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Logística e Contratos Administrativos

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Aula 07
UFRN (Assistente em Administração)
Administração de Materiais e Patrimônio
2021 (Pós-Edital)
Autor:
Ricardo Campanario
Aula 07
21 de Março de 2021
05082883470 - GUSTAVO SILVA GUEDES
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Sumário 
Logística e Gestão de Contratos .................................................................................................................. 3 
1 - Considerações Iniciais ........................................................................................................................... 3 
2 - Conceitos e a Abordagem Logística .................................................................................................. 5 
2.1 - Conceitos e Definições .................................................................................................................. 5 
2.2 - Atividades Logísticas...................................................................................................................... 6 
2.3 - Abordagem Logística e suas Dimensões ................................................................................. 10 
3 - Logística Sustentável ........................................................................................................................... 13 
3.1- A sustentabilidade na logística .................................................................................................... 13 
3.2- Decreto 7.746/2012 ...................................................................................................................... 13 
3.3- Tendências em Logística Sustentável ......................................................................................... 16 
4 - Supply Chain Management ................................................................................................................ 19 
4.1 - Nova Visão da Cadeia de Suprimentos .................................................................................... 19 
4.2 - Conceito de Supply Chain Management ................................................................................. 19 
4.3 - Supply Chain Management no Setor Público .......................................................................... 22 
4.4 - Cadeias de Suprimentos (Direta, Reversa e Ciclo Fechado) ................................................. 23 
4.5 - Efeito Forrester ............................................................................................................................. 26 
4.6 - Comakership ................................................................................................................................. 27 
5 - Globalização e Novos Desafios ......................................................................................................... 30 
5.1 - O impacto prático da globalização ........................................................................................... 30 
5.2 - O novo modelo de negócio ....................................................................................................... 31 
5.3 - Os novos desafios da Logística .................................................................................................. 32 
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6 - Contratos Administrativos .................................................................................................................. 35 
6.1 - Tipos de Contrato ........................................................................................................................ 35 
6.2 - Gestor do Contrato ...................................................................................................................... 35 
6.3 - Contratos Administrativos no Setor Público ............................................................................ 37 
7 - Considerações Finais .......................................................................................................................... 41 
Lista de Questões .......................................................................................................................................... 42 
Questões Comentadas ................................................................................................................................. 58 
Gabarito ........................................................................................................................................................ 100 
Resumo ......................................................................................................................................................... 101 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ricardo Campanario
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LOGÍSTICA E GESTÃO DE CONTRATOS 
1 - Considerações Iniciais 
Hoje chegamos basicamente ao fim da chamada cadeia produtiva, depois de percorrer todo o 
caminho que vai desde os fornecedores até a distribuição dos produtos acabados ou serviços para os clientes 
ou consumidores. Tudo isso está englobado em uma grande atividade - ou mesmo um termo muitas vezes 
utilizado de maneira genérica - chamado logística. Vamos explorá-la sob vários aspectos. 
Primeiro vamos entender alguns conceitos e definições sobre o tema. Bom dizer desde já que isso 
varia muito entre diferentes autores. Vamos estudar alguns. 
Em seguida nos debruçaremos sobre um tema que ganha cada vez mais importância no cenário 
mundial que é a logística sustentável. Com base inclusive em normatização vigente, vamos entender quais 
as ações e comportamentos esperados de organizações que visam otimizar o uso dos recursos disponíveis 
ao mesmo tempo que buscam reduzir o desperdício de insumos e interferir ou prejudicar o mínimo possível 
o ecossistema que as cercam. Estudaremos inclusive legislação que define critérios e práticas para a 
promoção do desenvolvimento nacional sustentável nas contratações realizadas pela administração pública. 
Em seguida entraremos em tema muito popular em provas de Administração de Materiais, o 
chamado Supply Chain Management ou Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. Exploraremos aqui um 
pouco mais dos movimentos e transações ao longo da cadeia e entraremos em temas específicos como o 
Efeito Forrester ou o Comakership. 
Fechando o tema de Logística falaremos um pouco sobre a globalização e os novos desafios que 
afetam a atividade e o setor. 
Daí em diante partiremos para um outro tema, a gestão de contratos. Veja que é um tema que se 
relaciona de forma matricial com muito do que vimos ao longo do curso. Está diretamente ligado a compras, 
ou seja, à realização de acordos entre partes, reguladas por um contrato. Aqui veremos as principais 
características dos contratos administrativos e eventuais procedimentos de garantia, alterações, rescisão, 
etc. Note que a gestão de contratos se refere não só a gestão de materiais como também à gestão de 
patrimônio, tema bastante ligado e muitas vezes também cobrado em provas que têm como foco a 
Administração de Materiais. 
É isso. Como sempre temos um conteúdo extenso e com bastante detalhes para estudar. 
Como fazemos sempre, ao longo da aula usaremos conceitos teóricos de estudiosos do tema, 
seguidos de explicações e exemplos e, ao final das discussões, geralmente trarei questões específicas sobre 
o assunto tratado, ajudando no entendimento e fixação dos conceitos. 
Ao longo da aula, geralmente busco as questões mais recentes disponíveis, mas, as vezes, por 
questões pedagógicas, uso questões um pouco mais antigas para ilustrar alguns pontos ou chamar atenção 
de algum conteúdo ou formato de cobrança da banca. 
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Ao final teremos sempre a seção de questões comentadas, também dentro desta lógica. 
Boa aula! 
Abaixo seguem meus contatos para dúvidas e sugestões. 
Vamos em frente! 
Instagram: https://www.instagram.com/ricardocampanario 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2 - Conceitos e a Abordagem Logística 
 
2.1 - Conceitos e Definições 
 O conceito de logística vem ganhando muita importância pois o sucesso nesta atividade (as vezes 
ainda vista como atividade suporte) pode gerar uma grande vantagem competitiva à organização, seja ela 
pública ou privada. 
 Um dos conceitos aceitos para logística é de Martin Christopher (2011); 
Processo de gestão estratégica da aquisição, movimentação e armazenagem de 
materiais, peças e estoques finais (e os fluxos de informação relacionados) por meio da 
organização e seus canais de comercialização, de tal forma que as rentabilidades atual e 
futura sejam maximizadas através da execução de pedidos, visando custo-benefício. 
 Hoje em dia a atividade logística é vista por muitas organizações como um grande diferencial em seus 
respectivos posicionamentos de mercado pois está diretamente relacionada a melhoria de atendimento de 
seus clientes. 
 Em outras palavras a logística nada mais é do que uma visão sistêmica de toda a cadeia de valor, 
responsável por otimizar custos, garantir prazos e qualidade e entregar os produtos finais conforme o 
combinado com os clientes. 
 Veja na ilustração abaixo que toda a cadeia de valor da organização está sob o conceito definido como 
logística portanto, inúmeras oportunidades de melhoria na performance e na rentabilidade da organização 
estão compreendidos pela logística: 
 
 
 
 Para Idalberto Chiavenato, em uma operação ideal, o material deve fluir de maneira ininterrupta ao 
longo de toda essa cadeia. Não deve parar em nenhum momento, exceto quando houver atividade que gere 
valor ao produto acabado ou ao serviço a ser prestado. Tudo que interrompe o processo ao longo da cadeia 
logística deve ser analisado para que seja eliminado. 
Fornecedores Aquisição Operações Distribuição Clientes
Fluxo de Materiais 
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 Por isso a cadeia é chamada de "cadeia de valor" ou value chain, ou seja, agrega valor ao produto 
final ou serviço ao longo de suas etapas. O que não faz isso deve ser eliminado. 
 Já para Ronald Ballou, Logística é uma evolução natural do pensamento administrativo . A concepção 
logística permite "agrupar conjuntamente as atividades relacionadas ao fluxo de produtos e serviços para 
administrá-las de forma coletiva". 
 É exatamente a visão da gestão da cadeia de suprimento, ou o chamado supply chain management, 
que veremos um pouco mais adiante. Mas, já adiantando, preste atenção na dica abaixo: 
 
Um conceito que é simples, importante e cai em provas é: o fluxo de produtos (e/ou 
informações) no sentido do produtor para o cliente é a chamada logística direta e quando 
o fluxo percorre o sentido contrário, ou seja, do cliente para o produtor, temos a logística 
reversa ou inversa. 
Fique atento pois o termo Logística não tem o mesmo significado para todas as pessoas, todas as 
empresas e, em nosso caso específico, para todas as bancas! Até hoje o campo de estudo não tem um título 
único para identificá-lo como existe para o Marketing ou para a Produção. 
As atividades logísticas são representadas por nomes como transportes, distribuição, distribuição 
física, suprimentos, administração de materiais, operações ou mesmo logística. 
O certo é que implicam tanto no suprimento físico como na distribuição física portanto veja que 
percorre toda a cadeia que temos estudado até aqui, desde a aquisição e chegada do material, seu 
recebimento, armazenamento e transformação e, finalmente, sua distribuição, transporte e entrega ao 
cliente. 
 
