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TCC ENGENHARIA CIVIL BANCA 28-05

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Porto Alegre 
2020 
ALEXSANDRO TEIXEIRA CARDOSO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO DAS LAJES NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 LAJE MACIÇA DE CONCRETO ARMADO MOLDADA IN 
LOCO X LAJE TRELIÇADA PRÉ-MOLDADA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado à Anhanguera Porto Alegre, 
como requisito parcial para a obtenção do 
título de graduado em Bacharelado 
Engenharia Civil. 
 Tutora: Bruna Souza 
 Orientador: Vinicius Batista Godoy 
 
 
Porto Alegre 
2020 
ESTUDO DAS LAJES NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 LAJE MACIÇA DE CONCRETO ARMADO MOLDADA IN 
LOCO X LAJE TRELIÇADA PRÉ-MOLDADA 
 
ALEXSANDRO TEIXEIRA CARDOSO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARDOSO, Alexsandro Teixeira. Estudo das lajes na construção civil: lajes 
pré-moldadas x lajes de concreto armado. 2020. 35p. Trabalho de Conclusão de 
Curso (Graduação em Engenharia Civil) – Universidade Anhanguera, Porto 
Alegre, 2020. 
 
RESUMO 
 
A construção civil é um segmento que movimenta grandes volumes financeiros. 
Desse modo, surgem cada vez mais alternativas que buscam melhorar as 
edificações e dar mais possibilidade para os diferentes tipos de obra; como ocorre 
na projeção e construção de lajes. O estudo analisa as lajes pré-moldadas, que 
são estruturas praticamente finalizadas em fábrica, bastando aos profissionais 
fazer a instalação e adequação das peças ao projeto, devem apresentar certos 
aspectos para que possam ser utilizadas com excelência; e as lajes de concreto 
armado, que são mais versáteis, e tem destaque em vários tipos de projetos. O 
estudo tem como objetivo geral: apresentar quais as características e suas 
funções comparadas às lajes pré-moldadas e lajes de concreto armado no que diz 
respeito ao consumo de concreto, ações e o seu método construtivo com a 
finalidade de apresentar as vantagens econômicas na execução de uma laje. 
Como objetivos específicos: estudar as funções e os conceitos teóricos sobre lajes 
pré-moldadas e lajes de concreto armado. A problemática do estudo consiste em: 
quais os pontos positivos e negativos das lajes pré-moldadas e lajes de concreto 
armado do ponto de vista econômico e estrutural para determinados projetos? A 
pesquisa se justifica, a partir do entendimento de que as lajes são um importante 
elemento estrutural nas edificações, e estudar a viabilidade de cada tipo de laje, 
seu custo associado e estruturação da elaboração de seu projeto. Para atingir os 
objetivos propostos, a pesquisa se baseou na revisão da literatura pré-existente de 
caráter qualitativo. No estudo, se percebeu que as lajes pré-moldas tem como 
vantagem acelerar os processos construtivos e preço mais baixo em comparação 
as lajes de concreto armado, que por sua vez, tem como vantagem a capacidade 
de se adaptar melhor a diferentes tipos de projetos e apresentar elevada 
resistência se construída de acordo com os parâmetros técnicos necessários. 
 
 
Palavras-chave: Lajes; Pré-moldadas; Concreto Armado; Viabilidade; Custos. 
 
CARDOSO, Alexsandro Teixeira. Study of slabs in civil construction: precast 
slabs x reinforced concrete slabs. 2020. 35p. Trabalho de Conclusão de Curso 
(Graduação em Engenharia Civil) – Universidade Anhanguera, Porto Alegre, 2020. 
ABSTRACT 
Civil construction is a segment that handles large financial volumes. In this way, 
more and more alternatives are emerging that seek to improve buildings and give 
more possibilities for different types of work; as in the design and construction of 
slabs. The study analyzes the pre-molded slabs, which are structures that are 
practically finished in the factory, and professionals just need to install and adapt 
the parts to the project, they must present certain aspects so that they can be used 
with excellence; and reinforced concrete slabs, which are more versatile, and stand 
out in several types of projects. The study has as its general objective: to present 
what are the characteristics and their functions compared to precast slabs and 
reinforced concrete slabs with respect to the consumption of concrete, actions and 
their constructive method in order to present the economic advantages in the 
execution of a slab. As specific objectives: to study the functions and theoretical 
concepts on precast slabs and reinforced concrete slabs. The problem of the study 
consists of: what are the positive and negative points of the precast slabs and 
reinforced concrete slabs from the economic and structural point of view for certain 
projects? The research is justified, based on the understanding that the slabs are 
an important structural element in buildings, and to study the viability of each type 
of slab, its associated cost and structuring the elaboration of your project. In order 
to achieve the proposed objectives, the research was based on the review of the 
pre-existing qualitative literature. In the study, it was realized that pre-molded slabs 
have the advantage of speeding up construction processes and lower price 
compared to reinforced concrete slabs, which in turn, have the advantage of being 
better able to adapt to different types of projects and present high resistance if built 
according to the necessary technical parameters. 
 
 
Key-words: Pre-molded; Reinforced Concrete; Viability; Costs. 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
 
