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UNIÃO DE ENSINO DO SUDOESTE DO PARANÁ – UNISEP FACULDADE EDUCACIONAL DE DOIS VIZINHOS - FAED CURSO DE FARMÁCIA ANDERSON JUNIOR CARNEIRO CUCCHI ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO ÓLEO ESSENCIAL DO Psidium cattleyanum Sabine DOIS VIZINHOS - PR 2019 ANDERSON JUNIOR CARNEIRO CUCCHI ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO ÓLEO ESSENCIAL DO Psidium cattleyanum Sabine Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Farmácia da Faculdade Educacional de Dois Vizinhos - FAED - mantida pela União de Ensino do Sudoeste do Paraná – UNISEP, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Farmácia. Orientadora: Profª. M.Sc. Caroline Zanella Cagnini DOIS VIZINHOS - PR 2019 DEDICATÓRIA A Deus, que se mostrou presente durante toda minha jornada, desde o momento da criação do meu destino até os dias atuais, por me dar forças quando nem eu acreditava que seria capaz de superar as imposições que surgiam pelo meu caminho, que nos momentos de angustia acalentava meu coração e mostrava sempre os melhores caminhos para seguir, guiando as escolhas que foram tomadas te aqui, na certeza de serem as melhores para minha vida. 4 AGRADECIMENTOS A minha família que sempre foram a base de tudo em minha vida, me oferecendo todo o suporte emocional, físico e material que foram precisos durante minha caminhada, em especial há minha mãe Marinêz de Lima Carneiro Cucchi e as suas muitas lagrimas, que ao caírem regavam meus sonhos, mesmos nos momentos que ficávamos distantes a presença dela estava comigo, juntamente com meu pai Edson Cucchi que jamais demostrou qualquer atitude negativa aos pedidos que eram solicitados e sempre disposto a ajudar da maneira que podia. A minha irmã Mariane Carneiro Cucchi, que mesmo mais nova que eu sempre esteve centrada e auxiliava quando podia, sempre dando bons conselhos e apoio em todas as minhas buscas pelos nossos objetivos. Quero reafirmar, porque sei que vocês já sabem, mas tudo isso que está acontecendo tem um proposito, nada e por mim tudo e por nós! Aos meus avós paternos Iolanda e Leori Cucchi (“Im Memorian”), que de onde estiverem agora possam ver que eu consegui, como eles sempre sabiam que seria, a falta deles e como uma cicatriz em minha vida, tive que aprender a olhar para ela e não sentir mais a dor, porem a falta e constante e nunca esquecida em meu coração. Aos meus avós maternos Sebastiana Penteado e Albino Carneiro, que contribuíram da maneira que podiam com muitas orações ao longo desta caminhada, que Deus possa retribuir há eles tudo isso que fizeram por mim, pois materialmente seria impossível faze-lo. Aos meus tios Orides e Maria Carneiro que quando souberam da possibilidade do estudo da planta escolhida não mediram esforções em fazer buscas para contribuir nas coletas botânicas empregadas neste trabalho. A minha professora e orientadora Caroline Zanella Cagnini, que é a principal responsável pela minha chegada neste momento tão especial, que dedicou seu tempo e paciência em e ajudar em momentos que talvez nem ela poderia, mas não mostrou barreiras em realizar esta missão. Obrigado de coração pelo direcionamento. A professora Fabíola Bogoni Mundstock Mohr, que além de ser coordenadora do curso se mostrou uma amiga, dando conselhos e explicações e sempre presente nas nossas vidas acadêmicas dando todo o suporte necessário. E aos demais professores que passaram pela nossa jornada, algumas as quais convivemos mais tempo tornaram nossas aulas verdadeiras fontes do saber, A Ieda, Roseni, Janaina, 5 Deisy, Talita, Edenes, Cleiton só temos que gradecer pela transmissão de saberes, que sempre seja vocês os pilares do conhecimento. Não sei se existe valor que pague o que vocês fizeram por nós. As minhas três colegas que a faculdade me deu que hoje tenho a certeza de poder contar com elas pelo resto da minha jornada: Ana Caroline Piovesan, Andruziana Lazzarin e Talia Crestani, que juntas comigo formamos nosso quarteto fantástico! Muito obrigado por estarem na minha vida. Junto a elas também gostaria de agradecer a Licyane Chagas a quem conheci desde o primeiro ano e com quem tive mais contato, pois além de ser quedense como eu, dividia as alegrias e angustias junto com o lugar no ônibus, á Elaine Cordeiro que além de minha amiga, tonou-se minha colega de quarto nos últimos meses, muito obrigado pelo companheirismo. As demais colegas, todas tiveram seus momentos especiais, de maneira geral muito obrigado por tudo. A pessoa que surgiu na minha jornada muito antes de tudo isso começar, quando nem eu mesmo sabia o que seria na vida, que é uma fonte de inspiração, que sempre estivera comigo em todos os momentos, que tomou decisões, as quais não tive maturidade suficiente para tomar sozinho, que me ajudou nas aulas e trabalhos e sempre trazia consigo um sorriso que acalmava minhas ansiedades, e nunca me abandonou quando nossos caminhos se tornaram distantes, que me compreende quando conto os relatos do dia a dia pois passou exatamente pelo mesmo caminho e hoje e uma expendida farmacêutica, você é minha imagem de irmã mais velha, sim este parágrafo é seu Francieli Pegoraro, que Deus possa lhe retribuir tudo o que fez e faz por mim até hoje, sua amizade e mais preciosa que qualquer artigo de valor material. E claro que o Dyego Kurek junto, que Deus o abençoe sempre. Também a polaquinha mais divertida, a qual mostrou que sempre poderia contar com ela, nas mais diversas situações que a vida nos colocar, Karen Jaqueline Kurek, saiba que você sempre pode contar comigo também, tanto você quanto o Junior, você também e responsável pela minha inspiração. Gratidão sempre! Uma pessoinha que chegou depois um tempo, mas tornou-se uma confidente, amiga e que bolamos altos planos mirabolantes, e inclusive alguns que tem tudo para dar certo profissionalmente, que quando acionava o “JN” podia saber que como diz o ditado “o bicho tava pegando”, quero agradecer por você fazer parte disto e saiba que sou muito grato por tudo minha amiga e farmacêutica Suelyn Giebmeyer. 6 Claro que teve uma turma que acompanhou tudo isso bem de perto, na verdade todos os dias até nos finais de semana e feriados, meus colegas de trabalho pelos quais passamos juntos quase nove anos. Dividimos muitas coisas juntos, que com certeza levo vocês na minha vida sempre, são eles Marieli Langwisnki, Josiane Zenere, Giovana Nicolao, Vanda Tochetto, Gilmar Fusto, Miguel Rivair, Maria Salete, Onofre Jaguseski, Vanessa, Alana, Gabrieli, Gefferson entre os demais, também as farmacêuticas Marcilene Priuli, Janaína Rojas, Tatiane Portugal, e também o Glauco e a Irene que conduziam toda esta turma, obrigado pessoal. 7 RESUMO CUCCHI, A. J. C. ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO ÓLEO ESSENCIAL DO Psidium cattleyanum Sabine. 2019. 