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Apol economia politica 2

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Apol economia politica 2
Questão 1/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir:
"No que se refere à ordem internacional, há uma gama enorme de instituições e fatores em geral que possibilitaram a expansão econômica fordista. Em primeiro lugar, como destacam Glyn et al (1990), foram criadas várias instituições internacionais importantes, que deram as condições para a expansão do comércio então verificada e para a reconstrução dos países arrasados pela Segunda Guerra. O FMI, como instituição financeira responsável por lidar com problemas no Balanço de Pagamentos dos países. Em seguida, o Banco Mundial, incumbido de financiar investimentos de longo prazo sobretudo para países desenvolvidos. O GATT, em terceiro, como o órgão que buscava supervisionar e impedir o aumento de tarifas comerciais que lograssem reduzir a intensidade do comércio internacional. Por fim, mas não menos importante, o Plano Marshall, através do qual uma enorme quantia de dólares foi investida sobretudo nos países da Europa Ocidental, criando as próprias condições de crescimento naqueles países e, além disso, criando a própria demanda por investimento norte-americano."
Fonte: LIMA, Ana Carolina Bottega de; STERNICK, Ivan Prates. Teoria da Regulação e crise do fordismo. p. 17. Disponível em: <file:///C:/Users/92007228/Downloads/4147-Texto%20do%20artigo-16052-2-10-20171127.pdf>.
Tendo em conta o trecho acima e os conteúdos trabalhados no decorrer da disciplina de Economia Política, assinale a alternativa que indique corretamente como se denomina o sistema monetário internacional no qual essas instituições estavam incluídas:
Nota: 0.0
	
	A
	Sistema Monetário de Bretton Woods
Como é sabido, os EUA saíram, embora de forma muito lenta, do atoleiro da Grande Depressão. As medidas do New Deal favoreceram a recuperação econômica e os EUA despontaram no século XX como potência hegemônica. Após a Segunda Guerra Mundial, os americanos tomaram a frente no sistema 5 monetário internacional e lograram impor a hegemonia do dólar. Construía-se o chamado acordo de Bretton Woods e o padrão dólar.
Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 4. Economia Política. Material para a impressão, p. 4-5.  
	
	B
	Sistema Monetário de Luxemburgo
	
	C
	Sistema Monetário de Madrid
	
	D
	Sistema Monetário New Deal
	
	E
	Sistema Monetário de Pequim
Questão 2/10 - Economia Política
Leia o texto abaixo:
Um olhar para o capitalismo contemporâneo como sistema global não nos suscita uma visão muito animadora. Ou, pelo menos, não tão otimista quanto aquela propagada pelos liberais clássicos. Os indicadores revelam uma queda generalizada nas taxas de crescimento dos países a partir dos anos 1980, após certa euforia com o modelo de organização chamado por certas vertentes de keynesiano-fordista (Arrighi, 2013; Hirsch, 2010). Observa-se também um declínio do crescimento da renda per capita e um aumento da disparidade de renda tanto no interior dos países mais ricos quanto entre os países mais ricos e os mais pobres (Relatório Anual da Unctad, 1997, citado por Fiori, 1999). E isso ocorreu justamente após o retorno da hegemonia de premissas de cunho liberal aplicadas especialmente à defesa da mobilidade de movimento de capitais, período para o qual se cunhou o termo neoliberalismo” (CALABRESE, 2020, p. 204).
Fonte: CALABRESE, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020.
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos na disciplina de Economia Política, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, uma explicação possível para o aumento da disparidade de renda entre os países capitalistas centrais e os países periféricos:
Nota: 0.0
	
	A
	Aceleração do processo de industrialização em países da Ásia.
	
	B
	Expansão da taxa de lucro vinculada aos produtos tecnológicos
	
	C
	Flutuação da taxa de câmbio internacional e valorização do dólar.
	
	D
	Retração dos percentuais de crescimento dos PIBs desenvolvidos.
	
	E
	Aceleração do processo de financeirização a partir dos anos 1980.
Tendo em conta os aspectos apresentados no enunciado dessa questão e se seguirmos, portanto, essa perspectiva de capitalismo como sistema histórico e global confrontando-a com os prognósticos dos economistas clássicos, podemos nos apoiar na hipótese de Fiori (1999, p. 14), segundo a qual, talvez "a simples competição intercapitalista em mercados desregulados e globalizados não assegure o desenvolvimento, nem muito menos a convergência entre as economias nacionais do centro e da periferia do sistema capitalista mundial". Tudo indica que esse aumento da disparidade de renda entre países e intrapaíses pode ser explicado em parte pela aceleração do processo de financeirização ocorrido a partir dos anos 1980, que produziu um aumento da participação do setor financeiro nos PIBs.
Referência: CALABREZ, Felipe. Introdução à economia política: o percurso histórico de uma ciência social. Curitiba: Intersaberes, 2020, p. 205, adaptado.
Questão 3/10 - Economia Política
“[...] as coisas começaram a andar mal com a irrupção da Primeira Guerra Mundial. Reagindo à consequente instabilidade do sistema político e econômico mundial, os países voltaram a erguer barreiras comerciais. Em 1930, os Estados Unidos abandonaram o livre-comércio, instituindo a famigerada tarifa Smoot-Hawley. Segundo De Clerq (1988, p.201-2), essa tarifa "teve consequências desastrosas para o comércio internacional e, passado algum tempo ..., para o crescimento econômico e o emprego norte-americanos. Atualmente, ainda há economistas convencidos de que a Grande Depressão foi provocada principalmente por essas tarifas". Outros países, como a Alemanha e o Japão, erigiram elevadas barreiras comerciais e, também, passaram a criar poderosos cartéis, os quais se ligaram estreitamente ao fascismo e às agressões externas por eles perpetrados nas décadas seguintes. O sistema mundial de livre-comércio finalmente sucumbiu em 1932, quando a Grã-Bretanha, até então sua ferrenha defensora, cedeu à tentação de reintroduzir tarifas alfandegárias” (CHANG, 2004, p. 32)
Fonte: CHANG, Há-Joon. Chutando a Escada: A estratégia do desenvolvimento em perspectiva histórica. São Paulo: Editora UNESP. 2004.
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos ao longo da disciplina de Economia Política, análise as assertivas abaixo, que discutem a relação entre protecionismo liberalismo nos processos históricos de desenvolvimento dos Estados:
I. A liberalização total do comércio internacional tende a favorecer aqueles Estados que já ocupam uma posição central no capitalismo mundial.
PORQUE
II. o processo histórico de desenvolvimento contou com a utilização de práticas protecionistas destinadas a garantir o acúmulo de capital e a resguardar a indústria nascente.
Agora, avalie as assertivas acima e, depois, assinale a alternativa que faz a análise correta:
Nota: 10.0
	
	A
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
Você acertou!
A alternativa correta é aquela que indica que as asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. A afirmação I está correta porque a liberalização total do comércio externo, na visão de List, seria favorável apenas à Inglaterra – potência capitalista
central do século XIX. Assim, a defesa de práticas liberais no comércio internacional por parte do Estado nacional que detém uma vantagem nessa relação (seja a posse do capital, seja a de vantagens competitivas) aparece quase como um blefe ou, na feliz expressão de Chang (2004), um ato de "chutar a escada" do novo competidor. A asserção II está correta porque, como vimos, preocupado com o desenvolvimento do capitalismo na Alemanha, List (1986) defendia que medidas protecionistas eram indispensáveis à industrialização e à acumulação de riqueza em um contexto de competição internacional que tinha a Inglaterra como país mais avançado e, portanto, com posição favorável nessa competição. Dessa forma, podemos dizer que é IIé uma justificativa para a primeira, uma vez que ela demonstra que o processo histórico de desenvolvimento está vinculado às medidas protecionistas por parte dos Estados e, em decorrência, privar países em desenvolvimento de adotar esse tipo de medida tende a beneficiar os países centrais e desenvolvidos. A analogia de chutar a escada, a propósito, vem do próprio List (1986): "Quando se alcança o cume da grandeza, uma regra vulgar de prudência ordena que se rejeite a escada usada para tanto, a fim de não deixar aos outros os meios de subir" (List, citado por Rosanvallon, 2002, p. 254). Assim, sob a perspectiva histórica, a Inglaterra não foi a primeira potência a pôr em prática medidas protecionistas ao mesmo tempo em que, no plano das ideias, defendia um liberalismo comercial.
Referência: CALABREZ, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, p. 202.
	
	B
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.
	
