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PET 2 Eletiva 2ºano1

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1 
 
 
 
Que venha o 2º bimestre , pois estamos mais fortes emocionalmente ! 
 
A sua capacidade de aprender é ilimitada! Nunca é tarde para conhecer e experimentar algo novo. Partindo 
disso, que tal movimentar a sua capacidade protagonista de fazer acontecer na Eletiva deste bimestre? Porém, 
agora busque olhar para o que não foi aprendido e o que ficou pelo caminho. 
 
 
Vamos conhecer a nossa Eletiva? 
 
A Eletiva deste bimestre é intitulada: MANUAL DO CORRETOR, e 
tem como objetivo esclarecer as dúvidas dos alunos quanto aos critérios 
utilizados pelos corretores de redação do ENEM . O material foi 
disponibilizado pelo INEP , assim temos certeza de que o conteúdo 
explorado é baseado nas habilidades e competências exigidas nesta prova. 
2 
 
SUMÁRIO 
 
SEMANA 1 ................................................................................................................................ PÁG. 05 
 
COMPETÊNCIA 1 
 
 
 
SEMANA 2 ......................................................................................................................................PÁG. 09 
 
COMPETÊNCIA 2 
 
 
 
SEMANA 3 ......................................................................................................................................PÁG. 15 
 
COMPETÊNCIA 3 
 
 
 
SEMANA 4 ................................................................................................................................. PÁG. 21 
 
COMPETÊNCIA 4 
 
 
 
SEMANA 5............................................................................................................................... PÁG. 28 
 
COMPETÊNCIA 5 
 
 
 
SEMANA 6.....................................................................................................................................PÁG. 35 
 
SITUAÇÕES NOTA ZERO 
 
 
 
ATIVIDADES COMPLEMENTARES ......................................................................................PÁG. 44 
 
SEMANAS 7 E 8 
 
 
 
ATIVIDADES COMPLEMENTARES......................................................................................PÁG. 48 
 
SEMANAS 9 E 10 
3 
 
 
4 
 
 
5 
 
Uma das primeiras questões que devem ser consideradas na avaliação da Competência I é que a escrita formal 
da Língua Portuguesa pressupõe um conjunto de regras e convenções estabelecidas ao longo do tempo. É 
importante enfati zar que aqui estamos tratando da escrita formal, uma vez que é a escrita mais adequada a textos 
dissertativo-argumentativos, e que a exigência de utilizar essa escrita fica explícita para os participantes já na 
proposta de redação: 
Ao analisarmos as redações, devemos nos atentar aos seguintes aspectos: a estrutura sintática e a presença de 
desvios. 
PROBLEMAS COMUNS DE ESTRUTURA SINTÁTICA 
Há uma variedade de problemas que podem levar à falha na estrutura sintática. Elencamos a seguir os mais 
comuns. Recordamos que as falhas de estruturasintática estão indicadas por um X, em roxo, conforme legenda 
constante da introdução. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Truncamento de períodos 
Como podemos observar no Exemplo , uma falha de estrutura sintática refere-se ao truncamento de períodos em 
que se separam orações principais de subordinadas, duas orações coordenadas ou simplesmente se isolam em 
períodos ou frases partes de uma oração que deveriam constituir um único período. 
Notamos, no Exemplo , que há um truncamento em “Além disso, as crianças também se tornaram alvos dessa 
manipulação. Deixando a infância de lado para usarem aplicativos, que de muitas vezes perigosos e não adequado 
para menores. Tendo em vista, que na maioria das vezes tem usuários querendo se aproveitar das crianças”. As 
orações subordinadas iniciadas por gerúndio “Deixando a infância de lado para usarem aplicativos […]” e “Tendo 
em vista, que na maioria das vezes tem usuários […]” encontram-se isoladas, constituindo períodos que foram 
separados da oração principal “[…] as crianças também se tornaram alvos dessa manipulação.” 
 
6 
 
A oração subordinada, nesse exemplo, iniciada pela locução subordinativa “vistoque”, foi separada da oração 
principal (“[…] é notório a falta de conhecimento crítico causado pela exposição influenciadora de internautas 
virtuais”), gerando um período truncado, o que caracteriza uma falha de estrutura sintática. 
 
 
 
 
 
 
 
Nesse exemplo, o truncamento não se verificaria caso o participante tivesse escrito “Os usuários da internet são 
constantemente manipulados pelo controle de dados, pois a falta de conhecimento sobre os métodos […]”. Caso 
essa conjunção esteja isolada no início do período, deve ser igualmente penalizada: “Os usuários da internet são 
constantemente manipulados pelo controle de dados. Pois, a falta de conhecimento sobre os métodos […]”. 
 
Excesso, duplicação ou ausência de palavras (elementos sintáticos) 
Quando se verifica excesso ou ausência de elementos sintáticos, não relacionados a problemas de regência ou 
de paralelismo, deve-se considerar uma falha deestrutura sintática, como no exemplo 9: 
 
Exemplo 9 
 
 
A repetição do artigo “as” em “pelas as redes” caracteriza uma falha de estruturasintática por excesso, haja vista 
que já existe um artigo na contração “pelas” (pre-posição “por” mais artigo “as”). 
É preciso cautela para não considerarmos como falha de estrutura sintáticaa presença ou a ausência 
indevida de preposição quando claramente se trata de um problema de regência nominal ou verbal (que deve, 
portanto, ser considerado desvio, e não falha de estrutura sintática). Vejamos o Exemplo : 
 
 
Como se pode observar, a preposição “de” é excedente, mas não deve ser considerada falha de estrutura 
sintática, senão um desvio de regência, conforme explicaremos na seção 3.2.1 
7 
 
Maiúsculas/minúsculas 
Dentre os desvios de convenções da escrita, encontram-se os usos indevidos deletra maiúscula e minúscula. A 
fim de objetivar a avaliação desses usos, elencamos a seguir as situações em que tal ocorrência será considerada 
desvio: 
• períodos iniciados com letra minúscula; 
• nomes de pessoas grafados com letra inicial minúscula; 
• nomes de países, continentes e outras áreas geográficas grafados com letra inicial minúscula; 
• nomes de eventos e acontecimentos históricos grafados com letras iniciaisminúsculas (“Segunda Guerra 
Mundial”, “Proclamação da República”, “Guerrade Canudos”, “Reforma Protestante”, “Idade Média” etc.) – 
nesses casos, con- sidera-se um único desvio para o nome como um todo. Ex: “segunda guerramundial” > 1 
desvio; 
• “Constituição” ou “Constituição da República Federativa do Brasil” grafados com letras iniciais minúsculas – 
nesses casos, considera-se um único desvio parao nome como um todo: “constituição da república federativa” > 1 
desvio; 
• “Estado”, como sinônimo de conjunto das instituições que controlam uma na-ção, grafado com letra inicial 
minúscula; 
• uso indevido de inicial maiúscula em substantivos comuns, verbos ou prono-mes, como no Exemplo 24. 
Exemplo 24 
 
 
Note-se que a palavra “empasse”, embora grafada incorretamente, apresenta letra “e” minúscula, o que nos leva a 
entender que o participante diferencia letra “e”maiúscula de minúscula, não se justificando, assim, que “entanto” 
esteja escrito com inicial maiúscula no meio da frase. 
 
CONCLUSÃO 
Apresentamos, neste capítulo, como é composta a Competência I e seus níveis,com o intuito de facilitar a 
compreensão e a aplicação dos métodos de avaliaçãoda modalidade escrita formal da Língua Portuguesa. 
Não podemos nos esquecer de que essa Competência é de suma importância,pois ela avalia aquilo que está mais 
evidente na superfície textual. As ideias apresentadas em torno de um tema, a maneira como essas ideias foram 
construídas,como o participante as relacionou linguisticamente e como ele propõe resolver o problema abordado 
são objeto de avaliação das outras competências. 
Entretanto, tudo isso se constrói por meio do léxico – das escolhaslexicais pautadas pelo registro e das regras de 
combinação desse repertório lexical, que devem observar aquilo que foi ensinado ao longo de anos de 
escolarização e consolidado no término do Ensino Médio. Os exemplos apresentados aqui não esgotam as 
possibilidades de tipos de textos com os quais podemos nos deparar. De toda forma, os exemplos e apontamentos 
que os acompanham servem de norte para o olhar que devemos ter sobre o texto no momento da avaliação da 
Competência I. 
É importante que não nos deixemos impressionar por uma caligrafia mais bonita,atribuindo-lhe uma nota alta, e 
que nos esmeremos para corrigir um texto queapresente uma caligrafia de difícil leitura, mas que quase não 
contenha desvios. 
 
Qualquer dúvida que persista, procure saná-la com seu tutor.Ótimos estudos 
8 
 
ATIVIDADE I 
Faça um parágrafo de introdução sobre o tema a eeguir: 
 
 
 
 
Faça um parágrafo de desenvolvimento sobre o tema a seguir: 
9 
 
 
10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vale salientar que a Competência II exige uma avaliação bastante atenta, pois é a partir da abordagem do tema 
e da adequação à tipologia textual que as outras Competências se orientam e se organizam – afinal, a não 
adequaçãoa a esses dois elementos pode levar à anulação da redação em 
casos defuga temática ou de não atendimento à tipologia textual exigida. Nesse sentido, observamos 
que a avaliação da redação na Competência II deve ser feita considerando SEMPRE esses dois elementos: tema 
e tipo de texto. 
 