Figura 1 – Estrutura de laje pré-moldada ................................................................. 12 
Figura2 – Estrutura de laje com concreto armado .................................................... 13 
Figura3 – Estrutura de fôrmas e escoras de madeira ............................................... 16 
Figura4 – Disposição das escoras de madeira de modo uniforme ........................... 17 
Figura5 – Cunhas para adaptação ao piso de sustentação ..................................... 18 
Figura6 – Armadura com espaçadores .................................................................... 19 
Figura7 – Eletrodutos e tubos ................................................................................ 20 
Figura8 – Despejo de concreto .............................................................................. 21 
Figura9 – Vigotas pré-fabricadas treliçadas ............................................................. 26 
Figura10 – Escoramento de laje com escoras metálicas ......................................... 28 
Figura11 – Malha de ferro amarrada ........................................................................ 29 
Figura12 – Esperas instaladas ............................................................................... 30 
Figura13 – Regularização do concreto durante o despejo ....................................... 31 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas 
NBR Norma Brasileira 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 8 
2. TIPOS DE LAJE: CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS .................................. 10 
3. PROCESSO PARA EXECUÇÃO DELAJES DE CONCRETO ARMADO: 
VANTAGENS E APLICABILIDADE ......................................................................... 14 
3.1 EXECUÇÃO DE LAJES DE CONCRETO ARMADO ......................................... 14 
3.2 PROCESSOS DE EXECUÇÃO ......................................................................... 15 
3.2.1 Confecção da forma de madeira e escoras ...................................................... 18 
3.2.2 Colocação de armaduras ................................................................................. 25 
3.2.3 Colocaçãodecaixas, eletrodutos e tubos .......................................................... 25 
3.2.4 Lançamento de concreto .................................................................................. 25 
3.2.5 Acabamento do concreto..................................................................................25 
3.2.6 Cura do concreto .............................................................................................. 25 
3.2.7 Retiradas das fôrmas e escoramentos ............................................................. 23 
4. PROCESSO PARA EXECUÇÃO DE LAJES PRÉ-MOLDADAS: 
VANTAGENS E APLICABILIDADE ......................................................................... 25 
4.1 EXECUÇÃO DE LAJES PRÉ-MOLDADAS ........................................................ 25 
4.1.1 Execução da laje de vigotas pré-fabricadas treliçadas ..................................... 25 
4.1.2 Fabricação das vigotas..................................................................................... 25 
4.1.3 Transporte e armazenamento .......................................................................... 25 
4.1.4 Escoramento das vigotas ................................................................................. 25 
4.1.5 Preenchimento ................................................................................................. 25 
4.1.6 Guias de acabamento ...................................................................................... 25 
4.1.7 Instalação das esperas..................................................................................... 25 
4.1.8 Lançamento do concreto e cura do concreto ................................................... 30 
4.1.9 Remoção das escoras ...................................................................................... 31 
4.2. VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS LAJES PRÉ-MOLDADAS ................. 31 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 33 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 34 
 
 
 
 
 
 
8 
1. INTRODUÇÃO 
 
 Dentro das tendências atuais da construção civil, os vários tipos e modelos 
de laje têm ganhado destaque, seja pelos aspectos estéticos e por sua 
funcionalidade ou sua versatilidade nos projetos arquitetônicos, suportando cargas 
verticais e desempenhando importante função estrutural. 
 A partir dessas premissas, é possível enfatizar a grande variedade de 
materiais disponíveis para os profissionais de a construção civil utilizar nas obras, 
entretanto, suas escolhas precisam ser embasadas em aspectos técnicos, sempre 
verificando o custo e o benefício das opções, com atenção as especificidades de 
cada projeto. Além disso, várias ferramentas vêm facilitando esse trabalho de 
escolha, onde inúmeros softwares têm como função verificar e fazer análises 
refinadas das necessidades de cada projeto, acelerando processos e minimizando 
as possibilidades de escolhas inadequadas, exibindo as vantagens e 
aplicabilidade de cada alternativa estrutural existente no mercado atual. 
O estudo se justifica a partir do fato de que no Brasil, existem dois modelos 
estruturais de lajes que são os mais utilizados nos variados tipos de projeto, desde 
residências até grandes prédios comerciais. O primeiro são as lajes pré-moldadas, 
que são estruturas praticamente finalizadas em fábrica, bastando aos profissionais 
fazer a instalação e adequação das peças ao projeto, porém, devem atender a 
certos aspectos para que possam ser utilizada com excelência. E existem as lajes 
de concreto armado, que são mais versáteis, e tem destaque em vários tipos de 
projetos. 
O estudo tem como intuito e problema de pesquisa verificar 
dados/informações com o objetivo de responder: quais são os pontos positivos e 
negativos de lajes pré-moldadas e de lajes de concreto armado do ponto de vista 
econômico e estrutural para determinados projetos? 
O presente trabalho tem como objetivo geral apresentar quais as 
características e suas funções da comparação entre lajes pré-moldadas e lajes de 
concreto armado no que diz respeito ao consumo de concreto e métodos 
construtivos com a finalidade de apresentar as vantagens econômicas na 
execução de uma laje. Como objetivos específicos: estudar as funções e os 
conceitos teóricos sobre lajes pré-moldadas das lajes de concreto armado; revisar 
bibliograficamente o método de cálculo simplificado do concreto e aço e o método 
9 
construtivo para lajes de concreto armado e lajes pré-moldadas; revisar 
bibliograficamente os esforços nas lajes. 
O texto que este trabalho apresenta é de cunho teórico, buscando na 
literatura encontrar referências por meio da pesquisa em livros, artigos e conteúdo 
de qualidade na rede mundial de computadores: internet. O método que melhor se 
enquadra para a solução do problema apontado por este trabalho foi o da 
pesquisa bibliográfica, qualitativa com a utilização de dados secundários. 
10 
2. TIPOS DE LAJE: CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS 
 