	C
	A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
	
	D
	A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
	
	E
	As asserções I e II são proposições falsas
Questão 4/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir: 
"O ponto essencial que se deve ter em conta é que, ao tratar do capitalismo, tratamos também de um processo evolutivo [...] O capitalismo é, por natureza, uma forma ou método de transformação econômica e não, apenas, reveste caráter estacionário, pois jamais poderia tê-lo. Não se deve esse caráter evolutivo do processo capitalista apenas ao fato de que a vida econômica transcorre em um meio natural e social que se modifica e que, em virtude dessa mesma transformação, altera a situação econômica. Esse fato é importante e essas transformações (guerras, revoluções e assim por diante) produzem freqüentemente transformações industriais, embora não constituam seu móvel principal. Tampouco esse caráter evolutivo se deve a um aumento quase automático da população e do capital, nem às variações do sistema monetário, do qual se pode dizer exatamente o mesmo que se aplica ao processo capitalista. O impulso fundamental que põe e mantém em funcionamento a máquina capitalista procede dos novos bens de consumo, dos novos métodos de produção ou transporte, dos novos mercados e das novas formas de organização industrial criadas pela empresa capitalista".
Fonte: SCHUMPETER, Joseph A. Capitalismo, Socialismo e Democracia. (Editado por George Allen e Unwin Ltd., traduzido por Ruy Jungmann). Rio de Janeiro: Editora Fundo de Cultura, 1961. p. 109-110. Disponível em: <http://www.ie.ufrj.br/intranet/ie/userintranet/hpp/arquivos/100820171042_SchumpeterCapitalismoSocialismoeDemocracia.pdf>.
Tendo em conta o trecho acima, retirado da obra Capitalismo, Socialismo e Democracia de Joseph Shumpeter, bem como os conteúdos da disciplina Economia Política, assinale a alternativa que apresente corretamente como Shumpeter buscou explicar o capitalismo:
Nota: 10.0
	
	A
	Para Schumpeter o capitalismo é um sistema intermediário que conflagra uma série de relações que devem conduzir a formação de um mercado internacional livre de qualquer constrangimento. Por conseguinte, a acumulação e concentração do capital busca dirimir as assimetrias e fomentar relações pautadas pela igualdade de oportunidades. 
	
	B
	Para Schumpeter o capitalismo é um espaço de inovação, criação e igualdade. Dessa forma a liberdade impera nas relações econômicas como elemento definidor das política aplicadas pelos Estados e das posições ocupadas pelos atores dentro desse sistema. 
	
	C
	Para Schumpeter o capitalismo é um sistema estático e retrativo, sobretudo por ser marcado pela falta de regulação do Estado. Esse tipo de lógica interacional condiciona uma atuação limitada dos atores, uma vez que eles precisam que as relações econômicas sejam intermediadas por agentes dos Estados nacionais.
	
	D
	Para Schumpeter o capitalismo é um sistema a variação do socialismo, de modo que sofre com o espelhamento das dinâmicas e das relações. Dessa forma, é muito importante que os agentes econômicos procurem estabelecer relações comerciais e produtivas marcadas pela liberadade de mercado e não pela intervenção do Estado. 
	
	E
	Para Schumpeter o capitalismo é um sistema dinâmico e expansivo, sobretudo por ser marcado pela inovação. Essa inovação é, por um lado um lado responsável pelo dinamismo do sistema ao alterar as condições competitivas já estabelecidas e, por outro lado, destruidora ao causar um momentâneo desemprego dos “fatores de produção”.
Você acertou!
Schumpeter, ao olhar para o capitalismo e seus ciclos, buscou explicar seu impulso expansivo. O desenvolvimento, para Schumpeter, é engendrado pela inovação, elemento fundamental para a dinamização do sistema. A inovação altera as condições competitivas daqueles empreendimentos que já estavam estabelecidos, apresentando alternativas aos produtos e processos que já existiam, o que reduz o espaço que estes possuíam no mercado, fazendo com que muitos simplesmente desapareçam. Ela é responsável pelo dinamismo do sistema e criadora de renda e riqueza. Mas para isso ela é destruidora, pois causa momentâneo desemprego dos “fatores de produção”. O sistema capitalista é, portanto, dinâmico, mas marcado por crises. É criador de riqueza, mas também destruidor. Eis aqui a noção de “destruição criadora”.
Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 4. Economia Política. Material para a impressão, Tema 04.  
Questão 5/10 - Economia Política
Leia o texto abaixo:
“Georg Friedrich List compreende a nação do ponto de vista político e não mais somente de um ponto de vista social como Smith (nação = sociedade civil). Ao fazê-lo, List desloca toda a problemática, colocando no centro da questão o desenvolvimento econômico como estratégia nacional. Ao operar essa mudança de foco, foge-se, a uma só vez, de uma visão dicotômica de Estado versus mercado como forma superior de organização do capitalismo, e inserem-se as categorias em seu contexto, o que passa pelo ambiente internacional de competição entre Estados e capitais. A partir daqui, não há mais de se falar em desenvolvimento econômico (em abstrato) como forma de ampliação de riqueza e de inovação tecnológica, por exemplo. Trata-se, agora, de estratégias nacionais de desenvolvimento e de criação de riqueza e desenvolvimento de tecnologia dentro de determinadas fronteiras, nas quais aquelas devem ser mantidas” (CALABRESE, 2020, p 201).
Fonte: CALABRESE, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, adaptado.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Economia Política e as concepções econômicas do alemão Georg Friedrich List, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, um dos principais objetivos do nacionalismo econômico, presente na obra de List:
Nota: 0.0
	
	A
	Induzir o crescimento do Estado e do território alemães mediante a expansão militar do país e conquista de novos povos.
	
	B
	Consolidar o câmbio de flutuante na Alemanha como uma técnica de controle de preços dos produtos manufaturados nacionais.
	
	C
	Fortalecer o Estado e o capitalismo tardio alemão frente ao capitalismo originário e imperial da Inglaterra mediante a adoção de medidas protecionistas.
Assim, ainda no século XIX, a "verdade produtivista" do mercantilismo foi redescoberta pelo "protecionismo" industrializante de Alexander Hamilton, e pelo "nacionalismo econômico" de Friedrich List e Max Weber, todos movidos pelo mesmo objetivo político: o fortalecimento dos seus Estados e capitalismos tardios frente ao capitalismo originário e imperial da Inglaterra de Smith, Ricardo e Marx. (Fiori, 1999, p. 51). Preocupado com o desenvolvimento do capitalismo na Alemanha, List (1986) defendeu medidas protecionistas como indispensáveis à industrialização e à acumulação de riqueza em um contexto de competição internacional que tinha a Inglaterra comopaís mais avançado e, portanto, com posição favorável nessa competição.
Referência: CALABREZ, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, p. 201, adaptado.
	
	D
	Fomentar a abertura econômica alemã e o aumento de exportação de produtos primários por meio da negociação de tratados com a cláusula da nação mais favorecida.
	
	E
	Incentivar uma política econômica liberal e simpática às ideias de Adam Smith por meio da proposta de medidas de ampliação das relações com a Inglaterra.
Questão 6/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir:
"O núcleo básico da teoria cepalina do subdesenvolvimento latino-americano e periférico em geral foi formulado entre a chegada de Prebisch em 1949 ao escritório da CEPAL em Santiago, no Chile, e o final dos anos 50. Possivelmente em parte por ter sido elaborada ao longo dos anos, em diversos trabalhos da CEPAL, e em parte por ter surgido no contexto de estudos aplicados sobre as economias latino-americanas, a teoria cepalina manteve-se essencialmente como uma teoria não-formal, na qual a elaboração de hipóteses, conceitos e implicações foi conduzida paralelamente à descrição de aspectos da realidade econômica da América Latina". 
Fonte: COLISTETE, Renato Perim. O desenvolvimentismo cepalino: problemas teóricos e influências no Brasil. Estud. av. vol. 15 no. 41 São Paulo Jan./Apr. 2001. p. 22-23. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ea/v15n41/v15n41a04.pdf>. 
Tendo em conta o trecho citado acima e os conteúdos da disciplina sobre a CEPAL, analise as afirmações abaixo e depois assinale a alternativa correta:
I. Para a teoria cepalina, a posição periférica ocupada pelos países latino-americanos era responsável por dificultar que os seus processos de industrialização se dessem de forma espontânea, de modo que era necessária a intervenção do Estado na economia. 
PORQUE
II. Para a CEPAL, existe uma hierarquia no sistema internacional que faz com os países capitalistas centrais, devido à sua posição privilegiada, apresentem economias industrializadas e desenvolvidas. Em contrapartida, os países localizados na periferia do sistema, em razão da deterioração dos termos de troca, acabam tendo as suas economias marcadas pelo caráter agroexportador. 
Nota: 0.0
	
	A
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
	
	B
	As asserções I e II são proposições falsas.
	
	C
	A asserção II uma proposição verdadeira, e a I é uma proposição falsa.
	
	D
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
A resposta correta é que as asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. A asserção I é verdadeira porque, como pode ser visto na aula 5, para a teoria cepalina a posição periférica ocupada pelos países latino-americanos era responsável por dificultar que os seus processos de industrialização de desse de forma espontânea, de modo que era necessária a intervenção do Estado na economia. Assim, essa essa hierarquia não permitia que os países periféricos se industrializassem “espontaneamente”, isto é, seguindo as vias de mercado e demanda que o Estado intervenham por meio de políticas macroeconômicas. A asserção II é verdadeira porque para a CEPAL existe uma hierarquia no sistema internacional que faz com os países capitalistas centrais, devido à sua posição privilegiada, apresentem economias industrializadas e desenvolvidas. Em contrapartida, os países localizados na periferia do sistema, em razão da deterioração dos termos de troca, acabam tendo as suas economias marcadas pelo caráter agroexportador. Isso porque as contribuições da CEPAL partiam de uma crítica à teoria liberal do comércio internacional (teoria das vantagens comparativas), demonstrando que havia uma hierarquia de posições no sistema internacional entre países de centro (industrializados) e da periferia (agroexportadores). A II é uma justificativa para a primeira porque, dentro de um enquadramento cepalino a posição periférica latino-americana era a causa da dificuldade em sua industrialização - e do próprio subdesenvolvimento. Assim, o caráter agroexportador e a estrutura desigual do sistema eram fatores dificultadores para que o desenvolvimento latino-americano se desse de forma espontânea. 
Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 5. Economia Política. Material para a impressão, TEMA 2 – CEPAL E O ESTRUTURALISMO LATINO-AMERICANO.
	
