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SOLUÇÕES E OPÇÕES QUE UM PROFISSIONAL DO DESIGN PODE TRAZER VISANDO A SUSTENTABILIDADE Marcos Washington Moreira de Assis A ideia de design sustentável apresenta os pilares de sustentabilidade ecológica, econômica e social, buscando encontrar soluções que sejam, ao mesmo tempo, eficientes e benéficas para a natureza. É preciso pensar bem sobre os materiais escolhidos, assim como em processos de reciclagem ou reaproveitamento deles, com a maior utilização de espaço possível. Algumas diretrizes devemos levar em consideração quando aplicada a sustentabilidade para o designer: Reduzir a utilização de recursos naturais e de energia Escolha de técnicas de produção alternativas Assegurar a estrutura modular do produto Usar Materiais não exauríveis (esgotáveis) Menos processos produtivos Aumentar a confiabilidade e durabilidade Usar Materiais não prejudiciais (danosos, perigosos) Pouca geração de resíduos Design clássico Usar Materiais reciclados Redução da variabilidade dos produtos Elimina embalagens ou projetar embalagens recicláveis ou reutilizáveis Usar Materiais recicláveis Reduzir o consumo de energia Tornar a Manutenção e reparos mais fáceis Usar materiais renováveis Utilizar tecnologias apropriadas e limpas Converter os componentes em reposições ou refil Usar um só material (monomaterial) Redução de peso Desmaterializar os produtos Codificar os materiais para facilitar a sua identificação; Redução de volume O Design Sustentável apoia-se no fato de que deve-se projetar produtos visando a manutenção do meio ambiente para as gerações futuras. Se não há esta preocupação não há sustentabilidade aplicada ao projeto. Entendendo melhor a sustentabilidade e suas vantagens, vamos às melhores dicas para criar um design de interiores social, econômico e ambientalmente correto: 1 - Utilizar materiais de baixo impacto ambiental A escolha deve ser consciente e criteriosa. É importante estar ciente do processo de produção daqueles materiais, para que este também seja sustentável. Considerando também as etapas de instalação e manutenção, e avaliando a logística de distribuição. 2 - Escolher sempre reaproveitar e reutilizar Para melhores resultados, é importante dar atenção e capricho nos acabamentos, mesmo que as peças não sejam sofisticadas. Por exemplo: pallets bem-acabados podem ser uma solução descontraída, mas precisam estar adequadamente revestidos. Uma boa opção é a pintura em laca, para dar mais resistência a madeiras usadas. 3 – Pensar sempre em usar a energia adequadamente Onde houver a necessidade da iluminação artificial, dê preferência ao econômico LED ou às lâmpadas fluorescentes. Investir em energia eólica e/ou solar também são alternativas cada vez mais utilizadas. 4 - Investir em paisagismo As plantas trazem harmonia e grande tranquilidade para os ambientes. O paisagismo pode ser transformador em um ambiente quando combinado ao design, seja com plantas de grande ou pequeno porte. Se o cliente tem a vida corrida, dê preferência a cactos ou suculentas. Elas são plantas que não exigem intensos cuidados. 5 - Utilizar a água de maneira eficiente Vale a pena considerar um sistema de reutilização da água da chuva para que seja armazenada e utilizada na descarga. Ou para regar as plantas. 6 - Buscar sempre a otimização do espaço e dos objetos Explorar o potencial do espaço que recebeu para projetar é uma saída para a sustentabilidade. Muitas vezes, somente o bom posicionamento dos objetos e janelas contribui para melhores resultados. Alguns acessórios, como ocorre com o uso de tapetes, podem influenciar bastante na climatização do ambiente. Portanto, partindo desta premissa apresentada, entende-se que qualquer projeto deve ser pensado com base na Sustentabilidade, e de grande abrangência. O ambiente atual que vivenciamos é o resultado da soma de múltiplos fatores que se estabeleceram por meio de processos de planejamento, configuração e produção independentes uns dos outros. Quando ações de projetos visando a sustentabilidade não são coordenadas, por falta de uma solução global de inúmeros problemas, na maioria das vezes apresentam efeitos secundários negativos como a poluição ambiental, exploração sem limites de matérias-primas, sobrecarga do meio ambiente com uma superprodução, por isso torna-se primordial compreender que as ações individuais de cada designer devem ser sintonizadas, umas com as outras, a fim de evitar um caos ainda maior nos projetos de execução arquitetônicos. REFERÊNCIAS MORAES, Dijon de; KRUCKEN, Lia (Org.) Cadernos de Estudos Avançados em Design: Transversalidade. Belo Horizonte: Santa Clara Editora, v. 1, n. 2, jul. 2008. PAIXÃO, Luciana. Arquitetura sustentável em projetos de arquitetura. Rev. Sustentabilidade. 2017. Disponível em: <https://www.aarquiteta.com.br/blog/arquitetura-sustentavel-em-projetos-de-arquitetura/>. Acesso em: 10 mai. 2021. SACHS, Ignacy. Caminhos para o desenvolvimento sustentável. Org. Paulo Yone Stroh. Rio de Janeiro: Garamond, 2002. SOUZA, Paulo Fernando de Almeida. Design para sustentabilidade: equilibrando natureza, técnica e necessidades humanas. Disponível em: <http://www.paulosouza.pro.br/pt> Acesso em: 12 mai. 2021.
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