37f. Dois Vizinhos. Trabalho de Conclusão do Curso de Farmácia da Faculdade de Educação – FAED – União de Ensino do Sudoeste do Paraná – UNISEP - Dois Vizinhos PR. A busca por novas opções terapêuticas vem crescendo muito nos últimos tempos, principalmente em decorrência da resistência aos antimicrobianos, que tem tornado restrito o tratamento de inúmeras doenças e preocupado os prescritores. O objetivo deste estudo foi avaliar a ação do óleo essencial das folhas de Psidium cattleyanum Sabine frente aos microrganismos Escherichia coli, Sthaphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes. O óleo foi obtido através de hidrodestilação com aparelho Clevenger. Para as análises, recuperou-se os microrganismos em ágar Cled, preparou-se suspensão em solução salina a 0,9% para inoculo inicial, na concentração 0,5 MacFraland a partir desta, realizou-sediluições para obtenção de concentração 1.10 5 UFC mL. O preparo do óleo baseou-se adição de Tween 80 à 20% devido a polaridade, logo realizou-se as diluições seriadas de 1.000 mg mL-1 a 0,48 mg mL-1. Aplicando o método de microdiluição em caldo com emprego da técnica de concentração inibitória mínima, conforme CLSI (2006). O resultado foi satisfatório visto que a leitura dos resultados evidenciou que houve retração no desenvolvimento microbiano a partir da concentração 7,8 mg mL-1 para E.coli, 15,6 mg mL-1 para S. aureus e 31,25 mg mL-1 para S. pyogenes. A ação acentuada sobre a bactéria gram negativa pode ser associada devido sua característica morfofisiológica de membrana plasmática, sendo assim por facilitando sua permeação por polaridade semelhante visto que estes compostos são misturas complexas de terpenos e não apenas um ou dois componentes, logo, estas misturas atuam por sinergismo para que assim elevem seu potencial efeito. Considerando os resultados obtidos, conclui-se que a concentração 31,25 mg mL-1 seria suficiente para inibir o crescimento todas as bactérias testadas, e na concentração de 125 mg mL-1 para leva-las a morte. Palavras chaves: Alta efetividade, araçá, atividade antimicrobiana, concentração inibitória mínima, hidrodestilação, óleo essencial. 8 ABSTRACT CUCCHI A. J. C. ANTIMICROBIAL ACTIVITY OF ESSENTIAL OIL OF Psidium cattleyanum Sabine. 2019. 37f. Dois Vizinhos. Conclusion of the Pharmacy Course of the Faculty of Education - FAED - Teaching Union of the Southwest of Paraná - UNISEP - Dois Vizinhos PR. The search for new vascular therapies has been growing in recent times, mainly due to antimicrobial resistance, which has become restricted throughout the life cycle of the diseases and prescribing factors. The present study was evaluated to an essential oil action of the leaves of Psidium cattleyanum and of the bacterium Escherichia coli, Staphylococcus aureus and Streptococcus pyogenes. The oil was obtained by hydrodistillation with the Clevenger apparatus. For the analyzes, recover the microorganisms in agile Cled, prepare to make a 0.9% saline solution to inoculate the first, at the 0.5 MacFraland concentration therefrom, dilutions were made for the concentration search 1.10 UFC mL. The oil preparation was based on the addition of 20% Tween 80 due to polarity, then produced as serial dilutions of 1000 mg mL -1 to 0.48 mg mL -1. Applying the microdilution method in broth using the minimum inhibitory technique, according to CLSI (2006). The results were satisfactory since the results showed that there was a retraction in the microbial development from the concentration 7.8 mg mL-1 for E.coli, 15.6 mg mL-1 for S. aureus and 31.25 mg mL -1 for S. pyogenes. Gram-positive bacteria can be associated due to their plasma membrane morphophysiology, thus facilitating their permeation by polarity with the same name as the compound mixtures, not being only one or two components, so these mixtures act by synergism to that their potential effect. The results obtained, concluded that the concentration 31.25 mg mL-1 was enough to inhibit the growth of all the bacteria tested, and in the concentration of 125 mg mL-1 to cause them to die. Keywords: High effectiveness, araçá, antimicrobial activity, minimum inhibitory concentration, hydrodistillation, essential oil. 9 SUMÁRIO 1.0 INTRODUÇÃO........................................................................................... 13 2.0 OBJETIVOS.............................................................................................. 15 2.1 Geral.......................................................................................................... 15 2.2 Específicos............................................................................................... 15 3.0 REVISÃO DE LITERATURA..................................................................... 16 3.1 Plantas medicinais .................................................................................. 16 3.2 Óleos essenciais...................................................................................... 18 3.3 Psidium cattleyanum S............................................................................ 19 3.4 Técnica de extração................................................................................. 20 3.5 Microrganismos de interesse clínico...................................................... 21 3.5.1 Staphylococcus aureus.............................................................................. 21 3.5.2 Escherichia coli.......................................................................................... 22 3.5.3 Streptococcus pyogenes............................................................................ 23 4.0 MATERIAL E MÉTODOS.......................................................................... 25 4.1 Caracterização do material botânico...................................................... 25 4.2 Extração do óleo essencial..................................................................... 25 4.3 Microrganismos....................................................................................... 25 4.4 Preparo do óleo........................................................................................ 25 4.5 Atividade antimicrobiana........................................................................ 26 4.6 Controle.................................................................................................... 26 5.0 RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................ 27 6.0 CONCLUSÃO............................................................................................ 32 REFERÊNCIAS......................................................................................... 33 APÊNDICE................................................................................................ 39 10 LISTA DE LISTA DE SÍMBOLOS, SIGLAS E ABREVIATURAS CG/EM – Cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas. CIM – Concentração inibitória mínima. EGA – Estreptococos Grupo A. FR – Febre Reumática. MRSA – Staphylococcus aureus resistente à meticilina, geralmente referido pelas siglas SARM ou MRSA (do inglês Methicillin-resistant Staphylococcus aureus). OE – Óleo essencial. VRSA – Staphylococcus aureus resistente à vancomicina, geralmente referido pela VRSA (do inglês Vancomycin-resistant Staphylococcus aureus). 