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TCC ENGENHARIA CIVIL 2019

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62
 UNIVERSIDADE PAULISTA
MATEUS LEME LOPES
FABRICIO GIOVANNI BASTOS DE OLIVEIRA
MARINA GONDIM DE MATOS
MICHELE DOS SANTOS DE SOUZA
A POSSIBILIDADE ECONÔMICA E AMBIENTAL DA UTILIZAÇÃO DE POLÍMEROS NA CONSTRUÇÃO CIVIL
RIBEIRÃO PRETO/SP
2019
UNIVERSIDADE PAULISTA
MATEUS LEME LOPES
FABRICIO GIOVANNI BASTOS DE OLIVEIRA
MARINA GONDIM DE MATOS
MICHELE DOS SANTOS DE SOUZA
A POSSIBILIDADE ECONÔMICA E AMBIENTAL DA UTILIZAÇÃO DE POLÍMEROS NA CONSTRUÇÃO CIVIL
Trabalho de conclusão de curso para obtenção do título de graduação em Engenharia Civil apresentado à Universidade Paulista – UNIP. 
Orientador: Prof. José Roberto.
RIBEIRÃO PRETO/SP
2019
AGRADECIMENTOS
Agradecemos em primeiro lugar à DEUS por ser a base das nossas conquistas. Aos nossos pais, amigos e familiares, por acreditarem e terem interesse em nossas escolhas, apoiando-nos e esforçando-se junto a nós, para que supríssemos todas elas. Ào Professor Jose Roberto, pela dedicação, entusiasmo e intensa paciência em suas orientações prestadas na elaboração deste trabalho, nos incentivando e colaborando no desenvolvimento de nossas ideias.
 RESUMO 
Devido à necessidade de conservação do meio ambiente, a indústria passou a desenvolver produtos que simulassem as matérias que eram absorvidos da natureza, foi então que em 1861 o inventor Alexander Parkes, registra o primeiro material plástico da história. 
Após a descoberta de Parkes, o plástico passa a ser estudado e desenvolvido, assim a humanidade começou a reconhecer que o produto possui importantes aspectos que melhoram a relação do homem com a natureza, sem prejuízos econômicos. Os materiais que antes eram extraídos de forma irregular, passaram a ser substituídos por plástico, é resistente, reciclável, tem boa aparência e pode ser produzido em grande escala. Quando industrializado, começou a ser aprimorado em diversos tipos e subtipos com diversas características importantes aos diversos setores que passaram a ser grandes consumidores. 
No Brasil o principal consumidor de resina plástica é a construção civil, atendendo os desafios técnicos o produto passa a substituir diversos materiais, e com o auxílio da tecnologia as características começam a ser adaptadas ao setor. 
O plástico passou a ser cotidiano na vida dos engenheiros civis, devido a sua importância, realizou-se estudos que apontam as características ambientais e econômicas fundamentais para o ramo da construção civil. Sendo assim efetua-se uma pesquisa de campo comparando dois tipos de lajes, sendo um produto que utiliza o plástico como solução e outro que ainda não utiliza o polímero. Focando no consumo de materiais, a pesquisa apontou que o plástico é extremamente competitivo e eficiente, tanto em aspectos ambientais quanto econômicos. 
Palavras-chave: Plástico. Meio ambiente. Economia. Consumo.
 
 
 ABSTRACT 
Due to the need to conserve the environment, the industry began to develop products that simulated materials that were absorbed from nature, it was then that in 1861 the inventor Alexander Parkes records the first plastic material in history. 
After the discovery of Parkes, plastic began to be studied and developed, so humanity began to recognize that the product has important aspects that improve the relationship between man and nature, without economic losses. Materials that were previously irregularly extracted were replaced by plastic, resistant, recyclable, have good appearance and can be produced on a large scale. When industrialized, it began to be improved in several types and subtypes with several important characteristics to the diverse sectors that happened to be great consumers. 
In Brazil, the main consumer of plastic resin is civil construction, taking into account the technical challenges, the product starts to replace several materials, and with the help of technology the characteristics begin to be adapted to the sector. 
Plastic became a daily life in the civil engineers, because of its importance, studies have been carried out that point out the fundamental environmental and economic characteristics for the construction industry. Thus, a field survey is carried out comparing two types of slabs, one product that uses plastic with solution and another that does not use the polymer. Focusing on the consumption of materials, the research pointed out that plastic is extremely competitive and efficient, both in environmental and economic aspects. 
Keywords: Plastic. Environment. Economy. Consumption.
SUMÁRIO
1.	Tema: A possibilidade econômica e ambiental da utilização de polímeros na construção Civil	1
2.	INTRODUÇÃO	1
3.	Cronograma	2
4.	Problemática	2
5.	Objetivos	2
5.1.	Objetivo geral	2
5.2.	Objetivo específico	2
6.	Justificativa	3
6.1.	Justificativa Tecnológica	3
6.2.	Justificativa Social	3
6.3.	Justificativa ecológica	3
6.4.	Justificativa Econômica	4
7.	Hipótese	4
8.	Procedimentos metodológicos	4
8.1.	Pesquisa Bibliográfica	4
8.2.	História sobre polímero	8
8.3.	Reciclagem do Plástico	15
8.3.1.	Regionalização	18
8.3.2.	População Atendida	19
8.3.3.	Modelos de Coleta Seletiva	19
8.3.4.	Custo	21
8.3.5.	Composição Gravimétrica	22
8.3.6.	Produção e setores consumidores do plástico	23
8.4.	Algumas contribuições ambientais do plástico	25
8.5.	O plástico na construção civil	26
8.5.1.	EPS (Poliestireno expandido)	27
8.5.2.	PVC (Cloreto de polivinila ou Policloreto de vinila)	27
8.5.3.	Poliamida	28
8.6.	Diversos exemplos de produtos plásticos	28
8.7.	Diversidade de produtos já atuantes no mercado da construção civil	31
8.7.1.	Produto aprimorado: tanques reservatórios de água.	31
8.7.2.	Comum: Laje treliçada (enchimento em EPS)	32
8.7.3.	Inovações: Madeira plástica	33
8.7.4.	Inovações: painéis em EPS treliçados.	37
8.8.	Estudo comparativo	39
8.8.1.	Dados quantitativos	40
8.8.2.	PROJETO ALTERNATIVO (Teknolajes)	41
8.8.3.	Dados quantitativos	43
8.8.4.	Correlação consumo de material entre os dois métodos	47
8.8.5.	Correlação entre custos diretos	49
9.	Considerações Finais	57
10.	Bibliografia	59
7
Tema: A possibilidade econômica e ambiental da utilização de polímeros na construção Civil
INTRODUÇÃO 
A construção civil é um dos mais importantes setores da economia, porem em contra partida é um dos setores que mais consomem recursos naturais chegando a 75% de tudo que é extraído do meio ambiente no Brasil. Com o tempo, a construção civil vem inovando e desenvolvendo materiais e métodos que proporcionam uma melhoria eficaz na construção quanto para o meio ambiente. Muitos tipos de materiais utilizados na construção civil são habitualmente questionados, por seu uso e por gastar muitos recursos da natureza, porem sabe-se que existem produtos mais sustentáveis no mercado, como por exemplo, produtos que utilizam em sua composição principal o polímero. O receio para a utilização do polímero muitas vezes atribui-se ao seu custo, qualidade e eficiência. Existem produtos com diversos requisitos importantes para a engenharia civil, porém muitos ainda não são utilizados no mercado, existindo ainda um grande preconceito envolvendo a qualidade do material. Mas muitas qualidades podem ser comprovadas, dando ao mercado da engenharia uma grande vantagem ambiental e econômica. O objetivo para fazer a mudança é mostrar que, além de trazer um bem para natureza, um produto feito de polímero pode ser de mesmo nível ou até melhor que os produtos convencionais, como já comprovados em diversos outros setores. Hoje os construtores procuram um produto com durabilidade, qualidade, empregabilidade e preços que façam valer a pena, além de rapidez, flexibilidade e facilidade no manuseio e produção, portanto se os produtos fabricados através do polímero tiver seu uso adequado eletende atender todos esses pré-requisitos.