1.1. MATRIZ DE REFERÊNCIA DA COMPETÊNCIA II 
11 
 
2. GRADE ESPECÍFICA DA COMPETÊNCIA II 
A partir da leitura da Matriz de Referência para Redação do Enem, chegamos a uma Grade Específica da 
Competência II, cuja função é objetivar o processo decorreção, apresentando, de maneira detalhada, todos os 
elementos que pre- cisam ser identificados para classificação das redações em cada um dos níveis dessa 
Competência. 
 
Exemplo 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
No trecho acima, o participante apresenta o repertório na referência ao conceito demenoridade de Kant. Trata-se de um 
repertório legitimado pelas Áreas do Conhecimentoecompertinênciaaotemanaprópriareferência, istoé, ainformação 
utilizada associa-se a um dos elementos da proposta (a manipulação do comportamento).No entanto, não hávínculo 
pontual entre o repertório apresentado e a discussão dotexto; portanto, não há uso produtivo do repertório legitimado e 
pertinente. 
 
Exemplo 2 
 
Nesse trecho, verifica-se que o participante apresenta repertório legitimado na menção à Constituição Brasileira 
12 
 
de 1988, sem pertinência ao tema na referência direta. Observe que o trecho “todos são livres e possuem 
liberdade de escolha” não recupera os elementos do tema “manipulação do comportamento” e/ou “controle de 
dados”, nem se associa à internet. Contudo, a pertinência ao tema é encontrada no uso produtivo que o 
participante faz desse repertóriolegitimado, visto que ele vincula a ideia de liberdade à falta de privacidade que 
os usuários enfrentam no mundo virtual, recuperando o elemento “manipulação do comportamento” da 
proposta. Por essa razão, consideramos que o uso produtivo do repertório transformou o repertório que até então 
era apenas legitimado em repertório legitimado e pertinente ao tema. 
Para compreender melhor a verificação do repertório em um texto, apresentamos, a seguir, um esquema de 
perguntas e respostas que nos leva à atribuição correta de cada nível da Competência II a partir da presença e do 
uso do repertório, desde que observadas também as características relacionadas à abordagem do tema e à 
adequação ao tipo textual. 
Reforçamos que esse esquema não precisa ser utilizado na avaliação de cadauma das redações, mas está sendo 
apresentado para facilitar a visualização da gradação de notas a partir do repertório. 
 
AVALIAÇÃO DO REPERTÓRIO 
A origem do repertório, a sua legitimação, a sua pertinência ao tema e o uso que o participante faz dele são 
os aspectos que determinarão a avaliação de uma redação nos níveis 2, 3, 4 ou 5. Essa avaliação será feita de 
acordo com asseguintes etapas: 
• primeiramente, é preciso identificar se a origem do repertório está ligada aos textos motivadores ou não; 
• se está ligada aos textos motivadores, é preciso diferenciar textos cujosargumentos são limitados a muitos 
trechos de cópias dos textos motivadores daqueles apenas baseados nos textos motivadores; 
• se a origem do repertório não está ligada aos textos motivadores, analisamos se informações, fatos, citações ou 
experiências vividas são ou não legitimados pelas Áreas do Conhecimento; 
• quando o repertório apresenta legitimação, é preciso verificar sua pertinência ao tema, isto é, se o repertório 
é associado ao menos a um dos seus elementos. Na proposta de redação do Enem 2018, os elementos do 
temaforam: internet, manipulação do comportamento do usuário e controle de dados. Nesse sentido, o 
repertório legitimado e pertinente deve estar associado 
por sinônimos, hiperônimos ou hipônimos a 
pelo menos um desses elementos do tema. Deve-se destacar que a pertinência ao tema pode serencontrada tanto 
na referência direta que o participante apresenta, por meio de conceitos, informações, fatos ou citações, quanto 
na existência de um uso produtivo que ele faz do repertório legitimado; 
• se o repertório apresenta legitimação e pertinência ao tema, devemos atentar para a existência de um uso 
produtivo, ou seja, se ele está vinculado à discussão proposta pelo participante. Assim, será considerado sem 
uso produtivo o repertório em que não for possível perceber essa vinculação. 
Nos textos em que há repertório com uso produtivo, a pertinência ao tema pode ser encontrada tanto na referência 
direta que o participante apresenta,por meio de conceitos, informações, fatos ou citações, quanto no uso 
produtivoque é feito do repertório legitimado. Da mesma forma, observe que, se o texto apresenta repertório 
legitimado, pertinente ao tema, mas SEM uso produtivo, a pertinência ao tema poderá ser encontrada na referência 
direta ou no uso que não é produtivo. 
 
REPERTÓRIO BASEADO NOS TEXTOS MOTIVADORES 
13 
 
Exemplo 11 
 
Esse texto aborda o tema de forma completa, apresentando a manipulação do comportamento do usuário na 
linha 2 (“manipulando a sociedade”, o que já pressupõe a presença do elemento “internet”) e, nas linhas 8 a 10, o 
controle de dados (“informações selecionadas de acordo com aquilo que você quer saber”, que recupera a ideia de 
lista personalizada, um dos sinônimos possíveis para controle de dados). Além disso, observa-se a presença das 
3 partes do texto dissertativo-argumentativo, e nenhuma delas é embrionária. 
A partir dessas considerações, a análise do repertório mobilizado para desenvolver o tema é o que definirá o nível 
no qual o texto será avaliado. Verifica-se que o repertório utilizado é baseado nos textos motivadores, isto é, 
ocorre a reelaboração dos textos de apoio, mantendo a ideia central da informação. Por exemplo, nos trechos 
destacados nas linhas 5 a 7, o participante utiliza as informações do infográfico do texto III da proposta de redação. 
Assim, dada a abordagem completa do tema, a presença das três partes do texto e o repertório baseado nos 
textos motivadores, o Exemplo 11 é avaliado no nível 3. 
Convém lembrar ainda que o texto apresenta repertório não legitimado em alguns momentos (linhas 1 a 3, 12 a 
14), mas tal observação não é o suficientepara avaliá-lo em um nível superior, pois esse tipo de repertório também 
é avaliado no nível 3 da Competência II. 
 
CONCLUSÃO 
Neste Módulo, estudamos e compreendemos o universo da Competência II,que é dedicada às categorias de tema 
e tipo textual, classificando-as em cinco níveis distintos. Para atingir o nível mais alto, também consideramos a 
necessidade do uso produtivo de repertório legitimado e pertinente ao tema. 
Para conseguirmosutilizar, de maneira objetiva e prática, os conhecimentos adquiridos até aqui, ressaltamos que 
é fundamental a leitura atenta deste material, bem como é importante a sua utilização e a retomada de alguns 
14 
 
tópicos,considerados de especial relevância para um bom desempenho na avaliaçãoda Competência II. Assim, 
vocês estarão prontos para a realização dos exercícios e do exercício final, que permitirão identificar as 
dificuldades, os avanços eo nível de apropriação dos saberes construídos até o momento. 
Esperamos que os estudos tenham sido proveitosos e tenham contribuído para que todos tenham um bom 
desempenho na realização das tarefas seguintes.No entanto, mais importante que apenas conhecer o processo 
de correção das redações do Enem, é fundamental que entendamos a importância social dessa prova, que não 
apenas aponta um panorama do Ensino Médio no Brasil, mas também possibilita o acesso de alunos de 
diferentes contextos ao EnsinoSuperior. 
 
15 
 
ATIVIDADE 2 
faça um parágrafo de desenvolvimento , explorando tese e repertório. 
 
 
1.1 EXPECTATIVAS NA AVALIAÇÃO DA COMPETÊNCIA III 
Neste Módulo, estudaremos a Competência III da Matriz de Referência para Redação do Enem, que avalia 
a capacidade do participante de “selecionar,relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, 
opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista”. 
Esse descritor evidencia que essa Competência avalia a construção de sentido do texto, reconstruindo o caminho 
percorrido e os recursos mobilizados pelo participante na argumentação. 
Espera-se, portanto, que, nessa etapa de escolaridade, o participante seja capaz de selecionar os argumentos mais 
adequados, relacioná-los, organizá-los de forma clara e estratégica, além de interpretá-los, desenvolvendo-os para 
uma efetiva defesa do ponto de vista. Esses são os aspectos avaliados na Competência III. 
COMPETÊNCIA III 
Selecionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa 
de um ponto de vista. 
16 
 
Ao analisarmos a Matriz de Referência para Redação do Enem, percebemosque há um diálogo entre a 
Competência III e as Competências II, IV e V. Assim,para que a avaliação não penalize o participante pelo 
mesmo motivo em maisde uma Competência, esclareceremos, a seguir, os pontos de contato entreessas 
competências e o que cada uma delas avalia. 
 