11 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Concentração inibitória mínima do óleo essencial de Psidium cattleyanum S. sobre E. coli, S. aureus e S. pyogenes..................... 34 12 LISTA DE FIGURAS Figura 1 Ramo de folhas frescas do Psidium cattleyanum S.......................... 19 Figura 2 Placas de CIM com ação do OE após incubação.............................. 39 13 1.0 – INTRODUÇÃO Atualmente se intensificou a busca por novas opções de tratamento para doenças provocadas por microrganismos, ganhando grande abrangência e respaldo na área da pesquisa cientifica, partindo principalmente do pressuposto do aumento de resistência e dificuldade no tratamento, buscando em plantas medicinais novas alternativas terapêuticas (GOÉS et al., 2019). O território brasileiro é o maior país da América do Sul, e possui biomas distintos indo das mais secas áreas da caatinga até os mais úmidos e tropicais espaços na floresta amazônica, apresentando grande biodiversidade na flora, cada qual regido por plantas que são capazes de adaptar-se aos períodos sazonais característicos de cada localidade e produzir metabólitos que lhe proporcionamfatores de crescimento, reprodução e defesa contra o ataque de pragas e vetores (DIAS et al., 2018) (ZAGO; MOURA, 2018). A família Myrtaceae apresenta gama de espécies espalhadas amplamente pelo território brasileiro que garante as condições necessárias para seu bom desenvolvimento. Pode-se citar como representantes desta família as jabuticabeiras, pitangueiras, goiabeiras e araçazeiro. São a partir desses metabolitos que são investigados os compostos químicos capazes de beneficiar o homem, por meios de extratos ou óleos essências (RIBEIRO, 2019). O Psidium cattleyanum S. conhecido popularmente como araçá, é uma espécie abundante na região Sul, seus frutos possuem coloração que varia do amarelo ao vermelho, despertaram o interesse na indústria farmacêutica devido a alta concentração de vitamina C nos frutos, entretanto infusões com suas folhas já vem sendo usado empiricamente pela sociedade para aliviar distúrbios no trato gastrointestinal e episódios de diarreias e doenças das vias urinárias (BOSCOLO, 2013). Uma das formas mais rápidas e economicamente viáveis para a obtenção de óleo essencial (OE) de diversos tipos de amostras se dá pelo emprego da técnica de arraste de vapor com auxílio de aparelho de Clevenger. Uma vez que esta é possibilitada devido aos componentes presente na amostra serem majoritariamente voláteis, então ao entrar em contato com o vapor da água utilizada neste método, são arrastados, condensados e separam-se devido a características de densidade e polaridade (SANTOS et al., 2004). 14 Com o passar do tempo aumentou o surgimento de doenças infecciosas causadas muitas vezes por bactérias fastidiosas e oportunistas capazes de causas focos infeciosos cada vez maiores, dentre elas podemos citar três estirpes que são comumente causadoras destas ocorrências, como: Escherichia coli, responsável pelos quadros de colites hemorrágicas, infecções urinarias e diarreias e síndrome hemolítico-urêmica (DRUMOND, 2018). O Streptococcus pyogenes relacionado com o surgimento de faringites, que podem levar a escarlatina, fasciíte e erisipelas (TORRES, 2011). O Staphylococcus aureus é acometedor de infeções na pele, como impetigo, foliculite, terçol e síndrome de pele escaldada estafilocócicas (BRAVO- SANTANO,2019). Neste trabalho evidencia-se o araçá como objeto de extração do OE para que seja avaliada sua atividade frente bactérias corriqueiramente responsáveis por acometerem quadros infecciosos. 15 2.0 - OBJETIVOS 2.1 – Geral Avaliar a atividade antimicrobiana do óleo essencial do Psidium cattleyanum S. frente a bactérias Escherichia coli, Sthaphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes. 2.2 – Específicos Coletar e secar as folhas de Psidium cattleyanum S. Extrair o óleo essencial da amostra seca obtida. Aplicar a técnica de microdiluição em caldo para a determinação da concentração inibitória mínima (MIC) para bactérias. Relacionar a atividade antimicrobiana com os principais constituintes majoritários do óleo essencial de Psidium cattleyanum S. 16 3.0 – REVISÃO DE LITERATURA 3.1 – Plantas medicinais Desde a antiguidade as civilizações utilizavam os extratos de plantas, principalmente os óleos aromáticos em diversas circunstancias. Pode-se observar registros em hieróglifos egípcios e manuscritos chineses onde padres e sacerdotes já utilizavam estas práticas para curar doenças, desta maneira se tornam as formas mais antigas de remédios e cosméticos que os homens conhecem (FILIPPIS, 2001). As identidades dos povos são caracterizadas pelas suas crenças e formas de sobreviver por meio de várias ocasiões decorrentes do tempo, dentre elas estão a forma como eles utilizam as plantas como terapias medicinais e no seu uso, seja ele como conhecimento empírico, herdado das gerações ou etnofarmacológico. Quando relacionamos as crenças populares, na utilização de plantas medicinais, é de grande valia observar as espécies que são usadas, como também quais as concentrações e formas de tratamento usado para diversas finalidades terapêuticas (LIMA et al., 2019). As plantas medicinais tiveram seu uso diminuído em meados do século XX, período o qual os países desenvolvidos adotavam o uso de drogas sintéticas para realizar seus tratamentos. Atualmente nota-se um aumento na busca por plantas medicinais como alternativas de tratamento, principalmente por apresentarem uma opção com menores efeitos colaterais, baixo custo e baixo índice de resistência aos microrganismos, logo fitoterapia tem sido cada vez mais utilizada no Brasil e tem trazido resultados positivos, estão em ampla escala nos quadros de atenção básica no sistema de saúde pública (DIAS et al., 2018). O Brasil é o líder do ranking dos países com maior biodiversidade, proporcionando fontes de substâncias para diversos fins terapêuticos. São existentes no mundo cerca de 500 mil espécies vegetais, o território brasileiro contempla cerca de 55 mil, porém oriundos da América do Sul são registrados apenas 25% dos medicamentos fitoterápicos. Calcula-se que menos de 15% das espécies foram estudadas para a utilização em escala medicinal (ZAGO; MOURA, 2018). Quando confronta-se a ideia que as plantas já existiam desde os primórdios, logo conclui-se que algumas delas necessitaram do uso de estratégias cada vez mais promiscuas para que pudesse garantir a sobrevivência da espécie com o passar dos anos da evolução, conclui-se que muitas delas aperfeiçoaram cada vez mais seus instintos de defesa natural contra os mais diversos predadores ou ameaças, com 17 mecanismos de defesa capazes de sintetizar diversos tipos de compostos químicos, garantindo sua