2.2 - Atividades Logísticas 
 Um conceito que é cobrado com alguma frequência em provas refere-se as atividades logísticas. 
Muitas vezes a cobrança refere-se diretamente a classificação criada por Ronald Ballou, que divide as 
atividades logísticas em primárias e de apoio. São elas: 
Atividades Primárias: 
- Transportes, Manutenção de Estoques e Processamento de Pedidos 
Atividades de Apoio: 
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- Obtenção, Armazenagem, Manutenção de Informações, Programação do Produto, 
Manuseio de Materiais e Embalagem de Proteção. 
 
 Note que, embora o autor use terminologia específica, as três atividades que ele rotula como 
atividades primárias: processamento de pedidos, manutenção de estoques e transporte, estão diretamente 
ligadas aos três grandes grupos de atividades que estudamos em administração de materiais: 
 
 
 
Atividades 
da área de 
materiais
Gestão de 
Estoques
Gestão de 
Centros de 
Distribuição
Gestão de 
Compras
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 O processamento de pedidos nada mais é do que o processo de gestão de compras. A manutenção 
de estoques de Ronald Ballou é exatamente o que temos chamado de gestão de estoques e, por fim, a 
atividade primária de transporte está também diretamente relacionada à gestão dos centros de distribuição 
que, na verdade é a "saída" do produto acabado da organização transformadora em direção ao cliente que 
o adquiriu, passando pelos canais e estratégias de distribuição adotados, entre eles Centros de Distribuição 
e, ao longo de todo o tempo, utilizando-se dos modais de transporte mais apropriados. 
 Perceba portanto que o mais importante é entender esses três grandes grupos de atividades: a 
"chegada ou entrada" do material (relacionada a todo o processo de compras e fornecedores), o material 
"dentro" da organização (etapa relacionada à armazenagem/estocagem, movimentação interna necessária 
e mesmo produção e, por último, a "saída" do produto acabado ou serviço, que é sua entrega ao cliente, 
passando pelas etapas de distribuição e transporte. 
 As nomenclaturas vão variar entre autores e bancas, mas a espinha dorsal da cadeia será sempre 
essa. E, não menos importante, perceba que no centro da ilustração está o Nível de Serviço, que é 
justamente a capacidade que tem a organização de atender as demandas colocadas por seus clientes, 
resultado da integração de todas essas atividades interrelacionadas. 
 Voltando ao modelo de Ronald Ballou, veja abaixo em resumo quais seriam as principais atividades 
logísticas segundo o autor: 
ATIVIDADE PRIMÁRIA ATIVIDADE DE APOIO DEFINIÇÃO 
Processamento de Pedido Obtenção Seleção das fontes e obtenção 
dos suprimentos e materiais 
necessários. 
Armazenagem Administração do espaço para a 
manutenção de estoques. 
Manutenção de Estoque Manutenção de Informações Base de dados que suporta todo 
o fluxo logístico ao longo da 
cadeia 
Programação do Produto Volumes que devem ser 
produzidos para que possam 
atender a demanda. 
Transporte Manuseio de Materiais Associada à armazenagem, diz 
respeito a movimentação interna. 
Embalagem de Proteção Proteção dos bens ao longo do 
deslocamento. 
 
 
 
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(FCC/TRE-PI/Analista Judiciário/2002) A logística trata de todas as atividades de manutenção e 
armazenagem que facilitam o fluxo de produtos, desde o ponto de aquisição da matéria-prima ou dados 
até o ponto de consumo final ou informações. São três atividades primárias de um processo de logística: 
a) armazenagem, manuseio de materiais e embalagens de proteção. 
b) obtenção, programação de produtos e manutenção de informação. 
c) manuseio de materiais, obtenção e transporte. 
d) transporte, manutenção de estoques e processamento de pedidos. 
e) processamento de produtos, embalagem de materiais e manutenção de materiais. 
Comentário 
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. A questão refere-se especificamente as atividades 
primárias e de apoio descritas por Ronald Ballou. São elas: 
Atividades Primárias: 
- Transportes, Manutenção de Estoques e Processamento de Pedidos 
Atividades de Apoio: 
- Obtenção, Armazenagem, Manutenção de Informações, Programação do Produto, Manuseio de Materiais 
e Embalagem de Proteção. 
Nas demais alternativas o examinador mistura atividades primárias com atividades de apoio, tentando 
confundir o candidato. 
 
(VUNESP/TJ-SP/Administrador Judiciário/2019) A metodologia que busca observar uma dada companhia 
como um conjunto de atividades inter-relacionadas, que buscam agregar valor específico ao cliente, 
indicando como um produto se movimenta desde a etapa da matéria-prima até a sua chegada ao 
consumidor final, sendo que o objetivo por todo esse processo é adicionar o máximo de valor aos elos da 
cadeia de maneira menos dispendiosa possível, é denominada 
a) cadeia de valor. 
b) custos de transporte. 
c) valor do arranjo físico. 
d) custos de armazenagem. 
e) picking. 
 
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Comentário 
A afirmativa A está CORRETA e é o gabarito da questão. 
Esta é uma ótima definição da cadeia de processos conhecida por "gestão de materiais", "gestão da cadeia 
de suprimentos", "supply chain management", "cadeia de valor" ou mesmo, de forma genérica, de 
"logística". 
A alternativa B está incorreta. Custos de transportes referem-se exclusivamente aos custos relativos à parte 
desta cadeia, aquela que movimenta mercadorias de fornecedores para a organização e dela para seus 
clientes. 
A alternativa C está incorreta. Também não é este o termo que o examinador está buscando no enunciado. 
O arranjo físico ou leiaute é exatamente a disposição de equipamentos , materiais e pessoas na unidade, de 
modo que o fluxo de materiais e pessoas seja o mais eficiente possível. 
A alternativa D está incorreta. Esses são os custos relativos ao estoque do material, seja ele matéria prima, 
em transformação ou produto acabado. 
A alternativa E está incorreta. O processo de picking é a coleta, no estoque, do material solicitado. Não é 
disso que a banca está falando na questão. 
 
2.3 - Abordagem Logística e suas Dimensões 
 
 Para Martins e Alt a logística é responsável pelo planejamento, operação e controle de todo o fluxo 
de mercadorias e informação, desde a fonte fornecedora até o consumidor. 
 Assim, dentro do espírito da empresa moderna, o básico da atividade logística é o atendimento ao 
cliente, como vimos na ilustração acima, que resume as atividades logísticas descritas por Ronald Ballou. 
Todas as atividades devem ser integradas gerando um resultado único que tem como métrica o atendimento 
dos desejos do cliente, ou seja, transformá-lo em realidade. 
 Ainda para Martins e Alt os pontos principais de um sistema de logística integrada são: 
- Cliente - tem desejos (manifestados ou não) sobre o que precisa ou o que aspira no 
formato de produtos e serviços. 
- Área Comercial - engloba as áreas de vendas e marketing. Captura as necessidades e 
desejos do consumidor e, quando o produto/serviço estiver disponível, efetua a venda. 
- Fábrica - confirma a disponibilidade dos produtos vendidos e, quando não disponíveis, 
providencia sua produção. 
- Administração - gerencia todo o processo e atividades correlatas à cadeia de valor como 
a contabilidade, contas a pagar e receber, fluxo de caixa, entre outras. 
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- Mercado - engloba os potenciais consumidores e os atuais, que exigem 
acompanhamento e serviço pós venda. 
- Fornecedor - providencia os materiais necessários para o processo produtivo que 
atenderá as necessidades do cliente. 
- Transportadora - executa a movimentação do material ao longo da cadeia, seja na sua 
chegada (compra), movimentação interna (estoques, produção, etc.) ou saída (entrega). 
- Cliente, novamente - ao receber o produto/serviço adquirido forma juízo em relação ao 
resultado obtido e pode se tonar mais um parceiro (mesmo que informal) do processo de 
divulgação e vendas de novas unidades. Retroalimenta todo o sistema 
 
AS TRÊS DIMENSÕES LOGÍSTICAS 
Para fecharmos esta etapa vale estudarmos outro conceito que surge com alguma frequência em 
provas e é bastante específico. Estou falando das três dimensões logísticas de acordo com Martins e Alt. 
Segundo os autores a logística tem três dimensões principais: 
- Dimensão de fluxo: suprimentos, transformação, distribuição e serviço ao cliente. É todo 
o percurso pelo qual passa o produto ou serviço até que seja entregue ao cliente. 
- Dimensão de atividade: processo operacional, administrativo, de gerenciamento e de 
engenharia. São os processos que acontecem em cada uma das atividades que permitem 
que o material seja adquirido, transformado, acabado e distribuído ao comprador, ao longo 
de todo o fluxo. 
- Dimensão de domínios: gestão de fluxos, tomada de decisão, gestão de recursos, modelo 
organizacional. São as decisões e a visão gerencial que coordena os processos e o fluxo 
adotado, fazendo tudo funcionar da forma mais eficiente para a organização. 
 