A RELAÇÃO ENTRE A COMPETÊNCIA III E AS COMPETÊNCIAS II, IV E V 
Em primeiro lugar, vamos abordar a relação entre a Competência III e a Competência II, estudada no Módulo 
4, que, por ser responsável pela avaliação do tema, do tipo textual e do uso de repertório, tem pontos de contato 
com outras competências. No que diz respeito à Competência III, especificamente, é preciso que estejamos 
atentos para que, apesar do contato com a Competência II, a avaliação seja feita de maneira independente e 
justa, sem que o nível atribuído a uma delas induza a atribuição do mesmo nível na outra, ou seja, sem que se 
“arrastem” notas entre as competências. 
Com relação ao tema, observa-se que, embora esse seja um aspecto avaliado na Competência II, será importante 
considerar, para a avaliação na Competência III, se o texto apresenta uma abordagem completa do tema (no caso 
do Enem 2018, “Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados nainternet”) ou uma 
abordagem apenas parcial, ou seja, se aborda o tema ou apenas o assunto mais geral, pois textos que apresentem 
uma abordagem parcial do tema (textos tangentes) não poderão ultrapassar o nível 1 da Competência 
III. Como ficará claro mais adiante, na análise de cada nível, consideramos os descritores presentes na Matriz 
“não relacionados ao tema” – nível 0 – e “pouco relacionados ao tema” – nível 1 igualmente como 
“tangentes”, ou seja, ambos tratam apenas do assunto. 
Outro importante ponto de contato entre essas duas competências diz respeito ao uso e aos tipos de repertório 
avaliados na Competência II. É preciso que fique claro que o uso de repertório não deve ser avaliado novamente 
na Competência III, sendo tarefa exclusiva da Competência II. Desse modo, apesarde a Matriz de Referência para 
Redação do Enem apresentar, como parte dos descritores dos níveis 2 e 3 da Competência III, o descritor 
“limitados aos argumentos dos textos motivadores”, entendemos que isso já é cobrado na Competência II, 
quando analisamos se o repertório é baseado nos textos motivadores ou se é legitimado, pertinente ao tema e com 
uso produtivo; portanto,não será cobrado novamente na Competência III. 
Sobre o tipo de texto, a proposta de redação do Enem já o define de antemão, e isso também é avaliado pela 
Competência II. Deve-se partir, portanto, do tipodissertativo-argumentativo para avaliar a construção do texto do 
participante, tarefa que será avaliada na Competência III. Uma vez que o texto foi avaliado pela Competência II 
e considerado predominantemente dissertativo-argumentativo (o que inclui os textos avaliados como “traços 
constantes de outros tipos textuais”), ele deverá ser avaliado normalmente na Competência III. 
A Cartilha do Participante de 2018 orienta que o participante “reúna todas as ideias que lhe ocorrerem sobre o 
tema e depois selecione as que forem pertinentes para a defesa do seu ponto de vista, procurando organizá-las 
em uma estrutura coerente para usá-las no desenvolvimento do seu texto” (p. 18). É com relação ao texto 
dissertativo-argumentativo que a mesma Cartilha avisa ao participante que ele deve, em sua redação, selecionar 
argumentos que sustentem sua tese e encadeá-los, de modo que cada parágrafo apresente informações 
novas, coerentes com o que foi apresentado anteriormente, sem repetições ou saltos temáticos, e que 
essas ideias sejam desenvolvidas de modo a justificar, para o leitor, o ponto de vista escolhido (p. 19). É 
justamente isso que deve ser avaliado na Competência III. 
Sobre a relação entre as Competências III e IV, devemos ter em mente que,enquanto a Competência III avalia 
o projeto de texto e o desenvolvimento das ideias trazidas pelo participante, a Competência IV se ocupa da 
superfície textual, ou seja, das marcas linguísticas necessárias para a construção do texto. 
Por fim, não podemos esquecer a relação entre as Competências III e V. Emrelação à Competência V, a 
Matriz de Referência aponta a importância de aproposta de intervenção estar relacionada ao tema. Veremos, 
no Módulo 7,quando estudarmos a Competência V, que, uma vez que a proposta está relacionada ao tema, e não 
17 
 
apenas ao assunto, ela pode ser avaliada em qualquer um dos níveis entre o 1 e o 5. Isso significa apenas que a 
proposta se refere ao tema, e não necessariamente que a relação entre a proposta e o restante da redação está clara 
em seu projeto de texto. A Competência III avalia a articulação entre informações, fatos e opiniões, ou seja, avalia 
o projeto de texto do participante, e essa articulação considera o texto como um todo, o que inclui, 
necessariamente, a proposta de intervenção. Portanto, a relação entre a proposta de intervenção e a discussão 
apresentada ao longo do texto é avaliadana Competência III, enquanto, na Competência V, é avaliado se a 
proposta de intervenção se encontra em um texto que aborda o tema de forma completa,bem como quais são 
os elementos que a compõem. 
 
Exemplo 1 
 
18 
 
Atribuiu-se o nível 5 a essa redação porque ela apresenta projeto de texto estratégico e informações, fatos e 
opiniões desenvolvidos em todo o texto, o que configura autoria. A primeira impressão que temos ao ler essa 
redação é de que seu projeto de texto é claro, como já nos é apresentado na introdução. O participante inicia sua 
redação fazendo uma contextualização acerca do surgimento da internet e mostra que, devido à sua popularização, 
ela faz parte hoje da vida da maior parte da população brasileira. Ainda na introdução, o participante já aponta 
que, embora a internet ofereça acesso a todotipo de conteúdo, há ocontrole de dados, que manipula as 
informações que são dispostas. Ficamos conhecendo, na sequência, o projeto de texto do participante, que é 
demonstrar como, devido ao capitalismo e ao ensino tradicionalista, a manipulação do comportamento do usuário 
pelo controle de dados é evidente e problemática. 
No segundo parágrafo, o participante argumenta no sentido de mostrar como o sistema capitalista se vale do 
ambiente virtual para obtenção de lucro, usando como exemplo as propagandas virtuais que são personalizadas 
de acordocom o perfil de cada usuário. Tal fato, segundo o participante, afetaria diretamente a liberdade 
individual do cidadão, prejudicando, por consequência, a democracia. Aqui, nos deparamos com um pequeno 
deslize, uma vez que não ficaclaro como esse prejuízo ocorre. No parágrafo seguinte, discute-se o sistema 
educacional tradicional e em que medida ele contribui para o problema, umavez que não são abordadas 
questões tecnológicas na rotina escolar, já que atecnologia tem sido vista apenas como forma de entretenimento. 
Devido à faltade conhecimento sobre os mecanismos presentes no mundo virtual, o usuário se tornaria vulnerável 
diante da manipulação dos dados. 
No parágrafo final, são apresentadas propostas, cujos agentes são o Ministério da Educação e o Governo Federal, 
para resolver os dois problemas. 
 
CONCLUSÃO 
Neste Módulo, estudamos a avaliação das redações do Enem com relação à Competência III. Vimos que, nesta 
Competência, devemos avaliar a qualidade com que o participante seleciona, relaciona, organiza e interpreta 
informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista relacionado ao tema proposto. Assim, 
avaliamos os textos tangentes ao tema nos níveis 0 e 1 e os textos não tangentes, aqueles que apresentam 
abordagem completa do tema, entre os níveis 1 e 5. A diferenciação dos níveis, como vimos, é feita pela análise 
do projeto de texto e do desenvolvimento dos argumentos. 
Inicialmente avaliamos o projeto de texto subjacente à redação, ou seja, o planejamento da escrita quanto à 
seleção, organização, relação e interpretaçãodos argumentos entre si e com o ponto de vista defendido. Quanto 
mais evidente e estratégico esse projeto de texto se mostra, mais alto é o nível em quea redação é avaliada na 
Competência III. 
 
Paralelamente ao projeto de texto, devemos avaliar o desenvolvimento dosseus argumentos, isto é, se o 
participante explicita as relações entre os argu-mentos e o ponto de vista defendido, contextualizando e 
fundamentando asafirmações feitas, sem deixar essa tarefa para o leitor. Vale lembrar que sempreavaliamos esses 
dois aspectos nas redações. Assim, um texto que apresente umprojeto de texto estratégico só poderá ser avaliado 
no nível 5 se também apre-sentar um desenvolvimento consistente dos argumentos em todo o texto. Afinal, é a 
qualidade desses dois aspectos juntos que configura a autoria do texto. 
19 
 
 
20 
 
ATIVIDADE 3 
Faça uma argumentação coerente para o tema a seguir 
: 
 
21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESPECIFICIDADE DA AVALIAÇÃO DA COMPETÊNCIA IV EM RELAÇÃOÀS COMPETÊNCIAS 
I E III 
Os aspectos da Competência IV estudados ao longo deste capítulo, por atuarem no texto de modo a influenciar e 
evidenciar a organização textual, podem, em alguns casos, dar ao avaliador a impressão de que eles são indissociáveis 
dos aspectos avaliados nas Competências I e III, já consideradas em módulos anteriores. 
Todavia, cada Competência deve ser avaliada de forma autônoma, considerando sempre que os participantes não 
podem ser penalizados duas ou mais vezes pelo mesmo motivo e em Competências diferentes. 
Por essa razão, é salutar explicitar a diferença entre essas Competências, começando pela especificidade das 
Competências III e IV, pois, ainda que, segundo a Matriz de Referência para Redação do Enem, ambas considerem 
a construção da argumentação, elas avaliam aspectos diferentes do texto. 
Assim sendo, na Competência III, analisa-se a capacidade do participante de selecionar, relacionar, organizar e 
interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista, ou seja, trata-se da 
avaliação da estrutura mais profunda do texto, a qual depende de informações semânticas complexas, que 
subjazem à superfície textual. 
Na Competência IV, por sua vez, em linhas gerais, devemos avaliar se o repertório de recursos coesivos é 
diversificado e se esses recursos são utilizados adequadamente. Conforme já explicado, os elementos coesivos 
são marcadores explícitos que, se presentes nos textos, são facilmente identificáveis e, quando empregados de 
forma precisa, devem contribuir para a organização e compreensão das ideias apresentadas. 
Além dessa possível confusão entre as Competências III e IV, pode haver também dúvidas sobre a relação entre 
a Competência IV e a Competência I, esta última responsável por avaliar o domínio da modalidade escrita formal 
da Língua Portuguesa, que também se encontra na superfície textual (por exemplo, a pre-sença de desvios 
gramaticais, de convenções da escrita, de escolha de registro, de escolha vocabular, além de problemas 
relacionados à construção sintática). 
Uma das questões mais relevantes no que tange à relação entre essas duas Competências diz respeito ao uso da 
22 
 
