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Resenha do Manual de Técnica Psicanalítica

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SÁ 
CURSO DE PSICOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESENHA DO CAPÍTULO IV e VI DO LIVRO: MANUAL DE TÉCNICA 
PSICANALÍTICA (Zimerman, David E) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Recife/PE 
Maio 2021 
 
Lílian Dionelli dos Santos Borges 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESENHA DO CAPÍTULO IV e VI DO LIVRO: MANUAL DE TÉCNICA 
PSICANALÍTICA (Zimerman, David E) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resenha apresentada para o estudo dirigido de 
clínica psicanalítica, no curso de psicologia, do 
centro universitário Estácio de Sá. 
 
Prof. Mireilly 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Recife/PE 
Maio 2021 
 
 
 
 
 
 
RESENHA CRÍTICA 
Com base no Capítulo IV e VI do Manual de Técnica Psicanalítica 
 
O manual de técnica psicanalítica foi escrito David E. Zimerman, psiquiatra, 
psicanalista, conferencista e escritor. Formado em medicina na UFRGS, se 
especializou em psiquiatria, fazendo sua formação na Clínica Pinel. Trazendo por 
meio de seus estudos e técnicas, valiosas contribuições para o meio psicanalítico 
atual. 
O capítulo IV se destaca pelo seguinte tema “O Primeiro Contato. A Entrevista 
Inicial. Os Critérios de Analisabilidade. O Contrato”. No qual seremos levados a 
conhecer e entender a forma como se dá esse estagio inicial entre o analista e o 
paciente. Mostrando em sua teoria que esse vínculo pode iniciar a partir do primeiro 
contato, como citado no referido capítulo poderá ocorrer a princípio por meio do 
contato telefônico que pode ou não seguir adiante, no qual o paciente entra em contato 
com o analista e já ali firma-se um vínculo. Sendo observada nesse momento sua 
conduta, atitude e linguagem, pois podem revelar uma significante maneira de 
comunicação, um jeito seu de “ser”, em um nível que não se limita apenas o da 
linguagem unicamente verbal. É neste momento que o analista obtém algumas 
informações importantes para que esse vinculo seja duradouro e dê certo, observa-
se então a maneira que fala, se tímido o que pode revelar um personalidade frágil ou 
mais descontraído, se chegou por indicação de algum conhecido ,podendo expressar 
o tanto que demorou pra buscar ajuda analítica, o que nesse caso pode ser um sinal 
de que ele ou não está bem motivado para uma análise ou apenas esteja expressando 
temores próprios de uma caracterologia fóbica ou de uma típica indecisão obsessiva. 
No que está relacionado a entrevista inicial podemos destacar de forma considerável 
que tanto o analista, quanto o paciente têm o direito de decidir se ambos contribuirão 
juntos nesse processo que se dará de forma longa e duradoura, onde nasça uma 
relação de confiança, pois ali naquele momento serão unicamente eles , onde um (o 
paciente) trará suas questões e o outro ( o analista) ouvirá todas essas questões que 
poderá ou não de certa maneira acionar gatilhos pra si, por isso a importância do 
direito de escolha de ambas as partes envolvidas, nesse vinculo profissional ,porém 
íntimo, imprevisível e de longo prazo. A entrevista Inicial é o momento de estabelecer 
os limites e conhecer o terreno que irá planar, pois é nesse momento que nos é dada 
a chance de observar o exterior do paciente, a forma como este age, como se veste, 
 
como se comporta, como entra e sai do ambiente, se é notável algum sinal ou sintoma 
que possa auxiliar na precisão diagnóstica, como é a postura corporal deste indivíduo, 
o tom da voz e modo como ele se expressa ao discursar, todas essas características 
por mínimas que sejam podem falar de forma singela e expressiva sobre o interior do 
paciente. Como relatou o autor a aparência de forma geral reflete no interior do 
paciente e no modo que ele se comporta no meio de outras pessoas. Uma das 
principais finalidade do primeiro além do que já foi mencionado no referido texto é 
também de avaliar e analisar o estado emocional, mental, material e quais foram as 
circunstâncias que o paciente vivenciou que o levaram até o consultório. Pesar os 
benéficos e riscos que consequentemente virão, os pros e contras, as vantagens e as 
desvantagens desse de estabelecer esse vínculo, avaliar o grau e o tipo de 
psicopatologia que acomete este indivíduo, de modo que ao analisarmos todos e mais 
critérios possamos definir qual será o método de terapia psicológica mais indicada 
para o paciente em questão, para que assim possamos progredir de maneira correta 
e que ambos se beneficiem dessa parceria. No que podemos avaliar em relação 
interpretação na entrevista inicial compreendemos de que de forma clara e objetiva 
somos instruídos a evitar as clássicas interpretações alusivas a neurose de 
transferência, porém de modo que se estabeleça uma aliança terapêutica para que 
assim o paciente sinta-se compreendido no ambiente em que busca ajuda para tratar 
suas questões. Ao estabelecer o contrato é exigido uma definição de papéis e funções, 
que se centralizam na natureza do trabalho consciente, no qual será acordado os 
direitos e deveres de ambas as partes, tais como combinação de valores, forma de 
pagamento, horário, número de sessões semanais entre outras questões essenciais. 
Ao firmar este contrato passasse a confiança de que a “terapia séria”, dando a 
entender que o paciente está conquistando um espaço exclusivamente seu e que por 
isso será responsável por ele. 
No capitulo VI desta mesma obra escrita por David E. Zimerman, 
embarcaremos em Uma re-visão das “regras técnicas” recomendadas por Freud, que 
por sua vez nos deixou um importante e fundamental legado para que os todos os 
psicanalistas das gerações que viriam depois dele pudessem ter acesso as técnicas 
dos processos psicanalíticos, de modo que Sigmund Freud formulou como 
recomendações e que habitualmente conhecemos por regra. Destacando que são 
quatro essas regras: a regra fundamental (conhecida como a regra de associação livre 
das ideias), a regra da abstinência, a regra da neutralidade e a regrada atenção 
 
