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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA Instituição: UNIP – MACAPÁ. Curso: BACHAREL EM EDUCAÇÃO FISICA Matéria: BIOMECANICA Professor (a): Messias Nazaré Acadêmicos: Jesuína Almeida da Silva Dilermando do Carmo da Luz Paulo Renan Flexa da Silva Maria José Nunes e Nunes Jhonatan Ardasse Elisângela da Paixão Almeida Clemilson da costa nunes Yasmin Bosque da Rocha Douglas Magno de Melo Lima Thiago Sillas Rodrigues Ferreira Ayloan Ysobele Dantas Sabrina Tavares Andrade MACAPÁ – 05/2021 Introdução ao treinamento de força aptidão musculoesquelética, melhoria da saúde, aptidão física e qualidade de vida prescrição de exercícios de força para diversas populações (adultos, idosos, cardiopatas, hipertensos e diabéticos) uma grande parcela da população não pratica TF ou qualquer outro tipo de atividade física Os indivíduos que praticavam TF por no mínimo 2 vezes por semana apresentaram chances menores que 46% de mortalidade em todas as causas (câncer, doença cardíaca, diabetes, HAS, etc.) do que aqueles que não o fizeram. 1799 australianos destacou que poucos médicos fazem recomendações de saúde baseadas no TF Resumidamente, pode ser utilizado com fins profláticos, terapêuticos, de estabilização, estéticos, recreativos ou tendo em visita desempenho esportivo. Treinamento de força Hipertrofia muscular Séries (volume) Repetições Intervalo de descanso Intensidade Velocidade de execução Frequência semanal Métodos e sistemas de treinamento Treinamento de força O treinamento de força pode ser denominado de várias formas, entre eles: treinamento com pesos, treinamento resistido, treinamento contra resistência ou musculação. Estes apresentam inúmeros objetivos com fim no próprio treinamento ou como meio para se alcançar determinado desempenho esportivo. Objetivos para a prática do treinamento de força: Estético; Profilático; Terapêutico; Recreativo; Treinamento. O treinamento de força deve ser orientado pelos princípios do treinamento desportivo, dentre os quais destaco: A individualidade biológica; A especificidade; A sobrecarga progressiva; A variabilidade; A reversibilidade. Hipertrofia muscular A hipertrofia muscular pode ser entendida como o aumento no tamanho das fibras musculares. Geralmente ocorre com a prática crônica do treinamento de força, alimentação adequada e descanso ideal. Didaticamente, a hipertrofia muscular tem sido dividida em duas formas: 1. Hipertrofia aguda/transitória ou comumente chamada de sarcoplasmática; 2. Hipertrofia crônica ou miofibrilar. Séries (volume) O volume de treinamento é caracterizado como o trabalho total realizado no TF (SCHOENFELD; OGBORN; KRIEGER, 2017). Tem sido sugerido que maiores volumes de treinamento resultariam em elevada taxa de síntese proteica (BURDet al., 2010), aumento da sinalização de vias de síntese proteican(AKT, mTOR e p70S6K) e maiores ganhos de força e massa muscular (KRIEGER, 2010; SCHOENFELD;OGBORN; KRIEGER, 2017). Assim, existe grande interesse em manipular essa variável a fim de maximizaros resultados no TF. SERIES (VOLUME) Repetições 2-3 5-7 7-10 10-15 15-20 20-25 Objetivo Reduzir o volume de treino com o intuito de promover a recuperação. Reduzir o volume de treino em aproximadamente 65% para promover super compensação de síntese proteica e manutenção de massa muscula. Estimular a hipertrofia com menor volume de treino para aclimatar o corpo para maiores volumes. Aumentar a taxa de hipertrofia com moderado volume de treino. Aumentar a taxa de hipertrofia com maiores volumes de treino. Promover um estado de *overreaching funcional com um período de maior volume. Repetições Campos et al. (2002) investigaram a influência do número de repetições sobre a hipertrofia muscular, analisaram três grupos: Baixo número de repetição 3-5 reps; Intermediário 9-11 reps; Alto número de repetições 20-28 reps). Os autores sugerem que número de repetições entre 3-11 são o suficiente para desenvolver adaptações musculares em sujeitos previamente destreinados. Intervalo de descanso De Salles et al. (2009) relataram que os intervalos entre as séries de 30-60 segundos são uma ótima alternativa para estimular a hipertrofia muscular. No entanto, há sugestões de intervalos de descansos mais curtos, algo entre 30 a 45 segundos, para maximizar a hipertrofia