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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO DE ENGENHARIA CIVIL Henrique Lopes Barbosa Rodrigo Pantaleão Jorio REUTILIZAÇÃO DA ÁGUA DAS CHUVAS EM EDIFÍCIOS Niterói 2020 Henrique Lopes Barbosa Rodrigo Pantaleão Jorio REUTILIZAÇÃO DA ÁGUA DAS CHUVAS EM EDIFÍCIOS Trabalho de conclusão de curso apresentada ao Curso de Graduação em Engenharia Civil da Universidade Estácio de Sá, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil. Orientador: Prof.º MSc. Patrícia Neves Sales Niterói 2020 Autorizo apenas para fins acadêmicos e científicos, a reprodução total ou parcial desta monografia, desde que citada à fonte. _________________________________ ____________________ Assinatura Data _________________________________ ____________________ Assinatura Data B238r Barbosa, Henrique Lopes Reutilização da água das chuvas em edifícios / Henrique Lopes Barbosa, Rodrigo Pantaleão Jorio.–Niterói, 2020. 72 f. : il. color.; 30cm. Orientador: Profª. MSc. Patrícia Neves Sales. Trabalho de conclusão de curso (graduação) – Universidade Estácio de Sá, Curso de Engenharia Civil, 2020. 1. Água. 2. Reuso. 3. Atividades domésticas. I. Sales, Patrícia Neves. II. Reutilização da água das chuvas em edifícios. CDD:628.162 ERRATA Henrique Lopes Barbosa, Rodrigo Pantaleão Jorio REUTILIZAÇÃO DA ÁGUA DAS CHUVAS EM EDIFÍCIOS Trabalho de conclusão de curso apresentada ao Curso de Graduação em Engenharia Civil da Universidade Estácio de Sá, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil. Aprovada em 13 de junho de 2020. Banca Examinadora: ______________________________________________ Prof.º Esp. ou MSc ou DSc. Patrícia Neves Sales Faculdade de Engenharia – UNESA ______________________________________________ Prof.º Esp. ou MSc ou DSc. Marcelo Wermelinger Aguiar Lemes Faculdade de Engenharia – UNESA ______________________________________________ Prof.º Esp. ou MSc ou DSc. Valeria Nunes de Oliveira Faculdade de Engenharia – UNESA Niterói 2020 DEDICATÓRIA (Henrique Lopes Barbosa) Dedico este trabalho primeiramente a Deus, por ter sido meu suporte e apoio em toda a minha trajetória, a minha mãe, meu irmão e minha namorada. (Rodrigo Pantaleão Jorio) Dedico este trabalho a Deus e a minha amada esposa, Isabella Hoppe Rebello. AGRADECIMENTOS (RODRIGO PANTALEÃO JORIO) Agradeço especialmente a Deus que me permitiu realizar este sonho, mesmo parecendo tão difícil em certos momentos, ele sempre se manteve fiel para cumprir tudo que prometeu. Aos meus queridos pais, Ilma Pantaleão Jorio e Waldir Jorio, que me encorajaram e deram força para que eu nunca desistisse. A minha esposa, Isabella Hoppe Rebello, pela paciência e companhia nas madrugadas e nos fins de semana me dando apoio. Aos meus mestres, Patrícia Neves Sales, por me proporcionarem о conhecimento, não somente por terem me ensinado, mas por terem me feito aprender e me apaixonado mais ainda pela minha profissão. Ensinar é compartilhar de sua própria existência, é acreditar que se pode contribuir para a formação de um caráter. A vocês, grandes mestres, a minha gratidão! A vocês, o meu muito obrigado! (HENRIQUE LOPES BARBOSA) Agradeço a Deus por ter me proporcionado saúde e perseverança, para superar as dificuldades, a minha orientadora Patrícia Neves Sales, pelo emprenho e confiança dedicado à elaboração desta monografia, а minha mãe Claudia, pelo apoio, e incentivo nos momentos difíceis, ao meu irmão Marcelo, pela contribuição, a minha namorada Juliana pelo suporte nos momentos difíceis, e a todos qυе direta оυ indiretamente contribuíram para a minha formação. O mеυ sincero obrigado! “A mente que se abre a uma nova ideia jamais volta ao seu tamanho original.” Albert Einstein RESUMO O objetivo deste estudo é descrever, estudar e adotar a pesquisa, processo e processo do autor sobre a reutilização de água da chuva para fins de água não potável em bacias sanitárias para obter uma construção mais eficiente e sustentável. Para executar o trabalho atual, um exemplo de edifício é selecionado na bibliografia, na qual os projetos que atendem a esses padrões podem ser executados. Pesquisas mostram que, se a quantidade de resíduos persistir e / ou aumentar, em um futuro próximo, haverá uma situação desequilibrada em que a água será escassa em todo o mundo. No entanto, várias formas de reutilização da água foram desenvolvidas, que devem ser disseminadas e implementadas o mais rápido possível em tudo e por todos, contribuindo assim para o desenvolvimento sustentável. Após a conclusão deste estudo, fica claro que o sistema de reutilização de água da chuva é completamente viável e pode ser instalado com baixos custos de investimento. Analisando o projeto, descobrimos que o tempo de resposta era relativamente curto, o que testou ainda mais a importância da reutilização da água da chuva. O uso desse sistema de coleta pode reduzir os custos de água potável em aproximadamente 11%. Os fatos provaram que isso não é apenas totalmente sustentável, mas também pode agregar valor à propriedade instalada. Portanto, muitos investidores e consumidores da indústria da construção estão procurando edifícios com ideias sustentáveis, mas na legislação, ainda observe que os incentivos para implementar a captura e o uso dos sistemas de água da chuva são perigosos. Palavra-chave: Água. Reuso. Atividades domésticas. ABSTRACT The objective of this study is to describe, study and adopt a research, process and process by the author on the reuse of rainwater for non-potable water fins in sanitary basins to obtain a more efficient and sustainable construction. To perform the current job, a construction example is selected from the bibliography, in which projects the patterns can be executed. Research shows that if an amount of waste persists and / or increases, in the next future, an unbalanced situation will occur in which water will be scarce worldwide. However, several forms of water reuse have been created, which must be disseminated and implemented or as quickly as possible in everything and by everyone, thus contributing to sustainable development. After completing this study, it is clear that the rainwater reuse system is completely viable and can be installed with low investment costs. Analyzing the project, finding that the response time was relatively short, or that it further tested the importance of rainwater reuse. The use of this collection system can reduce drinking water costs by approximately 11%. The facts proved that this is not only totally sustainable, but it can also add value to the installed property. Therefore, many investors and consumers in the construction industry are looking for buildings with sustainable ideas, but in the legislation, still note the incentives to implement the capture and use of rainwater systems and hazards. Keyword: Water. Reuse. Domestic activities. LISTA DE FIGURA Figura 1 – Pontos de amostragem das redes de qualidade de água operadas pelas UFs. ..............................................................................................................................30 Figura 2 – Ciclo hidrológico esforços compostos. ......................................................... 31 Figura 3 – Classificação quanto à quantidade de chuva. .............................................. 32 Figura 4 – Chuvas convectivas. .................................................................................... 33 Figura 5 – Chuva orográfica. ......................................................................................... 34 Figura 6 – Esquema ilustrativo de um sistema de utilização da água da chuva. ........... 39 Figura 7 – Reservatório – Local onde a água da chuva ficara armazenada. ................. 40 Figura 8 – Ábaco para dimensionamento de condutores verticais. ............................... 43 Figura 9 – Ábaco para dimensionamento de condutores verticais. ............................... 44 Figura 10 – Separador de folhas Fortlev. ...................................................................... 46 Figura 11 – Exemplo de filtro de peneira em caixa coletora de água. ........................... 47 Figura 12 – Microfilter sistema big blue. ........................................................................ 48 Figura 13 – Esquema de coleta de água da chuva. ...................................................... 49 Figura 14 – Funcionamento do filtro. ............................................................................. 50 Figura 15 – By Pass ...................................................................................................... 51 Figura 16 – Água extraída pelo sistema “FistFlusch”. ................................................. 52 Figura 17 – Exemplo de reservatório para água da chuva ............................................ 55 Figura 18 – Exemplo de reservatório para água da chuva. ........................................... 56 Figura 19 – Exemplo e clorador de passagem .............................................................. 57 Figura 20 – Ilustração da distribuição da água da chuva nas bacias sanitárias. ............ 62 Figura 21 – Planta de cobertura. ................................................................................... 63 Figura 22 – Corte de planta, posicionamento da calha. ................................................. 63 Figura 23 – Telhado com platibanda. ............................................................................ 