1. Cronograma 
Problemática 
O polímero realmente traz vantagem tanto ambiental quanto econômica para a construção civil?
Diante dessa pergunta iremos tentar responde-la de forma mais clara possível, a partir das pesquisas para a elaboração desse trabalho.
2. Objetivos
Objetivo geral
Analisar os produtos produzidos através do polímero, pesquisar empresas que atuam e disponibilizam produtos para emprego na construção civil e investigar a praticidade ambiental e econômica.
Objetivo específico 
Conhecer os principais produtos produzidos de polímeros aplicados na construção civil; entender suas utilidades; identificar as principais qualidades e problemas; demonstrar os benefícios ambientais e econômicos com redução do consumo de outros materiais.
Justificativa
Justificativa Tecnológica
Os materiais poliméricos não são novos, eles têm sido usados desde a Antiguidade. Contudo, nessa época, somente eram usados materiais poliméricos naturais. A síntese artificial de materiais poliméricos é um processo que requer tecnologia sofisticada pois envolve reações de química orgânica, ciência que só começou a ser dominada a partir da segunda metade do século XIX. Nessa época começaram a surgir polímeros modificados a partir de materiais naturais. Somente no início do século XX os processos de polimerização começaram a ser viabilizados, permitindo a síntese plena de polímeros a partir de seus meros. Tais processos estão sendo aperfeiçoados desde então, colaborando para a obtenção de plásticos, borrachas e resinas cada vez mais sofisticados e baratos, graças à uma engenharia molecular cada vez mais complexa.
Justificativa Social
O presente projeto tem como objetivo principal a redução de recursos naturais utilizado na construção civil que estão cada vez mais escassos e afetando diretamente a vida de todos os seres vivos e a questão social, nos quesitos de da reciclagem e reutilização de vários tipos de materiais dando o exemplo do polímero.
Justificativa ecológica
Materiais poliméricos estão cada vez mais ganhando mercado e presente no nosso dia a dia além de serem materiais com custo baixo, são mais resistentes e fáceis de moldar, além disso, ainda há possibilidade de reciclar a maioria desses materiais. Os plásticos são materiais sintéticos, derivados de petróleo e formados pela união de grandes cadeias de polímeros e a reciclagem ajuda ao meio ambiente com a não utilização dos recursos naturais.
Justificativa Econômica
 Viabilizar através do estudo que o uso de polímero na construção civil pode trazer muito mais economia do que a utilização dos materiais comuns utilizados hoje em dia.
3. Hipótese
Um dos grandes benefícios do uso do Polímero é sua capacidade de diminuir o consumo de materiais naturais ou artificiais, gerando consequentemente benefícios econômicos e ambientais, sem perda de durabilidade e resistência, em comparativo aos materiais tradicionais como a madeira, metal, ferro etc.
Procedimentos metodológicos
Pesquisa Bibliográfica
O polímero pode ser encontrado na natureza, porém com o passar do tempo e através de muitos estudos realizados pelo famoso químico alemão J. Berzelius em 1832 conseguiram sintetizar essas moléculas , conseguindo assim produzir em grande escala para sua industrialização, hoje em dia um dos polímeros mais conhecido é o plástico que vem das resinas derivadas do petróleo e pertence ao grupo dos polímeros (moléculas muito grandes, com características especiais e variadas). De acordo com a norma técnica NBR 13.230:2008, existem sete tipos de plásticos que são separados em dois grupos os termorrígidos e os termoplásticos.(1)
Os termorrígidos, conhecidos também como termofixos ou termoendurecidos, são plásticos cuja rigidez não se altera com a temperatura, diferentemente dos termoplásticos, que amolecem e se fundem. Em determinadas temperaturas, os polímeros termorrígidos se decompõem e não podem ser fundidos e/ou remoldados novamente, ou seja, não são recicláveis. Abaixo alguns exemplos de termorrígidos: 
 
	Tipos
	Informação/Aplicação
	Poliuretano (PU)
	é o nome dado aos materiais produzidos através de reações entre isocianatos e polióis. O poliuretano é um polímero extremamente versátil, que permite desde a fabricação de produtos rígidos, passando pelos elastoméricos, borrachosos, até as espumas e esponjas. Além disso, o PU pode ser termoplástico quanto termofixo (termorrígido).
Os poliuretanos, em geral, têm características como aumento de dureza através da adição de cargas como fibra de vidro, talco, entre outros; boa resistência á óleos, solventes, oxidação e ozônio; resistente à ação de microrganismos; boa resistência à hidrólise; enfraquecimento de propriedades em temperaturas baixas e altas e, ainda, pode ser rígido ou flexível, termorrígido ou termoplástico. O PU pode ser aplicado em capas para smartphones, retentores, solados, mangueiras, correntes para gelo, rodízio, espuma para colchão, espuma expansiva para vedação em portas, entre outras aplicações.
	Poliacetato de Etileno Vinil ou Copolímero de Etileno-Acetato de Vinila (EVA)
	Conhecido como EVA, é um polímero termorrígido, no qual os resíduos são compostos pelos retalhos que sobram do processo de corte mecânico das chapas no formato da sola, entressola ou palmilha. Como o EVA tem uma massa unitária baixa, o volume gerado é muito grande. O EVA pode ser aplicado em chapas reticuladas e expandidas, utilizadas na produção de solados, entressolas e palmilhas na indústria calçadista, a qual é responsável por cerca de 69% do mercado do poliacetato de etileno vinil. Além disso, este tipo de plástico termorrígido tem custo acessível e é muito utilizado no artesanato, em produtos infantis, material escolar e para a confecção de esteiras para absorção de impactos na prática de artes marciais e esportes.
	Baquelite
	A aplicação ocorre em cabos de panela, componentes de rádios, telefones, interruptores, casquilho de lâmpadas etc. 
	RESINA FENÓLICA 
	Este tipo de resina é muito empregado em bolas de sinuca, revestimentos, adesivos, tintas e vernizes. 
Os termoplásticos apresentam ligações lineares que formam polímeros. De maneira geral, sua sensibilidade ao calor e seus componentes químicos fazem com que sejam facilmente manipulados e transformados em produtos rígidos ou flexíveis, conforme a intenção do que se pretende moldar. Portanto, a intensidade de calor sobreposta à matéria é quem irá determinar a forma que o produto terá.
	Tipos
	Informação/Aplicação
	Policarbonato
	Usado para fabricação de CDs, garrafas PET, coberturas translúcidas, divisórias e vitrines;
	Poliuretano
	Forma esquadrias, revestimentos, molduras, filmes, estofamentos de automóveis, móveis, isolamento térmico de roupas impermeáveis, correias e polias;
	PVC (policloreto de vinilo ou cloreto de polivinila)
	cria portas sanfonadas, divisórias, tubos e conexões altamente resistentes, telhas translúcidas, molduras para teto e parede;
	PS (poliestireno)
	usado para a fabricação de peças de máquina e automóveis, grades de ar condicionado, gavetas de geladeira, brinquedos e matéria prima do isopor;
	PP (polipropileno)
	faz brinquedos, recipientes para remédios, alimentos, produtos químicos e eletrodomésticos, canetas esferográficas, seringas de injeção, autopeças e pedais;
	Polietileno
	usado em embalagens de bebidas em geral, material de limpeza, condimentos, além de tecidos, fios e vassouras;
	Plexiglas
	é o vidro plástico
	Outros
	são as resinas plásticas não indicadas até aqui e são utilizadas em plásticos especiais na engenharia e em CD’s, em eletrodomésticos, corpo de computadores e em outras utilidades especiais.
(3)
História sobre polímero 
A evolução da humanidade, desde seus primórdios, está intimamente ligada à capacidade do Homem em criar alternativas para garantir sua sobrevivência e melhorar seu conforto de vida. Assim, é possível observar constantes avanços científicos e tecnológicos nas áreas de alimentação, da saúde, de comunicação,de transporte etc., para atingir tais objetivos. Grande parte das mudanças ocorridas até os dias de hoje se deve à disponibilidade de materiais adequados para transformar as ideias, e mesmo sonhos, em realidade. Esta correlação é tão significativa que a evolução do ser humano na face da Terra é cronologicamente registrada através de épocas designadas pelos materiais disponíveis até então, tais como, Idade da Pedra, Idade do Bronze, Idade do Ferro etc.