(AOCP/CM Salvador-BA/Analista Legislativo Municipal/2011) Quais são as três dimensões da logística? 
a) Dimensão de abastecimentos, dimensão de centro de distribuição e dimensão de transporte. 
b) Dimensão de domínios, dimensão de fluxo e dimensão de atividades. 
c) Dimensão de grupos de atividades, dimensão de otimização e dimensão de abastecimentos. 
d) Dimensão de transporte, dimensão de fluxo e dimensão de planejamento, operação e controle. 
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e) Dimensão de planejamento, operação e controle; dimensão de domínios e dimensão de abastecimentos. 
Comentário 
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. 
É exatamente o conceito de Martins e Alt que estudamos: 
Dimensão de fluxo: suprimentos, transformação, distribuição e serviço ao cliente. É todo o percurso pelo 
qual passa o produto ou serviço até que seja entregue ao cliente 
Dimensão de atividade: processo operacional, administrativo, de gerenciamento e de engenharia. São os 
processos que acontecem em cada uma das atividades que permitem que o material seja adquirido, 
transformado, acabado e distribuído ao comprador, ao longo de todo o fluxo. 
Dimensão de domínios: gestão de fluxos, tomada de decisão, gestão de recursos, modelo organizacional. 
São as decisões e a visão gerencial que coordena os processos e o fluxo adotado, fazendo tudo funcionar da 
forma mais eficiente para a distribuição. 
Nas demais alternativas o examinador mistura termos genéricos e relacionados à logística para confundir o 
candidato. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3 - Logística Sustentável 
 
3.1- A sustentabilidade na logística 
A sustentabilidade é um tema já bastante conhecido e explorado. Não precisamos investir muito 
tempo nele antes de entrar na própria logística sustentável. Não há qualquer mistério. Se é possível atuar e 
gerar lucros sem prejudicar o meio ambiente ou sem deixar de lado a responsabilidade social, porque não 
o fazer? 
 Esse mesmo pensamento vale para a logística, que é particularmente afetada por temas sensíveis na 
questão ambiental como as sobras de produção, o uso de recursos naturais e de combustíveis ao longo de 
todo o processo. 
A chamada logística sustentável surge com o Decreto 7.746/2012, que regulamenta o art. 3º da Lei 
nº 8.666, de 21 de junho de 1993, com o objetivo de estabelecer critérios e práticas para a promoção do 
desenvolvimento nacional sustentável nas contratações realizadas pela administração pública federal 
direta, autárquica e fundacional e pelas empresas estatais dependentes, e institui a Comissão Interministerial 
de Sustentabilidade na Administração Pública - CISAP. 
Note que o Decreto se refere ao artigo 3o da Lei 8.666/1993, que trata de forma geral das normas de 
licitações e contratos da administração pública. O artigo 3o da Lei 8.666/1993 diz o seguinte: 
Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da 
isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do 
desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita 
conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, 
da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento 
convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. 
 
3.2- Decreto 7.746/2012 
Dentro desse contexto o Decreto 7.746/2012 procura estabelecer critérios e práticas para definir 
exatamente o que é a promoção do desenvolvimento nacional sustentável no ato da contratação pública, 
conceito trazido pela Lei 8.666/1993. Vejamos alguns extratos do Decreto. 
Logo em seu artigo 2o ele chama atenção para a adoção de práticas sustentáveis no processo de 
contratação: 
Art. 2º Na aquisição de bens e na contratação de serviços e obras, a administração pública federal 
direta, autárquica e fundacional e as empresas estatais dependentes adotarão critérios e práticas 
sustentáveis nos instrumentos convocatórios, observado o disposto neste Decreto. 
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OK, mas fala-se o tempo todo em práticas sustentáveis, mas ainda não está claro e objetivo quais são 
elas. Mais adiante, na parte mais importante do Decreto para sua prova, a norma estabelece quais são os 
critérios e práticas considerados sustentáveis. São eles: 
 
Art. 4º Para os fins do disposto no art. 2º, são considerados critérios e práticas sustentáveis, entre 
outras: (“Caput” do artigo com redação dada pelo Decreto nº 9.178, de 23/10/2017) 
I - baixo impacto sobre recursos naturais como flora, fauna, ar, solo e água; (Inciso com redação 
dada pelo Decreto nº 9.178, de 23/10/2017) 
II - preferência para materiais, tecnologias e matérias-primas de origem local; 
III - maior eficiência na utilização de recursos naturais como água e energia; 
IV - maior geração de empregos, preferencialmente com mão de obra local; 
V - maior vida útil e menor custo de manutenção do bem e da obra; 
VI - uso de inovações que reduzam a pressão sobre recursos naturais; (Inciso com redação dada 
pelo Decreto nº 9.178, de 23/10/2017) 
VII - origem sustentável dos recursos naturais utilizados nos bens, nos serviços e nas obras; e 
(Inciso com redação dada pelo Decreto nº 9.178, de 23/10/2017) 
VIII - utilização de produtos florestais madeireiros e não madeireiros originários de manejo 
florestal sustentável ou de reflorestamento. (Inciso acrescido pelo Decreto nº 9.178, de 
23/10/2017) 
 
Mais adiante em seus artigos 5o e 6o, o Decreto traz ainda outras possibilidades para que a 
administração pública, ao contratar, possa exigir certos pré requisitos ou formas de atuação, em linha com 
a sustentabilidade. Vejamos abaixo: 
 
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Art. 5º A administração pública federal direta, autárquica e fundacional e as empresas estatais 
dependentes poderão exigir no instrumento convocatório para a aquisição de bens que estes 
sejam constituídos por material renovável, reciclado, atóxico ou biodegradável, entre outros 
critérios de sustentabilidade. (Artigo com redação dada pelo Decreto nº 9.178, de 
23/10/2017) 
Art. 6º As especificações e demais exigências do projeto básico ou executivo para contratação de 
obras e serviços de engenharia devem ser elaboradas, nos termos do art. 12 da Lei nº 8.666, de 
1993, de modo a proporcionar a economia da manutenção e operacionalização da edificação e 
a redução do consumo de energia e água, por meio de tecnologias, práticas e materiais que 
reduzam o impacto ambiental. 
Importante frisar que o não cumprimento de tais condições por meio da comprovação das exigências 
listadas ou ainda por meio de diligências impõem ao contratante a obrigação de apresentar razões técnicas 
para o não cumprimento, ao final colocando em risco todo o processo de contratação. 
Por fim, vale ainda destacar no próprio Decreto o artigo 16 que impõe a elaboração e implementação 
de plano de gestão de logística sustentável a toda a administração pública federal direta, autárquica e 
fundacional e as empresas estatais dependentes. Veja a seguir: 
Art. 16. A administração pública federal direta, autárquica e fundacional e as empresas estatais 
dependentes deverão elaborar e implementar Planos de Gestão de Logística Sustentável, 
conforme ato editado pela Secretaria de Gestão do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento 
e Gestão, que preverá, no mínimo: (“Caput” do artigo com redação dada pelo Decreto nº 
9.178, de 23/10/2017) 
I - atualização do inventário de bens e materiais do órgão e identificação de similares de menor 
impacto ambiental para substituição; 
II - práticas de sustentabilidade e de racionalização do uso de materiais e serviços; 
III - responsabilidades, metodologia de implementação e avaliação do plano; e 
IV - ações de divulgação, conscientização e capacitação. 
Veja que são todas medidas que visam regular a atuação de potenciais contratados para a execução 
de obras ou serviços públicos em sintonia com as atuais preocupações relativas a sustentabilidade, assim 
como impor, inclusive à administração pública, a adoção de regras similares. 
 A Logística Sustentável dessa forma envolve todas as funções e responsabilidades da logística 
tradicional, no entanto, com um viés voltado para a sustentabilidade. Para isso, implementa ações que 
visam otimizar o uso dos recursos disponíveis, buscando reduzir o desperdício de insumos, as emissões de 
gases poluentes na atmosfera e outras práticas ambientalmente condenáveis. 
 