64 file:///C:/Users/Isabella%20e%20Rodrigo/Desktop/Rodrigo/TCC/entregue/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS.%2001.06.2020.docx%23_Toc41994569 file:///C:/Users/Isabella%20e%20Rodrigo/Desktop/Rodrigo/TCC/entregue/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS.%2001.06.2020.docx%23_Toc41994570 file:///C:/Users/Isabella%20e%20Rodrigo/Desktop/Rodrigo/TCC/entregue/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS.%2001.06.2020.docx%23_Toc41994572 file:///C:/Users/Isabella%20e%20Rodrigo/Desktop/Rodrigo/TCC/entregue/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS.%2001.06.2020.docx%23_Toc41994573 file:///C:/Users/Isabella%20e%20Rodrigo/Desktop/Rodrigo/TCC/entregue/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS.%2001.06.2020.docx%23_Toc41994575 file:///C:/Users/Isabella%20e%20Rodrigo/Desktop/Rodrigo/TCC/entregue/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS.%2001.06.2020.docx%23_Toc41994577 file:///C:/Users/Isabella%20e%20Rodrigo/Desktop/Rodrigo/TCC/entregue/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS.%2001.06.2020.docx%23_Toc41994579 GRÁFICO Gráfico 1 – Distribuição de consumo de água em residência unifamiliar. ...................... 19 Gráfico 2 – Distribuição do consumo de água nas residências. .................................... 69 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Área do setor de saneamento no Brasil. ............................................................. 26 Tabela 2 - Área do setor de saneamento no Brasil. .............................................................. 26 Tabela 3 – Distribuição da água na terra. ............................................................................... 28 Tabela 4 – Estimativa dos fluxos de água anuais do ciclo hidrológico global (valores em km³ X ano-1). ............................................................................................................................... 32 Tabela 5 – Parâmetro de qualidade da água da chuva para fins não potável ................. 37 Tabela 6 – Valores de consumo predial (litros/dia). .............................................................. 38 Tabela 7 - Coeficiente para dimensionamento de calhas. ................................................... 41 Tabela 8 – Coeficiente de rugosidade para dimensionamento de calhas......................... 42 Tabela 9 – Vazões de calhas semi-circulares com n=o,oo1. .............................................. 42 Tabela 10 – Vazões de condutores verticais de acordo com a fórmula de Mannig- Strickler. ...................................................................................................................................... 45 Tabela 11 - Frequência de manutenção. ................................................................................ 53 Tabela 12 – Rendimento da moto-bomba em função da potência ..................................... 59 Tabela 13 Comprimento equivalente para tubos de PVC, cobre ou liga de cobre. ......... 61 Tabela 14 - Demanda diária de água para bacias sanitárias. ............................................. 64 Tabela 15 - Balanço mensal de uso da água. ........................................................................ 65 Tabela 16 – Balanço anual de consumo de água. ................................................................ 65 Tabela 17 - Economia mensal de acordo com tarifa água de Niterói (grupo Águas do Brasil). ........................................................................................................................................... 66 Tabela 18 - Economia anual de acordo com a tarifa água de Niterói (grupo Águas do Brasil). ........................................................................................................................................... 66 Tabela 19 - Economia mensal de acordo com tarifa água de Niterói (grupo Águas do Brasil). ........................................................................................................................................... 67 Tabela 20 - Economia anual de acordo com tarifa água de Niterói (grupo Águas do Brasil). ........................................................................................................................................... 67 Tabela 21 - Tempo de retorno para tarifa água de Niterói (grupo Águas do Brasil). ...... 68 Tabela 22 - cálculo do retorno do investimento. .................................................................... 68 file:///C:/Users/Juliana/Desktop/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS%20-%20Entregue..docx%23_Toc42012019 file:///C:/Users/Juliana/Desktop/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS%20-%20Entregue..docx%23_Toc42012019 Tabela 19 - Ocupação do projeto LISTA DE EQUAÇÕES Equação 1 – Vazão do projeto. ................................................................................................ 41 Equação 2 – Vazão de projeto, formula de Manning-Stricler............................................ 42 Equação 3 – Volume aproveitável. .......................................................................................... 54 Equação 4 – Diâmetro da tubulação de recalque. ................................................................ 58 Equação 5 – Potência da moto-bomba ................................................................................... 59 Equação 6 – Rendimento da moto-bomba. ............................................................................59 Equação 7 – Altura manométrica ............................................................................................. 59 Equação 8 – Altura manométrica de recalque ....................................................................... 60 Equação 9 – Altura manométrica de sucção .......................................................................... 60 Equação 10 – Perda de carga unitária .................................................................................... 60 file:///C:/Users/Juliana/Desktop/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS.%20(2)atual.docx%23_Toc41930769 file:///C:/Users/Juliana/Desktop/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS.%20(2)atual.docx%23_Toc41930769 file:///C:/Users/Juliana/Desktop/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS.%20(2)atual.docx%23_Toc41930770 file:///C:/Users/Juliana/Desktop/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS.%20(2)atual.docx%23_Toc41930770 file:///C:/Users/Juliana/Desktop/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS.%20(2)atual.docx%23_Toc41930772 file:///C:/Users/Juliana/Desktop/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS.%20(2)atual.docx%23_Toc41930772 file:///C:/Users/Juliana/Desktop/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS.%20(2)atual.docx%23_Toc41930773 file:///C:/Users/Juliana/Desktop/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS.%20(2)atual.docx%23_Toc41930773 file:///C:/Users/Juliana/Desktop/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS.%20(2)atual.docx%23_Toc41930774 file:///C:/Users/Juliana/Desktop/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS.%20(2)atual.docx%23_Toc41930774 file:///C:/Users/Juliana/Desktop/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS.%20(2)atual.docx%23_Toc41930775 file:///C:/Users/Juliana/Desktop/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS.%20(2)atual.docx%23_Toc41930775 file:///C:/Users/Juliana/Desktop/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS.%20(2)atual.docx%23_Toc41930776 file:///C:/Users/Juliana/Desktop/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS.%20(2)atual.docx%23_Toc41930776 file:///C:/Users/Juliana/Desktop/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS.%20(2)atual.docx%23_Toc41930777 file:///C:/Users/Juliana/Desktop/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS.%20(2)atual.docx%23_Toc41930777 file:///C:/Users/Juliana/Desktop/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS.%20(2)atual.docx%23_Toc41930778 file:///C:/Users/Juliana/Desktop/TCC%20REUTILIZAÇÃO%20DA%20ÁGUA%20DAS%20CHUVAS%20EM%20EDIFICIOS.%20(2)atual.docx%23_Toc41930778 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AWWA American Works Association ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas ANA Agência Nacional das Águas APHMQ Água Potável Humana Monitoramento da Qualidade Corsan Companhia Riograndense de Saneamento DBO Demanda Bioquímica de Oxigênio IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IQA Qualidade das Águas NBR Norma Brasileira OMS Organização Mundial da Saúde OD Oxigênio Dissolvido PVC Policloreto de Polivinila Pnuma Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente PURA O Programa de Uso Racional da Água PROSAB Pesquisas em Saneamento Básico RNQA Rede Nacional de Monitoramento da Qualidade da Água STD Sólidos Totais Dissolvidos TR Tempo de Retorno Usepa United States Environmental Protection Agency USPHS United States Public Health Service VMP Valor Máximo Permissível SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 19 1.1 JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 21 1.2 OBJETIVO GERAL .......................................................................................... 22 1.3 OBJETIVO ESPECÍFICO ................................................................................. 22 1.4 HIPÓTESE ........................................................................................................... 