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VM - Direito Ambiental

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Prof. Eleonora - 09/02/2021
DIREITOS DIFUSOS E COLETIVOS
DIREITOS DIFUSOS E COLETIVOS
 
DIREITOS COLETIVOS		 	direitos difusos
(sentido amplo)
“lato sensu”
direitos coletivos em sentido estrito “stricto sensu”
direitos individuais homogêneos	
TRANSINDIVIDUAIS			 
SUPRAINDIVIDUAIS
METAINDIVIDUAIS
Há que se dizer ainda que essa noção transindividual (supraindividual ou metaindividual) deve ser assim entendida não apenas porque em muitos casos os interesses são de titulares indeterminados (ou indetermináveis), mas, principalmente, e este parece ser um ponto nodal, porque não pertencem ao indivíduo considerado egoisticamente, mas, sim, como integrante de um corpo, de uma categoria, ou até mesmo como membro da sociedade coletivamente considerada (cidadão).				
→Espécies de direito coletivo:
O art. 81 do CDC traz uma boa definição dos tipos de direito coletivo:
Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo.
        Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de:
        I – interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato;
        II – interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base;
        III – interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de origem comum.
→ Direitos difusos: 
a. São direitos indivisíveis;
· Os titulares são pessoas indeterminadas reunidas entre si pela mesma situação de fato. Existe um elo comum entre os lesados que comungam do mesmo interesse difuso (Hugo Nigro Mazzilli)
· Ex. gases da queimada da cana, canavial no interior de Goiás, tragédia de Brumadinho.
· Os titulares se envolveram em igual circunstância de ato.
· Ex. ar atmosférico. É impossível determinar quem são as pessoas atingidas pela poluição. O que une tais pessoas a um mesmo direito é uma circunstância de fato, qual seja: estarem sujeitas ao desequilíbrio ambiental.
b. Transindividuais.
c. Inexiste vínculo jurídico, mas existe vínculo fático, circunstanciais entre as pessoas.
· O que une as pessoas é um fato!
d. Indivisibilidade do objeto
· Direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado (art. 225, CF)
· Ex. emissão de poluição por uma indústria.
· A sentença que condenar o poluidor a restituir o meio ambiente beneficiará a toda coletividade (mesmo que não tenho participado da relação jurídica processual). Tem efeito erga omnes.
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defende-lo e preserva- lo para as presentes e futuras gerações.
O interesse difuso não é um direito que pertença a uma categoria que possua fins próprios e se organize para atender às necessidades de uma categoria. Pelo contrário, o interesse difuso é assim entendido porque, objetivamente, “estrutura-se como um interesse pertencente a todos e a cada um dos componentes da pluralidade indeterminada que se trate. Não é um simples interesse individual, reconhecedor de uma esfera pessoal e própria, exclusiva de domínio. O interesse difuso é o interesse de todos e de cada um ou, por outras palavras, é o interesse que cada indivíduo possui pelo fato de pertencer à pluralidade de sujeitos a que se refere a norma em questão”.1
→ Direitos coletivos “stricto sensu”
a. São direitos indivisíveis. O titular pode ser um grupo, classe ou categoria de pessoas reunidas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica de base. As pessoas são determinadas, mas o interesse individual dá lugar ao interesse do grupo, da classe ou da categoria. O interesse do indivíduo corresponde ao interesse do grupo.
a. O que une as pessoas é uma relação jurídica-base!
b. Transindividual.
c. Indivisibilidade do objeto
Tem uma indivisibilidade dos efeitos desse dano. A extensão do ressarcimento do dano não é diferente para cada pessoa. Haverá uma única solução para todos os envolvidos.
Ex. aumento abusivo do plano de saúde, isenção de IPVA para PCD em São Paulo, fabricante que recusa a fornecer peça de reposição, funcionário da fábrica X.
(...) o interesse coletivo refere-se “a categorias organizadas para a tutela de interesses específicos (e, logo, diferenciados) dos próprios aderentes (...)
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→ Direitos Individuais Homogêneos ou “Direitos acidentais coletivos” – Barbosa Moreira
Direito Individual Homogêneo: no primeiro momento, o direito poderá ser requerido individualmente. O direito não nasce da coletividade, mas por acidente, em razão da origem comum, o direito cai na coletividade.
“Por um acidente, o direito se torna coletivo”.
a. Divisibilidade do objeto
Natureza divisível – pessoas ainda que indeterminadas num primeiro momento poderão ser determinadas no futuro. Direitos estão ligados por um eventos de origem comum → direito coletivo.
DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS
Na forma e no seu exercício 	 direitos coletivos
No conteúdo 			direitos individuais
b. Sujeitos são determinados ou determináveis
Direitos individuais homogêneos:
· Na forma e no seu exercícios → direitos coletivos
· No conteúdo → direitos individuais
· Ex. consumidores compram veículos com peças defeituosas de fábrica e causa acidente. Uma pessoa quebrou o dedo, outra pessoa sofreu arranhão, uma pessoa perdeu o dedo.
· As pessoas são determinadas ou determináveis e ligadas por uma causa comum, o direito nasce da mesma causa (peça defeituosa do veículo).
· Tem uma divisibilidade dos efeitos desse dano. A extensão do ressarcimento do dano é diferente para cada pessoa.
· Titular do direito é identificável, objeto é divisível e cindível.
· A origem, causa comum, é que caracteriza um direito individual como homogêneo.
	
	DIFUSOS
	COLETIVOS
	INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS
	
	Transindividuais
	Transindividuais
	Individuais
	Bem jurídico
	Indivisíveis
	Indivisíveis
	Divisíveis
	Titulares dos direitos
	Pessoas indeterminadas
	Pessoas determinadas ou determináveis
Classe, categoria ou grupo
	Pessoas determinadas ou determináveis
	
	Ligadas por uma circunstância de fato
	Ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica de base
	Origem, causa comum. Não há necessidade de ligação
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Dano ambiental poderá ocorrer de forma difusa, coletiva, individual homogêneo.
· Dano ambiental difuso: questão ambiental incide sobre uma generalidade de sujeitos → direito difuso.
· Dano ambiental coletivo: questão ambiental regulando uma questão cujos titulares são determinados.
Ex. grupo de armadores de pesca que são lesados por vazamento de petróleo.
Ex. empregados de uma mesma empresa que foram contaminados por insalubridade do ambiente.
· Dano ambiental individual: ocorre quando o dano ambiental repercute de forma reflexa sobre a esfera de interesses patrimoniais ou extrapatrimoniais da pessoa.
Há possibilidade de identificar um ou alguns lesados em seu patrimônio particular (dano reflexo ou ricochete).
Ex. desastre ecológico, derramamento de óleo cru proveniente da refinaria de Duque de Caixas, da Petrobrás, lançadas nas águas da Bahia da Guanabara – RJ.
 O fato causou não só a contaminação da água (prejuízos à fauna e flora marinhas), mas afetou a pesca e turismo, em detrimento de pessoas que viviam dessas atividades. Armador de pesca ingressou com indenização TJRJ. AC. 2002.001.15693 – 12ª Câm. Civil.
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→ Gerações Dos Direitos Humanos
A. Primeira geração – liberdade
Direitos civis, políticos que compreendem as liberdades clássicas. Exige do Estado uma abstenção, um “não fazer”.
B. Segurança geração– igualdade (material)
Direitos econômicos, sociais e culturais. Exige do Estado uma prestação positiva, de fazer.
C. Terceira geração – solidariedade, fraternidade.
Direito transindividuais (direitos difusos, direitos coletivos, direitos individuais homogêneos)
Direito ao meio ambiente equilibrado, qualidade de vida saudável.
Surgimento dos estatutos: idosos, ECA, CDC.
D. Construção Doutrinária
CONSTRUÇÃO DOUTRINÁRIA
a) QUARTA GERAÇÃO
Patrimônio genético (ex. reprodução humana assistida); biotecnologia (Ex.: criação de vacinas e controle de doenças); globalização política
b) QUINTA GERAÇÃO
Paz, cibernética, internet
23/02/2021 – Aula 2
1. DIREITO AMBIENTAL COMO INTEGRANTE DOS DIREITOS DIFUSOS E COLETIVOS
ROMPIMENTO DE BARRAGENS DE MINERAÇÃO
Ex. Brumadinho
Individual homogêneo – interferir a restrição no modo de restringir o acesso às águas dos rios atingidos, impossibilidade de atividade pesqueira e agropecuária e outros.
DIREITOS COLETIVOS		 	direitos difusos
(Sentido amplo)
“Lato sensu”
Direitos coletivos em sentido estrito “stricto sensu”
	Direitos individuais homogêneos
HISTÓRICO DO DIREITO AMBIENTAL
Revolução Industrial – século XVIII – produção e consumo – busca de recursos naturais
· 1972 – 1ª Conferência de Estocolmo na Suécia – âmbito internacional – organizada pela ONU. Influência do homem no meio ambiente humano
Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento e Meio Ambiente
- criação Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) – busca conservar o meio ambiente e o uso eficiente de recursos - desenvolvimento sustentável.
- adotou a “Declaração das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente”, que apresenta 26 princípios referentes à proteção do meio ambiente.
· 1987 – Relatório Brundtland – Conceito de desenvolvimento sustentável
-Gerou o relatório “Nosso Futuro Comum”, que traz o conceito de desenvolvimento sustentável para o discurso público
É “aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas necessidades”.
· 1987 - Protocolo de Montreal – países comprometem-se a substituir as substâncias que demonstram ser responsáveis pela destruição do ozônio, a partir de 16 de setembro de 1987, 1997 e 1999.
· 1992 – ECO92 (RJ): Conferência das Nações Unidas sobre meio ambiente e desenvolvimento 
-Adotada a “Agenda 21”, um diagrama para a proteção do planeta e seu desenvolvimento sustentável.
 