flutuante. Acrescentando também uma quinta regra: a do amor à verdade, que foi a 
ênfase que Freud emprestou à verdade e à honestidade como uma condição sine-
qua-non para a prática da psicanálise. Tornando essas regras permanente em sua 
essência, mesmo que ao decorrer do tempo venham sofrendo algumas significativas 
mudanças por meio de algumas rupturas epistemológicas, sendo inevitável que 
sucessivas mudanças se processem de acordo como perfil de cada paciente, do 
analista e da própria ideologia vivenciada nesse processo de análise. A seguir 
conheceremos brevemente os conceitos dessas regras: 
 REGRA FUNDAMENTAL: se baseia no compromisso assumido pelo paciente em 
associar livremente as ideias que surgissem de forma espontânea em sua mente e 
expressar para o analista, livre de suas inibições e livre de julgamentos; 
REGRA DA ABSTINÊNCIA: como base em dados e fatos históricos na qual as 
análises eram curtas e na clínica dos psicanalistas predominavam as pacientes 
histéricas, que desenvolviam paixão e atração erótica com o analista. Essa regra 
define a necessidade de o psicanalista abster-se de qualquer tipo de atividade que 
não seja a de interpretar, proibindo qualquer tipo de contato externa, sexual ou social, 
com o que faz que o terapeuta deva preservar ao máximo o seu anonimato para o 
paciente; 
REGRA DA NEUTRALIDADE: O psicanalista deve Se manter neutro em relação aos 
seus pacientes. O conceito de neutralidade deve se estender aos próprios desejos e 
fantasias do analista, para possibilitar que ele esteja disponível para os pontos de vista 
dos seus pacientes, que por vez é diferente dos seus, para que esse não tenha que 
apelar ao reducionismo sistemático aos seus valores prévios, de modo que, ele possa 
aproveitar a profunda interação com o seu paciente, ressignificando suas próprias 
experiências emocionaisantigas. Essa regra determina que o analista não se envolva 
de forma alguma afetivamente com o seu paciente; 
REGRA DA ATENÇÃO FLUTUANTE: O analista dispõe de determinadas condições 
para que seja estabelecida uma comunicação de “inconsciente para inconsciente” no 
qual seria ideal o analista fechar literalmente os olhos para poder ver melhor o 
indivíduo a sua frente. esse estado de “atenção flutuante” permite o surgimento, na 
mente do analista, e a importante capacidade, latente em todos, da intuição a qual 
 
costuma ficar ofuscada quando a percepção do analista é feita unicamente pelos 
órgãos dos sentidos. 
REGRA DO AMOR ÀS VERDADES: Freud reiterou sua consideração e2 importância 
da verdade para que houvesse êxito no processo psicanalítico. Permaneceu fiel a sua 
ênfase de que o psicanalista agisse em modo de ser como uma pessoa veraz, honesta, 
verdadeira, afirmando que está condição fundamental na análise poderia promover de 
fato mudanças verdadeiras nos pacientes analisados. Freud nos fez considerar de 
que essas regras que mais que uma obrigação de ordem ética, a regra do amor, às 
verdades constituem como um elemento especial e essencial para que funcionem em 
harmonia a técnica de psicanálise. 
E para finalizarmos não deixaremos de destacar uma outra regra: A PRESERVAÇÃO 
DO SETTIN, que tem por finalidade a união dos dois principais envolvidos no processo 
analítico: o analista e o paciente. Onde faz-se totalmente necessária a sensibilidade 
do analista como princípio fundamental deste processo, levando também em 
consideração as características do paciente e também as do analista, que se 
encontram ambos em suas jornadas. Sobre está técnica no campo da psicanalise , o 
setting seria o espaço que propícia uma estrutura simbólica dos processos de modo 
subjetivo e inconsciente, que reúne condições técnicas e básicas para que haja uma 
intervenção psicanalítica, onde serão englobados todos os elementares 
organizadores do setting sendo esse: o espaço físico de atuação, o contrato 
estabelecido entre ambas as partes envolvidas nesse processo , do mesmo modo que 
os princípios da relação transferencial e contra transferencial, entre analista e 
analisando. 
“Não devemos confundir ter amor às verdades com um desejo de certeza. Em nosso 
mundo relativo, toda certeza absoluta é uma mentira. Muito mais do que ser um 
obsessivo caçador de verdades, o que importa é que sejamos pessoas verdadeiras. 
Nestes pouco mais de 100 anos de existência da psicanálise como ciência, entre 
avanços e recuos, ampliações e supressões, integrações e cisões, créditos e 
descréditos, acima de tudo ela vem sofrendo ininterruptas e profundas transformações, 
em que os sucessivos avanços na teoria repercutem diretamente na técnica, e a 
recíproca é verdadeira.” (Zimerman, David E)

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