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Ciência Economica 
e Administrativa
• Introdução;
• A Econômia;
• Evolução do Pensamento Econômico;
• Necessidades Humanas;
• Fatores Produtivos;
• O Problema Econômico.
 · Trazer à tona o assunto Ciência Econômica e o seu estudo, desvendan-
do a evolução do pensamento econômico, as necessidades humanas 
e focar nos fatores de produção e como isso impacta na nossa vida.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Evolução do Pensamento Econômico
UNIDADE Evolução do Pensamento Econômico
Introdução
Todos nós conhecemos um pouco de economia, seja por conta da nossa linha 
de estudo ou porque assistimos televisão à noite em casa todos os dias, este assun-
to está em pauta em algum telejornal e também nos grandes jornais de todos os 
países. Mas, para que possamos entender o que os jornais dizem, é importante que 
tenhamos um conhecimento prévio desta importante ciência, que nos ajuda a en-
tender a forma que a sociedade caminha e se desenvolve no quesito crescimento, 
como os fatores de produção estão sendo empregados, definir se a politica macro-
economia está alinhada com o desenvolvimento do país, se a politica cambial está 
realmente ajudando o pais a crescer, entre outras coisas.
A ideia desta unidade inicial é trazer o conhecimento básico sobre economia, des-
vendando alguns mistérios e elucidando ao leitor temas extremamente interessantes, 
que servirão de base para que o conhecimento seja alcançado ao longo do curso.
Trataremos da economia como uma ciência e o que ela traz de benefícios à 
sociedade, o porquê o estudo da economia é importante, por que essa ciência tem 
cada vez mais adeptos e como ela pode ainda hoje revolucionar o pensamento 
crítico das pessoas, fazendo com que o entendimento e o crescimento sejam algo 
intrínseco da sociedade e dos indivíduos.
Também demonstraremos o quanto se evoluiu com o pensamento econômico, 
como esse pensamento mudou ao longo dos anos, décadas e séculos.
Falaremos sobre a necessidade humana, como essas necessidades moldam a 
forma que a sociedade vai trabalhar com os fatores de produção, esses fatores que 
são diversos, o capital, aqui não só entendido como dinheiro, mas como a força 
que impulsiona uma sociedade em busca de seus objetivos, temos também a mão 
de obra, essa é uma ferramenta importantíssima para a sociedade, que hoje em dia 
está com uma oferta muito grande dentro da nossa sociedade por conta da falta de 
emprego e oportunidades a todos.
Com todos os itens que serão expostos ao longo da unidade, conseguiremos ao 
final dela pensar no problema econômico, agora com mais propriedade e conhe-
cimento, não somente supor razões para as coisas que acontecem, mas sim tentar 
com o conhecimento adquirido entender o processo econômico e as suas razões 
de acontecer.
Essa evolução do pensamento econômico será descrita de forma didática e bem 
direcionada, para que o estudo e o conhecimento agregado seja algo de longa du-
ração e prazeroso.
Vamos desvendar esse novo mundo!!!
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A Economia
A vida cotidiana é cheia de ligações, sejam elas entre indivíduos de uma mesma 
religião, de um mesmo clube, torcedor do time A ou do time B, relações politicas, 
amorosas, entre outras diversas que podem ocorrer, tanto de forma única como de 
forma de grupo.
Tais relações determinam as necessidades individuas de cada um dentro de uma 
sociedade, a pessoa que tem uma relação com um time A, tem uma necessidade 
diferente da pessoa que tem uma relação com um time B, cada indivíduo é molda-
do pelas suas relações.
As relações econômicas, de forma específica, tratam das ações adotadas 
pelas pessoas com o objetivo de satisfazer suas necessidades materiais 
ou fisiológicas, como alimentação, transporte, vestuário, habitação, lazer 
etc., e levam as pessoas a adotar ações para obterem meios para a satis-
fação dessas necessidades. (DIAS, 2015 – pag. 9)
A Ciência Econômica é uma ciência social por tratar das relações estabelecidas 
entre as pessoas, ela estuda a forma como essas pessoas se portam dentro da so-
ciedade que estão inseridas, utilizando métodos de modelos abstratos para verificar 
e analisar como as diversas camadas da sociedade se portam dentro de um mesmo 
contexto ou dentro de contextos diferentes. É uma ciência que sempre está em 
foco, pois analisa os indivíduos, suas preferências e como esses indivíduos se por-
tam nas mais diversas situações expostas.
Tem sua origem na Grécia antiga, onde os grandes pensadores já introduziam 
o tema nas suas arguições politicas e filosóficas, já demonstrando preocupações 
econômicas. A própria palavra “Economia” é derivada de uma expressão gre-
ga oikosnomos (oikos, que significa casa, lar, e nomos, que significa norma, lei, 
administraç ã o), a Grécia sempre foi o berço de grandes pensadores e esses pen-
sadores revolucionaram muitas ciências, e a Ciência Econômica não ficou de fora 
dessa revolução Grega.
A definição de economia pode ser expressa da seguinte maneira:
A Economia é um ramo das Ciências Sociais cujo foco é a forma pela qual 
a sociedade realiza suas escolhas de produção de bens e serviços com o ob-
jetivo de satisfazer as necessidades humanas, considerando que os recursos 
disponíveis para tal produção são escassos. (DIAS, 2015 – pag. 10)
Existem dois métodos de análise econômica, o primeiro é o dedutivo e o segun-
do o indutivo.
O método dedutivo se baseia em fatos concretos e os relaciona com outros fatos 
para assim chegar a conclusões sobre os diversos temas, um exemplo bem simples 
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que os gregos usavam é de que todos os homens são mortais, Aristóteles é um 
homem, logo, Aristóteles é mortal.
Já o método indutivo trabalha com observações específicas e não somente um 
fato, deve ser analisado “n” coisas para que se chegue a uma conclusão, devemos:
1. identificar um problema; 
2. formular hipótese; 
3. coletar, organizar e analisar dados; 
4. formular conclusões; 
5. verificar, rejeitar ou modificar hipótese após testá-la.
O método indutivo é muito utilizado nos dias de hoje, principalmente, em estu-
dos acadêmicos, como dissertações e teses.
Muito se discutiu no passado sobre qual seria o melhor método, mas isso real-
mente ficou no passado e hoje se verifica que os dois métodos têm a sua contribui-
ção e devem ser utilizados, podendo ser utilizados separadamente ou em conjunto.
A economia como ciência, como conhecemos hoje, veio crescendo ao longo do 
tempo, a escola clássica dos pensadores trouxe esse avanço econômico que conhe-
cemos, principalmente a escola clássica de pensadores.
A Economia atual é uma ciência que analisa de que forma as pessoas e 
as empresas, individual ou coletivamente, organizam a produção de bens 
e serviços para a satisfação das necessidades humanas, considerando es-
cassos os recursos disponíveis para a produção desses bens ou serviços. 
Em outras palavras, a Economia estuda como as pessoas tomam decisões 
sobre compra, venda, investimento, poupança, consumo, trabalho etc., 
e como interagem umas com as outras com o objetivo de satisfazer suas 
necessidades econômicas. (DIAS, 2015 – pag. 11)
Na concepção dos autores clássicos, o que dá valor aos bens é o trabalho hu-
mano. Um determinado bem é mais valioso se há necessidade de muito trabalho 
humano para que ele seja obtido; enquanto que um outro bem será menos valioso 
se pode ser obtido ou construído com relativamente pouco trabalho. 
Apesar de mais satisfatória que teorias anteriores, essa interpretação não expli-
cava, por exemplo, por que o mesmo bem era comprado e vendido a preços dife-
rentes em diferentes situações. Afinal, se um determinado bem, em determinado 
momento, tem um dado custo social em horas de trabalho por unidade de produto, 
seria de se esperar que seu valor (e, portanto, seu preço) não oscilasse tanto. 
A partir da segunda metade do século XIX, começou a tomar corpo uma nova 
visão sobre o valor e os preçosdas mercadorias. Segundo diversos economistas, 
o valor das mercadorias não poderia ser atribuído a características intrínsecas dos 
bens, nem somente ao trabalho que era exigido para serem obtidos. Esta nova es-
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cola de pensamento considerava que, ao determinar o valor de um bem, as pessoas 
levem em conta as quantidades adicionais deste bem que estariam à sua disposição 
e, além disso, considerem também os aspectos de valor subjetivos que cada pessoa 
atribui aos bens. Tratava-se de uma visão tão distinta das anteriores e que ganhou 
tanta importância que tomou o nome de Revolução Marginalista. Seus principais 
expoentes, à época, foram William Jevons (1862), Carl Menger (1871) e León 
Walras (1874). 
Essa visão efetivamente revolucionou a forma de se compreender o valor, abo-
lindo a interpretação do valor intrínseco dos bens (relativo ao seu material ou aos 
seus custos de produção), passando a explicar o valor dos bens em função de sua 
abundância relativa e, também, dos aspectos derivados do desejo das pessoas em 
adquirir tal bem.
A Ciência Econômica, muitas vezes, deve trabalhar com a questão de que tudo 
permanece constante dentro de um contexto de análise, pois como utiliza diversas 
teorias matemáticas e estatísticas em alguns momentos, é impossível de se prever 
todas as variáveis que podem ocorrer dentro do contexto de uma sociedade e, por 
essa questão, muitas vezes temos que invocar a condição Ceteris Paribus, uma 
expressão em Latim que significa “tudo o mais permanece constante”, dessa ma-
neira podemos muitas vezes isolar um fator e analisar ele de maneira mais fácil.
A economia é divida em dois grandes grupos de estudos, a microeconomia e a 
macroeconomia. A seguir discorreremos um pouquinho sobre cada um deles.
O estudo da microeconomia, conforme proposto aqui, corresponde a uma visão 
chamada de “neoclássica”. Nessa visão, a economia é tratada como uma ciência 
objetiva, em que são definidos alguns axiomas (princípios básicos e dados como 
certos), e toda a teoria é desenvolvida a partir desses axiomas de forma lógica e, 
por vezes, matemática.
