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PREPARACAO DE ZARABATANAS E DARDOS ANESTESICOS PARA USO VETERINARIO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 
ESCOLA DE VETERINÁRIA 
DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA VETERINÁRIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
P
C
 
 
 
 
 
 
Prof. Álvaro Enéas Ribeiro Falcão de Almeida 
rofessor de Técnica Cirúrgica e Anestesiologia Veterinárias 
oordenador do Grupo de Estudos Sobre Animais Silvestres 
GEAS/UFMG 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
2004 
Prof. Álvaro E. R. Falcão de Almeida 
Departamento de Clínica e Cirurgia 
Escola de Veterinária da 
Universidade Federal de Minas Gerais 
 
RRRAAAZZZÕÕÕEEESSS PPPAAARRRAAA AAA UUUTTTIIILLLIIIZZZAAAÇÇÇÃÃÃOOO DDDEEE DDDAAARRRDDDOOOSSS 
 
Desde muito tempo as zarabatanas são utilizadas para 
lançar pequenas setas com pontas embebidas em venenos que 
paralisam ou mesmo matam animais, 
com o objetivo de caça. Muitos povos 
primitivos, em todo o mundo, a 
utilizaram e ainda a utilizam, como o 
fazem alguns índios de tribos da 
Amazônia. 
Dardos com poderosas drogas 
tranqüilizantes, arremessados por armas pneumáticas ou de 
pólvora foram e continuam a 
serem empregados 
modernamente na captura de 
grandes mamíferos nas florestas 
e savanas africanas, nas selvas 
tropicais e no gelo ártico. Em 
zoológicos, parques naturais, 
reservas florestais e áreas que serão inundadas por represas 
Prof. Álvaro Falcão – EV/UFMG 1
destinadas a geração de eletricidade são amplamente usados 
por veterinários responsáveis pelos cuidados com a fauna 
residente. Não só para a captura e transferência de animais, 
mas também para medicação com vacinas, antibióticos, 
vermífugos etc. Mesmo no exercício da clinica veterinária de 
animais domésticos têm aplicação assegurada na contenção 
química de cães ferozes, difíceis de serem abordados quando 
soltos em áreas livres, como quintais. Também em fazendas, 
bovinos bravios são facilmente contidos, sem que seja 
necessário aproximar-se muito deles, com a segurança de um 
dardo arremessado por um profissional separado destes 
animais por uma cerca. 
São evidentes, em todos estes casos, os benefícios de 
não haver a necessidade da contenção física que antecede a 
injeção da droga com a finalidade de tranqüilização, anestesia 
ou quaisquer outras medicações Podemos justificar, 
simplesmente, o seu emprego com a frase: “menor estresse 
para o animal e menor risco 
para o veterinário”. 
O lançamento de dardos 
por zarabatanas, com o 
treinamento prévio, praticado em 
manequins de pano e palha ou 
mesmo em caixas vazias de 
papelão grosso, torna possível 
ao veterinário a resolução de problemas de contenção 
aparentemente incontornáveis. 
Em países como Estados Unidos, Inglaterra, Dinamarca, e 
Alemanha há um expressivo número de empresas que fabricam 
e comercializam dardos, zarabatanas, pistolas e rifles a ar 
comprimido, gás butano ou propano, CO2 ou de pólvora, 
destinados às necessidades dos veterinários que atuam nas 
atividades anteriormente referidas Muitas vezes são de 
aquisição difícil em nosso país, por motivos de oferta escassa 
Prof. Álvaro Falcão – EV/UFMG 2
ou mesmo por impedimentos legais. São equipamentos de uso 
restrito a um único segmento profissional e em decorrência têm 
um mercado muito limitado, o que torna altos os seus preços . 
Além disto, peças para reposição, sua manutenção e 
assistência técnica também são relativamente caras e pouco 
acessíveis, longe dos grandes centros. 
Por estes motivos, surgiu a necessidade da confecção 
artesanal destes instrumentos de trabalho. Pode-se afirmar que 
a criatividade e a capacidade de improvisar de muitas pessoas 
tornaram a preparação de dardos e zarabatanas um ato de 
criação coletiva, que se aperfeiçoa ao longo do tempo, com 
base nos erros e acertos de todos. 
Este pequeno manual contém, pois, proposta de confecção 
destes instrumentos, embasada em vivências pessoais, nas 
amplas experiências dos colegas anônimos, e nas daqueles 
que as publicaram em monografias e periódicos. 
 