A construção civil é um setor que dispõe de inúmeras alternativas, cabe aos 
profissionais do setor sempre buscar as melhores alternativas para cada projeto. 
O mesmo ocorre com as lajes, que tem a função de distribuir os esforços das 
cargas dos projetos entre as vigas e pilares da construção, tornando os projetos 
mais seguros, e contribuindo, inclusive, para a melhoria estética (BASTOS, 2015). 
Na conjuntura das lajes, existe no Brasil uma grande tendência de utilização 
de dois principais tipos: as lajes de concreto armado, e as pré-moldadas. 
Enquanto a primeira tem como principal característica a versatilidade e adaptação 
a diferentes contextos arquitetônicos, as lajes pré-moldadas contribuem para 
acelerar as obras, devido a sua praticidade, além da economia de custos com mão 
de obra (BASTOS, 2015). 
A construção civil é um setor que gira grandes montantes financeiros, 
impactando fortemente a economia, seja em âmbito macro, nas grandes empresas 
ou em políticas de governo, assim como no orçamento doméstico, seja com a 
geração de empregos ou com a economia de custos na construção de uma casa 
ou reforma de uma residência. Sendo assim, analisar as características e as 
possíveis economias de custos e ganhos em qualidade estrutural de lajes, é 
importante para o setor da construção civil, o que pode auxiliar no aquecimento da 
economia do setor e beneficiar a sociedade em diversos aspectos (LIMA, 2015). 
Para entender o processo e suas funções, visando custo e benefício na 
construção de uma laje, devem ser apresentadas as ferramentas necessárias de 
cálculos, dimensionamentos e seus métodos construtivos evitando o gasto 
excessivo de material (aço e concreto), para que fique viável a construção de lajes 
(BASTOS 2015). 
Dentro da construção civil, as lajes são muito utilizadas para diferentes fins, 
inclusive estéticos. Entretanto, no âmbito estrutural, existem alguns fatores que 
fomentam a utilização desse tipo de estrutura, visto que as lajes têm como função 
distribuir o peso de cargas verticais em diferentes planos, ou seja, através de 
vigas e pilares, tornando as obras mais seguras, com a maior distribuição de 
pesos. Ou seja, as lajes podem servir como uma espécie de placa de distribuição 
de cargas, visto que o peso empregado sobre ela é automaticamente distribuído, 
haja vista o formato dessa estrutura (LIMA, 2015). 
11 
A respeito da importância e aplicabilidade das lajes, é importante frisar: 
 
As lajes são classificadas como elementos planos bidimensionais, que 
são aquelas onde duas dimensões, o comprimento e a largura, são da 
mesma ordem de grandeza e muito maiores que a terceira dimensão, a 
espessura. As lajes são também chamadas elementos de superfície, ou 
placas. Destinam-se a receber a maior parte das ações aplicadas numa 
construção, normalmente de pessoas, móveis, pisos, paredes, e os mais 
variados tipos de carga que podem existir em função da finalidade 
arquitetônica do espaço que a laje faz parte. As ações são comumente 
perpendiculares ao plano da laje, podendo ser divididas em distribuídas 
na área, distribuídas linearmente ou forças concentradas. Emboramenos 
comuns, também podem ocorrer ações externas na forma de momentos 
fletores, normalmente aplicados nas bordas das lajes. As ações são 
normalmente transmitidas para as vigas de apoio nas bordas da laje, mas 
eventualmente também podem ser transmitidas diretamente aos pilares, 
quando são chamadas lajes lisas (BASTOS, 2015, p.1) 
 
Após explanar as principais características e funções das lajes, é 
importante frisar que cada tipo de obra demanda um tipo de aplicação. No Brasil, 
segundo Bastos (2015) existem dois tipos principais de laje sendo utilizados: as 
pré-moldadas e as de concreto armado. 
Não existe forma de enfatizar de modo pragmático qual o melhor tipo de 
estrutura a ser utilizado, haja vista que cada projeto dispõe de peculiaridades, e 
estas devem ser consideradas no momento da escolha de qual tipo de laje optar. 
As lajes pré-moldadas apresentam algumas características que estimulam a 
sua utilização em obras de diferentes portes, envolvem a economia de custos com 
mão de obra, visto que as peças já vêm prontas, necessitando apenas a sua 
aplicação de acordo com o projeto, além da sua padronização, já que são 
produzidas em escala industrial. A respeito da definição de laje pré-moldada é 
importante frisar: 
As normas brasileiras NBR 14859-1, NBR 14859-2, NBR 14860-1, NBR 
14860-2 e NBR 14861 apresentam as características exigíveis para 
alguns tipos de lajes pré-fabricadas. Define-se como laje pré-fabricada ou 
pré-moldada a laje que tem suas partes constituintes fabricadas em 
escala industrial no canteiro de uma fábrica. Pode ser de concreto 
armado ou de concreto protendido. São aplicadas tanto nas construções 
de pequeno porte como também nas de grande porte (LIMA, 2015, p.20). 
 
A partir dessa definição cabe trazer uma imagem esquematizada do modelo 
comum de estruturação de uma laje com estruturas pré-fabricadas, onde a Figura 
1 apresenta uma descrição detalhada da formação de uma laje pré-moldada 
 
12 
Figura 1 - Estrutura de laje pré-moldada 
 
Fonte: Pinheiro (2015) 
 
Todas as peças que compõem a laje em questão devem ser fabricadas 
respeitando determinadas normas técnicas, como o intuito de garantir sua 
eficiência, segurança e padronização. Em contrapartida, existem as lajes de 
concreto armado, que tem características diferentes, embora sirvam para os 
mesmos fins. Antes de salientar quais os principais pontos que tornam essa 
alternativa interessante do ponto de vista econômico e estrutural, é importante 
trazer uma definição desse tipo de trabalho: 
 
Laje maciça a laje de concreto armado com espessura constante, 
moldada in loco a partir do lançamento do concreto fresco sobre um 
sistema de formas planas. Os tipos de lajes maciças se referem mais ao 
tipo de vínculo da laje com as vigas, que podem ser: poiadas em todas as 
direções; apoiada em duas direções, entre outros (BASTOS, 2015, p.4) 
 
Ou seja, esse tipo de estrutura também apresenta características 
específicas. Como exposto na figura 2 
 
 
 
 
13 
Figura 2 - Estrutura de laje com concreto armado 
 
Fonte: Pinheiro (2015) 
 
Obviamente que essas definições são sintáticas, ou seja, não são capazes 
de explorar todas as características dessas estruturas, sendo necessárias 
abordagens mais aprofundadas sobre cada uma, para juntamente com a análise 
do projeto em questão, definir quais tipos de materiais utilizarem. Embora tenham 
algumas características que tornam os processos diferentes, existem alguns 
“pontos de atenção para fazer uma laje maciça com concreto armado, porém, 
estes são praticamente os mesmos da laje pré-moldada, sendo a única diferença 
relevante que a montagem da laje é feita em cima de tábuas de madeiras ou 
madeirites” (PINHEIRO, 2015, p.3). Embora existam esses fatores, a utilização 
correta do modelo adequado ao projeto, pode significar grande economia de 
insumos e tempo de obra. 
Sendo assim, ambas as estruturas apresentam pontos positivos e 
negativos, sendo necessária a averiguação de cada projeto para definição de qual 
tipo de modelo optar. 
 