Existe, naturalmente, a possibilidade de testar, ao final, se as teorias encontram 
respaldo na realidade, o que denominamos de “testes empíricos”.
Princípios básicos no estudo da Microeconomia:
• Economia como ciência objetiva;
• Utilidade;
• Escassez;
• Bens;
• Agentes Econômicos;
• Racionalidade;
• O que dá valor aos produtos e serviços.
A microeconomia estuda como os agentes econômicos se relacionam, como é 
que se dá a questão de oferta, demanda, e como se dá o equilíbrio do mercado; a 
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microeconomia estuda os agentes econômicos e suas inter-relações e influências 
no estabelecimento das relações econômicas.
Na macroeconomia se aborda os temas mais amplos das economias que afetam 
a todos os agentes que de alguma forma atuam neste meio. Os principais temas 
tratados na macroeconomia são o PIB dos países, inflação, os juros, o câmbio (re-
lação de troca entre moedas de diferentes países), o emprego, as contas do setor 
público, as contas externas, o papel do Estado na economia (políticas monetária e 
fiscal), entre outros pontos.
Através da macroeconomia, por sua vez, tentaremos entender de forma mais 
abrangente como se dá o ambiente econômico em que nossa empresa opera. 
Tentaremos entender por que há inflação e quais seus malefícios aos negócios, o 
que determina o crescimento de um país ou região, de que forma mudanças nas 
taxas de câmbio podem afetar este ambiente e de que maneira os juros interferem 
também em nossos negócios.
Importante!
Por que a Economia é uma ciência humana?
Uma questão que gera dúvidas para muitas pessoas se refere ao fato de por que a econo-
mia é uma ciência humana? De forma geral, a justificativa para a inclusão da economia 
no mesmo ramo em que estão ciências como Sociologia, Antropologia e Ciência Política é 
porque ela estuda aspectos da vida social, como iremos abordar em detalhes nos seguintes 
tópicos: Principais Dúvidas Relacionadas com a Economia sendo Ciência Humana; Motivos 
que fazem da Economia uma Ciência Humana; Principais Áreas de Atuação da Economia 
Conclusão. Para saber os detalhes abordados, acesse o link a seguir: https://goo.gl/9MHu4D
Você Sabia?
Evolução do Pensamento Econômico
Nesta parte, vamos tratar de como se deu a evolução do pensamento econômi-
co ao longo dos anos, vamos tratar dos diversos tipos de pensamentos destacados 
por grandes autores e fazer um paralelo com o crescimento da ciência econômica 
como um todo.
O Pensamento Econômico Judaico
A origem do povo judeu remonta a mais de 2500 anos antes de Cristo. Esse 
povo é um dos percussores da economia, desde sempre pensou na economia em 
conjunto com a sociedade, trazendo à tona os assuntos de politica, religião, ética 
em conjunto com o tema economia. Os judeus já trabalhavam com a questão dos 
juros e tinham regras específicas para isso, por exemplo, era permitido o emprésti-
mo, mas este deveria ser sem cobrança de juros para o povo judeus; se o emprés-
timo fosse concedido a alguém não judeu, a cobrança deveria ocorrer. 
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Na questão do comércio, eles deveriam cobrar o preço justo sobre a mercadoria 
e era proibido alterações de qualidade ou peso.
Definiram o sábado, também, como o dia de descanso para o povo, dia esse que 
deveria ser para desfrutar com a família e se dedicar a religião.
A Economia Medieval
Esse período, que se iniciou em 476 depois de Cristo e foi até a queda de 
Constantinopla, foi o período da Idade Média desenvolvido via o feudalismo, bem 
fundamentado na questão da agricultura, com um crescimento grande do escambo. 
As moedas já estavam em circulação em algumas regiões do planeta, mas, ainda 
assim, o escambo dominava a economia. A igreja católica, nessa época, era ex-
tremante presente e forte na sociedade, desempenhando um papel importante no 
processo de produção.
O Mercantilismo
Esse período, que aconteceu entre os séculos XV e XVIII, foi o período pós-
-feudalismo, que nas nações, principalmente da Europa, começaram a corrida ex-
pansionista, elas procuravam crescer os seus territórios via descoberta de novos 
locais para que pudessem ser novos centros comerciais e que, assim, acumulassem 
mais riqueza para as suas nações.
A questão do aumento de exportações de mercadorias era um ponto que 
essas nações sempre estavam buscando para elevar o saldo positivo de suas 
balanças comerciais.
Nessa época, os governos é que investiam muito nas economias e nesta 
expansão territorial.
Para os mercantilistas, a principal atividade era o comércio, enquanto a produ-
ção agrícola e a indústria vinham em segundo plano.
Após esse período forte do mercantilismo, tivemos um período que os fisiocra-
tas entraram em cena, o termo “fisiocracia” significa “governo da natureza”, eles 
acreditavam que as coisas tinham uma ordem e uma razão (Deus). Consideravam a 
agricultura como principal atividade, as demais atividades como secundárias.
Para os fisiocratas, o estado deveria ter papel mínimo na sociedade, somente 
com funções de proteção à vida e à propriedade, a liberdade de comércio e a pro-
priedade privada.
A Escola Clássica
A escola clássica, que teve sua origem no século XIX, também no continente 
europeu, pregava um sistema econômico baseado na liberdade de mercado e de 
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UNIDADE Evolução do Pensamento Econômico
comércio, com pouca interferência estatal, já era o início do que conhecemos hoje 
como Capitalismo, o processo que o mercado se auto regula.
Os principais representantes dessa linha de pensamento foram Adam Smith 
(1723–1790), que se dedicou a investigar a natureza e as causas da riqueza das 
nações; David Ricardo (1772–1823), que discutiu os problemas da distribuição da 
riqueza na sociedade; e Thomas Malthus (1766–1834), quecriou uma teoria sobre 
populações e estudou a prosperidade e a pobreza das nações.
O Marxismo
O filósofo alemão Karl Marx (1818–1883) questionou o Capitalismo e suas na-
turezas, ele defendia que a Mão de Obra era o item mais sensível dentro do proces-
so de produção, mas que como o trabalhador não tinha noção do processo como 
um todo, ficaria alienado e não conseguiria entender a sociedade.
Pregava que esse seria o fim do Capitalismo como o conhecemos, pois os tra-
balhadores entenderiam o poder que tinham e tomariam o poder pela revolução.
Ele criou o que conhecemos hoje como socialismo e que alguns países utilizam 
como forma de economia até hoje.
A Economia Keynesiana
Escola de pensamento econômico foi fundada pelo economista britânico John 
M. Keynes (1883–1946) no início do século XX. Como os países, principalmente 
os Estados Unidos da América, foram afetados pela grande depressão entre os 
anos de 1920 e 1930, Keynes sugeriu que o Estado tivesse mais poder e contro-
lasse as políticas monetárias e fiscais, dessa maneira criando o desenvolvimento 
sustentável e aumentando o número de empregos e renda na sociedade.
A escola de Keynes foi seguida pelos Estados Unidos. Com esse tipo de pensa-
mento econômico conseguiu superar a crise econômica e se tornar uma das nações 
mais bem-sucedidas do planeta.
ADAM SMITH - Conhecido por sua obra principal, An Inquiry Into the Nature and 
Causes of the Wealth of Nations (“Uma Investigação sobre a natureza e as causas 
da riqueza das nações”), de 1776, Adam Smith foi na verdade um filósofo social, 
não um economista. Quando se examina o contexto de seu pensamento que inclui 
o seu The Theory of Moral Sentiments (“A Teoria dos Sentimentos Morais”), de 1759, 
além da obra que almejava publicar sobre os princípios gerais da lei e do governo 
e as diferentes revoluções que sofreram em diferentes épocas e períodos da socie-
dade, vê-se que sua obra prima “Riqueza das Nações” não é meramente um tratado 
de economia, mas uma peça dentro de um sistema filosófico amplo que parte de 
uma teoria da natureza humana para uma concepção de organização política e de 
evolução histórica. Disponível em: https://goo.gl/Lf17sw 
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KARL MARX - Idealizador de uma sociedade com uma distribuição de renda justa e 
equilibrada, o economista, cientista social e revolucionário socialista alemão Karl Hein-
rich Marx, nasceu na data de 05 de maio de 1818, cursou Filosofi a, Direito e História 
nas Universidades de Bonn e Berlim e foi um dos seguidores das ideias de Hegel.
Este fi lósofo alemão foi expulso da maior parte dos países europeus devido ao seu 
radicalismo. Seu envolvimento com radicais franceses e alemães, no agitado período 
de 1840, fez com que ele levantasse a bandeira do comunismo e atacasse o sistema 
capitalista. Segundo este economista, o capitalismo era o principal responsável pela 
desorientação humana. Ele defendia a ideia de que a classe trabalhadora deveria 
unir-se com o propósito de derrubar os capitalistas e aniquilar de vez a característica 
abusiva deste sistema que, segundo ele, era o maior responsável pelas crises que se 
viam cada vez mais intensifi cadas pelas grandes diferenças sociais. 
Este grande revolucionário, que também participou ativamente de organizações 
clandestinas com operários exilados, foi o criador da obra O Capital, livro publicado 
em 1867, que tem como tema principal a economia. Seu livro mostra estudos sobre 
o acúmulo de capital, identifi cando que o excedente originado pelos trabalhadores 
acaba sempre nas mãos dos capitalistas, classe que fi ca cada vez mais rica a custa 
do empobrecimento do proletariado. Com a colaboração de Engels, Marx escreveu 
também o Manifesto Comunista, onde não poupou críticas ao capitalismo. Dis-
ponível em: https://goo.gl/Hz4Vdw
Necessidades Humanas
Todos os dias a população mundial cresce de maneira vertiginosa e com esse 
crescimento, também, cresce o consumo de bens e serviços, pois essas pessoas 
precisam satisfazer as suas necessidades básicas ou não, a sociedade é movida pela 
necessidade de satisfação.