muscular de indivíduos ectomorfos/longelíneos. Intervalos de descanso maiores do que 60 segundos são recomendados para os sujeitos que desejam aumentar a recuperação de creatina fosfato intramuscular e assim manter o mesmo nível de intensidade, particularmente aqueles indivíduos que têm como objetivo o aumento da força muscular. Intensidade A intensidade ideal para a hipertrofia muscular é dependente do nível de treinamento: Sujeitos menos treinados respondem a menor intensidade (aproximadamente 12 repetições máximas); Indivíduos treinados necessitam de maior intensidade (aproximadamente 8 repetições máximas). É importante salientar a necessidade de alternar as intensidades ao longo do treinamento, desta forma, previne-se lesões por estresse e também favorece melhor recuperação muscular para uma nova rotina de treino. Ao contrário do que muitos leigos acreditam, para a hipertrofia muscular o importante não é quantidade de carga levantada, mas sim a qualidade da execução do movimento. Dependendo do nível de treinamento o músculo deve chegar à exaustão ou próximo. Velocidade de execução A velocidade com que se executa o exercício também determina se haverá maior ou menor estímulo para a hipertrofia muscular. Um ponto importante a detalhar é que, velocidades mais rápidas parecem promover hipertrofia mais em pessoas destreinadas do que treinadas, estes últimos ao que indica se beneficiam de maior tempo sob tensão. Frequência semanal Rhea et al. (2003) verificaram que sujeitos destreinados apresentam uma relação dose-resposta melhor quando treinam cada grupo muscular três vezes na semana, enquanto que indivíduos treinados respondem melhor quando treinam cada grupo muscular apenas duas vezes na semana, desta forma, vemos que não há necessidade de se treinar o mesmo grupo muscular mais vezes na semana e aguardar com isso maior hipertrofia e/ou força muscular. Reforçando esse raciocínio, o estudo de revisão sistemática e meta-análise conduzido por Schoenfeld et al. (2016) verificaram que duas sessões semanais de treinamento de força são mais eficientes na promoção da hipertrofia muscular do que apenas um treino por semana e, até o momento, três treinos semanais não apresentam superioridade para ampliar a hipertrofia muscular. TREINAMENTO SEMANAL Segunda Treino (A): para os músculos do quadríceps femoral Terça Treino (B): para os músculos peitorais Quinta Treino (A): para os músculos do quadríceps femoral Sexta Treino (B): para os músculos peitorais Métodos e sistemas de treinamento Pirâmide completa Pirâmide sobrecarga dupla Pirâmide truncada Bi-set Tri-set Super série Agonista/Antagonista Circuito Pré-exaustão Exaustão Isométrico Negativo ou excêntrico Drop set Rest-pause Repetições parciais Repetição forçada Superlento GVT FST-7 Conclusão O bom desempenho no treinamento para a hipertrofia muscular e/ou força depende da experiência teórica e prática do treinador, pois como vimos no presente texto, há inúmeras variáveis intervenientes e que se não forem bem ajustadas poderão contribuir negativamente para o resultado final. Uma rotina de treinamento que vá ajudar na hipertrofia e/ou ganho de força deve ser pensada, planejada e executada com atenção nos mínimos detalhes, caso contrário os clientes poderão se lesionar e/ou não obter aquele resultado tão esperado. Referências De Salles, B.F. et al. Rest interval between sets in strength training. Sports Med 2009; 39(9):765-777. Rhea, M.R.; Alvar, B.A.; Burketi, L.N.; Ball, S.D. A meta-analysis to determine the dose response for strength development. Med Sci Sports Exerc 2003; 35(3):456-464. Fry A.C. The role of resistance exercise intensity on musclefibre adaptations. Sports Med 2004; 34(10):663-679. Campos, G.E.R. et al. Muscular adaptations in response to three different resistance-training regimens: specificity of repetition maximum training zones. Eur J Appl Physiol (2002) 88: 50–60. BUCCI, M.; VINAGRE, E.C.; CAMPOS, G.E.R.; CURI, R.; PITHON-CURI, T.C. Effects of concurrent training hypertrophy and endurance on skeletal muscle. R. bras. Ci e Mov. 2005; 13(1): 17-28. Schoenfeld, B.J., Ogborn D., Krieger J.W. Effects of Resistance Training Frequency on Measures of Muscle Hypertrophy: A Systematic Review and Meta-Analysis. Sports Med 2016; 46(11):1689-1697.
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