- Gerada a Convenção Sobre Diversidade Biológica (CDB)
É o primeiro tratado mundial sobre a utilização sustentável, conservação e repartição equitativa dos benefícios derivados da biodiversidade, assinado por 156 países durante a ECO92.
· 1997 – Protocolo Quioto / Kyoto – países comprometem-se a reduzir gases causadores do efeito estufa e o consequente aquecimento global.
O Protocolo de Kyoto foi substituído pelo Acordo de Paris
2018 (COP 24) Conferência das partes - Conferência em Katowice – Polônia – os representantes de mais de 150 países definiram executar regras para implementar o Acordo de Paris.
· Acordo de Paris redução de gases a que os países se comprometeram para o período de dez anos a iniciar em 2020, até 2030.
· 1989 – Convenção de Basileia - Suíça - Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e seu Depósito.
· 2012 a ONU adotou os Objetivos para Desenvolvimento do Milênio (ODM).
· 2015 (12/12/2015) entrou em vigor em 04/11/2016 o Acordo de Paris que visa:
· Mudança de clima;
· Redução da emissão de dióxido de carbono (gás carbônico) a partir de 2020
As conferências das Nações Unidas a respeito do meio ambiente e as convenções internacionais como as de Basileia, Estocolmo, Montreal e Quioto/Kyoto serviram de base para o desenvolvimento do conceito de desenvolvimento sustentável no direito ambiental brasileiro.
Dec. 24643/34 – Código de águas
Lei 4771/65 – código florestal – alterado Lei 12651/2012
Dec. lei 221/67– Código de Pescar
Lei 5197.67 - Proteção à fauna
Lei 6938/81 –Política nacional do Meio ambiente – (CF/88 – meio ambiente)
Lei 10257/2001 – Estatuto da cidade
LC 140/2011 - competência ambiental
Lei 9605/98 – Lei dos Crimes Ambientais.
 O Código Florestal estabelece normas gerais para proteção da flora, vale dizer, da vegetação nativa, das áreas de preservação permanente, de uso restrito e das reservas legais. Também se aplica para a exploração florestal, o suprimento de matéria-prima florestal, o controle da origem dos produtos florestais e o controle e prevenção dos incêndios florestais. Prevê, ainda, instrumentos econômicos e financeiros para controle de seus objetivos.
TESTANDO CONHECIMENTO
1. Assinale a alternativa com um dos documentos votados na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano, em Estocolmo, em junho de 1972.
a) Declaração de Princípios Sobre Florestas.
b) Protocolo de Quioto.
c) Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB).
d) Criação do PNUMA.
e) Agenda 21.
 
2. Como parte do protocolo de Quioto à convenção-quadro das Nações Unidas sobre mudança climática, o Brasil se compromete a:
a) Elaborar políticas e medidas de fomento à eficiência energética em todos os setores da economia nacional;
b) Implementar medidas para limitar ou reduzir as emissões de gases de efeito estufa não controlados pelo Protocolo de Montreal no setor de transporte;
c) Assegurar que suas emissões de gases de efeito estufa não excedam as quantidades fixadas para si, reduzindo o total de suas emissões a um nível inferior a não menos de 5% do nível de 1990 no período de compromisso compreendido entre 2008 e 2012;
d) Formular, quando aplicável e na medida do possível, programas nacionais para melhorar a qualidade dos fatores de emissão de gases de efeito estufa.
3. No âmbito do Direito Internacional do Meio Ambiente, a preocupação universal sobre o uso saudável e sustentável do planeta e de seus recursos motivou a ONU a convocar, em 1972, a Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano.
A respeito da referida Conferência, assinale a alternativa correta.
a) Adotou a “Agenda 21”, um diagrama para a proteção do nosso planeta e seu desenvolvimento sustentável.
b) Adotou a “Declaração das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente”, que apresenta 26 princípios referentes à proteção do meio ambiente.
c) Adotou os Objetivos para Desenvolvimento do Milênio (ODM).
d) Gerou a Convenção da ONU sobre a Diversidade Biológica. 
e) Gerou o relatório “Nosso Futuro Comum”, que traz o conceito de desenvolvimento sustentável para o discurso público.
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1. MEIO AMBIENTE - Aspecto Constitucional
· Dignidade da pessoa humana (art., 1º III CF) – vida (art. 5º CF) 
· Inserido ambiente ecologicamente equilibrado. (Art. 225 CF)
Meio ambiente é direito fundamental da pessoa humana de natureza:
a. Difusa, objeto indivisível e os destinatários são pessoas indeterminadas, ligadas por circunstâncias de fato.
b. Coletiva, objeto indivisível e os destinatários são pessoas determinadas (grupo, categoria ou classe de pessoas), ligadas por relação jurídica entre si ou com a parte contrária.
0. Direito Ambiental
Conceito e natureza jurídica do Direito Ambiental
· Até o advento da Lei 6938/81 (Política Nacional do Meio Ambiente) não existia uma definição legal e (ou) regular do meio ambiente. A partir desta Lei, conceituou-se meio ambiente como “conjunto de condições, leis, influências, e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas” 
Art. 3º Lei 6938/81 Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:
I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas;
Extensão do conceito de meio ambiente:
Natural: relacionado aos recursos naturais. Ex.: fauna, flora, atmosfera, solo
Meio ambiente
Artificial: relacionado ao espaço construído. Ex. conjunto de edificações
· Ação Civil Pública (Lei 7347/85) – disciplina a responsabilidade por danos causados aomeio ambiente.
· CF/88 – natureza jurídica do Meio Ambiente:
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações (art. 225 CF)
Código Florestal (Lei 12651/20120)
Art. 2º As florestas existentes no território nacional e as demais formas de vegetação nativa, reconhecidas de utilidade às terras que revestem, são bens de interesse comum a todos os habitantes do País, exercendo-se os direitos de propriedade com as limitações que a legislação em geral e especialmente esta Lei estabelecem.
 Meio Ambiente é bem de interesse público (José Afonso da Silva). 
Meio ambiente não é um bem público
Art. 99 CC. São bens públicos:
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
LIMITAÇÕES ADMINISTRATIVAS – art. 2º Código Florestal
Regras ambientais – sobre propriedade privada ou pública gravada com restrição (área urbana ou rural)
Ex.: APP-Área de Preservação Permanente (Código Florestal art. 4º (área rural ou urbana)
Ex.: ARL-Área de Reserva Legal Código Florestal art. 12) (área rural)
TESTANDO CONHECIMENTO
Segundo a Constituição Federal:
0. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, facultando-se ao Poder Público defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
0. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
0. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso especial do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
0. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso especial do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se apenas à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
0. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso especial do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se apenas ao Poder Público o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
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PRINCÍPIOS NA CF/88 QUE REGEM O DIREITO AMBIENTAL
1. Princípio do meio ambiente ecologicamente equilibrado como direito fundamental da pessoa humana
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações (art. 225 CF)
1. Princípio do desenvolvimento sustentável 
Compatibilizar atividades econômicas com a proteção do meio ambiente (arts. 170 VI e 225 CF).
Art. 170 CF. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação
Estabelecido no caput do art. 225 da Constituição Federal, o princípio do desenvolvimento sustentável busca conciliar a proteção do meio ambiente com o desenvolvimento socioeconômico para a melhoria da qualidade de vida do homem.
A Constituição Federal estabelece, no seu art. 255, a obrigação de todos em defender e preservar o meio ambiente para as presentes e futuras gerações, considerando o meio ambiente como um bem de uso comum do povo. Pretendeu com isso, o legislador constituinte, adotar o seguinte princípio: o bem ambiental pode e deve ser usado por todos, e por isso mesmo todos têm o dever de defendê-lo e preservá-lo, para que as futuras gerações também possam dele se utilizar.
A Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO/92) definiu o desenvolvimento sustentável como aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem a suas próprias necessidades.
1. Princípio da equidade intergeracional ou princípio da solidariedade
Art. 225 CF. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
→ Responsabilidade com as presentes e futuras gerações – equilíbrio entre a economia e o meio ambiente, para que os recursos hoje existentes não se esgotem.
Atender as necessidades das gerações presentes sem comprometer a capacidade das gerações futuras nas satisfações de suas próprias necessidades.
Desenvolvimento econômico será viável se houver utilização racional dos bens ambientais e respeito as presentes e futuras gerações - proporcionando bem estar social (art. 170 VI CF).
Obs. na ED, essas informações aparecem junto ao Princípio do Desenvolvimento Sustentável.
1. Princípio da prevenção – EVITAR DANO AMBIENTAL
Ex.: quando a espécie é extinta → dano é irreparável
Cautela
Tem a certeza científica acerca do dano.
Danos ambientais – irreversíveis e irreparáveis – empreendedor adota as providencias para acautelar os possíveis danos.
Risco ambiental é certo, concreto e conhecido. O dano é conhecido.
Já há base científica para prever os potenciais danos ambientais – atividade lesiva ao meio ambiente – Licenciamento ambiental para impedir ou mitigar eventuais danos ambientais.
Ex.: exigência de estudo ambiental para o licenciamento de atividade apta a causar a degradação ambiental.
Há muito foi incorporado expressamente no ordenamento jurídico brasileiro – Ex.: Lei 11428/06 (utilização e proteção da vegetação nativa Mata Atlântica);
Lei 12305/2010 (Política Nacional de Resíduos Sólidos)
O princípio da prevenção é aplicável ao risco conhecido, ou seja, aquele que já ocorreu anteriormente ou cuja identificação é possível por meio de pesquisas e informações ambientais.
CF: é necessária a realização de estudo prévio de impacto ambiental antes da implantação de empreendimentos e de atividades consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de degradação ambiental, que constitui exigência. 
O princípio da prevenção determina a todos que se preocupem com a preservação ambiental, evitando que ocorra o dano ambiental. Trata-se de um princípio de importância impar para o Direito Ambiental, na medida em que os danos ambientais ocorridos, na grande maioria das vezes, não têm reparação, são irreversíveis, de forma que se torna impossível retornar ao status quo ante.
O objetivo precípuo é evitar que o dano ocorra – que é preferível a ter que repará-lo após a sua eclosão –, eis que o dano ambiental dificilmente é corrigível e muitas vezes não indenizável.
1. Princípio da precaução – PRECAVER DANO AMBIENTAL
Princípio da precaução não está previsto na CF mas é amplamente aplicado pelos Tribunais e consagrado na Declaração da Rio ECO 92.
Ausência da certeza científica acerca do dano (extensão e efeitos danosos que eventual empreendimentopode causar ao meio ambiente) - dúvida
Antecede a prevenção – acautelar a ocorrência de danos desconhecidos, imprevisíveis – incerteza científica da degradação ambiental (Eventos incertos de dano ambiental).
Risco incerto, desconhecido. O dano é abstrato. As medidas protetivas terão que ser antecipadas
 