	E
	A asserção I uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
Questão 7/10 - Economia Política
Leia o texto abaixo:
“O desenvolvimento econômico continua sendo um desafio essencial para o Brasil, assim como para a maioria dos países. Apesar das melhorias sociais e do desempenho econômico dos últimos anos, depois de mais de duas décadas de semiestagnação, o país ainda está longe de diminuir para níveis adequados suas principais contradições. A concentração de renda, a pobreza, a heterogeneidade estrutural e a inserção econômica internacional continuam em padrões longe dos apropriados. Nos indicadores de desempenho econômico e social, o Brasil costuma se posicionar em níveis ainda muito distantes dos alcançados por países desenvolvidos, e mesmo também dos atingidos por outros países em processo de desenvolvimento” (p.7)
Fonte: DATHEIN, Ricardo (Org.). Desenvolvimentismo: o conceito, as bases teóricas e as políticas. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2015. Disponível em: https://static.scielo.org/scielobooks/8m95t/pdf/dathein-9788538603825.pdf
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos ao longo da disciplina de Economia Política, análise as assertivas abaixo, que discutem sobre o processo de desenvolvimento:
I. Os processos de desenvolvimento não ocorrem de maneira linear e não apresentam, necessariamente, uma tendência a se espalhar de maneira homogênea em todos os países do mundo
PORQUE
II. o desenvolvimento está inserido em uma determinada lógica de poder, vinculada às hierarquias estabelecidas no sistema internacional de Estados-Nação.
Agora, avalie as assertivas acima e, depois, assinale a alternativa que faz a análise correta:
Nota: 0.0
	
	A
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
A alternativa correta é aquela que indica que as asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. Como vimos no decorrer da disciplina Economia Política, não há um caminho ou estratégia única que possa ser indicado aos países em processo de industrialização. Isso ocorre porque os processos de desenvolvimento dos países não ocorrem de forma linear ou homogênea ao redor do mundo – de modo que a asserção I está correta. Essa falta de linearidade dos processos de desenvolvimento é decorrente do fato de que estes estão inseridos em uma lógica de poder e disposição hierárquica dos Estados no sistema internacional. Por conseguinte, a asserção II também está correta e é uma justificativa da primeira, já que o desenvolvimento não se dá de forma linear por estar vinculado ao quadro de poder internacional.
Referência: CALABREZ, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, p. 180, adaptado.
	
	B
	A asserção I uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
	
	C
	A asserção II uma proposição verdadeira, e a I é uma proposição falsa.
	
	D
	As asserções I e II são proposições falsas.
	
	E
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
Questão 8/10 - Economia Política
Veja o gráfico abaixo:
Fonte: A trajetória da distribuição de renda no Brasil e em outros países. No Brasil, Rússia e EUA, os 10% mais ricos da população concentram em torno de metade da renda nacional. Veja a variação dos dados desde 2001 https://www.nexojornal.com.br/grafico/2017/09/13/A-trajet%C3%B3ria-da-distribui%C3%A7%C3%A3o-de-renda-no-Brasil-e-em-outros-pa%C3%ADses
O gráfico acima apresenta como se dá a distribuição de rendaem alguns Estados, enfatizando para a concentração de renda existente na sociedade brasileira. Tendo em conta que as teorias existem para que possamos compreender e explicar a realidade e, que a Economia Política também busca demonstrar por meio de conceitos e teorias como se dá a relação entre economia, sociedade e Estado. Nesse sentido, ao longo da vídeo aula 6, vimos que a Economia é também política, ou seja, possui direcionamentos práticos e políticos contidos em seus postulados. Não é possível, dentro dessa perspectiva ignorar o Estado e as decisões políticas sobre o processo econômico. A exemplo disto, as escolhas econômicas dos governos - por uma estratégia de maior intervenção ou de menor intervenção - possui impacto na concentração de renda da população de um determinado país. 
Levando em conta a contextualização acima e os conteúdos trabalhados na vídeo aula 6 sobre a Economia Política, analise as afirmações abaixo e depois assinale a alternativa que indique apenas as corretas:
I. A Economia Política é também uma ciência social, uma vez que considera que a realidade econômica é politicamente e socialmente moldada;
II. O papel da Economia Política é o de fornecer subsídios para a atuação dos agentes econômicos e possibilitar que os mesmos possam acumular capital político e monetário. 
III. A abordagem liberal recusa a protagonismo do Estado diante do sistema econômico;
IV. Um tema comum da perspectiva de teóricos da Economia Política é a tentativa de reversão de crises econômicas.
Nota: 10.0
	
	A
	Apenas as assertivas I e II estão corretas.
	
	B
	Apenas as assertivas II e III estão corretas
	
	C
	Apenas as assertivas I e III e IV estão corretas.
Você acertou!
De acordo com a Videoaula 6, há diversas formas de abordar a realidade econômica e esse é um aspecto constitutivo da Economia Política. A Economia Política é também uma ciência social, já que considera que a realidade econômica é politicamente e socialmente moldada, o papel da Economia Política é abordar a partir da análise dos processos históricos, como, por exemplo, o conflito de classes, como faz a abordagem marxista. Um tema comum da perspectiva de teóricos da Economia Política é a tentativa de reversão de crises econômicas, políticas anti-cíclicas com o Estado intervindo na economia, teorias que influenciam governos, por exemplo. Já a abordagem liberal recusa a protagonismo do Estado diante do sistema econômico e utiliza modelos matemáticos de abstração para a compreensão da realidade, de uma forma a-histórica. Fonte: videoaula 6.
	
	D
	Apenas as assertivas II e IV estão corretas.
	
	E
	Apenas as assertivas I, II e III estão corretas.
Questão 9/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir:
"Em sua obra mais influente, A teoria geral do emprego, do juro e da moeda, de 1936, Keynes lamentava que a Economia ocupasse papel de tamanha importância na organização da vida social. Ansiava pelo dia em que ela ocuparia seu devido lugar — no banco de trás — e não mais estivesse, como então sucedia, a guiar a carruagem da História. Para ele, mesmo os homens de negócios, que em sua empáfia se criam livres de qualquer influência intelectual, eram escravos de algum economista morto. A Teoria Geral marca o nascimento da macroeconomia, campo de especulação científica dedicado a interpretar as relações de agregados estatísticos como, entre outros, o volume de emprego, a composição da demanda efetiva e a taxa de juros, na tentativa de compreender o (mau) funcionamento do sistema econômico. Keynes pretendia tornar inteligíveis — no contexto da crise de 1929 e na contramão da doutrina hegemônica à época — as razões para o desemprego da força de trabalho e os remédios para debelar esse flagelo". 
Fonte: FRACALANZA, Paulo Sérgio. As lições de Keynes. Novos estud. - CEBRAP  no.88 São Paulo Dec. 2010. p. 200. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/nec/n88/n88a12.pdf>.
Tendo em conta o trecho citado acima e os conteúdos trabalhados no decorrer da disciplina de Economia Política, assinale a alternativa que indique corretamente como Keynes entende a relação entre poupança e investimento:
Nota: 0.0
	
	A
	A tese keynesiana sobre poupança e investimento pode parecer, a princípio, contra-intuitiva, uma vez que entende que a poupança decorre do investimento e não ao contrário, como o era feito pelas teorias neoclássicas.
Essa alternativa está correta porque, como pode ser observado na aula 4, o início do século XX a teoria neoclássica havia se consolidado como dominante nos círculos acadêmico-científicos. Sobre as relações entre oferta e demanda prevalecia a explicação baseada na chamada Lei de Say, que vimos na aula 2. A crise de 1929, no entanto, e a grande depressão que a ela se seguiu questionaram frontalmente a explicação científica ao manter baixíssimos níveis de emprego. A Teoria de Keynes veio confrontar a explicação estabelecida, invertendo o modo como as relações entre poupança e investimento são entendidas. Keynes demonstra então a contra-intuitiva tese de que a poupança decorre do investimento.
Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 4. Economia Política. Material para a impressão, p. 2.  
	
	B
	A tese de Keynes sobre a relação entre poupança e investimento pode parecer, a partir de uma análise superficial, pouco transformadora quando comparada com as abordagens clássicas, uma vez que entende que os investimentos ocasionam a poupança.
	
	C
	A tese keynesiana sobre a relação entre poupança e investimento delineia um padrão de aplicação monetária no qual o estoque de poupança determina os níveis de investimento.
	
	D
	Keynes discordava dos autores neoclássicos no que tange a importância da poupança, sobretudo, por entender que os investimentos deveriam priorizar a alocação de recursos do Estado na iniciativa privada.
	