Neste último século grande parte das mudanças tecnológicas realizadas pelo Homem se deve ao surgimento dos polímeros como material alternativo. Assim, borrachas sintéticas, plásticos e fibras sintéticas revolucionaram o desenvolvimento dos setores automotivos, eletroeletrônicos, têxteis, de embalagens, da medicina, etc. A importância dos polímeros como materiais disponíveis para a transformação tecnológica deste século é tal que não seria exagero considerar a hipótese que algum historiador no futuro venha a designar este período, cronologicamente, como a Idade dos Polímeros, em analogia às épocas anteriores. Para garantir que isto não seja nenhum absurdo basta imaginar como seria o atual estágio de desenvolvimento tecnológico se os polímeros sintéticos não fossem disponíveis. Certamente as características de materiais similares como madeira, papel, borracha natural e fibras naturais não seriam suficientes para suprir as necessidades.
Apesar dos materiais poliméricos terem revolucionado o desenvolvimento tecnológico deste século, seu surgimento, do ponto de vista científico, ocorreu na segunda metade do século passado. O termo polímero foi criado pelo famoso químico alemão J. Berzelius em 1832.(1) Na realidade Berzelius tentou criar um termo para diferenciar moléculas orgânicas que possuíam os mesmos elementos químicos, mas não necessariamente as mesmas propriedades químicas, como por exemplo os gases etileno e buteno. Inicialmente estas moléculas foram chamadas de isoméricas e posteriormente Berzelius esclareceu que as moléculas de buteno, possuindo 4 átomos de carbono e 8 átomos de hidrogênio, seriam o estado polimérico das moléculas de etileno, que em sua opinião possuíam 1 átomo de carbono e 2 átomos de hidrogênio. Assim, o termo polímero foi utilizado para representar as moléculas de buteno como sendo constituídas de muitas (poli) unidades(meros) de etileno. Vale a pena ressaltar que nesta época não se conhecia o conceito de macromoléculas, que só veio a ser estabelecido em meados do século XX através de Hermann Staudinger. Anos mais tarde, em 1866, P. E. M. Berthelot utilizou o termo polímero dentro do mesmo contexto de Berzelius, ou seja, acetileno poderia ser convertido em polímeros chamados benzeno e estireno através de aquecimento. O termo polímeros só veio a ser usado como é conhecido hoje após 1922. (4)
As primeiras experiências realizadas pelos cientistas do século passado com substâncias poliméricas envolviam polímeros naturais tais como borracha natural, amido, celulose e proteínas. Apesar da borracha natural ser menos abundante que a celulose e as proteínas, ela foi muito importante do ponto de vista histórico para a Ciência de Polímeros. As suas propriedades elásticas eram tão diferentes dos sólidos até então conhecidos que muitas pesquisas sobre a borracha natural foram realizadas por simples curiosidade. O próprio descobridor da América, Cristóvão Colombo, ficou intrigado com comportamento da borracha natural e escreveu para o rei da Espanha contando que havia observado uma brincadeira interessante entre os nativos do Haiti. Uma bola feita de uma resina que brotava de uma árvore, era jogada entre os nativos e pulava de um lado para outro com grande elasticidade. Em 1826 M. Faraday fez uma análise química elementar da borracha natural e encontrou uma razão em peso de 6,8 entre átomos de carbono e de hidrogênio(C/H). Hoje se sabe que esta relação é de 7,5. Em 1857 Lord Kelvin publicou um trabalho teórico analisando o comportamento de determinados sólidos sob efeitos térmicos. Foi relatado que uma tira de borracha da Índia, quando estirada rapidamente aquecia-se instantaneamente, ou melhor, fornecia calor para o ambiente, enquanto o processo reverso ocorria à medida que a tira retornava rapidamente ao seu tamanho original. Nesta mesma época Charles Goodyear conseguiu desenvolver o processo de vulcanização da borracha natural tornando possível o seu uso mais apropriado em aplicações onde a sua elasticidade fosse imprescindível.(2)
O início da indústria de polímeros ocorreu basicamente com o domínio da tecnologia de vulcanização da borracha natural. Este material já era utilizado em determinadas aplicações, mas suas características pegajosas com o aumento de temperatura e a inexistência do processo de vulcanização, limitavam em muito seu uso até então. Em 1844 Goodyear conseguiu patentear o seu processo de vulcanização na França, entretanto no mesmo ano, mais precisamente um mês antes, Thomas Hancock patenteou um processo semelhante de vulcanização na Inglaterra. Até hoje existe uma controvérsia sobre o verdadeiro inventor de tal processo. O impacto da descoberta do processo de vulcanização foi tal que o consumo de borracha natural em 1830, antes do desenvolvimento da vulcanização, era em torno de 25 toneladas passou para 6000 ton. em 1860. O consumo cresceu ainda mais com o advento de fabricação dos pneus e câmaras de ar a partir de 1912. A celulose foi também responsável pelo início da indústria de polímeros. A nitretação da celulose foi o passo inicial para transformar a celulose em material aplicável, entretanto a plastificação desde produto com cânfora expandiu o seu uso. Em 1870 os irmãos Hyatt patentearam o processo de plastificação do nitrato de celulose, cujo nome comercial passou a ser conhecido como celluloid. Inúmeras aplicações deste produto se iniciaram desde então tais como bolas de bilhar, dentaduras, escova de dente, pentes, bonecas etc. Em meados do século XX a celulose foi transformada em fibras têxteis através de um processo de regeneração de celulose conhecido como processoviscose. Até então a industrialização de polímeros havia se caracterizado pela modificação de polímeros naturais. Somente em 1907 Lord Baekeland patenteou o processo de síntese de um material polimérico essencialmente sintético, ou seja, a resina fenol-formaldeído conhecida popularmente como resina fenólica e comercialmente como resina Bakelite, em homenagem a seu inventor. O próprio Baekeland fundou duas empresas para produzir comercialmente esta nova resina sintética, ou seja, a Bakelit-Gesellschaft, na Alemanha, e a General Bakelite Company nos Estados Unidos da América.
Apesar da industrialização de polímeros ter se iniciado no final do século passado, o conhecimento específico sobre a Ciência de Polímeros era ainda muito incipiente. Não havia ainda uma consciência sobre a estrutura macromolecular dos polímeros. Somente em torno de 1920 um jovem pesquisador, Hermann Staudinger, professor de química orgânica do Instituto Federal de Tecnologia (ETH) em Zurique, decidiu dedicar a estudos de macromoléculas para compreender melhor o comportamento dos compostos orgânicos conhecidos até então como " high molecular compounds". A tese mencionada pela primeira vez em 1917 por Staudinger, na qual os compostos orgânicos como a borracha natural, a celulose e o amido possuíam cadeias poliméricas como moléculas, foi muito contestada pelos pesquisadores da época. Em 1922 Staudinger utilizou polímeros sintéticos tal como poliformaldeído, ou melhor, poli (óxido de metileno) para simular o comportamento das macromoléculas de amido. Sua contribuição tornou-se mais significativa quando previu que as moléculas poliméricas poderiam se cristalizar, mesmo possuindo elevados pesos moleculares. Mesmo mostrando evidências experimentais sobre as características moleculares das substâncias poliméricas, Staudinger foi, muitas vezes, severamente criticado por importantes pesquisadores da época. A importância do trabalho sobre o conceito de polímeros, realizado por Staudinger,só foi reconhecido muitos anos mais tarde quando recebeu o prêmio Nobel de Química em 1953.