segurança e integridade. E são a partir destes compostos, metabolitos secundários, que atualmente pesquisam-se diversos componentes que possuem atividade farmacológica (FERREIRA; PINTO, 2010). As plantas medicinais tiveram seu uso diminuído em meados do século XX, período o qual os países desenvolvidos adotavam o uso de drogas sintéticas para realizar seus tratamentos. Atualmente nota-se um aumento na busca por plantas medicinais como alternativas de tratamento, principalmente por apresentarem uma opção com menores efeitos colaterais, baixo custo e baixo índice de resistência aos microrganismos (SOUZA-MOREIRA; SALGADO; PIETRO, 2010). Estes recursos terapêuticos são possíveis graças ao metabolismo secundário dessas plantas, visto que sintetizam rotas especificas de metabolitos, sendo classificadas em primário os compostos que estão relacionados com a porção estrutural, energética e plástica, e secundário os compostos necessários para adaptação no ciclo de desenvolvimento ou como garantia de sobrevivência aos ataques de predadores naturais. Pose-se dividir estes metabolitos secundários em três grandes grupos: os terpenos, fenóis e compostos nitrogenados (VIZZOTO et al., 2010). Os terpenos, intitulados a partir do primeiro isolamento proveniente dos compostos encontrados na terebintina, forma-se pela junção de isopentenilpirofosfato, classificando em monoterpeno (C10), sesquiterpenos (C15), diterpenos (C20), triterpenos (C30) e tetraterpenos (C40) (FERREIRA; PINTO, 2010). Os monoterpeno são substancias voláteis, geralmente óleos essenciais, capazes de atrair polinizadores ou repelir insetos indesejáveis como o mentol e limoneno conhecidos pelo odor agradável. Os sesquiterpenos apresentam volatilidade, contudo estão relacionados com o processo de defesa da planta contra vetores ou pragas, seus compostos atuam também como fitoalexinas em resposta a ataques microbianos, que deprimem injurias de herbívoros oportunistas. A giberelina representa a classe dos diterpenos que em sua maioria atua como porção hormonal responsável no papel germinativo e na expansão frutífera. É de ressalvaalguns diterpenos como o taxol associado como anticancerígeno e o forskolin utilizado no tratamento de glaucoma. As saponinas pertencem a classe dos triterpenos e atuam como defensores sobre insetos e microrganismos. Os tetraterpenos são compostos lipossolúveis, sendo os carotenoides e xantofilas. Nas plantas atuam no processo de dissipação dos radicais livres liberados no processo de fotossíntese e conferem as plantas os tons de amarelo, alaranjado e vermelho (VIZZOTO et al., 2010). 18 Os fenóis são caracterizados principalmente pelos flavonoides, substancia de interesse farmacológico devido suas propriedades antinflamatórias. Já os compostos nitrogenados possuem ao menos um átomo de nitrogênio ligada a seu anel conferindo o nome de alcaloides a estes compostos, esta classe é vista por atuarem acentuadamente no sistema nervoso sendo utilizados como alucinógenos ou venenos (VIZZOTO et al., 2010). 3.2 – Óleos essenciais São substancias hidrofóbicas e lipossolúveis em outros óleos, geralmente, os óleos essenciais são compostos voláteis ligados a propriedades instigantes no que se refere a atividades farmacológicas devido à volatilidade e a outras atribuições biológicas, são compostos que apresentam principalmente em sua composição uma estrutura química muitas vezes complexa (GONÇALVES, 2018). As propriedades com ação terapêuticas e funções organolépticas dos OE, se devem de modo geral à presença principalmente de monoterpeno, sesquiterpenos e de fenilpropanóides evidenciados como: alcoóis, aldeídos, cetonas, fenóis, ésteres, óxidos, peróxidos, furanos, ácidos orgânicos, lactonas, cumarinas. Por mais que todos os órgãos de uma planta possam acumular OE, sua composição diferencia-se devido à localização na planta (desde flores, botões, folhas, ramos, casca, semente, frutas, lenho, raízes e rizomas). (SARTO; ZANUSSO JUNIOR, 2014). Devido a necessidade cada vez mais da utilização de produtos naturais para o tratamento de doenças, a procura por novas substâncias e cada vez maior, e o Brasil apresenta um potencial enorme na exploração farmacológica dessas, o uso errôneo e indiscriminado de antibióticos nos leva cada vez mais a propensão de novas cepas multirresistentes, e desta forma o potencial de extratos e óleos essenciais são capazes de promover o retardo do desenvolvimento microbiano, trazendo uma nova opção para cuidados na prevenção e auxilio no tratamento concomitante ou não com a utilização de fármacos industrializados (SCUR, 2016). Os OE, em decorrências das suas propriedades aromáticas, são amplamente utilizados na indústria. Na perfumaria, como fragrâncias e conservantes, na indústria de alimentos é utilizado em larga escala como matéria prima ou no processo de obtenção de alimentos e na indústria farmacêutica por apresentarem constituintes químicos com atividades farmacológicas como antioxidantes e antimicrobianas (CRAVEIRO; QUEIROZ, 1993). 19 Devido as suas características químicas, os óleos essenciais óleo essencial pode ser obtido de todas as partes da planta. Para sua extração utiliza-se principalmente técnicas como arraste de vapor d’água, prensagem e fluído supercrítico (GONÇALVES, 2018). Em meio as espécies frutíferas nativas do território nacional, podem-se observar a gama da família botânica Myrtaceae, representada por 211 espécies, sendo a sétima família mais ampla do bioma. Esta família já possui diversas aplicações no âmbito medicinal devido há atividades com grande valor científico e na cultura popular, elucidados em partes de Monografias da Farmacopéia Brasileira (PAULA et al., 2008). 3.3 – Psidium cattleyanum S. A espécie Psidium cattleyanum S. apresenta plantas arbóreas que podem alcançar de 3,0 a 6,0 metros de altitude, apresenta seu tronco maciço sem rugosidade, e com sua casca descamante, como pode-se observar na Figura 1, as folhas são coriáceas, brilhantes e aromáticas (FETTER et al., 2010). Figura 1: Ramo de folhas frescas do Psidium cattleyanum S. Fonte: (CUCCHI, 2019). É popularmente conhecido por araçá, araçá do mato, araçá do campo e araçá- amarelo, se caracterizam por apresentar seus frutos pequenos, cultiváveis desde as florestas tropicais amazônicas aos pampas gaúchos, seus frutos apresentam cor amarela ou vermelhos, são consumidos in natura pelo homem e também servem como alimentos para animais silvestres (SANTOS et al., 2007). 