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PAPER CAPTAÇÃO E APROVEITAMENTO DA ÁGUA DA CHUVA

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CAPTAÇÃO E APROVEITAMENTO DA ÁGUA DA CHUVA
Elvys Antonio De Souza Prado
Prof. Orientador Rodrigo Leopoldo Coelho 
Centro Universitário Leonardo da Vinci- UNIASSELVI
Engenharia Civil- Paper Módulo II
16/10/2018
 A água encontrada na natureza é um dos recursos mais essenciais que existem, porém, as pessoas esquecem o quanto ela é essencial para as nossas vidas e acabam fazendo uso inadequado. Segundo RITS (1994), “a água é um recurso limitado e a cada vez mais vem sendo assunto de diversos debates”.
 Diante de tanto desperdício de água foram criados vários métodos de se aproveitar a água dentre eles está o aproveitamento da água da chuva, evitando a escassez da água como afirma Villiers (2002, p.25).
	Novos métodos de captação da água da chuva são descobertos a cada dia, permitindo que a escassez da água seja combatida e que o homem possa se beneficiar da viabilidade econômica de tal ação.
 Existem vários aspectos positivos no uso de sistemas de aproveitamento de água pluvial, pois estes possibilitam reduzir o consumo de água potável diminuindo os custos de água fornecida pelas companhias de abastecimento; minimizar riscos de enchentes e preservar o meio ambiente reduzindo a escassez de recursos hídricos (MAY, 2004).
 Segundo Silva (2003, p. 25), “[...]o aproveitamento das água pluviais pode suprir necessidades de uso não potáveis”, pode ser usada para lavagem de carros, calçadas, irrigação de plantas e diversas outras funções. 
 A água da chuva é coletada através de calhas e telhados, conforme Pinhel (2007, p. 05) “[...]a captação de água da chuva dos telhados é a maneira mais simples e bastante utilizada, pois a estrutura já é construída assim reduz os custos de implantação desse sistema”. Se sua edificação não possui uma estrutura composta por coletores de água, como calhas e condutores, o ideal primeiramente seria instalar esses equipamentos para captação e após instalados será necessário direcionar toda a água para um reservatório. As primeiras águas da chuva devem ser descartadas, pois são águas que lavam o telhado, conforme cita FERNANDES, MEDEIROS NETO e MATTOS, 2007, p. 05), a quantidade de água coletada depende do tamanho do reservatório. 
 A forma mais simples de sistemas de coleta e aproveitamento de água da chuva é através dos telhados. A água da chuva cai nos telhados e escoa por condutores verticais e horizontais (calhas) que direcionam a água para um reservatório, o qual pode ser construído a partir de diferentes materiais, dentre eles, a alvenaria de tijolo, aço, polietileno ou o concreto armado. A quantidade de água coletada pelo sistema depende do tamanho da área de captação (telhados, laje de edificação, calçadão, dentre outros).
 Segundo May (2004, p.129) é importante fazer o planejamento da utilização do sistema de aproveitamento da água de chuva para verificar a quantidade de água que poderá ser coletada e armazenada, para verificar a necessidade de tratamento da água de chuva. Certamente é preciso que a água coletada seja devidamente armazenada, limpa e que garanta uma qualidade compatível com os usos previstos.
Conforme cita Cardoso (2009, p.02) “[..]esse sistema envolve quatro etapas, dentre elas: Captação, transporte, armazenamento e tratamento”. Captação: em que a água é recolhida. Normalmente, é realizada nos telhados, transporte: envolve a fase em que a água é conduzida por calhas ou tubulações, armazenamento: quando a água é armazenada em cisternas, tratamento: fase em que a água recebe algum tratamento se necessário.
Um sistema simplificado de captação da água da chuva pelo telhado é composto de uma estrutura que permite a inserção de calhas que levam a água para os condutores verticais e horizontais, responsáveis por transportá-la para os reservatórios e cisternas, conforme Lima e Machado (2008, p.70) a cisterna é um reservatório que armazena água para uso.
