Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Preparo Cavitário e Restauração Classe III DEFINIÇÃO Cavidades preparadas nas faces proximais dos dentes anteriores, sem envolvimento do ângulo incisal. DIAGNÓSTICO Direto: visual; lesões cavitadas (invasão vestibular ou lingual/palatal) Indireto: radiografias; separação mecânica dos dentes ACESSO Vestibular Palatal/lingual Estritamente proximal AFASTAMENTO DENTÁRIO Permite visualização da região. Confirmando a presença de lesão. Proporciona acesso para o procedimento restaurador em lesões estritamente proximais. COR Refere-se ao comportamento de um corpo frente a incidência da luz. Sem a luz não existem as cores. São classificadas com base em três dimensões: matiz, croma e valor. MATIZ Diferencia uma família de cor da outra. Ex.: A, B, C, D CROMA Descreve a saturação ou intensidade de um determinado matiz. Identificação pela numeração gradual da escala VITA. Característica relacionada essencialmente à dentina. O esmalte age como um filtro, atenuando a percepção da cor dentinária. O croma aumenta de forma progressiva à medida que a espessura do esmalte diminui. Ex.: 1, 2, 3, 4 → A1, A2, A3, A4, B1, B2, B3, B4 VALOR OU BRILHO Representa a luminosidade da cor. Qualidade pela qual distinguimos uma cor clara de uma cor escura da escala VITA. Quanto mais branco o objeto, maior será o valor, pois uma maior quantidade de luz será refletida (↑ branco ↑ valor). Não está discriminado na escala VITA. PROTOCOLO CLÍNICO 1. SELEÇÃO DA COR Luz natural Característica policromática Escala Vita ou da própria resina Superfícies umedecidas Fotoativação de porções de resina composta 2. VERIFICAÇÃO DE CONTATOS OCLUSAIS MIH (máxima intercuspidação habitual) Movimentos de protrusão e lateralidade 3. ISOLAMENTO ABSOLUTO Cuidados prévios: Testar contatos interproximais Eliminar irregularidades 4. PREPARO DO DENTE 4.1 Remoção de tecido cariado Broca carbide (CA) 4, 6, 8 Brocas diamantadas esféricas 1012, 1014 (apenas para remover esmalte e ter acesso a lesão) Diâmetro compatível com a lesão Preservação máxima de estrutura dentária Extensão, profundidade e localização da lesão Manutenção da maior quantidade de esmalte Remoção de dentina escurecida 4.2 Acabamento do preparo Acabamento das paredes de esmalte Instrumentos rotatórios com movimentos intermitentes, brocas de lâminas lisas, em baixa velocidade Recortadores de margem para remoção de prismas de esmalte friáveis Acabamento das paredes internas Instrumentos rotatórios com movimentos intermitentes, brocas de lâminas lisas, em baixa velocidade ou recortadores de margem gengival 4.3 Terminação específica do ângulo cavo-superficial Vantagens do bisel: Remoção dos prismas de esmalte friáveis Expõe transversalmente os prismas Aumenta a área a ser condicionada Aumenta a energia livre de superfície Estética Melhor selamento marginal Fatores limitantes: Oclusão Quantidade e qualidade do esmalte remanescente Extensão da lesão Proteção da CDP (em dentes vitais) Cavidade rasa: sem necessidade de proteção. Cavidade média: cimento ionomérico convencional. Cavidade profunda: cimento de Ca(OH)2 + cimento ionomérico convencional. Cavidade com risco de exposição pulpar: Ca(OH)2 P.A. + cimento de Ca(OH)2 + CIV convencional. Realização do bisel → 1-3 mm (ponta diamantada nº 1112). 4.4 Profilaxia A profilaxia deve ser realizada com pedra pomes se em seguida for feita uma restauração. A pasta profilática apenas para realização de exames posteriores. 