Essas necessidades se dão por carência ou insatisfação e podem, com certeza, 
ter relação com algo que deve ser satisfeito. Elas são separadas em duas categorias, 
primárias e secundárias: as primárias são as necessidades vitais do ser humano, 
não geram satisfação pessoal, mas são uteis e primordiais para a sobrevivência tais 
como alimentação, saúde etc. Já as secundárias são consideradas as sociais, são 
importantes, mas não dependemos delas para a sobrevivência, tais como cultura, 
esporte, educação etc.
O quadro a seguir apresenta as características e a natureza das necessida-
des humanas.
Tabela 1 - Características e a natureza das necessidades humanas
Características
Multiplicidade
Existem vários tipos de necessidades huma-
nas, e são ilimitadas, ou seja, à medida que 
uma necessidade é satisfeita, novas surgirão.
Substitutibilidade
As necessidades podem ser satisfeitas por 
bens ou serviços diferentes, ou seja, os 
bens ou serviços podem ser substituídos.
Saciabilidade
As necessidades humanas por bens ou ser-
viços vão sendo satisfeitas gradualmente, 
até cessarem por completo.
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Natureza
Primárias
São as necessidades consideradas naturais 
ou vitais aos seres humanos, e sem a satis-
fação das quais não se consegue sobrevi-
ver. Ex: alimentação, saúde, habitação etc.
Secundárias
São as necessidades consideradas sociais, 
ou seja, são as importantes para a sobrevi-
vência, porém sua insatisfação não implica 
em sofrimento imediato.
Ex: lazer, cultura, esporte, educação etc..
Fonte: DIAS (2015) p. 18
Bens
Um bem, no sentido econômico, é qualquer produto ou serviço que tem utilida-
de e é escasso.
Bens podem ser subdivididos em dois grupos, conforme o seu tipo e sua natureza, 
bens livres (ar, mar, luz do sol) ou bens econômicos (roupas, máquinas, alimentos).
Utilidade de um Bem
Utilidade é a característica que os produtos e serviços têm de satisfazerem neces-
sidades ou desejos das pessoas e empresas, possui sua utilidade na medida em que 
permite a satisfação de uma necessidade humana.
Existem 2 tipos:
• abstratas;
• subjetiva.
A utilidade abstrata é aquela que não é essencial ao ser humano, um exemplo 
básico é a compra de um anel de ouro por exemplo, ele não é essencial para a vida 
daquela pessoa, mas é extremamente importante, às vezes, para o ego e para que 
a pessoa fique bem.
A questão da utilidade subjetiva é a percepção da real utilidade de determinado 
produto, isso vai depender do seu utilizador ou comprador. A água não tem o mes-
mo valor para nós aqui no Brasil e para uma pessoa no Saara que está com muita 
sede, o valor para essa pessoa é muito maior.
Utilidade Marginal de um Bem
O conceito de utilidade marginal se refere ao comportamento do grau de utilida-
de de um bem que vai sendo adicionado ao consumo das pessoas.
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Fatores Produtivos
A produção é realizada através da combinação de diversos fatores. Esses fatores 
são comumente categorizados em capital, trabalho e terra. Atualmente, capital e 
terra confundem-se, pois, a terra posta à produção também tem as mesmas carac-
terísticas de capital. 
É aquilo que nós pegamos de matéria prima e transformamos em produtos aca-
bados pronto a serem disponibilizados no mercado para consumo da sociedade.
Os inputs são os fatores produtivos e os outputs são os bens colocados no mercado.
Esses fatores produtivos são tradicionalmente divididos em três categorias:
• Terra – O mais antigo utilizado pelo ser humano, seja para a agricultura ou 
seja para a construção de moradias e empresas.
• Trabalho – Os trabalhos realizados pelos trabalhadores em empresas, comér-
cios etc.
• Capital – Aqui que não falamos de dinheiros, falamos de bens, máquinas, 
equipamentos etc., que são empregados na produção.
Ao serem combinados entre si por meio da tecnologia dotadapela unidade 
produtiva, esses fatores produtivos resultarão em bens e serviços finais 
que serão adquiridos pelas pessoas para a satisfação de suas necessidades. 
(SILVA, 2015 – pág. 19)
Esses fatores de produção vêm sendo combinados há anos, só um deles sem o 
componente do segundo não funciona, eles têm que trabalhar pelo menos em dois.
A Escassez de Recursos
Escassez significa, literalmente, a falta ou a iminência da falta de algo.
Entretanto, escassez, no seu sentido econômico, não significa que não há ne-
nhuma quantidade disponível de um determinado objeto, mas sim que não há 
quantidades infinitas desse objeto à disposição e/ou que há um custo para a obten-
ção deste objeto.
Bens e Fatores de Produção ECONOMIA, disponível em: https://youtu.be/YJ16BrqXFx0
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UNIDADE Evolução do Pensamento Econômico
O Problema Econômico
Um bem, no sentido econômico, é qualquer produto ou serviço que tem utilida-
de e é escasso.
Agentes econômicos são todas as pessoas que tomam qualquer tipo de decisão 
na economia, seja pessoal, para suas empresas, governo etc. As próprias empresas 
e o governo podem ser considerados agentes econômicos.
Racionalidade, no sentido microeconômico, significa duas coisas. Primeiro, que 
os agentes econômicos desejam sempre obter o máximo de utilidade. Isto é co-
nhecido pelo termo “maximização da utilidade”. Trata-se de um princípio bastante 
intuitivo, mas ao mesmo tempo de fundamental importância para a teoria micro-
econômica. Segundo é o fator da racionalidade, a consideração de que os agentes 
econômicos conhecem as regras básicas de funcionamento de seus negócios e de 
economia como um todo, conseguindo, com base nessas regras, tomar decisões 
de consumo e produção.
Buscamos então explicar como podemos conciliar as necessidades humanas por 
bens e serviços, sendo que esses mesmos bens e serviços são escassos.
O dilema da economia é compatibilizar as necessidades com a produção dos 
bens para satisfazer as necessidades, considerando a escassez dos recursos dispo-
níveis para a produção desses bens. Por isso, precisamos definir, precisamos que 
entenda-se os formadores de politicas publicas e de teorias econômicas.
O que a sociedade irá produzir?
Como serão produzidos esses bens ou serviços?
Para quem produzir? 
Com a solução ou definição das questões acima é que a sociedade irá se organi-
zar no sentido econômico, buscará a combinação de recursos (bens escassos) para 
a produção de bens e serviços e a sua destinação correta dentro da sociedade.
Importante!
A Economia, a Escassez, o Problema Económico, a Competição e as Escolhas
A ciência a que chamamos Economia estuda a gestão dos recursos escassos nas socieda-
des humanas. Economia Política é quando aquela intervenção se acrescenta o propó-
sito de descrever como o voluntarismo de determinados grupos sociais dominantes ou 
entidades políticas se projeta na gestão dos recursos, conformando-a segundo os seus 
desígnios próprios. Para ler o artigo na íntegra, acesse o link a seguir: 
https://goo.gl/HRqLMA
Você Sabia?
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda
A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda - John Maynard Keynes Editora: 
Palgrave Macmillan, 1936
Riqueza das Nações: investigação sobre sua natureza e suas causas
SMITH, Adam. Riqueza das Nações: investigação sobre sua natureza e suas causas. 
São Paulo: Editora Nova Cultural, 1996.
 Leitura
Fundamentos de um sistema monetário
https://goo.gl/aYcmhS
A unidade salarial e o multiplicador na Teoria geral de Keynes
https://goo.gl/RTezHT
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• Introdução;
• Sistemas Econômicos;
• Demanda;
• Oferta;
• Equilíbrio de Mercado.
• Discorrer sobre os conceitos dos sistemas econômicos, demanda, oferta e o equilí-
brio de mercado, esses conceitos são básicos e devem ser estudados por qualquer 
pessoa que começa o estudo de economia.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Sistemas Ec onômicos,
Demanda e Oferta
UNIDADE Sistemas Econômicos, Demanda e Oferta
Introdução
Nesta unidade trabalharemos conceitos um pouco mais abrangentes da econo-
mia, mas que encontramos muito no nosso dia a dia, quando assistimos um telejor-
nal, quando lemos a parte de economia de um grande jornal e, muitas vezes, até 
em conversas diárias.
Vamos falar sobre os sistemas econômicos que temos no mundo de hoje, que 
em resumo são o Capitalista, o Socialista e o Misto. Traremos um pouco das van-
tagens e desvantagens de cada um dentro da economia global e como cada nação 
utiliza o que julga melhor para si no contexto de seu crescimento econômico.
Traremos também um assunto que certamente todos já ouviram, em algum mo-
mento, em um noticiário, em um artigo de jornal, em um artigo na internet, algum 
comentário sobre “a lei da oferta e da procura”. Trata-se de um termo largamente 
utilizado, de certa forma útil, mas bastante impreciso. Em geral, é usado para ex-
plicar alguma variação importante de preços de um bem. Por exemplo, “o preço 
do tomate subiu 5,3% neste mês, em razão da entressafra do produto. É a lei da 
oferta e da procura que faz com que o produto fique mais caro quando a oferta do 
produto diminui nos supermercados e nas feiras”. Em muitos casos, a explicação 
do fenômeno é válida.
Explicaremos essa “lei da oferta e da procura”, o que é a demanda e o que é 
a oferta. Quando tratamos de economia, esses dois temas culminam em algo que 
denominamos o equilíbrio de mercado, que é quando a oferta e a demanda estão 
em sintonia dentro da economia de um país, sociedade, etc.
Esses assuntos básicos devem ser conhecidos por qualquer estudante da área 
das Ciências Econômicas para que possam entender assuntos mais complexos à 
medida que for se aprofundando no gratificante estudo desta ciência.
Agora vamos abrir a mente e nos desenvolver em busca do conhecimento constante.
Vamos juntos desvendar esse novo mundo!
