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TCC REUTILIZAÇÃO DA ÁGUA DAS CHUVAS EM EDIFICIOS - final

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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
Henrique Lopes Barbosa 
Rodrigo Pantaleão Jorio 
 
 
 
 
 
REUTILIZAÇÃO DA ÁGUA DAS CHUVAS EM EDIFÍCIOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Niterói 
 
2020 
 
 
 
 
Henrique Lopes Barbosa 
Rodrigo Pantaleão Jorio 
 
 
REUTILIZAÇÃO DA ÁGUA DAS CHUVAS EM EDIFÍCIOS 
 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentada 
ao Curso de Graduação em Engenharia Civil 
da Universidade Estácio de Sá, como 
requisito parcial à obtenção do título de 
Bacharel em Engenharia Civil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Orientador: Prof.º MSc. Patrícia Neves Sales 
 
 
 
 
Niterói 
 
2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Autorizo apenas para fins acadêmicos e científicos, a reprodução total ou parcial desta 
monografia, desde que citada à fonte. 
 
 
_________________________________ ____________________ 
Assinatura Data 
 
 
_________________________________ ____________________ 
Assinatura Data 
 
B238r Barbosa, Henrique Lopes 
 Reutilização da água das chuvas em edifícios / Henrique Lopes Barbosa, Rodrigo 
 Pantaleão Jorio.–Niterói, 2020. 
 72 f. : il. color.; 30cm. 
 
 Orientador: Profª. MSc. Patrícia Neves Sales. 
 Trabalho de conclusão de curso (graduação) – Universidade 
 Estácio de Sá, Curso de Engenharia Civil, 2020. 
 
 
1. Água. 2. Reuso. 3. Atividades domésticas. 
I. Sales, Patrícia Neves. II. Reutilização da água das chuvas em edifícios. 
 
 
 CDD:628.162 
 
 
 
ERRATA
 
 
 
Henrique Lopes Barbosa, Rodrigo Pantaleão Jorio 
 
REUTILIZAÇÃO DA ÁGUA DAS CHUVAS EM EDIFÍCIOS 
 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentada 
ao Curso de Graduação em Engenharia Civil 
da Universidade Estácio de Sá, como 
requisito parcial à obtenção do título de 
Bacharel em Engenharia Civil. 
Aprovada em 13 de junho de 2020. 
Banca Examinadora: 
______________________________________________ 
Prof.º Esp. ou MSc ou DSc. Patrícia Neves Sales 
Faculdade de Engenharia – UNESA 
 
______________________________________________ 
Prof.º Esp. ou MSc ou DSc. Marcelo Wermelinger Aguiar Lemes 
Faculdade de Engenharia – UNESA 
 
______________________________________________ 
Prof.º Esp. ou MSc ou DSc. Valeria Nunes de Oliveira 
Faculdade de Engenharia – UNESA 
 
 
Niterói 
2020
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(Henrique Lopes Barbosa) 
 
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, por ter 
sido meu suporte e apoio em toda a minha trajetória, a minha 
mãe, meu irmão e minha namorada. 
 
(Rodrigo Pantaleão Jorio) 
 
Dedico este trabalho a Deus e a minha amada esposa, 
Isabella Hoppe Rebello. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
(RODRIGO PANTALEÃO JORIO) 
Agradeço especialmente a Deus que me permitiu realizar este sonho, mesmo 
parecendo tão difícil em certos momentos, ele sempre se manteve fiel para cumprir tudo 
que prometeu. 
Aos meus queridos pais, Ilma Pantaleão Jorio e Waldir Jorio, que me encorajaram 
e deram força para que eu nunca desistisse. 
A minha esposa, Isabella Hoppe Rebello, pela paciência e companhia nas 
madrugadas e nos fins de semana me dando apoio. 
Aos meus mestres, Patrícia Neves Sales, por me proporcionarem о conhecimento, 
não somente por terem me ensinado, mas por terem me feito aprender e me apaixonado 
mais ainda pela minha profissão. 
Ensinar é compartilhar de sua própria existência, é acreditar que se pode contribuir 
para a formação de um caráter. A vocês, grandes mestres, a minha gratidão! 
A vocês, o meu muito obrigado! 
 
(HENRIQUE LOPES BARBOSA) 
Agradeço a Deus por ter me proporcionado saúde e perseverança, para superar 
as dificuldades, a minha orientadora Patrícia Neves Sales, pelo emprenho e confiança 
dedicado à elaboração desta monografia, а minha mãe Claudia, pelo apoio, e incentivo 
nos momentos difíceis, ao meu irmão Marcelo, pela contribuição, a minha namorada 
Juliana pelo suporte nos momentos difíceis, e a todos qυе direta оυ indiretamente 
contribuíram para a minha formação. 
O mеυ sincero obrigado! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“A mente que se abre a uma nova ideia jamais volta ao seu tamanho original.” 
Albert Einstein 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
O objetivo deste estudo é descrever, estudar e adotar a pesquisa, processo e processo 
do autor sobre a reutilização de água da chuva para fins de água não potável em bacias 
sanitárias para obter uma construção mais eficiente e sustentável. Para executar o 
trabalho atual, um exemplo de edifício é selecionado na bibliografia, na qual os projetos 
que atendem a esses padrões podem ser executados. Pesquisas mostram que, se a 
quantidade de resíduos persistir e / ou aumentar, em um futuro próximo, haverá uma 
situação desequilibrada em que a água será escassa em todo o mundo. No entanto, 
várias formas de reutilização da água foram desenvolvidas, que devem ser disseminadas 
e implementadas o mais rápido possível em tudo e por todos, contribuindo assim para o 
desenvolvimento sustentável. Após a conclusão deste estudo, fica claro que o sistema 
de reutilização de água da chuva é completamente viável e pode ser instalado com baixos 
custos de investimento. Analisando o projeto, descobrimos que o tempo de resposta era 
relativamente curto, o que testou ainda mais a importância da reutilização da água da 
chuva. O uso desse sistema de coleta pode reduzir os custos de água potável em 
aproximadamente 11%. Os fatos provaram que isso não é apenas totalmente 
sustentável, mas também pode agregar valor à propriedade instalada. Portanto, muitos 
investidores e consumidores da indústria da construção estão procurando edifícios com 
ideias sustentáveis, mas na legislação, ainda observe que os incentivos para implementar 
a captura e o uso dos sistemas de água da chuva são perigosos. 
 
Palavra-chave: Água. Reuso. Atividades domésticas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The objective of this study is to describe, study and adopt a research, process and process 
by the author on the reuse of rainwater for non-potable water fins in sanitary basins to 
obtain a more efficient and sustainable construction. To perform the current job, a 
construction example is selected from the bibliography, in which projects the patterns can 
be executed. Research shows that if an amount of waste persists and / or increases, in 
the next future, an unbalanced situation will occur in which water will be scarce worldwide. 
However, several forms of water reuse have been created, which must be disseminated 
and implemented or as quickly as possible in everything and by everyone, thus 
contributing to sustainable development. After completing this study, it is clear that the 
rainwater reuse system is completely viable and can be installed with low investment 
costs. Analyzing the project, finding that the response time was relatively short, or that it 
further tested the importance of rainwater reuse. The use of this collection system can 
reduce drinking water costs by approximately 11%. The facts proved that this is not only 
totally sustainable, but it can also add value to the installed property. Therefore, many 
investors and consumers in the construction industry are looking for buildings with 
sustainable ideas, but in the legislation, still note the incentives to implement the capture 
and use of rainwater systems and hazards. 
 
Keyword: Water. Reuse. Domestic activities. 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURA 
 
Figura 1 – Pontos de amostragem das redes de qualidade de água operadas pelas 
UFs. ..............................................................................................................................30 
Figura 2 – Ciclo hidrológico esforços compostos. ......................................................... 31 
Figura 3 – Classificação quanto à quantidade de chuva. .............................................. 32 
Figura 4 – Chuvas convectivas. .................................................................................... 33 
Figura 5 – Chuva orográfica. ......................................................................................... 34 
Figura 6 – Esquema ilustrativo de um sistema de utilização da água da chuva. ........... 39 
Figura 7 – Reservatório – Local onde a água da chuva ficara armazenada. ................. 40 
Figura 8 – Ábaco para dimensionamento de condutores verticais. ............................... 43 
Figura 9 – Ábaco para dimensionamento de condutores verticais. ............................... 44 
Figura 10 – Separador de folhas Fortlev. ...................................................................... 46 
Figura 11 – Exemplo de filtro de peneira em caixa coletora de água. ........................... 47 
Figura 12 – Microfilter sistema big blue. ........................................................................ 48 
Figura 13 – Esquema de coleta de água da chuva. ...................................................... 49 
Figura 14 – Funcionamento do filtro. ............................................................................. 50 
Figura 15 – By Pass ...................................................................................................... 51 
Figura 16 – Água extraída pelo sistema “FistFlusch”. ................................................. 52 
Figura 17 – Exemplo de reservatório para água da chuva ............................................ 55 
Figura 18 – Exemplo de reservatório para água da chuva. ........................................... 56 
Figura 19 – Exemplo e clorador de passagem .............................................................. 57 
Figura 20 – Ilustração da distribuição da água da chuva nas bacias sanitárias. ............ 62 
Figura 21 – Planta de cobertura. ................................................................................... 63 
Figura 22 – Corte de planta, posicionamento da calha. ................................................. 63 
Figura 23 – Telhado com platibanda. ............................................................................ 64 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
file:///C:/Users/Isabella%20e%20Rodrigo/Desktop/Rodrigo/TCC/entregue/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS.%2001.06.2020.docx%23_Toc41994569
file:///C:/Users/Isabella%20e%20Rodrigo/Desktop/Rodrigo/TCC/entregue/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS.%2001.06.2020.docx%23_Toc41994570
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file:///C:/Users/Isabella%20e%20Rodrigo/Desktop/Rodrigo/TCC/entregue/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS.%2001.06.2020.docx%23_Toc41994573
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GRÁFICO 
 
