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CURSO DIREITO DISCIPLINA: DIREITO AMBIENTAL Aluna: Larissa Oliveira Alves PRIMEIRA AVALIAÇÃO EAD 1 O século XVII marca a origem da chamada Revolução Científica na Europa, muito embora esta "revolução" no pensar e agir humanos já viesse ocorrendo desde o Renascimento, culminando com as essenciais descobertas de Galileu Galilei. Com uma Revolução Científica, derradeiramente uma postura do Homem perante a natureza adquire um contorno diferenciado, pois uma nova visão de mundo foi instituída: materialista, racionalista, mecanicista, instrumentalista e antropocêntrica. Partindo desta visão, fale sobre o processo de evolução nas discussões ambientais desde a Reunião do Clube de Roma, passando pela Conferência das Nações Unidas para Meio Ambiente e Desenvolvimento, até a Rio 92. A Reunião do Clube de Roma teve início em abril de 1968, com um grupo de 30 profissionais de diferentes áreas de trabalho e funcionários governamentais de países diversos que se reuniram para tratar de assuntos relacionados com o uso descontrolado dos recursos naturais em termos globais; a reunião aconteceu em Roma na Itália, que inicialmente, foi planejada para discutir sobre os assuntos internacionais ligados ao meio ambiente. Foi no ano de 1972 que esse Clube ficou mais conhecido, pois um grupo de pesquisadores do MIT lançou um livro chamado de “Os Limites do Crescimento” que utilizava da teoria da dinâmica sistemática e da modelagem computacional para criar uma análise, a longo prazo, sobre os resultados do crescimento populacional e o uso desenfreado dos recursos naturais. Ou seja, o Planeta Terra não seria capaz de aguentar o crescimento acentuado da população devido à pressão recaída nos recursos naturais e o aumento da poluição. Seu principal objetivo no processo evolutivo do direito ambiental foi conscientizar a população mundial, principalmente os governos dos países, sobre o perigo que era o consumo e a produção descontrolada e propor medidas para combater o aquecimento global. Além de servir de exemplo para o tema da Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano, também conhecida como Conferência de Estocolmo. Foi em 1972 que ocorreu a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente Humano e contou com 113 países e 400 organizações não governamentais e governamentais. Realizada em Estocolmo na Suécia, determinou conceitos sobre as principais questões ambientais em âmbito mundial, bem como a revogação do uso de armas de destruição em massa. Mas seu objetivo principal era discutir as consequências de degradação do meio ambiente, dessa forma a Conferência discutiria sobre a qualidade da água, as mudanças climáticas, as bases do desenvolvimento sustentável, como também, limitar o uso dos pesticidas na agricultura e encontrar soluções para as modificações da paisagem. Na Conferência de Estocolmo, programas foram criados como, por exemplo, o Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas que foi criado com a tarefa de propagar informações para a educação e orientação preferencialmente às pessoas responsáveis pelo comando das questões ambientais. Os governos criaram ministérios para enfrentar as problemáticas ambientais, bem como novas legislações e regulamentos ambientais. Organizações não-governamentais e grupos de cidadãos surgiram principalmente nos países mais desenvolvidos. No rol das medidas tomadas, foi colocada a responsabilidade do ser humano na sua relação com o ambiente, fazendo com que assim, a educação tenha uma grande importância para com a solução dos problemas ambientais. Foi elaborado a Declaração sobre o Meio Ambiente Humano que trazia os princípios de apoiar à luta contra a poluição, da prevenção à poluição dos mares, do descarte correto das substâncias tóxicas, eliminação de armas como as bombas nucleares como aconteceu em Hiroshima e Nagasaki no Japão durante os estágios finais da Segunda Guerra mundial em 1945, bem como reconhecer que os recursos naturais não podem ser esgotados, que necessitam de uma gestão adequada e que os recursos naturais devem estar presentes para as gerações futuras. Portanto com a Conferência de Estocolmo, foi inaugurada a agenda mundial para discussões ambientais que elevariam a política mundial em relação à ecologia; e após a sua realização, foi criado o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Em seguida, a próxima reunião para debater sobre o meio ambiente aconteceria no Rio de Janeiro em 1992 e levaria o nome de Cúpula da Terra ou Eco-92. A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento tinha os mesmos objetivos da Conferência de Estocolmo, embora retomou o efeito estufa e o desmatamento. Possuía 27 princípios básicos acerca do desenvolvimento sustentável global, entre eles: que os seres humanos têm direito a uma vida saudável em harmonia com a natureza; que a proteção ambiental deve ser tida com uma parte integral no curso do desenvolvimento sustentável, e que cada país deve adotar uma legislação ambiental que seja eficaz com base no contexto do próprio país. A respeito do desenvolvimento sustentável, ele teria a capacidade de atender as necessidades da população mundial, sem comprometer as necessidades das gerações futuras. O seu principal fundamento é a união entre a ecologia e a economia. A base ecológica é um dos alicerces do conceito de desenvolvimento sustentável, sendo que a preservação dos