22 1.5 MEIOS DE PESQUISA ........................................................................................ 23 1.6 TÉCNICA DE PESQUISA .................................................................................... 23 1.7 METODO DE ABORDAGEM ............................................................................... 23 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................. 25 2.1 MÉTODOS REUSO DE ÁGUA ............................................................................ 25 2.1.1. UTILIZAÇÃO DA ÁGUA E TECNICAS DE ESTUDO. ................................ 25 2.1.2 DIVERSIDADE DE APLICAÇÃO DE ÁGUA .................................................. 27 2.1.3 A ÁGUA E SUAS CARACTERÍSTICAS GERAIS DE QUALIDADE ............... 28 2.2. CICLO DA ÁGUA DOCE NO BRASIL .............................................................. 30 2.2.1 CICLO DA ÁGUA .............................................................................................. 31 2.3. CHUVAS E SUAS CARACTERISTICA ............................................................ 32 2.3.1. TEMPERATURAS E FORMAÇÃO DAS CHUVAS .................................... 32 2.3.2. CHUVAS CICLÔNICAS ............................................................................. 33 2.3.3. CHUVAS CONVECTIVAS ......................................................................... 33 2.3.4. CHUVAS OROGRÁFICAS ........................................................................ 33 2.4. COLETA DE DADOS DAS CHUVAS ............................................................... 34 2.4.1. ANÁLISE DOS DADOS DAS CHUVAS ..................................................... 34 2.5. UTILIZAÇÃO DA CHUVA PARA USO URBANO ............................................. 35 2.6. LEIS RELACIONADAS AO USO DAS ÁGUAS ................................................ 35 2.7. QUALIDADE DA ÁGUA DA CHUVA ................................................................ 36 2.8. PREVISÃO DE CONSUMO DE ÁGUA ............................................................ 37 3. DESENVOLVIMENTO ............................................................................................ 38 3.1. SISTEMA DE CAPTAÇÃO DA ÁGUA DA CHUVA EM TELHADOS ................ 38 3.1.1. O CAMINHO DAS ÁGUAS ........................................................................ 39 3.1.2. FATORES METEROLÓGICOS ................................................................. 40 3.1.3. VAZÃO DE PROJETO ............................................................................... 41 3.1.4. CALHAS .................................................................................................... 41 3.1.5. CONDUTORES VERTICAIS ..................................................................... 43 3.1.6. CONDUTORES HORIZONTAIS ................................................................ 44 3.1.7. FILTRAGEM .............................................................................................. 45 3.1.8 RECURSO HÍDRICO: USO E APROVEITAMENTO ...................................... 48 3.1.9 PRIMEIRA ÁGUA DA CHUVA ELIMINADA ................................................... 50 3.2.0. ARMAZENAMENTO DA ÁGUA COLETADA EM CISTERNAS ..................... 52 3.2.1. ÁGUA COLETADA COM TRATAMENTO ..................................................... 56 3.2.2. ÁGUA PARA RESERVATÓRIO SUPERIOR E SEU BOMBEAMENTO ........ 57 3.2.3. RESERVATÓRIO SUPERIOR ...................................................................... 61 3.2.4. ÁGUA A DISTRIBUIÇÃO NAS BACIAS SANITARIAS ..................................61 4. RESULTADOS ....................................................................................................... 62 4.1 ECONOMIA DE ÁGUA ........................................................................................ 65 4.2 CUSTO DE IMPLANTAÇÃO ................................................................................ 66 5. ANÁLISE DOS RESULTADOS .............................................................................. 68 6. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 69 7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ........................................................................... 70 19 1. INTRODUÇÃO A arquitetura sustentável (edifício verde) é a resposta da construção civil a qualquer novo cenário, que é a necessidade de reduzir impactos ambientais no comportamento humano. Segundo a agência nacional do meio ambiente, o Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), representa: 40% dos materiais consumidos, 30% da geração de lixo sólido, 20% do consumo de água e 35% da energia consumida. Este é um ponto de virada para todos os setores, como: restringir a exploração de recursos; perceber que esses mesmos recursos são limitados; procurar entender a matriz energética que produz efeitos relacionados, como poluição; ajustar os padrões de consumo, como monstra o gráfico 1 abaixo; igualdade e assim por diante. Gráfico 1 – Distribuição de consumo de água em residência unifamiliar. Fonte: Rocha, Barreto e Loshimoto, (1999). O abastecimento de água potável é um problema para edifícios em várias regiões do planeta. As mudanças climáticas causadas pelo aquecimento global e padrões climáticos irregulares afetarão a disponibilidade desse recurso precioso. A proteção da fonte de água também será muito importante, porque quando uma parte da água é contaminada, 20 é necessário um processo muito lento e, às vezes, nem mesmo pode ser revertido. A tecnologia de reciclagem de água, como recuperação de fluidos, controle mais rigoroso dos resíduos, reciclagem de água pluviais e restauração do solo, serão a base para o processo. A água é considerada um recurso infinito, mas a realidade de hoje é diferente. É necessária uma visão de médio a logo prazo, na qual as etapas imediatas devem ser consideradas. As múltiplas inserções de tecnologia nos edifícios civis brasileiros levaram ao abandono gradual da tecnologia antiga. Atualmente, os preços de bens como a água tendem a subir, por outro, isso também representa a base do governo. Devido à necessidade de infraestrutura, de geração e distribuição de energia, o ônus é pesado e, nesse sentido, a tendência de aquecimento global e climático exige resposta imediata. As leis em alguns países e regiões exigem um controle mais rigoroso no consumo de água, e essas leis foram traduzidas em ações, como a medição personalizada das unidades habitacionais para incentivar os usuários a economizar recursos. De fato, esse é um dos principais pontos que impede muitos usuários de controlar seu consumo. Como dados iniciais para o cálculo do tanque de água (caixa d’água) no Brasil, o consumo considerado é de 250 litros por dia, enquanto na Alemanha, o número é de 100 litros por dia. Entre os multiplicadores gerados pela cidade, a quantidade de água necessária para o abastecimento urbano é muito alta. Também é importante considerar que a água consumirá eletricidade durante sua produção e distribuição. Para viabilizar esse controle de consumo, é especialmente necessário criar um sistema de medição separado. Para analisar a implementação do sistema, é importante aumentar o potencial e o custo de uso em edifícios novos (simples) e edifícios existentes (mais complexos). A coleta de água da chuva reduz o custo da água potável. Assim o presente trabalho tem como foco, levantar as diversas possibilidades e um sistema de utilização dessa água da chuva, com suas determinadas etapas, está apta para utilização em lavagem de pisos, de carros, regar plantas, podendo usar em descargas sanitárias. Com algumas alterações recomendadas, entre outros, sempre obedecendo a aplicação de uso não potável. 21 1.1 JUSTIFICATIVA Diversas discussões são sobre alcançar edifícios mais sustentáveis e atender aos requisitos de proteção ambiental sem afetar o desenvolvimento da construção civil. A captação de água da chuva pode ser considerada um método alternativo e eficiente de abastecimento de água, principalmente em regiões de baixa pluviosidade. A essa necessidade de abastecimento soma-se a possibilidade de redução de custos na obtenção de água através das redes de distribuição. Segundo Dornelles, (2012), esse tipo de aproveitamento pode ser mais atrativo em edificações de uso comercial e industrial, onde o consumo de água não potável e áreas de captação são maiores, comparados às edificações residenciais. A impermeabilidade do solo, cada vez mais frequente nas grandes cidades, pode ser considerada um obstáculo para a infiltração da água. Sendo assim, a captação de águas pluviais pode ser uma solução para as enchentes, causadas muitas vezes por chuvas torrenciais. Os benefícios ambientais do aproveitamento de água da chuva são relevantes, pois podem contribuir com a recarga de aquíferos ao serem destinados à irrigação, além de também permitirem uma menor captação de água dos mananciais superficiais. Com um volume maior de água, esses corpos hídricos têm uma maior capacidade de diluição de contaminantes e de manutenção do ecossistema (DORNELLES, 2012). Nossa proposta é uma ideia de sustentabilidade na utilização da água da chuva para diversos usos não potáveis. Sem danificar e prejudicar os recursos hídricos, pois em algumas cidades ocorre a obrigatoriedade na construção de um novo empreendimento, projetar um sistema de retenção da água da chuva, para fins não potáveis para a edificação. Sem custos elevados, podemos desenvolver um projeto de reuso de água de chuva em edificações, facilmente. Para atender à ideia de sustentabilidade, recomenda-se o uso de água da chuva para a descarga na bacia sanitária. 