	E
	Diferentemente das teorias neoclássicas, que eram baseadas na preferência pela liquidez, a tese keynesiana compreendia a poupança como  uma consequência da acumulação de metais preciosos e terras. 
Questão 10/10 - Economia Política
Leia o texto abaixo:
[...] um dos pontos centrais da economia política clássica - aquele sobre o papel homogeneizador que o comércio internacional e o desenvolvimento das forças produtivas gerariam sobre o globo - não se verificou, embora tenha, sem dúvida, havido grande aumento da riqueza mundial. O que, no entanto, observou-se desde o século XIX, acelerando-se após a segunda metade do século XX e marcando-o todo dali em diante, foi um acelerado processo de concentração de poder político e de riqueza privada nas mãos de uns poucos estados nacionais (Fiori, 1999). "Em síntese, entre 1830 e 1914, a riqueza mundial cresceu, mas de forma extremamente desigual, ao mesmo tempo em que se expandia o poder político do núcleo europeu do sistema interestatal no qual foram incorporados os Estados Unidos e o Japão."
(Fiori, 1999, p. 16) O que explicaria o erro de previsão dos economistas políticos clássicos, tanto dos liberais quanto do próprio Marx"? (CALABRESE, 2020, p. 199).
Fonte: CALABRESE, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Economia Política, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, duas das razões que contribuíram para um diagnóstico incompleto das teorias liberais clássicas sobre a distribuição da riqueza no capitalismo mundial:
Nota: 10.0
	
	A
	O desenvolvimento tecnológico e a ampliação dos processos de produção.
	
	B
	As diferenças culturais e as capacidades individuais dos trabalhares.
	
	C
	A ordem democrática internacional e a criação das Nações Unidas.
	
	D
	O aquecimento global e as catástrofes climáticas-ambientais.
	
	E
	O poder territorial e as relações de força do sistema interestatal.
Você acertou!
Como vimos no livro base da disciplina Economia Política, o poder territorial e o sistema interestatal não foram categorias devidamente ponderadas por toda a vertente liberal clássica, que herda de Adam Smith e David Ricardo a noçãode que o comércio internacional (a universalização das trocas) levaria ao máximo desenvolvimento da divisão do trabalho e à especialização de funções, espalhando os incrementos de produtividade entre todas as nações participantes. Para essa visão, em síntese, a intensificação do comércio internacional conduziria à generalização da riqueza entre as nações. Lembremos que a ação do poder estatal não era fenômeno desconhecido para um autor como Smith. Ao contrário, era em reação às excessivas práticas estatais, tanto internamente (estabelecendo monopólios e regulando a atividade econômica) quanto externamente (erguendo barreiras tarifárias protecionistas), que a doutrina liberal clássica se construiria. Contudo, a fundamentação lógica da teoria liberal ia de encontro a essas práticas e não podia concebê-las como positivas, sob qualquer aspecto.
Referência: CALABREZ, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, p. 199, adaptado.
Atenção. Este gabarito é para uso exclusivo do aluno e não deve ser publicado ou compartilhado em redes sociais ou grupo de mensagens.
O seu compartilhamento infringe as políticas do Centro Universitário UNINTER e poderá implicar sanções disciplinares, com possibilidade de desligamento do quadro de alunos do Centro Universitário, bem como responder ações judiciais no âmbito cível e criminal.
Questão 1/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir:
"O núcleo básico da teoria cepalina do subdesenvolvimento latino-americano e periférico em geral foi formulado entre a chegada de Prebisch em 1949 ao escritório da CEPAL em Santiago, no Chile, e o final dos anos 50. Possivelmente em parte por ter sido elaborada ao longo dos anos, em diversos trabalhos da CEPAL, e em parte por ter surgido no contexto de estudos aplicados sobre as economias latino-americanas, a teoria cepalina manteve-se essencialmente como uma teoria não-formal, na qual a elaboração de hipóteses, conceitos e implicações foi conduzida paralelamente à descrição de aspectos da realidade econômica da América Latina". 
Fonte: COLISTETE, Renato Perim. O desenvolvimentismo cepalino: problemas teóricos e influências no Brasil. Estud. av. vol. 15 no. 41 São Paulo Jan./Apr. 2001. p. 22-23. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ea/v15n41/v15n41a04.pdf>. 
Tendo em conta o trecho citado acima e os conteúdos da disciplina sobre a CEPAL, analise as afirmações abaixo e depois assinale a alternativa correta:
I. Para a teoria cepalina, a posição periférica ocupada pelos países latino-americanos era responsável por dificultar que os seus processos de industrialização se dessem de forma espontânea, de modo que era necessária a intervenção do Estado na economia. 
PORQUE
II. Para a CEPAL, existe uma hierarquia no sistema internacional que faz com os países capitalistas centrais, devido à sua posição privilegiada, apresentem economias industrializadas e desenvolvidas. Em contrapartida, os países localizados na periferia do sistema, em razão da deterioração dos termos de troca, acabam tendo as suas economias marcadas pelo caráter agroexportador. 
Nota: 10.0
	
	A
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
	
	B
	As asserções I e II são proposições falsas.
	
	C
	A asserção II uma proposição verdadeira, e a I é uma proposição falsa.
	
	D
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
Você acertou!
A resposta correta é que as asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. A asserção I é verdadeira porque, como pode ser visto na aula 5, para a teoria cepalina a posição periférica ocupada pelos países latino-americanos era responsável por dificultar que os seus processos de industrialização de desse de forma espontânea, de modo que era necessária a intervenção do Estado na economia. Assim, essa essa hierarquia não permitia que os países periféricos se industrializassem “espontaneamente”, isto é, seguindo as vias de mercado e demanda que o Estado intervenham por meio de políticas macroeconômicas. A asserção II é verdadeira porque para a CEPAL existe uma hierarquia no sistema internacional que faz com os países capitalistas centrais, devido à sua posição privilegiada, apresentem economias industrializadas e desenvolvidas. Em contrapartida, os países localizados na periferia do sistema, em razão da deterioração dos termos de troca, acabam tendo as suas economias marcadas pelo caráter agroexportador. Isso porque as contribuições da CEPAL partiam de uma crítica à teoria liberal do comércio internacional (teoria das vantagens comparativas), demonstrando que havia uma hierarquia de posições no sistema internacional entre países de centro (industrializados) e da periferia (agroexportadores). A II é uma justificativa para a primeira porque, dentro de um enquadramento cepalino a posição periférica latino-americana era a causa da dificuldade em sua industrialização - e do próprio subdesenvolvimento. Assim, o caráter agroexportador e a estrutura desigual do sistema eram fatores dificultadores para que o desenvolvimento latino-americano se desse de forma espontânea. 
Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 5. Economia Política. Material para a impressão, TEMA 2 – CEPAL E O ESTRUTURALISMO LATINO-AMERICANO.
	
	E
	A asserção I uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
Questão 2/10 - Economia Política
Leia o texto abaixo:
“O desenvolvimento econômico continua sendo um desafio essencial para o Brasil, assim como para a maioria dos países. Apesar das melhorias sociais e do desempenho econômico dos últimos anos, depois de mais de duas décadas de semiestagnação, o país ainda está longe de diminuir para níveis adequados suas principais contradições. A concentração de renda, a pobreza, a heterogeneidade estrutural e a inserção econômica internacional continuam em padrões longe dos apropriados. Nos indicadores de desempenho econômico e social, o Brasil costuma se posicionar em níveis ainda muito distantes dos alcançados por países desenvolvidos, e mesmo também dos atingidos por outros países em processo de desenvolvimento” (p.7)
Fonte: DATHEIN, Ricardo (Org.). Desenvolvimentismo: o conceito, as bases teóricas e as políticas. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2015. Disponível em: https://static.scielo.org/scielobooks/8m95t/pdf/dathein-9788538603825.pdf
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos ao longo da disciplina de Economia Política, análise as assertivas abaixo, que discutem sobre o processo de desenvolvimento:
I. Os processos de desenvolvimento não ocorrem de maneira linear e não apresentam, necessariamente, uma tendência a se espalhar de maneira homogênea em todos os países do mundo
PORQUE
II. o desenvolvimento está inserido em uma determinada lógica de poder, vinculada às hierarquias estabelecidas no sistema internacional de Estados-Nação.
Agora, avalie as assertivas acima e, depois, assinale a alternativa que faz a análise correta:
Nota: 10.0
	
	A
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
Você acertou!
A alternativa correta é aquela que indica que as asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. Como vimos no decorrer da disciplina Economia Política, não há um caminho ou estratégia única que possa ser indicado aos países em processo de industrialização. Isso ocorre porque os processos de desenvolvimento dos países não ocorrem de forma linear ou homogênea ao redor do mundo – de modo que a asserção I está correta. Essa falta de linearidade dos processos de desenvolvimento é decorrente do fato de que estes estão inseridos em uma lógica de poder e disposição hierárquica dos Estados no sistema internacional. Por conseguinte, a asserção II também está correta e é uma justificativa da primeira, já que o desenvolvimento não se dá de forma linear por estar vinculado ao quadro de poder internacional.
Referência: CALABREZ, Felipe. Introdução à Economia Política:o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, p. 180, adaptado.
	
	B
	A asserção I uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
	
	C
	A asserção II uma proposição verdadeira, e a I é uma proposição falsa.
	
	D
	As asserções I e II são proposições falsas.
	
