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BENEFÍCIOS E A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA NO ENSINO BÁSICO DE EDUCAÇÃO

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BENEFÍCIOS E A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA NO ENSINO BÁSICO DE EDUCAÇÃO
Autor Janaíra Machado da Silva Barreto
Orientador Tiago Ferreira
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Educação Física (LEF 0203) – Projeto de Ensino 
01/05/2020
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho tem por objetivo de analisar e descrever a respeito da importância das práticas inclusivas na rede básica de educação, buscando entender a forma ideal para se trabalhar com esses alunos, principalmente durante as aulas de educação física, para que sejam verdadeiramente inclusos e possam ter valorizada sua aprendizagem como os demais. 
	Os alunos inclusos precisam ter suporte para que possam estar em condições igualitárias aos demais, pois os direitos são para todos, independentemente de ter alguma limitação ou não. 
	Nesse sentido, Aguiar (2005), diz que os exercícios permitem que os alunos ampliem seus limites e superações, além de terem uma visão competitiva diante das práticas educativas realizadas com objetivo de valorizar a diversidade e o respeito entre os alunos.
	Este trabalho está subdividido em capítulos sendo que primeiramente fala-se a respeitos das práticas educativas em seguida descreve-se sobre o papel da educação física frente à inclusão na educação básica, a metodologia e a análise e discussão. 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 EDUCAÇÃO FÍSICA
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB, 1996), passa a valer a obrigatoriedade do ensino da Educação Física escolar na educação básica (educação infantil, ensino fundamental e ensino médio). O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), também ressalta que a criança e o adolescente têm direito a educação, a cultura, ao esporte e ao lazer.
	A Educação Física escolar no Brasil tem uma história de mais de 170 anos, se considerarmos como seu marco inicial a introdução das aulas de ginástica no colégio Pedro II, no Rio de Janeiro no fim da década de 1830. 
	A Educação Física em virtude de trabalhar o corpo possui vários objetivos que, de certa forma, influenciam a formação do indivíduo. Nesse sentido, Leles (2004) a considera como uma disciplina indispensável ao cotidiano escolar, por proporcionar desenvolvimentos que vão do cognitivo, social, até a formação crítica e política dos alunos.
	Conforme Garcia e Coiceiro (2010), a Educação Física Escolar como uma disciplina que introduz e integra o aluno na cultura corporal de movimento, formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la, capacitando-o para usufruir os jogos, os esportes, as danças, as lutas e as ginásticas em benefício do exercício crítico da cidadania e da melhoria da qualidade de vida.
A Educação Física Escolar nos anos iniciais do Ensino Fundamental deve ensinar a importância do movimento humano, suas causas e objetivos, e criar condições para que o aluno vivencie esse movimento de diferentes formas para que possa usá-lo no seu cotidiano, dentro e fora da escola. (GARCIA e COICEIRO, 2010, p. 1).
	Nesse caso, é possível analisar a real importância da Educação Física escolar. Somente pela capacidade da criança poder movimentar-se já é essencial para interagir consigo mesma e com o meio ambiente em que vive. Ela é fundamental, pois se trata do movimento humano, que para Garcia e Coiceiro (2010), suas causas e objetivos, criam condições para o aluno vivenciar esse movimento de diferentes formas e usá-lo no seu cotidiano, dentro e fora da escola. 
O desenvolvimento motor está relacionado às áreas cognitiva e afetiva do comportamento humano, sendo influenciado por muitos fatores. Dentre eles destacam os aspectos ambientais, biológicos, familiar, entre outros. Essa capacidade da criança se movimentar é essencial para que ela possa interagir com si mesma e com o meio ambiente em que vive; os quais desempenham um papel formidável na extensão dos limites do crescimento e do seu desenvolvimento, sendo este um processo demorado e sucessivo. Além da maturação, as experiências e as características individuais agem no processo do desenvolvimento da criança. Desenvolvimento é a contínua alteração da motricidade, ao longo do ciclo da vida, proporcionada pela interação entre as necessidades da tarefa, a biologia do indivíduo e as condições do ambiente. (GALLAHUE, 2005, p. 03).
	
A Educação Física tem como finalidade na Educação Básica o trabalho com a cultura corporal do movimento, as quais englobam práticas sociais e representações que estão estruturadas em diferentes contextos históricos e que também se vinculam ao campo do lazer e da saúde. Hernández (1998) relata que, para haver aprendizagem é preciso repetição do professor e do aluno. E cabe ao professor executar o que dizem os especialistas quanto à finalidade que seria repetição e memorização. 