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(QUADRIX/CRESS-19/Agente Financeiro/2019) Considerando as noções básicas de administração de 
materiais, julgue o item. Para fins de contratação com a Administração Pública, a geração de empregos 
com mão de obra local constitui prática sustentável. 
a) CERTO 
b) ERRADO 
A afirmativaestá CORRETA. 
De acordo com o Decreto 7.746/2012 em seu artigo 4o, a geração de empregos com mão de obra local de 
fato constitui prática sustentável. Observe o inciso IV abaixo: 
Art. 4º Para os fins do disposto no art. 2º, são considerados critérios e práticas sustentáveis, entre outras: 
(“Caput” do artigo com redação dada pelo Decreto nº 9.178, de 23/10/2017) 
I - baixo impacto sobre recursos naturais como flora, fauna, ar, solo e água; (Inciso com redação dada pelo 
Decreto nº 9.178, de 23/10/2017) 
II - preferência para materiais, tecnologias e matérias-primas de origem local; 
III - maior eficiência na utilização de recursos naturais como água e energia; 
IV - maior geração de empregos, preferencialmente com mão de obra local; 
V - maior vida útil e menor custo de manutenção do bem e da obra; 
VI - uso de inovações que reduzam a pressão sobre recursos naturais; (Inciso com redação dada pelo 
Decreto nº 9.178, de 23/10/2017) 
VII - origem sustentável dos recursos naturais utilizados nos bens, nos serviços e nas obras; e (Inciso com 
redação dada pelo Decreto nº 9.178, de 23/10/2017) 
VIII - utilização de produtos florestais madeireiros e não madeireiros originários de manejo florestal 
sustentável ou de reflorestamento. (Inciso acrescido pelo Decreto nº 9.178, de 23/10/2017) 
 
3.3- Tendências em Logística Sustentável 
 Dentro desse cenário algumas tendências que já podem ser verificadas de maneira geral apontam 
para práticas logísticas sustentáveis que vem sendo adotadas cada vez com mais frequência: 
 
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OTIMIZAÇÃO DE ROTAS 
 O processo de otimização de rotas gera uma série de benefícios, como diminuição do tempo das 
entregas, maior satisfação dos clientes, jornadas de trabalho menos cansativas para os motoristas e redução 
do consumo de combustível. 
 Esse último tema tem impacto direto na sustentabilidade e é um dos mais cobrados em provas. A 
gasolina e o diesel usados em caminhões são agentes extremamente poluidores. 
 Apoiada em geolocalização e programas que monitoram o trânsito, a otimização de rotas faz com que 
toda a frota seja mais eficiente, a empresa colete melhores resultados financeiros e de satisfação dos clientes 
e o meio ambiente seja menos prejudicado. 
CONTROLE DE MATERIAIS 
 A logística sustentável costuma focar demasiadamente o consumo de combustíveis porém, na 
verdade o transporte de produtos e insumos também gera alguns outros impactos ambientais, como o 
descarte de embalagens e de estruturas de apoio, especialmente os pallets. 
 Com base nisso empresas estão investindo e desenvolvendo embalagens que podem ser reutilizadas 
ou até mesmo que já são fruto de reciclagem, como as de plástico feitas a partir de garrafas PET. Também 
existe a possibilidade da utilização do plástico biodegradável, que, ao contrário do tradicional, é produzido a 
partir de vegetais, levando menos tempo para ser absorvido pelo meio ambiente após o descarte. 
EFICIÊNCIA DOS VEÍCULOS 
 Possuir uma frota renovada e com manutenção em dia é uma necessidade constante. Caminhões e 
demais veículos pesados são modernizados todos os anos a fim de levar mais segurança e conforto para os 
motoristas, bem como trazer mais eficiência para o consumo de combustível. 
 Um tema importante hoje é a avaliação por parte das empresas transportadoras ou empresas 
possuidoras de frotas próprias, da possibilidade de comprar veículos que aceitem combustíveis menos 
poluentes, como o etanol. 
 Cada vez mais populares, os caminhões flex, que aceitam tanto o álcool quanto a gasolina, permitem 
que as empresas ainda tenham opções na hora de encher o tanque. 
 A tendência para os próximos anos é que motores híbridos ou movidos exclusivamente a energia 
elétrica se tornem ainda mais eficientes e potentes, podendo estar embarcados em grandes caminhões a 
preços bastante competitivos. 
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LOGÍSTICA REVERSA 
 A logística reversa engloba um conjunto de estratégias e práticas com o objetivo de controlar todo o 
fluxo de materiais envolvendo o setor de logística — desde a produção, passando pela entrega, até chegar 
ao descarte. Com muito estudo e planejamento, a empresa pode definir que fará o recolhimento do descarte 
de produtos sensíveis, como pilhas e baterias vendidas por ela mesma, por exemplo, ou seja, o material ao 
chegar ao final da cadeia percorreria o caminho inverso, retornando ao fabricante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4 - Supply Chain Management 
 
4.1 - Nova Visão da Cadeia de Suprimentos 
O Supply Chain Management ou gestão da cadeia de suprimentos envolve vários atores que temos 
estudados e que atuam ao longo do processo de gestão de materiais. Estamos falando de fornecedores, 
produtores, distribuidores e clientes em um processo integrado, no qual compartilham informações e 
planos para tornar o canal mais eficiente e competitivo. 
Esse processo de integração e compartilhamento de materiais, capital e informações é muito mais 
dinâmico e eficiente do que a tradicional e conflitante relação entre compradores e vendedores. 
Na abordagem antiga, cada ator do processo se preocupava exclusivamente com seu cliente direto 
e imediato: o fornecedor só se preocupava com a fábrica que adquiria a matéria prima; a fábrica focava 
apenas a distribuição de seu produto final para os clientes; o distribuidor e atacadista tinha olhos apenas 
para o varejista que comprava seus produtos e o varejista, por último, tinha interesse apenas no cliente, que 
pagava por suas mercadorias. A sequência era linear e cada parte olhava apenas o seu parceiro comercial 
direto, o seu "cliente". 
O Supply Chain Management é o oposto dessa visão. Tem como premissa e permite a visualização 
de todo o processo de geração de valor ao longo da cadeia, desde a chegada da matéria prima até a entrega 
do produto final ao cliente, tudo de maneira sistêmica e integrada, observando e trabalhando os impactos 
que cada um dos movimentos na cadeia possa ter também em cada um dos atores e no resultado final de 
todo o processo. 
 
4.2 - Conceito de Supply Chain Management 
Antes de chegarmos à definição de Supply Chain Management vale trazermos mais uma definição de 
Logística, agora de Gurgel e Francischini, para relembrarmos o tema: 
Processo de planejamento, implementação e controle do fluxo eficiente e eficaz de 
matérias-primas, estoques de produtos semiacabados, acabados e do fluxo de informações 
a eles relativo, desde a origem até o consumo, com o propósito de atender aos requisitos 
dos clientes. 
Note que estamos falando da movimentação de materiais/produtos e informações ao longo de toda 
a cadeia, da origem ao seu consumo final. 
O Supply Chain Management pode ser definido nesta mesma direção, porém agora traz muito forte 
o conceito da integração entre os diferentes atores do processo e não só a movimentação ao longo do fluxo. 
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Veja a seguir uma definição aceita para o Supply Chain Management ou SCM! 
 
Integração dos processos que formam um determinado negócio, desde os fornecedores 
originais até o usuário final, proporcionando produtos, serviços e informações que 
agregam valor para o cliente. 
Podemos considerar que o SCM éuma rede de organizações envolvidas em diferentes processos e 
atividades anteriores que produzem valor sob a forma de produtos e serviços nas mãos do consumidor final. 
Importante notar que essas organização geralmente estão dispersas geograficamente mas, mesmo 
assim, dispõem-se a compartilhar informações e intenções e trabalhar de forma verdadeiramente integrada, 
em grandes redes virtuais, substituindo o conceito da verticalização, caro e muitas vezes ineficiente. 
É uma ferramenta estratégica que aumenta a satisfação do cliente e eleva a competitividade da 
empresa, assim como sua rentabilidade. 
A gestão de todos esses processos e a integração de todos os atores de forma simultânea, para que 
o cliente seja bem atendido, é o que denominamos Supply Chain Management. 
OBJETIVOS DO SUPPLY CHAIN MANAGEMENT 
Podemos resumir os principais objetivos do SCM na lista abaixo, em relação as cadeias de 
suprimentos gerenciadas: 
Formação de parcerias - compartilhamento de todas as iniciativas do negócio com os 
demais membros da cadeia. 
Compartilhamento de riscos - os riscos dos negócios devem ser compartilhados por todos 
os atores da cadeia. 
Distribuição dos resultados - os ganhos obtidos pela racionalização de toda a cadeia são 
divididos entre todos os atores. 
Tráfego de informações - as informações devem fluir sem restrições entre os membros da 
cadeia. 
Eliminação de diferenças - a cadeia não deve permitir que algum de seus elos acumule 
perdas, evitando prejuízos à cadeia como um todo. 
 