Gráfico 1 – Distribuição de consumo de água em residência unifamiliar. ...................... 19 
Gráfico 2 – Distribuição do consumo de água nas residências. .................................... 69 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1 – Área do setor de saneamento no Brasil. ............................................................. 26 
Tabela 2 - Área do setor de saneamento no Brasil. .............................................................. 26 
Tabela 3 – Distribuição da água na terra. ............................................................................... 28 
Tabela 4 – Estimativa dos fluxos de água anuais do ciclo hidrológico global (valores em 
km³ X ano-1). ............................................................................................................................... 32 
Tabela 5 – Parâmetro de qualidade da água da chuva para fins não potável ................. 37 
Tabela 6 – Valores de consumo predial (litros/dia). .............................................................. 38 
Tabela 7 - Coeficiente para dimensionamento de calhas. ................................................... 41 
Tabela 8 – Coeficiente de rugosidade para dimensionamento de calhas......................... 42 
Tabela 9 – Vazões de calhas semi-circulares com n=o,oo1. .............................................. 42 
Tabela 10 – Vazões de condutores verticais de acordo com a fórmula de Mannig-
Strickler. ...................................................................................................................................... 45 
Tabela 11 - Frequência de manutenção. ................................................................................ 53 
Tabela 12 – Rendimento da moto-bomba em função da potência ..................................... 59 
Tabela 13 Comprimento equivalente para tubos de PVC, cobre ou liga de cobre. ......... 61 
Tabela 14 - Demanda diária de água para bacias sanitárias. ............................................. 64 
Tabela 15 - Balanço mensal de uso da água. ........................................................................ 65 
Tabela 16 – Balanço anual de consumo de água. ................................................................ 65 
Tabela 17 - Economia mensal de acordo com tarifa água de Niterói (grupo Águas do 
Brasil). ........................................................................................................................................... 66 
Tabela 18 - Economia anual de acordo com a tarifa água de Niterói (grupo Águas do 
Brasil). ........................................................................................................................................... 66 
Tabela 19 - Economia mensal de acordo com tarifa água de Niterói (grupo Águas do 
Brasil). ........................................................................................................................................... 67 
Tabela 20 - Economia anual de acordo com tarifa água de Niterói (grupo Águas do 
Brasil). ........................................................................................................................................... 67 
Tabela 21 - Tempo de retorno para tarifa água de Niterói (grupo Águas do Brasil). ...... 68 
Tabela 22 - cálculo do retorno do investimento. .................................................................... 68 
 
file:///C:/Users/Juliana/Desktop/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS%20-%20Entregue..docx%23_Toc42012019
file:///C:/Users/Juliana/Desktop/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS%20-%20Entregue..docx%23_Toc42012019
 
 
 
Tabela 19 - Ocupação do projeto 
LISTA DE EQUAÇÕES 
 
Equação 1 – Vazão do projeto. ................................................................................................ 41 
Equação 2 – Vazão de projeto, formula de Manning-Stricler............................................ 42 
Equação 3 – Volume aproveitável. .......................................................................................... 54 
Equação 4 – Diâmetro da tubulação de recalque. ................................................................ 58 
Equação 5 – Potência da moto-bomba ................................................................................... 59 
Equação 6 – Rendimento da moto-bomba. ............................................................................59 
Equação 7 – Altura manométrica ............................................................................................. 59 
Equação 8 – Altura manométrica de recalque ....................................................................... 60 
Equação 9 – Altura manométrica de sucção .......................................................................... 60 
Equação 10 – Perda de carga unitária .................................................................................... 60 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
file:///C:/Users/Juliana/Desktop/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS.%20(2)atual.docx%23_Toc41930769
file:///C:/Users/Juliana/Desktop/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS.%20(2)atual.docx%23_Toc41930769
file:///C:/Users/Juliana/Desktop/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS.%20(2)atual.docx%23_Toc41930770
file:///C:/Users/Juliana/Desktop/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS.%20(2)atual.docx%23_Toc41930770
file:///C:/Users/Juliana/Desktop/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS.%20(2)atual.docx%23_Toc41930772
file:///C:/Users/Juliana/Desktop/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS.%20(2)atual.docx%23_Toc41930772
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file:///C:/Users/Juliana/Desktop/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS.%20(2)atual.docx%23_Toc41930773
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file:///C:/Users/Juliana/Desktop/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS.%20(2)atual.docx%23_Toc41930774
file:///C:/Users/Juliana/Desktop/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS.%20(2)atual.docx%23_Toc41930775
file:///C:/Users/Juliana/Desktop/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS.%20(2)atual.docx%23_Toc41930775
file:///C:/Users/Juliana/Desktop/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS.%20(2)atual.docx%23_Toc41930776
file:///C:/Users/Juliana/Desktop/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS.%20(2)atual.docx%23_Toc41930776
file:///C:/Users/Juliana/Desktop/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS.%20(2)atual.docx%23_Toc41930777
file:///C:/Users/Juliana/Desktop/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS.%20(2)atual.docx%23_Toc41930777
file:///C:/Users/Juliana/Desktop/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS.%20(2)atual.docx%23_Toc41930778
file:///C:/Users/Juliana/Desktop/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS.%20(2)atual.docx%23_Toc41930778
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
AWWA American Works Association 
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas 
ANA Agência Nacional das Águas 
APHMQ Água Potável Humana Monitoramento da Qualidade 
Corsan Companhia Riograndense de Saneamento 
DBO Demanda Bioquímica de Oxigênio 
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
IQA Qualidade das Águas 
NBR Norma Brasileira 
OMS Organização Mundial da Saúde 
OD Oxigênio Dissolvido 
PVC Policloreto de Polivinila 
Pnuma Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente 
PURA O Programa de Uso Racional da Água 
PROSAB Pesquisas em Saneamento Básico 
RNQA Rede Nacional de Monitoramento da Qualidade da Água 
STD Sólidos Totais Dissolvidos 
TR Tempo de Retorno 
Usepa United States Environmental Protection Agency 
USPHS United States Public Health Service 
VMP Valor Máximo Permissível 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 19 
1.1 JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 21 
1.2 OBJETIVO GERAL .......................................................................................... 22 
1.3 OBJETIVO ESPECÍFICO ................................................................................. 22 
1.4 HIPÓTESE ........................................................................................................... 22 
1.5 MEIOS DE PESQUISA ........................................................................................ 23 
1.6 TÉCNICA DE PESQUISA .................................................................................... 23 
1.7 METODO DE ABORDAGEM ............................................................................... 23 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................. 25 
2.1 MÉTODOS REUSO DE ÁGUA ............................................................................ 25 
2.1.1. UTILIZAÇÃO DA ÁGUA E TECNICAS DE ESTUDO. ................................ 25 
2.1.2 DIVERSIDADE DE APLICAÇÃO DE ÁGUA .................................................. 27 
2.1.3 A ÁGUA E SUAS CARACTERÍSTICAS GERAIS DE QUALIDADE ............... 28 
2.2. CICLO DA ÁGUA DOCE NO BRASIL .............................................................. 30 
2.2.1 CICLO DA ÁGUA .............................................................................................. 31 
2.3. CHUVAS E SUAS CARACTERISTICA ............................................................ 32 
2.3.1. TEMPERATURAS E FORMAÇÃO DAS CHUVAS .................................... 32 
2.3.2. CHUVAS CICLÔNICAS ............................................................................. 33 
2.3.3. CHUVAS CONVECTIVAS ......................................................................... 33 
2.3.4. CHUVAS OROGRÁFICAS ........................................................................ 33 
2.4. COLETA DE DADOS DAS CHUVAS ............................................................... 34 
2.4.1. ANÁLISE DOS DADOS DAS CHUVAS ..................................................... 34 
2.5. UTILIZAÇÃO DA CHUVA PARA USO URBANO ............................................. 35 
2.6. LEIS RELACIONADAS AO USO DAS ÁGUAS ................................................ 35 
2.7. QUALIDADE DA ÁGUA DA CHUVA ................................................................ 36 
2.8. PREVISÃO DE CONSUMO DE ÁGUA ............................................................ 37 
3. DESENVOLVIMENTO ............................................................................................ 38 
3.1. SISTEMA DE CAPTAÇÃO DA ÁGUA DA CHUVA EM TELHADOS ................ 38 
3.1.1. O CAMINHO DAS ÁGUAS ........................................................................ 39 
3.1.2. FATORES METEROLÓGICOS ................................................................. 40 
3.1.3. VAZÃO DE PROJETO ............................................................................... 41 
3.1.4. CALHAS .................................................................................................... 41 
 
 
 
3.1.5. CONDUTORES VERTICAIS ..................................................................... 43 
3.1.6. CONDUTORES HORIZONTAIS ................................................................ 44 
3.1.7. FILTRAGEM .............................................................................................. 45 
3.1.8 RECURSO HÍDRICO: USO E APROVEITAMENTO ...................................... 48 
3.1.9 PRIMEIRA ÁGUA DA CHUVA ELIMINADA ................................................... 50 
3.2.0. ARMAZENAMENTO DA ÁGUA COLETADA EM CISTERNAS ..................... 52 
3.2.1. ÁGUA COLETADA COM TRATAMENTO ..................................................... 56 
3.2.2. ÁGUA PARA RESERVATÓRIO SUPERIOR E SEU BOMBEAMENTO ........ 57 
3.2.3. RESERVATÓRIO SUPERIOR ...................................................................... 61 
3.2.4. ÁGUA A DISTRIBUIÇÃO NAS BACIAS SANITARIAS ..................................61 
4. RESULTADOS ....................................................................................................... 62 
4.1 ECONOMIA DE ÁGUA ........................................................................................ 65 
4.2 CUSTO DE IMPLANTAÇÃO ................................................................................ 66 
5. ANÁLISE DOS RESULTADOS .............................................................................. 68 
6. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 69 
7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ........................................................................... 70 
 
 
 
19 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
A arquitetura sustentável (edifício verde) é a resposta da construção civil a 
qualquer novo cenário, que é a necessidade de reduzir impactos ambientais no 
comportamento humano. Segundo a agência nacional do meio ambiente, o Pnuma 
(Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), representa: 40% dos materiais 
consumidos, 30% da geração de lixo sólido, 20% do consumo de água e 35% da energia 
consumida. 
Este é um ponto de virada para todos os setores, como: restringir a exploração de 
recursos; perceber que esses mesmos recursos são limitados; procurar entender a matriz 
energética que produz efeitos relacionados, como poluição; ajustar os padrões de 
consumo, como monstra o gráfico 1 abaixo; igualdade e assim por diante. 
 