	E
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
Questão 3/10 - Economia Política
Leio o texto abaixo:
“Defendemos que, para compreender as desigualdades do mundo, é preciso entender por que algumas sociedades são organizadas de maneiras muito ineficazes e socialmente indesejáveis. […] A maioria dos economistas e autoridades concentra-se em “acertar”, quando o que é de fato necessário é uma explicação sobre onde os países pobres estão “errando”. E erram basicamente não por uma questão de ignorância ou cultura. Como pretendemos mostrar, os países pobres são pobres porque os detentores do poder fazem escolhas que geram pobreza” (ACEMOGLU; ROBINSON, 2012, p. 53).
Fonte: ACEMOGLU, Daron; ROBINSON, James. Por que as Nações Fracassam: As Origens do Poder, da Prosperidade e da Pobreza. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. (401 páginas)
Tendo como base o trecho citado acima e os conteúdos discutidos na disciplina de Economia Política, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, qual é o principal argumento dos autores Acemoglu e Robinson no livro “Por que as Nações Fracassam”:
Nota: 0.0
	
	A
	O desenvolvimento econômico pode ser considerado como parte de um processo de democratização do mundo pós-colonial, uma vez que regimes democráticos fomentam a meritocracia.
	
	B
	O desenvolvimento econômico pode ser descrito como fruto de uma sociedade trabalhadora e conservadora, uma vez que o perfil social do povo pode fomentar o crescimento econômico ou a estagnação.
	
	C
	O desenvolvimento econômico pode ser compreendido como resultado do processo histórico de constituição do Estado Nacional, de modo que aqueles com instituições mais centralizadoras tendem a ser mais ricos.
	
	D
	O desenvolvimento econômico pode ser entendido como resultante do esforço político dos partidos em promover políticas desenvolvimentistas de base nacionalistas, uma vez que quanto maior o número de estatais, maior o desenvolvido o país.
	
	E
	O desenvolvimento econômico pode ser considerado como um produto da qualidade das instituições políticas e econômicas dos Estados, uma vez que as instituições do tipo inclusivas tendem a potencializar processos de crescimento e desenvolvimento econômicos.
Outra contribuição de grande fôlego, com visão histórica de longo prazo, é encontrada em Acemoglu e Robinson (2012), cuja obra tem o sugestivo título Por Que as Nações Fracassam. Nela, os autores argumentam que o desenvolvimento econômico é resultado da qualidade das
instituições políticas e econômicas das nações, que seriam de dois tipos: as de tipo extrativistas, que permitem que a renda seja concentrada em uma elite, e as de tipo inclusivas, que viabilizam a disseminação da riqueza por toda a sociedade. Sobre as instituições políticas, os autores adotam a visão do pluralismo, isto é, a de que instituições políticas devem canalizar as diferentes visões e interesses da sociedade. Se as instituições políticas não cumprirem esse requisito, sendo, portanto, do tipo extrativista, o caminho do desenvolvimento econômico estaria obstaculizado. Assim, os autores concluem que nações com sistemas políticos extrativistas, que atendem aos interesses de uma elite, não abrem caminho para as forças criadoras da sociedade, para a inovação, e, portanto, para o desenvolvimento (Acemoglu; Robinson, 2012).
Referência: CALABREZ, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, p. 190, adaptado.
Questão 4/10 - Economia Política
Leia o trecho abaixo:
“Há uma discussão relativamente importante nas áreas de metodologia da Economia e de história do pensamento econômico sobre o significado dos termos ‘mainstream’, ‘ortodoxia’ e ‘heterodoxia’. (...) Para Colander, Holt e Rosser Jr. (2004, p.490) mainstream deve ser definido como o conjunto de ideias que a “elite da profissão” entende como aceitáveis, considerando a “elite da profissão” o grupo formado pelos economistas líderes das escolas de pós-graduação mais importantes no mundo (“leading economists in the top graduate schools”). Adicionalmente, é importante para esses autores a noção de fronteira da Economia (edge of economics), isto é, o conjunto de trabalhos que sinalizam, num dado momento, os rumos da ciência econômica, os desenvolvimentos mais avançados, via de regra levados a cabo por membros da elite citada acima. (...) Sobre a heterodoxia, podemos defini-la de dois modos diferentes. Primeiro, negativamente, em oposição à ortodoxia ou ao mainstream ou, ainda, a ambos. Segundo, positivamente, definindo os programas de pesquisa em Economia cujos princípios e metodologia são expressamente diversos do mainstream. (...) Nossa visão é que, para efeito deste trabalho, mesmo que não existam traços comuns entre si, o fato é que economistas marxistas, pós-keynesianos, evolucionários, austríacos, institucionalistas originais, estruturalistas, entre outros têm seus programas de pesquisa com dinâmica própria. Esses assim nominados programas de pesquisa estão traduzidos em periódicos especializados, associações, redes de pesquisadores, disciplinas de programas de pós-graduação e graduação, livros-texto, etc., que são justamente elementos definidores dessas dinâmicas científicas específicas (CAVALIERI et al, 2015). 
Cavalieri, M. A. R; Perissinotto, R. M.; Dantas, E. G. Mainstream econômico e poder: uma análise do perfil dos diretores do Banco Central do Brasil nos governos do PSDB e do PT. 39º Encontro anual da ANPOCS. GT Elites e Espaços de Poder. Caxambu, Minas Gerais, 2015.
Levando em conta a contextualização acima e os conteúdos trabalhados na videoaula 6 sobre a Ciência Econômica e Economia Política hoje, analise as assertivas a seguir e assinale a alternativa correta:
I.  A perspectiva mainstream hoje da Ciência Econômica (economics) é a neoclássica, e trata a economia de uma forma abstrata, considerando os agentes racionais envolvidos.
II. A perspectiva mainstream hoje da Ciência Econômica (economics) é a neoclássica, e é refratária a qualquer intervenção do Estado na economia, tendo ela que se autorregular a partir dos mercados.
III. A perspectiva neoclássica da economia está preocupada em analisar a economia a partir de uma perspectiva histórica e política, pressupondo que o Estado deve intervir na economia.
IV. A Economia Política mantém ainda hoje seu caráter histórico e pressupõe que a economia e a política não podem ser dissociadas na análise da dinâmica econômica de uma sociedade.
 
Nota: 0.0
	
	A
	Apenas as assertivas III e IV estão corretas.
	
	B
	Apenas as assertivas I, III e IV estão corretas.
	
	C
	Apenas as assertivas I, II e IV estão corretas.
O desenvolvimento da ciência econômica, de matriz neoclássica, seguiu um caminho metodológico diferente da economia política. A perspectiva neoclássica é hoje a Economia (economics) mainstream, ela trata a economia de uma forma abstrata, considerando os agentes racionais envolvidos e é refratária a qualquer intervenção do Estado na economia, tendo ela que se autorregular a partir dos mercados, naturalizando o aspecto mercadológico dos elementos sociais. Já a Economia Política considera que não é ainda hoje seu caráter histórico e político, pressupondo que a economia e a política não podem ser dissociadas na análise da dinâmica econômica de uma sociedade. Fonte: Tema 4 da vídeoaula 6. 
	
	D
	As assertivas I, II, III e IV estão corretas.
	
	E
	Apenas as alternativas I e IV estão corretas.
Questão 5/10 - Economia Política
Leia o texto abaixo:
[...] um dos pontos centrais da economia política clássica - aquele sobre o papel homogeneizador que o comércio internacional e o desenvolvimento das forças produtivas gerariam sobre o globo - não se verificou,embora tenha, sem dúvida, havido grande aumento da riqueza mundial. O que, no entanto, observou-se desde o século XIX, acelerando-se após a segunda metade do século XX e marcando-o todo dali em diante, foi um acelerado processo de concentração de poder político e de riqueza privada nas mãos de uns poucos estados nacionais (Fiori, 1999). "Em síntese, entre 1830 e 1914, a riqueza mundial cresceu, mas de forma extremamente desigual, ao mesmo tempo em que se expandia o poder político do núcleo europeu do sistema interestatal no qual foram incorporados os Estados Unidos e o Japão."
(Fiori, 1999, p. 16) O que explicaria o erro de previsão dos economistas políticos clássicos, tanto dos liberais quanto do próprio Marx"? (CALABRESE, 2020, p. 199).
Fonte: CALABRESE, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Economia Política, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, duas das razões que contribuíram para um diagnóstico incompleto das teorias liberais clássicas sobre a distribuição da riqueza no capitalismo mundial:
Nota: 10.0
	
	A
	O desenvolvimento tecnológico e a ampliação dos processos de produção.
	
	B
	As diferenças culturais e as capacidades individuais dos trabalhares.
	
	C
	A ordem democrática internacional e a criação das Nações Unidas.
	
	D
	O aquecimento global e as catástrofes climáticas-ambientais.
	