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De modo mais genérico podemos dizer que o SCM busca a redução dos custos de 
fornecimento, aumento da eficiência e capacidade de produção, diminuição no tempo 
total da prestação do serviço ou do fornecimento do produto e, como resultado final, 
aumento nas margens e no retorno do investimento com base no atendimento das 
necessidades e expectativas do cliente final. 
 
(VUNESP/Pref. Mun. Atibaia-SP/Assistente Planejamento e Finanças/2014) A visão moderna da cadeia de 
suprimentos – supply chain – enxerga todo o processo de geração de produtos e serviços (desde a entrada 
da matéria-prima até a entrega do produto ao cliente) e monitora esse processo de maneira integrada. Os 
grandes objetivos dessa visão são: 
a) diminuir o turnover, reduzir o tempo total, aumentar as margens dos produtos, aumentar a produção e 
melhorar índices de qualidade. 
b) diminuir o turnover, reduzir o estoque, aumentar as margens dos produtos, aumentar a produção e 
melhorar o retorno do investimento. 
c) reduzir os custos de fornecimento, reduzir o estoque, aumentar os ganhos financeiros, aumentar a 
motivação e reduzir o absenteísmo. 
d) reduzir os custos de fornecimento, reduzir o tempo total, aumentar as margens dos produtos, aumentar 
a produção e melhorar o retorno do investimento. 
e) reduzir os custos de fornecimento, reduzir o tempo total, aumentar os ganhos financeiros, aumentar a 
produção e reduzir o absenteísmo. 
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. 
Em geral podemos dizer que o SCM busca a redução dos custos de fornecimento, aumento da eficiência e 
capacidade de produção, diminuição no tempo total da prestação do serviço ou do fornecimento do produto 
e, como resultado final, aumento nas margens e no retorno do investimento com base no atendimento das 
necessidades e expectativas do cliente final. 
(Instituto AOCP/IBGE/Analista Censitário/2019) Qual é o sistema pelo qual organizações e empresas 
entregam seus produtos e serviços aos seus consumidores, em uma rede de organizações interligadas, e 
lida com problemas de planejamento e execução envolvidos no gerenciamento de uma cadeia de 
suprimentos? 
a) SCM (Supply Chain Management). 
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b) DM (Database Managament). 
c) CRM (Customer Relationship Management). 
d) EDI (Electronic Data Interchange). 
e) Picking. 
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. 
Vimos que o Supply Chain Management ou SCM é a integração dos processos que formam um determinado 
negócio, desde os fornecedores originais até o usuário final, proporcionando produtos, serviços e 
informações que agregam valor para o cliente, em linha com o que traz o enunciado. 
Na alternativa B, Data Base Management refere-se ao gerenciamento de bancos de dados. 
O CRM (ou gestão de relacionamento com clientes) na C é um processo que auxilia as empresas a 
gerenciarem as informações relativas a seus clientes. Também não se relaciona diretamente com a definição 
de SCM. 
O Intercâmbio Eletrônico de Dados (ou EDI), na alternativa D, é um meio de intercâmbio de documentos e 
informações entre empresas. Não é isso que o examinador busca. 
Por fim, na alternativa E o Picking é a atividade responsável por coletar produtos armazenados, de acordo 
com os pedidos dos cliente, de forma a satisfazer suas necessidades, portanto bastante distante do tema em 
questão. 
 
4.3 - Supply Chain Management no Setor Público 
Nos órgãos públicos há uma grande dificuldade para a implantação do SCM pois a premissa é que as 
contratações são realizadas com base na legislação vigente e, na maioria das vezes, estão baseadas em preço 
ou outras condições estabelecidas pelos editais ou instrumentos de compra utilizados. 
Essa condição praticamente afasta a possibilidade da construção de parcerias e dificulta de forma 
significativa a integração dos atores ao longo da cadeia. 
Em primeiro lugar não há como buscar a manutenção de relacionamentos de longo prazo com 
diferentes atores pois as contratações são sempre baseadas em critérios técnicos e objetivos, 
independentemente do grau de integração e relacionamento construído com diferentes fornecedores e 
demais parceiros comerciais. 
Além disso, os próprios parceiros (especialmente os fornecedores) têm ciência que o setor público 
não está diretamente interessado em seu desenvolvimento para que os frutos possam ser colhidos ao longo 
do tempo. 
Não há essa preocupação específica com o desenvolvimento dos fornecedores pois a contratação é 
por tempo determinado e com objetivo específico. Esse é mais um ponto que enfraquece a relação entre 
as partes e dificulta a adoção do SCM 
Para Albuquerque e Primo: 
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Características do processo de compra/contratações públicas, tais como impessoalidade e 
igualdade de condições para todos os concorrentes, podem se apresentar como um entrave para 
o desenvolvimento de relacionamentos com fornecedores nos quais sejam compartilhados 
processos, informações e ganhos. 
Com todo esse cenário, na administração pública acaba não existindo o chamado "senso de urgência" 
na busca pela melhora na gestão da cadeia de suprimentos., levando a prestação de serviços de forma 
ineficiente, com desperdícios e custos maiores que o necessário. 
 
 
Ainda de acordo com Albuquerque e Primo, uma possibilidade que se oferece para minimizar esse 
cenário é a gestão da cadeia dentro da própria administração pública como entre órgãos que 
acabam atuando juntos em determinados processos como, por exemplo, a integração entre 
Fiscos e órgãos públicos de processamento de dados, os próprios fiscos e órgãos policiais, de 
investigação e de julgamento (Secretarias de Fazenda/Receita + Polícias + Ministério Público + 
Judiciário), entre dezenas de outros exemplos que poderiam ser aqui trazidos. 
Fato é que, mesmo sem poder estender a gestão da cadeia a todos os atores pelos obstáculos quevimos anteriormente, é possível buscar integração com outros órgãos públicos que, conjuntamente, fazem 
parte de uma única cadeia de prestação de serviços ao cidadão que deve ser encarado como o cliente final 
de todo o processo. 
 