22 1.2 OBJETIVO GERAL Este trabalho tem como objetivo atualizar e inovar, propondo a apresentação de uma técnica de reuso de água de chuva, com menção de um projeto, através de coberturas em áreas urbanas e direcionando para uma construção mais prática e sustentável. 1.3 OBJETIVO ESPECÍFICO Este trabalho propõe um projeto para implantação da água da chuva em um edifício no estado do Rio de Janeiro, mostrando todas as suas etapas. Destacamos os objetivos abaixo: Examinar a viabilidade econômica da implementação do sistema, analisar os custos de implementação e manutenção relacionados ao uso da água potável na descarga sanitária de edifícios e use-a com mais frequência em novos empreendimentos imobiliários. • Analisar o índice de chuva para armazenamento e reutilização de água da chuva em edifícios. • Executar o cálculo da área de captação de água do telhado. • Calcular a capacidade do sistema de armazenamento (tanque de armazenamento de água). • Estimar a quantidade máxima de água da chuva coletada no edifício. • Estimar a redução no consumo de água na propriedade 1.4 HIPÓTESE A água é um elemento renovável natural em três estados físicos da terra: líquido, sólido e gasoso. Quando a água é usada como um recurso hídrico, ela deve ser definida para fins econômicos; portanto, nem toda a água que existe no universo é considerada um recurso hídrico, porque nem todos têm capacidade econômica para conduzir a exploração. 23 1.5 MEIOS DE PESQUISA Este trabalho será baseado em pesquisas nas normas ABNT, mais especificamente a norma NBR 5626: Instalação predial de água fria, NBR 10844: Instalações prediais de água pluviais,NBR 12217: Projetos de reservatório de distribuição de água para abastecimento público e NBR 15527: Água da chuva – Aproveitamento de coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis que foca na fixação dos requisitos básicos que são exigidos para projeto de estruturas de concreto simples, armado e protendido e normas técnicas internacionais. O estágio atual deste trabalho é descrever as ideias de autores, a pesquisa e o processo de uso da água da chuva em uma bacia sanitária para fins de água não potável. Portanto, pode-se entender a importância de proteger os recursos hídricos e seu uso efetivo. 1.6 TÉCNICA DE PESQUISA Através da análise da pesquisa bibliográfica, objetivamos descrever as ideias do autor, a pesquisa e o processo de reutilização de água da chuva para água não potável em bacias sanitárias. Portanto, pode-se entender a importância de proteger os recursos hídricos e seu uso inteligente. Para fornecer uma base para a pesquisa, descrevemos um projeto baseado em pesquisa bibliográfica, que visa usar a água da chuva para descarga das bacias sanitárias do edifício. 1.7 METODO DE ABORDAGEM Ao final desta pesquisa é desejado provar, a partir de estudos bibliográficos, que ao se garantir o reuso da água não potável à longo prazo, termos a diminuição do valor na conta de água e promover a adesão de novos empreendedores na área de construção civil. Com essa nova aplicação, temos benefícios de custo, tempo e meio- ambiente Este trabalho é estruturado em seis capítulos: 1 - Introdução, 2 - Fundamentação teórica, 3 – Desenvolvimento, 4 - Resultados, 5 - Análise dos resultados, 6 - Conclusão. 24 Na introdução, capítulo 1, são citadas informações básicas relevantes sobre o tema abordado, bem como a justificativa e o objetivo para o estudo deste, a metodologia de pesquisa utilizada, e os possíveis resultados a serem encontrados ao final da pesquisa. Na fundamentação teórica, capítulo 2, são abordados diversos aspectos sobre os assuntos tratados neste trabalho. Num primeiro momento são apresentados alguns aspectos sobre o reuso da água não potável. Também são apresentados importantes aspectos sobre o reuso da água da chuva em edificações, em abordagem sobre os diferentes usos da água. E finalmente são apresentados detalhes sobre os estudos mencionados no trabalho. O desenvolvimento, apresentado no capítulo 3, é o item que aborda todos as informações consideradas no trabalho, as etapas que irão constituir esse sistema, como a captação, transporte, tratamento, armazenamento e a sua utilização, de modo que este capítulo prepara o leitor para possuir discernimento do assunto abordado e prosseguir a leitura. No capítulo 4, os resultados, são apresentados provenientes de uma utilização racional da água, um bem indispensável para o desenvolvimento da humanidade, quando essa mesma depreda a qualidade da água e paga por isso, de modo a desenvolver e verificar a eficiência dos métodos de captação de águas pluviais. Na análise dos resultados, no capítulo 5, pesquisa de modo geral, teve como alvo a melhoria do entendimento da técnica de reutilização da água da chuva, em que foi possível obter um maior número de informações, que contribuíram no aumento da qualidade dos dimensionamentos para as obras e melhores resultados com as normas técnicas. São sugeridas algumas linhas de pesquisa que futuramente poderiam ser adotadas: desenvolvimento de cálculo de dimensionamento de vazão de projeto com apresentação e análise de custo; Foi apresentado um cenário baseado na necessidade da construção civil, onde a partir de contribuições de outros pesquisadores, obteve-se uma ampla visão de técnica de reutilização da água da chuva. 25 A conclusão é apresentada no capítulo 6, com a apresentação dos principais itens observados durante o desenvolvimento da pesquisa e análise dos resultados encontrados com base nos estudos apresentados. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA No Rio de Janeiro, a água da chuva deve ser coletada de acordo com o Decreto nº 23.940, de 30 de janeiro de 2004, são reguladas superfícies impermeáveis com mais de 500m². Em Niterói, foi implementando a Lei 2856 de 25 de junho de 2011, a importância do consumo racional de água foi esclarecida, informando-se sobre a exigência de coleta, armazenamento e uso da água da chuva em novos edifícios. A partir disso é necessário reutilizar águas residuais em bacias sanitárias, e após esse processo é permitido o descarte em redes públicas de esgoto. Como já fundamentado na introdução, muitos fatores são causadores da necessidade de reuso de água não potável, as quais diversas soluções podem ser aplicadas. Neste capítulo será abordada a revisão da literatura, a fim de obter a fundamentação teórica do assunto discutido e o embasamento necessário para o desenvolvimento do trabalho. Serão apresentadas as técnicas utilizadas no reuso de água proveniente da chuva, que servirão como parâmetros comparativos à técnica e inovação pela aplicação de coleta, tratamento e soluções, para a economia e sustentabilidade da edificação. 2.1 MÉTODOS REUSO DE ÁGUA Para determinar e avaliar o sistema de reutilização de água da chuva em edifícios residenciais, um edifício foi selecionado para executar o projeto de implementação de um sistema de recuperação de água da chuva. 2.1.1. UTILIZAÇÃO DA ÁGUA E TECNICAS DE ESTUDO. De acordo com a portaria nº 518/2004 do Ministério da Saúde, a água potável é responsabilidade dos fornecedores de águas. Nesse caso, o sistema de abastecimento 26 de água e soluções criativas para engenharia, devem ser responsáveis pela qualidade da água e pelos departamentos de saúde de diferentes órgãos governamentais responsáveis pela “APHMQ - Água Potável Humana Monitoramento da Qualidade". Também enfatiza as responsabilidades das agências de controle ambiental, como mostrado nas tabelas 1 e 2 abaixo, e monitora e controla a água bruta de acordo com vários usos, incluindo o uso da água para consumo humano. Tabela 1 – Área do setor de saneamento no Brasil. Abastecimento de água Número de economia abastecidas 45.534.309 Unidades Número de economia ativas abastecidas em residências 45.342.569 Unidades Número de municípios Rede de distribuição de água - Unidades Com cobrança pelo serviço de abastecimento de água 5.531 Unidades Volume de água tratada distribuída por dia 56.739.726 M3 Tipo de tratamento de água Convencional 39.282.607 M3 Não convencional 4.264.854 M3 Simples desinfecção (cloração e outros) 13.136.493 M3 Sem tratamento 4.323.766 M3 Fonte: IBGE 2008. Tabela 2 - Área do setor de saneamento no Brasil. Manejo da água pluvial Com dispositivo coletivo de detenção ou amortecimento de vazão de água pluviais 665 Unidades Localização do dispositivo Nos receptores 442 Unidades Fora dos corpos receptores 306 Unidades Com serviço de drenagem urbana subterrânea 4.019 Unidades Tipo de coletora Separadora 3.384 Unidades 27 Unitária ou mista 987 Unidades Com serviço de gestão de águas pluviais 5.256 Unidades Ponto de levantamento de influente Área livres públicas e particulares 1.090 Unidades Cursos d´água intermitentes 886 Unidades Cursos d´água permanentes 3.909 Unidades Lagoas 524 Unidades Mar 153 Unidades Outros 281 Unidades Fonte: IBGE 2008. A humanidade usa a água para diferentes propósitos, principalmente para o suprimento humano, mas também existem atividades de irrigação, produção de energia, pecuária, navegação, recreação e embelezamento ambiental e muitas outras. A hidrosfera representa toda a água do mundo, estima-se que 97% da água da terra esteja no oceano e 1,5% da água da outra parte exista na forma de gelo e neve. A tendência para o consumo humano não é fácil de atingir 1% do total mundial. Mesmo assim, o consumo de água humana na Américado Sul é o maior. 