A jurisprudência do STJ vem admitindo a inversão do ônus da prova nas ações civis públicas que buscam a reparação do dano ambiental 
(Resp 972.902 de 25.08.2009) 
Transfere para o empreendedor da atividade potencialmente lesiva o ônus de demonstrar a segurança do empreendimento que não causará dano ambiental.
Interpretação do art. 6º, VIII, da Lei n. 8.078/1990 c/c o art. 21 da Lei n. 7.347/1985, conjugado com o princípio da precaução, justifica-se a inversão do ônus da prova, transferindo para o empreendedor da atividade potencialmente lesiva o ônus de demonstrar a segurança do empreendimento.  (REsp 972.902/RS, Rel. Min. Eliana Calmon, Segunda Turma, DJe 14.9.2009), técnica que sujeita aquele que supostamente gerou o dano ambiental a comprovar ‘que não o causou ou que a substância lançada ao meio ambiente não lhe é potencialmente lesiva’ (REsp 1.060.753/SP, Rel. Min. Eliana Calmon, Segunda Turma, DJe 14.12.2009). 
Para o licenciamento e a instalação de antenas de telefonia (estações rádio base) nas proximidades das escolas e hospitais deverá ser levado em conta os princípios da prevenção e Precaução.
Ex.: Organismos geneticamente modificados
Na dúvida são adotados a opção mais favorável à saúde - “in dubio pro saúde” e opção mais favorável ao meio ambiente “in dubio pro natura”
QUEM SERÁ O RESPONSÁVEL OBRIGADO A RECUPERAR O DANO AMBIENTAL CAUSADO E QUEM FICARÁ SUJEITO A SANÇÕES PENAIS E ADMINISTRTIVAS?
Lei 6938/81 Art. 4º - A Política Nacional do Meio Ambiente visará:
			Princípio do Poluidor-pagador
VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados e, ao usuário, da contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos
						
 Princípio do Usuário-pagador
Da ED: De acordo com o princípio da precaução, diante de ameaças de danos sérios e irreversíveis, a falta de certeza científica não pode ser invocada como motivo para se adiarem medidas destinadas a prevenir a degradação ambiental, podendo a administração pública, com base no poder de polícia, embargar obras ou atividades.
1. Princípio do poluidor-pagador ou da responsabilidade e não pagador-poluidor
Conceito de natureza econômica. Visa restabelecer o equilíbrio na competição econômica através da internalização dos custos ambientais para quem produz determinado produto e o coloca a venda para terceiros. (Não desigualdade econômica – concorrência desleal)
Expressamente previsto na Política Nacional do Meio ambiente (6938/81) → Art. 4º VII 
· Imposição ao poluidor e ao predador da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados 
Art. 4º - A Política Nacional do Meio Ambiente visará:
VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados e, ao usuário, da contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos.
Quem lucra será responsável por riscos e ônus dela resultantes visando a evitar a privatização dos lucros e a socialização das perdas.
Empreendedor tem direito ao desenvolvimento. Quando ele produz um produto retirando água do recurso hídrico (bem domínio público) e depois lança os resíduos no mesmo rio está privatizando os lucros e socializando as perdas.
Ao poluidor cabe suportar todos os custos das medidas necessárias para acautelar o meio ambiente (aspecto preventivo) devendo agregar esse valor no custo produtivo da atividade art. 225 par.3º CF)
Art. 225 CF. § 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.
O pagamento pecuniário e a indenização não legitimam empreendimentos que venham a provocar a lesão ao meio ambiente, mas sim evitar que o dano fique sem reparação.
Exemplos:
· Obrigação dos fabricantes e importadores de pilhas e baterias que contenha Cádmio e Mercúrio e de pneumáticos → destinação ambiental correta (Resoluções CONAMA 401/2008 e 416/2009).
· Obrigação das empresas produtoras e comercializadoras de agrotóxicos, seus componentes pela destinação das embalagens vazias dos produtos por ela fabricados e comercializados, após a devolução pelos usuários (art. 6º, par. 5º Lei 7802/89)
O Princípio do Poluidor Pagador pode ter duas aplicações práticas:
· Fase preventiva do dano – suportar os custos das medidas preventivas e/ou medidas cabíveis para eliminação ou neutralização dos danos ambientais.
· Fase de reparação do dano 
Neste caso, a responsabilidade é objetiva, não depende da prova da culpa.
NOTA:
O princípio do poluidor pagador pode incidir também em casos de conduta lícita do particular, tal fator torna-se irrelevante se dessa atividade resultar algum dano ao meio ambiente.
Uma das facetas do princípio do poluidor-pagador é evitar as externalidades negativas da produção industrial
A Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei n. 6.938/81) conceitua poluidor como “a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental” (art. 3º, IV).
A definição jurídica de “poluidor” é encontrada no art. 3°, inciso IV, da Lei n° 6.938/81: poluidor é a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental.
Desta forma, toda pessoa, seja ela física ou jurídica, que causar um dano ambiental deverá repará-lo.
O princípio do poluidor-pagador importa na transferência dos custos, normalmente suportados pela sociedade, referentes à poluição, para que seja pago primeiramente pelo poluidor, não apenas como forma de reparação do dano, mas com a implementação de medidas preventivas.
1. Princípio do usuário-pagador
Art. 4º VII - Política Nacional do Meio ambiente (6938/81) visa:
·  Imposição ao usuário da contribuição pela utilização de recursos ambientes para fins econômicos.
O dano usuário - contribuição pela utilização de recursos naturais – mesmo que não haja poluição. Ex.: uso racional da água. 
Não se compra água. 
Lei 9.433/97 (Política Nacional de Recursos Hídricos): a água é bem de domínio público e inalienável, pagando-se apenas seu uso e outras despesas, como seu tratamento.
Ex.: do princípio do usuário-pagador: cobrança pelo uso dos recursos hídricos
Ex.: Compensação ambiental (prevista no art. 36 da Lei 9985/2000 - Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza) é a aplicação do princípio do usuário-pagador (STF)
Art. 36. Nos casos de licenciamento ambiental de empreendimentos de significativo impacto ambiental, assim considerado pelo órgão ambiental competente, com fundamento em estudo de impacto ambiental e respectivo relatório - EIA/RIMA, o empreendedor é obrigado a apoiar a implantação e manutenção de unidade de conservação do Grupo de Proteção Integral, de acordo com o disposto neste artigo e no regulamento desta Lei.
Unidades de Proteção Integral: Estações Ecológicas, Reservas Biológicas, Parques Nacionais, Monumentos Naturais e Refúgios da Vida Silvestre. 
EIA/RIMA (Estudo de Impacto Ambiental / Relatório de Impacto Ambiental) vai dizer qual será o valor de acordo com a degradação ambiental.
EIA (Estudo de Impacto Ambiental) – Resolução CONAMA
É o estudo com a finalidade de analisar os impactos causados pela obra – propõe condições para sua implantação e qual o procedimento deverá ser adotado para sua construção.
 