Sistemas Econômicos
Nesta parte, vamos discorrer sobre os sistemas econômicos que encontramos 
vigentes nas sociedades nos dias de hoje e demonstrar as suas vantagens e 
desvantagens para cada sociedade.
O Sistema Capitalista 
O sistema capitalista prega pela liberdade e pela acumulação de bens (Capital) 
através do seu trabalho. 
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Quando falamos de liberdade, estamos nos referindo ao mercado. As atividades 
do mercado são reguladas entre os seus players que devem se organizar a ponto 
de que as trocas sejam feitas entre quem deseja consumir e quem deseja produzir. 
Quando falamos de troca aqui, é no sentido de compra e venda de produtos. A pro-
priedade de bens e dos meios de produção no sistema capitalista é da propriedade 
privada; a livre iniciativa de empresários é o que define a produção e a distribuição 
de bens e produtos dentro da sociedade.
O mercado, por ter liberdade, prega que os preços e o consumo devem ser dita-
dos pelo setor que se encontra, dessa forma as quantidades disponibilizadas pelos 
empresários serão definidas pelo mercado e pela competição entre os players.
Nesse contexto, a questão de lucro é extremamente importante para esses em-
presários, que buscam o lucro máximo, enquanto os consumidores buscam a sa-
tisfação total, ou possível, de suas necessidades de consumo dentro do contexto.
Os contratos entre as partes, numa economia capitalista, também são livres para 
acontecer da melhor forma que os compradores e vendedores acharem interessan-
te, cabendo ao Estado somente fiscalizar se esses contratos estão corretos e não 
são fraudulentos. Cabe ao Estado, no sistema capitalista, esse papel de ser o fisca-
lizador do mercado, por isso, em uma sociedade capitalista, o governo deve impor 
leis de proteção tanto para agentes vendedores quanto para agentes compradores, 
para que o mercado seja regulado por normas e procedimentos e que o governo 
assim consiga fiscalizar, claro que cabe ao governo, também, a função de prover 
coisas básicas, comoa educação, a saúde, a segurança, entre outras que devem ser 
fiscalizados via arrecadação de impostos que vem da iniciativa privada.
Segundo Silva, 2015, os agentes possuem liberdade em escolher o que consu-
mir e o que produzir, dessa forma, as forças de mercado, oferta, demanda e preço 
serão os fatores do sistema que estarão focados no preço das coisas, assim, produ-
ção, distribuição e consumo serão denominadas as forças de mercado.
O capitalismo ainda tem como preceitos básicos o acumulo de riqueza, um de-
nominador comum para as trocas que é a moeda e a realização do trabalho feito 
em etapas.
O Sistema Socialista
Neste sistema, o principal responsável pelo planejamento ou o único é o Esta-
do. Esse sistema vem desde a antiga União Soviética e hoje é utilizado por poucos 
países no mundo, entre eles China, Coreia do Norte, Cuba e Venezuela.
O sistema é caracterizado pela mão forte do Estado, todas as decisões de pro-
dução, abastecimento e transferências de bens e serviços são feitas pelo governo. 
A propriedade privada não existe neste sistema, tudo é do governo e controlado 
pelo governo, então, a questão de empreendedorismo não existe, pois é o governo 
quem controla todas as ações do sistema econômico e financeiro. Como todas as 
iniciativas são feitas pelo governo via um planejamento, a função do empresário e 
do empreendedor é nula nesse sistema econômico.
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UNIDADE Sistemas Econômicos, Demanda e Oferta
Quem define os investimentos e como eles serão realizados é o Estado, que 
também define o que deve ser consumido dentro da sociedade. O governo faz o 
planejamento dele de tempos em tempos e com essa análise define se um item é 
mais necessário que outro dentro do contexto que lhe interessa, por exemplo, ele 
analisará se a saúde está boa e se achar que deve melhorar as condições da saúde 
dentro do contexto social, retirará investimentos de outro local e investirá em saúde 
para melhorar essa questão social.
O sistema socialista tem a figura inexistente de mercado, visto que os mecanis-
mos de mercados como oferta, demanda e concorrência não são encontrados nes-
te sistema, pois toda e qualquer decisão relativa à produção, quantidade de bens e 
serviços ficam a cargo do Estado, essas decisões são baseadas nesse planejamento 
e não na questão da maximização do lucro que é inexistente nesse sistema.
O Sistema Misto
O sistema misto é o sistema mais utilizado no mundo, inclusive nas grandes 
nações, incluindo o Brasil. Utilizando este sistema, ele é uma mescla entre o capi-
talismo e o socialismo.
As instituições públicas e privadas dividem a responsabilidade do controle das 
atividades econômicas, como a produção e a distribuição de bens e serviços. Nesse 
sistema é liberado a questão da propriedade privada, mas existem setores específi-
cos que ficam sobre o controle do governo por serem estratégicos e muitas vezes 
relativos a soberania nacional, podendo ser de importância única para o país. As 
empresas que são controladas pelo Estado são as conhecidas como estatais.
Nesta mescla de sistemas, as empresas, empresários e empreendedores têm a 
liberdade para produzir o que desejarem. O governo somente orienta e sugere que 
as produções possam ser direcionadas para uma coisa ou para outra. Apesar dessa 
orientação, as relações entre vendedores e compradores devem ser direcionadas 
pelo mercado e pela lei da oferta e da demanda. Assim como no sistema capitalis-
ta, o preço também tem grande importância nesse sistema.
Todas as relações entre esses agentes devem ser reguladas pelo governo, que 
cria agências e agentes para que façam esse controle, isto acontece sempre pen-
sando que essas relações entre compradores e vendedores não resultem em des-
vantagens para nenhum dos agentes econômicos envolvidos como: as empresas, 
os governos, as famílias e a sociedade de uma forma geral.
Esses sistemas são os mais comuns e os que estão ainda em funcionamento nas 
sociedades modernas. Temos alguns que se intitulam x ou y, mas agem de outra 
forma, pois isso faz parte da estratégia de cada nação.
A seguir temos um quadro que demonstra as vantagens e as desvantagens de 
cada um desses sistemas econômicos.
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Tabela 1 – Vantagens e desvantagens de cada um dos sistemas econômicos 
Vantagens
Capitalismo Socialismo Misto
aumento da produtividade a utilização eficiente dos recursos disponíveis
a utilização eficiente
de recursos
maximização
do bem-estar
estabilidade
econômica
controle dos preços
de determinados bens
pelo governo
flexibilidade na escala 
produtiva
maximização do bem-
estar social busca do bem-estar social
não interferência
do Estado
ausência de
desequilíbrios nas relações 
de produção e consumo 
dos bens e serviços
evolução tecnológica ausência de desigualdades sociais extremas
Desvantagens
Capitalismo Socialismo Misto
desigualdades
na distribuição
da riqueza gerada
excesso
de burocracia
falta de coordenação entre 
setores público e privado
falhas no mercado inexistência delivre iniciativa
ineficiência de algumas 
ações do governo
crises cíclicas em 
decorrência de 
desequilíbrios nos 
mecanismos de mercado
processo inovativo 
limitado instabilidade econômica
desemprego tecnológico ineficiência produtiva
necessidades
sociais subjulgadas
Sistemas Político-Econômico
É o sistema que orienta a organização de uma sociedade e seu espaço, estabelece as relações 
entre os indivíduos no processo de produção. Os dois sistemas são Capitalismo e Socialismo. 
Saiba mais em: https://goo.gl/i9Zg3F. 
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Demanda
Os indivíduos, empresas e demais agentes econômicos que desejam adquirir um 
produto são chamados de demandantes. De forma análoga à oferta, o conjunto 
dos demandantes, quando atuam em um determinado mercado e manifestam sua 
intenção de adquirir determinado bem, refletem-se no conceito de “demanda”. 
Demanda, portanto, é a intenção, o desejo manifesto de adquirir um determinado 
bem a um dado nível de preços.
Quanto maior a oferta, menor será a demanda pelo produto ofertado.
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UNIDADE Sistemas Econômicos, Demanda e Oferta
Um produto que é vendido a R$ 200,00 tem uma oferta de 10.000 unidades, 
se esse mesmo produto fosse vendido a R$ 300,00, ele com certeza teria uma 
diminuição na sua demanda, os compradores comprariam menos unidades por um 
valor elevado.
A demanda analisa o mercado na visão dos compradores de bens e serviços 
dos demandantes, por isso, a visão de demanda é tão importante dentro do con-
texto econômico.
A demanda, diferente do que se pode entender em um primeiro momento, não 
é a compra efetiva de determinado produto e sim a vontade de um grupo em con-
sumir tal produto, é a definição da quantidade que determinado grupo consumidor 
(país, sociedade, bairro, etc) está disposto a consumir de um produto especifico.
A demanda é determinada por fatores que podem influenciar a questão da quan-
tidade a ser demandada de um bem ou serviço disponibilizado para a sociedade. 
A seguir, estão alguns desses fatores:
• o preço do próprio produto;
• a renda das pessoas;
• preços dos produtos relacionados;
• gosto ou preferência.
A Lei da Demanda
Para explicarmos a lei da demanda, precisamos ter em mente que a relação 
entre a demanda de determinado bem ou serviço está diretamente ligada ao seu 
preço no mercado. A lei determina que quando o preço de um bem aumenta, a 
sua quantidade demandada diminui, ou, de forma contrária, quando o preço de um 
bem diminui, a quantidade demandada aumenta.
Essa variação entre demanda e preço gerou uma expressão matemática chama-
da função demanda.
Essa equação é a do tipo y = b + ax 
Em que: y = Quantidade demandada (Qd);
x = preço do bem ou serviço (p); 
a (é diferente de) – 0; 
a e b = variáveis explicativas. 
Portanto - Qd= b + ap
A função demanda consegue fazer com que possamos saber qual é a quantidade 
demandada de determinado produto e, dessa maneira, nos orientar para a produ-
ção, é claro que a função leva em conta as variáveis de comportamento.