2.1.2 DIVERSIDADE DE APLICAÇÃO DE ÁGUA A água também é amplamente utilizada para suprimento industrial e é classificada como a água mais usada na agricultura e irrigação, sendo usada principalmente em áreas áridas e semi-áridas. A quantidade de água utilizada varia de acordo com a finalidade do que está sendo produzido pela agricultura. A navegação, é um método não utilizável, usada como meio de transporte sem perturbar suas características. Outro uso não consumível da água é a recreação, muito comum em rios ou cursos de água de boa qualidade (COLLISCHON; DORNELLES, 2013). O uso da água para produção de energia é outro aspecto muito importante, e a terra é usada para gerar potencial. No Brasil, a maior parte da eletricidade consumida é 28 gerada em usinas hidrelétricas, representando cerca de 90% da geração total de energia. Para essas distribuições, consulte a tabela 3. Tabela 3 – Distribuição da água na terra. Distribuição da água na terra Volume (10³ km³) Percentual da água na terra (%) Percentual da água doce na Terra (%) Oceanos/água salgada 1338000 97% 0% Gelo permanente 24064 1,7% 69% Água subterrânea (doce) 10530 0,76% 30% Lagos (água doce) 91 0,007% 0,26% Umidade do solo 16,5 0,001% 0,05% Água atmosférica 12,9 0,001% 0,04% Banhados 11,5 0,0008% 0,03% Rios 2,12 0,0002% 0,006% Biota 1,12 0,0001% 0,003% Fonte: Collischon e Dornelles (2013). 2.1.3 A ÁGUA E SUAS CARACTERÍSTICAS GERAIS DE QUALIDADE Os padrões de classificação pretendem classificar a água de acordo com a sua potabilidade, a segurança que apresenta para o ser humano e para o bem-estar dos ecossistemas. Segundo a Portaria nº 36 - 90, Água Potável: aquela com qualidade adequada ao consumo humano. Existe um conjunto de padrões da qualidade água, que variam de pessoa para pessoa, seja consumo humano, indústria, uso agrícola, lazer ou manutenção do equilíbrio ambiental, de acordo com seu uso. Esses parâmetros são indicadores da qualidade da água e constituem impurezas quando alcançam valores superiores aos estabelecidos para determinado uso. A portaria n° 36 - 90 estabelece normas e padrões para a água potável destinada ao consumo humano. A água potável destinada ao abastecimento da população deve atender às seguintes características qualitativas: física, organoléptica e química. O (IQA) Índice de Qualidade da Água é um indicador que consiste em nove parâmetros comumente usados nas avaliações da qualidade da água: temperatura da água, pH, (OD) oxigênio dissolvido, (DBO) demanda bioquímica de oxigênio, bactérias 29 resistentes à temperatura, nitrogênio total, fósforo total, sólidos totais e turbidez. Como outros parâmetros apresentados aqui, o IQA confirma que os problemas de qualidade da água estão concentrados nos corpos de água localizados nas grandes cidades. O crescimento desordenado do consumo mundial é o principal fator que afeta a escassez desse recurso. No Brasil, o Ministério da Saúde estabeleceu essas normas através do Portaria nº 36/90, com um valor máximo permitido (VMP) de 1.000 mg/L STD. A Organização Mundial da Saúde (OMS), a Agência de Proteção Ambiental dos EUA United States Environmental Protection Agency (Usepa), a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e o Serviço de Saúde Pública dos EUA (USPHS) usam o mesmo valor de VMP (REBOUÇAS, 2006). Como as grandes indústrias lançam grandes quantidades de produtos químicos nos rios, a qualidade da água disponível para consumo está diminuindo, especialmente em fontes de água próximas a grandes centros industriais urbanos. Como pesticidas e fertilizantes químicos são usados para colocar substâncias tóxicas no solo, a mesma situação ocorreu em áreas próximas às atividades agrícolas. Quase não há confiabilidade na qualidade dessa água, portanto, se não puder ser rigorosamente controlada, não poderá ser extraída. Segundo a ANA (Agência Nacional de Água), Criada pela (lei nº 9.984 de 2000), agência reguladora que dedicada a fazer cumprir os objetivos e diretrizes da Lei das Águas do Brasil, a (lei nº 9.433 de 1997). Com o objetivo de ampliar, padronizar e integrar estas redes, a ANA lançou em 2013 a Rede Nacional de Monitoramento da Qualidade da Água (RNQA). Em 2018 havia 2.873 pontos de monitoramento de qualidade de água em operação em 24 UFs. A previsão da RNQA é a implantação de 4.534 pontos de monitoramento em todo Brasil, com padronização de frequência, procedimentos de amostragem por análise e parâmetros monitorados, a fim de tornar os dados de qualidade de água comparáveis em âmbito nacional. Para garantir o acesso em quantidade suficiente e adequada a cada região de acordo com a potabilidade, a Vigilância de Abastecimento Público fez um conjunto de atividades de responsabilidade da autoridade sanitária estaduais. A finalidade é avaliar a qualidade distribuída e a possível tomada de medidas necessárias, no caso que não http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9984.htm 30 atenda ao padrão de potabilidade de cada região, conforme a figura 1 abaixo; Figura 1 – Pontos de amostragem das redes de qualidade de água operadas pelas UFs. 2.2. CICLO DA ÁGUA DOCE NO BRASIL O Brasil em termos de expansão territorial ocupa o quinto lugar no ranking mundial, alcançando 8547403 km², além de uma das maiores reservas de água doce, devido ao grande número de plantas perenes. Isso faz com que o Brasil, dono de cerca de 14% dos recursos hídricos superficiais do mundo e um dos maiores reservatórios subterrâneos de água líquida, seja considerado por muitos especialistas como "água da Arábia Saudita". Para eles, o Brasil deve usar seus enormes benefícios estratégicos de maneira diferente em um futuro cenário de escassez global. ANA - Agência Nacional de Águas, (2015). Em 2015, a Agência Nacional de Águas estipulou que cerca de 54% dos estados brasileiros têm problemas com a distribuição de água potável, o que afeta diretamente a qualidade de vida da população, afetando não apenas os grandes centros urbanos, mas também as áreas rurais. Estima-se que no Brasil 36% da água tratada para consumo humano seja desperdiçada nesse processo, principalmente devido à baixa qualidade dos serviços de abastecimento de água prestados, (HENDGES, 2015). Fonte: ANA (Agencia Nacional da Água). 31 2.2.1 CICLO DA ÁGUA Segundo dados da ANA (Agência Nacional da Água, 2015), a precipitação é a principal causa de entrada de água no ciclo hidrológico. Quando se instala, parte flui para o rio, parte penetra e o restante evapora ou permanece nas folhas da vegetação. Para entender melhor o ciclo, pode-se imaginar que ele começa com a evaporação da água dos oceanos. O vapor gerado é transportado pelo movimento da massa de ar. Sob certas condições, o vapor pode condensar e formar nuvens, o que pode causar precipitação. Esta precipitação que ocorre na terra pode ser dispersa de várias maneiras, a maior parte permanece temporariamente no solo onde caiu, e a água retorna à atmosfera através da evaporação e transpiração das plantas. Parte da liquido restante flui sobre a superfície do solo ou rio, enquanto a outra parte penetra profundamente no solo para fornecer água para o lençol freático. A figura 2 abaixo mostra como essas relações entre fases ocorrem. Para entender melhor o ciclo, ele pode ser visualizado como a partir da evaporação. Figura 2 – Ciclo hidrológico esforços compostos. Ao longo do ciclo hidrológico, as características da água mudam de maneira diferente. Durante o processo de evaporação, a água salgada presente no oceano é convertida em água doce através do processo de evaporação. Quando o sedimento entra em contato com o solo por osmose, certos minerais presentes no solo são transportados Fonte: USGS - United StatesGeological Survey. 32 para o canal de água. A Tabela 4 abaixo mostra o fluxo anual estimado de água no ciclo hidrológico global. Tabela 4 – Estimativa dos fluxos de água anuais do ciclo hidrológico global (valores em km³ X ano-1). Processo Oceanos Continentes Precipitação 458000 119000 Evaporação 505000 72000 Fluxo dos continentes para os oceanos por via superficial (rios) 44700 Fluxo dos continentes para os oceanos por via subterrânea 22000 Fonte: Collischonn e Dornelles (2013). 2.3. CHUVAS E SUAS CARACTERISTICA 2.3.1. TEMPERATURAS E FORMAÇÃO DAS CHUVAS A maior parte da água na atmosfera existe na forma de vapor e aumenta à medida que a temperatura do ar aumenta. Para a formação de nuvens de chuva, uma grande quantidade de ar úmido se moverá para cima e, à medida que a temperatura do ar diminuir, serão geradas pequenas partículas de água, o que formará as gotas de chuva. Às vezes, essas partículas de água podem se transformar em gelo. Eles continuaram a crescer até começarem a se estabelecer na superfície da terra na forma de água da chuva, como mostra a figura 3 abaixo, (COLLISCHONN; DORNELLES, 2013). Figura 3 – Classificação quanto à quantidade de chuva. Fonte: ANA (Agencia Nacional da Água). 33 2.3.2. CHUVAS CICLÔNICAS Quando duas grandes massas de ar, com temperaturas e umidade diferentes, convergem, causam chuvas de ciclones. 2.3.3. CHUVAS CONVECTIVAS São chuvas causadas pelo movimento do ar mais quente subindo e condensando. Na figura 4, pode-se observar que a chuva convectiva é causada principalmente pela diferença de temperatura próxima à atmosfera terrestre. Eles são caracterizados por uma vida curta, mas alta resistência e pequena área de cobertura. Figura 4 - Chuvas convectivas. Fonte: Infoescola (2016). 