RIMA (Relatório de Impacto Ambiental) 
É um relatório conclusivo dizendo quais os termos técnicos para esclarecimento, analisando o Impacto Ambiental. 
Este relatório deve ser analisado pelo órgão público licenciador. 
Após o RIMA serápublicado um edital, anunciado pela imprensa local abrindo o prazo de 45 dias para solicitação de audiência pública que poderá ser requerida por 50 ou mais cidadãos ou pelo Ministério Público, onde após a realização de quantas audiências forem necessárias, é elaborado o parecer final, podendo ser autorizado um licenciamento prévio para realização da obra ou o indeferimento do projeto.
NOTA: 
A cobrança pelo uso da água prevista na Lei de Recursos Hídricos e a compensação ambiental prevista na Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação são exemplos de aplicação prática do princípio do usuário-pagador.
1. Princípio do protetor recebedor
Expresso na Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12305/2010)
Aqueles que preservam serviços ambientais podem receber Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) consistente em incentivos públicos ou privados – incentivo fiscal, tributário e creditício.
Exemplos:
Ex.: Proprietário rural tem uma nascente que é área de preservação permanente (APP). Um raio mínimo de 50 metros, ao redor da nascente, tem que ser protegido. Quando o proprietário preserva a área faz bem para toda a coletividade.
Ex.: IPTU Verde: Redução das alíquotas do IPTU para aqueles que mantém áreas verdes protegidas em suas propriedades
1. Princípio da cooperação entre os povos
Cooperação entre as nações. Poluição ultrapassa divisa territorial de uma nação e atinge o território de outra (emissão de poluentes na atmosfera causando o efeito estufa e inversão térmica).
Tratados internacionais na esfera ambiental, Lei 9605/98–art. 77 cooperação penal internacional para a preservação do meio ambiente.
1. Princípio da participação comunitária
As pessoas têm direito de participar das decisões políticas ambientais → Audiência pública no EIA-RIMA – Estudo de Impacto Ambiental - Relatório de Impacto ambiental 
Incumbe ao Poder Público garantir o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.
- Informação ambiental: Poder Público – deve “promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente” 225 par.1º VI CF
- educação ambiental: Política Nacional de Educação Ambiental – Lei 9.795/99 – visa levar informações ambientais à população
Previsto no caput do art. 225 da Constituição Federal, o princípio da participação implica no reconhecimento de que a defesa do meio ambiente incumbe a toda a sociedade, ou seja, ao Estado e à sociedade civil organizada.
A ideia central deste princípio é de que, se o bem ambiental é um bem de uso comum do povo, é o povo, em todas as suas formas de organização, que deve cuidar e decidir acerca do seu uso. Desta forma, toda a sociedade deve estar engajada, juntamente com o Poder Público, na defesa e preservação do meio ambiente.
1. Princípio da função socioambiental da propriedade (rural e urbana) ou função social da propriedade
Na CF temos: 
· Art. 5º XXII (garantido o direito de propriedade) e 
· XXIII (propriedade atenderá a sua função social) 
Requisito exigível: propriedade rural alcançar a sua função social - respeito à legislação ambiental (art. 186 II, CF).
Art. 186 CF. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:
I - aproveitamento racional e adequado; (econômica)
II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente; (ambiental)
III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho; (social)
IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores. (Econômica)
 
    AMBIENTAL           ECONÔMICO
						DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
		  SOCIAL
Propriedade urbana, para alcançar a sua função social, deve respeito ao plano diretor (plano diretor exigido nas cidades com mais de 20 mil habitantes) – considerar a preservação ambiental (instituição de áreas verdes)182 par. 2º CF.
Art. 170 III e VI CF
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
III - função social da propriedade;
VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação;
Desenvolvimento sustentável
 