 
 
14 
3. PROCESSO PARA EXECUÇÃO DELAJES DE CONCRETO ARMADO: 
VANTAGENS E APLICABILIDADE 
 
Objetivando explorar as principais características e formas de execução dos 
dois processos, a presente sessão do trabalho corresponde a deliberação acerca 
dos processos que envolvem as lajes de concreto armado, a próxima sessão tem 
como pauta as lajes pré-moldadas. 
 
3.1 EXECUÇÕES DE LAJES DE CONCRETO ARMADO 
 
 A opção de laje maciça é muito recorrente no cenário da construção civil no 
Brasil, devido sua relativa simplicidade de execução e maior facilidade para 
encontro de mão de obra para a realização (ARAÚJO, 2003). Nos casos das 
construções com elevado número de andares, acaba sendo muito viável, 
principalmente pela reutilização das fôrmas, quando em vários andares existe o 
mesmo modelo de projeto (apartamentos). Entretanto, esse tipo de laje tem certas 
limitações como nos casos de grandes vãos 
 
Comumente são utilizadas lajes maciças nos pisos dos edifícios de 
concreto armado. Porém, quando projetadas para vencer grandes vãos, 
essas lajes demandam espessuras tão grandes que a maior parte do 
carregamento passa a ser constituído por seu peso próprio, o que torna 
essa solução antieconômica (ARAÚJO, 2003, p. 143). 
 
 
 Sendo assim, caba edifício precisa ser analisada em suas particularidades 
para definir qual tipo de laje é mais vantajoso, levando em conta questões 
econômicas e também estruturais. 
 
3.2 PROCESSOS DE EXECUÇÃO 
 
 O processo de execução de uma laje desse tipo pode ser dividida nas 
seguintes etapas, a partir das indicações de Brandalise (2015): 
 Composição da fôrma de madeira e das escoras; 
 Execução das armaduras; 
 Colocação das caixas, eletrodutos e tubos; 
 Adequação e despejo do concreto; 
15 
 Uniformização do concreto; 
 Tempo de cura; 
 Remoção das fôrmas e das escoras de madeira. 
 
 Nas lajes maciças de concreto armado devem ser respeitados os seguintes 
limites mínimos para a espessura: 
 
 
5 cm para lajes de cobertura não em balanço; 7 cm para lajes de piso ou 
de cobertura em balanço; 10 cm para lajes que suportem veículos de 
peso total menor ou igual a 30 kN; 12 cm para lajes que suportem 
veículos de peso total maior que 30 kN. Recomenda-se usar espessura 
mínima de 8 cm, para evitar o aparecimento de fissuras pela presença de 
eletrodutos ou caixas de distribuição embutidas na laje. Por esta razão, 
os valores mínimos de 5 cm e 7 cm não são aconselhados (ARAÚJO, 
2003, p. 161) 
 
 
 Com esses fatores expostos, cabe na seqüência discorrer de modo 
detalhado sobre cada etapa do processo de execução de uma laje de concreto 
armado. 
 
3.2.1 Confecção da forma de madeira e escoras 
 
 As fôrmas desse tipo de projeto normalmente são construídas a partir de 
madeira compensadas, com a camada plástica ou em material composto por aço 
e certos dispositivos para regulagem, com o objetivo de dar forma e sustentar o 
peso do concreto até o seu tempo final de cura. 
 De acordo com a NBR 14931/94 o sistema que faz a utilização de fôrmas 
precisa ter o formato e as medidas dos panos das lajes contidos no projeto da 
construção, objetivando prevenir que não haja perca de cimento no ato da 
concretagem e seguindo também às recomendações da Associação Brasileira de 
Normas Técnicas - ABNT NBR 7190/85, que discorrer sobre esse tipo de sistema 
de madeira. 
 A figura 3 traz um exemplo de estrutura de fôrmas, sendo escorada por 
vigas de madeira: 
 
 
16 
Figura 3 - Estrutura de fôrmas e escoras de madeira 
 
Fonte: Brandalise (2015) 
 
 O processo de escoramento para posterior despejo do concreto tem um 
objetivo bem específico, da sustentação a estrutura montada para que não haja 
nenhum tipo de fissura ou abalamento na estrutura, provocando falhas estruturais 
e erros na execução do projeto. Nesse sentido: 
 
O escoramento é executado sobas fôrmas, com escoras de madeira 
espaçadas habitualmente de 60 cm a 80 cm ou conforme o projeto, as 
quais são apoiadas sobre cunhas ou caixas de areia com o objetivo de 
nivelar as fôrmas. O escoramento deve ser projetado e executado para 
suportar o seu próprio peso, o peso da estrutura e das cargas acidentais 
que possam atuar durante o processo construtivo evitando as 
deformações prejudiciais não previstos no projeto (BRANDALISE, 2015, 
p. 26) 
 
 Ou seja, qualquer processo de execução de uma laje deve dispor as 
escoras de modo uniforme, e não de modo esporádico. Esse tipo de procedimento 
garante a resistência do escoramento para evitar eventuais falhas na 
uniformização do concreto após o seu despejo, sendo que a falha nesse 
procedimento pode comprometer toda a estrutura de uma laje. A figura 4 mostra o 
escoramento por meio de troncos de madeira: 
 
17 
Figura 4 - Disposição das escoras de madeira de modo uniforme 
 
Fonte: Brandalise (2015) 
 