	E
	O poder territorial e as relações de força do sistema interestatal.
Você acertou!
Como vimos no livro base da disciplina Economia Política, o poder territorial e o sistema interestatal não foram categorias devidamente ponderadas por toda a vertente liberal clássica, que herda de Adam Smith e David Ricardo a noção de que o comércio internacional (a universalização das trocas) levaria ao máximo desenvolvimento da divisão do trabalho e à especialização de funções, espalhando os incrementos de produtividade entre todas as nações participantes. Para essa visão, em síntese, a intensificação do comércio internacional conduziria à generalização da riqueza entre as nações. Lembremos que a ação do poder estatal não era fenômeno desconhecido para um autor como Smith. Ao contrário, era em reação às excessivas práticas estatais, tanto internamente (estabelecendo monopólios e regulando a atividade econômica) quanto externamente (erguendo barreiras tarifárias protecionistas), que a doutrina liberal clássica se construiria. Contudo, a fundamentação lógica da teoria liberal ia de encontro a essas práticas e não podia concebê-las como positivas, sob qualquer aspecto.
Referência: CALABREZ, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, p. 199, adaptado.
Questão 6/10 - Economia Política
“[...] as coisas começaram a andar mal com a irrupção da Primeira Guerra Mundial. Reagindo à consequente instabilidade do sistema político e econômico mundial, os países voltaram a erguer barreiras comerciais. Em 1930, os Estados Unidos abandonaram o livre-comércio, instituindo a famigerada tarifa Smoot-Hawley. Segundo De Clerq (1988, p.201-2), essa tarifa "teve consequências desastrosas para o comércio internacional e, passado algum tempo ..., para o crescimento econômico e o emprego norte-americanos. Atualmente, ainda há economistas convencidos de que a Grande Depressão foi provocada principalmente por essas tarifas". Outros países, como a Alemanha e o Japão, erigiram elevadas barreiras comerciais e, também, passaram a criar poderosos cartéis, os quais se ligaram estreitamente ao fascismo e às agressões externas por eles perpetrados nas décadas seguintes. O sistema mundial de livre-comércio finalmente sucumbiu em 1932, quando a Grã-Bretanha, até então sua ferrenha defensora, cedeu à tentação de reintroduzir tarifas alfandegárias” (CHANG, 2004, p. 32)
Fonte: CHANG, Há-Joon. Chutando a Escada: A estratégia do desenvolvimento em perspectiva histórica. São Paulo: Editora UNESP. 2004.
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos ao longo da disciplina de Economia Política, análise as assertivas abaixo, que discutem a relação entre protecionismo liberalismo nos processos históricos de desenvolvimento dos Estados:
I. A liberalização total do comércio internacional tende a favorecer aqueles Estados que já ocupam uma posição central no capitalismo mundial.
PORQUE
II. o processo histórico de desenvolvimento contou com a utilização de práticas protecionistas destinadas a garantir o acúmulo de capital e a resguardar a indústria nascente.
Agora, avalie as assertivas acima e, depois, assinale a alternativa que faz a análise correta:
Nota: 10.0
	
	A
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
Você acertou!
A alternativa correta é aquela que indica que as asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. A afirmação I está correta porque a liberalização total do comércio externo, na visão de List, seria favorável apenas à Inglaterra – potência capitalista
central do século XIX. Assim, a defesa de práticas liberais no comércio internacional por parte do Estado nacional que detém uma vantagem nessa relação (seja a posse do capital, seja a de vantagens competitivas) aparece quase como um blefe ou, na feliz expressão de Chang (2004), um ato de "chutar a escada" do novo competidor. A asserção II está correta porque, como vimos, preocupado com o desenvolvimento do capitalismo na Alemanha, List (1986) defendia que medidas protecionistas eram indispensáveis à industrialização e à acumulação de riqueza em um contexto de competição internacional que tinha a Inglaterra como país mais avançado e, portanto, com posição favorável nessa competição. Dessa forma, podemos dizer que é II é uma justificativa para a primeira, uma vez que ela demonstra que o processo histórico de desenvolvimento está vinculado às medidas protecionistas por parte dos Estados e, em decorrência, privar países em desenvolvimento de adotar esse tipo de medida tende a beneficiar os países centrais e desenvolvidos. A analogia de chutar a escada, a propósito, vem do próprio List (1986): "Quando se alcança o cume da grandeza, uma regra vulgar de prudência ordena que se rejeite a escada usada para tanto, a fim de não deixar aos outros os meios de subir" (List, citado por Rosanvallon, 2002, p. 254). Assim, sob a perspectiva histórica, a Inglaterra não foi a primeira potência a pôr em prática medidas protecionistas ao mesmo tempo em que, no plano das ideias, defendia um liberalismo comercial.
Referência: CALABREZ, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, p. 202.
	
	B
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.
	
	C
	A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
	
	D
	A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
	
	E
	As asserções I e II são proposições falsas
Questão 7/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir:
"Na visão novo-desenvolvimentista, a concorrência é necessária porque estimula a inovação por parte dos empresários que tentam maximizar o lucro, o que torna o capitalismo dinâmico e revolucionário, e estabelece remunerações e riquezas diferenciadas aos indivíduos de acordo com suas habilidades. Mas devem existir regras reguladoras para que não se tenha como resultado da concorrência o óbvio: perdem os grandes porque numa briga sempre se incorre em custos e desaparecem os menores simplesmente porque são menores."
Fonte:  SICSÚ, João; PAULA, Luiz Fernando de; MICHEL, Renaut. Por que novo-desenvolvimentismo? Revista de Economia Política, vol. 27, nº 4 (108), pp. 507-524 outubro-dezembro/2007. p. 513. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rep/v27n4/a01v27n4.pdf>.
Tendo em conta o trecho citado acima e os conteúdos trabalhados na disciplina sobre o novo-desenvolvimentismo, assinale a alternativaque indique corretamente dois aspectos centrais defendidos por essa abordagem:
Nota: 0.0
	
	A
	a centralidade da planificação econômica como forma de se proteger da competitividade das empresas internacionais e a importância de um acordo político com as empresas nacionais.
	
	B
	a importância da associação com o mercado internacional para incentivar a competitividade das empresas nacionais e a importância de um pacto em prol do crescimento dos setores de base.
	
	C
	a centralidade da questão cambial para resgatar a competitividade das empresas nacionais e a importância de um pacto em prol do desenvolvimento.
De acordo com a aula 5 a o novo desenvolvimentismo resgata a importância da retomada de um projeto de desenvolvimento e coloca a macroeconomia como estratégia central. Discutiremos aqui seus aspectos centrais: A centralidade da questão cambial para resgatar a competitividade das empresas nacionais, a questão dos juros, a questão fiscal e a importância de um pacto em prol do desenvolvimento.
Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 5. Tema 2.1 O novo desenvolvimentismo. Material para a impressão. 
	
	D
	a necessidade de estabelecer um câmbio fixo para promover a competitividade do setor de serviços nacionais e a importância de um tratado internacional em prol do desenvolvimento.
	
	E
	a relevância de se promover um rompimento com os países capitalistas centrais por meio da revolução burguesa e a importância de um pacto em prol da superação do imperialismo.
Questão 8/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir:
"No que se refere à ordem internacional, há uma gama enorme de instituições e fatores em geral que possibilitaram a expansão econômica fordista. Em primeiro lugar, como destacam Glyn et al (1990), foram criadas várias instituições internacionais importantes, que deram as condições para a expansão do comércio então verificada e para a reconstrução dos países arrasados pela Segunda Guerra. O FMI, como instituição financeira responsável por lidar com problemas no Balanço de Pagamentos dos países. Em seguida, o Banco Mundial, incumbido de financiar investimentos de longo prazo sobretudo para países desenvolvidos. O GATT, em terceiro, como o órgão que buscava supervisionar e impedir o aumento de tarifas comerciais que lograssem reduzir a intensidade do comércio internacional. Por fim, mas não menos importante, o Plano Marshall, através do qual uma enorme quantia de dólares foi investida sobretudo nos países da Europa Ocidental, criando as próprias condições de crescimento naqueles países e, além disso, criando a própria demanda por investimento norte-americano."
Fonte: LIMA, Ana Carolina Bottega de; STERNICK, Ivan Prates. Teoria da Regulação e crise do fordismo. p. 17. Disponível em: <file:///C:/Users/92007228/Downloads/4147-Texto%20do%20artigo-16052-2-10-20171127.pdf>.
Tendo em conta o trecho acima e os conteúdos trabalhados no decorrer da disciplina de Economia Política, assinale a alternativa que indique corretamente como se denomina o sistema monetário internacional no qual essas instituições estavam incluídas:
Nota: 10.0
	
	A
	Sistema Monetário de Bretton Woods
Você acertou!
Como é sabido, os EUA saíram, embora de forma muito lenta, do atoleiro da Grande Depressão. As medidas do New Deal favoreceram a recuperação econômica e os EUA despontaram no século XX como potência hegemônica. Após a Segunda Guerra Mundial, os americanos tomaram a frente no sistema 5 monetário internacional e lograram impor a hegemonia do dólar. Construía-se o chamado acordo de Bretton Woods e o padrão dólar.
Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 4. Economia Política. Material para a impressão, p. 4-5.  
	
	B
	Sistema Monetário de Luxemburgo
	
	C
	Sistema Monetário de Madrid
	
	D
	Sistema Monetário New Deal
	
	E
	Sistema Monetário de Pequim
Questão 9/10 - Economia Política
Leia o texto abaixo:
“Pelo paradigma das expectativas racionais, a discricionariedade da política econômica é posta em xeque, pois qualquer movimento operado pelo governo pode interferir negativamente no comportamento dos agentes racionais, causando distúrbios e imprevisibilidade ou incerteza. Esse pressuposto teórico não compartilha da visão positiva que a teoria de Keynes tinha sobre a ação pública, pois, lembremos, para Keynes, o Estado deve, por meio da política fiscal, manejar a demanda agregada em momento de depressão econômica. Agora, ao contrário, a boa política econômica é aquela que se restringe ao cumprimento das "regras do jogo". A literatura cunhou o termo regime de política econômica e apontou para os problemas de inconsistência intertemporal” (CALABRESE, 2020, p. 236).
Fonte: CALABREZ, Felipe. Introdução à economia política: o percurso histórico de uma ciência social. Curitiba: Intersaberes, 2020.
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos na disciplina de Economia Política, assinale a alternativa que explica, corretamente, no que consiste um regime de política econômica:
Nota: 0.0
	
	A
	Um conjunto de convenções internacionais destinadas a normatizar as transações financeiras e econômicas na esfera mundial.
	