AMBIENTAL           ECONÔMICO
						DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
      SOCIAL
1. Princípio da informação
Toda pessoa (independente da comprovação de interesse específico) tem acesso às informações dos órgãos ambientais, salvo sigilo industrial e preservados os direitos autorais.
Entidades ambientais devem publicar em Diário Oficial e disponibilizar por 30 dias, em local de fácil acesso os pedidos de licenciamento, sua renovação e a respectiva concessão. Pedidos e licenças para supressão de vegetação, autos de infrações e penalidades, Lavraturas TAC (art. 4º da Lei 10.650/2003 – acesso às informações SINIMA Sistema Nacional de Informações sobre Meio Ambiente),  
1. Princípio do progresso ecológico ou da proibição do retrocesso ecológico
O poder público não deve retroagir na proteção ambiental, salvo se as circunstâncias de fato se alterarem significativamente, por exemplo, num caso de calamidade pública.
1. Princípio da ubiquidade ambiental
Art. 225 CF
O meio ambiente é ubíquo, ou seja, está presente em toda a parte.
O princípio ambiental da ubiquidade significa que o meio ambiente configura condição prévia para a existência e exercício dos direitos humanos, devendo ser levado em consideração tanto na elaboração de leis, quanto na execução de políticas públicas.
NOTA:
Tendo em vista a assinatura do Acordo de Paris em 2016, na 21ª Conferência de Paris, os 195 países que o aprovaram se comprometeram a envidar esforços para que sejam reduzidas as emissões de gases de efeito estufa, no contexto do desenvolvimento sustentável. 
Nesse sentido, é possível verificar, nessa política, países que atuam em conjunto no controle da poluição, tendo em vista a sua natureza difusa e sem limitação territorial. 
Sobre o caso, o princípio de direito ambiental relacionado a essa forma de atuação dos países É O PRINCÍPIO DA UBIQUIDADE.
O princípio ambiental que orienta que as questões ambientais devem ser consideradas em todas as atividades humanas é o PRINCÍPIO DA UBIQUIDADE
1. Princípio direito público aplicado no direito ambiental (interesse público sobre o privado e o da indisponibilidade do interesse público)
Princípio da supremacia do interesse público sobre o privado
Conflito entre interesse público (coletivo) e privado. O interesse público (coletivo) deverá prevalecer sobre o interesse privado.
Ex.: Instituto da Reserva Legal Florestal que configura o direito de propriedade na zona rural determinando um percentual mínimo da vegetação nativa (proteção dos recursos naturais e defesa do interesse da coletividade referente à sustentabilidade das atividades econômicas)
1. Princípio da indisponibilidade do interesse público
O interesse não é titularizado pela pessoa pública e sim por todos (coletividade)
Ex.: Órgãos administrativos de fiscalização, constatando uma Infração ambiental, terão o dever de agir de acordo com a legislação (dever irrenunciável)
						irrenunciável
É o Poder-dever de agir conferido ao órgão administrativo da fiscalização e não poder discricionário (conveniência e oportunidade)
TESTANDO CONHECIMENTO
1. Na perspectiva da tutela do direito difuso ao meio ambiente, o ordenamento constitucional exigiu o estudo de impacto ambiental para instalação e desenvolvimento de certas atividades. Nessa perspectiva, o estudo prévio de impacto ambiental está concretizado no princípio:
1. Da precaução.
1. Da prevenção.
1. Da vedação ao retrocesso.
1. Do poluidor-pagador.
1. Novamente quanto ao tema dos princípios do Direito Ambiental, o que determina que aquele que se utiliza ou usufrui de algum recurso natural deve arcar com os custos necessáriospara possibilitar tal uso configura o princípio
1. Do usuário-pagador.
1. Da função socioambiental da propriedade.
1. Do poluidor-pagador.
1. Do desenvolvimento sustentável.
1. Em se considerando que o princípio da precaução e o princípio da prevenção já se encontram instrumentalizados no artigo 225, caput, da Constituição da República, é correto afirmar que
1. Se adota o princípio da prevenção quando há dúvida científica sobre o potencial danoso de uma ação que interfira no ambiente.
1. Se adota o princípio da precaução quando conhecidos os males que a ação causa ao ambiente.
1. O princípio da precaução pressupõe a inversão do ônus probatório.
1. O princípio da prevenção derroga o princípio da precaução se estiverem em rota de colisão quando da solução de um caso concreto.
∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞
→FONTES DO DIREITO AMBIENTAL
a. FONTES FORMAIS
Ordenamento jurídico: CF, leis infraconstitucionais, convenções, pactos ou tratados internacionais, atos, normas, resoluções administrativas e jurisprudência.
1. FONTES MATERIAIS
Fatos sociais e problemas surgidos da sociedade
Originárias de movimentos populares, descobertas científicas e doutrina.
Movimentos Populares: Greenpeace
Em 1971 grupo de ambientalistas protestaram contra os testes nucleares feitos pelos Estado Unidos
Descoberta científica feita pelos químicos Mário J. Molina e F. Sherwood Rowland onde em 1974, relatam que o ozônio poderia ser destruído pelos Compostos de Clorofluorcarbonos – CFCs. Resultou na elaboração do Protocolo de Montreal.
1987 - Protocolo de Montreal – países comprometem-se a substituir as substâncias que demonstrarem ser responsáveis pela destruição do ozônio, a partir de 16 de setembro de 1987, 1997 e 1999.
Doutrina
Ex.: princípio da precaução
Princípio da precaução não está previsto na CF, mas é amplamente aplicado pelos Tribunais e consagrado na Declaração do Rio ECO 92
Parte inferior do formulário
3. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
AMBIENTAL           ECONÔMICO
						
      	   SOCIAL
→ Rio+20 realizada em 2012: Conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável - 17 objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS): apelo da ONU para acabar com a pobreza, proteger o planeta e assegurar que todas as pessoas tenham paz e prosperidade. 
A proposta é constituir uma agenda de desenvolvimento sustentável até 2030.
ECO 92: foco é a preservação ambiental
Temas foram divididos em Social, Ambiental, Econômica e Institucional
Capacidade de colocar em prática os ODS
→ INSTRUMENTOS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL
a. Instrumentos legais (Leis, decretos, portarias e acordos internacionais)
· Legislação interna dos países (Brasil: políticas ambientais no nível estaduais, federal e municipais e legislação esparsa disciplinando normas sobre resíduos, águas e outros) 
b. Instrumentos processuais – visa exigir o cumprimento da legislação: Ação civil pública, Mandado de segurança coletivo, Mandado de injunção e Ação popular.
c. Instrumentos de gestão ambiental, que podem ser:
· Voluntário: Ex. A empresa implementa uma política de gestão ambiental
· Obrigatório: Comando (regra a ser aplicada) e controle (fiscalização do Poder Público). Ex.: Zoneamento ambiental, Licenciamento ambiental, avaliação de impacto ambiental.
→ DIREITO AMBIENTAL - Conceito
 	-complexo   princípios 
         e normas      regular atividades humanas
                afetar    potencial                     direta
		     ou efetivamente          ou indiretamente
meio ambiente         natural
cultural 
                                                                                artifical
	visando a sustentabilidade para as presentes e futuras gerações.
Conceito de Direito Ambiental: Princípios e normas que regulam as atividades humanas que podem afetar, potencialmente ou efetivamente, direta ou indiretamente, o meio ambiente natural, artificial ou cultural, visando a sustentabilidade para as presentes e futuras gerações.
1. O Direito Ambiental (meio ambiente) é o ramo de direito difuso, ou de direitos fundamentais da terceira geração.
Classificação do meio ambiente
0. Físico ou natural – compreende solo, ar, água, flora e fauna.
0. Cultural: patrimônio histórico, artístico, cultural, paisagístico e turístico (art. 216 CF) 
0. Artificial ou urbano – (espaço urbano fechado) - espaço urbano construído (conjunto de edificações) e (espaço urbano aberto) -equipamentos públicos (praças, ruas etc.).
0. Ambiente do trabalho: saúde, segurança e bem estar do trabalhador no ambiente de trabalho (art. 200 VIII CF).
DIREITO AMBIENTAL – Aula 4
Leis que formam as bases da legislação infraconstitucional em matéria ambiental. São elas:
■ Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei n. 6.938/81).
■ Lei da Ação Civil Pública (Lei n. 7.347/85).
■ Lei de Crimes Ambientais (Lei n. 9.605/98).
→ POLÍTICA NACIONA DO MEIO AMBIENTE – PNMA: LEI 6.938/81
A Lei da Política Nacional do Meio Ambiente é, assim, um guia, um norte, um conjunto de medidas preestabelecidas com vistas à obtenção de um fim, que, aliás, é previsto na própria norma em comento. Não é à toa que, segundo estudamos, é apenas a partir dessa lei que se pode falar verdadeiramente em um direito ambiental como ciência autônoma no Brasil.
Seguindo uma tendência mundial à sua época, a Lei n. 6.938/81 foi pioneira no país ao introduzir um microssistema legal de proteção do meio ambiente, nela se encontrando, além de aspectos principiológicos e objetivos, instrumentos administrativos, penais, civis e econômicos de proteção do meio ambiente.
Analisada macroscopicamente, a Lei da Política Nacional do Meio Ambiente pode ser dividida em três partes distintas:
■ princípios destinados à formulação da PNMA;
■ fins e objetivos da PNMA;
■ instrumentos para a implementação e a operacionalização da PNMA.
 CONCEITO JURÍDICO – PNMA (art. 3º PNMA)
· MEIO AMBIENTE: É o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas (art. 3º I PNMA)
Art. 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:
I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas;
1. DEGRADAÇÃO DA QUALIDADE AMBIENTAL: É a alteração adversa das características do meio ambiente (art. 3º PNMA)
Art. 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:
II - degradação da qualidade ambiental, a alteração adversa das características do meio ambiente;
· POLUIÇÃO é resultado de atividade humana.
Art. 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:
III - poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente:
a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;
c) afetem desfavoravelmente a biota;
d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;
e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos.
· POLUIDOR: 
Art. 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:
IV - poluidor, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental.
Teoria da responsabilidade objetiva
Art. 14, § 1º: “Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. O Ministério Público da União e dos Estados terá legitimidade para propor ação de responsabilidade civil e criminal, por danos causados ao meio ambiente”.
Teoria do Risco integral
· RECURSOS AMBIENTAIS: 
Art. 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:
V - recursos ambientais: a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementosda biosfera, a fauna e a flora.
PRINCÍPIOS, OBJETIVOS E DIRETRIZES DA PNMA
Art. 2º - A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios:
I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo;
II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;
Ill - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;
IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas;
V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras;
VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a proteção dos recursos ambientais;
VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental;
VIII - recuperação de áreas degradadas;
IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação;
X - educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente.
→PNMA estabelece objetivos, princípios e a política nacional do meio ambiente.
Art. 2º - A Política Nacional do Meio Ambiente tem por OBJETIVO a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana
		Desenvolvimento sustentável
Preservar
PNMA objetivo	melhorar           meio ambiente atendido os princípios:
Recuperar
PRINCÍPIOS DA PNMA (comandos previamente definidos PNMA que buscam estabelecer a direção e o sentido para os quais devem convergir a PNMA):
1. Ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo (art. 2ª I PNMA);
1. Racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar (art. 2ª II PNMA);
1. Planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais (art. 2ª III PNMA);
1. Proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas (art. 2ª IV PNMA);
1. Controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras (art. 2ª V PNMA);
1. Incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a proteção dos recursos ambientais (art. 2ª VI PNMA);
1. Acompanhamento do estado da qualidade ambiental (art. 2ª VII PNMA);
1. Recuperação de áreas degradadas (art. 2ª VIII PNMA);
1. Proteção de áreas ameaçadas de degradação (art. 2ª IX PNMA);
Princípio da prevenção
1. Educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente (art. 2ª X PNMA).
OBJETIVOS DA PNMA (metas) (art. 4º e incisos PNMA)
Art. 4º - A Política Nacional do Meio Ambiente visará:
I - à compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico;
II - à definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;                
III - ao estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambiental e de normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais;
IV - ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacionais orientadas para o uso racional de recursos ambientais;
V - à difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de dados e informações ambientais e à formação de uma consciência pública sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico;
VI - à preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à sua utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida;
VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados e, ao usuário, da contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos.
Art. 4º - A Política Nacional do Meio Ambiente visará:
1. A compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico (art. 4º I PNMA)
1. A definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios (art. 4º II PNMA)
1. Ao estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambiental e de normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais (art. 4º III PNMA)
1. Ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacionais orientadas para o uso racional de recursos ambientais (art. 4º IV PNMA)
1. A difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de dados e informações ambientais e à formação de uma consciência pública sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico (art. 4º V PNMA)
1. A preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à sua utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida (art. 4º VI PNMA)
Princípio do poluidor pagador
1. A imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados e, ao usuário, da contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos (art. 4º VII PNMA)
DIRETRIZES
As diretrizes da PNMA não estão previamente definidas como os princípios (art. 2º PNMA). 
As diretrizes são definidas em atos normativos infralegais, com base nos princípios (art. 2º PNMA)
Art. 5º - As diretrizes da Política Nacional do Meio Ambiente serão formuladas em normas e planos, destinados a orientar a ação dos Governos da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios no que se relaciona com a preservação da qualidade ambiental e manutenção do equilíbrio ecológico, observados os princípios estabelecidos no art. 2º desta Lei.
Parágrafo único - As atividades empresariais públicas ou privadas serão exercidas em consonância com as diretrizes da Política Nacional do Meio Ambiente.
	