pontuação: deve-se analisar a pontuação na Competência I ou na IV? Ainda que uma falha dessa ordem possa afetar 
a coesão dotexto, foi deliberado que a pontuação será cobrada na Competência I. Essa decisãodeve-se ao fato de que o 
uso da pontuação está relacionado a dois fatores principais: 
• As regras de pontuação são convencionadas pelas gramáticas (exemplo: não se pode separar sujeito e predicado 
por vírgula), fazendo parte, de maneira mais próxima, das convenções que integram a prática analítica da 
Competência I; 
• A falta ou o excesso de pontuação pode trazer problemas relacionados à construção sintática, que também é 
avaliada na Competência I. 
Outro aspecto que diferencia a avaliação das 
Competências I e IV é a ortografia: a 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Competência I avalia o cumprimento das normas 
ortográficas na grafia de palavras que funcionam 
como conectivos, enquanto a Competência IV 
examina a função semântica desses coesivos, ou seja, as 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
relações de coesão propriamente ditas. Selecionamos as 
ocorrências a seguir para ilustrar essa distinção: 
Exemplo 1 
 
No Exemplo 1, em vez de escrever “portanto”, o participante escreve “por” e “tanto”, segmentando o conector 
e incorrendo em um desvio de grafia, mas não em um problema de coesão, já que esse conector estabelece, de 
maneira adequada, uma relação de conclusão. Por isso, esse tipo de desvio é computado na Competência I, e não 
na Competência IV. O mesmo problema ocorre nos Exemplos 2 e 3: 
 
Exemplo 2 
 
Exemplo 3 
No Exemplo 2, na linha 17, há um problema de segmentação visível na grafia de“o que”, escrito como “oque”: 
unidades lexicais que deveriam aparecer separadas estão unidas graficamente. Por sua vez, o Exemplo 3 apresenta um 
23 
 
caso em 
que arelação semântica entre os termos da oração exige a presença do advérbio “mais”em vez da conjunção “mas”, 
tal como aparece na linha 2. As ocorrências dessesdois fragmentos de redação também devem ser observadas na 
Competência I, não na Competência IV, uma vez que representam desvios das regras ortográfi cas, e não 
problemas relacionados à coesão (poderiam ser desvios gramaticais de outra ordem, é claro, como problemas de 
regência – por exemplo, a diferença entre “o qual”/“do qual” etc., que também não é penalizada na Competência 
IV). 
 
As diferenças entre as Competências I, III e IV são resumidas a seguir 
 
 
Ao mobilizar essas breves definições do que é cobrado em cada Competência, bem como sistematizar um método 
que simplifique e objetivea avaliação da Competência IV, nossa intenção é sempre facilitar o entendimento da 
Matriz de Referência para Redação do Enem, unificando esse processo, que é tão grande e desafiador, de uma 
forma que possamos todos aplicar os critérios de correção da mesma forma, com objetividade. 
Uma vez que estamos tratando da coesão neste Módulo, podemos assumir que um dos objetivos do Curso 
de Capacitação é tornar coeso o Brasil inteiro: milhares 
de avaliadores lendo milhões de redações, aplicando os mesmos critérios de correção. Esse é um bom exemplo 
do que poderíamos chamar de coesão humana: se buscarmos uma unidade na aplicação dos critérios, resultando 
na diminuição das discrepâncias, certamente nosso trabalho final se mostrará coeso. 
Exemplo de texto com conectivos: 
 
24 
 
Exemplo 4 
 
 
O texto acima evidencia um caso em que há um operador argumentativo no início de um parágrafo (a expressão 
“De acordo com”, linha 05), mas ele não está funcionando de maneira interparágrafos, articulando 
explicitamente o(s) argumento( 
s) de seu parágrafo com o(s) argumento(s) do anterior. Apesar de ser um operador argumentativo e de estar 
localizado entre dois parágrafos, esse coesivo opera de maneira “local”, ou seja, ele é um coesivo 
intraparágrafo. Se, por hipótese, essa redação do Exemplo 4 estivesse dependendo apenas desseoperador 
argumentativo para chegar ao nível 4, ela teria que ficar restrita ao nível 3, pois, conforme acabamos de dizer, 
a coesão é feita visando articular o conteúdo “dentro” do mesmo parágrafo (intraparágrafo); assim, a redação 
não cumpre todos os requisitos do nível 4 na Grade Específica. 
 
Exemplo 6 
 
25 
 
No Exemplo 06, selecionamos um fragmento ilustrativo de um caso em que a repetição não prejudica a articulação 
do conjunto textual. Há ocorrências de “pessoas” (linhas 1, 5, 8, 12, 18 e 20) e “informação/ões” (linhas 9, 11, 14) – 
estas bem próximas umas das outras. Todavia, o texto não se vale exclusivamente dos mesmos termos para retomar 
esses referentes. Por exemplo: “pessoas”é substituído, em outros momentos, por “usuário” (linhas 8 e 10) e 
recebe a adjetivação “alienada” (linha 20), bem como “informação/ões” faz parte de uma cadeia referencial que 
se inicia com “sugestões de conteúdos” (linha 2), passando por “diversos assuntos” (linha 6), “notícias 
econômicas, políticas, esportivas, artísticas, culturais” (linhas 6 e 7), “visão política, ritmos musicais... vídeos...” 
(linhas 12 e 13) e “conteúdos variados” (linhas 15 e 16). Esse fragmento parece exemplar de como a repetição se 
torna tolerável em um texto articulado e, por contraste com o excerto anterior, torna-se problemática em uma 
produção textual desarticulada. 
Por último, ainda sobre os aspectos da avaliação da repetição, assinalamos quea recorrência de pronomes como 
“seu”, “sua”, “isso”, além de preposições e conjunções como “com” e “e”, deve ser vista com parcimônia, de 
acordo como conjunto textual produzido pelo participante, e raramente será motivo para baixar a 
nota de um texto. 
Exemplo 22 
26 
 
A redação do Exemplo 22 apresenta repertório com presença expressiva de elementos coesivos: há o que 
consideramos uso estratégico no emprego desses elementos, pois, como observaremos a seguir, valorizam as 
diferentes relações entre os argumentos apresentados, seja dentro dos parágrafos (intraparágrafos), seja entre os 
parágrafos (interparágrafos). 
 
CONCLUSÃO 
Relembramos, recuperando o que defende a professora Irandé Antunes, que elaborar um texto escrito é tarefa cujo 
sucesso não se completa, simplesmente, pela codificação de ideias ou informações, por meio de palavras e frases, 
mas “supõe etapas de idas e vindas interdependentes e intercomplementares” (2005, p. 38). 
Essas etapas acontecem desde o momento em que o participante faz a leitura da proposta de redação, planeja seu 
texto, escreve o esboço ou rascunho, e chega até o instante em que ele redige a versão final, que será efetivamente 
avaliada. No texto contemplado com a nota máxima, essas etapas devem estar evidentes nos diferentes aspectos da 
produção textual, como, por exemplo, o uso da coesão. 
Estamos cientes de que todo texto manifesta, em alguma medida, certa singularidade que vem de seus autores. 
Entretanto, em avaliações de larga escala,é preciso elencar critérios que permitam ao avaliador classificar com 
equidade textos materialmente diferentes. 
Para tanto, nosso apoio é a Matriz de Referência para Redação do Enem, desdobrada na forma de Grade 
Específica. Nesse sentido, esperamos ter contribuído para a compreensão e a aplicação da Competência IV no 
processo de avaliação das redações. 
 
ATIVIDADE 4 
Produza um parágrafo dissertativo sobre o tema a seguir e utilize no mínimo 5 conectivos : 
 
 
27 
 
 
28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A AVALIAÇÃO DA COMPETÊNCIA V 
A Matriz de Referência para Redação do Enem é o que pauta a construção da Grade 
Específica que será apresentada mais adiante e nos permitirá identificaro que compõe uma boa proposta 
de intervenção para um participante nesta etapa de escolaridade − Ensino Médio completo. Na Matriz, 
a divisão em seis níveis (de 0 a 5) considera, além da construção da proposta de intervenção em si,a sua 
relação com o tema e com a discussão desenvolvida no texto. No entanto,é preciso estar atento à forma 
como isso será cobrado de acordo com a Grade Específica, para que uma mesma característica do texto 
não seja penalizada emduas Competências diferentes. 
Seguem alguns exemplos de desrespeito aos direitos humanos encontrados nas redações produzidas pelos 
participantes: 
 
 
SEMANA 5 
COMPETÊNCIA V 
ARÉA DE CONHECIMENTO: LINGUAGENS , FILOSOFIA, SOCIOLOGIA, HISTÓRIA 
CONHECIMENTO: PROPOSTA DE INTERVENÇÃO. 
HABILIDADES: 
- Produzir diferentes tipios de proposta de intervenção, com sentido, significado e autonomia; 
- Criar diferentes versões de uma mesmoa solução; 
- Construir soluções tratando de tems similares; 
- Reler e escrever o próprio texto com olhar crítico e reflexivo; 
 
CAPACIDADES: 
- Participar de situações que envolvam ação, efeito, modo/meio, agente e detalhamento. 
- Relatar experiências vividas, respeitando os direitos humanos. 
 