 Esse tipo de armação das escoras também é importante para a segurança 
dos trabalhadores, na medida em que o processo de formatação da estrutura para 
o despejo do concreto exige que nesse momento do processo tudo que esteja 
firma em relação ao piso. Evitando queda de matérias, o que além de trazer perigo 
para os trabalhadores, também tendo a comprometer o projeto, fazendo com que 
a estrutura tenha que ser desfeita e corrigida para dar prosseguimento a outros 
processos. 
Devem-se verificar os escoramentos das fôrmas, com a finalidade de que 
não haja alterações das dimensões e as devidas posições das fôrmas de 
acordo com o projeto afim permitirem o tráfego do pessoal e do 
equipamento necessário a operação de concretagem com segurança 
(WESSLING, 2015, p.10) 
 
 Além disso, existem circunstâncias em que a laje será construída em 
desproporção ao piso que dará sustentação as escoras, ou seja, superfícies 
irregulares. 
 Dessa forma, os profissionais precisarão fazer adaptações em relação ao 
tamanho das escoras, sendo que as mesmas poderão ter vários tamanhos, 
objetivando corrigir as eventuais irregularidades da superfície de sustentação. 
Para isso, podem utilizar as chamadas cunhas, como exposto na figura 5 
18 
Figura 5 - Cunhas para adaptação ao piso de sustentação 
 
Fonte: Brandalise (2015) 
 
 É possível notar que as cunhas são de base maior do que a ponta das 
escoras, evitando que despejo desproporcional de peso entre as escoras, o que 
poderia gerar abalo na estrutura após o despejo do concreto. Após esse processo, 
é feita a colocação das armaduras. 
 
3.2.2 Colocação das armaduras 
 
 Nesse processo, é preciso que exista uma uniformidade na colocação das 
armaduras, para a amarração deve ser utilizado arame sem nenhum tipo de 
oxidação, sempre respeitando as distâncias necessárias entre as barras. 
 Além disso, é preciso que as armaduras sejam cobertas, evitando 
exposição para o posterior momento da concretagem, como enfatizado: 
 
Armaduras principais e secundárias no interior da fôrma devem estar de 
acordo com as especificações de projeto, havendo amarração, utilizando 
arames e respeitando as distâncias das barras entre si e as faces 
internas das fôrmas. Também deve-se ter o cobrimento mínimo das 
armaduras com o auxílio de espaçadores, vulgarmente conhecidos como 
“caranguejos” e “cocadas” para evitar que a armadura seja exposta 
(SOUZA, 2008, p.11) 
 
 
 Na seqüência, a figura 6 mostra armaduras colocadas de forma correta, 
com uniformização entre as barras, e espaçadores entre as formas 
19 
 
Figura 6 - Armadura com espaçadores 
 
Fonte: Brandalise (2015) 
 
 As barras de aço não devem possuir emendas, segundo Souza (2008) 
todas devem ser cortadas de acordo com as dimensões da linha de seqüência, 
dando maior sustentação. 
 
3.2.3 Colocação de caixas, eletrodutos e tubos 
 
 Nesse processo, é muito importante que haja o pleno entendimento dos 
profissionais a respeito do projeto de construção, visto que as caixas e eletrodutos 
para passagem da fiação elétrica devem ser posicionadas de acordo com as 
disposições da planta do projeto, além disso, é necessário que existam passagens 
para a posterior execução da parte hidráulica do projeto. Como exposto na figura 
7. 
 
 
 
 
 
20 
Figura 7- Eletrodutos e tubos 
 
Fonte:Wessling (2015) 
 
 É importante também a verificação da qualidade e estado dos tubos 
corrugados utilizados, haja vista que se o material estiver com defeito, amassado 
ou rompido pode dificultar a passagem de cabos elétricos posteriormente, devido 
a entupimento. Este tipo de falha normalmente não pode ser corrigido após o 
término da laje, havendo a necessidade de medidas não previstas em projeto. 
 
3.2.4 Lançamento do concreto 
 
 Existem duas formas principais de se executar o lançamento de concreto 
em uma laje. Em construções menores, onde existe menos recursos disponíveis, é 
comum que o concreto utilizado seja batido à mão ou em betoneiras, o que pode 
facilitar a ocorrência de erros relativos a mistura dos materiais e uniformidade. 
Além disso, o tempo e as condições de secagem podem variar de modo mais 
recorrente, haja vista que o despejo será mais lento, e as condições climáticas 
também podem exercer grande influência no resultado final. 
 Justamente por isso, Machado (2016) enfatiza que o concreto usinado, 
despejado por bomba em caminhão é a melhor opção se tratando de praticidade e 
21 
qualidade. A figura 8 mostra o despejo de concreto usinado e sua uniformização 
em uma obra: 
Figura 8- Despejo de concreto 
 
Fonte: Wessling (2015) 
 
 Antes de iniciar o processo de concretagem, é importante que alguns 
fatores sejam atentamente conferidos, como a limpeza da superfície, que deve 
estar livre de poeira ou corpos estranhos a estrutura da laje, além disso, no 
momento de despejo do concreto, sempre deve ser observado se não houve 
nenhum tipo do movimento das armaduras, ou distanciamento das barras, 
indicando a possibilidade de eventuais falhas ou a possibilidade de fissuras na 
estrutura. 
 
3.2.5 Acabamento do concreto 
 
 De acordo com a NBR 14931/04 (ABNT, 2004) é importante que no 
momento da concretagem toda a superfície seja coberta de modo homogêneo. É 
necessário também que para o adensamento seja feito a utilização de vibradores, 
para que não existam pontos ocos, que podem diminuir a resistência da estrutura: 
 
o concreto deve ser lançado e adensado de modo que toda a armadura 
seja adequadamente envolvida na massa do concreto, ou seja, o 
cobrimento de todos os materiais da laje mantendo a homogeneidade do 
concreto. Para o adensamento é feito o uso de vibradores, para garantir a 
homogeneidade e redução do número de vazios permitindo que se 
22 
obtenha no mínimo a resistência mínima do concreto prevista em projeto 
(BASTOS, 2016, p.20) 
 
 Todos os processos no momento da concretagem precisam ser feitos em 
intervalos de tempo regular,realizar a vibração do concreto de forma a 
homogeneizar este material, caso contrário, pode-se desenvolver vazios que 
tornam a estrutura mais vulnerável. 
 