Gráfico 1 – Distribuição de consumo de água em residência unifamiliar. 
 
Fonte: Rocha, Barreto e Loshimoto, (1999). 
 
O abastecimento de água potável é um problema para edifícios em várias regiões 
do planeta. 
As mudanças climáticas causadas pelo aquecimento global e padrões climáticos 
irregulares afetarão a disponibilidade desse recurso precioso. A proteção da fonte de 
água também será muito importante, porque quando uma parte da água é contaminada, 
20 
 
 
é necessário um processo muito lento e, às vezes, nem mesmo pode ser revertido. A 
tecnologia de reciclagem de água, como recuperação de fluidos, controle mais rigoroso 
dos resíduos, reciclagem de água pluviais e restauração do solo, serão a base para o 
processo. 
A água é considerada um recurso infinito, mas a realidade de hoje é diferente. É 
necessária uma visão de médio a logo prazo, na qual as etapas imediatas devem ser 
consideradas. 
As múltiplas inserções de tecnologia nos edifícios civis brasileiros levaram ao 
abandono gradual da tecnologia antiga. Atualmente, os preços de bens como a água 
tendem a subir, por outro, isso também representa a base do governo. Devido à 
necessidade de infraestrutura, de geração e distribuição de energia, o ônus é pesado e, 
nesse sentido, a tendência de aquecimento global e climático exige resposta imediata. 
As leis em alguns países e regiões exigem um controle mais rigoroso no consumo 
de água, e essas leis foram traduzidas em ações, como a medição personalizada das 
unidades habitacionais para incentivar os usuários a economizar recursos. De fato, esse 
é um dos principais pontos que impede muitos usuários de controlar seu consumo. 
Como dados iniciais para o cálculo do tanque de água (caixa d’água) no Brasil, o 
consumo considerado é de 250 litros por dia, enquanto na Alemanha, o número é de 100 
litros por dia. Entre os multiplicadores gerados pela cidade, a quantidade de água 
necessária para o abastecimento urbano é muito alta. Também é importante considerar 
que a água consumirá eletricidade durante sua produção e distribuição. 
Para viabilizar esse controle de consumo, é especialmente necessário criar um 
sistema de medição separado. Para analisar a implementação do sistema, é importante 
aumentar o potencial e o custo de uso em edifícios novos (simples) e edifícios existentes 
(mais complexos). 
A coleta de água da chuva reduz o custo da água potável. Assim o presente 
trabalho tem como foco, levantar as diversas possibilidades e um sistema de utilização 
dessa água da chuva, com suas determinadas etapas, está apta para utilização em 
lavagem de pisos, de carros, regar plantas, podendo usar em descargas sanitárias. Com 
algumas alterações recomendadas, entre outros, sempre obedecendo a aplicação de uso 
não potável. 
21 
 
 
1.1 JUSTIFICATIVA 
 
Diversas discussões são sobre alcançar edifícios mais sustentáveis e atender aos 
requisitos de proteção ambiental sem afetar o desenvolvimento da construção civil. 
A captação de água da chuva pode ser considerada um método alternativo e 
eficiente de abastecimento de água, principalmente em regiões de baixa pluviosidade. A 
essa necessidade de abastecimento soma-se a possibilidade de redução de custos na 
obtenção de água através das redes de distribuição. Segundo Dornelles, (2012), esse 
tipo de aproveitamento pode ser mais atrativo em edificações de uso comercial e 
industrial, onde o consumo de água não potável e áreas de captação são maiores, 
comparados às edificações residenciais. 
A impermeabilidade do solo, cada vez mais frequente nas grandes cidades, pode 
ser considerada um obstáculo para a infiltração da água. Sendo assim, a captação de 
águas pluviais pode ser uma solução para as enchentes, causadas muitas vezes por 
chuvas torrenciais. 
Os benefícios ambientais do aproveitamento de água da chuva são relevantes, 
pois podem contribuir com a recarga de aquíferos ao serem destinados à irrigação, além 
de também permitirem uma menor captação de água dos mananciais superficiais. Com 
um volume maior de água, esses corpos hídricos têm uma maior capacidade de diluição 
de contaminantes e de manutenção do ecossistema (DORNELLES, 2012). 
Nossa proposta é uma ideia de sustentabilidade na utilização da água da chuva 
para diversos usos não potáveis. Sem danificar e prejudicar os recursos hídricos, pois 
em algumas cidades ocorre a obrigatoriedade na construção de um novo 
empreendimento, projetar um sistema de retenção da água da chuva, para fins não 
potáveis para a edificação. Sem custos elevados, podemos desenvolver um projeto de 
reuso de água de chuva em edificações, facilmente. 
Para atender à ideia de sustentabilidade, recomenda-se o uso de água da chuva 
para a descarga na bacia sanitária. 
 
 
22 
 
 
1.2 OBJETIVO GERAL 
 
Este trabalho tem como objetivo atualizar e inovar, propondo a apresentação de 
uma técnica de reuso de água de chuva, com menção de um projeto, através de 
coberturas em áreas urbanas e direcionando para uma construção mais prática e 
sustentável. 
1.3 OBJETIVO ESPECÍFICO 
 
Este trabalho propõe um projeto para implantação da água da chuva em um 
edifício no estado do Rio de Janeiro, mostrando todas as suas etapas. 
Destacamos os objetivos abaixo: 
Examinar a viabilidade econômica da implementação do sistema, analisar os 
custos de implementação e manutenção relacionados ao uso da água potável na 
descarga sanitária de edifícios e use-a com mais frequência em novos empreendimentos 
imobiliários. 
• Analisar o índice de chuva para armazenamento e reutilização de água da 
chuva em edifícios. 
• Executar o cálculo da área de captação de água do telhado. 
• Calcular a capacidade do sistema de armazenamento (tanque de 
armazenamento de água). 
• Estimar a quantidade máxima de água da chuva coletada no edifício. 
• Estimar a redução no consumo de água na propriedade 
1.4 HIPÓTESE 
 
A água é um elemento renovável natural em três estados físicos da terra: líquido, 
sólido e gasoso. Quando a água é usada como um recurso hídrico, ela deve ser definida 
para fins econômicos; portanto, nem toda a água que existe no universo é considerada 
um recurso hídrico, porque nem todos têm capacidade econômica para conduzir a 
exploração. 
23 
 
 
1.5 MEIOS DE PESQUISA 
 
Este trabalho será baseado em pesquisas nas normas ABNT, mais 
especificamente a norma NBR 5626: Instalação predial de água fria, NBR 10844: 
Instalações prediais de água pluviais,NBR 12217: Projetos de reservatório de 
distribuição de água para abastecimento público e NBR 15527: Água da chuva – 
Aproveitamento de coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis que foca na 
fixação dos requisitos básicos que são exigidos para projeto de estruturas de concreto 
simples, armado e protendido e normas técnicas internacionais. 
O estágio atual deste trabalho é descrever as ideias de autores, a pesquisa e o 
processo de uso da água da chuva em uma bacia sanitária para fins de água não potável. 
Portanto, pode-se entender a importância de proteger os recursos hídricos e seu uso 
efetivo. 
1.6 TÉCNICA DE PESQUISA 
 
Através da análise da pesquisa bibliográfica, objetivamos descrever as ideias do 
autor, a pesquisa e o processo de reutilização de água da chuva para água não potável 
em bacias sanitárias. Portanto, pode-se entender a importância de proteger os recursos 
hídricos e seu uso inteligente. 
 Para fornecer uma base para a pesquisa, descrevemos um projeto baseado em 
pesquisa bibliográfica, que visa usar a água da chuva para descarga das bacias sanitárias 
do edifício. 
1.7 METODO DE ABORDAGEM 
 
Ao final desta pesquisa é desejado provar, a partir de estudos bibliográficos, que 
ao se garantir o reuso da água não potável à longo prazo, termos a diminuição do valor 
na conta de água e promover a adesão de novos empreendedores na área de 
construção civil. Com essa nova aplicação, temos benefícios de custo, tempo e meio-
ambiente 
Este trabalho é estruturado em seis capítulos: 1 - Introdução, 2 - Fundamentação 
teórica, 3 – Desenvolvimento, 4 - Resultados, 5 - Análise dos resultados, 6 - Conclusão. 
24 
 