 
Prof. Álvaro Falcão – EV/UFMG 3
 
MMMAAATTTEEERRRIIIAAALLL NNNEEECCCEEESSSSSSÁÁÁRRRIIIOOO PPPAAARRRAAA AAA MMMOOONNNTTTAAAGGGEEEMMM DDDEEE 
DDDAAARRRDDDOOOSSS EEE ZZZAAARRRAAABBBAAATTTAAANNNAAASSS 
 
Para Zarabatanas: 
 
1. Tubos de alumínio, diâmetro 5/8 de polegada (para 
zarabatanas lançadoras de dardos confeccionados com 
seringas de 3 ml) e ½ polegada (para lançar dardos 
montados com seringas de 5 ml. Há dois tipos de tubo: 
parede fina e parede grossa. 
2. Varetas de alumínio, madeira ou bambú, com comprimento 
maior que o tubo cortado. 
3. Pacote de lã de aço (Bombril®) 
4. Pacote de algodão hidrófilo. 
5. Folhas de lixas para metal (nº 200) 
6. Ponteiras de plástico ou borracha, na medida do diâmetro do 
tubo, para ocluir as extremidades da zarabatana, quando não 
estiver em uso. 
7. Redução de PVC hidráulico (Cloreto de Poli Vinil) soldável, 
de 1 polegada para 1/2 polegada, para ser usado como 
bocal, a ser colado na extremidade da zarabatana. 
 
Para Dardos 
1. Seringas plásticas descartáveis BD Luer Lock®, de 3 ml 
2. Seringas plásticas descartáveis BD Luer Lock®, de 5 ml 
3. Seringas plásticas descartáveis, não estéreis, para 
pressurização 
4. Agulhas descartáveis 40x12 
Prof. Álvaro Falcão – EV/UFMG 4
5. Agulhas descartáveis 25x7 
6. Cola à base de cianoacrilato – Superbonder® 
7. Cola à base de epóxi rápido – Araldite Rápido® 
8. Novelo de lã colorida 
9. Isqueiro de gás propano/butano 
10. Folha de lixa 200, para metal 
11. Cotonetes de algodão 
12. Palitos de madeira 
13. Faca tipo estilete, de lâminas descartáveis 
14. Lima triangular pequena, fina, para metal 
15. Estilete de aço, pontiagudo 
16. Éter sulfúrico, frasco pequeno 
17. Estilete metálico fino, para ajustar o êmbolo 
Prof. Álvaro Falcão – EV/UFMG 5
18. Caixa plástica grande, hermética, para guardar e 
transportar material 
 
 
AAA PPPRRREEEPPPAAARRRAAAÇÇÇÃÃÃOOO DDDAAASSS AAAGGGUUULLLHHHAAASSS 
 
1. Usando-se uma pequena lima triangular, fina, fazer um 
pequeno sulco transversal ao eixo da agulha 40x12, situado 
de 10 a 15 mm da extremidade. 
 
2. Em seguida, com um fino estilete de aço, fazendo-se 
movimentos de rotação, aprofunda-se e arredonda-se este 
sulco até atingir a luz da agulha, abrindo-se um pequeno 
orifício arredondado. 
 
Prof. Álvaro Falcão – EV/UFMG 6
3. Opcionalmente este furo pode ser aberto com uma pequena 
retífica, (tipo Dremel®), ou com motor de uso em odontologia 
e prótese odontológica, usando-se brocas de calibre 
adequado. 
4. O acabamento é feito com a aplicação da lixa fina para 
remover as pequenas arestas de metal, que fazem saliência 
nas bordas do orifício criado. 
 
5. Este orifício não deve ser demasiado grande, para não 
diminuir a resistência da agulha, o que causaria sua quebra 
no momento do impacto com a pele do animal. 
6. O passo seguinte é selar permanentemente a extremidade 
da agulha com adesivo rápido à base de epoxi (Araldite®) 
Qualquer excesso de adesivo deve ser removido. 
Prof. Álvaro Falcão – EV/UFMG 7
 
7. Após secagem, geralmente em 15 minutos, a agulha é 
introduzida em uma pequena rolha de borracha, até a 
oclusão do orifício lateral. 
 