20 Devido a variação da cor de seus frutos a espécie é dividida em dois principais morfotipos, que se denominam araçá amarelo e araçá vermelho. As análises usadas mostram diferenças anatômicas do lenho, na forma das folhas e também na coloração dos frutos de Psidium cattleianum. Todavia, ainda são poucos os investimentos em pesquisa e desenvolvimento para que se possa aumentar o acervo cientifico (ROCHA et al., 2008). O araçá vem sendo o alvo de muitas pesquisas científicas envolvendo a área da indústria farmacêutica e também com cunho de exploração econômico, devido a elevada concentração de vitamina C presente no fruto, podendo apresentar valores de quatro a sete vezes mais elevados do que as frutas cítricas a pitanga e a lima. (FRANZON, 2009). Apresentam compostos de cunho significantes habitualmente relacionados com propriedades biológicas importantes, como pode-se relacionar os compostos fenólicos, ácido ascórbico e carotenos, correlacionados com o aumento da proteção contra oxidação celular, anticarcinogênica e atividade antimicrobiana. A ação antimicrobiana de compostos fenólicos pode variar frente a diversos mecanismos de ação. Os fenóis também podem impossibilitar a síntese de ácidos nucléicos de bactérias classificadas como gram negativo e positivo. (SANTOS et al., 2007). Verificou-se também que ação destes compostos fenólicos são capazes de provocar alterações na hidrofobicidade bacteriana a partir de mudança físico-químicas na superfície das bactérias, então a ação antimicrobiana destes compostos é possível por apresentar-se parcialmente lipofílico, desta forma atravessa a membrana celular, levando a desordem estrutural da membrana e por consequência acidificação do citoplasma desta forma leva a desnaturação proteica. Desta forma pode-se afirmar que o rompimento de membrana é a explicação para a ação antimicrobiana de compostos fenólicos contra microrganismos (MACWAN et al., 2016). 3.4 – Técnica de extração Os óleos essenciais podem ser extraídos de diferentes formas e métodos, variando muito com as características das partes da planta as quais pretende-se empregar a extração, pode-se aplicar processos de enfloração, extração a partir de solventes orgânicos, prensagens, extração com fluido supercrítico e arraste de vapor d’água (FIGUEREDO; ROCHA; FREITAS, 2019). O arraste de vapor d’água ainda se divide em três classes, a destilação pelo vapor de água, no qual a planta encontra-se suspensa sobre o solvente, não 21 mantendo contato direto com este, sendo apenas o vapor responsável pela extração, o método pela agua e vapor, no qual a amostra fica acima de um recipiente com água fervente, e a terceira maneira chama-se hidrodestilação, que é uma das técnicas mais empregadas para obtenção de óleo essencial, utilizando um aparelho conhecido como Clevenger. Neste sistema a amostra vegetal e colocado no interior de um balão de fundo redondo com água, levado ao aquecimento e acoplado ao Clevenger. Com isto a água em aquecimento evapora arrastando com este vapor os compostos voláteis presentes na planta, que ao se condensarem, evidenciam o óleo essencial (SANTOS et al., 2004). 3.5 – Microrganismos de interesse clínico Os microrganismos de interesse clínico estão cada vez mais acometendo pacientes, em sua maioria são bactérias comensais que vivem no organismo de pessoas saudáveis, porém não deixam de serem oportunistas, ou seja, quando por algum motivo ocorre baixasno sistema imunológico destes pacientes, estes microrganismos ocasionam quadros de infeções fazendo-se necessário o uso de antimicrobianos. Devido ao aumento dos quadros de resistência a antibióticoterapia convencionais, nos últimos anos tem sido alvo de muitas pesquisas a atividade antimicrobiana de diversas espécimes buscadas principalmente a partir de seu óleo essencial, e esta atividade está ligada diretamente com os grupos funcionais neles encontrados, como, compostos oxigenados e esteroquímica de seus componentes majoritários, em especial estruturas fenólicas, terpenóides alifáticos do grupo éster e/ou aldeídos que se sobressaem devido sua atividade antimicrobiana (CHAIBUB et al., 2013). 3.5.1 – Staphylococcus aureus O Staphylococcus aureus pertence ao grupo cocos gram-positivo, são positivos frente a catalase, não esporulam e algumas são encapsuladas. Sua parede celular é formada por uma frouxa camada de polissacarídeos levando a inibição da quimiotaxia e fagocitose, desta forma também ocasionam maior aderência a materiais sintéticos e a rigidez graças ao peptídioglicano. Encontram-se com frequência nas fossas nasais, e na pele, eventualmente pode ocasionar infecções na pele mais sutis como 22 espinhas e furúnculos, até casos patológicos mais graves como pneumonias, endocardites, meningites, septicemias (SANTOS et al., 2007). Este gênero possui 33 espécies, pode-se isolar 17 espécies presentes na microbiota humana (ALMEIDA, 2016). Seu crescimento ocorre em pH neutro e incubados a 37°C, a coloração das colônias podem variar desde o acinzentado ao amarelo ouro (SANTOS et al., 2007). Devido a sua capacidade de resistência, o S. aureus tem uma grande capacidade de se propagar, quando por algum motivo as barreiras naturais de defesa do nosso organismo estão debilitadas, estes microrganismos são capazes de se alojar em nosso tecido causando lesões tissulares, por ser oportunista, é mantido uma grande cautela em hospitais e centros cirúrgicos, porém ainda é um dos principais causadores de infecções nasocomial. As lesões por necrose tissulares ficam por conta das toxinas estafilocócicas que deixam um aspecto de pele escaldada onde se acometem, bem como lesões pela síndrome do choque tóxico que incluem febre alta, hipotensão, exantema eritematoso difuso e envolvimento de múltiplos órgãos (BRAVO-SANTANO, 2019). Dentre suas peculiaridades possui a capacidade de formar biofilmes, e desta maneira consegue burlar o sistema imunológico e antibióticoterapia, algumas cepas possuem a capacidade mesmo em estado não ativo de sobreviverem por anos, tornando-se assim resistentes a terapias convencionais, como são os casos da resistência a meticilina, denominados de MRSA e também à vancomicina denominados VRSA (ALMEIDA, 2016). Ao analisar o mecanismo patogênico da infeção por S. aureus, pode-se ressaltar as seguintes etapas: inicialmente para que sejam rompidas as barreiras do epitélio, as cepas se aderem à superfície da pele ou mucosa, quando lesada causa o desarranjo estrutural celular pelo rompimento das ligações intercelulares, logo iniciam- se diversas estratégias de sobrevivência e desenvolvimento no hospedeiro como a anulação dos fatores fagocíticos, e inibição das respostas imunes humoral e opsonização do sistema complemento. Além de estar relacionado diretamente com o nível de virulência da cepa acometida e com o estado imunitário atual que o hospedeiro se encontra no momento em que está vulnerável a exposição (BRAVO- SANTANO,2019). 