	Então, após enfatizar a importância da Educação Física no ambiente escolar, evidencia-se também no capítulo a seguir a inclusão e a importância das aulas de Educação Física inclusivas, entendendo qual é a relação entre as mesmas, sabendo que quem ganha com essa relação são os alunos, pois irão construir de forma ampla a sua aprendizagem. 
2.2 INCLUSÃO
A inclusão é considerada como método ideal para garantir igualdades e oportunidades permitindo que pessoas com deficiência possam relacionar-se com outras pessoas estabelecendo trocas, onde irão se desenvolver mutuamente. Este desenvolvimento se faz necessário para se superar fraquezas e despertar potencialidades. Relacionamentos igualitários permite trocas e não bloqueia o desenvolvimento. Princípios inclusivos vão além do inserir pessoas com deficiência, mas serve de alerta aos envolvidos nesse processo para a revisão de métodos aplicados. Inclusão vai além da simples integração da pessoa ao ambiente social normal; implica não deixar ninguém de fora. Ou seja, não é reintegração, e sim integração. A educação física inclusiva tem como objetivo o desenvolvimento afetivo, cognitivo e psicomotor. Não só dos portadores de deficiência, mas para todos. Conviver entre si é um fator fundamental para se atingir um mesmo objetivo.
 Desde a Pré História onde o homem necessitava de habilidade física, motoras e intelectuais já havia discriminação e faltava inclusão. Segundo Bianchetti (1995) destaca, era importante que todos pudessem contribuir através da caça, da pesca ou do abrigo em cavernas, que cada um contribuísse para o resto do grupo. A pessoa com “alguma deficiência natural ou impingida na luta pela sobrevivência acaba se tornando um empecilho, fato que o leva a ser relegado, abandonado e sem que isso cause os chamados sentimento de culpa” (BIANCHETTI, 1995, p.9). Era natural para a sobrevivência que todos os homens fossem sadios e fortes. A educação sempre esteve preparada para ensinar alunos qual a única problemática era falta de alfabetização, os outros alunos que não eram ditos como “normais” eram colocados em salas especiais, sendo excluídos da sociedade, sem possibilidades de desenvolver sua real funcionalidade. Através da legislação, dos direitos humanos, declarações da ONU, e inúmeros manifestos de pais que buscam uma qualidade de vida melhor e mais humana para seus entes queridos que necessitam de cuidados especiais, que desde sempre a própria lei na teoria está declarando: De acordo com a Constituição Federal, o princípio da igualdade está previsto no artigo 5º, que diz que “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”. 
 Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes na inviolabilidade do direito, a vida, a liberdade, a igualdade, a segurança, a propriedade. 
(Artigo 5º da constituição-BRASIL,1988).
 Quando falamos em Inclusão deve se ter clareza que não é em longo prazo, foi somente em 1994, com a Declaração de Salamanca que priorizou a educação Inclusiva mundialmente. No Brasil, a Constituição Federal, de 1988 em seu artigo 205, deixa clara a obrigatoriedade do direito de Educação para todos, “pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para a cidadaniae sua qualificação para o trabalho”. E ainda, a Constituição coloca como um dos princípios para o ensino “Igualdade de condições de acesso e permanência na escola” (art. 206, inciso i), acrescentando que o ‘‘dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um” (art. 208, inciso V), destaca garantir “atendimento também no processo de acessibilidade da pessoa com deficiência, contextualizando o trabalho inclusivo que visa alcançar uma educação de qualidade e formar uma sociedade menos preconceituosa e mais inclusiva”. Dois anos depois, A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB/1996 – Lei Federal 9.394/96), foi sancionada, sendo que as discussões para sua elaboração se iniciaram no período da aprovação da constituição Federal.
Quando garante a todos o direito à educação e ao acesso à escola, a Constituição Federal não usa adjetivos e, assim sendo, toda escola deve atender aos princípios constitucionais, não podendo excluir nenhuma pessoa em razão de sua origem, raça, sexo, cor, idade ou deficiência.
Os direitos a educação estão escritos, citados em muitos livros e não cita que a criança precisa ser o aluno dito “normal” para ter esse direito, todos merecem, todos precisam conviver em sociedade, está escrito, homologado, assinado, publicado no estatuto da criança e adolescente (ECA) na ONU, na constituição de todos os países. Mas o que falta é sair do papel, e entrar em muitas mentes e muitos corações, para a cultura, crianças e adolescentes da idade que for, independentemente de sua deficiência, nós é que somos ineficientes por julgar, não nos preparar e querer adaptar alunos as nossas aulas e que devem ser adaptadas e corrigidas pois são seres humanos. A diferença e que são melhores que nós pelas suas grandes habilidades, as vezes não vista por muito, mas que, se trabalhada serão de grande valia a suas vidas. 	SARTORETTO (2011, p.1) afirma: “Os fundamentos filosóficos mais radicais para a defesa da inclusão na escola de pessoas com deficiência é, sem dúvida, o fato de que todos nascemos iguais e com os mesmos direitos, entre eles o direito de convivermos com o nosso semelhante”. 