O desenvolvimento de novas técnicas de caracterização nos anos que se seguiram, tais como Ultracentrifugação, Viscosimetria de Soluções e Espalhamento de Luz, puderam elucidar de uma forma mais convincente alguns aspectos sobre a Ciência de Polímeros. Possuindo uma melhor compreensão sobre as características moleculares dos polímeros, foi possível dominar as técnicas de polimerização. Este foi o ponto de partida para o surgimento de inúmeros novos tipos de polímeros, satisfazendo novas aplicações. Staudinger e Wallace H. Carothers foram os pioneiros no desenvolvimento das técnicas de polimerização. Carothers se dedicou mais especificamente ao estudo de policondensação, enquanto Staudinger se dedicou ao estudo sobre poliadição. Em 1928 Carothers foi contratado pela empresa DuPont para desenvolver pesquisas idealizadas e lideradas por ele mesmo, sem urgência de aplicação imediata. Carothers dedicou seus primeiros anos na DuPont estudando a síntese de poliésteres alifáticos. Mesmo desenvolvendo fibras destes poliésteres ele acabou desistindo da pesquisa pois a temperatura de fusão destes materiais era relativamente baixa. Simultaneamente Carothers estudou a síntese de poliamidas e, em 1935 anunciou o desenvolvimento da síntese do Nylon 6,6. Em 1934, J.P. Flory havia sido contratado para trabalhar como membro da equipe liderada por Carothers. Poucos anos mais tarde, em 1937, Carothers comete suicídio. Apesar da perda a DuPont prossegue suas pesquisas e em 1938 anuncia no New York Times o desenvolvimento de fibras têxteis de Nylon 6,6, como a fibra de seda sintética. A importância do trabalho de Carothers sobre a síntese de poliésteres só foi reconhecida quando em 1946 J.R. Whinfield anunciou que a condensação de etileno glicol e ácido tereftálico proporcionava um poliéster aromático com elevada temperatura de fusão, ou seja, o PET, que poderia ser utilizado como fibra têxtil. Outro trabalho importante na área de policondensação foi realizado por O. Bayer que em 1947 anunciou a síntese do poliuretano elastômero constituído de blocos rígidos e macios. A caracterização deste polímero apresentou novas perspectivas para a melhor compreensão de morfologias e microestruturas de borrachas termoplásticas.
O trabalho de Staudinger sobre o conceito de polímeros quase sempre se referia a substâncias de elevado peso molecular que, na sua opinião, não poderiam ser produzidas por policondensação. Esta é a principal razão pela qual ele não se interessou por este tipo de polimerização. Seus estudos tiveram como ênfase a poliadição e em 1929 publicou detalhes importantes sobre a polimerização de poliestireno. Staudinger chegou à conclusão que os monômeros deveriam atingir um estado de ativação energético para iniciar o crescimento da cadeia polimérica, ou seja, foi descoberta a importância do uso de iniciadores na síntese através da poliadição. Em 1934, Karl Ziegler publica um artigo utilizando o iniciador lítio butílico para polimerizar butadieno, ou seja, um composto organo-metálico como iniciador. Este advento foi o início do desenvolvimento de catalisadores estéreo-específicos para a síntese de poliolefinas tais como polietileno, polipropileno, etc. O fato pitoresco sobre a descoberta iniciada por Ziegler é que ele não estava interessado em sintetizar polímeros, mas sim compostos organo-metálicos. Ao tentar realizar a reação entre trietil alumínio e hidreto de lítio para produzir tetra etil-lítio-alumínio, utilizou etileno como catalisador e quase que por acidente proporcionou a polimerização do etileno em baixas pressões. Em 1954, G. Natta, em parceria com a empresa Montecatini, tenta usar o mesmo tipo de catalisador para polimerizar propileno. Em 1963, Natta divide o prêmio Nobel de química com Ziegler pela importante contribuição no desenvolvimento de catalisadores estéreo-específicos para sintetizar poliolefinas, os conhecidos catalisadores do tipo Ziegler-Natta.
As décadas de 20 e 30 foram extremamente importantes para o estabelecimento dos conceitos básicos sobre Ciência de Polímeros através da participação de Staudinger, Carothers, Flory e outros. As décadas seguintes de 40, 50 e 60 foram igualmente importantes para o desenvolvimento tecnológico da síntese de novos polímeros. Em 1960 surgem vários periódicos especializados em polímeros entre eles Journal of Polymer Science, Makromolekulare Chemie e Polymer. Desde então vários outros periódicos especializados surgiram na comunidade a saber Journal of Polymer Engineering and Science (1961), European Polymer Journal (1965), Journal of Macromolecular Science (1967), Macromolecules (1968) e outros. O avanço científico e tecnológico na área de polímeros teve seu reconhecimento através da concessão de vários prêmios Nobel na área de química entre eles Staudinger (1953), Ziegler e Natta (1963), Flory (1974) e Merrifield (1984) na área de biopolímeros. Outros pesquisadores de vanguarda que contribuíram destacadamente para a área de polímeros são Hermann Mark, H. W. Melville, J. D. Ferry, C. S. Marvel, W. Kuhn, G.V. Schulz e o pioneiro W. H. Carothers.
Pode-se considerar a história da Ciência e Tecnologia de Polímeros bastante recente, principalmente se comparada com a dos materiais tradicionais como metais e cerâmicas. Muitos desafios encontram-se em andamento nas áreas de C&T de polímeros, principalmente o desenvolvimento de propriedades que venham a ampliar sua aplicação em diversos campos tecnológicos. Assim, existem esperanças que o polímero intrinsecamente condutor elétrico venha a revolucionar a tecnologia de veículos movidos por baterias elétricas. Da mesma maneira as indústrias automotivas, eletro-eletrônicas e de embalagens continuam a substituição de materiais tradicionais por materiais poliméricos desenvolvidos com novas propriedades desejadas. Os profissionais que hoje atuam nos vários setores de polímeros certamente têm observado que o surgimento de polímeros sintéticos nas primeiras décadas deste século contribuiu em muito para a revolução tecnológica pela qual passamos atualmente. Para descobrir um material artificial que substituísse o marfim, preciosidade extraída dos elefantes que ameaçava a espécie, para fabricação de bolas de bilhar, a partir disso começou um estudo e descobriu o primeiro plástico comercializável da história chamado de celuloide que começou a substituir a borracha na indústria. 
Depois de Alexander Parkes e John Wesley Hyatt, um terceiro homem ganharia o título de pai da indústria do plástico, o sr. Leo Hendrik Baekeland que criou a resina sintética chamada baquelite e fundou a General Bakelite Corp. Em 1909 para a produção industrial da sua invenção. A baquelite evolucionou o mundo substituindo diversos materiais naturais oriundos de animais, sendo empregado para produção de materiais elétricos, telefones, pentes, manivelas e outros muitos produtos que até hoje continuam sendo produzidos com essa substância. (2)
Reciclagem do Plástico
O material plástico estão cada vez mais ganhando mercado e presente no nosso dia a dia além de serem materiais com custo baixo, são mais resistentes e fáceis de moldar, além disso, ainda há possibilidade de reciclar a maioria desses materiais. Os plásticos são materiais sintéticos, derivados de petróleo e formados pela união de grandes cadeias de polímeros. 
A partir da aplicação dos artefatos plásticos em quase todos os setores da economia, tais como: agrícola, de calçados, móveis, alimentos, têxtil, telecomunicações, lazer, automobilístico, eletroeletrônicos, médico hospitalar, distribuição de energia, e principalmente na construção civil, que é o estudo em questão, cresceu de forma acelerada, gerando grande quantidade de resíduos plásticos. Em consequência, veio a preocupação com o descarte no meio ambiente. 
Uma das maiores complicações deste material é a concentração de grandes volumes em aterros sanitários, dificultando a compactação e a decomposição de materiais biologicamente degradáveis,pelo fato de criarem camadas impermeáveis que implicam nas trocas de líquidos e gases gerados no processo de biodegradação da matéria orgânica. Em contrapartida, a reciclagem é considerada uma alternativa de minimizar o descarte de centenas de toneladas de plásticos no meio ambiente. 
Voltados para construção civil, é de extrema importância que sejam aplicadas ações para redução dos impactos ambientais gerados pelo descarte de resíduos. De acordo com o Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, foi estabelecida a Resolução 307, criada em julho de 2002, (5) que direciona se critérios, diretrizes e procedimentos à gestão de resíduos da construção civil, além de disciplinar as ações necessárias de forma a minimizar os impactos ambientais. 