3.2.6 Cura do concreto 
 
 Para um processo adequado de cura do concreto, o item 10.1 da NBR 
14931/04(ABNT, 2004) fomenta que anteriormente ao endurecimento da pasta, 
deve ser ter o cuidado em relação a proteção do concreto contra elementos 
prejudiciais,entre estes: substâncias químicas, modificações repentinas de 
temperaturas, objetivando prevenir ocorrência de perda de água na região 
exposta, fazendo dessa forma que se crie uma superfície resistente e durável, 
além de evitar o aparecimento de fissuras ou dificultando o processo de aderência 
das armaduras ao concreto (BASTOS, 2016). 
 Como exposto, é muito importante o cuidado em relação a perca de água 
no concreto durante o tempo de cura: 
 
Para ocorrer a reação química do concreto necessita da água presente 
no concreto para haver o endurecimento, e também parte dessa águase 
perde pela evaporação no ambiente, então é preciso garantir que não se 
perca essa água com o umedecimento da superfície para que a reação 
ocorra corretamente, assegurando a qualidade do concreto durante o 
período de cura, isso se garante mantendo uma lâmina d’água sobre a 
laje (BASTOS, 2016,p. 12) 
 
 Respeitando todos esses fatores, é necessário esperar o tempo de cura do 
concreto que “é de pelo menos 7 dias, podendo ser estendido a até 28 dias, 
dependendo das condições locais” (BASTOS, 2016, p.13). Após, é o momento de 
retirar as formas e as escoras. 
 
3.2.7 Retirada das fôrmas e escoramentos 
 
 O ponto 10.2.2 da NBR 14931/04(ABNT, 2004) enfatiza que as fôrmas, 
assim como as escoras só podem ser retiradas de uma laje no momento em que o 
concreto já tiver adquirido capacidade suficiente para suportar o peso oriundo da 
23 
carga estrutural do projeto. A retirada antecipada desses apoios pode ocasionar 
severos abalos na estrutura da laje, como deformações, fissuras ou picos de 
elasticidade acima dos previstos em projeto. Não existe um padrão específico do 
tempo necessário para secagem, haja vista que as condições climáticas, 
espessura e outros fatores podem exercer influência significativa nesse tempo de 
secagem, 
 Outro fator que deve ser levado em conta, é a questão da forma que as 
escoras serão retiradas, que devem ser feitas de forma gradual, sempre com 
análises dos profissionais verificando se não nenhum tipo de comportamento 
estranho da estrutura, que possa indicar algum tipo de abalo na armação. 
 
3.3 VANTAGENS E DESVATANGENS DA LAJE DE CONCRETO ARMADO 
 
 Existem diversos elementos que podem ser ressaltados para justificar a 
opção por uma laje de concreto armado. O processo relativamente simples de 
execução, e a boa capacidade de flexão são fatores relevantes. De acordo com 
Lopes (2012, p.9) existem diversos aspectos que devem ser ressaltados: 
 
Oferece funções de placa e membrana (chapa);Bom desempenho em 
relação à capacidade de redistribuição dos esforços;Apropriada a 
situações de singularidade estrutural (por exemplo: Um, dois ou três 
bordos livres);A existência de muitas vigas, por outro lado, forma muitos 
pórticos, que garantem uma boa rigidez à estrutura de contraventamento; 
Foi durante anos o sistema estrutural mais utilizado nas construções de 
concreto, por isso a mão de obra já é bastante treinada;Menos suscetível 
a fissuras e trincas, uma vez que, depois de seco, o concreto torna-se um 
monobloco que dilata e contrai de maneira uniforme (LOPES, 2012, p.9) 
 
 Como supracitado, existem diversos fatores que fazem esse tipo de laje ser 
de forma recorrente opção nos mais variados tipos de edificações. Entretanto, 
existem elementos que elencam as desvantagens desse tipo de estrutura em 
determinadas circunstâncias: 
 
Elevado consumo de fôrmas, escoras, concreto e aço; Elevado peso 
próprio implicando em maiores reações nos apoios (vigas,pilares e 
fundações);Elevado consumo de mão de obra referente às atividades dos 
profissionais: carpinteiro, armador, pedreiro e servente;Grande 
capacidade de propagação de ruídos entre pavimentos;Limitação o 
quanto a sua aplicação a grandes vãos por conta da demanda de 
espessura média de concreto exigida para esta situação;Custo 
relativamente elevado; devido aos limites impostos, apresenta uma 
grande quantidade de vigas, fato esse que deixa a forma do pavimento 
24 
muito recortada, diminuindo a produtividade da construção; Tempo muito 
elevado para execução das fôrmas e da dês forma (LOPES, 2012, p.18) 
 
 
 Ou seja, no momento da criação de um projeto, o profissional responsável 
deve levar em conta todos esses fatores, principalmente estes ligados ao tempo 
de execução e maior necessidade de mão de obra, que se colocados em 
comparação a outras opções de laje, em determinados tipos de edificação, podem 
ser mais vantajosos do que se optar por lajes de concreto armado. 
25 
4. PROCESSO PARA EXECUÇÃO DE LAJES PRÉ-MOLDADAS: VANTAGENS 
E APLICABILIDADE 
 
De acordo com Neroi (2014, p.10) a “laje pré-moldada de vigotas treliçadas 
é constituída por vigas pré-fabricadas de concreto armado, nas quais se apoiam 
elementos de material leve”. Por cima das vigas pré-fabricadas são colocados 
materiais de pouco peso, onde posteriormente é colocada a camada de concreto. 
Diversos aspectos são relevantes para ressaltar a aplicabilidade desse tipo de laje 
em edificações: 
 
Os sistemas estruturais baseados em lajes pré-fabricadas tendem 
principalmente minimizar o uso de fôrmas de madeira na obra, pois suas 
vantagens são: diminuição da mão de obra, melhor sistema de vibração 
das peças, rapidez na montagem, redução das perdas de concreto, 
racionalização do uso da armadura, melhor compatibilização e soluções 
construtivas de projeto, redução no ciclo dos pavimentos e 
conseqüentemente uma maior segurança no canteiro de obra (NEROI, 
2014, p.11) 
 
 Porém, sempre deve ser levada em consideração a especificidade de cada 
projeto para a escolha do tipo de laje mais indicado, verificando o custo e 
benefícios das opções disponíveis. 
 