	B
	Um conjunto de deliberações judiciais que objetivam regulamentar o comércio entre empresas privadas no âmbito internacional.
	
	C
	Um conjunto de instituições políticas internacionais especializadas em emitir pareceres sobre as decisões econômicas privadas
	
	D
	Um conjunto de ideias e ideologias econômicas que buscam orientar o comportamento políticos dos Estados nacionais na esfera comercial.
	
	E
	Um conjunto de regras e normas bem definidas no âmbito econômico, às quais os dirigentes políticos devem observar e obedecer em todos os períodos.
Um regime de política econômica consiste na observância de regras bem definidas e bem entendidas pelos agentes, às quais os dirigentes políticos devem submeter-se e obedecer em todos os períodos. Em um regime de política econômica, não pode haver rupturas com aquilo que é definido anteriormente, sob pena de interferir negativamente nas expectativas dos agentes.
Referência: CALABREZ, Felipe Introdução à economia política: o percurso histórico de uma ciência social. Curitiba: Intersaberes, 2020, p. 236, adaptado.
Questão 10/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir:
"Em sua obra mais influente, A teoria geral do emprego, do juro e da moeda, de 1936, Keynes lamentava que a Economia ocupasse papel de tamanha importância na organização da vida social. Ansiava pelo dia em que ela ocuparia seu devido lugar — no banco de trás — e não mais estivesse, como então sucedia, a guiar a carruagem da História. Para ele, mesmo os homens de negócios, que em sua empáfia se criam livres de qualquer influência intelectual, eram escravos de algum economista morto. A Teoria Geral marca o nascimento da macroeconomia, campo de especulação científica dedicado a interpretar as relações de agregados estatísticos como, entre outros, o volume de emprego, a composição da demanda efetiva e a taxa de juros, na tentativa de compreender o (mau) funcionamento do sistema econômico. Keynes pretendia tornar inteligíveis — no contexto da crise de 1929 e na contramão da doutrina hegemônica à época — as razões para o desemprego da força de trabalho e os remédios para debelar esse flagelo". 
Fonte: FRACALANZA, Paulo Sérgio. As lições de Keynes. Novos estud. - CEBRAP  no.88 São Paulo Dec. 2010. p. 200. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/nec/n88/n88a12.pdf>.
Tendo em conta o trecho citado acima e os conteúdos trabalhados no decorrer da disciplina de Economia Política, assinale a alternativa que indique corretamente como Keynes entende a relação entre poupança e investimento:
Nota: 10.0
	
	A
	A tese keynesiana sobre poupança e investimento pode parecer, a princípio, contra-intuitiva, uma vez que entende que a poupança decorre do investimento e não ao contrário, como o era feito pelas teorias neoclássicas.
Você acertou!
Essa alternativa está correta porque, como pode ser observado na aula 4, o início do século XX a teoria neoclássica havia se consolidado como dominante nos círculosacadêmico-científicos. Sobre as relações entre oferta e demanda prevalecia a explicação baseada na chamada Lei de Say, que vimos na aula 2. A crise de 1929, no entanto, e a grande depressão que a ela se seguiu questionaram frontalmente a explicação científica ao manter baixíssimos níveis de emprego. A Teoria de Keynes veio confrontar a explicação estabelecida, invertendo o modo como as relações entre poupança e investimento são entendidas. Keynes demonstra então a contra-intuitiva tese de que a poupança decorre do investimento.
Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 4. Economia Política. Material para a impressão, p. 2.  
	
	B
	A tese de Keynes sobre a relação entre poupança e investimento pode parecer, a partir de uma análise superficial, pouco transformadora quando comparada com as abordagens clássicas, uma vez que entende que os investimentos ocasionam a poupança.
	
	C
	A tese keynesiana sobre a relação entre poupança e investimento delineia um padrão de aplicação monetária no qual o estoque de poupança determina os níveis de investimento.
	
	D
	Keynes discordava dos autores neoclássicos no que tange a importância da poupança, sobretudo, por entender que os investimentos deveriam priorizar a alocação de recursos do Estado na iniciativa privada.
	
	E
	Diferentemente das teorias neoclássicas, que eram baseadas na preferência pela liquidez, a tese keynesiana compreendia a poupança como  uma consequência da acumulação de metais preciosos e terras. 
Questão 1/10 - Economia Política
Leia o texto abaixo:
“Para Polanyi (2012), as profundas transformações históricas que passaram a estruturar os diversos ramos da vida humana em sistemas de mercados foram captadas pela economia política, que, ao observar o fenômeno, tendeu a explicá-lo de maneira universalista, criando uma definição de homo economicus atemporal, cuja motivação seria unicamente econômica” (CALABRESE, 2020, p. 225).
Fonte: CALABREZ, Felipe Introdução à economia política: o percurso histórico de uma ciência social. Curitiba: Intersaberes, 2020.
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos no livro-base de Economia Política, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a crítica feita por Polanyi às teorias clássicas da economia:
Nota: 0.0
	
	A
	Ampliação das categorias econômicas em demasia.
	
	B
	Redução do âmbito econômico ao fenômeno do mercado.
Como foi possível observar no livro base da disciplina de Economia Política, Polanyi compreende que as teorias econômicas clássicas, ao tomar a parte pelo todo, reduziram o âmbito econômico especificamente ao fenômeno do mercado. Assim, por meio do processo histórico, "A identificação da economia com o mercado foi colocada em prática", isto é, o mercado, esta criação institucional, passou a organizar as mais diferentes esferas da vida humana, produzindo uma 'sociedade de mercado'.
Referência: CALABREZ, Felipe Introdução à economia política: o percurso histórico de uma ciência social. Curitiba: Intersaberes, 2020, p. 225, adaptado.
	
	C
	Limitação da teoria economia às bases ideacionais ocidentais.
	
	D
	Criação das bases ideológicas para a dominação colonialista.
	
	E
	Construção de um discurso de dominação de determinados países
Questão 2/10 - Economia Política
Leia o texto abaixo:
“Georg Friedrich List compreende a nação do ponto de vista político e não mais somente de um ponto de vista social como Smith (nação = sociedade civil). Ao fazê-lo, List desloca toda a problemática, colocando no centro da questão o desenvolvimento econômico como estratégia nacional. Ao operar essa mudança de foco, foge-se, a uma só vez, de uma visão dicotômica de Estado versus mercado como forma superior de organização do capitalismo, e inserem-se as categorias em seu contexto, o que passa pelo ambiente internacional de competição entre Estados e capitais. A partir daqui, não há mais de se falar em desenvolvimento econômico (em abstrato) como forma de ampliação de riqueza e de inovação tecnológica, por exemplo. Trata-se, agora, de estratégias nacionais de desenvolvimento e de criação de riqueza e desenvolvimento de tecnologia dentro de determinadas fronteiras, nas quais aquelas devem ser mantidas” (CALABRESE, 2020, p 201).
Fonte: CALABRESE, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, adaptado.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Economia Política e as concepções econômicas do alemão Georg Friedrich List, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, um dos principais objetivos do nacionalismo econômico, presente na obra de List:
Nota: 10.0
	
	A
	Induzir o crescimento do Estado e do território alemães mediante a expansão militar do país e conquista de novos povos.
	
	B
	Consolidar o câmbio de flutuante na Alemanha como uma técnica de controle de preços dos produtos manufaturados nacionais.
	
	C
	Fortalecer o Estado e o capitalismo tardio alemão frente ao capitalismo originário e imperial da Inglaterra mediante a adoção de medidas protecionistas.
Você acertou!
Assim, ainda no século XIX, a "verdade produtivista" do mercantilismo foi redescoberta pelo "protecionismo" industrializante de Alexander Hamilton, e pelo "nacionalismo econômico" de Friedrich List e Max Weber, todos movidos pelo mesmo objetivo político: o fortalecimento dos seus Estados e capitalismos tardios frente ao capitalismo originário e imperial da Inglaterra de Smith, Ricardo e Marx. (Fiori, 1999, p. 51). Preocupado com o desenvolvimento do capitalismo na Alemanha, List (1986) defendeu medidas protecionistas como indispensáveis à industrialização e à acumulação de riqueza em um contexto de competição internacional que tinha a Inglaterra como país mais avançado e, portanto, com posição favorável nessa competição.
Referência: CALABREZ, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, p. 201, adaptado.
	
	D
	Fomentar a abertura econômica alemã e o aumento de exportação de produtos primários por meio da negociação de tratados com a cláusula da nação mais favorecida.
	