A Resolução 307 cita, resíduos da construção civil são provenientes de construções, reformas, reparos e demolições, oriundos de obras, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos, cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha. 
De acordo com a Resolução 307, artigo 10, há definições de termos relacionados à gestão de resíduos da construção, e classificações para as classes de resíduos, tais como: Classe A (Reutilizáveis ou recicláveis como agregados); Classe B (Recicláveis para outras destinações); Classe C (Sem tecnologia viável economicamente para reciclagem ou recuperação); Classe D (Resíduos perigosos oriundos do processo da construção). Em estudo, vale salientar a Classe B, denominados como resíduos reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas de armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir sua utilização ou reciclagem futura. Tais como: plásticos, papelões, metais, vidros, madeiras e outros. 
Outro fator predominante e obrigatório, é a aplicação do Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC), pelos geradores de resíduos, e apresentado ao órgão municipal competente para aprovação, o projeto contempla os procedimentos necessários para o manejo e destinação ambientalmente adequados dos resíduos, cujo gráfico 1 destaca algumas etapas:
• Caracterização: nesta etapa o gerador deverá identificar e quantificar os resíduos; 
• Triagem: deverá ser realizada, preferencialmente, pelo gerador na origem, ou ser realizada nas áreas de destinação licenciadas para essa finalidade, respeitadas as classes de resíduos; 
• Acondicionamento: o gerador deverá garantir o confinamento dos resíduos após a geração até a etapa de transporte, assegurando em todos os casos em que seja possível, as condições de reutilização e de reciclagem; 
• Transporte: deverá ser realizado em conformidade com as etapas anteriores e de acordo com as normas técnicas vigentes para o transporte de resíduos; e 
• Destinação: deverá ser prevista de acordo com a classificação de cada resíduo. 
Os símbolos dividem os tipos de plásticos que são impressos nas embalagens ou rótulos dos produtos que ajuda na hora da reciclagem 
De acordo com a Pesquisa realizada pela CEMPRE, “1227 municípios brasileiros (cerca de 22% do total) operam programas de coleta seletiva” (cempre.org.br, 2018)
Fonte: cempre.org.br
Regionalização
De acordo com os dados fornecidos pela pesquisa realizada pela Cempre, podemos verificar que a concentração dos programas municipais de coleta seletiva permanece nas regiões Sudeste e Sul do País, 87% está situado nessas regiões.
Fonte: cempre.org.br
População Atendida
Cerca de 35 milhões de brasileiros (17%) têm acesso a programas municipais de coleta seletiva.
Fonte: cempre.org.br
Modelos de Coleta Seletiva
De acordo com o a pesquisa realizada os programas de maior êxito são aqueles em que há uma combinação dos modelos de coleta seletiva:
“A maior parte dos municípios realiza a coleta por meio de: Porta a porta (80%) PEVs (45%) e Cooperativas (61%);
Muitos utilizam a combinação de dois ou três modelos.” (cempre.org.br, 2018)
Fonte: cempre.org.br
Os municípios podem ter mais de um agente executor da coleta seletiva.
A coleta seletiva dos resíduos sólidos municipais é feita pela própria Prefeitura em 39% das cidades pesquisadas; Empresas particulares são contratadas para executar a coleta em 36%; E metade (50%) apoia ou mantém cooperativas de catadores como agentes executores da coleta seletiva municipal.
“O apoio às cooperativas está baseado em: maquinários, galpões de triagem, ajudas de custos com água e energia elétrica, caminhões (incluindo combustível), capacitações e investimento em divulgação e educação ambiental.” (cempre.org.br, 2018)
Fonte: cempre.org.br
“Obs: Na pesquisa 2018 ficou evidenciado o crescimento da participação dos catadores organizados em associações e/ou cooperativas.” (cempre.org.br, 2018)
Custo
De acordo com a pesquisa realizada pelo Cempre,
” O custo médio da coleta seletiva nas cidades pesquisadas foi de US$ 117,93 (ou R$ 442,24) * por tonelada.
Considerando o valor médio da coleta regular de lixo US$ 25,00 (R$ 95,00), o custo da coleta seletiva é 4,6 vezes maior que o custo da coleta convencional. *US$ 1,00 = R$ 3,80” (cempre.org.br, 2018)
Fonte: cempre.org.br
Composição Gravimétrica
 	Os itens papel/papelão continuam sendo os tipos de materiais recicláveis mais coletados por sistemas municipais de coleta seletiva (em peso), seguidos dos plásticos em geral, vidros, metais e embalagens longa vida. A porcentagem de rejeito ainda é elevada (cerca de 24%). Faz-se necessário investir em comunicação para que a população separe o lixo corretamente.
Fonte: cempre.org.br
O Gráfico 3 mostra a porcentagem coletada para cada tipo de plástico, e que quase a metade (42%) de todo plástico coletado é PET.
Fonte: abiplast.com.br
Produção e setores consumidores do plástico 
O Brasil em 2015 produziu 6,3 milhões de toneladas de resinas termoplásticas, muito menos se comparado com a China que foi o país que mais produziu resina cerca de 67,6 milhões de toneladas, o mundo inteiro no ano fez aproximadamente 260 milhões.
Fonte: abiplast.com.br
O plástico mais produzido no Brasil é PP (polipropileno) com 21,9% em 2016, conforme o ABIPLAST (Associação Brasileira Da Indústria Do Plástico), o EPS (poliestireno expandido) é apenas 2,3%, a mesma quantidade que era em 2015.
Fonte: abiplast.com.br
No Brasil o setor que mais consome plástico é a construção civil, com 26%, em seguida vem o setor de alimentos com 19% e os automóveis e autopeças com 12 %.
Fonte: abiplast.com.br
Os plásticos na construção civil são mais utilizados tubos, conexões, isolações acústicos e térmicos. Agora está sendo muito usado materiais para a redução de concreto assim diminuindo o seu peso estrutural, melhorando as características de segurança e resistência das construções.
Oficina de reciclagem do plástico (Foto: http://www.elobservatoriodeltrabajo.org)
Algumas contribuições ambientais do plástico
Nos dias de hoje, com a conscientização a respeito da reciclagem tomando cada vez mais corpo na sociedade, falar nos benefícios e impacto do plástico no meio ambiente é mais fácil. Em termos de embalagens, o plástico é imbatível, ao proteger a comida, a embalagem preserva todos os recursos naturais e esforços humanos investidos na sua fabricação, que são desperdiçados quando o produto estraga.  A Plastics Europe, associação dos fabricantes europeus de plásticos, estima que o uso de embalagens, em geral, pode reduzir as perdas de alimentos em 20%, e se essas embalagens forem plásticas, podem diminuir em 30% esse desperdício.
O plástico também trouxe uma certa economia ao meio ambiente. Um exemplo é a indústria automobilística. Os carros antigos contavam com muitos equipamentos metálicos, pesadíssimos. Com o alastramento dos materiais plásticos, eles chegaram ao mercado de autopeças para compor os novos automóveis. Resultado: os carros ficaram mais leves e o custo com combustível diminuiusensivelmente, amenizando as emissões de gases de efeito estufa.
Em outras situações também é possível constatar algum benefício ambiental. Exemplos: o isolamento térmico de determinados materiais reduz o consumo de energia; em aterros sanitários, lonas plásticas são usadas para impermeabilizar os lençóis freáticos, evitando sua contaminação; filmes plásticos proporcionam melhores rendimentos em certos tipos de culturas agrícolas; a instalação de coleta de água alimentada por tubos plásticos em locais de difícil acesso só se dá devido a essa tecnologia.
O plástico na construção civil
O plástico está presente em cada aspecto da construção civil. É só observarmos cada elemento de uma casa: telhas, calhas, forro de telhado, sistema de ventilação, janelas, fachadas, revestimentos, pisos, sistemas de hidráulica, caixa d´água. Além da parte estrutural, é nítida a contribuição do plástico para o design de móveis e objetos e para o conforto em colchões e estofados.