3.5.2 – Escherichia coli 23 Pertencente à família Enterobacteriaceae a E. coli pode ser encontrada na microbiota entérica de algumas aves e mamíferos endotérmicos, isto é, de sangue quente. A maioria das espécies vive de maneira comensal, ou seja, sem causar doenças, apresenta-se morfologicamente como bacilos gram-negativo, anaeróbia facultativas, são fermentadoras de açúcar posteriormente formam gás e ácido quando incubadas a 45°C. Possui algumas espécies que geralmente são as fontes de infeções urinarias e intestinais por provocarem diarreia (BRASIL, 2013). São favorecidas por apêndices como fibrinas e adesinas que lhe conferem a capacidade de aderência nos tecidos, desta forma em casos de infeções urinarias, as bactérias não são arrastadas pelos jatos de urina que passam pela uretra dificultando o tratamento. Logo relaciona-se casos de contaminação cruzada facilitando as toxinfecções alimentares, ocasionando os principais casos de gastroenterites (FREIRE et al., 2018). Pertencente ao subgrupo dos coliformes totais, a E. coli e o principal representante dos coliformes termotolerantes, e concomitante, atua como principal indicador de contaminação fecal recente e presença de organismos patogênicos. Dentre estas apresenta apenas seis patótipos que são relevantes pois podem causar uma seleção de doenças, dentre elas a síndrome hemolítico-urêmica (SHU) (DRUMOND, 2018). Atualmente tem-se uma grande preocupação com a mutação deste gênero o qual pode ser muito agressivo ao hospedeiro, causando episódios semelhantes a shigeloses casos onde há ocorrência de infecção por Shigella dysenteriae como é o caso da cepa produtora de toxina semelhante a shiga, denominada STEC (do inglês shiga toxin-producing E. coli) (CERUTTI, 2018). Todavia é de grande interesse também a cepa O157: H7 por causar diarreia acentuada e muitas vezes sanguinolenta podendo evoluir em SHU e em casos mais graves podendo ser letal. E habitualmente transmitida em alimentos, principalmente carne moída não cozida, produtos crus e falhas nos processos de pasteurização (SHARAPOV et al., 2016). 3.5.3 – Streptococcus pyogenes Pertencendo ao grupo Streptococcus, conhecidos também como Estreptococos Grupo A (EGA), estas bactérias se dispõem em cocos, aos pares ou em cadeias quando semeadas em meio de cultura como o ágar sangue, são bactérias gram positivas, catalase negativa, necessariamente não utilizam oxigênio, porem a 24 maior parte seja aero tolerante. Fisiologicamente existem cepas integrantes da flora normal do organismo humano, entretanto algumas delas são responsáveis por causar infeções ao hospedeiro (ANDREOLA, GOULART, 2007). Quadros clínicos causados pelo S. pyogenes estão relacionados como principais patógenos humanos por serem capazes de desencadear diversos processos infeciosos, com lesões de pele e invasão no trato respiratório, está relacionando como microrganismo causador de piodermites, erisipela, celulite, fasciíte necrotizante, síndrome similar ao do choque tóxico, pneumonia e faringite, sendo esta última de grande significância, podendo levar a duas vias de complicações (TORRES, 2011). A faringite é a principal doença causada pelo S. pyogenes, os sintomas aparecem a partir do segundo ao quarto dia do contato com o agente, destaca-se a febre, edema local, dores de garganta, cefaleias e petéquias no palato, normalmente tendem a permanecer por cinco dias. Quando persistentes podem gerar danos supurativos levando a inflamações como adenite cervical, otite média, sinusite, infecção meníngea e abscesso cerebral. Já danos relacionados com a evolução tardia, não supurativas, ocasionadas pelo S. pyogenes agravam o quadro do hospedeiro como casos de febre reumática (FR), glomerulonefrite aguda, porem está pode estar relacionada também com infeções de pele (KONEMAN et al., 2001). A FR de forma geral se apresenta desgastante e com um alto custo frente ao sistema de saúde, não só no Brasil, mas em um contexto global, acomete complicações levando ao caos socioeconômico que se instala agravando em especial países em desenvolvimento. Em casos assim, a FR pode expressar erupções eritematosas, fragilidade muscular, discrepância de coordenação motora, nódulos subcutâneos indolores, artrite migratória e principalmente alterações no músculo cardíaco (TORRES, 2011). O EGApossui um grande potencial patogênico devido aos seus genes com elevado potencial virulento, entretanto ainda é susceptível ao de escolha para tratamento de primeira linha que é a penicilina. No entanto este quadro está se revertendo nos casos em que se opta por fazer o uso da segunda linha de tratamento empregando uso de macrolídeos, uma vez que deve ser constante o monitoramento para que seja possível identificar os genes transportadores genéticos da resistência, garantindo ações de controle e adequação terapêutica (RICHTER et al., 2008). 25 4.0 - MATERIAL E MÉTODOS 4.1 – Caracterização do material botânico As folhas do Psidium cattleyanum S. foram coletadas de uma propriedade urbana, situada na cidade de Quedas do Iguaçu – PR 25° 26′ 27″ Sul, 52° 55′ 17″ Oeste, em março de 2019. O material foi identificado a partir de sua caracterização de folhas e da coloração dos frutos. Estas folhas foram selecionadas visando uma amostra homogênea e livre de quaisquer sujidades ou vetores, foram secas ao abrigo do sol, com corrente de ar circulante por sete dias. Empregou-se o uso da trituração destas folhas com intuito de facilitar o processo de extração. Logo, obteve-se uma amostra seca e homogênea para utilização. 4.2 – Extração do óleo essencial A extração do óleo essencial foi realizada pelo método de arraste de vapor d’água, com auxílio do aparelho de clevenger, onde foram utilizados 100 gramas de folhas secas em 1000mL de água destilada, em ebulição há 100°C com extração de três horas e meia. Após, o óleo foi colocado em frasco ependorf, envolto com papel alumínio para protege-lo de alterações da luz, posteriormente vedado com filme plástico e armazenado sob refrigeração de 2 a 8°C (MIRANDA et al., 2016). 4.3 – Microrganismos Os microrganismos utilizados para determinar o potencial antimicrobiano do óleo essencial de Psidium cattleianum S. foram duas bactérias gram- positivas: Staphylococcus aureus, e Streptococcus pyogenes e junto a elas, uma bactéria gram-negativa: Escherichia coli. Estas cepas pertenciam inicialmente ao acervo microbiológico presente no laboratório de microbiologia da instituição. 4.4 – Preparo do óleo Adicionou-se 0,4 µL de óleo essencial de Psidium cattleianum S. em 9,5 mL de água deionizada estéril e 0,1 µL do tensoativo Tween 80, segundo metodologia indicada por Lima, et al., (2016). 