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Podemos então afirmar que a função demanda utiliza a matemática para estimar 
as quantidades de determinados bens ou serviços e dessa maneira ajudar as em-
presas e governos a determinar a quantidade a ser produzida, sobre determinado 
preço de produção e considerando as informações atuais (variáveis explicativas) 
sobre eles. Essas variáveis são compostas pelos fatores determinantes da demanda.
A partir da demanda e sua função, podemos criar as curvas de demanda que são 
as representações gráficas da função demanda. Essas curvas muitas vezes ajudam 
a verificar visualmente o que encontramos a partir da denominação matemática.
Negativa: quando o bem em questão não agrada os possíveis consumidores, que 
podem mesmo rejeitar o bem ou produto. Isso muitas vezes acontece quando uma 
marca ou produto é envolvido em algum escândalo;
Inexistente: acontece quando o bem é desconhecido para o consumidor ou então 
não vê a utilidade em adquirir o bem;
Latente: ocorre no caso de se verifi car uma determinada necessidade, mas apesar 
de existir uma demanda, não existe um bem capaz de satisfazê-la;
Declinante: é o caso de um produto que já teve uma alta demanda, mas que por 
algum motivo, ela está decrescendo;
Irregular: verifi ca-se quando um produto é sazonal, ou seja, é direcionado para 
uma ocasião específi ca do ano e por isso a procura aumenta nessa altura;
Plena: é a demanda considerada ideal pela organização que vende um bem, signifi -
cando que os objetivos de venda previstos foram alcançados;
Excessiva: quando a procura por um determinado bem ou produto excede a capaci-
dade de resposta da empresa, não conseguindo satisfazer a todos.
Fonte: significados.com.br/demanda/
Oferta
Podemos definir oferta como a quantidade de determinado bem que os produ-
tores desejam vender no mercado a um determinado nível de preços. Oferta está 
ligada ao desejo de vender um determinado bem no mercado.
Quanto maior a oferta, maior será a quantidade a ser ofertada de determi-
nado produto.
Um produto que é vendido a R$ 200,00 tem uma oferta de 10.000 unidades, se 
esse mesmo produto fosse vendido a R$ 300,00, ele com certeza teria um aumen-
to na quantidade ofertada, ou por vendedores que não ganhavam muito vendendo 
a R$ 200,00 ou porque os vendedores que vendiam a R$ 200,00 agora querem 
ganhar mais vendendo a R$ 300,00.
Aqui temos a visão de como os produtores devem se portar no mercado para que 
seus bens ou serviços sejam adquiridos pelos consumidores da melhor forma possível.
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UNIDADE Sistemas Econômicos, Demanda e Oferta
A oferta corresponde à quantidade de bens e serviços colocados à dispo-
sição no mercado por produtores. Não representa a venda efetiva desses 
bens, mas sim a quantidade que se encontra à disposição no mercado. 
(SILVA, 2015. p. 39).
Assim como na demanda, na oferta temos alguns determinantes que nos levam 
a determinar as quantidades ofertadas, conforme descrito a seguir:
• O preço do próprio produto;
• Preço dos insumos;
• Tecnologia;
• Expectativas.
Lei da Oferta
Assim como para a demanda, a oferta tem uma lei universal, que determina 
que quando o preço de um produto aumenta, a sua quantidade ofertada também 
aumenta, ou, de forma contrária, quando o preço diminui, a quantidade ofertada 
também diminui.
Temos uma relação direta entre a quantidade ofertada e o preço desta mercadoria 
no mercado, essa é a determinação do que conhecemos como a lei da oferta.
Da mesma forma que na função demanda, a função oferta é uma equação de 
primeiro grau do tipo y = b + ax, em que:
y = quantidade ofertada (Qs);
x = preço do produto (p); 
a (é diferente de) – 0;
a e b = variáveis explicativas;
Portanto - Qs = b + ap.
Essa alteração é representada pela função da oferta de um produto no 
mercado, que especifica a relação existente entre o preço de um bem 
e sua quantidade ofertada. Essa função permite que se entenda de que 
forma a quantidade ofertada de um bem se relaciona com determinadas 
variáveis independentes. (SILVA, 2015. p. 40)
A partir da oferta e a sua função, podemos criar as curvas de oferta, que são 
as representações gráficas da função oferta. Essas curvas muitas vezes ajudam a 
verificar visualmente o que encontramos a partir da denominação matemática.
Equilíbrio de Mercado - oferta e demanda: https://youtu.be/ph5Ra4vd0SE
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Equilibrio de Mercado
Analisamos até agora o comportamento isolado de demandantes e ofertantes, 
porém, o mais interessante está por vir: investigarmos como funciona a interação 
desses comportamentos.
Esta interação ocorre no que chamamos de mercado. Conforme já aprendemos, 
o mercado é um ambiente em que demandantes e ofertantes de um mesmo produ-
to encontram-se, física ou virtualmente, para realizarem estes intercâmbios a uma 
taxa que denominamos “preço”.
Três características são importantes para que um mercado funcione de forma ótima.
• Primeiro, o mercado deve ser livre e sem muitas interferências.
• Segundo, deve haver uma definição precisa do produto que está sendo tran-
sacionado.
• Terceiro, o mercado deve ter um arcabouço de regulação e organização tal que 
permita a livre concorrência.
O equilíbrio de mercado ocorre quando a interação entre demandantes e ofer-
tantes de um bem no mercado leva a uma combinação ótima de quantidades 
trocadas a um dado preço. O ponto de equilíbrio é o ponto em que todos os 
demandantes que querem comprar o bem a um determinado preço encontram 
oferta para ele, e todos os ofertantes que querem vender esses bem àquele preço 
também encontrem demanda para ele. Não há, portanto, “sobras” nem “falta” 
de bens.
Sendo demanda a visão do comprador e oferta a visão do produtor, equilíbrio 
representa um cruzamento entre esses dois interesses diferentes.
Equilíbrio é quando a demanda e a oferta se igualam. O preço permanece cons-
tante, a não ser que ocorra uma mudança na curva de demanda ou de oferta. 
Na vida real, o que pode ser facilmente transferida para a vida acadêmica quan-
do falamos de economia, seria a ideia dos produtores em vender muito pelo maior 
preço e os compradores em comprar muito pelo menor preço. Quando encontram 
um preço em comum para essa disputa, temos o equilíbrio de mercado, na qual a 
quantidade que os compradores querem comprar, a esse preço, é igual à quantida-
de que os vendedores desejam vender.
A luta da economia na sociedade é encontrar esse preço onde será bom para 
todas as partes do processo.
Assim, o equilíbrio de mercado ocorre quando as quantidades ofertadas 
(Qs) e demandada (Qd) são iguais, ou quando preço e quantidade são co-
muns a ambas. Matematicamente, tal situação ocorre quando as funções 
de oferta e demanda são iguais, sendo encontrados os pontos y (quanti-
dades demandadas e ofertadas) e x (preço) comuns. Assim, Quantidade 
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UNIDADE Sistemas Econômicos, Demanda e Oferta
demandada (Qd) = Quantidade ofertada (Qs). Obtém-se o ponto de equi-
líbrio (PE), que corresponde a um preço e quantidade de equilíbrio, igua-
lando as funções de demanda e de oferta, ou seja, Qd = Qs. Isso significa 
que, dado um determinado preço, as quantidades demandadas e ofertadas 
serão idênticas, e o mercado estará em equilíbrio. (SILVA, 2015. p. 46)
O estudo do equilíbrio de mercado é uma consequência dos estudos realizados 
sobre oferta e demanda, pois é a oferta e a demanda que definem o equilíbrio de 
mercado. Do mesmo jeito que se define esse equilíbrio, o desequilíbrio, também, é 
definido por essas duas forças, que devem estar sendo sempre analisadas por nós 
que escolhemos essa disciplina para aprendermos e nos dedicarmos.
Equilíbrio, eficiênciae processo de mercado – Autor - André Azevedo Alves
O conceito de equilíbrio ocupa um lugar central na teoria econômica e, direta ou 
indiretamente, exerce uma influência substancial no enquadramento dos principais debates 
contemporâneos de economia política. A importância do conceito de equilíbrio deriva de este 
ser frequentemente associado no contexto da análise econômica, a um padrão de eficiência 
na alocação de recursos a nível social. No entanto, a noção de equilíbrio não é unívoca e 
diferentes interpretações desta podem levar a entendimentos radicalmente distintos tanto 
das condições necessárias à eficiência como do papel dos processos de mercado na geração 
dessas mesmas condições.
Saiba mais em: https://goo.gl/bcEv6B. 
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Economia: Fundamentos e Aplicações
MENDES, J. T. G. Economia: fundamentos e aplicações. 2. ed. São Paulo: Pearson 
Prentice Hall, 2009. 
Manual de Economia
PINHO, D. B.; VASCONCELLOS, M. A. S. Manual de Economia. 4. ed. São Paulo: 
Saraiva, 2006.
 Leitura
Estimativa da oferta e demanda de transporte aéreo no Brasil
https://goo.gl/xBzKcU
Oferta, demanda e preço de equilíbrio
https://goo.gl/rVsELD
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• Introdução;
• Conceito de Mercado Relevante;
• Elasticidade;
• Escolha de Agentes.
 · Elucidar sobre como funciona a escolha dos agentes dentro da 
economia e como é a funcionalidade da questão da elasticidade, 
desenvolvendo ainda mais o conceito de economia.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Escolha dos Agentes e Elasticidade
UNIDADE Escolha dos Agentes e Elasticidade
Introdução
Nesta unidade estudaremos a questão da elasticidade do mercado, como fun-
ciona esse tema que é um dos itens um pouco mais avançados da economia, se 
comparados com os itens OFERTA, DEMANDA e EQUILIBRIO DE MERCADO.
A elasticidade é um sinônimo de sensibilidade de uma variável em relação a ou-
tra. A sensibilidade não é só verificar a direção ou analisar se as variáveis têm uma 
relação positiva (direta) ou negativa (inversa). É mais do que isso! Como responde 
uma variável, o quão sensível ela é com relação à outra?
Essa resposta e mais diversos pontos serão elucidados ao longo desta unidade.