Não é à toa que o material conquistou esse setor da indústria e vem se tornando essencial pois só o plástico tem propriedades tão vantajosas para vários tipos de utilização.
Os plásticos são ideais para aplicações como encaixes e vedações de janelas e tubulações, com longa durabilidade e alta resistência. Suas propriedades anticorrosivas proporcionam uma vida útil que pode chegar a mais de 100 anos para tubos e 50 anos para cabos subterrâneos e exteriores.
O plástico possui ótimas propriedades de isolamento térmico e acústico. Por isso, ajuda a economizar energia e diminui a poluição sonora.
Plásticos são leves e, por isso, mais fáceis de transportar, armazenar e manusear, ajudando na redução de CO2 emitido na atmosfera.
Graças ao seu baixo peso e versatilidade, o plástico é um material de fácil instalação, operação e manutenção. Um exemplo dessa característica são os tubos flexíveis que são capazes de acompanhar a topografia de um terreno.
O plástico é um material de fácil limpeza e tem a vantagem de ser impermeável, portanto, é ideal para superfícies domésticas ou hospitalares onde os pisos devem permanecer limpos para garantir a higiene, com fácil manutenção.
Evitam a infiltração em obras de infraestrutura ambientais como as geomembranas, que protegem o solo de contaminações. Além disso, permitem soluções para transporte e armazenamento de água, como tubulações e cisternas.
Por serem mais resistentes e duráveis, os produtos plásticos, quando comparados a materiais tradicionais, não enferrujam e resultam em ganho de produtividade na obra, pois demandam menos manutenção na fase de operação.
Para o meio ambiente, a leveza dos materiais melhora a logística, reduzindo a emissão de gases de efeito estufa. Sua elevada durabilidade, a possibilidade de reuso e a facilidade de reciclagem, evitam a extração de novas matérias-primas e a geração de resíduos. Produtos já coloridos e tubulações com emenda por juntas elásticas ou termofusão, por exemplo, ajudam a reduzir a necessidade do uso de tintas e colas e, consequentemente, economizam recursos.
Nas últimas décadas, os plásticos têm inspirado arquitetos a projetar edifícios com formas, conceitos e dimensões inteligentes. Como suas propriedades são constantemente aperfeiçoadas, contribuem para redução de custos e maior eficiência energética, tornando os edifícios mais sustentáveis e seguros.
Abaixo algumas resinas e suas aplicações:
EPS (Poliestireno expandido)
Não é de hoje que o EPS responde por soluções eficazes no setor da construção civil. Sua homogeneidade estrutural, resistência ao fogo e à quebra, baixo custo, leveza e isolamento térmico e acústico, o tornam especialmente interessante para este setor. Exemplos de aplicações: lajes, isolamento de paredes e concreto leve.
PVC (Cloreto de polivinila ou Policloreto de vinila)
O PVC possui grande importância devido à sua versatilidade, ou seja, com a adição de aditivos como plastificantes, lubrificantes, estabilizantes, pigmentos e corantes, cargas entre outros aditivos, é possível obter uma infinidade de “grades” com propriedades muito diferentes para diversas aplicações. É muito utilizado em tubos e conexões, eletrodutos, recobrimento de fios e cabos, forração, revestimento de pisos, esquadrias e janelas, telhas, etc. A escolha das telhas de PVC pelo setor deve-se à sua leveza e rapidez na instalação, viabilizando a obra em estruturas metálicas. Já os forros de PVC são muito úteis para as escolas, levando em consideração a agilidade na montagem e desmontagem, o que facilita a manutenção sem perder a qualidade.
Poliamida
As poliamidas são polímeros cristalinos com alta rigidez, alto ponto de fusão e alta resistência química, muito utilizados em aplicações técnicas. O aço foi o único material utilizado para condutores de gás de média pressão durante muitas décadas, contudo, em 2012, pela primeira vez tornou-se comercialmente possível substituir o aço por poliamida 12. 
Diversos exemplos de produtos plásticos 
Há uma gama muito grande de produtos plásticos, alguns são mais comuns ao mercado e outros nem tanto, portanto como a diversidade de produtos é muito extensa, apenas alguns serão listados, sendo assim foram separados em subcategorias da construção civil (estrutura, canteiro de obras, arquitetura, drenagem, elétrica/gás/telecomunicação, hidros sanitários e indústria): 
a) Estrutura: 
Acessórios para ferragem; 
Cordoalha engraxada; 
Fôrma para laje nervurada e plana; 
Geomanta; 
Geomembrana; 
Macrofibra e microfibra para reforço de concreto; 
Tela para reforço de taludes e concreto. 
b) Canteiro de Obras: 
Capacetes; 
Grades móveis;
Mantas para proteção de pisos; 
Pisos portáteis; 
Tela de proteção de fachada; 
Tela tapume e tela de sinalização. 
c) Arquitetura: 
Esquadria; 
Forro; 
Grelha para caixas e ralos; 
Jardim vertical; 
Manta para conforto acústico de pisos; 
Piscinas; 
Piso vinílico; 
Pisos elevados; 
Porta sanfonada; 
Revestimento de fachadas; 
Rodapé; 
Toldos e lonas. 
d) Drenagem: 
Tubos corrugados de grande diâmetro autoportantes; 
Tubos corrugados para drenagem. 
e) Elétrica/gás/telecomunicações: 
Canaletas; 
Eletrodutos; 
Fios e cabos para energia e telecom; 
Isolantes térmicos flexíveis para sistemas de ar-condicionado; 
Manta para isolamento térmico de dutos para ar-condicionado; 
Proteção de fios e cabos; 
Quadros de distribuição; 
Tubos para redes de gás. 
f) Hidros sanitários: 
Caixas d'água; 
Calha; 
Cisterna; 
Fossa séptica;
Sifão tubo extensivo;
Sistema de retenção e detenção de águas pluviais; 
Tubos de PE AD para adução e distribuição de água; 
Tubos de PE AD e PVC para redes de coleta de esgoto; 
Tubos para redes de adução de água e esgoto pressurizadas; 
Tubos para redes de água e esgoto. 
g) Indústria: 
Estação de tratamento de água; 
Estação de tratamento de efluentes; 
Estação de tratamento de esgoto; 
Separador de água e óleo; 
Tanques industriais. 
Nem todos os produtos são fabricados a partir de material reciclado e alguns são de difícil reciclagem, mas só seu simples uso já reduz ou elimina a extração de matéria-prima, como a madeira, além de possuírem as qualidades já mencionadas anteriormente. Portanto ajudando o homem na caminhada da evolução, sendo economicamente viável sem agredir o meio ambiente.
Diversidade de produtos já atuantes no mercado da construção civil
A seguir alguns exemplos de produtos, aprimorados, comum, inovadores aplicados na construção civil.
Produto aprimorado: tanques reservatórios de água.
Fonte: Fortlev.com.br
a) Descrição:
Exemplo de produto aprimorado: esses reservatórios de água em polietileno projetados para armazenar grandes volumes sem fissurar ou verter. Substituem tanques de fibra de vidro. 30
b) Local de Aplicação: 
Canteiros de obras e reservatórios intermediários em edificações. 
c) Benefícios: 
Mais leves, resistentes e atóxicos: substituem reservatórios de fibrocimento e fibra de vidro. 
Facilidade de instalação: leveza para o transporte e movimentação. 
Durabilidade aos raios UV. 
Resistência ao impacto: não trincam com facilidade. 
Possuemum Programa Setorial de Qualidade – PBQP-H. 
d) Contribuição Ambiental: 
100% recicláveis. 
Não proliferação de algas e micro-organismos. 
Atóxicos: sem monômeros residuais. 
Substituem o uso de produtos com amianto. 
Projetos que consideram o aproveitamento da água de chuva e/ou o reuso de águas cinzas tratadas para irrigação e/ou descargas.
Comum: Laje treliçada (enchimento em EPS)
Fonte: www.lajesjundiai.com.br
a) Descrição: Exemplo de produtos comuns ao mercado do brasileiro, esta alternativa é comumente utilizada em todas as regiões país, entrou em uso para substituir diversos tipos de lajes, principalmente a laje maciça. 