26 4.5 – Atividade antimicrobiana Os microrganismos previamente mantidos sob resfriamento, foram recuperados em ágar Cled e incubados a 37°C por 24 horas. Após esse período, eles foram ressuspendidos em solução salina estéril a 0,9% para obtenção do inóculo padrão na concentração de 1.10 8 UFC/mL, de acordo com a escala 0,5 MacFarland. A partir desta, foram realizadas diluições em solução salina estéril a 0,9% para obtenção de um inóculo final em uma concentração de 1.10 5 UFC/mL. A atividade antimicrobiana do OE de Psidium cattleyanum S. foi determinada pelo método de microdiluição em caldo empregando o uso da técnica de Concentração Inibitória Mínima (CIM) para cada microrganismo testado, conforme protocolo padronizado pela CLSI (2006). Foi usada uma placa para microcultivo com 96 cavidades, o meio de cultivo utilizado foi o caldo Brain Heart Infusion (BHI) com agente emulsificante Tween 80 a 2% adicionado, para que diminua a tensão superficial no contato dos óleos essenciais apolar com o meio de cultura que apresenta características polar. Foram realizadas diluições seriadas do óleo ao meio de cultura. O óleo essencial de Psidium cattleyanum S. foi utilizado com concentrações de 1.000 mg mL-1 a 0,48 mg mL-1 (CLSI, 2006). A microplaca foi incubada a 37°C durante 24 horas, posterior a incubação, foram adicionados 20 µL de 2, 3, 5-Cloreto de trifenil tetrazólio a 0,5% em todas as cavidades e incubou-se a placa durante dez minutos a 37°C. A leitura para a determinação da CIM foi realizada de forma visual, a mudança na coloração de amarelo para vermelho foi indicativo de atividade metabólica bacteriana e a permanência da cor amarela mostra a ausência do crescimento bacteriano pela ação do óleo essencial. 4.6 – Controle Como controle negativo, preparou-se uma solução de quatro mcg mL de cefalexina adicionada com o inóculo bacteriano para analisar a viabilidade celular bacteriana. Como controle positivo, não foi adicionado fração de óleo essencial ou antimicrobiano, sendo feito apenas para identificar a respiração celular e enquadrar o crescimento. 27 5.0 – RESULTADOS E DISCUSSÃO A partir da placa de CIM, pode-se observar a inibição de crescimento dos microrganismos Escherichia coli, Sthaphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes conforme a Figura 2 no apêndice deste trabalho, sendo possível identificar pela coloração da reação do trifenil tetrazolio as diluições que não apresentaram respiração celular após a aplicação do óleo essencial e período de incubação de 24 horas. Ao realizar a leitura da placa de CIM, observou-se que houve efetividade do OE frente as cepas testadas, ambas apresentaram sensibilidade quando comparadas ao controle positivo uma vez que frente ao microrganismo que obteve melhor resultado foi a E. coli na qual verificou-se CIM de 7,8 mg mL-1, seguido pelo S. aureus onde a representação de CIM foi de 15,6 mg mL-1, e para S. pyogenes o resultado obtido foi de 31,25 mg mL-1. Para o controle positivo, inoculou-se os microrganismos com o antibiótico, relatou-se que nao apresentou crescimento bacterino. Os resultados da concentração inibitória mínima podem ser observados na Tabela 1. Tabela 1. Concentração inibitória mínima do óleo essencial de Psidium cattleyanum S. sobre E. coli, S. aureus e S. pyogenes. Microrganismo CIM (µg mL-1) Controle positivo Controle negativo E. coli 7,8 Presença Ausência S. aureus 15,6 Presença Ausência S. pyogenes 31,25 Presença Ausência De acordo com o autor Holetz et al., (2002) extratos com uma CIM inferior a 100 µg mL, a atividade antimicrobiana é boa, ou seja, de alta efetividade, de 100 a 500 µg mL a atividade antimicrobiana é moderada, de 500 a 1000 µg mL a atividade antimicrobiana é classificada como de baixa efetividade e acima de 1000 µg mL o extrato é considerado inerte. Em concordância com o autor nosso resultado e considerado de alta efetividade. Não foi realizado a identificação química dos compostos no óleo essencial obtido neste trabalho, contudo de acordo com a literatura, encontram-se trabalhos que evidenciam os compostos majoritários encontrados no óleo de Psidium cattleianum S. identificados a partir de cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (CG/EM). Assim acredita-se que a obtenção dos bons resultados sobre a atividade frente as bactérias devem-se a estes compostos Segundo Silva et al., (2017) os componentes classificados como majoritários do óleo essencial do Psidium cattleyanum S. foram: 1,8-cineol (41,1%), seguidos 28 pelos componentes α-terpineol (7,47%), linalol (6,8%), a-pineno (4,82%) e β- cariofileno (4,35%). Em sua pesquisa Guerreiro et al., (2006) pode identificar cerca de 25 compostos, com aplicação de mesma técnica, dentre eles os que se destacam são: α-tujeno (25,2%), 1,8-cineol (16,4%) e Z-cariofileno (10,2%), nota-se que ambas pesquisas compartilham alguns compostos semelhantes encontrados. Ao realizar sua pesquisa, Scur et al., (2016) pode evidenciar compostos voláteis reconhecidos no óleo essencial de Psidium cattleianum pertence aos hidrocarbonetos terpênicos, representados pelo α-copaeno (22%), seguido pelo eucaliptol (15%), α- cadineno (10%) e ô-selineno (6,42%). Segundo Alvarenda et al., (2015), ao pesquisar atividade antimicrobiana do óleo essencial do Psidium cattleianum S. obtidos da casca do caule, encontrou resultados positivos frente a cepas que acometem infeções na cavidade oral causadas por S. mutans eS. oralis. Incentivando o seu uso em formulações como enxaguantes bucais. Há pesquisas que evidenciaram compostos semelhantes em folhas obtidas de outros países como vindas do Egito em pesquisas apresentadas por Soliman et al. (2016) onde foram identificados 31 (trinta e um) compostos na composição química do óleo essencial, sendo o beta-cariofileno (28,83%) o principal sesquiterpeno identificado, seguido de alfa-pineno (28,00%) alicerçando a base de composição química presente no óleo. Adam et al., (2011) realizaram pesquisas no óleo essencial das folhas coletadas na Polinésia Francesa, identificados por GC/MS onde observaram que o óleo essencial é abundante em sesquiterpeno (48,8%) e monoterpênicos (10,1%). Neste trabalho, o principal sesquiterpeno apresentado foi o beta-cariofileno (31,5%). Segundo Oliveira (2016) ao aplicar CG/EM no óleo essencial do Psidium cattleianum S. pode-se observar a presença de 21 compostos, sendo quatro como majoritários, nota-se ao analisar estes componentes que são em sua maioria terpenóides, responsáveis por um leque de ações biológicas como antimicrobianos, antioxidantes, antinflamatórios e antivirais, observamos sesquiterpenos como o beta- cariofileno (20,40%), delta-cadineno (7,38%) e germacreno D (7,21%) e pertencente a classe monoterpênica o constituinte alfa-pineno (10,10%). Os hidrocarbonetos monoterpênicos ou sesquiterpênicos e seus derivados oxigenados são considerados como potentes agentes antimicrobianos (DIAO et al., 2014). O cariofileno é um sesquiterpenóide de evidencia comum em muitos óleos essenciais e, principalmente, no óleo de cravo na sua forma isômera (b-cariofileno). Aparece na natureza como gama dos isômeros: isocariofileno, a-cariofileno 29 (humuleno) e b-cariofileno. Alguns desses componentes apresentam atividades biológicas (b-cariofileno), com efeitos espasmolítico, anestésico local e anti- inflamatório. Henrique e colaboradores (2015) concluíram em seu estudo que o cariofileno modifica a ação do antibiótico neomicina, aumenta a resistência do mesmo contra cepas de S. aureus. O óleo essencial obtido da copaíba possui o beta cariofileno, princípio ativo que tem ação germicida (PACKER, 2007). O delta-cadineno está associado a classe dos sesquiterpenos bicíclicos, contendo em sua estrutura principal dois anéis fechados, a estrutura principal e responsável por possuir a capacidade de