Sendo assim, não importa que tipo de diferença física, psíquica, motor ou social, todos deveríamos viver e aceitarmos uns aos outros de forma natural sem a necessidade de constar numa constituição.
A educação especial para todos os alunos que necessitam de uma educação voltada para suas limitações, de acordo com as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial, no âmbito da Educação Básica, tal modalidade está assim definida: 
Educação Especial: Modalidade da educação escolar; processo educacional definido em uma proposta pedagógica, assegurando um conjunto de recursos ou serviços educacionais especiais, organizados institucionalmente para apoiar, complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que apresentam necessidades educacionais especiais, em todas as etapas e modalidades da educação básica (BRASIL, 2001a, p. 39).
 Mazzota (1996), aponta que a implementação da inclusão tem como pressuposto um modelo no qual cada criança é importante para garantir a riqueza do conjunto, sendo desejável que na classe regular estejam presentes todos os tipos de aluno, de tal forma que a escola seja criativa no sentido de buscar soluções, visando manter os diversos alunos no espaço escolar, levando-os a obtenção de resultados satisfatórios em seu desempenho acadêmico e social.
Por isso, a inclusão traz uma escola que se inclua a todas as crianças, em vez de esperar que uma determinada criança com deficiências se ajuste a escola. Mas, é necessário que o ambiente escolar tenha o dever de ensinar aos alunos a compartilharem o saber, os sentidos das coisas, as emoções; a discutir e a trocar experiências e pontos de vista. De acordo com RIPPEL & SILVA (2003), neste sentido, a escola tem um compromisso primordial e insubstituível: introduzir o aluno no mundo social, cultural e científico; e isto é direito incondicional de todo o ser humano, independente de padrões de normalidade estabelecidos pela sociedade ou pré-requisitos impostos pela escola. A Inclusão é a nova educação que transforma fazendo a diferença nos paradigmas, todos somos iguais em nossas diferenças. 
2.3 O PAPEL DA EDUCAÇÃO FÍSICA FRENTE À INCLUSÃO NA REDE BÁSICA DE EDUCAÇÃO 
A Educação Física é um componente curricular e pedagógico obrigatório nas escolas de ensino fundamental e está relacionada com o avanço da educação, como sendo uma função educativa na escola. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física, está descrito que se bem orientada, as atividades físicas proporcionam inúmeros benefícios para os alunos com necessidades especiais, proporcionando integração, inserção social e desenvolvimento de suas capacidades afetivas (BRASIL, 1998).
	 Todas as crianças têm direito a participar e praticar a Educação física conforme sua funcionalidade, no entanto o professor deverá saber o limite daquela criança, promovendo a sua segurança.
	A educação física de acordo com Darido (2008), visa à integração do aluno com a cultura corporal, a qual auxilia na sua formação enquanto cidadão, dando condições para que reproduza e transforme essa cultura. Para o autor, a prática da educação física desenvolve aspectos individuais e coletivos, assim como trabalha o desenvolvimento motor, a aptidão física e o bem-estar social dos alunos. 
	Para Aguiar e Duarte (2005), a educação física significa melhorias na qualidade de vida, por proporcionar prazer, considerando as limitações e possibilidades dos alunos. Ela deve ter como foco o aluno, mediante estratégias que diminuam a exclusão ou segregação. Com as atividades físicas os alunos ampliam contatos interpessoais, uma vez que as atividades físicas propiciam o ensino de limites e superação, proporcionados pelas dinâmicas que valorizem a diversidade e o respeito entre os alunos. 
	Quando a temática trata da ação pedagógica da Educação Física na Educação Infantil com vistas à inclusão, Falkenbrch (2005), ressalta o brincar como sendo importante para a aprendizagem da criança, pois auxilia na capacitação e experimentação da criança, possibilitando ações concretas na aprendizagem. 
	O professor e a comunidade escolar devem buscar informações e se capacitar de forma que atendam plenamente as necessidades dessas crianças. Não basta apenas estarem em aula, elas precisam participar das atividades e praticarem conforme sua capacidade. Daí a importância de se estabelecer limites, proporcionar aulas dinâmicas e adaptadas, buscar recursos a fim de promover um ambiente acolhedor e com possibilidades para os alunos inclusos.