As vigotas pré-moldadas já chegam prontas, são feitas de concreto com armação treliçada e aço adicional quando necessário. O material de enchimento é o EPS (substituto das lajotas), sendo fundamental para os aspectos positivos do produto. 27 
b) Benefícios: 
Agilidade construtiva: economiza recursos e mão de obra; 
Isolamento acústico e térmico, razoável; 
Peso próprio reduzido, contribuindo com a redução de cargas nas estruturas e fundação. 
c) Contribuição Ambiental: 
Atóxicos: sem monômeros residuais; 
Conteúdo de EPS 100% reciclável; 
Redução do uso de formas de madeira.
Inovações: Madeira plástica
a) Descrição: 
Exemplo de inovação (novos produtos): Essa tecnologia pode ser fabricada em 3 materiais diferentes: 
Madeira Plástica
Fonte: ecopex.com.br
Madeira plástica ecológica: Material composto por 100% de plásticos reciclados dos mais diversos. Em síntese resíduos plásticos industriais ou residenciais.
Madeira sintética PVC
Fonte: ecopex.com.br
PVC: Material primordialmente composto de PVC virgem. O produto pode ser considerado sustentável uma vez que evita a utilização de madeira natural. O material é inegavelmente bastante resistente, visto que o PVC utilizado em sua composição é de origem virgem.
Madeira Ecológica WPC
Fonte: ecopex.com.br
Madeira ecológica WPC: Material composto sobretudo com 70% de madeira reciclada e 30% de plástico reciclado. A madeira ecológica surge ao propósito de plastificar a madeira. Ao mesmo tempo que sua nanotecnologia traz maior durabilidade e resistência ao material.
Madeira Plástica Maciça
Fonte: ecopex.com.br
Madeira plástica maciça: Material composto em suma com plásticos 100% reciclados. Ou seja, os produtos são em grande maioria proveniente de aparas e plásticos em geral. Em contrapartida, o material é maciço, com diversos tipos de formatos, cores e acabamentos. Seu manuseio é decerto o mais fácil entre os perfis plásticos e ecológicos.
b) Local de Aplicação: 
Decks, fachadas, bancos, lixeira, pergolados, cercas, playgrounds, placas e chapas, pisos, escadas, porões e outros 
c) Benefícios: 
Agilidade construtiva: economiza recursos e mão de obra. 
Impermeável: não absorve humidade 
Resistência: Mais resistente a condições climáticas, cupins pragas e roedores, impactos e compressão. 
Longa durabilidade 
Diferentes acabamentos, dependendo da necessidade do cliente. 
d) Contribuição Ambiental: 
Atóxicos: sem monômeros residuais. 
Conteúdo 100% reciclado 
Não necessitam pintura: ajudam no controle de fontes emissoras de composto orgânico volátil 
Evita o desperdício de materiais: reduz a necessidade de extração de matéria-prima.
Inovações: painéis em EPS treliçados.
Fonte: www.teknolajes.com.br
a) Descrição: Exemplo de inovação (novos produtos): O painel em EPS treliçado, foi desenvolvido para substituir qualquer tipo de lajes com armadura passiva encontradas no mercado atual, sendo uma forma perdida para execução de laje nervurada com seção “T”, utiliza EPS de alta densidade reforçado internamente com duas treliças de aço, formando um painel de EPS armado autoportante leve e resistente, feito sob medida, suportando a carga de pisoteio durante toda montagem da laje, assim como o lançamento do concreto na fase de concretagem. Possuindo necessidade de uma linha de escora a cada dois metros, facilidade de manuseio, leveza e resistência, proporcionam ao produto muitas vantagens técnicas, ambientais e econômicas.
b) Benefícios: 
Agilidade construtiva: economiza recursos e mão de obra; 
Menor utilização de escoramento: uma linha de escora a cada 2 metros; 
Redução de consumo de concreto, aço e madeira; 
Menor tempo de execução: até 60%; 
Isolamento acústico e térmico, alto; 
Impermeável: não absorve humidade. 
c) Contribuição Ambiental: 
Atóxicos: sem monômeros residuais; 
Canteiro de obras limpo: menos sucata, feito sob medida, reduz a geração de resíduos. 
Conteúdo 100% reciclável; 
Redução de consumo de madeira (formas); 
A fábrica adota o sistema sucata zero: reaproveita e recicla todos os materiais usados no processo de produção. 
Evita o desperdício de materiais: reduz a necessidade de extração de matéria-prima. 
 Inovações: Madeira plástica 
Imagem 3 - Madeira plástica 
Fonte: Ecopex.com 
a) Descrição: 
Exemplo de inovação (novos produtos): Essa tecnologia pode ser fabricada em 3 materiais diferentes: 
Madeira plástica ecológica: é totalmente composto por plástico, provenientes da por resíduos reciclados (indústria e residência) 
PVC: origem virgem, sendo um produto não oriundo da reciclagem, porém sua vantagem ecológica se dá pelo fato do não uso da madeira 
Madeira ecológica
Estudo comparativo
O empreendimento é composto por Módulo Central, Centro de Eventos, casa do gerador, guarita e lanchonete, porém para este estudo só será verificado a aplicação do material Teknolajes no pavimento térreo do Módulo central, que é dividido em bloco A, bloco B e bloco C (Figura 1) e subdividido em fundação, pavimento térreo e cobertura. 
A estrutura da edificação é em concreto armado com fechamento em alvenaria e revestida com material cimentício, coberta por uma estrutura metálica. A fundação foi executada com vigas baldrame, blocos de coroamento e estacas pré-moldadas tipo estrela ETR298 de 19 e 46 toneladas força. 
Portanto, a partir deste momento, este documento irá relatar apenas aspectos referentes ao pavimento térreo do Modulo Central.
 
Estudo comparativo realizado pela empresa Teknolajes, onde a mesma faz uma comparação econômica entre a utilização da laje convencional e a laje que se utiliza o painel em EPS com Treliça de aço embutida.
“Para melhor analise, foram desenvolvidos os gráficos comparativos entre o método original (ProEst), que utiliza laje treliçada h=12 cm com material de enchimento em EPS, e vãos próximos a 1 metro utilizando vigas principais e secundárias, e o método Teknolajes, que utiliza painéis em EPS de alta densidade, com altura h=16+4 cm, eliminando as vigas secundarias e aumentando os vãos para 4,8m, viabilizando um menor consumo de concreto, aço, formas, escoras, mão-de-obra, maior rapidez e facilidade de montagem. Algumas destas vantagens podem ser observadas nos itens 8.8.1 e 8.8.2.” (Raymundo, 2017)
O pavimento térreo do Modulo Central, possui as seguintes características: 
Áreas: Bloco A = 630 m², Bloco B = 710 m² e Bloco C = 980 m². 
Sobrecargas: acidental = 300 kgf/m² e permanente = 200 Kgf/m².
 Figura 1: esquema de posicionamento dos blocos A, B e C
 Fonte: RAYMUNDO, 2017
Dados quantitativos
Os dados quantitativos foram apurados a partir da coleta de informações contidas no projeto, conforme verificado na tabela 1, 2, 3 e o quantitativo total na tabela 4.
 
 
PROJETO ALTERNATIVO (Teknolajes)
A estrutura é formada pelo conjunto de pilares, vigas e lajes, em concreto armado. 
Nesta alternativa os projetos foram desmembrados em três projetos distintos, sendo um projeto para cada módulo. 
Os pilares possuem seção predominante de 20x50 cm, nomeados como PA (bloco A) PB (bloco B) e PC (bloco C). 
As vigas numeradas em ordem crescente com prefixo “V” (V1, V2, V3...) e recontadas em cada módulo, com seção predominante de 20x60 cm. Diferente do projeto original, já não há mais vigas secundárias, ficando somente as vigas principais. 