8. .Esta rolha é, na verdade, um êmbolo de um tubete de 
anestésico de uso odontológico. Funcionará como uma 
válvula, que se deslocará para trás no momento da 
penetração da agulha na musculatura do animal, permitindo 
que a droga seja injetada sob pressão. 
9. A agulhas preparada é testada acoplando-a à uma seringa 
que pode conter ou não líquido e, com o orifício lateral 
ocluído pela válvula de borracha, tenta-se expulsar ar ou 
líquido da seringa. Não deve haver vazamentos. 
Prof. Álvaro Falcão – EV/UFMG 8
10. Em situação de emergência, as agulhas podem ser 
preparadas apenas fechando-se a extremidade (bisel) com 
um pequeno cubo de borracha EVA (Etil-Vinil-Acetato), que 
funciona como válvula. No momento do impacto, a agulha 
atravessa completamente este fragmento e permite que o ar 
ou gás comprimido injete a droga no animal. 
 
 
PPPRRREEEPPPAAARRRAAAÇÇÇÃÃÃOOO DDDOOOSSS DDDAAARRRDDDOOOSSSAAANNNEEESSSTTTÉÉÉSSSIIICCCOOOSSS 
 
Corpo de duas seringas de 3 ml 
 
1. Após remover os êmbolos, com uma lâmina afiada, cortar os 
apoio dos dedos dos corpos de duas seringas, BD Luer 
Lock®, de 3 ml. São removidas as arestas, se houver. 
 
2. Cortar a haste do êmbolo de uma das seringas, deixando de 
5 a 10 mm do plástico junto à borracha do êmbolo e 
introduzir dentro de um dos corpos já preparados Dentro do 
outro corpo de seringa, introduzir um êmbolo de tubete de 
anestésico odontológico 
Prof. Álvaro Falcão – EV/UFMG 9
 
3. Cortar um segmento de aproximadamente 25 mm de um 
tubete plástico de anestésico odontológico. 
 
 
 
4. Com um cotonete embebido com éter, limpar o interior das 
extremidades dos dois corpos de seringa. 
 
Prof. Álvaro Falcão – EV/UFMG 10
 
5. Aplicar um pouco (pouco!) de adesivo à base de cianoacrilato 
(Superbonder®) no interior das duas extremidades dos 
corpos e uni-los com o segmento de tubo de anestésico. É 
recomendável fixar um corpo de cada vez ao segmento de 
tubo Após estarem bem ajustados, aplicar novamente o 
adesivo externamente, em toda a linha de união dos corpos, 
para assegurar vedação completa. 
 
 
Corpo de uma seringa de 3 ml ou 5 ml 
 
1. Com uma lâmina afiada, cortar os apoios dos dedos da 
extremidade posterior de uma seringa BD Luer Lock® de 5 
ml. 
Prof. Álvaro Falcão – EV/UFMG 11
 
2. Cortar a haste do êmbolo da seringa, deixando 10 mm do 
plástico junto à borracha e introduzir dentro do corpo da 
seringa. 
 
3. Remover a parte de borracha de um outro êmbolo de uma 
outra seringa de 5 ml. 
4. Introduzir esta borracha na extremidade do corpo da seringa 
e transfixando-a ao corpo da seringa com duas agulhas 25x7, 
de modo que as agulhas fiquem perpendiculares uma à 
outra. Para facilitar a operação, as extremidades das agulhas 
podem ser aquecidas na chama de um isqueiro a gás ou bico 
de Bunsen. 
Prof. Álvaro Falcão – EV/UFMG 12
 
5. As agulhas são cortadas rentes à parede externa da seringa 
e as rebarbas são lixadas. Internamente, no ponto de contato 
da borracha com a parede da seringa, pode ser aplicado 
adesivo do tipo cianoacrilato, para assegurar perfeita 
vedação, após ter sido limpa com éter. 
 
