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PROJETO DE CINEMA PROFESSORA JULIANA ROTEIRO COMO FAZER UM ROTEIRO DE CINEMA Transformar uma ideia em filme pode parecer uma tarefa complicada. E, de fato, um filme hoje pode ser feito de diversas formas, desde superproduções com orçamentos milionários e muitos efeitos especiais, até animações caseiras, ou curtas feitos com celular. Mas uma coisa é certa, todo filme - seja qual for o tamanho de sua produção - precisa de um ponto de partida, ou seja, um Roteiro. COMO ESCREVER UM ROTEIRO Um roteiro não conta uma história, ele mostra uma história. Ao ler um roteiro, uma pessoa deve ser capaz de imaginar perfeitamente a cena. Por isso, um roteirista deve criar ações que imageticamente traduzam o que ele quer dizer. Diferentemente da literatura, onde você pode descrever emoções e sentimentos das personagens, em um roteiro tudo deve ser mostrado. 1. FUNDAMENTE A SUA IDEIA Trata-se do momento de tornar concreta aquela faísca de inspiração para transformá-la num filme. Uma ideia por si só não é suficiente, para começar o processo de um roteiro, você precisa de uma história, com personagens bem desenvolvidos e um conflito, e mais importante que isso, você precisa de referências. 2. DEFINA O CONFLITO Um dos principais passos para escrever um roteiro é definir seu conflito, uma vez que a história vai se desenvolver em função dele. O conflito é um elemento básico da dramaturgia, segundo o roteirista Robert McKee: “em uma história, nada se move para frente se não for através de conflito”. Na dramaturgia clássica, o conflito é gerado a partir da necessidade do personagem, quando ele não consegue cumprir seus objetivos. Nesse sentido, o conflito geralmente vai contra o protagonista, como algo que ele precisa superar. Quando se trata de roteiro, existem diferentes tipos de conflito. Entre eles: - Conflito Interno = entre o personagem e ele mesmo; - Conflito Externo = entre o personagem e outro elemento do filme. No caso do conflito externo, ele pode ser de caráter pessoal (entre o protagonista e outros personagens) ou extrapessoal (entre o protagonista e algum elemento não humano, como uma empresa ou força da natureza). As tramas mais complexas costumam abrigar mais de um conflito e vemos um bom trabalho de roteiro quando podemos observar uma resolução concomitante para os conflitos internos e externos da personagem. 3. CONSTRUA OS PERSONAGENS  Eles são elementos essenciais do seu filme, então desenvolva personagens consistentes dentro da curva dramática. Quanto mais complexo um personagem for, mais camadas e nuances tiver, mais real ele irá parecer. Vá a fundo no seu personagem, defina seu perfil minuciosamente. Qual a sua religião? Sua cor preferida? Como foi a sua infância? Quais são seus medos? Mesmo que algumas dessas informações não apareçam diretamente no roteiro, elas são importantes para dar consistência ao personagem. Nesse momento você vai perceber a importância de uma pesquisa bem feita. 4. DESENHE A CURVA DRAMÁTICA A curva dramática é o elemento da dramaturgia responsável por nos deixar ansiosos, tensos, ou emocionados na poltrona do cinema. Ela nada mais é do que um modelo de desenvolvimento da situação dramática. Na curva dramática clássica, a história parte de um ponto inicial equilibrado, que apresenta a situação ao espectador em seu estado de repouso. Por algum motivo, há uma ruptura do conforto inicial, o que promove um aumento da tensão e intensidade na medida que a narrativa se desenvolve. Durante essa etapa, o protagonista parte para a busca de um novo equilíbrio, essa busca é representada pelo crescimento da curva. Sendo assim, enquanto há a complicação, a curva dramática sobe até seu cume, onde acontece o ponto clímax do filme, quando o conflito alcança seu grau máximo e desencadeia a resolução e relaxamento, momentos em que a curva dramática desce até alcançar um novo equilíbrio na conclusão. 5. ESCREVA O ARGUMENTO O argumento é o estágio em que a história começa a tomar forma de fato. Ele é uma ferramenta de trabalho do roteirista para o desenvolvimento (e venda) do roteiro, e pode ser interpretado como estando para o roteiro assim como um esboço está para uma pintura. Um argumento é mais detalhado do que uma sinopse e também mais dramático, já que deve inspirar no leitor os sentimentos, emoções e reviravoltas do roteiro. Além disso, é o momento de apresentar todos os personagens importantes para o enredo. 6. FAÇA A ESCALETA Após descrever a história no argumento, é hora de estruturá- la com a escaleta. A escaleta é a estrutura, o esqueleto do roteiro, como que o “resumo” de cada cena para demonstrar como a história irá se desenvolver. A escaleta é uma ferramenta de construção do roteiro para auxiliar o roteirista a montar a ordem das cenas no filme, assim acertando seu ritmo. Não existe necessariamente um formato padrão, o habitual é incluir um cabeçalho com a indicação da cena e uma breve descrição da situação e a ação do personagem. Cada roteirista pode variar em seu nível de detalhamento na hora de fazer a sua escaleta, mas o importante é que ela explicite qual é a ação do personagem naquela cena. Uma escaleta bem escrita, ajuda a visualizar importância de cada cena, seu ritmo, qual sua função dentro da macroestrutura, e a definir o arco dramático dos personagens e subtramas. 7. ESCREVA O ROTEIRO Com o argumento escrito e a escaleta feita, é hora de se concentrar nos diálogos e montar o roteiro. É nesse momento que o roteirista tem a oportunidade de adicionar descrições e detalhes à história, ligando uma cena a outra ou incluindo certos direcionamentos para os outros departamentos, como a Direção, a Direção de Arte, ou até mesmo a Montagem. ESTRUTURA DE UM ROTEIRO No que diz respeito à formatação do roteiro, como já dissemos, o padrão mais utilizado é o Master Scenes. Nele, as páginas do roteiro são estruturadas de acordo com os seguintes elementos: - Cabeçalho de cena - Ação - Personagens - Diálogos - Transição MODELO DE ROTEIRO  INT. QUARTO DE HOTEL DE CHARLOTTE - NOITE (Cabeçalho de Cena) De costas, Charlotte olha a grande janela. (Ação) John chega e lhe dá um beijo. CHARLOTTE (Personagem) Como foi hoje? (Diálogo) JOHN Bom...Eu estou cansado. Ele a abraça por um momento, inclinando-se.  JOHN (CONT) Eu tenho que encontrar Kelly para um drinque lá embaixo. Ela quer conversar sobre algo de foto. CHARLOTTE Ok. Talvez eu desça com você. JOHN Você quer vir? CHARLOTTE Claro. JOHN (não quer que ela vá) (Observação) Ok. CUT TO: (Transição) TEMA? TAREFA PESQUISAR SOBRE O GÊNERO CINEMATOGRAFICO: MUSICAL IDEALIZAR UMA HISTÓRIA IDEALIZAR OS PERSONAGENS: • PERFIL • CARACTERISTICAS FISICAS • FIGURINO COLOCAR NO PAPEL SUAS IDEIAS E ENVIAR PARA PROFESSORA VIA WHATSAPP 07-05-2021 – REUNIÃO DE REVISÃO 10-05-2021 - NOVA REUNIÃO PARA DISCUTIR SOBRE AS ESCOLHAS TOMADAS, E INICIAR A ESCREVER A HISTÓRIA.