29 
 
1.1 A PROPOSTA DE INTERVENÇÃO 
Propor uma intervenção para o problema apresentado pelo tema significa sugerir uma iniciativa que 
busque, mesmo que minimamente, enfrentá-lo. É importante ressaltar que, considerando que os temas 
de redação do Enem normalmente abordam problemas sociais complexos, muitas vezes de difícil 
resolução,as mais diversas formas de intervenção serão consideradas para a 
avaliação,desde uma sugestão de combate até uma solução efetiva da questão em foco. 
Para reconhecer a proposta de intervenção no texto, precisamos, então, identificar as estruturas que 
explicitam um claro desejo do participante de indicar uma iniciativa que interfira no problema em 
questão. É preciso ficar atento a certas estruturas que evidenciam o caráter interventivo, ou seja, que 
manifestam desejo de intervir em uma dada situação a fim de modificá-la. Algumas estruturas linguísticas 
evidenciam a intervenção e nos auxiliam na identificação dessa proposta. É o caso, por exemplo, do verbo 
modalizador “dever” ou ainda de algumas construções com o verbo “ser” + adjetivo, como “é necessário”, 
“é preciso”, “é importante” etc. Observe que, entre outras, essas estruturas revelam a capacidade do 
participante de propor algo. Uma estrutura como “O Poder Legislativo propõe uma nova regulamentação 
do uso de dados” apenas apresenta um fato, uma constatação, enquanto estruturas como “O Poder 
Legislativo deve propor uma nova regulamentação douso de dados” e “É necessário que o Poder 
Legislativo proponha uma nova regulamentação do uso de dados” apresentam a intenção do participante 
de claramente propor uma intervenção. 
Também é preciso estar atento a estruturas que, embora seassemelhem às anteriormente descritas, a 
exemplo daquelas iniciadas com o verbo “dever”, não serão consideradas propostas de intervenção por 
não expressarem um desejo do candidato de intervir na realidade. Isso ocorre em casos em que o 
participante traz para o texto trechos de leis ou citações que parecem indicar uma proposta, mas são 
constatações, justamente porque apenas reproduzem algo já posto, como ocorre em “Conforme o 
Marco Civil da Internet de 2014, a liberdade deve ser preservada no ambiente da web” e “De acordo com 
o pensamento de Thomas Hobbes, o Estado deve garantir o bem-estar de todos”. 
Outro aspecto relacionado à proposta de intervenção a que devemos nos atentar é que ela não está 
localizada apenas no parágrafo de conclusão, como muitas vezes se imagina. Além de compor o que 
tem se chamado de “conclusão-solução”, ela pode ainda fazer parte da argumentação ou até mesmo da 
introdução do texto. A proposta pode constituir todo um parágrafo ou aparecer “diluída” em mais de 
um parágrafo. Por isso, a avaliação deve ser feita, como nas outras Competências, com atenção ao texto 
todo, uma vez que o avaliadorque deixar de fazê-lo corre o risco de cometer uma injustiça com o 
participante. 
Há, ainda, mais uma consideração importante: alguns participantes, preocupados em garantir uma boa 
nota nesta Competência, elaboram listas de propostas de intervenção, por vezes até se afastando do 
caráter dissertativo-argumentativo que se espera do texto produzido. Esse procedimento, contudo, não 
garante a boa elaboração de uma proposta. Portanto, atenção: os níveis denota nesta Competência 
devem ser atribuídos em função da qualidade do que é elaborado, avaliado pela contagem de 
ELEMENTOS, e nãoem função da quantidade de propostas. 
Com o objetivo de interferir no problema apresentado pelo tema, a proposta de intervenção deve 
exprimir, minimamente, o que deve ser feito de maneira ativa. Nesse sentido, a ação é o elemento 
essencial, que auxiliará na identificação dessa proposta, ao qual se relacionam o agente indicado para 
executar essa ação, seu modo/meio de execução e seu efeito, pretendido ou alcançado, e um 
detalhamento de um dos elementos anteriores. Portanto, a proposta de intervenção muito bem 
elaborada, de forma detalhada, é aquela que apresenta esses 5 elementos. Essa concepção de avaliação 
destaca oselementos que materializam, na superfície textual, a concretude e, na sua ausência, a vagueza 
da proposta de intervenção. 
Dessa forma, se o texto apresentar mais de uma proposta de intervenção, deve ser avaliada somente a 
30 
 
mais completa delas. 
Além disso, se uma mesma proposta apresentar algum elemento repetido(dois agentes, ou dois efeitos, por 
exemplo), ele deve ser contabilizado apenas uma vez. 
Vale ressaltar que, em todos os níveis, os elementos podem assumir as mais diversas 
formas, dada a heterogeneidade da língua. Isso não deve ser entendido como um problema em si, porém 
demanda atenção do avaliador para que sejafeita a correta identificação dos elementos e sua justa 
contagem, conforme explicaremos ao longo deste módulo. Para uma avaliação da Competência V com 
uniformidade e isonomia, portanto, é importante conhecer melhor cada um desses elementos e verificar 
como eles se materializam nos textos. 
 
São exemplos de ações: 
 
 
 
AGENTE 
 
31 
 
Para a correta avaliação do agente, deve-se: 
• considerar apenas o agente textualmente marcado, ainda que oculto. Se o participante escreve, por 
exemplo, “É necessário criar leis mais rígidas”, não po- demos determinar que o agente é “o Governo” ou 
“o Poder Legislativo” apenaspor pressupor que são esses agentes que podem criar leis; 
considerar o agente que, embora não corresponda especificamente à ação pro-posta, relaciona-se a ela pelo 
campo semântico a que pertence. Por exemplo, em“O Judiciário deve propor leis mais rígidas”, por mais 
que saibamos que “o Judici- ário” não é o agente mais competente para propor leis, e sim o Poder 
Legislativo,entendemos que, para um jovem concluinte do Ensino Médio, essas competên-cias não estão 
muito claras. Garante-se, assim, a contabilização desse elemento. 
 
MODO/MEIO 
 
 
EFEITO 
1 - “É preciso criar leis para que empresas apenas coletem os dados que são autorizados pelos usuários” 
2 - “Para combatermos tais censuras, precisamos buscar outras fontes informativas, além da internet, como jornais 
e televisões” 
3 - “A família deve fiscalizar o que os filhos fazem na internet, evitando possíveis problemas”. 
4 - “Programas de televisão, rádio e jornais precisa promover propagandas com o objetivo de mostrar a 
importância de proteger dados pessoais”. 
5 - “Neste sentido cabe ao Governo por meio do aumento da parcela de investimentos com prioridade, fiscalizar 
e punir instituições que utilizem essa estratégia de direcionamento através de multas e aumento na cobrança de 
impostos. Essa iniciativa tem a finalidade de propor o uso adequado das tecnologias descobertas durante e 
posteriormente, à Terceira Revolução Industrial” 
 
DETALHAMENTO 
1 - “Por isso é muito importante que todos os usuários da internet pesquisem em diversas fontes diferentes, como 
por exemplo: vários sites, livros, jornais e etc, antes de tomar uma decisão importante”. (Exemplificação) 
2 - “Por fim, o indivíduo deve se atentar para não ser manipulado, afinal a internet tem o dever de informar e não 
de influenciar”. (Justificativa) 
32 
 
3 - “Assim, é necessário que o Estado, na condição de garantidor dos direitos individuais, tome providências para 
mitigar esse problema”. (Especificação) 
4 - “Dessa maneira, urge que as grandes mídias sociais, a exemplo, TV e jornais, informem as pessoas a respeito 
da manipulação comportamental do controle de dados na internet por meio de campanhas em seus veículos”. 
(Exemplificação) 
 
Veja o exemplo: 
Exemplo 7 
Essa redação apresenta abordagem completa do tema e três propostas de intervenção; como as propostas 
mais completas apresentam apenas 3 elementos válidos, ela enquadra-se no nível 3. Há uma proposta 
mais completa, entre as linhas 20 e 24, que apresenta o agente (“cada indivíduo”), a ação (“verificar 
as notícias antes de seguir”) e o efeito (“afim de evitar situações constrangedoras e graves, para 
inúmeras pessoas”). Há, ainda, outra proposta maiscompleta, nas linhas 21 e 24, que apresenta o agente 
(“poder público”), a ação(“organizar palestras incentivadoras em escolas”) e o efeito (“afim de evitar 
situações constrangedoras e graves, para inúmeras pessoas”). 
A proposta menos completa, nas linhas 19 e 20, apresenta a ação nula (“medidas [...] devem ser tomadas”) 
e apenas 1 elemento válido, o efeito (“para melhoria dessa problemática”). 
 