4.1 EXECUÇÕES DE LAJES PRÉ-MOLDADAS 
 
 Antes de discorrer de modo mais aprofundado sobre os processos para a 
execução de uma laje pré-moldada, é importante trazer uma definição do que 
pode ser considerado de fabricação prévia: 
 
A norma NBR 14859-1 (2002) no item 3.1 define vigotas pré-fabricadas 
como elementos estruturais constituídos por concreto estrutural, 
executadas industrialmente ou no próprio canteiro de obra, mas fora do 
local definitivo de utilização, sob rigorosas condições de controle de 
qualidade. Parcialmente ou totalmente envolvida pelo concreto estrutural 
encontra-se a armadura que irá constituir a armadura inferior de tração 
da laje, integrando parcialmente a seção de concreto da nervura 
longitudinal (REIS, 2012, p.1) 
 
 
 Esse tipo de laje pode ser aplicado em diversos tipos de construções, 
desde prédios comerciais, residências, áreas de grande ou pequena extensão. A 
partir disso, cabe discorrer na seqüência os processos para a execução desse tipo 
de estrutura (REIS, 2012) 
26 
4.1.1 Execução da laje de vigotas pré-fabricadas treliçadas 
 
 O processo de fabricação de lajes pré-fabricadas treliçadas ocorre a partir 
de normas expressas pela NBR 14931/04 (ABNT, 2004) e tem como um dos 
pontos centrais de benefício em relação a laje de concreto armado, o tempo de 
execução. As vigotas treliçadas, por já virem secas e em formas regulares, 
ocasionam um grande ganho de tempo para execução em relação as lajes de 
concreto armado. 
 A figura 9 mostra alguns exemplos de vigotas treliçadas: 
 
Figuras 9– Vigotas pré-fabricadas treliçadas 
 
Fonte: Brandalise (2015) 
 
 A partir disso, as próximas sessões deste trabalho irão abordar, de forma 
aprofundada, cada etapa da execução de uma laje pré-moldada. 
 
4.1.2 Fabricação das vigotas 
 
 Essas treliças são fabricadas em indústrias especificas de trabalho com 
artefatos de concreto. São feitas a partir de formas metálicas, onde as treliças de 
metálicas são colocadas nestas formas, e posteriormente é despejado o concreto. 
Dois pontos são relevantes nessa fabricação, o primeiro é que o tempo de 
secagem é definido a partir de normas técnicas, e a espessura e tamanho das 
vigotas podem ser definidos exatamente de acordo com a demanda do projeto 
(LOPES, 2012) 
27 
 
 
4.1.3 Transporte e armazenamento 
 
 De acordo com Lopes (2012) as vigotas após atingirem a resistência 
mínima para a desforma é retirada da forma e armazenada. Após a cura as 
vigotas podem ser transportadas até a obra para serem armazenadas in loco ou 
serem instaladas. 
 
4.1.4 Escoramento das vigotas 
 
 A etapa de instalação e escoramento das vigotas consiste em dispor tais 
elementos a os vãos compatíveis com suas dimensões, podendo escorá-las 
posteriormente e nivelando a laje, deixando as contra-flechas exigidas pelo 
fabricantedas treliças, disponíveis em catálogos. A distância entre vigotas é igual 
à largura do preenchimento de EPS ou das tavelas que serão utilizadas, (LOPES, 
2012) 
 O escoramento nesse tipo de laje costuma ser mais simples do que no caso 
das lajes de concreto armado, haja vista que as vigotas permitem maior adaptação 
de nivelamento com a superfície. O espaçamento entre as escoras varia, mas o 
ideal é que não ultrapassem os 30 cm de distância de uma escora para outra 
(LOPES, 2012) 
 Além disso, é preciso que as escoras sejam colocadas de forma 
homogênea, onde todos os espaços sejam escorados, para que a carga de peso 
oriunda do concreto seja dispersa por toda a laje, evitando o aparecimento de 
fissuras ou irregularidades na laje (LIMA, 2015) 
 Em casos de superfícies de apoio irregulares, é possível a utilização de 
cunhas para o escoramento. O despejo do concreto só pode ser feito após a 
garantia de uma adequada estrutura de escoras, haja vista que vulnerabilidade 
nesse momento da execução pode resultar na perca de todo o trabalho 
desenvolvimento, em casos mais extremos ocasionando desabamento de toda a 
estrutura (LIMA, 2015) 
 A figura 10 mostra o início do processo de escoramento de uma laje a partir 
de vigotas treliçadas: 
28 
 
Figura 10- Escoramento de laje com escoras metálicas 
 
Fonte: Brandalise (2015) 
 
 O escoramento pode ser feito de duas formas, com a utilização de escoras 
de madeira ou com escoras metálicas. No caso da figura acima, o profissional 
optou pela utilização de escoras metálicas e reguláveis, estas apresentam 
vantagens em relação as escoras simples de madeira, já que são mais facilmente 
adaptáveis a superfície de sustentação. 
 
4.1.5 Preenchimento 
 
 Após a disposição e escoramento das vigotas treliçadas, com o devido 
espaçamento entre as mesmas, é feito o processo de preenchimento. Dois tipos 
de materiais são os mais utilizados, as cerâmicas de barro, ou as placas de isopor. 
A primeira apresenta maior resistência, porém, eleva de forma significativa a carga 
em cima da laje. Para cada projeto deve ser levado em conta o tipo de estrutura 
para a definição da melhor opção a ser utilizada. 
 