Nesse sentido, temos a opinião de Moreira (2013) é preciso levar em consideração de que o aluno que possui alguma limitação tem o mesmo direito dos demais, e como tal, precisa de condições para poder traçar sua própria trajetória, do contrário será a exclusão dentro da inclusão. O professor deve mediar tais situações de aprendizagens, compreendendo psicologicamente questões que precisam de uma atenção especial no cotidiano escolar, mais especificamente o que diz respeito às atividades físicas. (CARVALHO, 2009). 
 Ele precisa ser antes de tudo um bom observador para perceber como os alunos estão emocionalmente, se estabelecem relações de confiança com o mesmo, isso permite uma boa relação interpessoal entre ambos, sem dúvida um ponto importante diante para uma boa prática inclusiva. 
Para Lavoura, Mello e Machado (2007), é importante que o profissional de educação física seja sensível em todas as situações, pois o aluno pode se sentir envergonhado em determinados momentos pelas suas limitações e por não conseguir um bom rendimento quanto aos demais alunos durante as práticas esportivas ou outras atividades. 
É importante a elaboração deatividades mais lúdicas, pois estas incentivam a participação dos alunos de uma forma mais saudável, principalmente com alunos inibidos para práticas de exercícios físicos. De acordo com Machado (2006), existem várias atividades que podem trabalhar as emoções e os sentimentos, como: relaxamento, de ativação, e outras que promovem uma sensação de tranquilidade que atingem o tônus muscular, contribuindo assim para que o aluno possa se movimentar livremente sem ter vergonha dos colegas. 
A criança utiliza seu corpo e o movimento como forma para interagir com outras crianças e com o meio, produzindo culturas. As aulas de Educação Física na Educação Infantil devem ser direcionadas, partindo das experiências de movimento em três âmbitos: a experiência corporal onde através do expressar-se e do esforçar-se existe um confronto direto com o próprio corpo em movimento, a experiência material onde através do explorar e configurar por meio do movimento torna-se possível a experimentação do meio/objetos, e a experiência de interação social onde se busca o entender-se e comparar-se no sentido de saber relacionar-se com os outros em situações de movimento ( BASEI, 2008, p.5).
	A educação física na rede básica de educação, precisa ser direcionada de forma que atenda a esses três âmbitos, propondo atividades em que os alunos tenham oportunidade de criar, inventar, descobrir etc. O professor nas suas práticas pedagógicas deve ofertar materiais para que os alunos possam explorar descobrindo seus próprios limites e possibilidades, mediante o relacionamento com outros e expondo seus sentimentos. 
	Nesse sentido, temos a opinião de Campão e Cecconello (2008), onde salientam a importância dos jogos e brincadeiras como método que auxiliam na coordenação motora, no desenvolvimento afetivo e cognitivo dos alunos, com isso passarão a ter hábitos saudáveis em todos os aspectos. 
	A criança desenvolve-se pelo movimento, pelo ato de experimentar, pelo desenvolvimento da criatividade, tendo consciência da sua realidade corporal. Para tal, Vasconcellos (2002) diz que as crianças têm necessidade de uma rotina organizada seja em termos de materiais, estruturas físicas, seguranças e outros itens básicos que atendam às necessidades das crianças inclusas. 
	Os professores de educação física precisam estar devidamente qualificados para atender a inclusão, pois não se pode aplicar qualquer exercício achar que pode ser aplicado com todos os alunos. Eles precisam ter seus movimentos aperfeiçoados e corrigidos em diversas situações como: no pular corda, brincar de amarelinha e jogar queimada e outras atividades. (MATTOS, NEIRA, 2008). 
	O professor adequar suas atividades de acordo com as necessidades dos alunos inclusos, com isso estará proporcionado meios para que as crianças possam se desenvolver o melhor possível, tendo favorecido o seu processo ensino aprendizagem.
2.4 IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA 
A partir de 1980 começou a ser discutido sobre a inclusão nos países desenvolvidos. Somente com a Constituição da República de 1988, ampliaram-se os estudos nessa área. A LDB n° 9394/96, no capítulo V, Art. 58°, diz que a rede regular de ensino precisa ofertar uma modalidade de educação que contemple a Educação Especial, para alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, prestando serviços de apoio especializado para atendê-los. No Art. 59°, inciso III, assegura professores especializados e capacitados para trabalhar a integração desses alunos nas classes comuns (BRASIL, 1996). 
	De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física, está descrito que se bem orientada as atividades físicas proporcionam inúmeros benefícios para os alunos com necessidades especiais, proporcionando integração, inserção social e desenvolvimento de suas capacidades afetivas (BRASIL, 1998).