	E
	Incentivar uma política econômica liberal e simpática às ideias de Adam Smith por meio da proposta de medidas de ampliação das relações com a Inglaterra.
Questão 3/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir:
"No que se refere à ordem internacional, há uma gama enorme de instituições e fatores em geral que possibilitaram a expansão econômica fordista. Em primeiro lugar, como destacam Glyn et al (1990), foram criadas várias instituições internacionais importantes, que deram as condições para a expansão do comércio então verificada e para a reconstrução dos países arrasados pela Segunda Guerra. O FMI, como instituição financeira responsável por lidar com problemas no Balanço de Pagamentos dos países. Em seguida, o Banco Mundial, incumbido de financiar investimentos de longo prazo sobretudo para países desenvolvidos. O GATT, em terceiro, como o órgão que buscava supervisionar e impedir o aumento de tarifas comerciais que lograssem reduzir a intensidade do comércio internacional. Por fim, mas não menos importante, o Plano Marshall, através do qual uma enorme quantia de dólares foi investida sobretudo nos países da Europa Ocidental, criando as próprias condições de crescimento naqueles países e, além disso, criando a própria demanda por investimento norte-americano."
Fonte: LIMA, Ana Carolina Bottega de; STERNICK, Ivan Prates. Teoria da Regulação e crise do fordismo. p. 17. Disponível em: <file:///C:/Users/92007228/Downloads/4147-Texto%20do%20artigo-16052-2-10-20171127.pdf>.
Tendo em conta o trecho acima e os conteúdos trabalhados no decorrer da disciplina de Economia Política, assinale a alternativa que indique corretamente como se denomina o sistema monetário internacional no qual essas instituições estavam incluídas:
Nota: 10.0
	
	A
	Sistema Monetário de Bretton Woods
Você acertou!
Como é sabido, os EUA saíram, embora de forma muito lenta, do atoleiro da Grande Depressão. As medidas doNew Deal favoreceram a recuperação econômica e os EUA despontaram no século XX como potência hegemônica. Após a Segunda Guerra Mundial, os americanos tomaram a frente no sistema 5 monetário internacional e lograram impor a hegemonia do dólar. Construía-se o chamado acordo de Bretton Woods e o padrão dólar.
Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 4. Economia Política. Material para a impressão, p. 4-5.  
	
	B
	Sistema Monetário de Luxemburgo
	
	C
	Sistema Monetário de Madrid
	
	D
	Sistema Monetário New Deal
	
	E
	Sistema Monetário de Pequim
Questão 4/10 - Economia Política
Leia o trecho abaixo:
“Liberalismo e democracia, assim pensamos por muito tempo, compõem um todo coeso. A questão não é apenas que nos preocupamos com a vontade popular e com o Estado de direito, ambos ligados não só à autonomia de decisão das pessoas como também à proteção dos direitos individuais. É que cada componente de nosso sistema político parece ser necessário para proteger os demais. Há de fato um bom motivo para recear que a democracia liberal talvez não sobreviva se um de seus elementos for abandonado. Um sistema em que as pessoas têm voz nas decisões assegura que os ricos e poderosos não possam passar por cima dos direitos dos desfavorecidos. Por esse mesmo motivo, um sistema em que os direitos de minorias impopulares são protegidos e a imprensa pode criticar o governo livremente assegura que as pessoas possam mudar seus soberanos mediante eleições livres e justas. Direitos individuais e vontade popular, conforme sugere essa narrativa, andam juntos, como torta e maçã, ou como Twitter e Donald Trump” (MOUNK). 
Mounk, Yascha. O povo contra a democracia: Por que nossa liberdade corre perigo e como salvá-la. Companhia das Letras, 2019, p. 6.
Levando em conta o trecho citado acima e os conteúdos trabalhados na Aula 6 sobre a crítica à visão clássica da sociedade de mercado, de Karl Polanyi, assinale a alternativa correta:
I. Karl Polanyi constrói uma crítica ao liberalismo clássico indo contra a ideia de que a sociedade é naturalmente estruturada em uma lógica mercantil;
II. Polanyi coloca que a mercantilização de elementos sociais como o trabalho humano é uma construção estável, natural e irreversível da sociedade;
III. A mercantilização das relações de trabalho pode ser exemplificada com reformas liberalizantes que retiram direitos de trabalhadores;
IV. É possível relacionar a crítica de Polanyi aos conflitos que hoje afetam diversos países ocidentais sobre a oposição entre vontade popular e exigências dos mercados.
Nota: 0.0
	
	A
	Apenas as assertivas I, II e III estão corretas.
	
	B
	Apenas as assertivas I e IV estão corretas.
	
	C
	As assertivas I, II, III e IV estão corretas.
	
	D
	Apenas as assertivas I, III e IV estão corretas.
Segundo Karl Polanyi, a organização do mundo social sob a lógica do mercado foi artificialmente construída pelos economistas liberais, sendo crítico a estes. Os economistas liberais afirmavam que os elementos funcionariam naturalmente pela lógica do mercado foram, na verdade, impostos em processos históricos, em lutas políticas, por isso. Esse processo acabou construindo artificialmente os elementos que integram o mundo social, como o trabalho humano e a terra. Karl Polanyi, nesse sentido, desnaturaliza a sociedade enquanto mercado. Por não ser natural, houve uma série de conflitos na sociedade, resistência em relação a essa mercantilização de elementos sociais, contradições que geram a autopreservação daqueles que são mercantilizados, como trabalhadores em situações em que há piora de sua qualidade de vida, o que não é um processo estável. Como no exemplo citado na contextualização, a crítica de Polanyi pode ser exemplificada com a oposição que há hoje entre vontade popular e mercados. Fonte: Tema 2 da Rota de Aprendizagem 6. 
	
	E
	Apenas as assertivas III e IV estão corretas.
Questão 5/10 - Economia Política
Leia o texto abaixo:
“Apontando para o pressuposto de homogeneidade tecnológica subjacente à teoria marginalista, mas inexistente nas economias subdesenvolvidas, Furtado se perguntava até que ponto essas economias repetiam, naquela época, as experiências das nações que começaram sua industrialização no início do século XIX (1957: 167-169). Lembrando que tais economias se caracterizavam por uma distribuição muito desigual de sua renda, e que seu desenvolvimento estava se processando num contexto tecnológico muito mais dinâmico e avançado do que ocorrera antes nas economias atualmente mais desenvolvidas, ele mostrava que os países subdesenvolvidos tinham mercados internos relativamente pequenos e de lento crescimento, o que dificultava neles os processos de industrialização e pressionava seus balanços de pagamentos (1957: 172-173)” (SZMRECSANYI, 2001, p. 349).
Fonte: SZMRECSANYI, Tamás. Celso Furtado – capítulo: Pensamento Econômico no Brasil Contemporâneo II. Estudos Avançados. São Paulo, v. 15, n. 43, p. 347-362, Dec. 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142001000300025&lng=en&nrm=iso>.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Economia Política, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, como Celso Furtado compreendia o subdesenvolvimento:
Nota: 10.0
	
	A
	O subdesenvolvimento é uma fase importante para se atingir o desenvolvimento, devendo ser aceito pelos países periféricos.
	
	B
	O subdesenvolvimento é um subproduto do próprio desenvolvimento dos países centrais, isto é, uma condição estrutural do capitalismo.
Você acertou!
Para Celso Furtado, o subdesenvolvimento pode ser definido como um processo histórico, subproduto do próprio desenvolvimento do "centro", e não uma etapa que precederia o desenvolvimento. Esse diagnóstico de Furtado foi elaborado nos anos 1960 e orientou suas análises ao longo das décadas seguintes, tendo sofrido transformações que preservaram, no entanto, o essencial do diagnóstico. A preocupação central de Furtado (1983) era com a heterogeneidade estrutural da economia brasileira, que se exprimia em níveis intoleráveis de desigualdade de renda. A marca do pensamento latino-americano é, portanto, a busca da superação das desigualdades sociais observadas e a defesa de uma ampla ação estatal em direção ao planejamento e coordenação rumo a uma mudança estrutural que supere a situação de subdesenvolvimento.
Referência: CALABREZ, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, p. 188, adaptado.
	
	C
	O subdesenvolvimento é uma condição natural imposta pela diferença de capacidade entre os variados povos que existem no sistema internacional.
	
	D
	O subdesenvolvimento é uma etapa do processo de revolução industrial que precede o desenvolvimento técnico e científico e enriquecimento da indústria nacional.
	
	E
	O subdesenvolvimento é uma situação de desigualdade entre os países pós-coloniais, uma vez que ex-colônias inglesas são mais desenvolvidas do que ex-colônias de origem ibérica.
Questão 6/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir: 
"É possível imaginar o assombro daqueles familiarizados com as lidas do pensamento então hegemônico ao tomarem contato pela primeira vez com A Teoria Geral. Keynes planejara seu ataque em múltiplas frentes. Insistia sobre a importância de se compreender a economia como uma economia monetária da produção, na qual a moeda desempenha papel de suma importância e não apenas por consubstanciar a forma mais geral da riqueza, conferindo a seu detentor a possibilidade de comando sobre o trabalho alheio, mas fundamentalmente por representar em simultâneo os papéis - somente em aparência contraditórios - de refúgio contra a incerteza e de objeto de desejo compelindo à valorização do capital".
Fonte: FRACALANZA, Paulo Sérgio. As lições de Keynes. Novos estud. - CEBRAP  no.88 São Paulo Dec. 2010. p. 200. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/nec/n88/n88a12.pdf>.
Tendo em conta o trecho citado acima e os conteúdos discutidos no decorrer da disciplina de Economia Política, assinale

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