Exemplo 9 
33 
 
 
O Exemplo 9 traz um texto que apresenta abordagem completa do tema e traz duas propostas de intervenção, 
entre as linhas 24 e 29. A redação enquadra-se no nível 5, pois a proposta mais completa apresenta os 5 
elementos válidos:o agente (“o Estado”), a ação (“garantir a segurança dos dados bancários e pessoais 
dos usuários”), o modo/ meio (“através de políticas que exijam dossites informações claras sobre o sigilo 
dos seus dados”), o efeito (“Dessa forma, é inegável que a manipulação do comportamento virtual da 
população será combatida”) e o detalhamento do efeito (“salvaguardando o direito ao lazer e ao 
entretenimento seguro garantido pela Constituição Brasileira de 1988”). A segunda proposta, menos 
completa, apresenta 4 elementos: o agente (“o Estado”), a ação (“promover campanhas publicitárias que 
alertem e conscientizem a população sobre a importância sobre a informação dos produtos e serviços 
contratados virtualmente”), o efeito (“Dessa forma, é inegável que a manipulaçãodo comportamento 
virtual da população será combatida”) e o detalhamento do efeito (“salvaguardando o direito ao lazer e 
ao entretenimento seguro garantido pela Constituição Brasileira de 1988”).34 
 
CONCLUSÃO 
Vale a pena retomar que a proposta de intervenção do texto deve ser avaliada porsua composição a partir dos 
5 elementos: agente; ação; modo/meio; efeito; edetalhamento (que pode estar relacionado a qualquer um dos 
outros elementos). 
• Agente (“quem”?): Quem executa a ação 
• Ação (“o que deve ser feito”?): A ação proposta para intervir no problema 
• Modo/Meio (“como?”/”por meio do quê?”): a maneira ou o recurso pelo qual se executa a ação. 
• Efeito (“para quê?”): o objetivo/a finalidade/a consequência/a conclusão previstos ou alcançados. 
• Detalhamento (“que outra informação sobre esses elementos foi acrescentada pelo participante?”): 
- uma justificativa, uma explicação, uma exemplificação, uma especificação ou uma justificativa relativa 
à ação e/ou ao modo/meio de execução e/ou ao agente; 
- um desdobramento do efeito, um efeito do efeito. 
 
Agentes nulos (elemento nulo não é contabilizado na contagem dos ele- mentos): 
1 - Alguém, ninguém, alguns, uns, unse outros, você; 
2 - Verbo no imperativo − desde quenão haja vocativo. 
Ações nulas (elemento nulo não é contabi-lizado na contagem dos elementos): 
3 - Dar o primeiro passo 
4 - Medidas devem ser tomadas 
5 - Obstáculos precisam ser superados 
6 - É preciso fazer alguma coisa 
 
ATIVIDADE 5 
Faça duas propostas de intervenção completas , usando os 5 ítens estudados. escolha os dois temas nas 
semanas 1, 2, 3 ou 4 . 
35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EDITAL 2019 
O Edital 2018, publicado no Diário Oficial da União no dia 26 de março de 2019, apresenta as seguintes 
informações sobre atribuição de nota zero às redações: 
 
17.7 A banca avaliadora poderá atribuir nota 0 (zero) à redação que 
17.7.1 não atender à proposta solicitada ou possua outra estrutura textual quenão seja a estrutura dissertativo- 
argumentativa, o que configurará “Fuga ao tema/não atendimento à estrutura dissertativo-argumentativa”; 
17.7.2 não apresente texto escrito na Folha de Redação, que será considerada“Em Branco”; 
17.7.3 apresente até 7 (sete) linhas, qualquer que seja o conteúdo, o que confi-gurará “Texto insuficiente”; 
17.7.3.1 a redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação oudo Caderno de Questões terá o número 
de linhas copiadas desconsiderado paraa contagem do número mínimo de linhas. 
17.7.4 apresente impropérios, desenhos e outras formas propositais de anula-ção, o que configurará “Anulada”; 
17.7.5 apresente parte do texto deliberadamente desconectada com o tema proposto, o que configurará 
“Anulada”. 
17.7.6 apresente nome, assinatura, rubrica ou qualquer outra forma de identifi- cação no espaço destinado 
exclusivamente ao texto da redação, o que configurará “Anulada”. 
17.7.7 esteja escrita predominante ou integralmente em língua estrangeira. 
17.7.8 apresente letra ilegível, que impossibilite sua leitura por dois avaliadoresindependentes, o que configurará 
“Anulada”. 
SEMANA 6 
COMPETÊNCIA VI 
ARÉA DE CONHECIMENTO: LINGUAGENS , CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS 
CONTEÚDO: SITUAÇÕES NOTA 0 
 
CAPACIDADES: 
- Compreender o efeito de sentido em textos que fazem uso de períodos. 
- Distinguir, pelo gênero textual e pela situação comunicativa, qual o tipo de período mais adequado ao objetivo 
de seu produtor; 
- Analisar a estrutura sintática de períodos compostos, aplicando as nomenclaturas apropriadas, a fim de garantir 
a verificação dessa análise; 
- Diferenciar o uso da subordinação (dependência de ideias), da coordenação (ideias paralelas), na construção de 
enunciados diversos; 
- Substituir, incluir, retirar conjunções sem alterar o sentido das sequências; 
- Avaliar a adequação da concordância verbal e nominal, considerando a situação comunicativa e o gênero de 
texto. 
 
36 
 
PROVA ASSINADA 
 
 
 
 
SINAIS GRÁFICOS: 
Outro caso que se enquadra em “Formas Elementares de Anulação” é aquele em que a redação apresenta um sinal 
gráfico que não integra o corpo do texto. Trata-se de casos em que os sinais gráficos se destacam por estarem isolados 
do texto escrito (seja porque há espaçamento de linha em branco ou por se apresentarem de forma visual e 
centralizada) e/ou por não terem função (mesmo queapenas de marcador) dentro do texto. São considerados sinais 
gráficos os símbolos de interrogação (?) e exclamação (!), o asterisco (*), a arroba (@), a hashtag(#), entre outros. 
37 
 
 
 
38 
 
DESTAQUES NO TÍTULO E NO TEXTO 
Exemplo 39 
 
 
 
Exemplo 40 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SOMBRA DO GABARITO 
Exemplo 48 
 
39 
 
CÓPIAS 
40 
 
 
 
 
MENSAGEM POLÍTICA 
Quando houver, na redação, uma mensagem política que não mantenha relação com a temática e/ou com o projeto 
de texto/discussão do participante, estando desarticulada ou não do corpo do texto, deve-se avaliar a produção 
textual como“Parte Desconectada” (desde que a redação em questão não se enquadre em outras situações 
anteriores dentro da hierarquia relativa à nota zero). 
Assim sendo, uma redação que tenha um trecho como “seria ideal que fôsse- mos mais ativos politicamente e que 
cobrássemos mais atenção sobre o uso denossos dados na internet daqueles políticos que só pensam no próprio 
salário.”não deve ser enquadrada na situação “Parte Desconectada”, pois o trecho estárelacionado ao tema e a 
serviço do projeto de texto/discussão do participante. Por outro lado, a redação deverá ser anulada por essa 
situação se nela houver uma mensagem política como “Fora, corruptos!” que não mantenha relação com a 
discussão desenvolvida pelo participante em seu texto 
41 
 
Exemplo 74 
A redação do Exemplo 74 apresenta uma discussão a respeito dos valores ensinados outrora e atualmente – 
observe que a internet só passa a fazer parte da discussão no nono parágrafo, mas é o suficiente para que a redação 
não seja avaliada como “Fuga ao Tema”. Além disso, embora o participante use a si mesmo como exemplo entre 
as linhas 15 e 18, não há comprometimento do tipo textual, uma vez que pequenas narrativas são argumentos 
válidos em um texto dissertativo-argumentativo. Entretanto, há a presença de uma mensagem política 
desarticulada da discussão do participante na linha 30. Trata-se de uma frase solta, sobre corrupção, assunto que 
não é abordado no texto, o que, como já apontado, leva a redação a ser avaliada como “Parte Desconectada”, uma 
vez que não há qualquer outro motivo que leve à atribuição de nota zero e esteja mais aotopo da hierarquia. 
42 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para auxiliar o entendimento da hierarquia da Grade Específica de Situações,trouxemos o exemplo a seguir: 
43 
 
Exemplo 81 
 
 
ATIVIDADE 6 
 
Faça uma lista de 8 ítens estudados acima que podem anular o seu texto do enem . 
 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
 
44 
 
ATIVIDADES COMPLEMENTARES 
SEMANAS 7 E 8 
 
 
INTERTEXTUALIDADE 
 
 
 
A palavra intertextualidade é formada pelo sufixo 
inter que faz referência à noção de relação. Esse 
relacionamento ocorre entre um texto e outro, colo se 
eles conversassem e sofressem influência um do 
outro. 
A intertextualidade está presente em músicas, 
propagandas publicitárias, artes plásticas, dança e 
outras expressões que podem enriquecer o tema 
tratado. 
 
Intertextualidade implícita e explícita 
A intertextualidade pode ser apresentada de forma 
direta (explícita) ou indireta (implícita): 
• Implícita: não há relação direta com o texto fonte 
nem outras coisas que o identifiquem. 
• Explícita: há relação direta com o texto eelementos 
com o texto fonte. 
 