	Nesse sentido, é importante que o professor esteja devidamente qualificado para trabalhar com alunos inclusos, pois esse processo é um desafio a ser enfrentado, e para tal exigem-se conhecimentos precisos sobre cada deficiência para poder perceber as potencialidades diferenciadas nas crianças, independentemente das deficiências que possam apresentar (GORGATTI, 2008).
	Em relação à inclusão Silva e Salgado (2005), salientam que é preciso entender três ideias centrais sobre isso. Primeiramente é necessário um entendimento a respeito de que se trata a cultura de inclusão, depois os autores relatam que a inclusão não se restringe àqueles com necessidades especiais e finalizam dizendo que o professor deve tem que entender a forma de como acontecem às relações sociais no ambiente em que os alunos estão inseridos, assim como o sentimento deles nesse processo. 
	Nesse sentido, temos a opinião de Martins (2014), ressaltando que o professor tem papel fundamental no processo de inclusão, pios são vários desafios a serem superados e encarados de forma que atendam às necessidades de aprendizagens dos alunos com necessidades especiais. Para tal, tem que mediar às relações entre os alunos sempre que necessário, de modo que possam ter uma nova visão sobre as diferenças entre os outros e entre si.
	Então, a educação inclusiva deve ser considerada como uma escola aberta, aonde todos possam aprender juntos, independente das suas dificuldades, ou limitações. E para tal precisa estar preparada, pois está claro que, 
A inserção do aluno com necessidades educativas especiais na classe regular onde, sempre que possível, deve receber todos os serviços educativos adequados, contando-se para esse fim, com o apoio apropriado de docentes especializados, de outros profissionais, de pais as suas características e necessidades (CORREIA, 2003, p. 21).
	Enfim, a inclusão se trata de um conjunto de coisas que precisam estar alinhadas de forma que possibilitem a interação e integração entre todos os alunos. É a capacidade de se ver no outro, aceitar e dividir experiências com vários tipos de pessoas. 
 	Em se tratando de inclusão é preciso analisar todas as disciplinas, pensando de que forma cada uma auxilia nas necessidades dos alunos inclusos. 
	A educação física de acordo com Darido (2008) visa à integração do aluno com a cultura corporal, a qual auxilia na sua formação enquanto cidadão, dando condições para que reproduza e transforme essa cultura. Para o autor, a prática da educação física desenvolve aspectos individuais e coletivos, assim como trabalha o desenvolvimento motor, a aptidão física e o bem-estar social dos alunos. 
	Para Aguiar e Duarte (2005) a educação física significa melhorias na qualidade de vida, por proporcionar prazer considerando as limitações e possibilidades dos alunos. Ela deve ter como foco o aluno, mediante estratégias que diminuam a exclusão ou segregação. Com as atividades físicas os alunos ampliam contatos interpessoais, uma vez que as atividades físicas propiciam o ensino de limites e superação, proporcionados pelas dinâmicas que valorizem a diversidade e o respeito entre os alunos. 
REFERÊNCIAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6023. Informação e documentação – Referências – Elaboração. Rio de Janeiro, 2002.
BRASIL. Constituição (1998). Constituição da República Federativa do Brasil. Organização de Alexandre de Moraes. 16.ed. São Paulo: Atlas, 2000.
BRASIL. Leis de Diretrizes e Bases da Educação. Lei nº 9 .9393 de 20 de dezembro de 1996. Brasília: Senado Federal, 2008.
BIANCHETTI, Lucídio. Aspectos Históricos da Educação Especial. Revista Brasileira de Educação Especial. Vol. 03, 1995.
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA: Sobre princípios, políticas e práticas na área das necessidades educativas especiais. Salamanca – Espanha, 1994.
GALLAHUE, Ozmun. Compreendendo o desenvolvimento motor de bebês, crianças, adolescentes e adultos. São Paulo: Photer, 2005.
HERNÁNDEZ, F; VENTURA, M. A organização do currículo por projetos de trabalho: o conhecimento é um caleidoscópio. 5. Ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.
LELES, Tatiane Christina. Educação física para o ensino noturno: investigando a inexistênciadas aulas. Jataí-GO: CAJ/UFG, 2004. Monografia (Licenciatura em Educação Física). Curso de Educação Física, Campus Avançado de Jataí, Universidade Federal de Goiás. 2004.
MÜLLER, Antônio José (Org.). et al. Metodologia científica. Indaial: Uniasselvi, 2013.
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS - EDUCAÇÃO FÍSICA. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília, DF, 1998. Disponível em: <http://www.mec.gov.br> Acesso em: 02/10/18.
SARTORETTO, M.L. Educação I Os Fundamentos da Educação Inclusiva. 2011

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