CONCLUSÃO: PRINCÍPIOS, OBJETIVOS E DIRETRIZES DA PNMA
PRINCÍPIOS estão previamente estabelecidos na PNMA (art. 2º PNMA) 
DIRETRIZES serão formuladas (posteriormente definidas) em atos normativos infralegais (art. 5º PNMA) mas com base nos princípios (art.2º PNMA)
Ações e instrumentos da PNMA fundadas e norteadas   devem buscar os 
OBJETIVOS estabelecidos na PNMA (art. 5º PNMA)
TESTANDO O CONHECIMENTO
1. Os princípios expressos na Lei n.º 6.938/1981 — Política Nacional do Meio Ambiente — incluem
0. O estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambiental e de normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais.
0. A racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar e a recuperação de áreas degradadas. (Art. 2º II e VIII PNMA)
0. O desenvolvimento sustentável e o poluidor pagador.
0. O desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacionais orientadas para o uso racional de recursos ambientais.
1. A Política Nacional do Meio Ambiente visará
a. A definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses municipais.
B. o uso de tecnologias mitigadoras no manejo do meio ambiente, à divulgação de dados e informações ambientais quando autorizadas por lei.
1. A orientação somente das atividades empresariais públicas que serão exercidas em consonância com as diretrizes da Política Nacional do Meio Ambiente.
1. Ao estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambientale de normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais.
(Art. 4º III PNMA)
1. O fomento do desenvolvimento econômico, com observância nos casos estabelecidos em lei complementar, da preservação da qualidade do meio ambiente
INSTRUMENTOS DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (art. 9º PNMA)
Essas ferramentas ou instrumentos administrativos podem ser classificados em função de seu papel preponderante: preventivo ou repressivo. Os preventivos, cuja função é evitar a ocorrência de ilícitos ou danos ambientais, estão arrolados nos treze incisos do art. 9º.
Art. 9º - São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente:
I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental;
II - o zoneamento ambiental;
III - a avaliação de impactos ambientais;
IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras;
V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental;
VI - a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder Público federal, estadual e municipal, tais como áreas de proteção ambiental, de relevante interesse ecológico e reservas extrativistas;
 VII - o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente;
VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental;
IX - as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental.
X - a instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis – IBAMA;
XI - a garantia da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente, obrigando-se o Poder Público a produzi-las, quando inexistentes;
 XII - o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras dos recursos ambientais;
XIII - instrumentos econômicos, como concessão florestal, servidão ambiental, seguro ambiental e outros.  
→De que forma os órgãos ambientais podem intervir em favor da ordem econômica ambiental?
Art. 9º - São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente:
1. Estabelecimento de política de qualidade ambiental (art. 9º I PNMA); Solo, ruídos, água, Lançamentos de gases.
· Resoluções do CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
1. O zoneamento ambiental (art. 9º II PNMA);
· Disciplina o uso e ocupação do solo.
· Plano diretor
· ZEE Zoneamento Ecológico-Econômico regulamentado pelo Decreto Federal Nº 4.297/2002 - visa classificar regiões conforme características ambientais e econômicas.
1. A avaliação de impactos ambientais (art. 9º III PNMA);
· Estudos ambientais – Estudo prévio de impacto ambiental
· art. 225 IV CF - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade;  
1. O licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras (art. 9º IV PNMA); conforme Resolução 237/97 CONAMA-Conselho Nacional do Meio Ambiente – licenciamento ambiental
1. Os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental (art. 9º V PNMA). 
· O Poder público deve incentivar adoção de tecnologias que tragam menor agressão ao meio ambiente, tais como: financiamento com condições especiais, redução tributária, financiamento com condições especiais. Ex. matriz energética solar e eólica.
1. A criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder Público federal, estadual e municipal, tais como áreas de proteção ambiental, de relevante interesse ecológico e reservas extrativistas (art. 9º VI PNMA). 
· Vide art. 225 par.3º inciso I CF: 
Incumbe ao Poder Público:
III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;
I. Áreas de preservação permanente-APP, art. 2º e 3º Lei 4771/65 Código Florestal
II. Reserva legal-RL, art. 16 do Código Florestal
III. Unidades de conservação-UC, Lei 9985/2000
1. O sistema nacional de informações sobre o meio ambiente (art. 9º VII PNMA); 
· Banco de dados e informações sobre o meio ambiente mantido pelo Ministério do Meio Ambiente e abastecido por órgãos e entidades do SISNAMA - Sistema Nacional do maio ambiente SINIMA-Sistema Nacional de informação sobre o meio ambiente.
1. O Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental - CTF/AIDA (art. 9º VIII PNMA), regulado pelo art. 17 da Lei 6938/81PNMA.
Todos os profissionais que atuam na área ambiental deverão estar inscrito no Cadastro do IBAMA
1. As penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental (art. 9º IX PNMA). 
· Trata-se do Poder de Polícia – Decreto 6514/2008 – infrações, sanções e processo administrativo ambiental
1. A instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis – IBAMA (art. 9º X PNMA). É o Relatório de Atividades Potencialmente poluidoras RAPP.
1. A garantia da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente, obrigando-se o Poder Público a produzi-las, quando inexistentes (art. 9º XI PNMA).
Lei 10.650/2003: Princípio da informação, participação comunitária e o princípio da publicidade.
1. Para o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras (CTF/APP) e/ou utilizadoras dos recursos ambientais (art. 9º XII PNMA), as empresas devem pagar uma “taxa de controle e fiscalização ambiental” TCFA, cujo fato gerador é o exercício de poder de polícia ambiental
Cuidado: são 2 Cadastros Técnicos Federais:
· CTF-AIDA: Instrumento de defesa ambiental (PF ou PJ que desenvolve atividades de consultoria na área ambiental) (9º VIII PNMA)
· CTF/APP: Registro no IBAMA para quem desenvolve atividade que gera degradação no meio ambiente, uma atividade poluidora.
1. Instrumentos econômicos, como concessão florestal, servidão ambiental, seguro ambiental e outros (art. 9º XIII PNMA); Direito ambiental econômico.
→ CONCESSÃO FLORESTAL (Lei 11.284/2006) é um contrato administrativo feito pelo poder público com PJ de direito privado, precedido de licitação, na modalidade de concorrência, com o objetivo de transferir temporariamente a exploração dos recursos florestais de maneira sustentável (máximo 40 anos).
Somente poderão ser habilitadas nas licitações para concessão florestal empresas ou outras pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede e administração no País (art. 19 par. 1º Lei 11284/2006).
Obs. Fauna, águas e patrimônio genético não podem ser concedidas.
Art. 3º Para os fins do disposto nesta Lei, consideram-se:
VII - concessão florestal: delegação onerosa, feita pelo poder concedente, do direito de praticar manejo florestal sustentável para exploração de produtos e serviços numa unidade de manejo, mediante licitação, à pessoa jurídica, em consórcio ou não, que atenda às exigências do respectivo edital de licitação e demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado.