 
Na introdução, capítulo 1, são citadas informações básicas relevantes sobre o 
tema abordado, bem como a justificativa e o objetivo para o estudo deste, a metodologia 
de pesquisa utilizada, e os possíveis resultados a serem encontrados ao final da 
pesquisa. 
Na fundamentação teórica, capítulo 2, são abordados diversos aspectos sobre os 
assuntos tratados neste trabalho. Num primeiro momento são apresentados alguns 
aspectos sobre o reuso da água não potável. Também são apresentados importantes 
aspectos sobre o reuso da água da chuva em edificações, em abordagem sobre os 
diferentes usos da água. E finalmente são apresentados detalhes sobre os estudos 
mencionados no trabalho. 
O desenvolvimento, apresentado no capítulo 3, é o item que aborda todos as 
informações consideradas no trabalho, as etapas que irão constituir esse sistema, como 
a captação, transporte, tratamento, armazenamento e a sua utilização, de modo que este 
capítulo prepara o leitor para possuir discernimento do assunto abordado e prosseguir a 
leitura. 
No capítulo 4, os resultados, são apresentados provenientes de uma utilização 
racional da água, um bem indispensável para o desenvolvimento da humanidade, quando 
essa mesma depreda a qualidade da água e paga por isso, de modo a desenvolver e 
verificar a eficiência dos métodos de captação de águas pluviais. 
Na análise dos resultados, no capítulo 5, pesquisa de modo geral, teve como alvo 
a melhoria do entendimento da técnica de reutilização da água da chuva, em que foi 
possível obter um maior número de informações, que contribuíram no aumento da 
qualidade dos dimensionamentos para as obras e melhores resultados com as normas 
técnicas. São sugeridas algumas linhas de pesquisa que futuramente poderiam ser 
adotadas: desenvolvimento de cálculo de dimensionamento de vazão de projeto com 
apresentação e análise de custo; 
Foi apresentado um cenário baseado na necessidade da construção civil, onde a 
partir de contribuições de outros pesquisadores, obteve-se uma ampla visão de técnica 
de reutilização da água da chuva. 
25 
 
 
A conclusão é apresentada no capítulo 6, com a apresentação dos 
principais itens observados durante o desenvolvimento da pesquisa e análise dos 
resultados encontrados com base nos estudos apresentados. 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
No Rio de Janeiro, a água da chuva deve ser coletada de acordo com o Decreto 
nº 23.940, de 30 de janeiro de 2004, são reguladas superfícies impermeáveis com mais 
de 500m². Em Niterói, foi implementando a Lei 2856 de 25 de junho de 2011, a 
importância do consumo racional de água foi esclarecida, informando-se sobre a 
exigência de coleta, armazenamento e uso da água da chuva em novos edifícios. 
A partir disso é necessário reutilizar águas residuais em bacias sanitárias, e após 
esse processo é permitido o descarte em redes públicas de esgoto. 
Como já fundamentado na introdução, muitos fatores são causadores da 
necessidade de reuso de água não potável, as quais diversas soluções podem ser 
aplicadas. 
Neste capítulo será abordada a revisão da literatura, a fim de obter a 
fundamentação teórica do assunto discutido e o embasamento necessário para o 
desenvolvimento do trabalho. 
Serão apresentadas as técnicas utilizadas no reuso de água proveniente da chuva, 
que servirão como parâmetros comparativos à técnica e inovação pela aplicação de 
coleta, tratamento e soluções, para a economia e sustentabilidade da edificação. 
2.1 MÉTODOS REUSO DE ÁGUA 
 
Para determinar e avaliar o sistema de reutilização de água da chuva em edifícios 
residenciais, um edifício foi selecionado para executar o projeto de implementação de um 
sistema de recuperação de água da chuva. 
 
2.1.1. UTILIZAÇÃO DA ÁGUA E TECNICAS DE ESTUDO. 
De acordo com a portaria nº 518/2004 do Ministério da Saúde, a água potável é 
responsabilidade dos fornecedores de águas. Nesse caso, o sistema de abastecimento 
26 
 
 
de água e soluções criativas para engenharia, devem ser responsáveis pela qualidade 
da água e pelos departamentos de saúde de diferentes órgãos governamentais 
responsáveis pela “APHMQ - Água Potável Humana Monitoramento da Qualidade". 
Também enfatiza as responsabilidades das agências de controle ambiental, como 
mostrado nas tabelas 1 e 2 abaixo, e monitora e controla a água bruta de acordo com 
vários usos, incluindo o uso da água para consumo humano. 
 
Tabela 1 – Área do setor de saneamento no Brasil. 
Abastecimento de água 
Número de economia abastecidas 45.534.309 Unidades 
Número de economia ativas abastecidas em residências 45.342.569 Unidades 
Número de municípios 
Rede de distribuição de água - Unidades 
Com cobrança pelo serviço de abastecimento de água 5.531 Unidades 
Volume de água tratada distribuída por dia 56.739.726 M3 
Tipo de tratamento de água 
Convencional 39.282.607 M3 
Não convencional 4.264.854 M3 
Simples desinfecção (cloração e outros) 13.136.493 M3 
Sem tratamento 4.323.766 M3 
Fonte: IBGE 2008. 
 
Tabela 2 - Área do setor de saneamento no Brasil. 
Manejo da água pluvial 
Com dispositivo coletivo de detenção ou amortecimento 
de vazão de água pluviais 
665 Unidades 
Localização do dispositivo 
Nos receptores 442 Unidades 
Fora dos corpos receptores 306 Unidades 
Com serviço de drenagem urbana subterrânea 4.019 Unidades 
Tipo de coletora 
Separadora 3.384 Unidades 
27 
 
 
Unitária ou mista 987 Unidades 
Com serviço de gestão de águas pluviais 5.256 Unidades 
Ponto de levantamento de influente 
Área livres públicas e particulares 1.090 Unidades 
Cursos d´água intermitentes 886 Unidades 
Cursos d´água permanentes 3.909 Unidades 
Lagoas 524 Unidades 
Mar 153 Unidades 
Outros 281 Unidades 
Fonte: IBGE 2008. 
 
A humanidade usa a água para diferentes propósitos, principalmente para o 
suprimento humano, mas também existem atividades de irrigação, produção de energia, 
pecuária, navegação, recreação e embelezamento ambiental e muitas outras. 
A hidrosfera representa toda a água do mundo, estima-se que 97% da água da 
terra esteja no oceano e 1,5% da água da outra parte exista na forma de gelo e neve. A 
tendência para o consumo humano não é fácil de atingir 1% do total mundial. Mesmo 
assim, o consumo de água humana na Américado Sul é o maior. 
2.1.2 DIVERSIDADE DE APLICAÇÃO DE ÁGUA 
 
A água também é amplamente utilizada para suprimento industrial e é classificada 
como a água mais usada na agricultura e irrigação, sendo usada principalmente em áreas 
áridas e semi-áridas. A quantidade de água utilizada varia de acordo com a finalidade do 
que está sendo produzido pela agricultura. 
A navegação, é um método não utilizável, usada como meio de transporte sem 
perturbar suas características. Outro uso não consumível da água é a recreação, muito 
comum em rios ou cursos de água de boa qualidade (COLLISCHON; DORNELLES, 
2013). 
O uso da água para produção de energia é outro aspecto muito importante, e a 
terra é usada para gerar potencial. No Brasil, a maior parte da eletricidade consumida é 
28 
 
 
gerada em usinas hidrelétricas, representando cerca de 90% da geração total de energia. 
Para essas distribuições, consulte a tabela 3. 
Tabela 3 – Distribuição da água na terra. 
Distribuição da 
água na terra 
Volume (10³ 
km³) 
Percentual da 
água na terra 
(%) 
Percentual da 
água doce na 
Terra (%) 
Oceanos/água 
salgada 
1338000 97% 0% 
Gelo permanente 24064 1,7% 69% 
Água subterrânea 
(doce) 
10530 0,76% 30% 
Lagos (água doce) 91 0,007% 0,26% 
Umidade do solo 16,5 0,001% 0,05% 
Água atmosférica 12,9 0,001% 0,04% 
Banhados 11,5 0,0008% 0,03% 
Rios 2,12 0,0002% 0,006% 
Biota 1,12 0,0001% 0,003% 
 
Fonte: Collischon e Dornelles (2013). 
2.1.3 A ÁGUA E SUAS CARACTERÍSTICAS GERAIS DE QUALIDADE 
 
Os padrões de classificação pretendem classificar a água de acordo com a sua 
potabilidade, a segurança que apresenta para o ser humano e para o bem-estar dos 
ecossistemas. 
Segundo a Portaria nº 36 - 90, Água Potável: aquela com qualidade adequada ao 
consumo humano. 
Existe um conjunto de padrões da qualidade água, que variam de pessoa para 
pessoa, seja consumo humano, indústria, uso agrícola, lazer ou manutenção do equilíbrio 
ambiental, de acordo com seu uso. Esses parâmetros são indicadores da qualidade da 
água e constituem impurezas quando alcançam valores superiores aos estabelecidos 
para determinado uso. 
A portaria n° 36 - 90 estabelece normas e padrões para a água potável destinada 
ao consumo humano. A água potável destinada ao abastecimento da população deve 
atender às seguintes características qualitativas: física, organoléptica e química. 
O (IQA) Índice de Qualidade da Água é um indicador que consiste em nove 
parâmetros comumente usados nas avaliações da qualidade da água: temperatura da 
água, pH, (OD) oxigênio dissolvido, (DBO) demanda bioquímica de oxigênio, bactérias 
29 
 
 
resistentes à temperatura, nitrogênio total, fósforo total, sólidos totais e turbidez. Como 
outros parâmetros apresentados aqui, o IQA confirma que os problemas de qualidade da 
água estão concentrados nos corpos de água localizados nas grandes cidades. 
O crescimento desordenado do consumo mundial é o principal fator que afeta a 
escassez desse recurso. No Brasil, o Ministério da Saúde estabeleceu essas normas 
através do Portaria nº 36/90, com um valor máximo permitido (VMP) de 1.000 mg/L STD. 
A Organização Mundial da Saúde (OMS), a Agência de Proteção Ambiental dos EUA 
United States Environmental Protection Agency (Usepa), a Associação Brasileira de 
Normas Técnicas (ABNT) e o Serviço de Saúde Pública dos EUA (USPHS) usam o 
mesmo valor de VMP (REBOUÇAS, 2006). 
Como as grandes indústrias lançam grandes quantidades de produtos químicos 
nos rios, a qualidade da água disponível para consumo está diminuindo, especialmente 
em fontes de água próximas a grandes centros industriais urbanos. Como pesticidas e 
fertilizantes químicos são usados para colocar substâncias tóxicas no solo, a mesma 
situação ocorreu em áreas próximas às atividades agrícolas. Quase não há confiabilidade 
na qualidade dessa água, portanto, se não puder ser rigorosamente controlada, não 
poderá ser extraída. 
Segundo a ANA (Agência Nacional de Água), Criada pela (lei nº 9.984 de 2000), 
agência reguladora que dedicada a fazer cumprir os objetivos e diretrizes da Lei das 
Águas do Brasil, a (lei nº 9.433 de 1997). 
Com o objetivo de ampliar, padronizar e integrar estas redes, a ANA lançou em 
2013 a Rede Nacional de Monitoramento da Qualidade da Água (RNQA). Em 2018 havia 
2.873 pontos de monitoramento de qualidade de água em operação em 24 UFs. A 
previsão da RNQA é a implantação de 4.534 pontos de monitoramento em todo Brasil, 
com padronização de frequência, procedimentos de amostragem por análise e 
parâmetros monitorados, a fim de tornar os dados de qualidade de água comparáveis em 
âmbito nacional. 
Para garantir o acesso em quantidade suficiente e adequada a cada região de 
acordo com a potabilidade, a Vigilância de Abastecimento Público fez um conjunto de 
atividades de responsabilidade da autoridade sanitária estaduais. A finalidade é avaliar a 
qualidade distribuída e a possível tomada de medidas necessárias, no caso que não 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9984.htm
30 
 
 
atenda ao padrão de potabilidade de cada região, conforme a figura 1 abaixo; 
 