4.4 - Cadeias de Suprimentos (Direta, Reversa e Ciclo Fechado) 
Esse é um tema de ótimo custo benefício pois é simples e é cobrado com frequência. 
CADEIA DIRETA 
 A cadeia direta é a que estamos acostumados, a que flui naturalmente dos fornecedores até o 
cliente final, passando por todo o processo de compra, estocagem, transformação, distribuição, transporte, 
até chegar aos clientes finais ou consumidores. É também conhecida por "à jusante" (raro, mas as vezes 
aparece). 
É o sentido que normalmente estudamos e que observamos de maneira natural nos processos do dia 
a dia. 
CADEIA REVERSA 
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 A cadeia reversa, também chamada de logística reversa, justamente inverte o sentido que 
estávamos observando até agora. Diz respeito ao fluxo contrário, ou seja, dos clientes até o produtor. Esse 
termo em geral é usado para descrever o processo de "trazer de volta" os produtos após o final de suas 
"vidas uteis", ou mesmo nos casos de recall, reparos ou reutilização. Também chamada de "a montante" 
(também raro, mas fique atento). 
A logística reversa define o envio do produto desde o seu local de consumo até o ponto adequado da 
cadeia de suprimento para que seja dado o tratamento adequado aos resíduos (descarte correto ou 
reciclagem, evitando danos ambientais como vimos em logística sustentável) ou para que algum valor seja 
gerado novamente ao produto, como nos casos de remanufatura (vasilhames que são lavados e reutilizados, 
por exemplo). 
Dessa forma a logística reversa está diretamente ligada à reciclagem ou ao reaproveitamento de 
materiais. Outras movimentações ao longo da cadeia que também dependem da logística reversa são as 
devoluções (por danos, estoques sazonais e/ou em consignação, recalls, excesso de estoque, etc.). 
Do ponto de vista normativo, a Lei 12.305/2010 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos 
traz em seu artigo 3o inciso XII a definição legal e vigente de logística reversa: 
Art. 3o Para os efeitos desta Lei, entende-se por: 
... 
XII - logística reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado 
por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a 
restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo 
ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada; 
CADEIA DE CICLO FECHADO 
Por último, a cadeia de ciclo fechado - chamada também de closed loop supply chain ou economia 
circular - é uma evolução dos dois primeiros conceitos que acabamos de estudar. Neste modelo, tanto a 
logística direta como a reversa estão integrados e formam um único ciclo, de ida e volta e contínuo. 
Esse percurso engloba todo o ciclo de vida do produto e vai da produção ao fornecimento ao 
mercado e, na sequência, da coleta pós uso até a sua reciclagem ou reutilização, reinserindo-o no processo 
produtivo para que volte ao mercado, novamente na forma de produto. 
Perceba que é um ciclo contínuo, cujos elos estão todos ligados e formam uma corrente única e sem 
interrupção. O produto vai até o cliente, é consumido e retorna na forma de resíduo, sobras ou 
componentes, sendo novamente preparado para que volte ao mercado, dando continuidade ao ciclo e a 
cadeia formada. 
Esse é o fenômeno denominado closed-loop supply chain ou cadeias de suprimentos de ciclo 
fechado, ou seja um "loop" que se retroalimenta o tempo todo e faz com que o processo não tenha início 
nem fim. 
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(VUNESP/TJ-SP/Administrador Judiciário/2019) O instrumento de desenvolvimento econômico e social 
caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a 
restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros 
ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada, e que permite o descarte 
apropriado de materiais e principalmente a preservação ambiental, é 
a) logística integrada. 
b) monitoramento de desempenho ambiental. 
c) logística reversa. 
d) monitoramento ambiental. 
e) trade-off logístico. 
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. 
Esse é exatamente o conceito que estudamos. 
A cadeia reversa, também chamada de logística reversa, diz respeito ao fluxo contrário, ou seja, dos clientes 
até o produtor. Esse termo em geral é usado para descrever o processo de "trazer de volta" os produtos após 
o final de suas "vidas uteis", ou mesmo nos casos de recall, reparos ou reutilização. Também chamada de "a 
montante" (também raro, mas fique atento). 
Cadeia de Suprimentos 
DIRETA 
• Dos fornecedores aos 
clientes finais.
Cadeia de Suprimentos 
REVERSA (ou LOGÍSTICA 
REVERSA)
• Dos clientes finais aos 
fornecedores .
Cadeia de Suprimentos 
de CICLO FECHADO
• Engloba os dois fluxos: 
direto e reverso
• Envolve todo o ciclo do 
produto e cria um 
"loop" que se 
retroalimenta.
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Cuidado para não se confundir com o termo "logística integrada" da alternativa A, que indica a integração 
de todo o processo logístico, da origem dos produtos às mãos do consumidor final, ou seja, o modelo de 
supply chain management que temos estudado. 
Os demais termos não dizem respeito à definição trazida pela banca no enunciado. 
 
4.5 - Efeito Forrester 
O efeito Forrester ou efeito "chicote" é fruto das distorções de demandas de estoque que ocorrem 
em cadeias não integradas pelo SCM. O efeito é explicado pelo impacto que pequenas variações na demanda 
final (clientes) acabam causando em toda a cadeia. 
 
Este problema, típico de cadeias não integradas, ocorre poque não há o compartilhamento 
de informações entre os diferentes atores envolvidos. 
 
Imagine que o varejista por alguma razão emite uma ordem de compra 30% maior do que costumava 
fazer. O distribuidor/atacadista que está acostumado a atendê-lo, sem saber qual a real razão do aumento, 
amplia também o seu pedido para o fabricante em proporção ainda maior (50%, por exemplo), visando o 
atendimento do varejista nos meses subsequentes e desconhecendo que o incremento projetado pelo 
varejista se deu por um cliente único que avisou que fará uma simples e única compra no mês seguinte. 
O fabricante, por sua vez, sem ter a menor ideia do que está acontecendo (já que os atores não se 
conversam e a informação não flui entre eles) eleva sua produção e dobra o volume de compras de matérias 
primas junto aos fornecedores. 
Perceba que o impacto vai reverberando por toda a cadeia e tende a aumentar conforme vamos 
avançando por cada um dos parceiros. Quanto mais os atores estão afastados do cliente final, maior o risco 
de que o efeito se instale e ganhe cada vez maior volume, enquanto vai percorrendo toda a cadeia. Isso 
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acontece porque cada elo da cadeia só tem informações recebidas do elo seguinte e não se enxerga o ciclo 
como um todo, não possuindo também o necessário compartilhamento de informações. 
O resultado final de tal efeito é a formaçãode grandes volumes de estoques ao longo da 
cadeia. Isso obrigará cada um dos atores a tomar medidas que incentivem seu giro, 
buscando a redução de custo em função da instalação desnecessária destes altos volumes 
de estoques em função da desinformação generalizada ao longo da cadeia. 
Veja a representação gráfica das variações de estoque que podem acontecer em função do efeito 
chicote ou Forrester e como elas vão ganhando intensidade ao longo da cadeia. 
 
 
 
4.6 - Comakership 
O Comakership é um outro conceito que de vez em quando aparece em provas de concurso. 
Traduzindo-o logo de cara, estamos falando de "cofabricação", mas ele sempre aparece em inglês mesmo, 
portanto acostume-se com a terminologia. 
Uma boa definição para o Comakership é: 
Mais alto nível de relacionamento entre cliente e fornecedor, representado por 
conceitos como os de confiança mútua, participação e fornecimento com qualidade 
assegurada. É a chamada integração estratégica. 
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O termo pode mesmo ser traduzido como cofabricação pois o fornecedor participa ativamente do 
processo de fabricação, envolvendo-se com as várias fases do projeto, como o seu planejamento, cálculo de 
custos e definição da qualidade, pois possui contratos de fornecimento de longo prazo com o fabricante. 
Veja que as decisões são tomadas em conjunto e impactam diretamente os dois atores. 
Dessa forma, perceba que o Comakership só é alcançado quando as empresas trabalham no mais 
alto nível de cooperação (nível estratégico), trocando informações detalhadas sobre as demandas dos 
clientes finais (note a relação direta com a inibição do efeito chicote), gerenciando a qualidade, planejando 
conjuntamente os próximos produtos a serem oferecidos e buscando a redução dos custos de toda a cadeia. 
A ideia final é que ambos adquiram vantagens competitivas versus o mercado e consigam atingir seus 
objetivos estratégicos finais e comuns, como a conquista e manutenção do maior número possível de 
clientes. 
 
(VUNESP/TJ-PA/Analista Judiciário/2014) A visão moderna da cadeia de suprimentos privilegia a 
compreensão de todo o processo de geração de produtos e serviços (desde a entrada de matéria-prima 
até a entrega do produto ao cliente) e o monitoramento deste processo de maneira integrada. Uma das 
vantagens dessa visão é o desaparecimento de grandes oscilações na produção nos primeiros estágios das 
empresas que formam a cadeia, efeito conhecido como 
a) Forrester. 
b) cíclico primário. 
c) potencialização da produção. 
d) “dominó”. 
e) polar. 
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. 
O efeito Forrester ou efeito "chicote" é fruto das distorções de demandas de estoque que ocorrem em 
cadeias não integradas pelo SCM. O efeito é explicado pelo impacto que pequenas variações na demanda 
final (clientes) acabam causando em toda a cadeia. 
O impacto vai reverberando por toda a cadeia e tende a aumentar conforme vamos avançando por cada um 
dos parceiros. Quanto mais os atores estão afastados do cliente final, maior o risco de que o efeito se instale 
e ganhe cada vez maior volume, enquanto vai percorrendo toda a cadeia. 
O resultado final de tal efeito é a formação de grandes volumes de estoques ao longo da cadeia. Isso obrigará 
cada um dos atores a tomar medidas que incentivem seu giro, buscando a redução de custo em função da 
instalação desnecessária destes altos volumes de estoques em função da desinformação generalizada ao 
longo da cadeia. 
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Os demais termos utilizados não dizem respeito à definição do efeito Forrester ou "chicote", trazida pela 
banca. 
 