TESTANDO O CONHECIMENTO
O Governo Federal, tendo em vista a grande dificuldade em conter o desmatamento irregular em florestas públicas, iniciou procedimento de concessão florestal para que particulares possam explorar produtos e serviços florestais.
Sobre o caso, assinale a afirmativa correta.
31. Essa concessão é antijurídica, uma vez que o dever de tutela do meio ambiente ecologicamente equilibrado e intransferível a inalienável.
31. Essa concessão, que tem como objeto o manejo florestal sustentável, deve ser precedida de licitação na modalidade de concorrência.
31.Essa concessão somente é possível para fins de exploração de recursos minerais pelo concessionário.
31. Essa concessão somente incide sobre florestas públicas estaduais e, por isso, a competência para sua delegação é exclusiva dos Estados, o que torna ilegal sua implementação pelo IBAMA.
→SERVIDÃO AMBIENTAL 
O proprietário ou possuidor de imóvel, pessoa natural ou jurídica, pode, por instrumento público ou particular ou por termo administrativo, firmado perante órgão integrante do Sisnama, limitar o uso de toda a sua propriedade ou de parte dela para preservar, conservar ou recuperar os recursos ambientais existentes, instituindo servidão ambiental (ART. 9º-A da PNMA)
Art. 9o-A.  O proprietário ou possuidor de imóvel, pessoa natural ou jurídica, pode, por instrumento público ou particular ou por termo administrativo firmado perante órgão integrante do Sisnama, limitar o uso de toda a sua propriedade ou de parte dela para preservar, conservar ou recuperar os recursos ambientais existentes, instituindo servidão ambiental.    
§ 2o - A servidão ambiental não se aplica às Áreas de Preservação Permanente e à Reserva Legal mínima exigida.    
Art. 9o-B. A servidão ambiental poderá ser onerosa ou gratuita, temporária ou perpétua.
§ 1o - O prazo mínimo da servidão ambiental temporária é de 15 (quinze) anos.
§ 2o - A servidão ambiental perpétua equivale, para fins creditícios, tributários e de acesso aos recursos de fundos públicos, à Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN, definida no art. 21 da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000.
§ 3o - O detentor da servidão ambiental poderá aliená-la, cedê-la ou transferi-la, total ou parcialmente, por prazo determinado ou em caráter definitivo, em favor de outro proprietário ou de entidade pública ou privada que tenha a conservação ambiental como fim social. 
→Esse artigo trata do Princípio do protetor recebedor → proteger a natureza e receber algum incentivo.
A servidão ambiental não se aplica às Áreas de Preservação Permanente (APP) e à Reserva Legal (ARL) mínima exigida (art. 9º-A par.2º PNMA, que são espaços territoriais protegidos pelo Código Florestal, podendo ser:
	Área urbana	
APP
 	Área rural
ARL – área rural
· A restrição ao uso ou à exploração da vegetação da área sob servidão ambiental deve ser, no mínimo, a mesma estabelecida para a Reserva Legal. 
· A servidão ambiental poderá ser onerosa ou gratuita, temporária ou perpétua (art. 9º-B).
· § 1o - O prazo mínimo da servidão ambiental temporária é de 15 (quinze) anos (art. 9º-B par. 1º PNMA)
· A servidão ambiental perpétua equivale RPPN-Reserva Particular de Patrimônio Natural – para fins creditícios, tributários (isenção de TR para elaboração do EIA-RIMA) e acesso aos recursos de fundos públicos.
· A servidão ambiental precisa ser averbada no Cartório de Registro de Imóveis competente.
→SEGURO AMBIENTAL
Apólice responsabilidade civil: cobre danos súbitos causados ao meio ambiente.
TESTANDO O CONHECIMENTO
Pedro, proprietário de fazenda com grande diversidade florestal, decide preservar os recursos ambientais nela existentes, limitando, de forma perpétua, o uso de parcela de sua propriedade por parte de outros possuidores a qualquer título, o que realiza por meio de instrumento particular, averbado na matrícula do imóvel no registro de imóveis competente.
Assinale a opção que indica o instrumento jurídico a que se refere o caso descrito.
1. Zoneamento Ambiental.
1. Servidão Ambiental.
1. Área Ambiental Restrita.
1. Área de Relevante Interesse Ecológico.
Entre os instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente previstos na Lei nº 6.938/1981 se inclui a denominada servidão ambiental, que
1. Corresponde, em relação a áreas particulares, ao espaço territorialmente protegido, este último de titularidade pública.
1. É determinada pelo órgão de proteção ambiental federal ou estadual, sempre em caráter não oneroso.
1. Poderá ser onerosa ou gratuita e, quanto à duração, perpétua ou temporária, porém nunca com duração inferior a 15 anos.
1. Pode recair sobre reserva legal ou unidade de conservação, viabilizando um grau razoável de aproveitamento econômico.
1. É sempre instituída por lei, ensejando a perda do potencial de exploração econômica da área e gerando direito à indenização correspondente.
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DIREITO AMBIENTAL – Aula 5
→ RESPONSABILIDADE AMBIENTAL
Art. 225. § 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.
CIVIL- Teoria do risco integral – reparar o dano
Não admite excludente. A responsabilidade é objetiva.
RESPONSABILIDADE	ADMINISTRATIVA- Neste caso, a responsabilidade é subjetiva
-prevenir o dano
PENAL -Não há necessidade de dupla imputação
Crime
Prevenção, repressão do dano
(...)Vimos também que, não só por força de mandamento constitucional (art. 225, § 3º), mas também por serem diversos os objetos de tutela, a uma mesma conduta podem ser aplicadas sanções penais, administrativas e civis, sem que isso represente qualquer bis in idem.
→ Lei 9.605/98 – disciplina sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente.
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→RESPONSABILIDADE CIVIL
A responsabilidade nada mais é que decorrência de um princípio maior, justamente o poluidor/usuário-pagador.
· Depende de dano
· Caráter “propter rem” – o dano ambiental acompanha a coisa.
Ex. comprou uma linda casa à beira mar, mas o vendedor já respondia a um processo ambiental. O novo proprietário responde pelo dano.
Trata-se da teoria do risco integral, não admitindo excludente.
Na responsabilidade administrativa e penal, exige-se que tenha havido conduta ilícita do agente, ao passo que para a repressão civil independe a verificação da licitude ou ilicitude da conduta, o que torna aparentemente mais curto o caminho repressivo. Basta, para a responsabilidade civil, que haja um dano ao meio ambiente, podendo este ser imputado a algum agente poluidor.
Logo, os elementos para a responsabilização civil ambiental são:
■ dano;
■ poluidor;
■ nexo de causalidade (ligando os dois elementos anteriores).
Fica claro, então, que a responsabilidade civil, em matéria ambiental, é do tipo objetiva, calcado na teoria do risco.
Responsabilidade civil → basta que haja dano (não exige culpa)
José Jairo Gomes (GOMES, 2.005, p. 332) (Responsabilidade Civil e eticidade) Del Rey
“A responsabilidade civil com base na concepção do risco integral torna evidente a incidência da solidariedade e cooperação:
Mais evidente se torna a incidência da solidariedade e da cooperação nas hipóteses em que tem aplicação a teoria do risco integral, ou seja, nos casos em que a responsabilidade além de ser objetiva, não comporta elisão pela ocorrência de caso fortuito, força maior, fato de terceiro e culpa exclusiva da vítima. Nessa categoria estão os danos decorrentes de atividade nuclear e danos causados ao meio ambiente”
→Ato lícito enseja a responsabilidade civil ambiental (princípio do poluidor-pagador)
O ressarcimento é “in natura”: os animais, as plantas, etc.
Outro aspecto a ser ressaltado, quando se trata de responsabilidade civil por danos ambientais, é a adoção do postulado da reparação específica in situ: sempre que possível, a medida a ser imposta ao poluidor deve ser a recuperação do bem ambiental lesado no local onde houve a agressão do meio ambiente.