 
 Figura 1 – Pontos de amostragem das redes de qualidade de água operadas pelas UFs. 
 
 
2.2. CICLO DA ÁGUA DOCE NO BRASIL 
 
O Brasil em termos de expansão territorial ocupa o quinto lugar no ranking mundial, 
alcançando 8547403 km², além de uma das maiores reservas de água doce, devido ao 
grande número de plantas perenes. Isso faz com que o Brasil, dono de cerca de 14% dos 
recursos hídricos superficiais do mundo e um dos maiores reservatórios subterrâneos de 
água líquida, seja considerado por muitos especialistas como "água da Arábia Saudita". 
Para eles, o Brasil deve usar seus enormes benefícios estratégicos de maneira diferente 
em um futuro cenário de escassez global. ANA - Agência Nacional de Águas, (2015). 
Em 2015, a Agência Nacional de Águas estipulou que cerca de 54% dos estados 
brasileiros têm problemas com a distribuição de água potável, o que afeta diretamente a 
qualidade de vida da população, afetando não apenas os grandes centros urbanos, mas 
também as áreas rurais. Estima-se que no Brasil 36% da água tratada para consumo 
humano seja desperdiçada nesse processo, principalmente devido à baixa qualidade dos 
serviços de abastecimento de água prestados, (HENDGES, 2015). 
 
 Fonte: ANA (Agencia Nacional da Água). 
 
 
 
31 
 
 
2.2.1 CICLO DA ÁGUA 
 
Segundo dados da ANA (Agência Nacional da Água, 2015), a precipitação é a 
principal causa de entrada de água no ciclo hidrológico. Quando se instala, parte flui para 
o rio, parte penetra e o restante evapora ou permanece nas folhas da vegetação. 
Para entender melhor o ciclo, pode-se imaginar que ele começa com a evaporação 
da água dos oceanos. O vapor gerado é transportado pelo movimento da massa de ar. 
Sob certas condições, o vapor pode condensar e formar nuvens, o que pode causar 
precipitação. Esta precipitação que ocorre na terra pode ser dispersa de várias maneiras, 
a maior parte permanece temporariamente no solo onde caiu, e a água retorna à 
atmosfera através da evaporação e transpiração das plantas. Parte da liquido restante 
flui sobre a superfície do solo ou rio, enquanto a outra parte penetra profundamente no 
solo para fornecer água para o lençol freático. A figura 2 abaixo mostra como essas 
relações entre fases ocorrem. Para entender melhor o ciclo, ele pode ser visualizado 
como a partir da evaporação. 
 
Figura 2 – Ciclo hidrológico esforços compostos. 
 
 
Ao longo do ciclo hidrológico, as características da água mudam de maneira 
diferente. Durante o processo de evaporação, a água salgada presente no oceano é 
convertida em água doce através do processo de evaporação. Quando o sedimento entra 
em contato com o solo por osmose, certos minerais presentes no solo são transportados 
Fonte: USGS - United StatesGeological Survey. 
32 
 
 
para o canal de água. A Tabela 4 abaixo mostra o fluxo anual estimado de água no ciclo 
hidrológico global. 
Tabela 4 – Estimativa dos fluxos de água anuais do ciclo hidrológico global (valores em km³ X ano-1). 
Processo Oceanos Continentes 
Precipitação 458000 119000 
Evaporação 505000 72000 
Fluxo dos continentes para os oceanos por via 
superficial (rios) 
 44700 
Fluxo dos continentes para os oceanos por via 
subterrânea 
 22000 
Fonte: Collischonn e Dornelles (2013). 
 
2.3. CHUVAS E SUAS CARACTERISTICA 
2.3.1. TEMPERATURAS E FORMAÇÃO DAS CHUVAS 
 
A maior parte da água na atmosfera existe na forma de vapor e aumenta à medida 
que a temperatura do ar aumenta. Para a formação de nuvens de chuva, uma grande 
quantidade de ar úmido se moverá para cima e, à medida que a temperatura do ar 
diminuir, serão geradas pequenas partículas de água, o que formará as gotas de chuva. 
Às vezes, essas partículas de água podem se transformar em gelo. Eles continuaram a 
crescer até começarem a se estabelecer na superfície da terra na forma de água da 
chuva, como mostra a figura 3 abaixo, (COLLISCHONN; DORNELLES, 2013). 
Figura 3 – Classificação quanto à quantidade de chuva. 
 
Fonte: ANA (Agencia Nacional da Água). 
33 
 
 
2.3.2. CHUVAS CICLÔNICAS 
 
Quando duas grandes massas de ar, com temperaturas e umidade diferentes, 
convergem, causam chuvas de ciclones. 
 
2.3.3. CHUVAS CONVECTIVAS 
 
 São chuvas causadas pelo movimento do ar mais quente subindo e condensando. 
Na figura 4, pode-se observar que a chuva convectiva é causada principalmente pela 
diferença de temperatura próxima à atmosfera terrestre. Eles são caracterizados por uma 
vida curta, mas alta resistência e pequena área de cobertura. 
 
Figura 4 - Chuvas convectivas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Infoescola (2016). 
 
2.3.4. CHUVAS OROGRÁFICAS 
 
Surge quando uma massa móvel de ar úmido encontra uma barreira topográfica 
(montanha, etc.) e é forçada a subir com uma diminuição da temperatura, seguida pela 
condensação do vapor d'água e formação de nuvens. As chuvas orográficas têm baixa 
intensidade e longa duração. O esquema de sua operação é mostrado na figura 5 abaixo: 
 
https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2009/10/chuva-convectiva.jpg
34 
 
 
Figura 5 – Chuva orográfica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Infoescola (2016). 
 
2.4. COLETA DE DADOS DAS CHUVAS 
 
2.4.1. ANÁLISE DOS DADOS DAS CHUVAS 
 
Para analisar os dados das chuvas, alguns fatores precisam ser considerados 
(COLLISCHONN; DORNELLES, 2013): 
• Altura: a altura da camada de água da chuva precipitada na superfície da Terra, 
uma vez que é completamente plana e não leva em consideração a infiltração 
no solo. 
• Duração: o período de chuva. 
• Intensidade: altura da chuva em função da duração (tempo de chuva). 
• Frequência: repetição de certas quantidades de chuva, geralmente há uma alta 
frequência de chuva de menor intensa, chuva pesada é menos frequente. 
• Tempo de Retorno (TR): é o determinado período em que se tem a repetição 
de uma mesma quantidade de chuva. 
 
Por exemplo, no Brasil, a chuva varia muito, espacial ou sazonalmente. Quando 
há uma diferença nos parâmetros de precipitação de um ponto para outro, é observada 
variabilidade espacial. No mesmo dia chuvoso, isso geralmente ocorre quando há muita 
https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2009/10/chuva-orografica.jpg
35 
 
 
chuva no território. Quando um determinado ponto de medição registra precipitação, é 
diferente do outro. Devido ao vasto território do Brasil, as mudanças sazonais são muito 
comuns no Brasil e as chuvas em certas partes do país dependem do mês do ano 
(COLLISCHONN; DORNELLES, 2013). 
 
2.5. UTILIZAÇÃO DA CHUVA PARA USO URBANO 
 
No Brasil, os sistemas de otimização da água não são extensos e poucos edifícios 
possuem sistemas que racionalizam o uso da água. Neste trabalho, a reutilização da 
água exposta ou o uso da água da chuva contraria o conceito de uso racional da água. 
No caso de lavagens sanitárias no banheiro, a água de menor qualidade é utilizada para 
fins de baixo custo. Por meio desse sistema, o consumo de recursos hídricos é atenuado 
e o consumo de recursos hídricos está desatualizado (TOMAZ, 2003). 
 O sistema de utilização de água da chuva é uma estrutura relativamente simples 
que pode ser facilmente introduzida no dispositivo hidráulico de um edifício. O uso deste 
sistema pode minimizar o consumo de água potável. Esse processo se tornará mais 
favorável quando o projeto estiver localizado em uma área com alta intensidade de 
chuvas, (SINDUSCON-SP, 2007). 
 