 
 
 
Prof. Álvaro Falcão – EV/UFMG 13
 
CCCOOONNNFFFEEECCCÇÇÇÃÃÃOOO DDDOOO EEESSSTTTAAABBBIIILLLIIIZZZAAADDDOOORRR DDDEEE VVVÔÔÔOOO 
 
Os estabilizadores de vôo são fundamentais para manter a 
trajetória do dardo após o disparo, e permitir que o alvo seja 
alcançado com sucesso.São penachos feitos com lã e devem 
ter cores berrantes para facilitar sua visualização, indicando se 
atingiram ou não o alvo, após terem sido disparados A 
passagem do dardo com o estabilizador pelo tubo da 
zarabatana deve ser testada, devendo deslizar com facilidade. 
Se necessário, o penacho será aparado com tesoura, no 
comprimento e na largura. A cor da lã pode ser usada como 
indicador da droga com a qual o dardo foi carregado. Por ex.: 
vermelho para xilazina, laranja para quetamina, amarelo para 
tiletamina/zolazepam, etc. 
 
Para dardos de duas seringas 
 
1. Dependendo da espessura do fio de lã, enrolar de 10 a 20 
voltas de lã de tricot, de cor viva – vermelha, laranja, amarela 
-, na extremidade de uma régua escolar ou nos dedos 
indicador e médio. 
Prof. Álvaro Falcão – EV/UFMG 14
 
2. Passar um fio de lã por dentro do anel formado e amarra-lo 
firmemente Deixar pontas grandes de fio. 
 
3. Com uma tesoura, cortar este anel de fios, no ponto 
diametralmente oposto aos nós aplicados. 
 
4. Cortar um pedaço de protetor plástico de agulha, com cerca 
de 15 mm. 
Prof. Álvaro Falcão – EV/UFMG 15
 
5. As duas pontas de fio do penacho do estabilizador são 
passadas por dentro do segmento de plástico, e puxadas 
firmemente, de modo que a lã fique presa dentro da 
extremidade do tubo. Cortar bem curtos os fios tracionados. 
Pode ser aplicada uma gota de adesivo instantâneo, 
externamente, para que o penacho não se desprenda. 
 
 
6. Este conjunto é acoplado na parte posterior do dardo 
carregado, antes do disparo. 
 
Para dardos de uma seringa 
 
1. Nos dardos simples, de um só corpo, os fios terminais do 
penacho são amarrados diretamente no cruzamento das 
hastes das duas agulhas transfixadas, na parte posterior do 
dardo. 
Prof. Álvaro Falcão – EV/UFMG 16
2. Nestes dardos, o estabilizador pode ser preso ao dardo no 
momento da sua confecção. Não causará nenhum transtorno 
no momento da pressurização, pois esta operação, neste 
caso, difere da que é empregada nos dardos de dois corpos. 
 
 
 
 
Prof. Álvaro Falcão – EV/UFMG 17
 
CCCOOONNNFFFEEECCCÇÇÇÃÃÃOOO DDDAAA ZZZAAARRRAAABBBAAATTTAAANNNAAA 
 
Os tubos utilizados na confecção da zarabatana podem 
ser de metal (alumínio) ou de plástico (PVC hidráulico ou 
eletrodutos). Os tubos de plástico, apesar de muito baratos, têm 
o inconveniente de sofrerem deformação com mais facilidade, 
principalmente sob ação de calor. Além disto, zarabatanas de 
maior comprimento, com 1,50 a 2,0m, dificilmente serão retas, 
pois o material é muito flexível. Apesar disto, podem ser 
empregados para zarabatanas curtas. 
Tubos de alumínio são a melhor opção de material, aliam 
leveza e rigidez e não são caros. Apesar disto, também podem 
se deformar no transporte e utilização inadequados.Não 
importando a natureza do material de que são confeccionadas, 
as zarabatanas devem ser guardadas e transportadas dentro 
de estojos feitos de tubos de PVC de parede fina (usados na 
construção civil para esgoto), de 50 ou 100mm de diâmetro, 
fechados nas duas extremidades por tampões do mesmo 
material. Tubos e tampões de PVC são facilmente encontrados 
em qualquer loja de material de construção ou de ferragens. 
Os diâmetros de tubos mais empregados são os de 5/8 de 
polegada para os dardos de 3ml e ½ polegada para os dardos 
feitos com seringas de 5ml. 
O comprimento pode variar de 0,70m até 2,0m, 
considerando-se que quanto maior o comprimento, maior será o 
alcance do dardo. Por outro lado, quanto maior o tubo, maior 
será o esforço para a propulsão do dardo. Zarabatanas curtas 
são empregadas para disparos quando o alvo está próximo do 
operador. Com treinamento, usando-se um equipamento longo, 
podem ser atingidos alvos a até 10,0m de distância. 
Prof. Álvaro Falcão – EV/UFMG 18
Podemos confeccionar uma zarabatana de 1,50m com 
dois segmentos de 0,75m tubo, que podem ser usados juntos, 
unidos por uma “luva” feita com um segmento de 0,20m de tubo 
de PVC ou em separado, como uma zarabatana curta. Como 
acessório, para melhorar a eficiência do sopro, pode ser colado 
na extremidade um bocal de PVC, na verdade uma redução de 
PVC de 1 polegada para ½ polegada. 
 