2.3.4. CHUVAS OROGRÁFICAS Surge quando uma massa móvel de ar úmido encontra uma barreira topográfica (montanha, etc.) e é forçada a subir com uma diminuição da temperatura, seguida pela condensação do vapor d'água e formação de nuvens. As chuvas orográficas têm baixa intensidade e longa duração. O esquema de sua operação é mostrado na figura 5 abaixo: https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2009/10/chuva-convectiva.jpg 34 Figura 5 – Chuva orográfica. Fonte: Infoescola (2016). 2.4. COLETA DE DADOS DAS CHUVAS 2.4.1. ANÁLISE DOS DADOS DAS CHUVAS Para analisar os dados das chuvas, alguns fatores precisam ser considerados (COLLISCHONN; DORNELLES, 2013): • Altura: a altura da camada de água da chuva precipitada na superfície da Terra, uma vez que é completamente plana e não leva em consideração a infiltração no solo. • Duração: o período de chuva. • Intensidade: altura da chuva em função da duração (tempo de chuva). • Frequência: repetição de certas quantidades de chuva, geralmente há uma alta frequência de chuva de menor intensa, chuva pesada é menos frequente. • Tempo de Retorno (TR): é o determinado período em que se tem a repetição de uma mesma quantidade de chuva. Por exemplo, no Brasil, a chuva varia muito, espacial ou sazonalmente. Quando há uma diferença nos parâmetros de precipitação de um ponto para outro, é observada variabilidade espacial. No mesmo dia chuvoso, isso geralmente ocorre quando há muita https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2009/10/chuva-orografica.jpg 35 chuva no território. Quando um determinado ponto de medição registra precipitação, é diferente do outro. Devido ao vasto território do Brasil, as mudanças sazonais são muito comuns no Brasil e as chuvas em certas partes do país dependem do mês do ano (COLLISCHONN; DORNELLES, 2013). 2.5. UTILIZAÇÃO DA CHUVA PARA USO URBANO No Brasil, os sistemas de otimização da água não são extensos e poucos edifícios possuem sistemas que racionalizam o uso da água. Neste trabalho, a reutilização da água exposta ou o uso da água da chuva contraria o conceito de uso racional da água. No caso de lavagens sanitárias no banheiro, a água de menor qualidade é utilizada para fins de baixo custo. Por meio desse sistema, o consumo de recursos hídricos é atenuado e o consumo de recursos hídricos está desatualizado (TOMAZ, 2003). O sistema de utilização de água da chuva é uma estrutura relativamente simples que pode ser facilmente introduzida no dispositivo hidráulico de um edifício. O uso deste sistema pode minimizar o consumo de água potável. Esse processo se tornará mais favorável quando o projeto estiver localizado em uma área com alta intensidade de chuvas, (SINDUSCON-SP, 2007). 2.6. LEIS RELACIONADAS AO USO DAS ÁGUAS No decreto 24.643 / 1934 do Código da Água, o uso da água da chuva é regulamentado com as leis abaixo: • Artigo 102; ❖ Consideram-se águas pluviais as que procedem imediatamente das chuvas • Artigo 103; ❖ As águas pluviais pertencem ao dono do prédio onde caírem diretamente, podendo ele dispor delas à vontade, salvo existindo direito em contrário. ▪ Parágrafo único: ao dono do prédio, porém não é permitido. 36 ▪ I. Desperdiçar essas águas em prejuízo dos outros prédios que delas se possam aproveitar, sob pena de indenização aos proprietários dos mesmos; ▪ II. Desviar essas águas do seu curso natural para lhes dar outro, sem consentimento expresso dos donos dos prédios que irão recebê-las. • Artigo 104; ❖ Transpondo o limite do prédio em que caírem, abandonadas pelo proprietário dele, as águas pluviais, no que lhes for aplicável, ficam sujeitas às regras ditadas para as águas comuns e para as águas públicas. • Artigo 106; ❖ É imprescritível o direito de uso das águas. • Artigo 107; ❖ São de domínio público de uso comum as águas pluviais que caírem em lugares ou terrenos públicos de uso comum. • Artigo 108; ❖ A todos é lícito apanhar estas águas. ▪ Parágrafo único: não se poderão, porém, construir nesses lugares ou terrenos, reservatórios para o aproveitamento das mesmas águas sem licença da administração. 2.7. QUALIDADE DA ÁGUA DA CHUVA De acordo com a ABNT, NBR 15527, (2007), a qualidade da água da chuva urbana para fins não potáveis deve atender aos parâmetros da tabela 5 abaixo. 37 Fonte: ABNT, NBR 15527 (2007). De acordo com os padrões do projetista, use para desinfecção os derivados de cloro, luz ultravioleta, ozônio etc. Nos casos em que é necessário desinfetante residual, podem ser utilizados derivados de cloro, (ABNT, NBR 15527, 2007). 2.8. PREVISÃO DE CONSUMO DE ÁGUA Como existem muitos fatores no uso dessa água, é difícil prever a quantidade exata de água usada na casa. No Brasil, não há estudo definitivo sobre o consumo residencial de água, (TOMAZ, 2003). Para Tomaz (2003), realizar o cálculo do consumo na bacia sanitária, utilizamos como exemplo uma habitação com 5 pessoas, que ocupam a bacia sanitária 5 vezes ao dia e estipulam que há vazamento de 8% por descarga. Executando o cálculo mostrado abaixo, o consumo mensal chega a 7290 litros por mês. ❖ 5 x 5 (pessoas x emissões) / dia x 9 litros / emissões x 1,08 (vazamento) x 30 dias = 7290 litros por mês. A fim de atender às necessidades diárias de água de diferentes instalações, (Ferreira ,2014) publicou a seguinte tabela 6. Tabela 5 – Parâmetro de qualidade da água da chuva para fins não potável 38 Tabela 6 – Valores de consumo predial (litros/dia). 3. DESENVOLVIMENTO 3.1. SISTEMA DE CAPTAÇÃO DA ÁGUA DA CHUVA EM TELHADOS Voltando à aplicação do conceito de um sistema de coleta de água da chuva, "Para fins de água não potável’, é necessário seguir a aplicação de elementos reutilizados, a fim de contribuir para a coleta adequadamentetratada, porque não é água potável. Esse sistema demostrado na figura 6 abaixo, tem como conceito a captação, transporte, tratamento, armazenamento e a utilização de uso não potáveis. A seguir, um exemplo de residência com o sistema de reuso de água da chuva. (SINDUSCON-SP, 2007). Prédio Consumo (Litros) Alojamentos provisórios 80 per capita Casas populares ou rurais 120 per capita Residências 150 per capita Apartamentos 200 per capita Hotéis (s/ cozinha e s/ lavanderia) 120 por hóspede Hospitais 250 por leito Escolas (internatos) 150 per capita Escolas (externatos) 50 per capita Quartéis 150 per capita Edifícios públicos ou comerciais 50 per capita Escritórios 50 per capita Cinemas e teatros 2 por lugar Templos 2 por lugar Restaurantes e similares 25 por refeição Garagens 50 por automóvel Lavanderias 30 por Kg de roupa seca Mercados 5 por m² de área Matadouros - animais de grande porte 300 por cabeça abatida Matadouros - animais de pequeno porte 150 por cabeça abatida Fábricas em geral (uso pessoal) 70 por operário Postos de serviços para automóveis 150 por veículo Cavalariças 100 por cavalo Jardins 1,5 por m² Fonte: Ferreira (2014). 39 Figura 6 – Esquema de utilização da água da chuva. Fonte: HI Tecnologia - Automação Industrial © 1989-2017. 3.1.1. O CAMINHO DAS ÁGUAS Antes de aterrissar no chão, a maior parte da chuva cai numa copa de árvore. Em seguida, desce em momentos diferentes, se infiltra no solo e fornece água subterrânea. De fato, a severa escassez de água no planeta é a distribuição desigual desse recurso natural. Toda a água que existe na terra é a mesma que existia milhões de anos atrás. Hoje, as casas bloqueiam os "buracos" do solo das árvores que costumavam ser. Um telhado de 100 metros quadrados impede que a água da chuva penetre em 100 metros quadrados de árvores e solo da vegetação. A figura 7 mostra o reservatório temporário de chuva. A água da chuva que cai no telhado flui da superfície do solo ao redor da casa. O escoamento vazará para certos corpos d'água e também retira a parte superior do solo, que tem o maior teor de nutrientes. Dê uma olhada no problema: a água da chuva não se infiltra, não torna o solo estéril e obstrui as veias da água. 40 Figura 7 – Reservatório – Armazenamento da água da chuva. Fonte: Ecovila Clareando (2019). 3.1.2. FATORES METEROLÓGICOS Para calcular a intensidade da precipitação "i", devem ser considerados o valor suficiente da duração da precipitação e o valor "TR", e o tempo de retorno é especificado da seguinte forma: • Empoçamentos em áreas pavimentadas pode ser tolerada, 1 ano; • Para telhado e / ou terraço, 5 anos; • Áreas onde poças ou transbordamentos não podem ser tolerados (telhados), 25 anos. ❖ A precipitação deve ser tempo fixado, t = 5 minutos; ❖ Por exemplo, um edifício de projeção horizontal de 100 metros quadrados usa I = 150 mm / h. Para projetar um sistema de captação de água da chuva, é preciso entender a precipitação média mensal. 41 Equação 1 – Vazão do projeto. 3.1.3. VAZÃO A vazão do projeto é obtida da seguinte forma: • ❖ ❖ Onde: ➢ Vazão, em Litros por minuto (L/min) = Q; ➢ Intensidade, em milímetro/hora (mm/h) = I; ➢ Área, em metros quadrados (m²) = A; A equação de vazão de projeto e descrita acima é definido pela ABNT, (NBR 10844, 1989). 