2.6. LEIS RELACIONADAS AO USO DAS ÁGUAS 
 
No decreto 24.643 / 1934 do Código da Água, o uso da água da chuva é 
regulamentado com as leis abaixo: 
• Artigo 102; 
❖ Consideram-se águas pluviais as que procedem imediatamente das 
chuvas 
• Artigo 103; 
❖ As águas pluviais pertencem ao dono do prédio onde caírem 
diretamente, podendo ele dispor delas à vontade, salvo existindo 
direito em contrário. 
▪ Parágrafo único: ao dono do prédio, porém não é permitido. 
36 
 
 
▪ I. Desperdiçar essas águas em prejuízo dos outros prédios 
que delas se possam aproveitar, sob pena de indenização 
aos proprietários dos mesmos; 
▪ II. Desviar essas águas do seu curso natural para lhes dar 
outro, sem consentimento expresso dos donos dos prédios 
que irão recebê-las. 
• Artigo 104; 
❖ Transpondo o limite do prédio em que caírem, abandonadas pelo 
proprietário dele, as águas pluviais, no que lhes for aplicável, ficam 
sujeitas às regras ditadas para as águas comuns e para as águas 
públicas. 
• Artigo 106; 
❖ É imprescritível o direito de uso das águas. 
• Artigo 107; 
❖ São de domínio público de uso comum as águas pluviais que caírem 
em lugares ou terrenos públicos de uso comum. 
• Artigo 108; 
❖ A todos é lícito apanhar estas águas. 
▪ Parágrafo único: não se poderão, porém, construir nesses 
lugares ou terrenos, reservatórios para o aproveitamento das 
mesmas águas sem licença da administração. 
 
2.7. QUALIDADE DA ÁGUA DA CHUVA 
 
De acordo com a ABNT, NBR 15527, (2007), a qualidade da água da chuva urbana 
para fins não potáveis deve atender aos parâmetros da tabela 5 abaixo. 
37 
 
 
 
Fonte: ABNT, NBR 15527 (2007). 
 
De acordo com os padrões do projetista, use para desinfecção os derivados de 
cloro, luz ultravioleta, ozônio etc. Nos casos em que é necessário desinfetante residual, 
podem ser utilizados derivados de cloro, (ABNT, NBR 15527, 2007). 
 
2.8. PREVISÃO DE CONSUMO DE ÁGUA 
 
Como existem muitos fatores no uso dessa água, é difícil prever a quantidade 
exata de água usada na casa. No Brasil, não há estudo definitivo sobre o consumo 
residencial de água, (TOMAZ, 2003). 
 Para Tomaz (2003), realizar o cálculo do consumo na bacia sanitária, utilizamos 
como exemplo uma habitação com 5 pessoas, que ocupam a bacia sanitária 5 vezes ao 
dia e estipulam que há vazamento de 8% por descarga. Executando o cálculo mostrado 
abaixo, o consumo mensal chega a 7290 litros por mês. 
❖ 5 x 5 (pessoas x emissões) / dia x 9 litros / emissões x 1,08 
(vazamento) x 30 dias = 7290 litros por mês. 
A fim de atender às necessidades diárias de água de diferentes instalações, 
(Ferreira ,2014) publicou a seguinte tabela 6. 
 Tabela 5 – Parâmetro de qualidade da água da chuva para fins não potável 
38 
 
 
Tabela 6 – Valores de consumo predial (litros/dia). 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. DESENVOLVIMENTO 
 
 
3.1. SISTEMA DE CAPTAÇÃO DA ÁGUA DA CHUVA EM TELHADOS 
 
Voltando à aplicação do conceito de um sistema de coleta de água da chuva, "Para 
fins de água não potável’, é necessário seguir a aplicação de elementos reutilizados, a 
fim de contribuir para a coleta adequadamentetratada, porque não é água potável. Esse 
sistema demostrado na figura 6 abaixo, tem como conceito a captação, transporte, 
tratamento, armazenamento e a utilização de uso não potáveis. A seguir, um exemplo de 
residência com o sistema de reuso de água da chuva. (SINDUSCON-SP, 2007). 
 Prédio Consumo (Litros) 
 
Alojamentos provisórios 80 per capita 
Casas populares ou rurais 120 per capita 
Residências 150 per capita 
Apartamentos 200 per capita 
Hotéis (s/ cozinha e s/ lavanderia) 120 por hóspede 
Hospitais 250 por leito 
Escolas (internatos) 150 per capita 
Escolas (externatos) 50 per capita 
Quartéis 150 per capita 
Edifícios públicos ou comerciais 50 per capita 
Escritórios 50 per capita 
Cinemas e teatros 2 por lugar 
Templos 2 por lugar 
Restaurantes e similares 25 por refeição 
Garagens 50 por automóvel 
 Lavanderias 30 por Kg de roupa seca 
Mercados 5 por m² de área 
Matadouros - animais de grande porte 300 por cabeça abatida 
Matadouros - animais de pequeno porte 150 por cabeça abatida 
Fábricas em geral (uso pessoal) 70 por operário 
Postos de serviços para automóveis 150 por veículo 
Cavalariças 100 por cavalo 
Jardins 1,5 por m² 
Fonte: Ferreira (2014). 
 
 
39 
 
 
 
Figura 6 – Esquema de utilização da água da chuva. 
 
 
 
 
Fonte: HI Tecnologia - Automação Industrial © 1989-2017. 
 
3.1.1. O CAMINHO DAS ÁGUAS 
 
Antes de aterrissar no chão, a maior parte da chuva cai numa copa de árvore. Em 
seguida, desce em momentos diferentes, se infiltra no solo e fornece água subterrânea. 
De fato, a severa escassez de água no planeta é a distribuição desigual desse recurso 
natural. Toda a água que existe na terra é a mesma que existia milhões de anos atrás. 
Hoje, as casas bloqueiam os "buracos" do solo das árvores que costumavam ser. Um 
telhado de 100 metros quadrados impede que a água da chuva penetre em 100 metros 
quadrados de árvores e solo da vegetação. A figura 7 mostra o reservatório temporário 
de chuva. 
A água da chuva que cai no telhado flui da superfície do solo ao redor da casa. O 
escoamento vazará para certos corpos d'água e também retira a parte superior do solo, 
que tem o maior teor de nutrientes. Dê uma olhada no problema: a água da chuva não 
se infiltra, não torna o solo estéril e obstrui as veias da água. 
 
 
 
40 
 
 
Figura 7 – Reservatório – Armazenamento da água da chuva. 
 
 Fonte: Ecovila Clareando (2019). 
 
3.1.2. FATORES METEROLÓGICOS 
 
Para calcular a intensidade da precipitação "i", devem ser considerados o valor 
suficiente da duração da precipitação e o valor "TR", e o tempo de retorno é especificado 
da seguinte forma: 
• Empoçamentos em áreas pavimentadas pode ser tolerada, 1 ano; 
• Para telhado e / ou terraço, 5 anos; 
• Áreas onde poças ou transbordamentos não podem ser tolerados 
(telhados), 25 anos. 
❖ A precipitação deve ser tempo fixado, t = 5 minutos; 
❖ Por exemplo, um edifício de projeção horizontal de 100 metros quadrados 
usa I = 150 mm / h. 
Para projetar um sistema de captação de água da chuva, é preciso entender a 
precipitação média mensal. 
 
 
 
41 
 
 
Equação 1 – Vazão do projeto. 
3.1.3. VAZÃO 
 
A vazão do projeto é obtida da seguinte forma: 
• 
 
❖ 
❖ Onde: 
➢ Vazão, em Litros por minuto (L/min) = Q; 
➢ Intensidade, em milímetro/hora (mm/h) = I; 
➢ Área, em metros quadrados (m²) = A; 
A equação de vazão de projeto e descrita acima é definido pela ABNT, (NBR 
10844, 1989). 
 
3.1.4. CALHAS 
Na medida do possível, a calhas de platibanda e de beiral devem estar presos na 
extremidade da cobertura. A colocação dessas calhas deve uniformizar a inclinação e 
usar 0,5% de uma inclinação mínima. É necessário instalar extravasores quando não são 
permitidos vazamentos nas calhas, para que essa água seja drenada no lugar certo. 
(ABNT, NBR 10844, 1989). 
Na ABNT, quando a saída menor de quatro metros da calha, temos que determinar 
uma direção alternativa, a vazão de projeto deve ser multiplicada pelos seguintes fatores, 
conforme as tabelas 7 e 8 abaixo. 
 
Tabela 7 - Coeficiente para dimensionamento de calhas. 
 
Tipo de curva Curva a menos de 2m 
da saída da calha. 
Curva entre 2 e 4m da 
saída da calha. 
Canto reto 1,2 1,1 
Canto arredondado 1,1 1,05 
Fonte: ABNT, NBR 10844 (1989). 
A dimensão da calha é determinada de acordo com a fórmula de Manning-
Strickler, como mostrado abaixo: 
42 
 
 
Equação 2 – Vazão de projeto, formula de Manning-Stricler. • 
 
• 
• Onde: 
➢ Coeficiente de rugosidade (ver tabela) = n; 
➢ Vazão de projeto, em Litros por minuto (L/min) = Q; 
➢ Área da seção molhada, em metros quadrados (m²) = S; 
➢ Raio hidráulico, em metro (m) = R; 
➢ Perímetro molhada (P/S), em metro = RH; 
➢ i = declividade da calha, em metros/metros (m/m) = i; 
➢ K = 60.000 (Norma). 
 
Tabela 8 – Coeficiente de rugosidade para dimensionamento de calhas. 
Material 
Plástico, fibrocimento, aço, metais não-ferrosos. 0,011 n 
Ferro fundido, concreto alisado, alvenaria revestida. 0,012 n 
Cerâmica, concreto não-alisado. 0,013 n 
Alvenaria de tijolos não-revestida. 0,015 n 
Fonte: ABNT, NBR 10844 (1989). 
De acordo com o método especificado na tabela 9 (ABNT, NBR 10844, 1989), 
quando existe uma calha semicircular, é utilizado o coeficiente de rugosidade n = 0,001. 
De acordo com a fórmula de Manning-Strickerler, quando a profundidade da água é 
igual à metade do diâmetro interno, pode ocorrer as seguintes vazões: 
Tabela 9 – Vazões de calhas semi-circulares com n=o,oo1. 
 