 
Tipos de intertextualidade 
 
 
• Citação: quando é acrescentado parte de outros 
textos em uma produção textual, o que gera a 
intertextualidade direta. 
• Epígrafe: Complemento de parágrafo ou frase no 
texto produzido que se relaciona com outro.• Paráfrase: recriação de um texto com a mesma 
ideia do texto fonte. 
Paródia: a paródia é a subversão de um texto 
Bricolagem: criação de um texto a partir de 
elementos retirados de outros. 
Sample: músicas, textos utilizados como base para 
outras novas produções. 
Pastiche: vários tipos de manifestações em uma 
mesma obra. 
 
 
Exercícios de Intertextualidade 
1 – (Enem – 2203) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desiguais na fisionomia, na cor e na raça, o que lhes 
assegura identidade peculiar, são iguais enquanto 
frente de trabalho. Num dos cantos, as chaminés das 
indústrias se alçam verticalmente. No mais, em todo 
oquadro, rostos colados, um ao lado do outro, em 
pirâmide que tende a se prolongar infinitamente, 
como mercadoria que se acumula, pelo quadro afora. 
(Nádia Gotlib. Tarsila do Amaral, a modernista.) 
 
O texto aponta no quadro de Tarsila do Amaral um 
tema que também se encontra nos versos transcritos 
em: 
a) ( ) “Pensem nas meninas/ Cegas inexatas/ Pensem 
nas mulheres/ Rotas alteradas.” (Vinícius de Moraes). 
b) ( ) Somos muitos severinos/ iguais em tudo e 
na sina:/a de abrandar estas pedras/ suando-se muito 
em cima.” (João Cabral de Melo Neto) 
 
2 - (UERJ – 2008) 
c) ( ) “O funcionário público não cabe no poema/ 
com seusalário de fome/ sua vida fechada em 
arquivos.” (Ferreira Gullar) 
d) ( ) “Não sou nada./ Nunca serei nada./ Não posso 
querer ser nada./À parte isso, tenho em mim todos os 
sonhos do mundo.” (Fernando Pessoa) 
e) ( ) “Os inocentes do Leblon/ Não viram o navio 
entrar (…)/ Os inocentes, definitivamente inocentes/ 
tudo ignoravam,/ mas a areia é quente, e há um óleo 
suave que eles passam pelas costas, e aquecem.” 
(Carlos Drummond de Andrade) 
 
 
Ideologia 
Meu partido 
É um coração partido 
E as ilusões estão todas perdidas 
Os meus sonhos foram todos vendidos 
Tão barato que eu nem acredito 
Eu nem acredito 
Que aquele garoto que ia mudar o mundo 
(Mudar o mundo) 
Frequenta agora as festas do “Grand Monde” 
Meus heróis morreram de overdose 
Meus inimigos estão no poder 
Ideologia 
Eu quero uma pra viver 
Ideologia 
Eu quero uma pra viver 
O meu prazer 
Agora é risco de vida 
Meu sex and drugs não tem nenhum rock ‘n’ roll 
Eu vou pagar a conta do analista 
Pra nunca mais ter que saber quem eu sou 
Pois aquele garoto que ia mudar o mundo 
(Mudar o mundo) 
Agora assiste a tudo em cima do muro 
Meus heróis morreram de overdose 
Meus inimigos estão no poder 
Ideologia 
Eu quero uma pra viver 
Ideologia 
Eu quero uma pra viver. 
(Cazuza e Roberto Frejat – 1988) 
 
E as ilusões estão todas perdidas (v. 3) 
Esse verso pode ser lido como uma alusão a um 
livro intitulado Ilusões perdidas, de Honoré de 
Balzac. 
Tal procedimento constitui o que se chama de: 
a) ( ) metáfora 
b) ( ) pertinência 
c) ( ) pressuposição 
d) ( ) intertextualidade 
e) ( ) metonímia 
3 – (UEL) 
 
 
 
Disponível em Super Interessante. Acesso em 10 out. 
2014 
 
O gordo é o novo fumante 
 
Nunca houve tanta gente acima do peso – nem 
tantopreconceito contra gordos. 
 
De um lado, o que há por trás é uma positiva 
discussãosobre saúde. Por outro, algo de podre: o 
nascimento de uma nova eugenia. 
(Adaptado de: Super Interessante. Editora Abril. 306.ed.jul. 2012. 
p.21.) 
 
Em relação ao texto, considere as afirmativas a 
seguir: 
 
I. O código não verbal, principalmente no que se 
refere ao segundo desenho, revela o discurso 
preconceituoso e, consequentemente, um aspecto 
ideológico. 
II. O sentido de proibição é captado por meio da 
intertextualidade estabelecida entre os códigos não 
verbais a qual, por sua vez, revela aspectos ligados 
aogênero do humor. 
III. O conteúdo expresso na placa revela que, 
futuramente, indivíduos obesos sofrerão ainda mais 
discriminação social. 
IV. O efeito de sentido expresso pelo conteúdo não 
verbal serve para reforçar o caráter polissêmico da 
placa. 
Assinale a alternativa correta: 
a) ( ) Somente as afirmativas I e II são corretas. 
b) ( ) Somente as afirmativas I e IV são corretas. 
c) ( ) Somente as afirmativas III e IV são corretas. 
d) ( ) Somente as afirmativas I, II e III são 
corretas. 
e) ( ) Somente as afirmativas II, III e IV são 
corretas. 
45 
 
46 
 
4 - (ENEM) – Quem não passou pela experiência de 
estar lendo um texto e defrontar-se com passagens já 
lidas em outros? Os textos conversam entre si em um 
diálogo constante. Esse fenômeno tem a 
denominaçãode intertextualidade. 
 
Leia os seguintes textos: 
 
Quando nasci, um anjo torto 
Desses que vivem na sombra 
Disse: Vai Carlos! Ser “gauche” na vida. 
ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. Riode Janeiro: Nova 
Aguilar, 1964) 
 
Quando nasci veio um anjo safado 
O chato dum querubim 
E decretou que eu tava predestinado 
A ser errado assim 
Já de saída a minha estrada entortou 
Mas vou até o fim. 
(BUARQUE, Chico. Letra e Música. São Paulo: Cia dasLetras, 1989) 
 
Quando nasci um anjo esbelto 
Desses que tocam trombeta, anunciou: 
Vai carregar bandeira. 
Carga muito pesada pra mulher Esta espécie ainda 
envergonhada. 
(PRADO, Adélia. Bagagem. Rio de Janeiro: Guanabara,1986) 
 
 
Adélia Prado e Chico Buarque estabelecem 
intertextualidade, em relação a Carlos Drummond de 
Andrade, por: 
a) ( ) reiteração de imagens. 
b) ( ) oposição de ideias. 
c) ( ) falta de criatividade. 
d) ( ) negação dos versos. 
e) ( ) ausência de recursos 
 
5 - (UFRN 2012) – Observe a capa de um livro 
reproduzida abaixo: 
A imagem é capa do livro Memórias Desmortas de 
Brás Cubas, de Pedro Vieira. Editora Tarja Editorial 
a) ( ) uma metonímia. 
b) ( ) uma transcrição literal. 
c) ( ) uma paráfrase direta. 
d) ( ) um procedimento paródico. 
e) ( ) um plágio explícito. 
 
METALINGUAGEM 
A metalinguagem nada mais é do que a preocupação 
do emissor totalmente voltada ao próprio código que 
está sendo utilizado. Isso quer dizer que o código é o 
tema da mensagem ou, então, ele é usado para 
explicar sobre ele mesmo. Compliquei ainda mais? 
Nãose preocupe, vai ficar bem fácil de entender. 
O código, no texto verbal, é a língua. No momento 
em que usamos uma mensagem verbalizada para 
explicar a língua, usando a própria linguagem, ocorre 
a metalinguagem. Observe, em seu cotidiano, como 
isso é feito várias e vária vezes: em conversas de 
caráter informal ou até mesmo durante suas aulas! 
Há momentos em que questionamos nosso 
interlocutor, ou seja, aquele que nos está emitindo 
uma mensagem. “O que isso quer dizer?” ou “Você 
pode me explicar outra vez? 
 
 
Exemplo de metalinguagem: um quadrinho em que 
um personagem fala sobre o balão, forma 
característica da linguagem dosquadrinhos. 
São perguntas que fazemos no nosso dia a dia e, em 
seguida, vêm respostas que serão, seguramente, 
textosmetalinguísticos. Eles são introduzidas através 
de termos explicativos, como “isto é” ou “ou seja”, 
que frequentemente introduzem textos com a função 
dametalinguagem. 
Por usarem as palavras para explicar o significado de 
outras palavras, os dicionários e a gramáticas 
47 
 
também exercem a função metalinguísticas em seus 
textos. No decorrer de nossa vida como estudante é 
habitual a utilização da função metalinguística da 
linguagem. Por exemplo, quando escrevemos 
análises textuais. 
Em outras palavras sempre que determinada 
linguagem falar dela mesma, temoa a 
metalinguagem. 
Exemplos de metalinguagem 
Para que você entenda melhor, darei outros 
exemplos, bastante práticos: filmes que têm como 
tema o própriocinema, uma peça teatral que tem por 
tema o teatro ou um poema que fala sobre a 
construção da poesia. Portanto, até mesmo um 
tutorial no YouTube sobre como editar um vídeo. 
Agora ficou bem claro, não é mesmo? 
Um bom exemplo de metalinguagem nas artes é a 
obra “Drawing hands” (“Desenhando mãos”), de 
Maurits Cornelis Escher: 
 
Disponível emhttp://www.arteeblog.com. Acesso em: 12 mar. 
2020.A técnica usada é a litografia, processo de 
reprodução que consiste em imprimir sobre papel, 
por meio de prensa. Dizem que o artista usou a sua 
própria mão direita como modelo para ambas as 
mãos representadas na gravura. A impressão foi feita 
pela primeira vez em Janeiro de 1948. É um desenho 
mostrando o ato de desenhar. 
Na literatura é muito comum encontrar textos que 
dialogam com outros textos, a fim de reafirmar o que 
já foi dito ou, então, para indagar ou fazer paródias 
detextos escritos em outros momentos. 
 