(Instituto AOCP/IBGE/Analista Censitário Logística/2019) O relacionamento cliente-fornecedor possui 
quatro fases. Assinale a alternativa que apresenta a fase que trata do relacionamento tipo comakership. 
a) Integração estratégica. 
b) Integração operacional. 
c) Melhoria da qualidade. 
d) Abordagem convencional. 
e) Integração convencional. 
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. 
O Comakership representa o nível de integração estratégica entre cliente e fornecedor. Ilustra o mais alto 
nível de relacionamento entre cliente e fornecedor, representado por conceitos como os de confiança 
mútua, participação e fornecimento com qualidade. 
Os demais níveis de relacionamento cliente fornecedor são os seguintes: 
Abordagem convencional: a prioridade é o preço e o relacionamento é entre adversários: quem pode mais 
impõe suas condições. Desconfiança quanto à qualidade. Inspeção em 100% dos recebimentos. 
Melhoria da qualidade: prioridade à qualidade do produto. É o primeiro passo de um relacionamento mais 
duradouro, com o surgimento dos primeiros sinais de confiança recíproca. Reduz-se o número de 
fornecedores, eliminando-se aqueles que não oferecem qualidade. É um primeiro estágio do relacionamento 
tipo comaker. 
Integração operacional: a prioridade passa a ser o controle do processo, levando-se em conta sua 
capabilidade. Cliente e fornecedor passam a fazer investimentos comuns em pesquisa e desenvolvimento, 
com o cliente na maioria das vezes financiando programas de melhoria da qualidade dos fornecedores, para 
que implantem sistemas de garantia da qualidade. É um passo além do relacionamento comaker. 
Finalmente temos a Integração estratégica: conhecida por Comakership é uma verdadeira parceria nos 
negócios. Requer gerenciamento comum dos procedimentos dos negócios, incluindo o desenvolvimento de 
produtos e processos, engenharia simultânea, desdobramento da função qualidade (QFD), fornecimento 
sincronizado e qualidade assegurada. Nesse caso estamos falando exatamente do relacionamento do 
tipo comakership, conforme descrito pelo enunciado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5 - Globalização e Novos Desafios 
 
É necessário falarmos de tendências atuais que desafiam todos os ramos de atividade e, não poderia 
ser de outra forma, impacta também o cenário da logística em todo o mundo. 
A globalização - termo hoje usado nos mais variados sentidos - importa para nós pois na prática 
derrubou fronteiras, intensificou o fluxo de capitais e de informações e possibilitou o desenvolvimento de 
cadeias de negócio integradas nos mais diferentes países e localizações. 
Esse novo cenário - que do ponto de vista logístico deve ser encarado como uma grande oportunidade 
- trouxe mudanças significativas que impactam a atuação das empresas em seus processos de compras, 
armazenamento e distribuição de produtos. 
 
5.1 - O impacto prático da globalização 
Vamos entender isso um pouco mais de perto pois alguns desses fatores afetam de forma 
permanente o modelo de atuação empresarial. 
LOCALIZAÇÃO DE MERCADOS CONSUMIDORES 
Não há mais um critério único para definir a real localização de fábricas ou de toda a organização 
industrial, como no passado. Hoje o mais importante é conseguir fazer que o produto/serviço atinja o 
consumidor o mais rápido possível, aonde quer que ele esteja. 
Para isso a entidade pode distribuir plantas industriais e centros de distribuição por todo o mundo 
criando a cadeia logística que julgar mais interessando. 
Nesse processo decisório sempre levará em conta os custos e receitas geradas por tal decisão, 
resultantes basicamente da estrutura requerida para o modo de atuação escolhido e da satisfação do 
consumidor por ser atendido de forma mais rápida e no nível de qualidade desejado. 
GESTÃO DOFLUXO DE INFORMAÇÕES 
O fluxo de informações ao longo da cadeia pode e deve ser total e ao longo de todo o tempo. 
Organizações logísticas funcionam de fato 24 horas e saber lidar com esse fluxo de informações o tempo 
todo é uma grande vantagem competitiva. 
Informações de consumidores, fornecedores, concorrentes e parceiros comerciais nunca estiveram 
tão disponíveis e em tão grande volume. Cabe a organização estruturá-las e aproveitá-las da melhor forma 
possível. 
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Perceba que a oportunidade está aberta a todos e o fluxo da informação (ao lado do capital e do 
material) percorre a cadeia de valor o tempo todo. Nesse cenário as organizações que conseguirem tirar 
vantagem do que está disponível certamente construirão uma vantagem competitiva do ponto de vista 
logístico. 
PERSONALIZAÇÃO DE PRODUTOS E SERVIÇOS 
A produção em massa, mesmo que em modelos mais enxutos, vem perdendo espaço para formatos 
mais ágeis de manufatura que levam em conta sobretudo o consumidor, olhando o tempo todo para fora e 
não exclusivamente para o processo produtivo e suas características. 
O conceito de manufatura ágil procura integrar de fato a empresa e o mercado, permitindo que a 
empresa se adapte rapidamente as mudanças e atenda o consumidor na medida de seus desejos no que diz 
respeito a preço, especificações, qualidade, volume e prazos de entrega. 
Tal comportamento requer também a utilização de operadores logísticos que ofereçam serviços 
customizados, capazes de atender as necessidades das organizações, agora voltadas essencialmente aos seus 
consumidores. 
A personalização de produtos e serviços, que passa pelo conceito de manufatura ágil, baseia-se em 
quatro pilares principais: 
✓ Entrega de valor ao cliente. 
✓ Prontidão para a mudança. 
✓ Valorização dos conhecimentos e habilidades. 
✓ Formação de parcerias/integração virtual. 
 
5.2 - O novo modelo de negócio 
 Observando as mudanças acima relatadas é fácil perceber que as organizações hoje precisam de um 
novo modelo de negócio para encarar esta realidade alterada. 
 Empresas multinacionais precisam operar a partir de agora de maneira global, pouco importando 
aonde sempre se localizaram fisicamente. 
 Esses grandes conglomerados transformam-se em verdadeiras empresas virtuais ou estendidas, ou 
seja, cadeias de negócio formadas as vezes até mesmo por empresas diferentes porém interligadas de 
maneira virtual e administradas com um único interesse, atender os objetivos do consumidor, que está ao 
fim da cadeia de valor de todo o negócio. 
 Esse é o novo conceito de redes, que impacta de forma direta o planejamento logístico das 
organizações e resulta no que estudamos bastante no item anterior, o supply chain e a gestão de todo esse 
processo que envolve os mais variados atores. 
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 Dessa forma, a abordagem logística passa a ser obrigatoriamente sistêmica, a abordagem do negócio 
migra do processo para o consumidor e da tarefa para a geração de valor. 
 Só essa nova visão e posicionamento permitem que a organização faça de sua atividade logística um 
diferencial de atuação e isso a sustente no mercado, caso contrário voltamos a enxergar a logística como 
uma atividade meio e geradora de custos e não de valor ou de uma vantagem competitiva para todo o 
negócio. 
 
5.3 - Os novos desafios da Logística 
 Com base no novo cenário muitos desafios foram colocados às organizações que têm na logística 
uma de suas atividades mais importantes: formação de cadeias virtuais, desenvolvimento dos melhores 
modelos de transporte e entregas ao redor do mundo, redefinir suas estratégias com base nas novas 
demandas e nas necessidades de customização de produtos e serviços, entre outras. 
 Dentro de todo esse contexto surge um desafio especifico que é vital as empresas: como monitorar 
as cargas despachadas e espalhadas pelo mundo, disponibilizando informações sobre sua localização em 
tempo real, o que permitiria a melhor gestão, ganho de velocidade na entrega e a redução de custos ao longo 
de todo o processo? 
 A resposta são modernos sistemas de rastreamento que têm como maiores objetivos: 
✓ Rastrear e monitorar a carga para o serviço ao cliente. 
✓ Rastrear o equipamento transportador (containers, por exemplo) para um eficiente uso operacional 
e do capital investido. 
 Atualmente temos três tecnologias que devem ser conhecidas e são cobradas em provas de concurso: 
 
Código de Barras - método mais usado para coletar dados para rastreamento, das fábricas 
aos supermercados. O uso de scanners holográficos e tipo caneta permitem as mais 
variadas leituras de códigos. Tem como grandes desvantagens a exigência da intervenção 
humana e o não monitoramento do objeto enquanto ele se desloca, mas apenas quando 
uma nova leitura do código é feita no destino. 
RFID - utiliza ondas de rádio que permitem a leitura dos códigos à distância, em diferentes 
posições e em condições adversas como suja, coberta por poeira ou objetos, etc. Isso torna 
a leitura muito mais simples e eficiente que a dos códigos de barras. O uso de uma antena, 
um transmissor e um transponder propiciam a leitura e armazenamento de informações 
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de modo mais simples e barato, porém ainda não permite o rastreamento global e em 
tempo real pois sistema RFID não tem capacidade de leitura a longa distância. 
GPS - baseia-se no uso de satélites e podem estabelecer o posicionamento do material e 
do equipamento em tempo real e em qualquer lugar do mundo. A combinação do RFID e 
do GPS podem gerar um meio simples e robusto de comunicação de dados, permitindo a 
implementação de um sistema eficaz de rastreamento. 
 A combinação entre as tecnologias é necessária pois, por exemplo, em um pátio onde milhares de 
containers estiverem empilhados o GPS não apontará a sua posição exata, o que pode ser capturado pelo 
RFID pela proximidade. Porém em um deslocamento internacional, o GPS consegue monitorar a posição real 
do mesmo container, ao passo que o RFDI não. 
 