 
 
Fonte: ABNT, NBR 10844 (1989). 
Diâmetro 
Interno (mm) 
 
Declividades 
 
 0,50% 1% 2% 
100mm 130 183 256 
125mm 236 333 466 
150mm 384 541 757 
200mm 829 1167 1634 
43 
 
 
Figura 8 – Ábaco para dimensionamento de condutores verticais. 
3.1.5. CONDUTORES VERTICAIS 
 
Segundo a ABNT (NBR 10844, 1989), os condutores verticais podem ser 
instalados em ambientes internos ou externos. Para obter desempenho suficiente, o 
diâmetro interno desses fios não deve ser inferior a 70 mm. É melhor que a direção da 
coluna em queda não mude, mas, se necessário, use uma curva de 90 ou 45 ° e instale 
as peças de controle conforme mostrado nas figuras 8 e 9. 
 
• O dimensionamento dos condutores deve ser estabelecido com a utilização 
dos ábacos, através dos seguintes dados: 
➢ Vazão de projeto, em Litros por minuto (L/min) = Q; 
➢ Altura da lâmina de água na calha, em milímetro (mm) = H; 
➢ Comprimento do condutor vertical, em metros (m) = L; 
 
 
 Fonte: ABNT, NBR 10844 (1989). 
 
 
 
 
 
 
44 
 
 
Figura 9 – Ábaco para dimensionamento de condutores verticais. 
 
 
 Fonte: ABNT, NBR 10844 (1989). 
 
3.1.6. CONDUTORES HORIZONTAIS 
 
Conforme descrito na ABNT, NBR 10844, 1989, condutores horizontais devem, 
ser instalados com uma inclinação uniforme de pelo menos 5%. as dimensões são 
calculadas, uma altura de dois terços (2/3) do diâmetro interno do tubo é tratada como 
uma lâmina de água. As instalações de conexões com mudança de direção, devem ser 
a cada 20 metros diretamente da tubulação, isso se aplica à tubulação enterrada. Com a 
fórmula de Manning-Strickler e uma profundidade com dois terços de água, as taxas de 
fluxo especificadas na Tabela 10 foram alcançadas: 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
 
Tabela 10 – Vazões de condutores verticais de acordo com a fórmula de Mannig-Strickler. 
Diâmetro 
interno 
(D) (mm) 
 n=0,011 n=0,012 
 
n=0,013 
 
 0,50% 1% 2% 4% 0,50% 1% 2% 4% 0,50% 1% 2% 4% 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 
50 32 45 64 90 29 41 59 83 27 38 54 76 
75 95 133 188 267 87 122 172 245 80 113 159 226 
100 204 287 405 575 187 264 372 527 173 243 343 486 
125 370 521 735 1040 339 478 674 956 313 441 622 882150 602 847 1190 1690 552 777 1100 1550 509 717 1010 1430 
200 1300 1820 2570 3650 1190 1670 2360 3350 1100 1540 2180 3040 
250 2350 3310 4660 6620 2150 3030 4280 6070 1990 2800 3950 5600 
300 3820 5380 7590 10800 3500 4930 6960 9870 3230 4550 6420 9110 
Fonte: ABNT, NBR 10844 (1989). 
 
3.1.7. FILTRAGEM 
 
Os condutores que levam a água da chuva até o reservatório de autolimpeza, ou 
para outro dispositivo qualquer, não devem sofrer entupimentos. Para tanto, o sistema 
de coleta deve conter um sistema de peneiras para a retirada de folhas e galhos. 
A colocação de um sistema de filtragem Nominal, como podemos observar na 
figura 10 é de uma filtragem nominal, para que no arrasto faça a filtragem mais eficiente 
em particulados de até 400 mícrons, equivalente a uma pedra, folhas e outros resíduos 
graúdos, mas existem outras aplicações de modo que a tecnologia vem se inovando, 
como o uso de um dispositivo na saída da calha ou uma grade na entrada de água do 
reservatório. 
Não é aconselhado o uso de um sistema com um range de trabalho, mas laminado, 
pois, o dispositivo irá saturar mais rápido e a manutenção nesta área de difícil acesso 
será constante, porém não eficaz. 
 
46 
 
 
Figura 10 – Separador de folhas Fortlev. 
 
Fonte: May, 2004 
 
Ao executar o recolhimento da água da chuva pelas calhas, faz-se necessário a 
instalação de um filtro de maior capacidade de separação de um modo ainda com 
filtragem nominal. O objetivo deste filtro é reter material abaixo de 70 mícrons, o que 
equivale às partículas de areia presentes em telhados e calhas, para que não sejam 
transportados por água para o sistema de coleta. 
Existem diversos modelos de filtros, como na figura 11. Que podem ser instalados 
e com grau de filtragem mais fechada, sendo que temos que levar em consideração a 
saturação rápida e assim terá uma manutenção mais contínua em pouco tempo, que não 
é adequado. Devemos definir o tipo de aplicação do uso antes da instalação. Sendo 
assim o equipamento tem que ficar alojado na tubulação de queda das calhas ou através 
de uma caixa coletora para que tenha melhor eficiência na coleta. 
A água recolhida da chuva escorre por meio da tubulação das calhas e entra na 
caixa coletora. A superfície da caixa possui uma malha de arame fina ou qualquer outro 
material para que o filtro possa reter materiais indesejados (como folhas). 
A peneira não e de retém microrganismos e contaminantes químicos, pois ela não 
tem essa eficiência, portanto, é necessário limpar regularmente esse material. 
Recomenda o uso de uma peneira com diâmetro nominal entre 0,20 mm e 1 mm, (Tomaz, 
2003). 
47 
 
 
 Fonte: 3º FÓRUM INTERNACIONAL ECOINOVAR (2014). 
 
Após a água coletada ser armazenada no reservatório inferior e filtrada por um 
processo demostrado na figura 11 com método nominal, ela é sugada pela bomba para 
o reservatório superior, mas antes disso passa por sistema filtragem de modo absoluto 
composto de três filtros em estágio de 50 mícrons, 25 mícrons e um de carvão ativado 
com 15 mícrons de modo que se retire particulados e odor da água coletada. 
Dependendo da aplicação podemos dimensionar uma filtragem mais aberta, sendo 
que para o não desgaste da bomba e manutenções em tubulações para redução de 
contaminação, devemos adotar esse grau de filtragem que foi sugerido ao projeto que 
estamos desenvolvendo. 
Essa situação leva a uma menor taxa de desgaste. Quando a taxa de desgaste é 
mantida baixa o suficiente, o componente projetado pode atingir a vida útil esperada, que 
pode ser de milhões de curtos ciclos de manutenção. 
O tamanho das partículas é geralmente medido em uma escala de micrômetro. Um 
micrômetro é um milionésimo de metro ou um trigésimo de polegada. O limite da 
visibilidade humana é de cerca de 40 mícrons. Lembre-se de que a maioria das partículas 
que danificam o sistema de lubrificação ou hidráulico é inferior a 40 mícrons. Portanto, 
eles são microscópicos e não podem ser vistos a olho nu. 
 
 
Figura 11– Exemplo de filtro de peneira em caixa coletora de água. 
 
48 
 
 
 
Fonte: Catalogo Microfilter (2016). 
 
O tratamento eficaz da água é essencial para vários processos que visam manter 
o ambiente limpo e a operação segura dos sistemas industriais. No gerenciamento de 
água, agricultura, usinas de energia ou indústrias de produção, são necessários filtros de 
água duradouros e de baixa manutenção que atendam aos mais altos requisitos e sejam 
econômicos. 
Ao tratar água de rio ou água potável, um sistema de filtragem, filtro único, filtro 
duplo ou filtro automático pode ser usado de acordo com as necessidades da aplicação 
para garantir que a limpeza especificada seja alcançada a cada operação. 
A NBR 12216, norma usada no sistema de filtragem, estabelece um grau de 
limpeza definido. Além disso, quando a sujeira é extremamente pesada sob condições 
de partículas pesadas, dependendo da aplicação, o filtro deve ser proporcional ao melhor 
resultado. 
 
3.1.8 RECURSO HÍDRICO: USO E APROVEITAMENTO 
 
Figura 12 – Microfilter sistema big blue. 
 
49 
 
 
O equipamento para derramamento de líquido é muito eficaz em várias indústrias, 
a fim de utilizá-lo para fins de água não potável. Todo o sistema de coleta de água da 
chuva consiste nos seguintes componentes básicos, como mostra a figura 13 abaixo: 
• Áreas de captação, ou seja, o telhado, superfície onde a chuva cai; 
• Calhas e condutores, são os canais de transporte por meio da superfície de 
coleta e o tanque de armazenamento; 
• By pass; 
• Filtro e peneira; 
• Reservatório e extravasor. 
Figura 13 – Esquema de coleta de água da chuva. 
 
 
Fonte: May, 2004. 
 