Agora, leia estes dois poemas de Carlos Drummond 
deAndrade e perceba o uso da metalinguagem: 
 
Poema que aconteceu 
Nenhum desejo neste domingo 
Nenhum problema nesta vida 
O mundo parou de repente 
Os homens ficaram calados 
Domingo sem fim nem começo. 
A mão que escreve este poema 
Não sabe que está escrevendo 
Mas é possível que se soubesse 
Nem ligasse. 
 
Poesia 
Gastei uma hora pensando um verso 
Que a pena não quer escrever. 
No entanto ele está cá dentro 
Inquieto, vivo. 
Ele está cá dentro 
E não quer sair. 
Mas a poesia deste momento 
Inunda minha vida inteira. 
 
Observe que os poemas são construídas a partir de 
olhares diferentes. No primeiro, vemos um poema 
que aconteceu, sem grandes motivações, apenas 
escrito em um domingo, certamente como muitos, 
em que nada acontece. Em contrapartida, no segundo 
poema,o poeta tem a ideia de escrever um poema, 
mas não consegue construí-lo. 
Assim, nos deparamos com a função metalinguística 
nos dois poemas de Drummond: poesia para falar de 
poesia! 
 
Exercícios 
 
 
pintando girassóis”, de Paul Gauguin, é um exemplo 
de metalinguagem por quê: 
a) ( ) destaca a qualidade do traço artístico 
b) ( ) mostra o pintor no momento da criação 
c) ( ) implica a valorização da arte tradicional 
d) ( ) indica a necessidade de inspiração concreta 
e) ( ) destaca as cores presentes no quadro2. 
http://www.arteeblog.com/
48 
 
Questão 1 - ENEM 2010 
O exercício da crônica 
Escrever crônica é uma arte ingrata. 
Eu digo prosa fiada, como faz um cronista; não a 
prosa de um ficcionista, na qual este é levado meio 
a tapas pelas personagens e situações que, azar dele, 
criou porque quis. Com um prosador 
do cotidiano, a coisa fia mais fino. Senta-se elediante 
de uma máquina, olha através da janela e busca fundo 
em sua imaginação um assunto qualquer, de 
preferência colhido. 
 
1 – Observe o quadro de Paul Gauguin – Van Gogh 
pintando girassóis: 
Pode-se definir “metalinguagem” como a linguagem 
que comenta a própria linguagem, fenômeno 
presentena literatura e nas artes em geral. O quadro 
“Van Gogh no noticiário matutino, ou da véspera, em 
que, com suas artimanhas peculiares, possa injetar 
um sangue novo. 
Se nada houver, restar-lhe o recurso de olhar em 
torno e esperar que, através de um processo 
associativo, surja-lhe de repente a crônica, provinda 
dos fatos e feitos de sua vida emocionalmente 
despertados pela concentração. Ou então, em última 
instância, recorrer ao assunto da falta de assunto, já 
bastante gasto, mas do qual, no ato de 
escrever, pode surgir o inesperado. 
 
(MORAES, V. Para viver um grande amor: crônicase poemas. 
São Paulo: Cia das Letras, 1991). 
 
Predomina nesse texto a função da linguagem quese 
constitui: 
a) ( ) nas diferenças entre o cronista e o 
ficcionista. 
b) ( ) nos elementos que servem de inspiração ao 
cronista. 
nos assuntos que podem ser tratados em umacrônica. 
c) ( ) no papel da vida do cronista no processode 
escrita da crônica. 
d) ( ) nas dificuldades de se escrever uma crônica 
pormeio de uma crônica. 
 
ATIVIDADES COMPLEMENTARES 
SEMANA 9 E 10 
CONTEXTO DE PRODUÇÃO, 
CIRCULAÇÃO E RECEPÇÃO DETEXTOS 
Questão 1 (Enem 2010) 
Mostre que sua memória é melhor do que a de 
computador e guarde esta condição: 12x sem juros. 
Revista Época. N}. 424, 03 jul. 2006 
 
 
Ao circularem socialmente, os textos realizam-se 
como práticas de linguagem, assumindo funções 
específicas,formais e de conteúdo. Considerando o 
contexto em que circula o texto publicitário, seu 
objetivo básico é 
a) ( ) definir regras de comportamento social 
pautadas nocombate ao consumismo exagerado. 
b) ( ) influenciar o comportamento do leitor, por 
meio deapelos que visam à adesão ao consumo. 
c) ( ) defender a importância do 
conhecimento deinformática pela população de 
baixo poder aquisitivo. 
d) ( ) facilitar o uso de equipamentos de 
informática pelasclasses sociais economicamente 
desfavorecidas. 
e) ( ) questionar o fato de o homem ser mais 
inteligenteque a máquina, mesmo a mais moderna. 
 
Questão 2 
Partindo do pressuposto de que um texto estrutura-se 
a partir de características tipológicas, verifique os 
gêneros descritos a seguir.Tem como principal 
característica transmitir a opinião de pessoas de 
destaque sobre algum assunto de interesse, por isso é 
predominante a tipologia argumentativa. Algumas 
revistas têm uma seção dedicada a esse gênero. 
Linguagem linear e curta, envolve poucas 
personagens, que geralmente se movimentam em 
torno de uma única ação, dada em um só espaço, eixo 
temático e conflito. Suas ações encaminham-se 
diretamente para um desfecho. A narração é sua 
característica tipológica predominante. 
A tipologia injuntiva é predominantemente 
encontrada em manuais de eletrodomésticos, jogos 
eletrônicos, receitas, rótulos de produtos, entre 
outros. 
São, respectivamente: 
a) ( ) Texto instrucional, entrevista e carta 
argumentativa. 
b) ( ) Carta, bula de remédio e narração. 
c) ( ) Entrevista, crônica e texto instrucional. 
d) ( ) Entrevista, poema e texto instrucional. 
e) ( ) Crônica, entrevista e carta argumentativa. 
49 
 
Questão 3 - (Enem 2010) 
Câncer 21/06 a 21/07 
O eclipse em seu signo vai desencadear mudanças na 
sua autoestima e no seu modo de agir. O corpo 
indicará onde você falha – se anda engolindo sapos, 
a área gástrica se ressentirá. O que ficou guardado 
virá à tona, pois este novo ciclo exige uma 
“desintoxicação”. Seja comedida em suas ações, já 
que precisará de energia para se recompor. Há 
preocupação com a família, e a comunicação entre os 
irmãos trava. Lembre-se: palavra preciosa é palavra 
dita na hora certa. Isso ajuda também na vida 
amorosa, que será testada. Melhor conter as 
expectativas e ter calma, avaliando as próprias 
carências de modo maduro. Sentirá vontade de olhar 
além das questões materiais – sua confiança virá da 
intimidade com os assuntos da alma. 
Revista Cláudia. Nº 7, ano 48, jul. 2009. 
O reconhecimento dos diferentes gêneros textuais, 
seu contexto de uso, sua função específica, seu 
objetivo comunicativo e seu formato mais comum 
- O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua 
conversa. Mas, tem mesmo luar lá em cima? 
Confirmei: sim, acima da nossa noite preta e 
enlamaçada e torpe havia uma outra – pura, perfeita 
e linda. 
- Mas, que coisa... 
Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar o 
céu fechado de chuva. Depois continuou guiando 
mais lentamente. Não sei se sonhava em ser aviador 
ou pensava em outra coisa. 
- Ora, sim senhor... 
E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse um 
“boa noite” e um “muito obrigado ao senhor” tão 
sinceros, tão veementes, como se eu lhe tivesse feito 
um presente de rei. 
Rubem Braga 
Analisando as principais características do texto lido, 
podemos dizer que seu gênero predominante é: 
a) ( ) Conto. b) ( ) Poesia. 
c) ( ) Prosa. d) ( ) Crônica. 
e) ( ) Diário. 
relacionam-se com os conhecimentos construídos 
socioculturalmente. A análise dos elementos 
constitutivos desse texto demonstra que sua função 
é: 
a) ( ) vender um produto anunciado. 
b) ( ) informar sobre astronomia. 
c) ( ) ensinar os cuidados com a saúde. 
d) ( ) expor a opinião de leitores em um jornal. 
e) ( ) aconselhar sobre amor, família, saúde, 
trabalho. 
 
Questão 4 
Leia o texto a seguir para responder à questão:A outra noite 
Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma 
noite de vento sul e chuva, tanto lá como aqui. 
Quando vinha para casa de táxi, encontrei um amigo 
e o trouxe até Copacabana; e contei a ele que lá em 
cima, além das nuvens, estava um luar lindo, de lua 
cheia; e que as nuvens feias que cobriam a cidade 
eram, vistas de cima, enluaradas, colchões de sonho, 
alvas, uma paisagem irreal. 
Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer 
aproveitou o sinal fechado para voltar-se para mim:

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