4.5 Colocação de tira de poliéster ou tira de teflon e cunha de madeira 4.6 Condicionamento ácido do esmalte Produz microporosidades Possibilita infiltração do sistema adesivo Proporciona retenção micromecânica 4.7 Condicionamento ácido da dentina Remoção da Smear Layer Desmineralização superficial da porção inorgânica Exposição das fibras colágenas 4.8 Inserção da resina composta Inserção da RC para esmalte na face palatina (realizar pressão digital para estabilização da matriz de poliéster e para auxiliar na confecção da anatomia da palatina) Inserção de RC para esmalte na face proximal Inserção de RC de dentina Inserção de RC de esmalte (utilização do pincel para melhor espalhamento da resina) Consequências de uma inadequada polimerização: Baixa força de união Maior probabilidade de agressão fisiológica Maior probabilidade de mudança de cor Deficiência nas propriedades mecânicas Maior pigmentação do material 4.9 Remoção do isolamento absoluto 4.10 Ajuste oclusal 4.11 Acabamento – remoção de excessos (lâmina de bisturi) Finalidades: Menor acúmulo de placa Menor desgaste Menor manchamento Objetivos: Forma adequada à restauração Remoção de excessos Lâminas de bisturi nº 11, 12, 15 Brocas multilaminadas A rugosidade superficial faz com que ocorra crescimento bacteriano, podendo ocasionar inflamação gengival, infiltração (cárie ao redor da restauração) e manchamento. 4.12 Polimento Objetivos: Forma definida à restauração (após 24hrs) Remoção de irregularidades superficiais Textura adequada Brilho natural Pontas diamantadas douradas finas, brocas multilaminadas, discos abrasivos e borrachas abrasivas Acabamento e Polimento Ambiente: úmido ou seco; margens visíveis. Tempo: após 24 hrs ou imediato (após 15 min). Tipo de materiais e sistemas de polimento: partículas abrasivas que possuam uma dureza maior que as partículas de carga (remoção da matriz resinosa); superfície mais lisa é obtida através da polimerização com a fita de poliéster. 1. Acabamento Áreas proximais: bisturi nº 12, disco de granulação grossa a ultrafina Brocas carbide multilaminadas (12-16 lâminas) ou pontas diamantadas finas (24-25 µm) douradas 2. Polimento Brocas carbide multilaminadas (20-30 lâminas) Tiras e discos de lixa flexíveis de granulação fina e ultrafina Borracha impregnada com abrasivo Discos de feltro e pasta de polimento diamantadas ou de óxido de alumínio, ou pontas diamantadas finas (15-30 µm) prateadas Reparo Corrigir defeitos Alterar o contorno das restaurações Tempo decorrido: Recente finalização da restauração: adição de incremento pode ser colocado sobre a resina, pois existem inúmeros grupos metacrilatos não reagidos disponíveis para polimerizar. Ao passar do tempo: menos grupos metacrilatos disponíveis e maior densidade de ligações cruzadas. Superfícies polidas tem partículas de carga expostas, sem recobrimento do silano. PROTOCOLO CLÍNICO Afastamento mediato (24-48hrs antes) Estabilização com cunha de madeira Seleção da cor Profilaxia ISA Remoção de tecido cariado em alta-rotação (pontas esféricas diamantadas para acessar esmalte e brocas carbide para remoção de dentina) Acesso preferencialmente por palatina ou lingual, tentando preservar o esmalte da vestibular Proteção do dente adjacente com tira de poliéster Proteção do complexo dentinopulpar Condicionamento ácido e sistema adesivo Técnica incremental para a RC Inicia o incremento pela palatina, de uma resina mais translúcida ou de esmalte (foto 20 seg) Resina mais opaca, ou de dentina Último incremento na vestibular, com resina de esmalte (micro ou nanoparticulada) Remoção do ISA Verificação dos contatos oclusais Remoção dos excessos com lâmina de bisturi nº 12 e discos de lixa (sof-lex pop-on 3M ESPE) e tiras de lixa nas proximais Acabamento e polimento final
Compartilhar