A decantação consiste na separação de misturas, ou seja, uma mistura em 
repouso, o componente que é mais denso desce por ação da gravidade. Após essas 
partículas densas são sedimentadas no fundo, e o líquido que fica na parte superior pode 
ser separado em outro recipiente. 
No 1° estagio a mistura é heterogênea, componentes insolúveis um no outro e com 
densidade diferentes, um exemplo comum é água e óleo, 2° estagio é a sedimentação, 
onde o mais denso desce por gravidade, 3° estagio é a decantação, um dos processos 
usados no tratamento de esgoto. Observação: quanto menores as partículas, mais tempo 
demora. 
50 
 
 
Segue a descrição do princípio de funcionamento do filtro, figura 14. 
Fonte: 3P Technik 
 
A- Quando a água da chuva atinge o filtro, devido ao seu design especial, a água da 
chuva freia na barragem e é direcionada para a cachoeira. 
B- Use o princípio de cascata para a limpeza inicial. A sujeira mais espessa (folhas, 
etc.) flui pela cachoeira e diretamente no corredor da chuva. 
C- Água da chuva, que já está livre das maiores impurezas, passa pela tela (malha 
de 0,26 mm) sob a cachoeira. Devido ao design especial da tela, ele também 
transfere a sujeira fina restante para a tubulação. 
D- A água limpa é direcionada para o tanque de água. 
E- Sujeira entra em ralos normais de tempestade. 
3.1.9 PRIMEIRA ÁGUA DA CHUVA ELIMINADA 
 
Deve-se enfatizar que a primeira água da chuva coletada deve ser eliminada, pois 
poeira e fuligem aparecerão na superfície do telhado completamente contaminada. A 
primeira chuva elimina a poeira, o que "suaviza" o telhado, ou pode ser feita manualmente 
ou através de um sistema automatizado, (JABUR; BENETTI; SILIPRANDI, 2011). 
O telhado será afetado por vários meios poluentes, por isso é recomendável tratar 
a água após a primeira chuva, porque isso é para limpar a área de captação de água, 
especialmente após uma seca prolongada. O By Pass (figura 15) inclui o descarte de 
Figura 14 - Funcionamento do filtro. 
51 
 
 
água da primeira chuva, o uso de canos para removê-la manualmente ou o equipamento 
de autolimpante para removê-la automaticamente. 
 
Figura 15 – By Pass 
 
Fonte: https://www.fazfacil.com.br/reforma-construcao/cisternas-plastico/5/O processo de eliminação citado na figura 16, não é obrigatório de acordo com a 
norma brasileira, mas dependendo da aplicação a produtividade do uso diminuirá devido 
aos particulados arrastados. Para que se tenha um controle mais eficaz da qualidade da 
água da chuva utilizada adota-se a eliminação dos primeiros 2mm de chuva. Volume este 
que representa o intervalo de 5 a 10 minutos do início, Tomaz (2003). 
https://www.fazfacil.com.br/reforma-construcao/cisternas-plastico/5/
52 
 
 
 
Fonte: Catálogo Rainhar Vest. 
 
3.2.0. ARMAZENAMENTO DA ÁGUA EM CISTERNAS 
 
Depois de armazenar a água da chuva coletada em um tanque de PVC ou 
reservatório de alvenaria, para que não contamine a água é necessário que o reservatório 
seja totalmente fechado, deixando só os canais de entrada e de saída abertos e também 
cobertas, longe da luz solar, deixando a temperatura baixa, reduzindo a proliferação de 
bactérias. 
Ao armazenar a água coletada, é necessário um ajuste correto do tamanho para 
que não interfira no processo natural do ciclo hidrológico. A ABNT NBR15.527, (2007) 
propôs muitos métodos de cálculo. Quando a precipitação anual é de 50%, levamos em 
conta as perdas e o escoamento do sistema, usando o método Azevedo Neto, também 
conhecido como método prático brasileiro. 
 
Estudo de caso 
● A área do telhado = 380,13 m² 
● Precipitação média anual = 1.860mm ÷ 2 = 930mm, onde 930mm ÷ 12 meses 
= 77,5 Litros/m²/mês. 
Figura 16 – Água extraída pelo sistema “FistFlusch”. 
53 
 
 
● Taxa adotada = 77,50 Litros/m²/mês. 
● Precipitação média mensal = 380,13m²x77,50L/m²/mês÷ 1000L = 29,46m³/mês 
(cálculo para 1 mês de seca). 
● Precipitação média mensal aproximada = 29,46m³/mês. 
 
Através de três regras simples de cálculo e como o consumo médio de água de 
um edifício é de 85m³ / mês, que é considerado 100% do consumo de água, podemos 
economizar cerca de 25%. 
Com relação à qualidade da água no reservatório, sabemos que a água da chuva 
pode retirar os metais pesados presentes no ar. Quando a chuva cai e flui do telhado, a 
extremidade do tubo também carrega os microrganismos e a poeira que gradualmente 
se depositam no fundo do reservatório. Lembre-se de que, mesmo para fins de água não 
potável, o tanque deve ser limpo pelo menos uma vez por ano, de acordo com as 
recomendações da ABNT NBR 15.527, (2007). 
De acordo com as recomendações da NBR 15.527, (2007), a tabela 11 abaixo 
apresenta a frequência de limpeza recomendada para todo o sistema de recuperação de 
água da chuva. 
Tabela 11 - Frequência de manutenção. 
 
 
 
 
 
Fonte: ABNT NBR 15.527/07 (2019). 
 
Para realizar projetos relacionados ao reservatório, o fator de volume útil deve ser 
observado para minimizar o impacto do consumo. Portanto, a alteração final do consumo 
de volume é mínima. A norma direciona para aplicação de um fator de 1,2 ao volume 
calculado (ABNT, NBR 12217, 1994). 
Na norma ABNT (NBR 15527, 2007), podemos calcular a quantidade de água 
da chuva disponível, que deve ser considerada como o coeficiente de escoamento 
superficial da cobertura e a eficiência do sistema inicial de descarte de escoamento. 
Componente Frequência de manutenção 
Dispositivo de descarte de detritos Inspeção mensal, limpeza trimestral 
Dispositivo de descarte do escoamento inicial Limpeza mensal 
Dispositivo de descarte do escoamento inicial Limpeza Semestral 
Calhas, condutores verticais e horizontais Limpeza mensal 
Bombas Limpeza mensal 
Reservatórios Limpeza e desinfecção anual 
54 
 
 
Ao estruturar um projeto de reservatório, devemos levar em consideração, seu 
volume útil, um fator aplicado ao volume final e usado para minimizar o impacto das 
mudanças no consumo. A partir disso, um fator de 1,2 é aplicado ao volume calculado 
(ABNT, NBR 12217, 1994). 
Para calcular a quantidade de água da chuva disponível, o coeficiente de 
escoamento superficial da cobertura e a eficiência do sistema inicial de tratamento de 
escoamento devem ser considerados. Portanto, conforme descrito pela ABNT (NBR 
15527, 2007), o volume do reservatório é calculado de acordo com a seguinte 
equação. 
Equação 3 – Volume aproveitável. 
• V = P x A x C x N fator de captação; 
➢ V = volume anual, mensal ou diário de água da chuva aproveitável; 
➢ P = precipitação média anual, mensal ou diária; 
➢ A = área de coleta; 
➢ C = coeficiente de escoamento superficial da cobertura; 
➢ Nfator de captação = eficiência do sistema de captação, levando em conta 
o dispositivo de descarte de sólidos e o desvio de escoamento inicial, caso seja utilizado. 
Para o descarte da água que não foi utilizado por algum motivo, será encaminhada 
para rede de esgoto, ou lançada ao solo, sem descarregar agentes contaminantes ao 
lençol freático. Seguindo a norma (ABNT, NBR 15527, 2007), devemos deixar livres da 
luz solar e do calor e também de animais que possam se alojar na tubulação. 
O tanque inferior consiste em um filtro; kit de sucção; freio de água e sifão de 
ladrão. O filtro indicado é o volumétrico, que tem finalidade de separar as partículas 
sólidas não sendo absoluto, pois ainda se passa particulado fino de até 70 mícrons, que 
é equivalente a um grão de areia, após isso a água que será encaminhada para o 
reservatório será parcialmente limpa. 
Graças a esse sistema de sucção, a água sempre será bombeada de maneira 
mais limpa, mas você ainda precisará de outro filtro para partículas abaixo de 70 mícrons 
para proteger melhor a bomba e não causar desgaste devido à agressão de partículas. 
Quanto ao freio d´água, ele faz com que a água entre no fundo do tanque sem misturar 
partículas e sedimentos, o sifão de transbordamento remove o excesso de liquido. 
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O mesmo reservatório deve ter um sistema capaz de receber água potável do 
sistema público de abastecimento, pois se a água da chuva não for capaz de atender a 
demanda devido à falta de chuva ou período de seca e assim a edificação não será 
prejudicada, neste caso deverá haver uma separação atmosférica da água de reuso para 
a água tratada assim de não contaminar a água potável, (FDE, 2015). 
Sabendo que existem diversos tipos de matéria prima e tecnologia utilizada pelos 
fabricantes de reservatórios, não entraremos com uma sugestão de aplicação, pois isso 
pode ser facilmente decidido pelo projetista, de modo que todos, tem que seguir o mesmo 
conceito de armazenagem de liquido para água de reuso e por isso sendo de concreto, 
fibra e outros, devem atender a mesma finalidade. Conforme a figura 17, ilustra o que 
citamos acima. 
 
Figura 17 – Exemplo de reservatório para água da chuva 
 
Fonte: FT Engenharia e Tecnologias Sustentáveis Ltda. 
 
A água da chuva não utilizada deve ser enviada para a galeria de águas da chuva 
ou pode cair no chão se não carregar poluentes no lençol freático. A água da chuva 
reservada para uso deve ser protegida da luz solar direta e do calor, como mostra a figura 
18, bem como de animais que possam entrar no cano (ABNT, NBR 15527, 2007). 
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Para capturar melhor a água no tanque, é usado um filtro flutuante. O objetivo do 
filtro é coletar água da mais alta qualidade, em vez de capturar água da superfície ou do 
fundo do tanque, que pode conter alguma sujeira. Não eliminado (TÉCHNE, 2009). 
Para captação da água existente na cisterna utiliza-se um filtro flutuante, com 
finalidade de recolher a água de maior qualidade, não captura a água da superfície nem 
a do fundo do tanque, essas águas podem possuir alguns resquícios de sujeira que não 
foram eliminadas pelas filtrações anteriores. 
Pode haver vários modelos de reservatório para armazenar água da chuva, que 
variam de acordo com a escolha do designer, o local da instalação e os desejos do 
cliente. Existem vários modelos e tamanhos no mercado, principalmente usando 
polietileno e fibra de vidro. Estes podem estar no chão ou enterrados no subsolo. 
Fonte: Catálogo Fortlev.

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