3.1.4. CALHAS Na medida do possível, a calhas de platibanda e de beiral devem estar presos na extremidade da cobertura. A colocação dessas calhas deve uniformizar a inclinação e usar 0,5% de uma inclinação mínima. É necessário instalar extravasores quando não são permitidos vazamentos nas calhas, para que essa água seja drenada no lugar certo. (ABNT, NBR 10844, 1989). Na ABNT, quando a saída menor de quatro metros da calha, temos que determinar uma direção alternativa, a vazão de projeto deve ser multiplicada pelos seguintes fatores, conforme as tabelas 7 e 8 abaixo. Tabela 7 - Coeficiente para dimensionamento de calhas. Tipo de curva Curva a menos de 2m da saída da calha. Curva entre 2 e 4m da saída da calha. Canto reto 1,2 1,1 Canto arredondado 1,1 1,05 Fonte: ABNT, NBR 10844 (1989). A dimensão da calha é determinada de acordo com a fórmula de Manning- Strickler, como mostrado abaixo: 42 Equação 2 – Vazão de projeto, formula de Manning-Stricler. • • • Onde: ➢ Coeficiente de rugosidade (ver tabela) = n; ➢ Vazão de projeto, em Litros por minuto (L/min) = Q; ➢ Área da seção molhada, em metros quadrados (m²) = S; ➢ Raio hidráulico, em metro (m) = R; ➢ Perímetro molhada (P/S), em metro = RH; ➢ i = declividade da calha, em metros/metros (m/m) = i; ➢ K = 60.000 (Norma). Tabela 8 – Coeficiente de rugosidade para dimensionamento de calhas. Material Plástico, fibrocimento, aço, metais não-ferrosos. 0,011 n Ferro fundido, concreto alisado, alvenaria revestida. 0,012 n Cerâmica, concreto não-alisado. 0,013 n Alvenaria de tijolos não-revestida. 0,015 n Fonte: ABNT, NBR 10844 (1989). De acordo com o método especificado na tabela 9 (ABNT, NBR 10844, 1989), quando existe uma calha semicircular, é utilizado o coeficiente de rugosidade n = 0,001. De acordo com a fórmula de Manning-Strickerler, quando a profundidade da água é igual à metade do diâmetro interno, pode ocorrer as seguintes vazões: Tabela 9 – Vazões de calhas semi-circulares com n=o,oo1. Fonte: ABNT, NBR 10844 (1989). Diâmetro Interno (mm) Declividades 0,50% 1% 2% 100mm 130 183 256 125mm 236 333 466 150mm 384 541 757 200mm 829 1167 1634 43 Figura 8 – Ábaco para dimensionamento de condutores verticais. 3.1.5. CONDUTORES VERTICAIS Segundo a ABNT (NBR 10844, 1989), os condutores verticais podem ser instalados em ambientes internos ou externos. Para obter desempenho suficiente, o diâmetro interno desses fios não deve ser inferior a 70 mm. É melhor que a direção da coluna em queda não mude, mas, se necessário, use uma curva de 90 ou 45 ° e instale as peças de controle conforme mostrado nas figuras 8 e 9. • O dimensionamento dos condutores deve ser estabelecido com a utilização dos ábacos, através dos seguintes dados: ➢ Vazão de projeto, em Litros por minuto (L/min) = Q; ➢ Altura da lâmina de água na calha, em milímetro (mm) = H; ➢ Comprimento do condutor vertical, em metros (m) = L; Fonte: ABNT, NBR 10844 (1989). 44 Figura 9 – Ábaco para dimensionamento de condutores verticais. Fonte: ABNT, NBR 10844 (1989). 3.1.6. CONDUTORES HORIZONTAIS Conforme descrito na ABNT, NBR 10844, 1989, condutores horizontais devem, ser instalados com uma inclinação uniforme de pelo menos 5%. as dimensões são calculadas, uma altura de dois terços (2/3) do diâmetro interno do tubo é tratada como uma lâmina de água. As instalações de conexões com mudança de direção, devem ser a cada 20 metros diretamente da tubulação, isso se aplica à tubulação enterrada. Com a fórmula de Manning-Strickler e uma profundidade com dois terços de água, as taxas de fluxo especificadas na Tabela 10 foram alcançadas: 45 Tabela 10 – Vazões de condutores verticais de acordo com a fórmula de Mannig-Strickler. Diâmetro interno (D) (mm) n=0,011 n=0,012 n=0,013 0,50% 1% 2% 4% 0,50% 1% 2% 4% 0,50% 1% 2% 4% 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 50 32 45 64 90 29 41 59 83 27 38 54 76 75 95 133 188 267 87 122 172 245 80 113 159 226 100 204 287 405 575 187 264 372 527 173 243 343 486 125 370 521 735 1040 339 478 674 956 313 441 622 882150 602 847 1190 1690 552 777 1100 1550 509 717 1010 1430 200 1300 1820 2570 3650 1190 1670 2360 3350 1100 1540 2180 3040 250 2350 3310 4660 6620 2150 3030 4280 6070 1990 2800 3950 5600 300 3820 5380 7590 10800 3500 4930 6960 9870 3230 4550 6420 9110 Fonte: ABNT, NBR 10844 (1989). 3.1.7. FILTRAGEM Os condutores que levam a água da chuva até o reservatório de autolimpeza, ou para outro dispositivo qualquer, não devem sofrer entupimentos. Para tanto, o sistema de coleta deve conter um sistema de peneiras para a retirada de folhas e galhos. A colocação de um sistema de filtragem Nominal, como podemos observar na figura 10 é de uma filtragem nominal, para que no arrasto faça a filtragem mais eficiente em particulados de até 400 mícrons, equivalente a uma pedra, folhas e outros resíduos graúdos, mas existem outras aplicações de modo que a tecnologia vem se inovando, como o uso de um dispositivo na saída da calha ou uma grade na entrada de água do reservatório. Não é aconselhado o uso de um sistema com um range de trabalho, mas laminado, pois, o dispositivo irá saturar mais rápido e a manutenção nesta área de difícil acesso será constante, porém não eficaz. 46 Figura 10 – Separador de folhas Fortlev. Fonte: May, 2004 Ao executar o recolhimento da água da chuva pelas calhas, faz-se necessário a instalação de um filtro de maior capacidade de separação de um modo ainda com filtragem nominal. O objetivo deste filtro é reter material abaixo de 70 mícrons, o que equivale às partículas de areia presentes em telhados e calhas, para que não sejam transportados por água para o sistema de coleta. Existem diversos modelos de filtros, como na figura 11. Que podem ser instalados e com grau de filtragem mais fechada, sendo que temos que levar em consideração a saturação rápida e assim terá uma manutenção mais contínua em pouco tempo, que não é adequado. Devemos definir o tipo de aplicação do uso antes da instalação. Sendo assim o equipamento tem que ficar alojado na tubulação de queda das calhas ou através de uma caixa coletora para que tenha melhor eficiência na coleta. A água recolhida da chuva escorre por meio da tubulação das calhas e entra na caixa coletora. A superfície da caixa possui uma malha de arame fina ou qualquer outro material para que o filtro possa reter materiais indesejados (como folhas). A peneira não e de retém microrganismos e contaminantes químicos, pois ela não tem essa eficiência, portanto, é necessário limpar regularmente esse material. Recomenda o uso de uma peneira com diâmetro nominal entre 0,20 mm e 1 mm, (Tomaz, 2003). 47 Fonte: 3º FÓRUM INTERNACIONAL ECOINOVAR (2014). Após a água coletada ser armazenada no reservatório inferior e filtrada por um processo demostrado na figura 11 com método nominal, ela é sugada pela bomba para o reservatório superior, mas antes disso passa por sistema filtragem de modo absoluto composto de três filtros em estágio de 50 mícrons, 25 mícrons e um de carvão ativado com 15 mícrons de modo que se retire particulados e odor da água coletada. Dependendo da aplicação podemos dimensionar uma filtragem mais aberta, sendo que para o não desgaste da bomba e manutenções em tubulações para redução de contaminação, devemos adotar esse grau de filtragem que foi sugerido ao projeto que estamos desenvolvendo. Essa situação leva a uma menor taxa de desgaste. Quando a taxa de desgaste é mantida baixa o suficiente, o componente projetado pode atingir a vida útil esperada, que pode ser de milhões de curtos ciclos de manutenção. O tamanho das partículas é geralmente medido em uma escala de micrômetro. Um micrômetro é um milionésimo de metro ou um trigésimo de polegada. O limite da visibilidade humana é de cerca de 40 mícrons. Lembre-se de que a maioria das partículas que danificam o sistema de lubrificação ou hidráulico é inferior a 40 mícrons. Portanto, eles são microscópicos e não podem ser vistos a olho nu. Figura 11– Exemplo de filtro de peneira em caixa coletora de água. 48 Fonte: Catalogo Microfilter (2016). O tratamento eficaz da água é essencial para vários processos que visam manter o ambiente limpo e a operação segura dos sistemas industriais. No gerenciamento de água, agricultura, usinas de energia ou indústrias de produção, são necessários filtros de água duradouros e de baixa manutenção que atendam aos mais altos requisitos e sejam econômicos. Ao tratar água de rio ou água potável, um sistema de filtragem, filtro único, filtro duplo ou filtro automático pode ser usado de acordo com as necessidades da aplicação para garantir que a limpeza especificada seja alcançada a cada operação. A NBR 12216, norma usada no sistema de filtragem, estabelece um grau de limpeza definido. Além disso, quando a sujeira é extremamente pesada sob condições de partículas pesadas, dependendo da aplicação, o filtro deve ser proporcional ao melhor resultado. 3.1.8 RECURSO HÍDRICO: USO E APROVEITAMENTO Figura 12 – Microfilter sistema big blue. 49 O equipamento para derramamento de líquido é muito eficaz em várias indústrias, a fim de utilizá-lo para fins de água não potável. Todo o sistema de coleta de água da chuva consiste nos seguintes componentes básicos, como mostra a figura 13 abaixo: • Áreas de captação, ou seja, o telhado, superfície onde a chuva cai; • Calhas e condutores, são os canais de transporte por meio da superfície de coleta e o tanque de armazenamento; • By pass; • Filtro e peneira; • Reservatório e extravasor. Figura 13 – Esquema de coleta de água da chuva. Fonte: May, 2004. A decantação consiste na separação de misturas, ou seja, uma mistura em repouso, o componente que é mais denso desce por ação da gravidade. Após essas partículas densas são sedimentadas no fundo, e o líquido que fica na parte superior pode ser separado em outro recipiente. No 1° estagio a mistura é heterogênea, componentes insolúveis um no outro e com densidade diferentes, um exemplo comum é água e óleo, 2° estagio é a sedimentação, onde o mais denso desce por gravidade, 3° estagio é a decantação, um dos processos usados no tratamento de esgoto. Observação: quanto menores as partículas, mais tempo demora. 