ecossistemas e dos recursos naturais é um requisito básico para esse desenvolvimento. Durante a Eco-92, foi criado o documento “Carta da Terra” que é uma declaração sobre os princípios éticos fundamentais para a formação de uma sociedade justa e sustentável e tem o objetivo, por exemplo, de promover a proteção ecológica e o respeito aos direitos humanos. A Carta tem quatro princípios básicos, são eles: respeito e cuidado para com a comunidade da vida; a integridade ecológica; ter uma justiça social e econômica, e por fim, democracia e paz. Também foi elaborado, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Agenda 21, que vem a ser um programa de ação fundamentada em um documento de 40 capítulos que busca um novo padrão de desenvolvimento, sendo esse o desenvolvimento sustentável. Diversos temas foram explorados no documento, entre eles: o desenvolvimento sustentável, o meio ambiente, a pobreza, o ecossistema, saúde e educação; e entre seus objetivos, vale destacar a universalidade do saneamento básico e do ensino e uma maior participação de ONGs na sociedade. Dessa forma, foi na Rio-92 que as autoridades internacionais declararam que era, realmente, preciso conciliar a utilização dos recursos naturais com o desenvolvimento socioeconômico. Portanto, é notável que esses três eventos já citados influenciaram bastante a progressão das legislações ambientalistas e que depois delas, vieram novos encontros mundiais para abordar outras questões ambientais, como por exemplo, a Conferência Mundial sobre o Clima no Japão que criou o Protocolo de Kyoto, no qual diversos países concordaram em reduzir as emissões de gás carbônico e outros gases letais para a atmosfera. 2 É crescente em todo o Planeta Terra o número de pessoas que são forçadas a deixarem de emigrar das zonas que habitam em razão de alterações do ambiente, dentro do seu país ou mesmo para outros, sendo chamados de refugiados ambientais ou climáticos. As secas. A escassez de alimentos, a desertificação, a elevação do nível de mares e rios. A alteração de eventos climáticos e o desmatamento são apenas alguns fatores ambientais que vêm gerando a migração territorial de povos em todo o mundo em busca de melhores condições de vida ou mesmo para sobreviver. Sobre essas questões, que merece toda a atenção como prioridade política das nações e das entidades internacionais, neste sentido o Brasil é considerado um país bastante evoluído no tocante a legislação. A partir deste relato fale sobre a importância da legislação ambiental brasileira, apontando quando couber, a fundamentaçãoque deveria ser aplicada para coibir várias ações danosas ao meio ambiente recentemente. Até o ano de 1973, as ações de preservação ao meio ambiente não recebiam muita atenção por parte do governo. Entretanto, nesse mesmo ano, a Secretaria Especial do Meio Ambiente foi criada; e tinha o propósito de estabelecer uma legislação ambiental no Brasil. A legislação ambiental é de extrema importância, pois é ela quem regula, fiscaliza e aplica as multas e as punições em quem viola o ecossistema, de acordo com as leis vigentes no país. Foi com a Política Nacional do Meio Ambiente, em 1981, que uma série de instrumentos foram implantados para controlar, de certa forma, as pessoas ou as empresas que praticam atos que causam danos ao meio ambiente. A principal fonte do Direito Ambiental no Brasil é a Constituição Federal que trouxe várias novidades como, a defesa dos direitos e garantias individuais e o destaque para o direito do meio ambiente ecologicamente equilibrado . No artigo 225 da Constituição diz expressamente que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações”, ou seja, define a importância de manter um equilíbrio no ecossistema por meio da preservação e da recuperação ambiental em defesa da qualidade de vida de todos os cidadãos. A proteção aos animais e ao meio ambiente é estabelecida como consequência do princípio da dignidade da pessoa humana e isso se justifica como uma medida necessária para que o ser humano tenha uma existência digna. Dessa forma, é notável que os animais possuem uma dignidade que é expressa na proibição de tratamento cruel reconhecido pelo STF. Em 2016, o STF julgou como inconstitucional a vaquejada pois, segundo o Relator Ministro Marco Aurélio na ADI 4983/CE, é obrigação do Estado garantir a todos o pleno exercício de direitos culturais, entretanto o inciso VII do artigo 225, da CF, veda qualquer ato de crueldade aos animais. Mas a Emenda Constitucional n. 96/2017, acrescentou o §7º no art, 225 e colocou uma exceção para que a vaquejada fosse considerada como atividade cultural. A legislação brasileira também criou a Lei 7.735 de 1989, o IBAMA, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, que possuía a importância de lutar pela preservação do meio ambiente em todas as formas, lutando contra os incêndios florestais e desmatamentos. Ao longo da sua história, os temas ambientais conseguiram alcançar mais espaços no Brasil, como por exemplo, a Lei das Águas de 1997 e a Lei de Crimes Ambientais de 1998. O Ibama tem o dever de preservar fauna e flora, bem como apoiar a proteção ambiental, formar novos projetos de vanguarda, criar sistemas de monitoramento e acompanhamento, entre outros. A questão ambiental ultrapassa a ação de um só órgão e deve ser tratada como uma salvaguarda para com a sobrevivência da humanidade.
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