Preparação do tubo 
 
1. Com uma serra, cortar o tubo no tamanho desejado. 
2. Retificar as extremidades do tubo, interna e externamente, 
com limas, pedras de esmeril ou lixas, para eliminas 
rebarbas e bordas cortantes. 
3. Se o interior do tubo tiver irregularidades, com um chumaço 
de lã de aço (Bombril®), preso a uma vareta de comprimento 
maior que o tubo, polir o interior do tubo, com movimentos 
de vai-vem, até torná-lo bem liso 
4. Fazer o mesmo procedimento algodão hidrófilo e terminar o 
polimento do interior do tubo, até que fique com aspecto 
espelhado, quando visto contra a luz. 
5. Lubrificar o interior do tubo fazendo passar, com a vareta, 
um chumaço de algodão levemente embebido em silicone 
líquido. 
 Considerar que, muitas vezes, os tubos são bem 
produzidos nas metalúrgicas e apresentam seu interior bastante 
liso, sendo suficiente apenas limpeza com algodão e 
lubrificação com silicone. 
 Quando não estiverem em uso, as zarabatanas devem ter 
as suas extremidades ocluídas por ponteiras plásticas ou de 
borracha, como aquelas empregadas nos pés de cadeiras de 
metal, encontradas com facilidade em lojas de ferragens. Isto 
evitará a entrada de poeira e outras impurezas que dificultam o 
deslizamento do dardo,prejudicando seu lançamento. 
Prof. Álvaro Falcão – EV/UFMG 19
 
TTTEEESSSTTTEEE DDDOOO DDDAAARRRDDDOOO DDDEEEPPPOOOIIISSS DDDEEE PPPRRROOONNNTTTOOO 
 
1. Deslocar a válvula de borracha da agulha até a perfeita 
oclusão da abertura lateral. 
2. Carregar o dardo com solução fisiológica ou água destilada 
estéreis. 
3. Acoplar firmemente a agulha. 
4. Injetar ar ou gás na câmara posterior. Não deve ser 
observado vazamento 
5. Deslocar rapidamente a válvula da agulha para traz e 
verificar o completo esvaziamento da câmara do líquido. 
 
 
AAACCCOOONNNDDDIIICCCIIIOOONNNAAAMMMEEENNNTTTOOO DDDOOOSSS DDDAAARRRDDDOOOSSS 
 
 Quando não estiverem em uso, os dardos e agulhas 
devem ser acondicionados em estojos de aço inox, usados para 
instrumental cirúrgico, ou mesmo em caixas plásticas 
herméticas, do tipo Tupperware®. No interior das caixas devem 
ser colocados sachets de pastilhas de formaldeído feitos com 
algodão e gaze, para manter as condições de esterilidade. 
 
ATENÇÃO: Dardos só deverão carregados com drogas e 
pressurizados no momento de serem usados. Jamais serão 
guardados carregados e pressurizados. 
 
Prof. Álvaro Falcão – EV/UFMG 20
 
CCCAAARRRRRREEEGGGAAAMMMEEENNNTTTOOO DDDOOO DDDAAARRRDDDOOO 
 
Dardo de dois corpos de seringa 
 
1. Injetar ar na câmara posterior para movimentar o êmbolo até 
a entrada da câmara anterior 
 
2. Com uma haste metálica fina, introduzida na abertura 
anterior do dardo, deslocar o êmbolo até a marca da escala 
correspondente ao volume que se deseja injetar. 
Prof. Álvaro Falcão – EV/UFMG 21
 
3. Através da abertura, com uma seringa, transferir a droga 
desejada para a câmara anterior. 
 
 
4. Acoplar a agulha firmemente, certificando-se que o orifício 
lateral está perfeitamente ocluído pela válvula de borracha. 
Prof. Álvaro Falcão – EV/UFMG 22
 