50 Segue a descrição do princípio de funcionamento do filtro, figura 14. Fonte: 3P Technik A- Quando a água da chuva atinge o filtro, devido ao seu design especial, a água da chuva freia na barragem e é direcionada para a cachoeira. B- Use o princípio de cascata para a limpeza inicial. A sujeira mais espessa (folhas, etc.) flui pela cachoeira e diretamente no corredor da chuva. C- Água da chuva, que já está livre das maiores impurezas, passa pela tela (malha de 0,26 mm) sob a cachoeira. Devido ao design especial da tela, ele também transfere a sujeira fina restante para a tubulação. D- A água limpa é direcionada para o tanque de água. E- Sujeira entra em ralos normais de tempestade. 3.1.9 PRIMEIRA ÁGUA DA CHUVA ELIMINADA Deve-se enfatizar que a primeira água da chuva coletada deve ser eliminada, pois poeira e fuligem aparecerão na superfície do telhado completamente contaminada. A primeira chuva elimina a poeira, o que "suaviza" o telhado, ou pode ser feita manualmente ou através de um sistema automatizado, (JABUR; BENETTI; SILIPRANDI, 2011). O telhado será afetado por vários meios poluentes, por isso é recomendável tratar a água após a primeira chuva, porque isso é para limpar a área de captação de água, especialmente após uma seca prolongada. O By Pass (figura 15) inclui o descarte de Figura 14 - Funcionamento do filtro. 51 água da primeira chuva, o uso de canos para removê-la manualmente ou o equipamento de autolimpante para removê-la automaticamente. Figura 15 – By Pass Fonte: https://www.fazfacil.com.br/reforma-construcao/cisternas-plastico/5/O processo de eliminação citado na figura 16, não é obrigatório de acordo com a norma brasileira, mas dependendo da aplicação a produtividade do uso diminuirá devido aos particulados arrastados. Para que se tenha um controle mais eficaz da qualidade da água da chuva utilizada adota-se a eliminação dos primeiros 2mm de chuva. Volume este que representa o intervalo de 5 a 10 minutos do início, Tomaz (2003). https://www.fazfacil.com.br/reforma-construcao/cisternas-plastico/5/ 52 Fonte: Catálogo Rainhar Vest. 3.2.0. ARMAZENAMENTO DA ÁGUA EM CISTERNAS Depois de armazenar a água da chuva coletada em um tanque de PVC ou reservatório de alvenaria, para que não contamine a água é necessário que o reservatório seja totalmente fechado, deixando só os canais de entrada e de saída abertos e também cobertas, longe da luz solar, deixando a temperatura baixa, reduzindo a proliferação de bactérias. Ao armazenar a água coletada, é necessário um ajuste correto do tamanho para que não interfira no processo natural do ciclo hidrológico. A ABNT NBR15.527, (2007) propôs muitos métodos de cálculo. Quando a precipitação anual é de 50%, levamos em conta as perdas e o escoamento do sistema, usando o método Azevedo Neto, também conhecido como método prático brasileiro. Estudo de caso ● A área do telhado = 380,13 m² ● Precipitação média anual = 1.860mm ÷ 2 = 930mm, onde 930mm ÷ 12 meses = 77,5 Litros/m²/mês. Figura 16 – Água extraída pelo sistema “FistFlusch”. 53 ● Taxa adotada = 77,50 Litros/m²/mês. ● Precipitação média mensal = 380,13m²x77,50L/m²/mês÷ 1000L = 29,46m³/mês (cálculo para 1 mês de seca). ● Precipitação média mensal aproximada = 29,46m³/mês. Através de três regras simples de cálculo e como o consumo médio de água de um edifício é de 85m³ / mês, que é considerado 100% do consumo de água, podemos economizar cerca de 25%. Com relação à qualidade da água no reservatório, sabemos que a água da chuva pode retirar os metais pesados presentes no ar. Quando a chuva cai e flui do telhado, a extremidade do tubo também carrega os microrganismos e a poeira que gradualmente se depositam no fundo do reservatório. Lembre-se de que, mesmo para fins de água não potável, o tanque deve ser limpo pelo menos uma vez por ano, de acordo com as recomendações da ABNT NBR 15.527, (2007). De acordo com as recomendações da NBR 15.527, (2007), a tabela 11 abaixo apresenta a frequência de limpeza recomendada para todo o sistema de recuperação de água da chuva. Tabela 11 - Frequência de manutenção. Fonte: ABNT NBR 15.527/07 (2019). Para realizar projetos relacionados ao reservatório, o fator de volume útil deve ser observado para minimizar o impacto do consumo. Portanto, a alteração final do consumo de volume é mínima. A norma direciona para aplicação de um fator de 1,2 ao volume calculado (ABNT, NBR 12217, 1994). Na norma ABNT (NBR 15527, 2007), podemos calcular a quantidade de água da chuva disponível, que deve ser considerada como o coeficiente de escoamento superficial da cobertura e a eficiência do sistema inicial de descarte de escoamento. Componente Frequência de manutenção Dispositivo de descarte de detritos Inspeção mensal, limpeza trimestral Dispositivo de descarte do escoamento inicial Limpeza mensal Dispositivo de descarte do escoamento inicial Limpeza Semestral Calhas, condutores verticais e horizontais Limpeza mensal Bombas Limpeza mensal Reservatórios Limpeza e desinfecção anual 54 Ao estruturar um projeto de reservatório, devemos levar em consideração, seu volume útil, um fator aplicado ao volume final e usado para minimizar o impacto das mudanças no consumo. A partir disso, um fator de 1,2 é aplicado ao volume calculado (ABNT, NBR 12217, 1994). Para calcular a quantidade de água da chuva disponível, o coeficiente de escoamento superficial da cobertura e a eficiência do sistema inicial de tratamento de escoamento devem ser considerados. Portanto, conforme descrito pela ABNT (NBR 15527, 2007), o volume do reservatório é calculado de acordo com a seguinte equação. Equação 3 – Volume aproveitável. • V = P x A x C x N fator de captação; ➢ V = volume anual, mensal ou diário de água da chuva aproveitável; ➢ P = precipitação média anual, mensal ou diária; ➢ A = área de coleta; ➢ C = coeficiente de escoamento superficial da cobertura; ➢ Nfator de captação = eficiência do sistema de captação, levando em conta o dispositivo de descarte de sólidos e o desvio de escoamento inicial, caso seja utilizado. Para o descarte da água que não foi utilizado por algum motivo, será encaminhada para rede de esgoto, ou lançada ao solo, sem descarregar agentes contaminantes ao lençol freático. Seguindo a norma (ABNT, NBR 15527, 2007), devemos deixar livres da luz solar e do calor e também de animais que possam se alojar na tubulação. O tanque inferior consiste em um filtro; kit de sucção; freio de água e sifão de ladrão. O filtro indicado é o volumétrico, que tem finalidade de separar as partículas sólidas não sendo absoluto, pois ainda se passa particulado fino de até 70 mícrons, que é equivalente a um grão de areia, após isso a água que será encaminhada para o reservatório será parcialmente limpa. Graças a esse sistema de sucção, a água sempre será bombeada de maneira mais limpa, mas você ainda precisará de outro filtro para partículas abaixo de 70 mícrons para proteger melhor a bomba e não causar desgaste devido à agressão de partículas. Quanto ao freio d´água, ele faz com que a água entre no fundo do tanque sem misturar partículas e sedimentos, o sifão de transbordamento remove o excesso de liquido. 55 O mesmo reservatório deve ter um sistema capaz de receber água potável do sistema público de abastecimento, pois se a água da chuva não for capaz de atender a demanda devido à falta de chuva ou período de seca e assim a edificação não será prejudicada, neste caso deverá haver uma separação atmosférica da água de reuso para a água tratada assim de não contaminar a água potável, (FDE, 2015). Sabendo que existem diversos tipos de matéria prima e tecnologia utilizada pelos fabricantes de reservatórios, não entraremos com uma sugestão de aplicação, pois isso pode ser facilmente decidido pelo projetista, de modo que todos, tem que seguir o mesmo conceito de armazenagem de liquido para água de reuso e por isso sendo de concreto, fibra e outros, devem atender a mesma finalidade. Conforme a figura 17, ilustra o que citamos acima. Figura 17 – Exemplo de reservatório para água da chuva Fonte: FT Engenharia e Tecnologias Sustentáveis Ltda. A água da chuva não utilizada deve ser enviada para a galeria de águas da chuva ou pode cair no chão se não carregar poluentes no lençol freático. A água da chuva reservada para uso deve ser protegida da luz solar direta e do calor, como mostra a figura 18, bem como de animais que possam entrar no cano (ABNT, NBR 15527, 2007). 56 Para capturar melhor a água no tanque, é usado um filtro flutuante. O objetivo do filtro é coletar água da mais alta qualidade, em vez de capturar água da superfície ou do fundo do tanque, que pode conter alguma sujeira. Não eliminado (TÉCHNE, 2009). Para captação da água existente na cisterna utiliza-se um filtro flutuante, com finalidade de recolher a água de maior qualidade, não captura a água da superfície nem a do fundo do tanque, essas águas podem possuir alguns resquícios de sujeira que não foram eliminadas pelas filtrações anteriores. Pode haver vários modelos de reservatório para armazenar água da chuva, que variam de acordo com a escolha do designer, o local da instalação e os desejos do cliente. Existem vários modelos e tamanhos no mercado, principalmente usando polietileno e fibra de vidro. Estes podem estar no chão ou enterrados no subsolo. Fonte: Catálogo Fortlev.
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