Trabalharemos também nesta unidade a questão da escolha dos agentes na 
economia, falaremos sobre a teoria da utilidade, a teoria da escolha, como fazer 
quando temos restrição orçamentária e o equilíbrio do consumo neste processo.
A estrutura de mercado descreve o número e as características dos agentes 
que formam esse mercado. Um mercado é formado pelos vendedores e compra-
dores de um mesmo produto ou serviço, mesmo não sendo o mesmo produto, 
ou apresenta algumas características que os relacionam.
Uma das formas de definir o mercado ao qual uma empresa faz parte é o 
conceito de “mercado relevante”. Estudando o mercado de um produto, pode-
mos compreender a interação entre os agentes, o consumidor e as empresas, 
além da dinâmica desse mercado que determina o preço e a quantidade a ser 
produzida pela empresa.
Conceito de Mercado Relevante
Segundo o conceito de mercado relevante, um mercado é definido a partir 
do produto e da sua localização. Um mercado não precisa envolver produtores 
de um produto idêntico, mas deve ter um grau de substituição. Então, definir o 
mercado não é um processo tão simples e passa pelo conceito de elasticidade.
Com a teoria do consumidor, vamos conseguir entender e compreender por-
que constituem os pilares em função dos quais a ciência econômica entende o 
que os consumidores desejam do mercado.
Com esses estudos vamos conseguir entender como a ciência econômica en-
tende alguns fatos do dia a dia e dessa maneira interpretá-los corretamente dentro 
desse contexto
Agora vamos abrir a mente e nos desenvolver em busca do conhecimento constante.
Vamos juntos desvendar esse novo mundo!
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Importante!
Elasticidade-preço da oferta
Elasticidade é um conceito importante dentro da microeconomia, referindo-se ao 
tamanho do impacto que a alteração em uma variável exerce sobre outra variável. 
Recebe o nome de elasticidade-preço da oferta a alteração percentual na quantidade 
oferecida, que ocorre em resposta a uma variação de 1% no preço de certo bem ou 
serviço. Ela medirá o grau de sensibilidade da quantidade oferecida perante variações 
no preço. Para ler a matéria completa acesse o link: https://goo.gl/3PqtKF.
Você Sabia?
Elasticidade 
A demanda estabelece que a diferença no custo do produto na transferência faz 
uma diferença na quantidade necessária para este produto. No entanto, essa regra 
não determina qual velocidade ou qual parte é necessária para alterar o custo. Isso 
também se aplica à diferença de receita e ativos.
Além disso, variações do produto mudam devido a alterações desses fatores, 
ou seja, a necessidade de alguma produtividade mudará, com a mudança no cus-
to, na receita e muito mais. O seguinte é uma consequência de que alguns dos 
outros produtos podem ser afetados pela menor alteração na situação.
Vamos destacar a intensidade da variação da demanda de produtos em re-
lação à variação de seus preços em comparação a renda dos consumidores e 
preços de bens relacionados, essa intensidade que estamos destacando é o que 
chamamos de elasticidade.
A elasticidade da demanda mede a intensidade da variação da demanda 
em bem ou serviço em relação aos fatores determinantes, no caso dos 
diferentes produtos. Isso porque produtos diferentes reagem de forma 
diferente às variações dos fatores determinantes (preço do próprio pro-
duto, renda e preço dos bens relacionados), e essa diferença é deter-
minada pelo grau de elasticidade do produto. (SILVA, 2015 – pág. 53)
Essa análise pode ter diversas conotações, mas a mais comum é a análise da varia-
ção de preço e com isso temos a mudança na curva da demanda e da oferta.
Antes de explicar a elasticidade-preço cruzada, veremos o conceito da elasti-
cidade mais utilizada em economia que é a elasticidade-preço da demanda. Essa 
mostra corresponde à quantidade demandada em relação ao preço, ou melhor, 
mostra o quão sensível é o consumidor às mudanças no preço do produto.
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UNIDADE Escolha dos Agentes e Elasticidade
Elasticidade-preço da demanda
Já sabemos que o preço e a quantidade demandada têm uma relação negativa, 
conforme aumenta (diminui) o preço, a quantidade demandada diminui (aumenta). 
No entanto, não sabemos se a quantidade alterada é muito ou pouco. Há produtos 
que quando o preço aumenta, a quantidade demandada diminui muito e outros que 
o aumento no preço quase não altera a quantidade demandada.
Estamos interessados em calcular a elasticidade de preço da demanda (Ep):
E Qd
Pp
d �
�
�
%
%
A fórmula diz o que ocorre com a quantidade demandada a partir da mudança 
de preço. Seguindo a Lei Geral da Demanda, essas variáveis apresentam uma re-
lação negativa e, portanto, o cálculo da Epd sempre será negativo e comumente 
interpretado em módulo. Calculada a elasticidade, classificamos em: 
1. elástica; 
2. unitária; 
3. inelástica. 
No caso da elasticidade-preço da demanda, quando a elástica indica que a 
quantidade demandada é muito sensível à variação no preço, a variação da 
quantidade demandada é maior que a variação feita no preço. 
Quando a elasticidade é unitária, significa que a quantidade demandada res-
ponde na mesma proporção que a variação no preço. E, se for inelástica, indica 
que a variação na quantidade demandada ocorre em uma proporção menor que 
a variação no preço do bem.
Para efeito de cálculo:
• Elástica: E 1 
• Unitária: E =1 
• Inelástica: E 1 
Alguns fatores da elasticidade-preço da demanda:
• A essencialidade do produto (relação entre necessidade e o luxo);
• A existência de substitutos próximos.
A seguir alguns tipos de Epd:
1. Produto com demanda elástica;
2. Produto com demanda inelástica;
3. Produto com elasticidade unitária;
4. Demanda perfeitamenteinelástica;
5. Demanda perfeitamente elástica.
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Elasticidade-preço cruzada
O preço dos bens relacionados é outro fator que determina a variação 
da demanda dos produtos. O cálculo da elasticidade-preço cruzada da 
demanda (Exy) tem por objetivo analisar a influência da variação do preço 
de um produto em relação aos outros produtos a ele relacionados (que 
cumprem a mesma função em relação à satisfação das necessidades). 
(SILVA, 2015 – pág. 62)
Para ajudar a definir o “mercado relevante” na dimensão do produto, utiliza-
mos a elasticidade-preço cruzada (Exy) para estimar quais produtos seriam con-
correntes. A Exy mostra qual é a sensibilidade na quantidade demandada de um 
produto (X), conforme varia o preço de outro (Y). Ela é calculada pela fórmula:
E Qx
Pyxy
�
�
�
%
%
A elasticidade-preço cruzada mostra como responde a quantidade demanda-
da do produto (x) em relação à mudança no preço do produto (y). Neste caso, 
dependendo do sinal da Exy, temos os bem substitutos, bens complementares ou 
os bens independentes.
Definido o mercado relevante, observamos outras características para ade-
quar o mercado a determinada estrutura de mercado. As estruturas se diferen-
ciam basicamente por três características: número de empresas e consumidores, 
existência de barreiras à entrada e barreiras à saída.
A seguir alguns tipos de Epd:
• Bens substitutos;
• Bens complementares. 
A alteração da quantidade demandada de um bem ou serviço em função 
do seu preço, da renda e dos bens relacionados ocorre de maneira diferente 
nos diferentes produtos. Este tipo de alteração é o que é designado como 
elasticidade no conceito econômico, o que aprendemos hoje são os dois mais 
importantes conceitos de elasticidade, a elasticidade-preço da demanda e a 
Elasticidade-preço cruzada.
Elasticidade é um dos estudos da microeconomia e complementa o estudo de 
demanda, oferta e equilíbrio de mercado.
Elasticidade - Preço da Demanda. Disponível em: https://youtu.be/QAD4e2CBjK4.
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UNIDADE Escolha dos Agentes e Elasticidade
Escolha de Agentes
Quando falamos da escolha de agentes, estamos basicamente falando sobre a 
teoria do consumidor, esse assunto é um pouco mais complexo que os outros que 
já estudamos, então vamos nos atentar mais ainda e procurar entender esses con-
ceitos tão importantes.
A teoria da utilidade
Vamos começar a discussão da teoria do consumidor com uma questão 
simples e objetiva: por que as pessoas consomem produtos e serviços? 
A resposta mais plausível é dizer que o consumo de certo produto ou ser-
viço satisfaz uma necessidade, ou seja, gera o que os economistas definem 
como satisfação. (RUDINEI, TONETO & SAKURAI, 2015 – pág. 39)
Existem dois itens básicos que temos que levar em conta quando falamos de 
teoria do consumidor:
6. A satisfação do consumo é percebida somente por quem fez uso do 
produto ou serviço;
7. O gosto é individual e cada indivíduo tem as suas preferências de consumo.
A satisfação em economia também pode ser denominada como utilidade, não 
no sentido de ser útil para fazer alguma coisa, mas a utilidade aqui descrita é no 
sentido de satisfação. Se alguém tem a satisfação de tomar suco de limão sem 
açúcar e quente, quando a pessoa consome isso, esse consumo é a utilidade para 
aquela pessoa, e é claro que existe níveis de utilidade e podemos medir essa utilida-
de dentro do conceito econômico.
Na teoria econômica, a utilidade gerada pelo consumo de certo bem obedece 
a dois pressupostos teóricos importantes:
• a utilidade total derivada do consumo de um bem aumenta conforme mais 
quantidades são consumidas;
• a utilidade marginal (adicional) derivada do consumo de uma unidade marginal 
(adicional) desse bem decresce conforme a quantidade consumida aumenta.
A princípio, esses dois argumentos parecem contraditórios, mas observam 
que o primeiro se refere ao benefício total derivado do consumo de um bem em 
particular, enquanto o segundo se refere à utilidade marginal da última (e não 
toda) unidade consumida. Com isso, a ideia é definir que o benefício total resul-
tante do consumo do bem em questão aumenta à medida que aumentamos seu 
consumo, mas o valor agregado à utilidade total (isto é, utilidade marginal) da 
última unidade consumida do bem diminui.