4.1.6 Guias de acabamento 
29 
 
 Após a colocação de todas as vigotas treliçadas, escoramento e colocação 
das cerâmicas, é preciso posicionar a armadura em cima da estrutura. Essa 
armadura deve ter espaçamento uniforme, ser amarrada com arame não oxidado, 
de modo que não exista possibilidade das tiras de ferro se movimentar no 
momento do despejo do concreto. A figura 11 exemplifica uma estrutura de 
armadura amarrada: 
 
Figura 11- Malha de ferro amarrada 
 
Fonte: Brandalise (2015) 
 
 No caso da figura anterior, toda a malha de ferro já está finalizada, sendo 
possível perceber a simetria e a uniformidade em relação ao espaçamento das 
tiras de ferro 
 
4.1.7 Instalação das esperas 
 
 As esperas podem ser também colocadas já no início da formatação da 
estrutura da laje, porém é mais comum ser feita depois da colocação da armadura 
(REIS, 2012). Sendo que as bordas, normalmente de madeira, possuem função de 
não permitir que o concreto vaze pelas laterais da laje, precisam ser fixadas de 
modo preciso, haja vista que qualquer movimentação no momento do despejo do 
30 
concreto pode resultar no abalo de toda a estrutura, além da perca da pasta com o 
derramamento. A figura 12 mostra uma laje já com as esperas prontas para o 
derramamento do concreto: 
 
Figura 12- Esperas instaladas 
 
Fonte: Brandalise (2015) 
 
 As esperas devem ser retiradas somente após o tempo total de cura do 
concreto. Devendo ser removidas juntamente com as escoras, evitando 
movimentações capazes de gerar fissuras na laje, 
 
4.1.8 Lançamento do concreto e cura do concreto 
 
 É importante que no decorrer do despejo do concreto na laje, os 
profissionais já realizem a distribuição e uniformização do concreto sobre a laje, 
pois a demora nesse processo pode dificultar esse processo. Ou seja, não se 
deve esperar o despejo de todo o concreto para somente após fazer a distribuição 
de forma linear. 
 A figura 13 traz esse exemplo, de profissionais já regularizando o concreto 
no decorrer do processo de despejo: 
 
 
 
31 
 
Figura 13- Regularização do concreto durante o despejo 
 
Fonte: Brandalise (2015) 
 
 Outro fator importante para a garantia da fixação e resistência do concreto, 
é que durante o processo de secagem, principalmente nos sete primeiros dias, é 
necessário que seja jogado água na superfície da laje, com o intuito de que não 
haja perca de umidade da pasta durante a secagem. 
 
4.1.9 Remoção das escoras 
 
 A remoção deve ser feita somente após o tempo correto de cura do 
concreto, onde a pasta já esteja completamente seca, capaz de garantir a 
sustentação da estrutura e a carga recorrente de todo o material da laje. É 
importante também que as escoras sejam retiradas de forma gradual, sempre com 
a constante verificação se não há nenhum tipo de dano no decorrer da retirada 
das escoras. 
 
4.2 VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS LAJES PRÉ-MOLDADAS 
 
 Existem diversos fatores que podem ser ressaltados para justificar as 
vantagens da utilização das lajes pré-moldadas em edificações diversas. Segundo 
Brumatti (2014) cabe citar os seguintes aspectos: 
32 
 
O mercado oferece uma série de alternativas para execução de lajes pré-
fabricadas. Os elementos pré-moldados empregados na laje apresentam 
boa capacidade, portanto no momento da moldagem do restante da laje, 
reduzindo assim a quantidade de fôrmas e escoramentos em relação ao 
sistema convencional. (BRUMATTI, 2014, p.11) 
 
 
 São várias as vantagens desse tipo de aplicação. As principais 
desvantagens consistem em: “as lajes pré-fabricadas, treliçadas, tem como 
desvantagem a baixa produtividade e a utilização intensiva de mão de obra. O 
trabalho de armação é demorado e há dificuldade de concretagem” (BRUMATTI, 
2014, p.12). Ou seja, em cada projeto deve ser feita a verificação das vantagens e 
desvantagens para a escolha da opção mais correta para cada edificação. 
 
 
 
33 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
A construção civil é um setor que dispõe de inúmeras alternativas, cabe aos 
profissionais do setor sempre buscar as melhores alternativas para cada projeto. 
O mesmo ocorre com as lajes, que tem a função de distribuir os esforços das 
cargas dos projetos entre as vigas e pilares da construção, tornando os projetos 
mais seguros, e contribuindo, inclusive, para a melhoria estética 
Na conjuntura das lajes, existe no Brasil uma grande tendência de utilização 
de dois principais tipos: a laje de concreto armado, e as pré-moldadas. Enquanto a 
primeira tem como principal característica a versatilidade e adaptação a diferentes 
contextos arquitetônicos, as lajes pré-moldadas contribuem para acelerar as 
obras, devido a sua praticidade, além da economia de custos com mão de obra. 
 A segunda opção de laje maciça é muito recorrente no cenário da 
construção civil no Brasil, devido a sua relativa simplicidade de execução e maior 
facilidade para encontro de mão de obra para a realização. Nos casos das 
construções com elevado número de andares, acaba sendo muito viável, 
principalmente pela reutilização das fôrmas, quando em vários andares existe o 
mesmo modelo de projeto. No estudo, se percebeu que as lajes pré-moldadas têm 
como vantagem acelerar os processos construtivos e preço mais baixo em 
comparação as lajes de concreto armado, que por sua vez, tem como vantagem a 
capacidade de se adaptar melhor a diferentes tipos de projetos e apresentar 
elevada resistência se construída de acordo com os parâmetros técnicos 
necessários. 
 
34 
REFERÊNCIAS 
 
 
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Trabalho de Conclusão de Curso Bacharelado em Engenharia Civil - Universidade 
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PINHEIRO, Libanio M. Fundamentos do concreto e projetos de edifícios. 
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SOUZA, Vicente C. M. Lajes em concreto armado e protendido. 2ª Edição. 
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