Não basta, assim, o mero ressarcimento financeiro. É preciso recuperar a área degradada, tentando recolocá-la na mesma situação em que se encontrava antes da ocorrência do dano.
A reparação in natura não somente traz ínsita a ideia de proteção e preservação dos recursos ambientais, coaduna-se também com a ideia de que o poluidor deve ser educado com as medidas reparatórias, coisa que não ocorre quando estamos diante de uma reparação pecuniária. Portanto, a reparação em pecúnia (ressarcimento) é exceçãono sistema da responsabilização ambiental: só deve ser feita quando se mostrar impossível, total ou parcialmente, a reparação específica.
É imprescritível a responsabilidade civil!
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preserva- lo para as presentes e futuras gerações.
	Trata-se	de
	obrigação	solidária
	e	responsabilidade
	compartilhada.
A todos do Poder Público e à coletividade foi atribuído o dever
jurídico de tutelar o meio ambiente.
→ Responsabilidade objetiva: Independentemente da existência de culpa. 
→Poluidor indireto:
O poluidor, ainda que indireto (art.14, § 1º e art. 3º, IV da Lei nº 6.938/81), será obrigado a indenizar e reparar o dano causado ao meio ambiente.
Art. 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:
IV - poluidor, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental.
Lei 6.938. § 1º - Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. O Ministério Público da União e dos Estados terá legitimidade para propor ação de responsabilidade civil e criminal, por danos causados ao meio ambiente.
→ RESPONSABILIDADE DO ESTADO PELO DANO AMBIENTAL – OCORRE COM A OMISSÃO NO DEVER DE FISCALIZAR
“O Estado será convocado a quitar a dívida se o degradador original, direto ou material (= devedor principal) não o fizer, seja por total ou parcial exaurimento patrimonial ou insolvência, seja por impossibilidade ou incapacidade, inclusive técnica, de cumprimento da prestação judicialmente imposta, assegurado, sempre, o direito de regresso (art. 934 do Código Civil), com a desconsideração da personalidade jurídica (art. 50 do Código Civil)”. REsp 1071741 / SP
Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz.
STJ
“em matéria de proteção ambiental, há responsabilidade civil do Estado quando a omissão de cumprimento adequado do seu dever de fiscalizar for determinante para a concretização ou o agravamento do dano causado pelo seu causador direto”.
(AGRESP 200702476534, Relator Ministro Teori Albino Zavascki, STJ – 1ª Turma, DJE: 04/10/2011).
· A responsabilidade civil do Estado pela omissão no exercício de seu poder-dever de fiscalizar é solidária.
· A omissão do ente público na fiscalização e guarda do meio ambiente, enseja a avaliação da responsabilização solidária do Estado.
· A execução é subsidiária, ou seja, somente se impossível, por algum motivo, exigir do poluidor o cumprimento da obrigação.
Escrito em marrom → retirado da ED.
 (
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17
)
STJ “no caso de omissão de dever de controle e fiscalização, a responsabilidade ambiental solidária da Administração é de execução subsidiária (ou com ordem de preferência)”, o que quer dizer que “a responsabilidade solidária e de execução subsidiária significa que o Estado integra o título executivo sob a condição de, como devedor-reserva, só ser convocado a quitar a dívida se o degradador original, direto ou material (= devedor principal) não o fizer, seja por total ou parcial exaurimento patrimonial ou insolvência, seja por impossibilidade ou incapacidade, inclusive técnica, de cumprimento da prestação judicialmente imposta, assegurado, sempre, o direito de regresso (art. 934 do Código Civil), com a desconsideração da personalidade jurídica (art. 50 do Código Civil).
(RESP 200801460435, Relator Ministro Herman Benjamin, STJ – 2ª Turma, DJE: 16/12/2010).
RESPONSABILIDADE CIVIL POR DANO AMBIENTAL.
DANOS DECORRENTES DO ROMPIMENTO DE BARRAGEM. ACIDENTE AMBIENTAL OCORRIDO, EM JANEIRO DE 2007, NOS MUNICÍPIOS DE MIRAÍ E MURIAÉ, ESTADO DE MINAS GERAIS. TEORIA DO RISCO INTEGRAL. NEXO DE CAUSALIDADE.
A responsabilidade por dano ambiental é objetiva, informada pela teoria do risco integral, sendo o nexo de causalidade o fator aglutinante que permite que o risco se integre na unidade do ato, sendo descabida a invocação, pela empresa responsável pelo dano ambiental, de excludentes de responsabilidade civil para afastar sua obrigação de indenizar;
 Em decorrência do acidente, a empresa deve recompor os danos materiais e morais causados e
Na fixação da indenização por danos morais, recomendável que o arbitramento seja feito caso a caso e com moderação, proporcionalmente ao grau de culpa, ao nível socioeconômico do autor, e, ainda, ao porte da empresa, orientando-se o juiz pelos critérios sugeridos pela doutrina e jurisprudência, com razoabilidade, valendo-se de sua experiência e com senso, atento à realidade da vida e às peculiaridades de cada caso, de modo que, de um lado, não haja enriquecimento sem causa de quem recebe a indenização e, de outro, haja efetiva compensação pelos danos morais experimentados por aquele que fora lesado. RECURSO ESPECIAL N° 1.374.284 – MG (2012/0108265-7)
Admitido o ressarcimento do dano moral coletivo ambiental REsp 1180078 / MG
Dano moral ambiental não tem caráter punitivo
TESTANDO CONHECIMENTO
1. A responsabilidade civil por grave acidente ambiental ocorrido em uma região de determinado estado da Federação será
a. Subjetiva, informada pela teoria do risco proveito.
b. Objetiva, informada pela teoria do risco criado
c. objetiva, informada pela teoria do risco integral
d. Subjetiva, informada pela teoria do risco criado.
e. Subjetiva, informada pela teoria do risco integral.
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→ RESPONSABILIDAE ADMINISTRATIVA
Art. 23, CF. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
VI - proteger o meio ambiente.
A Administração Direta e Indireta têm Poder de Polícia na área ambiental.
→Leis que norteiam a sanção administrativa (e penal):
· Lei 9605/98 – disciplina sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente. Arts. 70 a 76 – infração administrativa ambiental e processo administrativo ambiental
· Decreto 6514/2008 (dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente, estabelece o processo administrativo federal para apuração destas infrações)
→Infração administrativa ambiental (PJ ou PF)
Art. 70. Considera-se infração administrativa ambiental toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente.
→ Autoridades para lavrar Auto de Infração e instaurar procedimento administrativo ambiental:
· Fiscais do SISNAMA-Sistema Nacional do Meio Ambiente
art. 6º da Lei 6938/81
· Agentes da capitania dos portos 
→Sanções: Advertência, multa simples, multa diária (infração continuada), suspensão parcial ou total da atividade, suspensão da venda ou fabricação de produto (origem ilegal), destruição ou inutilização do produto (risco à saúde e meio ambiente), apreensão de animais, madeira, embargo/demolição de obra, restritivas de direitos (ex. suspensão, perda da licença)
Art. 72. As infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções, observado o disposto no art. 6º:
I - advertência;
II - multa simples;
III - multa diária;
IV - apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na infração;
V - destruição ou inutilização do produto;
VI - suspensão de venda e fabricação do produto;
VII - embargo de obra ou atividade;
VIII - demolição de obra;
IX - suspensão parcial ou total de atividades;
X – (VETADO)
XI - restritiva de direitos.
Observação: 
A responsabilidade administrativa independe de dano – tem infração administrativa formal.
Ex.: O transporte de madeira

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