferm USP; 48(Esp2):187-192, 2014. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/reeusp/v48nspe2/pt_0080-6234- reeusp-48-nspe2-00178.pdf SHORE EF & Grace C. Manual de portfólio: um guia passo a passo para professores. Porto Alegre: [Trad.de RC. Costa].Artmed. 2001. Disponível em: https://professoresherois.com.br/wp-content/uploads/2014/08/MANUAL- DOPORTF%C3%93LIO-UM-GUIA-PASSO-A-PASSO-PARA-O-PROFESSOR.pdf
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