 
(FGV/IBGE/Analista Censitário/2017) Com o desenvolvimento tecnológico, os problemas logísticos 
tornaram-se cada vez mais complexos, exigindo maior visão sistêmica das organizações e do mercado. A 
proliferação de variedades de produtos leva a uma grande diversidade e quantidade de itens, o que conduz 
a uma situação complexa de administração dos estoques. Uma das mais importantes tendências da 
logística empresarial moderna é o uso de operadores logísticos, que têm como característica: 
a) prestar serviço padronizado e genérico, concentrando-se em uma única atividade logística; 
b) possuir conhecimentos práticos especializados e limitados; 
c) oferecer serviços sob medida, com capacidade de análise e planejamento logístico; 
d) apresentar contratos de serviços que tendem a ser de curto e médio prazo (seis meses a um ano); 
e) oferecer custo específico minimizado da atividade contratada para a empresa contratante. 
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. 
Em relação a personalização da produção de produtos e serviços, a produção em massa, mesmo que em 
modelos mais enxutos, vem perdendo espaço para formatos mais ágeis de manufatura que levam em conta 
sobretudo o consumidor, olhando o tempo todo para fora e não exclusivamente para o processo produtivo 
e suas características. 
O conceito de manufatura ágil procura integrar de fato a empresa e o mercado, permitindo que aempresa 
se adapte rapidamente as mudanças e atenda o consumidor na medida de seus desejos no que diz respeito 
a preço, especificações, qualidade, volume e prazos de entrega. 
Tal comportamento requer também a utilização de operadores logísticos que ofereçam serviços 
customizados, capazes de atender as necessidades das organizações, agora voltadas essencialmente aos seus 
consumidores. 
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Na alternativa A o examinador fala em "serviço padronizado e genérico". É exatamente o contrário. 
Na B fala-se em conhecimentos "limitados e especializados". Na verdade agora a busca é por conhecimentos 
na direção da integração de disciplinas e da cadeia de negócio e não da especialização. 
Na letra D o examinador traz contratos de curto e médio prazo quando, na verdade, a intenção é estender 
relacionamentos comerciais, gerando frutos positivos da parceria. 
Por último, na alternativa E, traz abordagem específica de custos que, embora benéfica (redução), não é uma 
das mais importantes tendências da logística empresarial moderna, conforme buscado pelo enunciado. 
 
(FCC/DPE-RS/Técnico de Logística/2017) Não se refere a Código de Barras e Identificação por 
Radiofrequência (RFDI): 
a) A etiqueta RFID possibilita a rastreabilidade de cada item. 
b) O Código de barras necessita da interação humana para ser lido. 
c) A etiqueta RFID pode ser lida em qualquer posição (horizontal ou vertical). 
d) A etiqueta RFID pode ser lida mesmo suja, com poeira ou até embutidas em plásticos. 
e) O Código de barras pode ser lido a uma distância maior do que a etiqueta de RFID. 
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. 
A etiqueta RFID permite a leitura de distância maior que o código de barras e não ao contrário como traz a 
banca. 
O RFID utiliza ondas de rádio que permitem a leitura dos códigos à distância, em diferentes posições e em 
condições adversas como suja, coberta por poeira ou objetos, etc. Isso torna a leitura muito mais simples e 
eficiente que a dos códigos de barras. O uso de uma antena, um transmissor e um transponder propiciam a 
leitura e armazenamento de informações de modo mais simples e barato, porém ainda não permite o 
rastreamento global e em tempo real pois sistema RFDI não tem capacidade de leitura a longa distância. 
Nas demais alternativas o examinador traz características corretas tanto do RFID como do código de barras, 
permitindo a comparação entre as duas tecnologias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6 - Contratos Administrativos 
 
6.1 - Tipos de Contrato 
Os contratos administrativos estão relacionados tanto à gestão de materiais como a gestão de 
patrimônio, especialmente com as compras públicas. 
Todas as formalizações de acordos de aquisição de bens patrimoniais, especialmente em função de 
suas características peculiares como complexidade, especificidade, prazos, penalidades por inadimplência, 
adaptação à normativa vigente, entre outros, devem ser feitas por meio de contratos. 
Para isso existem diversas formas e tipos de contratos, regulados por legislação específica e que 
endereçam cada um dos temas listados. 
Nesse contexto, desde que não contrariem o que diz a normativa vigente, qualquer acordo entre 
comprador e fornecedor pode fazer parte do contrato em discussão. 
Alguns tipos comuns de contrato são: 
Pedido de compra (ou de fornecimento) - forma simplificada de formalizar uma aquisição, 
especialmente para itens de compra repetitiva, de baixo valor e padronizados. Mais 
recomendado para a aquisição de bens materiais do que patrimoniais. 
Contrato por cotas de fornecimento (ou entrega) - cliente se compromete a adquirir certa 
quantidade fixa a cada período de tempo (exemplo: 5.000 unidades/mês). 
Contrato em aberto - ao contrário do contrato por cotas (entrega periódica programada), 
no contrato em aberto define-se o valor unitário e a entrega é feita quando o comprador 
emite ordens de serviço, definindo os prazos de entrega. 
Contrato de fornecimento em conta corrente - para compras de pequeno valor e alta 
frequência. Ao final do mês o vendedor emite uma única fatura, compreendendo toda a 
compra do período. 
 
6.2 - Gestor do Contrato 
A administração de contratos requer gestores e/ou representantes de todas as partes envolvidas para 
acompanhar e gerenciar o cumprimento do previamente estipulado. 
Cabe ao gestor: 
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- Acompanhar e garantir o cumprimento das cláusulas contratuais previstas. 
- Gerir o contrato exatamente de acordo com os termos previstos, não exigindo nada além 
ou abrindo mão de algo contratado. 
- Emissão de documentação e correspondência relatando o andamento e cumprimento 
(ou não) do contrato sob acompanhamento. 
Com o objetivo de executar todas as ações acima é comum a organização possuir uma área de 
diligenciamento, para prevenir e evitar potenciais desvios em relação ao contratado, garantindo o 
cumprimento dos prazos de entrega, acompanhando a respectiva documentação, casos pendentes, 
especificações combinadas, entre outros quesitos contratuais. 
Dessa forma o diligenciamento, capitaneado pelo gestor do contrato, procura localizar e antecipar 
potenciais problemas, evitando surpresas desagradáveis e oferecendo alternativas para a superação de 
obstáculos que naturalmente podem surgir ao longo da execução contratual ou, em última instância, 
buscando novas alternativas de fornecedores em função de descumprimentos contratuais insanáveis. 
O diligenciamento, em linhas gerais tem os seguintes objetivos: 
- Acompanhar e informar a respeito da situação de cada pedido em fase de aquisição. 
- Garantir o cumprimento do acordado contratualmente. 
- Abastecer o cadastro de fornecedores com as informações de performance em relação a 
cada um dos pedidos contratados. 
 
 
(QUADRIX/CRO-MT/Analista Administrativo/2018) Tendo como referência a legislação e as práticas 
aplicáveis à gestão de contratos, julgue o item. O acompanhamento e a fiscalização da execução do 
contrato serão feitos por terceiros contratados pela Administração, que serão assistidos por um 
representante da Administração. 
a) CORRETA 
b) ERRADA 
A afirmativa está ERRADA. 
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O acompanhamento e a fiscalização da execução do contrato serão feitos pelo gestor do contrato e não por 
terceiros contratados pela Administração, mesmo que fossem assistidos por um representante da 
Administração. 
Relembre as principais funções do gestor de contratos: 
- Acompanhar e garantir o cumprimento das cláusulas contratuais previstas. 
- Gerir o contrato exatamente de acordo com os termos previstos, não exigindo nada além ou abrindo mão 
de algo contratado. 
- Emissão de documentação e correspondência relatando o andamento e cumprimento (ou não) do contrato 
sob acompanhamento. 
 
 
6.3 - Contratos Administrativos no Setor Público 
De acordo com a Lei 8.666/1993 a Administração Pública possui algumas prerrogativas na celebração 
de contratos administrativos, o que garante supremacia ao poder público perante ao contratado, com a 
premissa de que a execução dessas condições garanta a busca do interesse público. 
Vejamos algumas dessas condições garantidas ao ente público no processo de contratação. São as 
chamadas cláusulas

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