5. Pressurização Com o dardo na posição vertical, injetar ar 
na câmara posterior com uma seringa de 10 ou 20 ml. Um 
pequeno segmento de sonda plástica ou de tubo de equipo 
de infusão fará o acoplamento do dardo com a seringa.Ao 
ser injetado, o ar desloca a pequena rolha de borracha 
(êmbolo de tubete anestésico) que está, por gravidade, junto 
à entrada de ar.Ao ser rapidamente retirada a seringa, o ar 
comprimido na câmara manterá a válvula junto à entrada, 
promovendo perfeita vedação da câmara de ar. 
 
6. Acoplar o estabilizador ao dardo. 
 
 
Prof. Álvaro Falcão – EV/UFMG 23
Dardo carregado e 
pressurizado 
Dardo de um corpo de seringa 
 
1. Introduzir uma agulha hipodérmica de pequeno calibre(25x7 
ou menor) através do embolo transfixado na extremidade 
posterior do dardo. Sem este cuidado não é possível 
executar o passo seguinte. 
 
 
2. Injetar ar, através da agulha, na câmara posterior para 
movimentar o êmbolo até a entrada. 
Prof. Álvaro Falcão – EV/UFMG 24
 
3. Com uma haste metálica fina, introduzida na abertura 
anterior do dardo, deslocar o êmbolo até a marca da escala 
correspondente ao volume que se deseja injetar. 
 
4. .Através da abertura, com uma seringa, transferir a droga 
desejada para a câmara anterior 
 
5. Acoplar a agulha firmemente, certificando-se que o orifício 
lateral está perfeitamente ocluído pela válvula de borracha. 
Prof. Álvaro Falcão – EV/UFMG 25
 
6. Pressurização: Acoplar uma seringa de 10 ou 20 ml à 
agulha que foi introduzida na parte posterior do dardo e 
injetar ar, sob forte pressão, na câmara posterior. 
 
 
 
7. Retirar rapidamente o conjunto agulha/seringa de modo que 
não ocorra vazamento do ar injetado. 
8. Alternativamente, pode ser injetado gás propano (gás de 
isqueiro) na câmara posterior do dardo. Para isto, uma 
agulha deve ser adaptada ao bico do cilindro de 
gás.Considera-se que há um volume adequado de gás na 
cama quando se notar gás liquefeito nas paredes da 
câmara. 
 
Prof. Álvaro Falcão – EV/UFMG 26
 
 
 
LLLAAANNNÇÇÇAAAMMMEEENNNTTTOOO DDDOOO DDDAAARRRDDDOOO 
 
Antes de se fazer utilização do equipamento, é importante 
treinar com um dardo carregado com água, sem necessidade 
de estar pressurizado, com uma agulha comum coberta pelo 
protetor de plástico. Desta forma, terá peso e comprimento 
idênticos ao dardo que será utilizado em situação real. O 
operador, ao variar as distâncias do alvo, mesmo sem nada 
entender de balística, aprenderá aos poucos a posicionar a 
zarabatana nos ângulos aproximados, para compensar a 
trajetória em forma de parábola percorrida pelo dardo. 
Este treinamento pode ser feito efetuando-se tiros contra 
silhuetas desenhadas em painéis de papelão ou isopor, caixas 
vazias de papelão, manequins feitos com tecido e palha, fardos 
de feno etc. 
 
1. O dardo deve ser introduzido na zarabatana até 1-2cm além 
da borda de metal da zarabatana, para que os fios de lã do 
estabilizador preencham perfeitamente a luz do tubo, sem 
Prof. Álvaro Falcão – EV/UFMG 27
Dardo carregado e 
pressurizado 
estarem justos, para melhor aproveitamento do fluxo de ar 
soprado. 
2. O tubo é seguro pela mão, no alinhamento do braço em total 
extensão, para perfeita estabilização da zarabatana e uma 
melhor visada, aumentando as chances de acerto no tiro. 
3. O ar soprado, de um só golpe, deve ser armazenado na 
boca. Se for soprado ar dos pulmões, como numa expiração 
forçada, o tiro sairá fraco, sem potência. 
 
 Os pontos de eleição para impacto do dardo são os da 
região escapular (músculo tríceps) e da face lateral da coxa 
(músculos quadríceps e semimembranáceo). Desta forma são 
evitadas lesões decorrentes de perfurações cervicais, torácicas 
e abdominais. 
 