desenvolver isômeros hidrocarbonetos variados conforme a origem de cada um deles vindas da síntese do mevalonato, por ser um sesquiterpeno está relacionado com os mecanismos de defesa da planta (RIBEIRO, 2019). O germacreno D é um dos constituintes majoritários de óleos essenciais com atividade antimicrobiana comprovada. Segundo Cowan (1999), a lipofília de hidrocarbonetos de estrutura terpênica permite a sua partição nos lipídeos da membrana celular, aumentando a permeabilidade desta. Esta propriedade pode facilitar a penetração de agentes antimicrobianos no interior celular e assim proporcionar aumento de atividade, constituindo-se numa explicação plausível para as interações positivas de constituintes de natureza sesquiterpenóide com antibióticos de uso convencional. O Alfa-pineno é um monoterpeno presente nos óleos voláteis, é constituído por diversas estruturas químicas baseadas em duas unidades de isopreno (C10), sendo mais comumente encontrado na América do Norte. Segundo Nóbrega (2013) A mistura racêmica entre os enantiômeros positivo e negativo pode ser encontrado em alguns óleos essenciais, tais como óleo de eucalipto. Em estudo realizado por Martins et al., (2003), com o composto isolado, o alfa pineno, verificaram um composto com atividade antimicrobiana frente a bactéria E. coli comprovando assim sua atividade antimicrobiano. De acordo com Gundidza et al., (2008), observa-se que um dos compostos majoritários do óleo essencial das folhas de Rhus lancea L. F é o alfa-pineno (86,95%). Neste estudo pode-se comprovar a ação antimicrobiana deste óleo essencial sobre E. coli, e os autores relacionaram a atividade antimicrobiana a alta concentração do monoterpeno. A ação antibacteriana dos componentes do óleo essencial pode acontecer por três vias diferentes: pela ação na bicamada fosfolipídica da parede celular; pela elevação da permeabilidade e extravasamento dos constituintes celulares; e por 30 mudanças desordenadas nos sistemas enzimáticos, juntamente com processos envolvidos na produção de energia e síntese de componentes na estrutura celular ou por inativação e desintegração do material genético (SILVESTRINI et al., 2015). De maneira sucinta e difícil descrever a ação especifica dos compostos majoritários dos óleos essenciais, uma vez que, acredita-se que estas plantas são capazes de armazenar misturas complexas de terpenos e não apenas um ou dois compostos, desta forma é provável que estas misturas atuam por sinergismo para que assim elevem seu potencial efeito toxico (GARCIA, 2018). Pode-se associar a ação acentuada do óleo essencial sobre a bactéria gram negativa devido a morfologia de sua parede, que por sua vez é composta pela camada de peptídioglicano, que possui uma camada em menor espessura do que as gram positivas, e três componentes que a envolvem externamente: lipoproteína, membrana externa e lipopolissacarídeo, sendo assim por questões de solubilidade, uma molécula que tenha afinidade lipofílica, como o óleo essencial por exemplo, consegue permear por meio destas camadas com mais facilidade, devido semelhança apolar entre elas (FREIRE et al., 2018). Emprega-se o ataque a membrana citoplasmática como principal agente causador de morte celular bacteriana, mecanismo este que pode ser citado para a totalidade dos componentes dos OE, devido sua hidrofobicidade, contudo a literatura ainda descreve outros mecanismos que levam ao mesmo resultado, como a modificação na força próton motriz, e também no fluxo de elétrons, nas situações de transporte ativo de nutrientes, no bloqueio da síntese de produção enérgica (ATP), a formação de coágulos no citoplasma que assim elucidam as formas de perturbação no comportamento normal das bactérias causadas pela ação em conjunto ou não dos componentes do OE, logo este mecanismo de ação remete a uma cascata e reações que se observa em células bacterianas (MACWAN et al., 2016). Há pesquisas que evidenciaram compostos semelhantes em folhas obtidas de outros países como vindas do Egito em pesquisas apresentadas por Soliman et al. (2016) onde foram identificados 31 (trinta e um) compostos na composição química do óleo essencial, sendo o beta-cariofileno (28,83%) o principal sesquiterpeno identificado, seguido de alfa-pineno (28,00%) alicerçando a base de composição química presente no óleo. Adam et al., (2011) realizaram pesquisas no óleo essencial das folhas coletadas na Polinésia Francesa, identificados por GC/MS onde observaram que o óleo essencial é abundante em sesquiterpeno (48,8%) e 31 monoterpênicos (10,1%). Neste trabalho, o principal sesquiterpeno apresentado foi o beta-cariofileno (31,5%). Em seu estudo Moraes (2009), ainda salienta a importância de se observar a localização de coleta e as modificações e fatores abióticos que a planta sofre durante as fases de sua vida, períodos sazonais, temperatura, luminosidade, crises hídricas, relações planta/inseto, planta/microrganismo e planta/planta, período da coleta e manejo pós coleta estão relacionados diretamente coma formação e preservação dos compostos químicos evidenciados no óleo essencial. Simonetti (2015) evidencia que o óleo essencial extraído de plantas da família Myrtaceae apresentam estão diretamente relacionados por apresentarem atividade antimicrobiana seja frente a bactérias gram positivas ou gram negativas, com tudo esta ação varia de acordo com metodologia aplicada no processo de obtenção do extrato ou óleo essencial.32 6.0 – CONCLUSÃO A utilização de técnicas de seleção, coleta e secagem da planta para extração do óleo essencial são de extrema importância para a garantia da qualidade do OE, e pode ser observado durante o desenvolvimento deste trabalho. A obtenção do óleo essencial por meio de hidrodestilação com Clevenger proporcionou um resultado de caráter satisfatório, observando ainda o baixo custo implicado, a simples aplicação e a quantidade necessária para a realização do experimento em tempo favorável. O óleo essencial de Psidium cattleyanum S. apresenta ação antimicrobiana sendo capaz de atuar impedindo o desenvolvimento das bactérias Escherichia coli, Sthaphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes. O óleo essencial do Psidium cattleianum S. na concentração de 31,25 mg mL-1 seria suficiente para inibir todas as bactérias testadas. A atividade antimicrobiana do óleo essencial de Psidium cattleianum S. está relacionada a sua composição química, rica em compostos terpênicos, que associados atuam por sinergismo impedindo o crescimento e multiplicação das bactérias 33 REFERÊNCIAS ADAM, F., VAHIRUA-LECHAT, I., DESLANDES, E., MENUT, C. Aromatic plants of French Polynesia. V. Chemical composition of essential oils of leaves of Psidium guajava l. and Psidium cattleyanum Sabine. JOURNAL OF ESSENTIAL OIL RESEARCH, v. 23, n. 1, p. 98-101, 2011. ALMEIDA, M. S. C.; MENDONÇA, R. L.; FREITAS, M. Z. C.; VANDERSMET, L. C. Staphylococcus aureus. 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