O primeiro conceito que conseguimos definir com esse conhecimento é 
que à medida que aumenta o consumo de um bem, a utilidade dele cresce a 
taxas decrescentes.
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A teoria da escolha
Aqui, o objetivo é estudar como os indivíduos realizam suas escolhas a 
respeito de quanto consumir do bem disponível, levando em conta seus 
recursos. Em outras palavras, a teoria econômica parte do princípio de 
que os consumidores são racionais, o que na teoria econômica da es-
colha significa que os indivíduos maximizam seu grau de satisfação res-
peitando sua respectiva restrição orçamentária. (RUDINEI, TONETO & 
SAKURAI, 2015 – pág. 45)
Nessa teoria, vamos imaginar que agora os consumidores têm duas opções 
de consumo e não somente uma como vimos anteriormente, agora ele pode e 
vamos pressupor que está consumindo dois itens.
Com isso, chegamos na cesta de mercadorias, que é a combinação dos bens 
consumidos pelo consumidor em diversas quantidades aleatórias, sem uma 
regra especifica.
Restrição orçamentária
Quando estamos pensando em consumo, o que todo consumidor gostaria 
é de ter um consumo infinito dos itens que lhe são interessantes, consumiria 
sempre e sem se preocupar com o quanto está gastando, ou se esse consumo 
seria prejudicial de alguma maneira, mas no mundo real, o que temos é um de-
limitador de consumo que todas as pessoas têm, que é o delimitador da renda, 
conseguimos consumir algo até que a nossa renda nos permita.
Essa restrição orçamentária pode ser definida pela equação abaixo, claro que 
sempre imaginando que só temos dois bens, A e B.
PA × QA + PB × QB ≤ R
• em que PA = preço unitário do bem A;
• QA = quantidades consumidas do bem A;
• PB = preço unitário do bem B;
• QB = quantidades consumidas do bem BR = renda (recursos disponíveis) 
do agente.
Essa equação demonstra como funciona a questão da restrição orçamentária 
matematicamente, com isso vamos poder determinar qual o valor máximo que o 
consumidor conseguira consumir de determinados bens mediante a sua restrição 
orçamentária, que é a sua renda, e que é o limitador de consumo neste processo.
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UNIDADE Escolha dos Agentes e Elasticidade
Teoria da Escolha
A expressão Restrição Orçamental designa o conjunto de combinações de bens possíveis 
de ser consumidos por dado consumidor tendo em conta o seu rendimento disponível. 
Numa representação gráfica simplificada em que num dos eixos é colocado um bem (x1) e 
num outro eixo outro bem (x2), a restrição orçamental surge como um espaço delimitado 
pelos eixos e por uma reta que une os dois pontos de cada eixo que correspondem ao 
máximo que é possível consumir de cada um dos bens, direcionando para ele todo o 
rendimento disponível (Rd). A inclinação dessa reta corresponderá ao rácio de preços 
entre os dois bens (p1 e p2), sendo dada por -p2/p1, o que significa que para comprar mais 
uma unidade do bem x2, teria que abdicar de p2/p1 unidades do bem x1. Para saber mais 
acesse o link: https://goo.gl/iLhQVk.
Ex
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Equilíbrio do consumidor
O que ocorre caso a restrição orçamentária do indivíduo sofra mudanças?
Sempre que houver um deslocamento da linha de restrição orçamen-
tária, um novo equilíbrio será atingido, pois a nova linha de restrição 
orçamentária permitirá que o consumidor escolha novas combinações 
dos bens. Ou seja, a nova restrição orçamentária será tangenciada por 
outra curva de indiferença em um ponto diferentedo antigo equilíbrio. 
(RUDINEI, TONETO & SAKURAI, 2015 – pág. 51-52)
A questão do equilíbrio do consumidor será sempre definida pela questão da 
restrição orçamentária, o indivíduo consumidor será propenso a dispender mais 
ou menos a sua renda em função de quanto aquela cesta de mercadorias é im-
portante para ele e de quanto valor ele tem em seu bolso para gastar com aquilo, 
essa mudança pode ocorrer por diversos fatores, uma mudança de emprego para 
um indivíduo que ganhava mil reais e agora passa a ganhar dois mil reais, a sua 
restrição orçamentária teve um salto grande, o que vai fazer com que ele consu-
ma mais daquela cesta de produtos.
O consumidor sempre buscará as cestas que caibam no seu bolso, ele sempre 
gostaria de ter a maior utilidade possível, mas o limitador da renda sempre vai per-
mitir que ele consuma só o que está dentro de suas condições, da mesma maneira 
que no exemplo anterior, o consumidor que ganhava mil reais e passou a ganhar 
dois mil reais, o seu equilíbrio de consumo subiu; o indivíduo que ganhava um sa-
lário e perde o emprego, vai ter o seu equilíbrio de consumo diminuído e, dessa 
forma, não conseguirá consumir o quanto deseja, mas sim o que a sua renda lhe 
permite consumir dentro de sua realidade atual de consumo.
A questão da renda sempre vai restringir o consumo e o consumidor, estuda-
mos que o consumidor sempre quer usufruir do maior consumo disponível e que 
a utilidade (consumo) é a satisfação que o consumidor procura dentro da socieda-
de e dentro do contexto econômico.
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A restrição orçamentária limita esse consumo e faz com o consumidor tenha 
que fazer escolhas de quanto consumir de determinados itens, e isto sempre vai 
acontecer por conta do limitador monetário.
Microeconomia / Teoria do Consumidor
A Microeconomia é defi nida como um problema de alocação de recursos escassos em 
relação a uma série possível de fi ns. Os desdobramentos lógicos desse problema levam ao 
estudo do comportamento econômico individual de consumidores e fi rmas, bem como a 
distribuição da produção e rendimento entre eles. A Microeconomia é considerada a base 
da moderna teoria econômica, estudando suas relações fundamentais. Para saber mais 
acesse o link: https://goo.gl/Jxcz5e.
Ex
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or
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UNIDADE Escolha dos Agentes e Elasticidade
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Introdução a Economia
HUBBARD, R. Glenn, O’BRIEN, Anthony. Introdução a Economia. Porto Alegre: 
Bookman, 2010.
Microeconomia - Uma Abordagem Completa
BESANKO, David A., BRAEUTIGAN, Ronald R. Microeconomia - Uma Abordagem 
Completa. Rio de Janeiro: LTC, 2004.
 Leitura
Teoria do consumidor e aspectos relevantes do consumo
https://goo.gl/kKa5mi
Como a elasticidade afeta o mercado de café
https://goo.gl/aQruF8
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• Introdução;
• Monopólio;
• Oligopólio;
• Concorrência Monipolista.
 · Desenvolver o conceito de que o mercado tem imperfeições e que 
devemos respeitá-las e conhecê-las.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Imperfeições do Mercado
UNIDADE Imperfeições do Mercado
Introdução
Quando falamos de oligopólio, monopólio, concorrência perfeita e coisas re-
lacionadas a esses temas, estamos estudando as estruturas de mercado, que têm 
características específicas dentro de cada contexto de atuação, pode ser pelas se-
guintes características:
• Quantas empresas produzem determinado bem – quando existem muitas em-
presas produzindo um determinado bem, as características de mercado são 
diferentes de quando se têm poucas empresas ou somente uma produzindo 
determinado bem para consumo;
• Se os bens têm diferenças entre si – produtos diferenciados têm, naturalmente, 
menos substitutos;
• Barreiras de entradas de concorrentes – se o mercado que a empresa quer 
entrar é difícil por qualquer maneira, ele se difere de outro onde a entrada é 
extremamente facilitada.
A estrutura de mercado descreve o número e as características dos agentes que 
formam esse mercado. Um mercado é formado pelos vendedores e compradores 
de um mesmo produto, serviço ou, mesmo não sendo o mesmo produto, apresenta 
algumas características que os relacionam.
Uma das formas de definir o mercado ao qual uma empresa faz parte é o conceito 
de “mercado relevante”. Estudando o mercado de um produto, podemos compre-
ender a interação entre os agentes, o consumidor e as empresas, além da dinâmica 
desse mercado que determina o preço e a quantidade a ser produzida pela empresa.
E dentro das estruturas de mercado, existem algumas estruturas que vamos es-
tudar na sequência de nossa unidade, são elas:
• concorrência perfeita;
• monopólio; 
• oligopólio;
• concorrência monopolística (ou concorrência imperfeita).
Nesses grupos de empresas, claro que não determinam todas as empresas e si-
tuações do mercado, mas determinam a maioria delas, veremos a seguir em nosso 
estudo que muitas vezes é bem difícil determinar a questão de quantas empresas são 
poucas ou quantas empresas são muitas, discorreremos sobre essas situações e tra-
remos a vocês leitores uma visão mais detalhada sobre o mercado e suas estruturas.
Vamos sempre ter em mente que o objetivo da empresa é o de maximizar o seu 
lucro, o empresário sempre abre uma empresa, sempre vai atrás desse risco, vis-
lumbrando a questão de aumentar o capital investido, essa questão não muda em 
nenhum dos mercados estudados, seja ele qual for.
Vamos conhecer esse novo mundo de possibilidades e de conhecimentos?
Abra a mente e mergulhe nesse conhecimento!
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Monopólio
Para se iniciar o estudo de monopólio, oligopólios e concorrência monopolista, 
precisamos conhecer também a questão da concorrência perfeita, a seguir vere-
mos um pouco mais sobre essa importante estrutura de mercado.
Concorrência Perfeita
Na concorrência pura ou perfeita, o mercado é formado por inúmeros compra-
dores e vendedores, considerando que cada um se torne pequeno perante o mer-
cado. Os produtos são homogêneos e não existem barreiras à entrada ou barreiras 
à saída desse mercado. 