Essas cisternas compreendem reservatório semienterrados para armazenamento de águas pluviais, onde é armazenada a água pluvial dos meses chuvosos para ser utilizada nos meses em que a água é escassa (Lima, & Machado, 2008).
O uso de cisternas é considerado uma das melhores e mais eficazes alternativas quando o assunto é economizar água e elas estão disponíveis em vários modelos, formatos e tamanhos, podendo ser instaladas em casas, apartamentos e condomínios. Por ser proveniente da chuva, a água obtida não é considerada potável, é necessário a instalação de filtros na sua cisterna. Caso contrário, os riscos de contaminação podem ser muito grandes. Conforme (2003, p. 43) Alguns cuidados devem ser tomados, tais como evitar a entrada de luz solar no reservatório devido ao crescimento de algas. A tampa deve ser hermeticamente fechada. Pelo menos uma vez por ano deve ser feita uma limpeza no reservatório, removendo-se a lama de fundo. Conforme Cardoso (2009, p.29), 
 A retirada da água das cisternas deve ser realizada de maneira a minimizar ao máximo a sua contaminação. Sempre que possível é interessante que essa água seja bombeada e encaminhada diretamente para o ponto de consumo.
A Captação e o aproveitamento da água da chuva traz inúmeras vantagens dentre elas: Representa uma economia de 50% na conta de água, ajuda a conter enchentes ao armazenar parte da água que, caso contrário, iria para rios e lagos e diminui o volume de água da chuva no esgoto, ajuda em tempos de crise hídrica e é utilizada até em áreas do sertão nordestino como forma de combate às secas, pode-se criar uma cultura de sustentabilidade ecológica nas construções, o que poderá garantir uma cisterna em cada casa construída no futuro.
Segundo FENDRICH e OLIYNIK (2002), além da coleta de águas pluviais promover a redução das enchentes, sua infiltração no solo pode trazer melhorias ambientais, garantindo suprimento de água no lençol freático e mantendo vazões adequadas nos rios em períodos de seca, colaborando para a diminuição da poluição hídrica.( Fendrich e Oliynik, 2002, p 56).
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
CARDOSO, Manuelle Prado. Viabilidade do aproveitamento de água de chuva em zonas urbanas: estudo de caso no município de Belo Horizonte – MG, 2009.Disponível em:http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/1843/ENGD7Y7PQX/1/298m.pdf>Acesso em: 01 jun. 2012.
SILVA, G. S. Aproveitamento de água de chuva em um prédio industrial e numa escola pública – estudo de caso. 2007. 87f. Tese (Doutorado em Saneamento e Ambiente) – Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo.
GROUP RAINDROPS. Aproveitamento da Água de Chuva. Editora Organic Trading, 1ª Edição, Curitiba, 2002.
MAY, S. Estudo da Viabilidade do Aproveitamento de Água de Chuva para Consumo Não Potável em Edificações. Dissertação (Mestrado). Curso de Pós-Graduação em Engenharia da Construção Civil, Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, 2004.
FERNANDES, Diogo Robson Monte; MEDEIROS NETO, Vicente Batista de; MATTOS, Karen Maria da Costa. Viabilidade econômica do uso da água da chuva: um estudo de caso da implantação de cisterna na UFRN/RN (2007) Disponível em: <http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2007_TR650479_0552.pdf> Acesso
em: 01 jan. 2012. 
PECMAC – Programa Estadual de Captação e Manejo de Água da Chuva. Governo do Rio Grande do Sul; Captação de água da chuva: alternativa viável e econômica; Publicado em janeiro de 2006, Disponível em: <http://www.estado.rs.gov.br/index.php?inc=noticias/noticias_view.php&notid=47790>; Acesso em novembro de 2006.
KITAMURA, Mariana Cristina; Aproveitamento de Águas Pluviais para uso Não-Potável na PUC-PR, Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Engenharia Ambiental do Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná; Curitiba-PR, junho de 2004. 68p
TOMAZ, P. Aproveitamento de água de chuva: para áreas urbanas e fins não-potáveis. São Paulo: Navegar, 2003.

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