 
Prof. Álvaro Falcão – EV/UFMG 28
 
CCCOOOMMMOOO CCCOOONNNCCCEEENNNTTTRRRAAARRR DDDRRROOOGGGAAASSS AAA PPPAAARRRTTTIIIRRR DDDEEE 
SSSOOOLLLUUUÇÇÇÕÕÕEEESSS CCCOOOMMMEEERRRCCCIIIAAAIIISSS 
 
Quando for necessário o emprego de um volume maior de 
droga, devido ao grande porte do animal, é natural que o dardo 
fique muito pesado ou mesmo que não tenha capacidade para 
comportar tal volume. No primeiro caso, o esforço para o 
lançamento é maior e a precisão do tiro é menor. No segundo 
caso, será preciso um dardo de maior capacidade, com o 
mesmo inconveniente, ou então será necessário atingir o 
animal com mais de um dardo de menor capacidade e, 
geralmente, isto não será possível. 
Desta forma, é desejável empregar drogas mais 
concentradas, pois, num mesmo volume teremos mais princípio 
ativo. Infelizmente, as preparações comerciais das principais 
drogas tranqüilizantes ou anestésicas (ex: xilazina e quetamina) 
dificilmente estão disponíveis em várias concentrações, pelo 
menos no nosso país. 
 Um artifício para contornar esta situação é concentrar as 
drogas das apresentações comerciais disponíveis Isto pode ser 
feito da seguinte forma: 
 
1. Abrir os lacres metálicos do frascos-ampôla, retirar as rolhas 
de borracha e remover todo o conteúdo líquido com uma 
seringa estéril. 
Prof. Álvaro Falcão – EV/UFMG 29
2. Transferir as soluções para um recipiente graduado de vidro 
termo-resistente (Pirex®), por ex.um béquer, e colocar este 
recipiente numa estufa regulada para, no máximo 70ºC. 
Como são soluções aquosas, calor da estufa irá evaporar 
gradativamente a água destilada usada como solvente, 
concentrando a droga. Por exemplo: uma solução de 
cloridrato de xilazina a 2%, reduzida em 50% do seu volume 
passará a ter uma concentração de 4%; da mesma forma, 
uma solução de cloridrato de quetamina a 5% terá 
concentração de 10%.Devem ser evitadas concentrações 
muito altas, para evitar precipitação do princípio ativo. 
 
 Alguns profissionais utilizam a alternativa de colar 
externamente ao frasco esvaziado da droga uma tira adesiva e 
fazer marcas, com uma lapiseira de ponta fina, à medida que 
vão transferindo o liquido de volta ao frasco. Na realidade, é 
como se estivessem aferindo o volume, pois na indústria 
farmacêutica os frascos são cheios automaticamente e nem 
sempre o volume declarado é real. Os frascosabertos são 
colocados na estufa e a desidratação é acompanhada pela 
escala feita, em ml, na fita. 
 Não há um tempo determinado para este processo, pois, 
dependendo do diâmetro do béquer ou da boca do frasco, que 
implica em maior ou menor área de exposição da solução ao ar 
quente da estufa, a evaporação será mais rápida ou mais lenta. 
Segundo dados experimentais, estas substâncias 
submetidas a esta temperatura não são degradadas. 
As soluções concentradas por este processo devem ser 
armazenadas nos frascos originais, tampados com suas 
respectivas rolhas de borracha e novamente selados com 
lacres, mantidos ao abrigo da luz. 
 
Prof. Álvaro Falcão – EV/UFMG 30
 
	MATERIAL NECESSÁRIO PARA A MONTAGEM DE DARDOS E ZARABATANAS
	Para Zarabatanas:
	Tubos de alumínio, diâmetro 5/8 de poleg�
	Varetas de alumínio, madeira ou bambú, com comprimento maior
	Pacote de lã de aço (Bombril®)
	Pacote de algodão hidrófilo.
	Folhas de lixas para metal (nº 200)
	A PREPARAÇÃO DAS AGULHAS
	Usando-se uma pequena lima triangular, fina, fazer um pequen
	PREPARAÇÃO DOS DARDOS ANESTÉSICOS
	Corpo de duas seringas de 3 ml

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