Essas características tornam o mercado de concorrência perfeita, um ambiente 
com bastante mobilidade, já que nenhum agente sozinho consegue afetar o mer-
cado. O mercado, isto é, a interação entre oferta e demanda, aloca os recursos 
definindo o preço e a quantidade. 
Dadas estas características, dizemos que as empresas em concorrência perfeita 
são tomadoras de preço. Não conseguem definir o preço e pela mobilidade e pro-
duto homogêneo trabalham com o preço que é definido no mercado. O preço de 
mercado é igual à receita média e igual à receita marginal.
Como consequência dessas características, as empresas em concorrência perfei-
ta estão fadadas ao lucro econômico zero em longo prazo. 
Apresentam apenas um lucro normal, ou seja, aquele que cobre o custo de oportu-
nidade, a remuneração que o empresário ganharia caso aplicasse em outra atividade.
Enquanto o mercado de concorrência perfeita apresenta lucro, por não existir 
barreiras à entrada, há incentivo a novas empresas ou aquelas que estão no mercado 
para aumentar a produção. O aumento da produção desloca a curva de oferta, ge-
rando uma queda no preço, assim o lucro diminui. A queda no lucro promove uma 
saída de empresas ou uma redução da oferta, elevando o preço, já que mantidas as 
demais variáveis, aumenta o lucro. Essa dinâmica do mercado de concorrência per-
feita faz com que as empresas tenham lucro econômico nulo em longo prazo. 
Vimos que o lucro é calculado pela diferença entre a receita e o custo total. 
Como o produto é homogêneo, a empresa define a quantidade que deve produzir 
para maximizar seu lucro. Assim, a empresa está interessada em mensurar a varia-
ção no lucro devido à variação da quantidade.
• L = Lucro
• R = Receita
• C = Custo
• Q = Quantidade
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UNIDADE Imperfeições do Mercado
L RT CT
L
Q
RT
Q
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Q
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Logo, está interessada em comparara receita marginal (RMg) com o custo mar-
ginal (CMg). 
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L
Q
RMg CMg
À medida que aumenta a produção, o que ocorre com o custo e com a receita? 
A variação no custo devido à variação da quantidade é o CMg inicialmente decres-
cente. Atinge o ponto mínimo e depois aumenta, seguindo a lei dos rendimentos 
marginais decrescentes. E a RMg?
O lucro máximo ocorre no limite em que a RMg iguala o CMg. A função lucro 
poderia ser representada por uma parábola com a “boca” para baixo, conforme o 
exemplo abaixo.
$
Q
Figura 1
Do lado esquerdo da parábola, à medida que aumenta a quantidade, o acrésci-
mo na receita é maior do que o acréscimo no custo e, portanto, o lucro aumenta. 
Do lado direito da função lucro, conforme aumenta a quantidade, o acréscimo no 
custo é superior ao acréscimo na receita e, portanto, o lucro diminui.
Ao estar do lado esquerdo da função lucro, a empresa deve aumentar a quanti-
dade produzida e quando está do lado direito deve diminuir; consequentemente, o 
lucro máximo ocorre quando o CMg se iguala a RMg. 
Como a empresa está interessada em maximizar o lucro, esta deve observar o 
que ocorre com o custo e com a receita a partir do aumento da quantidade. En-
quanto a RMg for maior do que o CMg, o acréscimo na quantidade produzida está 
aumentando o lucro, sendo viável aumentar a produção.
Se ao produzir uma unidade adicional o acréscimo na receita (RMg) for menor 
do que o acréscimo no custo (CMg), a produção dessa unidade adicional faz o lucro 
da empresa diminuir.
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Decisão em Concorrência Perfeita
No caso do mercado em concorrência perfeita, a empresa é tomadora de preço. 
A empresa não define preço, o preço é dado pelo mercado, portanto, cada unida-
de é vendida ao preço estabelecido pelo mercado. Assim:
RMg CMg
P CMg
=
=
A curva de oferta mostra o quanto a empresa está disposta a produzir de acordo 
com o preço do produto. Por essa igualdade, a curva de custo marginal representa 
a curva de oferta da empresa.
Monopólio
O monopólio é caracterizado pela existência de uma única empresa produtora 
do bem ou serviço e um produto que não apresenta substitutos próximos.
O monopólio pode ser caracterizado pelas seguintes denominações:
• Monopólios criados pelo governo – isso ocorreu muito no Brasil, onde so-
mente uma empresa, normalmente estatal, oferecia o produto ou serviço.
• Monopólios por controle sobre insumos – quando somente uma empresa 
possui o bem e dessa maneira pode controlar o mercado em que atua.
• Economias de escala – ocorre quando a entrada de uma empresa no setor 
acaba se tornando inviável, visto o grande custo inicial que pode existir para 
começar a produzir o produto.
• Patentes – aqui podemos entender para simplificar a questão das patentes 
farmacêuticas, as empresas investem valores extremamente significantes em 
pesquisas e com isso ficam protegidas por um bom tempo dentro do mercado, 
só ela pode produzir aquilo que descobriu.
Quanto ao acesso de outras empresas, por ser um setor que normalmente 
exige grande escala de produção, há necessidade de um investimento inicial ele-
vado e muitas vezes específico. Assim, além de barreiras como as patentes ou 
o controle de matérias-primas, a própria estrutura de custos inibe a entrada de 
novas empresas. 
No caso conhecido como “monopólio natural”, os custos iniciais seriam tão ele-
vados que permitir que mais de uma empresa opere neste mercado poderia elevar 
o preço ao consumidor. O investimento inicial exige grande escala para que seja 
diluído e a empresa deve operar com baixos custos, tornando difícil a existência de 
mais de uma empresa neste mercado. 
Assim, temos o monopólio estatal ou institucional, no qual o mercado é protegido 
por lei e normalmente aplicado em setores estratégicos como os de infraestrutura.
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UNIDADE Imperfeições do Mercado
Devido a essas características e essencialmente por ter poder de mercado, a 
empresa monopolista apresenta lucro extraordinário em longo prazo. No caso do 
monopólio estatal ou institucional, o preço ao consumidor é controlado ou apro-
vado pelo governo.
Decisão do Monopolista
Assim como no mercado de concorrência perfeita, a maximização do lucro 
ocorre quando a RMg iguala o CMg, mas como a empresa monopolista possui 
poder de mercado, ela determina o preço. Cada unidade que o monopolista produz 
pode ser vendida por um preço diferente. O monopolista se depara com uma RMg 
decrescente. No caso de uma demanda linear, temos:
P a b Q sendo a e b constantes e b
RT P Q
RT a b Q Q
RT a Q b Q
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. ,
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( . ) .
. .
0
22
2
RMg RT
Q
RT
Q
RMg a b Q
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� � . .
No caso linear, a RMg tem o dobro da inclinação da demanda (2.b). Grafica-
mente, a RMg cruza o eixo da quantidade na metade do intercepto da demanda. 
(Figura 2)
Para maximizar o lucro, o monopolista iguala a RMg ao CMg, definindo a quan-
tidade a ser produzida. E produzindo tal quantidade, é determinado o preço através 
da demanda. (Figura 3)
$
a CMg
RMg
a/2b
Q
D
a/b
Figura 2
$
a
P
CMg
RMg D
a/2bQ* a/b
Q
Figura 3
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O mercado monopolista é um mercado extremamente utilizado dentro das eco-
nomias, é bem comum que, por diversos motivos, tem-se essa estrutura de merca-
do presente dentro de nossa sociedade.
Importante!
Lições do “Atletiba” contra o monopólio da Globo – por André Pasti
O clássico de domingo 19 entre Atlético-PR e Coritiba (o “Atletiba”) entrará para a história 
como um capítulo na luta contra o monopólio da Globo no futebol brasileiro. Os clubes 
negaram o péssimo acordo fi nanceiro proposto pela emissora para transmitir a partida 
e decidiram exibir o jogo em seus canais no Youtube e Facebook. Para ler a matéria na 
íntegra, acesse o link a seguir: https://goo.gl/GsLhGs
Você Sabia?
Oligopólio
 O oligopólio é definido por um pequeno número de empresas que dominam o 
setor e como essas empresas têm algum poder de mercado, podem definir o preço 
ou quantidades que seriam vendidas. Outra característica é que, assim como no 
monopólio, há barreiras à entrada de novas empresas no setor. 
Neste caso, a atuação das empresas pode ocorrer de forma concorrencial ou 
de forma combinada por meio da formação de cartéis. O cartel ou conluio ocorre 
quando as empresas se organizam pensando em políticas a serem adotadas pelo 
conjunto. As empresas estabelecem o preço e a parcela de mercado destinada a 
cada empresa. 
A forma de decisão de produção é a mesma: igualam o CMg à RMg, mas quan-
do formam um cartel, o objetivo é maximizar o lucro conjunto. Esse tipo de decisão 
equivale a um monopolista. 
A existência de poder de mercado ou monopólio implica preços mais elevados 
e quantidades menores produzidas.
O que é Oligopólio:
Oligopólio é um sistema que faz parte da economia política que caracteriza um mercado 
onde existem poucos vendedores para muitos compradores. Para saber mais sobre oli-
gopólio, aesse o link a seguir: https://goo.gl/bwPmuj
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UNIDADE Imperfeições do Mercado
Concorrência Monipolista
Na concorrência monopolística, temos uma grande quantidade de empresas 
produzindo certos bens, as barreiras de entradas são pequenas, cada produto tem 
substitutos próximos e as empresas têm a autonomia de controlar os seus preços, 
visto que os produtos não são exatamente iguais. Com isso, o maior beneficiado é 
o consumidor, que tem uma grande quantidade de itens para poder satisfazer a sua 
necessidade, não ficando obrigatoriamente preso a um item específico.
Diferenciação de Produtos
O que ajuda muito neste tipo de concorrência é a questão da diferenciação dos pro-
dutos que fornecem mais escolhas para os consumidores, essa diferenciação acontece 
por conta de alguns itens que vamos visualizar a seguir para melhor entendimento:
Qualidade: alguns produtores diferenciam seus produtos dos da concor-
rência investindo em melhores insumos

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