A laje compainéis Teknolajes, altura h=16+4cm (as lajes N1, N2 e N9 do bloco C, possuem altura h=24+4) e entre-eixos de 60 cm (figura 5), foi adotada para a composição da estrutura das lajes, denominadas com prefixo “N” (N1, N2, N3...) e recontadas em cada módulo, apoiadas sobre as vigas principais, com vãos de aproximadamente 4,80 m (figura 2, 3 e 4). Possuindo sentido unidirecional e nervuras de travamento transversal ao sentido da laje.
 Figura 2: planta bloco A
 
 Figura 3: planta bloco B
 Figura 4: Planta bloco C
Dados quantitativos
Os dados quantitativos foram apurados a partir do projeto desenvolvido pela equipe técnica da Teknolajes, conforme tabela 5, 6, 7 e quantitativo total na tabela 8.
 
 Fonte: RAYMUNDO, 2017
 Fonte: RAYMUNDO, 2017
 Fonte: RAYMUNDO, 2017
 Fonte: RAYMUNDO, 2017
 
 Foto 5: fase de instalação dos painéis Teknolajes e armação da laje
 Fonte: RAYMUNDO, 2017
 
 Foto 6: fase de concretagem da laje
 Fonte: RAYMUNDO, 2017
Correlação consumo de material entre os dois métodos
Fonte: RAYMUNDO, 2017
Fonte: Raymundo, 2017
Fonte: Raymundo, 2017
Fonte: Raymundo, 2017
“Percebe-se que ao utilizarmos a alternativa Teknolajes, há uma notória diferença ao consumo de matérias (aço, concreto, formas e escoramento), fincando constatado as seguintes reduções no consumo de: 
Redução de 25% de Concreto, totalizando uma economia de 90 m³; 
Redução de 10% de Aço, totalizando uma economia de 2363 Kg; 
Redução de 57% de Formas, totalizando uma economia de 1461 m² e 
Redução de 27% de Escoras, totalizando uma economia de 410 m.” (RAYMUNDO, 2017)
Correlação entre custos diretos
“Para a obtenção das informações relativas a custos, foram verificados os valores de materiais através de pesquisas em mercado, e os valores de mão-de-obra foram obtidos por meio da Construtora Contarpp Engenharia Ltda, conforme tabela 9.” (Raymundo, 2017) 
Fonte: Raymundo, 2017
Fonte: Raymundo, 2017
Fonte: Raymundo, 2017
Fonte: Raymundo, 2017
Fonte: Raymundo, 2017
“Ao compararmos os produtos com base em valores monetários o produto Teknolajes custa 115% a mais, se com parado com a vigota treliçada, porém gera economia em todos os outros insumos e consequentemente na mão-de-obra, sendo assim uma economia de:
Redução de 25% de Concreto, totalizando uma economia de R$ 24.066,00;
Redução de 10% de Aço, totalizando uma economia de R$ 16.255,00;
Redução de 57% de Formas, totalizando uma economia de R$ 52.581,00 m² e
Redução de 27% de Escoras, totalizando uma economia de R$ 9.092,00 m.
O produto Teknolajes teve um custo inicial de R$ 69.570,00 (115%) a mais que o concorrente, porém observa-se que os valores economizados com o menor consumo de outros materiais e mão-de-obra acarretaram em um menor custo direto final, sendo este de 7%, totalizando uma economia de R$ 32.423,00.” (Raymundo, 2017).
8.8.6 madeira plástica vs madeira convencional
A madeira sintética mais conhecida como "madeira plástica" trouxe uma grande
inovação para a construção civil, sua composição varia dependendo da sua finalidade,
basicamente é composta por termoplásticos (polipropileno,polietileno e policloreto de vinila) e
fibras orgânicas descartadas por industrias.
conforme a demanda por materiais pré moldados e mais fáceis de serem transportados
e montados aumenta-se, a madeira plástica vem ganhando seu lugar na engenharia, por se
tratar de um produto super leve e, ás vezes, até mais durável e resistente que a própria madeira
convencional não sofrendo tanto com a ação do tempo, pois não fende e não são atacada por
cupins, fungo e roedores, também não correm o risco de apodrecer por se tratar de um material
impermeável. Sua aplicação abrange os mais variados usos, como por exemplo: Decks, fachadas,
móveis, pisos e até casas.
 figura 4 - Frente de uma casa construída com madeira plástica
 fonte: woodplas
 
 figura 5 - Parte interna de uma casa construída de madeira plástica
 
 fonte: woodplas
8.8.7 Sustentabilidade
No quesito sustentabilidade a madeira plástica traz um grande alívio ao meio ambiente , por ser um material reciclado é também 100% reciclável. A cada 200 mil sacolinhas plásticas é possivel produzir 700 mil kg de madeira plástica preservando assim uma arvore adulta de grande porte. Ou a cada 25M2 de madeira plástica é possível reciclar 600kg de plástico impedindo assim uma árvore de médio porte de ser derrubada como se pode ver na figura abaixo.
 fonte: Rewood
A madeira convencional traz um grande impacto ambiental sendo necessário desmatar florestas para obté-la, degradando assim o meio ambiente, e o gasto com manutenção é bem grande pois exige-se que a mesma seja lixada e invernizada para não sofrer tanto com a ação do tempo.
8.8.8 Preço
Em relação ao preço inicial a madeira plástica é em média 30% superior a madeira convencional, mas em compensação a longo prazo a madeira plástica é rapidamente compensada pela ausência de gastos com manutenção.
 fonte: sustentarqui
logo abaixo é possível ver outro exemplo comparando à madeira plástica da empresa (Rewood) com a madeira convencional(Ypê ou Cumaru). o que se nota é que no investimento inicial o preço da madeira plástica sai na frente com um valor aproximado de 45% superior, porém na 3ª manutenção a madeira plástica começa à se sair melhor em relação ao preço
Considerações Finais 
Conclui-se que a madeira plástica é uma ótima alternativa tanto para se reduzir a utilização de recursos naturais como também se sair melhor em relação a preço, mesmo tendo valor superior a convencional seu custo de manutenção é 0 tornando-se mais viável a longo prazo. Porém atualmente sua aplicação se limita a acabamentos pequenas construções não podendo ser utilizada em grandes estruturas por se tratar de um material um pouco mais frágil que a madeira convencional. Verificamos que a utilização de polímero na construção civil está em andamento a passos largos devido à grande necessidade da preservação do meio ambiente, o setor da construção civil utiliza até 75% dos recursos naturais e por esse motivo as Inovações tecnológicas estão cada vez mais contribuindo com o meio ambiente e ao mesmo tempo auxiliando com a reciclagem desses materiais plásticos, onde foi visto que o Brasil e o mundo ainda reciclam muito pouco comparado ao que se é produzido. A qualidade do plástico já foi comprovada em diversos estudos, e sua capacidade de evolução está cada vez mais evidente, para onde olhamos encontramos o polímero, ele está presente em todos os lugares por onde o homem passa. Seja no ramo de alimentos, agricultura, automobilístico, construção civil etc., o polimero surgiu para preservar nossas riquezas naturais e ser tecnicamente eficiente. Não basta ser ecologicamente ou economicamente viável, qualquer produto que pretenda entrar na briga pela conquista de consumidores, deve conciliar os dois aspectos, para que eles andem em conjunto e provem que ser “verde” é rentável.Materiais inovadores como a placa em EPS com as treliças embutidas nos dá uma noção através do estudo comparativo enviado pela empresa Teknolajes nos mostra Consequentemente a viabilidade técnica, econômica e ambiental é comprovada com a facilidade de manuseio, redução no consumo de aço, concreto e madeira, gerando economia com gastos diretos, além disso é evidente que os custos indiretos (energia elétrica, água, aluguel de maquinas, administração, encargos sociais, mão-de-obra indireta, etc.) também serão economizados, no entanto conforme informado pelo Eng. Raymundo não foram quantificados neste caso. Mas a pesquisa de campo apresentada neste trabalho foi apenas uma das diversas formas de comprovação de viabilidade do plástico, outros produtos de outros elementos que compõem a estrutura de uma edificação, também já foram substituídos por plástico e fazem sucesso absoluto, e muitos outros materiais que ainda não foram substituídos, de acordo com a tendência, em breve serão.
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